Post on 17-Jul-2020
“Tudo bem pedir ajuda”Setembro Amarelo e a
Prevenção do Suicídio
Bernardo DolabellaCRP: 04/35.566
Saúde Mentale Espiritual
O título desse texto é o lema de uma organização dos EUA (em
tradução livre) que busca conscientização e diálogo sobre suicídio. O
fenômeno é considerado um sério problema de saúde pública, sendo
foco de atenção de diversas organizações, tanto governamentais
como não-governamentais. Mas, apesar da preocupação existente, a
temática ainda sofre muito com o estigma e a falta de informação pelo
público em geral, e até mesmo os profissionais da saúde que, por
vezes, não sabem detectar sinais de alerta ou lidar com eles quando
são perceptíveis.
Segundo dados da OMS – Organização Mundial da Saúde,
aproximadamente 800 mil pessoas cometem suicídio anualmente no
mundo, que pode ocorrer em qualquer idade, e é a segunda causa de
mortalidade registrada entre jovens com idade de 15 a 29 anos. Os
números referem-se a casos de suicídios propriamente ditos, pois
alguns estudos apontam: para cada adulto que comete suicídio, pelos
menos outras 20 pessoas tentaram sem êxito.
É consenso entre os pesquisadores da área que o suicídio é um
fenômeno multifacetado, envolvendo fatores biológicos, psicológicos e
sociais, e que é possível preveni-lo. A prevenção por vezes pode não
ser possível por falta de informações sobre como detectar sinais ou por
concepções erradas sobre como lidar com a situação.
O suicídio é um ato muitas vezes relacionado a questões de Saúde
Mental, como depressão ou abuso de substâncias, ocorrendo não por
covardia ou coragem, mas por desespero frente a um sofrimento
avassalador. Uma pesquisa brasileira que abordou jovens em idade
escolar sobre a temática apontou que a tristeza é um fator de risco a ser
considerado, podendo, inclusive, motivar o suicídio. A mesma pesquisa
apontou que a presença de alguém confiável para conversar é
considerada como um fator de proteção para os jovens, podendo
desestimular o ato.
A linha adotada pelas organizações que buscam a prevenção se
mostra semelhante à conclusão da pesquisa citada acima. Depressão
e o abuso de substâncias psicoativas aparecem, com frequência, como
questões relacionadas, e motivadoras, às tentativas de suicídio.
A conversa aberta sobre o tema, incluindo sentimentos e fatores
relacionados, não possui efeito estimulante, ou seja, ele não vai
estimular o ato. Ao contrário, a conversa atua como mecanismo que
possibilita o cuidado e o pedido de ajuda. O Setembro Amarelo busca
quebrar o estigma relacionado ao suicídio e auxiliar na conscientização
da população.
Como nos fala a campanha da Associação Internacional para a
Prevenção do Suicídio: se você está preocupado com alguém,
gaste um minuto para saber como essa pessoa está. Essa atitude
pode salvar uma vida.
Psicólogo Clínico graduado pela UFMG. Atua no Centro de Terapias e Assistência Social do Hospital Espírita André Luiz (HEAL) e em consultório particular. Mestrado em Psicologia pela UFMG, com Área de Concentração em Estudos Psicanalíticos.
contato@bernardodolabella.com.br
PALESTRANTES: Autores de diversos livros e conferencistas internacionais
DATA: 26/09/17 HORÁRIO: 19h LOCAL: Clube dos Ociais (R. Diabase, 200 - Prado - BH)
INSCRIÇÃO: www.sympla.com.br/heal50anos
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Roberto LúcioMédico psiquiatra,
Diretor Técnico do HEAL
Ricardo MeloReferência Mundial
em coaching
Haroldo DutraJuiz de Direito
do TJMG
Palestra: Valorização da Vida