Santa Gertrudes

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Nasceu em 6 de Janeiro de 1256, em Eisleben (Alemanha). Nada é sabido sobre seus pais, donde se supõe ter sido orfã. Ainda jovem ingressou no monastério de Santa Maria em

Helfta, sob a direção da abadessa Gertrudes de Hackeborn. Alguns estudiosos referem-se ao monastério como Cisterciense,

pois foi fundado por sete irmãs da comunidade de Halberstadt.

Gertrudes dedicou-se aos estudos, tornando-se especialista em literatura e filosofia. Depois experimentou a conversão a Deus e iniciou uma caminhada de perfeição na vida religiosa,

voltando seus talentos para o estudo das escrituras e teologia. Consagrou-se exclusivamente a Deus e progrediu de modo admirável no caminho da perfeição, levando

uma vida extraordinária de oração e contemplação.

Produziu numerosos textos, mas somente dois deles: Revelações do Amor Divino, parcialmente escrito com outras monjas da comunidade, e Exercícios Espirituais,

permanecem conhecidos até hoje. Teve várias experiências místicas, incluindo uma visão de Jesus, convidando-a a repousar sua cabeça em seu peito para ouvir seu coração batendo no

compasso do divino amor. Morreu em Helfta, Saxônia, em novembro de 1301. Sua festa é celebrada em 16 ou 17 de Novembro.

Foi canonizada pelo Papa Clemente XII no ano de 1677.

Tivestes sobre mim pensamentos de paz

A minha alma Vos bendiga, Senhor Deus, meu Criador, a minha alma vos bendiga e do mais íntimo do meu coração Vos louvem as vossas misericórdias de que a vossa infinita piedade tão generosamente me envolveu. Eu Vos dou graças pela vossa imensa misericórdia e pela

vossa paciente bondade para comigo.

Todos os anos da minha infância e puerícia, da adolescência e da juventude, quase até ao fim dos vinte e cinco anos, decorriam numa cegueira tão louca; pensava, falava e procedia

segundo os meus caprichos e não sentia remorso algum de consciência. Dou-me conta disso agora. Não Vos prestava atenção alguma, mas apenas me deixava conduzir por uma

repugnância natural e inata pelo mal e pelo gosto do bem, ou pelas advertências dos que me rodeavam.

Vivia como pagã entre pagãos, como se nunca tivesse ouvido dizer que Vós, meu Deus, recompensais o bem e punis o mal. E no entanto, já desde a infância, concretamente desde

os cinco anos, Vós me tínheis escolhido para me admitir entre os mais fiéis dos vossos amigos na prática da santa religião.

Por isso, Pai amantíssimo, em reparação das minhas faltas, ofereço-Vos todos os sofrimentos de vosso Filho bem amado, desde aquela hora em que, deitado nas palhas do

presépio, soltou o primeiro vagido, e tudo o que suportou depois: as dificuldades da infância, as fraquezas da idade pueril, as adversidades da adolescência e as provas da

juventude, até ao momento em que, inclinando a cabeça, com forte brado expirou na cruz.

De igual modo, para suprir todas as minhas negligências, ofereço-Vos, Pai amantíssimo, toda aquela santíssima vida de vosso Filho Unigênito, perfeitíssima em todos os

pensamentos, palavras e ações, desde a hora em que foi enviado do trono celeste e desceu à nossa terra até ao momento em que apresentou perante o vosso olhar paterno a glória da

sua humanidade vitoriosa.

Em ação de graças e imersa no mais profundo abismo de humildade, louvo a vossa incomensurável misericórdia e adoro a dulcíssima benevolência pela qual, Pai de

misericórdia, no meio da minha vida errante tivestes sobre mim pensamentos de paz e não de desgraça e quisestes elevar-me com a multidão e grandeza dos vossos benefícios.

Além disso, entre tantos favores, concedestes-me o dom inestimável da vossa intimidade e amizade, ao abrir-me aquela arca nobilíssima da divindade, a saber, o vosso Coração divino,

no qual encontro o tesouro de todas as minhas alegrias.Finalmente, atraístes a minha alma com as fiéis promessas que desejais conceder-me na

morte e depois da morte; e, por isso, ainda que não tivesse recebido de Vós nenhum outro benefício, este dom seria suficiente, por si só, para que o meu coração suspirasse

continuamente por Vós com viva esperança.

17/11/2010