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ViajarimprecisoEmbalagens compactas de produtos de higiene pessoal e beleza têm amplo espaço para crescer no Brasil
As tendências do mercado de impressão de embalagens na maior feira gráfi ca do mundo
DOCUMENTO ESPECIALDOCUMENTO ESPECIALDOCUMENTO ESPECIAL
Embalagens Flexíveis
EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO
9ANOS
A ESSÊNCIA DA EDIÇÃO DO MÊS, NAS PALAVRAS DO EDITOREDITORIAL
Público-Alvo
EM BA LA GEM MAR CA é di ri gi da a pro fis sio nais que ocu pam car gos de di re ção, ge rên cia e su per-vi são em em pre sas integrantes da ca deia de em ba la gem. São profissionais envolvidos com
o desenvolvimento de embalagens e com poder de decisão colocados principalmente nas indús-trias de bens de consumo, tais como alimentos,
bebidas, cosméticos e medicamentos.
EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da
Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53
CEP 04718-040São Paulo, SP
Tel.: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463
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O con teú do edi to rial de EM BA LA GEM MAR CA é resguar da do por di rei tos au to rais. Não é
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Diretor de Redação: Wilson Palhares | palhares@embalagemmarca.com.br
Reportagem: redacao@embalagemmarca.com.brFlávio Palhares | flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio | guma@embalagemmarca.com.brMarcella Freitas | marcella@embalagemmarca.com.br
Departamento de arte: arte@embalagemmarca.com.brDiretor de arte: Carlos Gustavo Curado | carlos@embalagemmarca.com.brAssistente de arte: José Hiroshi Taniguti | hiroshi@embalagemmarca.com.br
Administração: Eunice Fruet | eunice@embalagemmarca.com.br
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Departamento Comercial: comercial@embalagemmarca.com.brJoão Tichauer | tichauer@embalagemmarca.com.br
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Circulação e Assinaturas (Assinatura anual: R$ 99,00): assinaturas@embalagemmarca.com.br
Ciclo de Conhecimento: Ivan Darghan | ivan@embalagemmarca.com.br
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Além de nossos próprios limitesom esta edição, EMBALA-GEMMARCA comemora seu nono aniversário de lança-mento. Fiéis a nossa tra-dição, festejamos a data
oferecendo ao nosso público, como nos oito anteriores meses de junho, alguma ação que torne a revista um pouco mais especial do que habitualmente. Desta vez, a edição traz encartado um Documento Especial de dezesseis páginas com a sín-tese do conteúdo do SEMINÁRIO ESTRATÉ-GICO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS: DA MATÉ-RIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA, iniciativa inaugural do CICLO DE CONHECIMENTO.
Marcamos sempre, como já disse-mos em incontáveis oportunidades, nos-sas comemorações com trabalho. Assim, enquanto o evento de embalagens flexí-veis se aprofunda e se desdobra em prol do fortalecimento daquela cadeia, já se encontram em fase adiantada os prepa-rativos para o SEMINÁRIO ESTRATÉGICO DE SUSTENTABILIDADE, que se realizará dia 26 de agosto próximo. Os leitores podem ter presente que, como em tudo que fazemos, não será apenas “mais um” evento sobre esse importantíssimo tema.
Nessa linha, avançam os trabalhos da segunda edição do PRÊMIO EMBALAGEM-MARCA – GRANDES CASES DE EMBALAGEM, que já em seu lançamento, no ano pas-sado, se consolidou como referencial na área, dada a forma diferenciada, abran-
Cgente e isenta com que homenageia a cadeia brasileira de embalagem. As ins-crições estão abertas, e a premiação tem data e local marcados: 1º de outubro, no Espaço Fecomercio, em São Paulo.
Naturalmente continuamos tocando EMBALAGEMMARCA com redobrado empe-nho, procurando sempre aperfeiçoá-la e ampliá-la. Nesta edição de aniversário, por exemplo, estamos inaugurando uma nova seção (“5 Perguntas para”), na qual todos os meses uma personalidade do universo do packaging opinará sobre temas pertinentes. A entrevista inaugural é com Lincoln Seragini, um profissio-nal da embalagem que dispensa maiores apresentações.
Ao revermos a trajetória de EMBALA-GEMMARCA nestes nove anos, reforça-se de maneira mais enfática o sentimento de gratidão e reconhecimento que temos presente todos os dias para com nossos leitores e anunciantes. É graças a eles que conseguimos ir sempre além de nossos próprios limites. Esse inestimável apoio nos permite fazer aquela que, deixados de lado pudores que soariam postiços, é hoje não apenas uma “revista de embala-gem”, ou ainda uma simples “revista de negócios de embalagem”, mas a principal revista de negócios de embalagem do Brasil. Obrigado a todos.
Wilson Palhares
“Festejamos os nove anos de EMBALAGEMMARCA
oferecendo ao nosso público, como nos oito anteriores meses de
junho, alguma coisa que torna a revista um pouco
mais especial do que habitualmente”
Além de nossos próprios limites
4 EmbalagemMarca junho 2008
SUMÁRIO Nº 106 JUNHO 2008
Cinco perguntas paraO designer Lincoln Seragini fala dos seus quarenta anos de carreira e do nível dos projetos nacionais de embalagem na seção que estréia na revista
8
Entrevista: Paulo Carramenha 48CEO da empresa de pesquisas GfK Indicator comenta os resultados de pesquisa inédita sobre o perfil dos gestores nacionais de embalagem
Home careEmbalagem tem um papel decisivo na variante concentrada do amaciante Comfort, da Unilever
18Sondagem GNPDMintel analisa o mercado internacional de produtos de higiene pessoal com apelo para viagens
28Reportagem de capa: Embalagens Portatéis 22Mercado brasileiro ainda temlongo caminho para evoluirem produtos compactos de higiene pessoal e beleza, práticos para serem levadosnos nécessaires
Fispal TecnologiaAlgumas das novidades da feira de embalagens, que neste ano foi realizada sob nova batuta
36
PrêmioDuPont Innovation Award condecora embalagens com propostas consistentes em sustentabilidade
10
PRÊMIO EMBALAGEMMARCASolenidade terá novo sorteio de viagem a Paris. O prazo para as inscrições é 22 de agosto
42
Especial: DrupaAs novas necessidades e as novas fronteiras para a impressão de embalagens, captadas in loco no principal evento da indústria gráfica mundial
64
LogísticaPolpa moldada quer avançar no mercado de calços técnicos, dominado pelo poliestireno expandido
74
InternacionalEmpresa franco-americana apresenta sistema redundante para rastreamento de vinhos de luxo
43
PerfumesCom pesquisas, ingredientes exóticos e frascos em forma de jarra, Natura quer explorar sentimento latino
58
PrêmioAs embalagens laureadas na edição 2008 de tradicional concurso da associação das vidrarias americanas
30
CodificaçãoEnquanto a Videojet lança inovadora impressora, Markem-Imaje mostra sua nova cara aos brasileiros
40
www.embalagemmarca.com.br
56EquipamentosBens de capital para linhas de embalagem
44PanoramaMovimentação do mundo das embalagens e das marcas
82AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens
76DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens
60Painel gráficoProdutos e processos da área gráfi ca para a produção de rótulos e embalagens
6Na webO que a seção de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal levam aos internautas
3EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor
Especial: CICLO DE CONHECIMENTOUm resumo das apresentações e dos debates ocorridos na primeira ação do CICLO DE CONHECIMENTO EMBALAGEMMARCA, o SEMINÁRIO ESTRATÉGICO DE EMBALAGENS FLEXÍVEIS: “DA MATÉRIA-PRIMA AO PONTO-DE-VENDA”, realizado em São Paulo no dia 12 de maio
6 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
NA WEB
Uma amostra do que a seção diária de notícias de www.embalagemmarca.com.br e a e-newsletter semanal da revista levam aos internautas
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Panorama
Braskem produzirá plástico verde em Triunfo
Promoção
A Sagatiba lança neste inverno uma embalagem promocional de Sagatiba Velha, com dois copos de shot pelo pre-ço de uma garrafa individual. O objetivo da empresa é divulgar novas formas de consumir a cachaça.
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Sagatiba lança embalagem promocional
cannes
Embalagens da Coca-Cola premiadasO Grand Prix na nova categoria Design no Festival de Publicidade de Cannes, na França, foi para a agência inglesa Turner Duckworth, pela criação da nova identidade das latas e outras embalagens da Coca-Cola. A reestili-zação aproximou as embalagens de seu estilo clássico, mais simples e limpas.
Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/grandprix
A Braskem anunciou um novo ciclo de investimento no Pólo Petroquímico de Triunfo, com aporte de recursos de mais de um bilhão de reais programado para os próximos três anos e a decisão de produzir polietileno verde, à base de etanol, no Rio Grande do Sul. O destaque do novo compromisso de investimento é a decisão da Braskem de instalar o projeto de polietileno verde em Triunfo, com investimentos estimados entre 400 e 500 milhões de reais.
Display
Vodca Kovak estréia novas embalagens
Leia mais em www.embalagemmarca.com.br/vodcakovaknova
Garrafa de vidro com linhas retas levemente afuniladas na base e ombro definido: esta é a nova apresentação da vodca Kovak. As embalagens, fornecidas pela Owens-Illinois, são decoradas em ACL (Apllied Ceramic Label). As tampas são da Guala Closures. O design é da Packaging Brands.
8 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
para Lincoln Seraginiperguntas
omo já se tornou tradição, em todas as edições de comemoração de aniversário EMBALAGEMMARCA oferece a seus leitores alguma inovação. Neste mês de junho, para marcar sua chegada aos nove anos de vida, a revista criou esta seção, destinada a
doravante captar, todos os meses, a visão e o pensamento de uma personalidade de projeção no mundo dos negócios sobre temas relacionados à cadeia produtiva de embalagem. No momento em que o Festival Internacional de Publicidade, que se realiza todos os anos em Cannes, na França, decide homenagear o uso inova-dor da embalagem, criando uma categoria para esse fim, entrevis-tamos Lincoln Seragini, o profissional do design que praticamen-te instaurou no Brasil o debate da condição da embalagem como adicional de valor aos produtos e alavanca de negócios. Aqui ele fala sobre esse tema e sobre sua rica experiência em quarenta anos de carreira, que completará em julho próximo.
C
Dia 15 de julho próximo o senhor completará quarenta anos de carreira na área de embala-gem. Por favor, fale um pouco de sua trajetó-ria e do que mudou no campo da embalagem
no Brasil desde então.
1Meu amor por embalagem é de nascença. Meus brinquedos na infância foram as caixinhas, os sacos e as latas do arma-zém de meu pai. Comecei a colecionar embalagens aos oito anos de idade. Tenho até hoje a coleção de maços de cigarros
dessa época. Profissionalmente, ingressei em 1968 na Colgate-Palmolive na área de Desenvolvimento Técnico de Embalagem, após a conclusão de um curso de Química Industrial. Na seqüência cursei Engenharia Quimica, Pós-graduação em Tecnologia dos Polímeros e Administração de Empresas. Já na Nestlé passei a me interessar por design. Em 1972 participei em São Paulo de um seminário de Design de Embalagem pela New York University e desde então comecei a estudar, escrever e dar aulas sobre o assunto. Fui um dos pioneiros no Brasil a sistematizar o conhecimento na área, apresentando a embalagem como uma disciplina independente. Como marca dessa trajetória foi fixado o conceito do “design científico” e a visão de que bom design é bom negócio. Falando de mudanças nesses 40 anos, acredito que as atividades de embalagem evoluíram muito, crescendo de importância tanto em nível empresarial quanto em nível acadêmico e
O primeiro registro na carteira
profissional de Seragini: de lá para
cá, quarenta anos dedicados ao
ofício do packaging
9EmbalagemMarcajunho 2008www.embalagemmarca.com.br
institucional. Observou-se uma profissionalização maior, com a criação de cursos em vários níveis, institutos de pesquisa com estruturas melhores e pesquisadores mais experientes, organi-zações de classe mais organizadas e atuantes, premiações de nível internacional e melhores publicações especializadas.Por outro lado, do ponto de vista de mercado, devido ao aumento da concorrência e à pressão dos custos, mudaram muito o relacionamento e a fidelidade entre as indústrias. Em meu início, mesmo tendo a tecnologia como base, o fator humano predominava. Existiam mais pessoas especiais que faziam a diferença. Hoje, como está aumentando a demanda por inovação, vejo como inevitável a volta da importância dos talentos criativos liderando o processo.
O Festival Internacional de Publicidade que transcorre todos os anos em Cannes, na França, passa a ter a partir de sua 55ª edição,
neste mês de junho, a categoria Design Lions. Com essa medida, o festival pretende homena-
gear o uso inovador do design no desenvolvimento e na comunicação de marcas e produtos, incluindo embalagens. Atendo-nos somente ao aspecto das embalagens, que no caso de produtos de largo consumo e dentro do conceito da premiação interessam mais diretamente ao público desta revista, qual a importância da inovação introduzida pelo Festival de Cannes?
Tenho apresentado uma conferência chamada “Design – a Nova Alma do Negócio”. Acredito que demorou muito para o mundo publicitário reconhecer a importância do design como fator estratégico e de sucesso nos negócios, isso porque iden-tifico essa situação como a do filme Dormindo Com o Inimigo. O design (de produto, embalagem, marca, ambientes comer-ciais...), quando bem feito e inovador, possui valor intrínseco, dispensando até a propaganda massiva, como foi o caso do lançamento do iPhone da Apple, que após ser apresentado em uma conferência por Steve Jobs, estava no ar pela internet em todo o mundo, gratuitamente. O enorme sucesso, tanto desse como do iPod, se deveu claramente ao design inovador e sedutor dos aparelhos. Incluir design no Festival Publicitário de Cannes é portanto reconhecer essa evidência. Certamente, pelo prestígio da premiação, vai ajudar a promover ainda mais o design a nível empresarial. Quanto à embalagem que é a “cara” da marca, as embalagens premiadas ganharão muita visibilida-de e prestígio.
A afirmação de que a embalagem brasileira tem nível comparável ao que há de melhor no mundo vale tanto para o aspecto técnico quanto ao da criatividade, mais especifica-
mente no tocante ao design?
Sim. O Brasil apresenta um padrão de embalagem comparável ao dos paises mais desenvolvidos, em todos os aspectos. Isso porque tanto os equipamentos, que em sua maioria são impor-tados de última geração, como os recursos da informática e processamento de imagens, matérias-primas e a criatividade dos designers brasileiros, nos coloca em nível de igualdade. A maior prova disso é a presença brasileira com sucesso nos prê-mios internacionais da área.
De que o senhor mais se orgulha em sua carreira?
De ter contribuído para uma maior profissiona-lização e para a valorização da embalagem como atividade, e ainda, através da Seragini Design, ter criado um padrão interna-cional de design para o país.
Existe o que se possa chamar de design brasileiro de embalagem?
As únicas características que vale ressaltar são a sensibilidade às cores, mais luminosas e alegres no geral, e a leveza das formas e dos grafismos. Essas qualidades são o reflexo da “alma” brasileira, muito valorizadas no exterior.
“Existiam mais pessoas especiais que faziam a diferença. Hoje, como está aumentando a demanda por inovação, vejo como inevitável a volta da importância dos talentos criativos liderando o processo”
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10 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
PRÊMIO
Sustentabilidade na práticaConcurso destaca inovações globais em embalagens menos danosas ao ambiente
unca houve tantos desen-volvimentos de soluções ambientalmente mais ami-gáveis para acondicionar bens de consumo como
nos últimos dez anos. Só que, até agora, muitas dessas tecnologias e idéias anun-ciadas com alarde ainda não engrena-ram, municiando aqueles críticos con-victos de que desenvolvimento sustenta-do e embalagens são como água e óleo: não combinam. A vigésima edição do Prêmio para Inovação em Embalagem da DuPont, focada na sustentabilidade,
Nquis contribuir para amainar tal ceti-cismo.
Os vencedores do concurso, revela-dos no fim de abril, não foram reconhe-cidos unicamente por virtudes ambien-tais, mas sim pela combinação delas com qualidades sempre exigidas das embalagens – proteção, conveniência e beleza. “A intenção foi mostrar que muitas possibilidades já estão à mão das indústrias, e que elas são tecno-logicamente convincentes, unindo alí-vio à natureza com boa performance”, comenta Horst Ulrich-Heimer, geren-
te de relações públicas da DuPont na Europa.
De quase oitenta inscrições, originá-rias das Américas, da Europa e da Ásia, um júri independente (a utilização de materiais da DuPont não era requisi-to) escolheu dez premiados. Três deles ganharam destaque como “conquistas notáveis” e um outro, vale destacar, é brasileiro: o bag-in-box da água mine-ral Lindóya Vida. EMBALAGEMMARCA detalha a seguir as “inovações ver-des” do DuPont Awards for Packaging Innovation.
Ao redesenhar os frascos de
PET de seus molhos para sala-
das, a Kraft Foods americana
conseguiu unir aperfeiçoamen-
tos em transporte, consumo
energético e conveniência ao
consumidor sem modificações
nos materiais empregados.
Com apoio da fornecedora
de preformas Plastipak, a
empresa conseguiu reduzir o
peso da embalagem em 19%,
eliminando um consumo anual
de 136 toneladas de plásticos.
O design do frasco aumenta
em 18% a eficiência no trans-
porte, permitindo o despacho
consideravelmente maior de
unidades por caminhão. O
consumo é facilitado pela
tampa flip top de fácil abertura
e pelo formato mais fácil de
manusear e armazenar que o
da embalagem original.
Kraft Salad Dressings
Ao promover a troca do berço
termoformado com plástico
convencional por um produzido
com bioplástico para acopla-
mento no estojo cartonado de
seu sortimento de bombons de
chocolate, a cadeia varejista
britânica Marks & Spencer
alcançou uma embalagem
totalmente biodegradável
e compostável. O verso da
embalagem comunica com cla-
reza instruções para o descarte
da embalagem, destacando
que, além de compostável
em aterros domésticos, ela
também é reciclável. O berço
é moldado a partir de chapas
baseadas no biopolímero de
amido de milho da australiana
Plantic Technologies.
Marks & Spencer Swiss Chocolate AssortmentSubstituição de berços de plástico convencional por uma alternativa biodegradável, produzida com recursos renováveis
Redesenho de um recipiente tradicional com quase 19% de redução de peso, avanços em efi ciência no transporte e conservação de energia, porém mantendo o apelo da marca
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Reino UnidoPlantic Technologies+61 (3) 9353-7900www.plantic.com.au
Estados UnidosPlastipakNo Brasil:
(19) 3844-2100www.plastipak.com
12 EmbalagemMarca junho 2008
Um novo conceito em embalagem para kiwis orgânicos base-
ado em três componentes que derivam numa alternativa reno-
vável e compostável para alimentos frescos. A bandeja, da
canadense EarthCycle, é confeccionada com fibra de palma,
obtida como subproduto de outras aplicações do vegetal. O
filme NatureFlex da Innovia Films, utilizado como envoltório da
bandeja, é obtido da celulose. O rótulo, de papel, também é
certificado como compostável em aterro sanitário. Segundo o
júri, a embalagem simplifica o descarte responsável e também
apóia o “branding verde” do produto orgânico.
EarthCycle-Naturefl ex Organic Kiwi Package
Acondicionada no sistema bag-in-
box, em que uma bolsa plástica é
acomodada numa caixa de papelão
ondulado, a Life in Box, água da pau-
lista Lindóya Vida, amealhou um dos
troféus do 1º PRÊMIO EMBALAGEMMARCA
– GRANDES CASES DE EMBALAGEM, em
2007. Agora, ganha reconhecimento
internacional com o DuPont Awards.
A embalagem é uma alternativa aos
garrafões, que, segundo a Klabin e a
DuPont, parceiras no projeto, implicam
num preço médio 40% maior por litro
de água mineral, são mais custosos,
têm produção mais energeticamente
intensiva e são suscetíveis a con-
taminações. O papelão ondulado
empregado na embalagem exterior
deriva de florestas certificadas pelo
bom manejo e é reciclável. A bolsa
interna, além de reciclável em outros
componentes plásticos, pode ser
utilizada com fins de geração de
energia.
Water Bag-in-Box
As embalagens AMPET, da
dinamarquesa Faerch Plast,
abiscoitaram recentes prêmios
internacionais de embalagem
ao adaptar competentemente
o PET ao acondicionamento de
alimentos sensíveis esteriliza-
dos por autoclave convencio-
nal. Aplicada em refeições com
pescados da também escan-
dinava Larsen
Danish Seafood,
a linha AMPET
foi reconhecida
pelo júri do
DuPont Awards
como solução
efetiva para
combater o des-
perdício de alimentos, comum
nas porções maiores de pratos
prontos, e pelas otimizações
nos consumos de energia e
matéria-prima, que resultam
em vantagens competitivas
frente ao vidro e ao aço, mate-
riais retortable tradicionais. Os
recipientes têm formatos que
facilitam encaixes e possibilitam
grande aproveita-
mento de espaços
nos processos
logísticos, e, no
pós-consumo, são
passíveis de reci-
clagem mecânica
ou recuperação
energética.
AMPET Single Serve Danish Seafood
Nova embalagem para item hortifrutigranjeiro que utiliza somente materiais renováveis e biodegradáveis em apoio a fontes responsáveis, produção limpa e recuperação efetiva
Uma alternativa mais limpa aos sistemas de embala-gens rígidas retornáveis na distribuição de água mineral em grandes volumes
Embalagens retortable para refeições prontas que economizam energia e reduzem o desperdício de alimentos
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Estados UnidosEarthCycle
+1 (604) 899-0928www.earthcycle.com
Innovia FilmsNo Brasil:
(11) 5053-9945www.innoviafilms.com
de água mineral, são mais custosos,
BrasilDuPont
0800 17 1715www.dupont.com.br
Klabin(11) 3046-5800
www.klabin.com.br
pescados da também escan- facilitam encaixes e possibilitam
grande aproveita-
mento de espaços
nos processos
logísticos, e, no
pós-consumo, são
passíveis de reci-
clagem mecânica
ou recuperação
energética.
DinamarcaFaerch Plast
+45 9910-1010www.faerchplast.com
14 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
Tipicamente, materiais diferen-
tes são utilizados na fabrica-
ção de aplicadores de batons.
O novo projeto de embalagem
para os batons PlantLove da
canadense Cargo Cosmetics,
mostrado na edição anterior
de EmbalagemMarca, utiliza
apenas um material, e de
fonte renovável: o PLA (ácido
polilactídeo) – “resina verde”
produzida pela americana
NatureWorks LLC a partir de
amido de milho. A construção
com um único material facilita
a reciclagem do aplicador. Os
cartuchos de papel cartão em
que os batons são comercia-
lizados também inovam. Eles
possuem sementes de flores
incrustadas, para que o consu-
midor possa plantá-la.
PlantLove LipstickUm novo aplicador cosmético feito inteiramente de um único material, para reciclagem mais fácil
Brandido como o primeiro
recipiente totalmente produzido
com polipropileno (PP) pós-
consumo reciclado, o UniPak
Eco começa a ser oferecido por
sua fabricante, a dinamarquesa
Superfos, para o acondiciona-
mento de diversos produtos,
de alimentos a tintas e outros
produtos químicos. O material
empregado é de fontes com-
provadamente sócio-respon-
sáveis, e a embalagem pode
ser novamente reciclada. A
Superfos calcula que, compara-
da à fabricação de embalagens
similares com PP virgem, a
produção com material reci-
clado, considerando-se que as
peças originadas continuam
recicláveis, reduz a emissão de
CO2 do processo industrial em
até 90%.
UniPak EcoO primeiro recipiente 100% feito de polipropileno pós-consumo reciclado
Utilizando a tecnologia DuPont Cyrel FAST de
gravação de chapas fotopoliméricas para fle-
xografia, a britânica Promopack, especialista
em pré-impressão de embalagens, conseguiu
eliminar completamente o tradicional uso de
solventes no processo. Além de obter um pro-
cesso solvent-free, a empresa viu o consumo
energético baixar significativamente. Segundo
a Promopack, a tecnologia Cyrel FAST também
resulta em matrizes de impressão mais confiá-
veis e duráveis, e reduz o tempo total dos traba-
lhos de impressão.
DuPont Cyrel FAST Thermal ProcessUm novo processo térmico para pré-impressão de embalagens que elimina o uso de solventes, contribuindo para a produção limpa
CanadáNatureWorks LLC
+52 (55) 5259-1953www.natureworksllc.com
DinamarcaSuperfos
+45 5911-1110www.superfos.dk
Reino UnidoDupont
(11) 4166-8842www.dupont.com
Promopack+44 (01773) 533-600www.promopack.co.uk
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CONQUISTA NOTÁVEL
CONQUISTA NOTÁVEL
CONQUISTA NOTÁVEL
16 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
1989 – Garrafas e bandejas para ovos 100% feitos de PET reciclado
1990 – Programas de reciclagem de sacolas plásticas
1991 – Embalagens flexíveis compactas do tipo brick-pack (tijolos),
para redução de consumo na fonte e conveniência ao consumidor
1992 – Bandejas de plástico expandido produzidas com metade do material utilizado por bandejas rígidas
Primeira bandeja de alimentos com PET reciclado pós-consumo
1993 – Redução do consumo de material por meio da introdução de produtos concentrados/refis
1995 – Redesenho de embalagens para eliminação de componentes, reduzindo o consumo de materiais em mais de 50%
1997 – Recipiente 100% de PET reciclado para sucos prontos
2004 – Embalagens compostáveis feitas de materiais renováveis (PLA, polímero de amido de milho)
Ao longo dos anos, o DuPont Awards premiou signifi cativas conquistas ambientais em embalagens. Veja algumas das mais signifi cativas
Não é de hoje
Jordans Organic CerealsUma nova fl exível compostável e biodegradável que apóia o caráter natural do produto e assegura a efetiva recuperação pós-consumo
AirLEssMotion Bag-in-Bottle SystemRedução de energia consumida no processo de manufatura em mais de 50% por meio de uma nova tecnologia que permite a substituição de quatro etapas produtivas por um processo único
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AlemanhaGaplast
+49 (0) 8845-74130www.gaplast.de
Reino UnidoAlcan Packaging
No Brasil:(11) 4512-7170www.alcan.com
Innovia FilmsNo Brasil:
(11) 4512-7170www.innoviafilms.com
Novamont+39 (0) 321-6996
www.novamont.com
Abordada na edição anterior de
EMBALAGEMMARCA, a bolsa plástica
do cereal matinal britânico Jordans
Cereals é produzida pela Alcan
Packaging européia a partir de maté-
rias-primas renováveis, compostáveis
e biodegradáveis. Sua estrutura é
composta por uma combinação
de filmes derivados de bioplásticos – o NatureFlex, filme de celulose da
inglesa Innovia Films, e o Mater-Bi, filme de blendas de amidos da italiana
Novamont –, sendo a primeira aplicação do gênero no mundo para um
produto seco e de longa vida-de-prateleira. As propriedades dos filmes
se combinam para conferir barreiras e processabilidade à embalagem,
que pode ser descartada pelos consumidores com fins de compostagem
doméstica ou industrial.
A alemã Gaplast desenvolveu uma tecnologia que, em
comparação a projetos anteriores, reduz mais que pela
metade o consumo energético na produção de garrafas
spray para desinfetantes. A solução consiste numa bolsa
moldada por co-extrusão-sopro com a resina Surlyn, da
DuPont, que é acomodada numa garrafa rígida. O con-
ceito bag-in-bottle, baseado na única ação de junção dos
dois componentes, substitui uma anterior baseada em
quatro etapas. A recu-
peração da embalagem
após o descarte é facili-
tada pelo fato de bolsa e
garrafa serem produzidas
com a mesma família de
polímeros.
18 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
HOME CARE
Compacto e econômicoVersão concentrada de Comfort gera economia de resina plástica, de embalagens secundárias e de matérias-primas na produção
om a crescente onda do consumo responsável, ou, usando a palavra mais em voga, da sustentabili-dade, acentua-se no mundo inteiro a tendência de lançamento de produtos concentrados, acondicio-nados em embalagens mais reduzidas. Nos Estados
Unidos, sempre um destaque nas ondas em que as empresas sur-fam para estar na vanguarda de mercado, um exemplo eloqüente é o da entrada do detergente líquido concentrado All Small & Might, comercializado pela Unilever: em um ano de lançamento, segundo a empresa, foi obtida uma economia de 11 milhões de litros de água, de 30 000 litros de diesel, de 4,5 milhões de tone-ladas de resina plástica e de 1 milhão de caixas de papelão, além de 1 000 horas em descarregamento de caminhões.
Esses ganhos incentivaram a Unilever a apostar no desen-volvimento de um produto com a mesma finalidade no Brasil. O primeiro item a chegar ao mercado é o amaciante de roupas líder de mercado, Comfort, na versão concentrada, acondicionado em embalagens de 500 mililitros. A quantidade de produto tem o mesmo rendimento da embalagem de 2 litros e, ao que afirma o fabricante, custará cerca de 20% menos no ponto-de-venda. De acordo com a Unilever, o lançamento é uma iniciativa favo-rável ao meio ambiente, já que foi desenvolvido dentro de uma plataforma de sustentabilidade, atendendo aos três pilares desse conceito: as ações nele contidas devem ser socialmente justas, economicamente viáveis e ambientalmente corretas.
A Unilever argumenta que o Comfort Concentrado, quando
C
Unilever usa rótulos e “bula” para tentar mudar hábito da consumidora, que antes precisava usar a medida de duas tampas e agora só precisa de meia
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comparado com o Comfort diluído, apresenta vantagens para o meio ambiente, do início da cadeia produtiva até a casa da consumidora. Considerando que todo volume de Comfort dilu-ído fosse convertido em concentrado, em número de lavagens a inovação geraria benefícios como economia de 79% de água na sua fórmula – o equivalente a 30,5 piscinas olímpicas ao ano. A embalagem é menor, gerando economia de 58% de plástico (polietileno de alta densidade – PEAD), ou cerca de 1 600 toneladas ao ano. No transporte, há redução de 52% no uso de caixas de papelão e 67% de caminhões a menos nas estradas. “Com o novo Comfort Concentrado, vamos promover uma migração dos amaciantes diluídos para os concentrados e, conseqüentemente, uma grande mudança de hábito entre as consumidoras, assim como ocorreu nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia”, afirma Priya Patel, diretora de marketing da área de Higiene e Limpeza da Unilever. “As con-sumidoras, até agora acostumadas com a versão de 2 litros, passarão a encontrar nas prateleiras um amaciante concentrado em embalagem de 500 mililitros, o que ajuda a minimizar os impactos na natureza”, diz Priya.
O grande desafio, como ressalta a executiva, é que o novo produto demanda mudanças nos hábitos de consumo. Isso envolverá um trabalho de educação das consumidoras, para que entendam como fazer as novas dosagens do produto. Hoje, a recomendação de uso do Comfort de 2 litros diluídos é de duas tampas para uma máquina de lavar de 5 quilos de roupas. Com o novo Comfort Concentrado, meia tampa é suficiente para lavar esta mesma quantidade de roupa.
As tampas das novas embalagens – assim como os frascos, produzidos pela Brasalpla – são as mesmas dos recipientes de 2 litros. Além de dispensar novo molde, ela serve como referência para a medida de amaciante a ser utilizada. As
Na gôndola, display deixa embalagem de 500 mililitros na mesma altura do frasco de 2 litros
Com embalagens menores, Unilever alardeia economia de matérias-primas
Comparativo entre as embalagens
Altura 33,3cm 15,5cm
Largura 12,3cm 9,5cm
Profundidade 9,5cm 5,8cm
Frasco Frasco 2 litros 500 ml
Comfort Concentrado
Redução de
79%de água na
fórmula do produto
Economia de
58%de resina plástica
(cerca de 1 600
toneladas/ano)
Redução de
52%no uso de caixas
de papelão
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tampas, aliás, estão presentes em ilustrações no contra-rótulo e num folheto preso ao gargalo da embalagem com as instruções de uso. Para educar a consumidora sobre a nova dosagem de Comfort Concentrado, a marca vai divulgar instruções em televisão, rádio e mídia impressa.
Os pontos-de-venda também terão ações para explicar a utilização do novo produto. O novo Comfort fica em exposição na mesma gôndola da embalagem de 2 litros, evitando que seja con-fundido com as embalagens de 500 mililitros já existentes no mercado. Displays diferenciados desenvolvidos pela Unilever deixam as duas ver-sões de Comfort na mesma altura nas prateleiras. “A nova embalagem vai ficar lado a lado com o Comfort de 2 litros, por isso o display que ‘levan-ta’ o produto”, revela Adriana Muratore, diretora de Higiene e Limpeza de Customer Marketing e Gerenciamento por Categoria da Unilever Brasil e do Instituto Unilever.
Outra vantagem citada pela Unilever com a embalagem menor é a redução de peso. Esse é
Brasalpla(11) 2104-1400www.brasalpla.com.br
CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br
Rex Design(11) 3862-5121www.rexnet.com.br
um fator importante, porque, segundo a empresa, 70% das compras no Brasil são realizadas a pé ou de ônibus, e o frasco mais leve é mais fácil de ser carregado. O volume menor da embalagem tam-bém traz benefícios, pois ocupa menos espaço em casa. “Para o comércio, o Comfort Concentrado rentabiliza o metro quadrado no estoque e nas gôndolas, com incremento de 60% de produtos nas prateleiras”, ressalta Adriana. Segundo a executi-va, o produto pretende atender à preocupação dos consumidores com o meio ambiente. Ela lembra que no início dos anos 1990 a Unilever testou o Comfort Concentrado no mercado brasileiro, mas o produto não vingou. “O momento era outro e o conceito do produto era diferente: o consumidor precisava diluir o amaciante em água, e para isso precisava da embalagem de 2 litros, o que não trazia grandes vantagens.”
Os rótulos de Comfort Concentrado foram desenvolvidos pela Rex Design e são produzidos pela CCL Label. O amaciante tem três variantes: Original, Vibrant e Ellegance. (FP)
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REPORTAGEM DE CAPA
Cabe aqui?Oferta de produtos de higiene pessoal e beleza com embalagens pequenas, sob medida para viajar no nécessaire, ainda tem grandes espaços para crescer no Brasil
unca os brasileiros viajaram tanto, seja a lazer, aproveitando o bom momento econômico, ou a negó-cios. De acordo com um recente estudo bancado por entidades de
classe atreladas à indústria do turismo, os presta-dores nacionais de hospedagem, transporte aéreo e locação de veículos faturaram 27,52 bilhões de reais em 2007, número que, em projeção, deve fechar este ano cerca de 6% maior. As viagens pulsam forte, mas, enquanto a oferta de alimentos e de bebidas para o consumo em movimento já é generosa, o mesmo não acontece com os produtos para cuidados pessoais. O brasileiro ainda sua para encontrar itens de toucador e cosméticos sob medida para o nécessaire.
Xampus, dentifrícios, cremes e desodorantes “para viagem” possuem até prateleiras próprias em supermercados e farmácias na Europa, na América do Norte e no Japão. Como as porções menores desses produtos ainda rareiam por aqui, muitas vezes o público acaba recorrendo às versões para consumo doméstico, exageradas para as viagens
NPor Denise Bobadilha
curtas. As apostas iniciais de certas marcas de per-sonal care mostram que o filão “on-the-go”, apesar de engatinhar no Brasil, pode ser proveitoso.
Em 2000, a Johnson & Johnson lançou uma cam-panha para os cosméticos Clean & Clear chamada “1, 2, 3 e pronto”, baseada em kits de produtos para o rosto apresentados em pequenas bisnagas plásticas de 60 mililitros, produzidas pela C-Pack. Mesclando produ-tos como sabonete líquido, hidratante, adstringente e gel secativo para acne, a idéia, concebida no Brasil, se espraiou para toda a América Latina. “O sucesso foi tão grande que hoje a linha repre-senta 15% do volume total de vendas da Clean & Clear”, conta Carolina Lyra, gerente da marca na J&J. Segundo a executiva, a portabilidade foi a
Kit com miniprodutos fez tanto sucesso que, hoje, representa 15% das vendas da marca Clean & Clear
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chave para o êxito comercial dos kits.Também na forma de um kit, chamado
Terapeutics e composto por xampu, condiciona-dor, hidratante e sabonete líquido acondicionados em bisnagas plásticas de 50 mililitros da Impacta e da C-Pack, a tradicionalíssima Casa Granado decidiu atender o consumo fora do lar. Assim como os kits da Johnson & Johnson, os produtos são agrupados numa bolsa plástica que pode fazer as vezes de nécessaire. A Granado evita detalhar o desempenho do produto no mercado, mas informa que os produtos tiveram ótima aceitação.
A empresa já trabalhava embalagens com as mesmas dimensões numa outra linha, feita exclusivamente para distribuição na rede hotelei-ra, canal já bem-municiado com pequenas apre-sentações de itens de toucador. Fábio Yassuda, diretor comercial da C-Pack, entende que a oferta de embalagens miniaturizadas no varejo é uma oportunidade fértil a ser ainda assimilada tanto pelos fabricantes de cosméticos quanto pelos de embalagens. “Além de facilitar a vida daqueles
que precisam se locomover constantemente, as apresentações menores de produto ajudam na fidelização às marcas, ocupam menos espaços e representam uma opção a mais nas prateleiras”, resume o profissional.
Yassuda lembra que as novas normas inter-nacionais de vôo limitam o transporte, na baga-gem de mão, de produtos líquidos ou géis em
Granado: apesar de tradicional, marca aposta em apelo moderno
A indústria do turismo no
Brasil faturou, em 2007,
R$ 27,5
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cerca de 100 mililitros, quantidade que varia dependendo do produto e do país para o qual se viaja. “Recentemente estava embarcando para a Argentina e tive que me livrar do meu gel para cabelo”, conta o diretor da C-Pack. “Cabe a nós, da indústria, criarmos modelos diferentes, que atendam às novas necessidades de consumo.” Contribuindo nessa direção, a C-Pack está lançan-do duas tampas com diâmetro de 19 milímetros, adequadas a bisnagas menores. Uma é de rosca, e a outra, flip top.
Para os cabelos, quase nadaA escassez de apresentações menores salta aos olhos principalmente na seção de xampus e con-dicionadores, produtos de uso freqüente, mas muitas vezes não oferecidos por hotéis. Remando contra a maré, um exemplar de preocupação com o consumidor viajante abocanhou um dos troféus do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA 2007 – GRANDES CASES DE EMBALAGEM: o dois em um miniatura, conjugando xampu e condicionador num único frasco compartimentado, da linha Energia Vital, da Swiss Vital.
O produto, composto por 35 mililitros de xampu e 25 mililitros de condicionador, surgiu como opção à variante para consumo doméstico, com 200 mililitros de xampu e 150 mililitros de condicionador. Além de facilitar o transporte,
Swiss Vital inovou com pequenos frascos compartimentados para xampu e condicionador. Idéia foi até premiada
o frasco único para os dois itens, moldado pela Igaratiba, garantiu apelo econômico. “O produto foi muito bem-recebido pelo público”, diz Sergio Driuzzo, fundador da Swiss Vital. De modo a ampliar o apelo de recompra do produto, a fabri-cante, em parceria com a Igaratiba, adotou recen-temente uma nova blenda de polietilenos de baixa e alta densidade para o corpo do frasco, a fim de facilitar sua compressão e, conseqüentemente, a saída do xampu e do condicionador.
Embora os fornecedores demonstrem que têm expertise para atender projetos de embalagens portáteis, o interesse do mercado é pequeno. Procuradas por EMBALAGEMMARCA para comentar os motivos da inexistência de versões para viagem de produtos capilares, grandes fabricantes como Unilever e Colgate-Palmolive preferiram não se manifestar. Por meio de seu departamento de comunicação, a Procter & Gamble informou que suas embalagens de 200 mililitros dos xampus Pert Plus, Pantene e Head & Shoulders “atendem às necessidades dos consumidores que viajam muito”.
Para cuidado extra com os cabelos durante via-gens, a P&G aponta soluções em sua linha Wella Professionals. Ela consiste no Gloss Serum de 75 mililitros e os reparadores Lifetex Extra Rich Hair Oil, de 50 mililitros, e o Ends Express, de 25 mili-litros. A linha é internacional e as embalagens não são produzidas no Brasil. “Tais produtos são bons para viagens, pois, além de pequenos, servem para tratar o cabelo rapidamente, sem precisar ir ao salão”, diz Gabriela Athayde, relações-públicas da Wella Professionals.
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Fora do varejo, nas vendas diretas, a Natura acondiciona cosméticos em embalagens peque-nas, embora em lançamentos especiais e sazonais não alardeados propriamente como especiais para viajantes. O forte, nessa área, é a linha de produtos para o rosto – casos dos hidratantes, sabonetes e removedores de oleosidade da linha Faces. Há também pro-dutos para as mãos (em bisna-gas de 50 gramas) e óleos de banho.
Nos casos dos protetores solares e dos repelentes de inse-tos, produtos bastante requisi-tados nas viagens, o cenário é um pouco mais alentador. No último verão, o protetor Coppertone, da Mantecorp, foi comercializado num kit com três bisnagas de 60 mililitros cada, da C-Pack (loção, gel e protetor para atividades espor-
Coppertone: bisnaga facilita transporte do protetor solar
No canal porta a porta, Natura tem produtos com
apelo de portabilidade
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tivas). Para a proteção do rosto, a Mantecorp lançou uma versão do Coppertone Noskote FPS 15 em bis-naga com 12,4 gramas, e a J&J, um Sundown em bisnaga de 45 gramas, ambas da C-Pack. A Natura lançou um protetor da linha Fotoequilíbrio Ultra num frasco com 50 mililitros (cujo for-necedor não foi informado).
Já o repelente para crianças Repelex Kids, da Reckitt Benckiser, foi lança-do no ano passado em bisnaga plástica
da C-Pack com 30 mililitros, e tampa dosadora da Seaquist Closures com a membrana de silicone SimpliSqueeze, especialmente desenvolvida para evitar vazamentos. O produto, que também é ven-dido em versão de 150 mililitros, foi outro a figurar entre os vencedores do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA 2007 – GRANDES CASES DE EMBALAGEM.
Sorriso contidoA área de higiene bucal é outra que tem grande espaço para crescer em termos de produtos prá-ticos para o transporte. “Fabricamos tubos para creme dental com 35 ou 45 gramas normalmente, mas sem dúvida os tubos de 90 gramas dominam o mercado”, conta Ângelo Brero, gerente de negó-cios da Dixie Toga, grande fabricante de bisnagas laminadas. Em diversos supermercados é difícil encontrar os tubos menores, e Brero acredita que dificilmente a oferta desses produtos possa cres-cer, ou melhor, diminuir, “até pelo fato de uma embalagem de 90 gramas poder ser facilmente carregada”.
Segundo o executivo da Dixie Toga, os tubos,
Adequados para o acondicionamento de
pequenas doses, os sachês laminados
podem ser uma solução proveitosa para
as indústrias que quiserem lançar produ-
tos portáteis de higiene pessoal e beleza,
ideais para viagens. De acordo com a
Mappel, referência na fabricação dessas
embalagens e também envasadora de
cosméticos, a procura maior por sachês
ainda é para o mercado de amostras
grátis. “O mercado para venda direta
está aumentando, mas ainda tem muito
para crescer, principalmente quando
comparado com o da Argentina ou o da
Europa”, relata Maurici Marques, gerente
comercial e técnico da empresa.
De tamanhos variados, os sachês são
feitos em laminados de três camadas
(poliéster, alumínio e polietileno). A
Mappel faz sachês individuais para
dose única ou conjuntos de dois, três
ou quatro unidades, destacáveis por um
serrilhado. Antes da comercialização, o
produto passa por um teste de estabi-
lidade para comprovar a adequação do
cosmético ao laminado.
Um produto lançado em janeiro em
sachê da Mappel e ideal para viagens é
uma versão portátil do lubrificante íntimo
KY, da Johnson & Johnson, com cinco
gramas. “Ainda é cedo para avaliar, mas
acreditamos que o retorno será ótimo,
pois esse é um produto de baixo desem-
bolso e prático, tanto pelo tamanho
quanto pela quantidade”, diz Ricardo
Wolff, gerente da divisão Women’s Health
e Intimacy Care da J&J.
Carlos Signei de Souza, diretor de outra
grande fabricante de sachês, a Artpack,
diz que o consumo dessa embalagem
aumentou bastante de um ano para cá.
Motivo: a segmentação do mercado de
cosméticos, nela incluídos alguns pro-
dutos “para viagem”. “O sachê facilita o
transporte do produto em viagens, tanto
devido às regras de aviação, que limitam
volumes, quanto ao risco de um produto
abrir na mala, coisa que todo mundo já
experimentou alguma vez na vida”, diz o
executivo.
Segundo Souza, um “destravamento”
industrial também concorre à populari-
zação dos sachês em produtos de vare-
jo. Antigamente, só era possível pro-
duzir uma tonelada de filme para cada
item, o que causava um custo inicial
muito alto. “Hoje”, ele conta, “é possível
fazer 10 000 embalagens, cerca de 35
quilos de filme, graças aos avanços
da flexografia e de outros métodos de
impressão”. Como potenciais produ-
tos usuários de sachês, o diretor da
Artpack vê, além dos lubrificantes ínti-
mos, cremes para massagem, vitaminas
para cabelo e repelentes de insetos.
Uma saída: pôr no envelopeSachês podem auxiliar lançamentos de produtos portáteis
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Wolff, gerente da divisão Women’s Health
para cabelo e repelentes de insetos.
Gel KY em sachê, nova idéia da Jonhson & Johnson
Sachês da Artpack: demanda aumentou de um ano para cá
Sundown: versão com 45 gramas
Cremes dentais de 90 gramas (à esq.) ainda eclipsam os menores
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com estrutura e impressão flexíveis sob o ponto de vista industrial, têm grande potencial como embalagens com quan-tidades menores que os frascos tradicio-nais. Para mostrar que tais embalagens podem contar com um repertório de apli-cações que vai além dos cremes dentais, a Dixie Toga desenvolveu, nos últimos meses, laminados especiais para merca-dos como o alimentício, o farmacêutico, o de hair care, o de body care e o industrial. “Nos Estados Unidos, os tubos aboca-nham 11% do mercado de hair care”, diz Brero.
No segmento de enxaguatórios bucais, a Colgate-Palmolive foi pioneira em lan-çar, há cerca de três anos, versões de Plax em frascos de 60 mililitros, projetados para caber na bolsa ou no nécessaire (os fornecedores não são revelados pela empresa). A área de fios dentais também começa a se mexer. A Bitufo, de Jundiaí (SP), lançou uma embalagem compacta para
Anti-séptico bucal Plax com 60 mililitros cabe na
bolsa ou no nécessaire
Apelo de portabilidade já é trabalhado pela Bitufo em fio dental compacto
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20 metros de fio dental, fabricada pela própria empresa, decorada com rótulo auto-adesivo da Vilac e propagandeada como ideal para viagens.
Indo além, a Sanifill lançou recentemente o Sanifill One Way. Consiste num pedaço único de fio dental, de 40 centímetros, acondicionado em sachê de polipropileno biorientado da Majpel. O produto é apresentado em caixas de papel cartão com 1 000 unidades, da Embalplan – destinadas à distribuição em congressos de dentistas, far-mácias, supermercados e para amostragem em pontos-de-venda – e com 50 unidades, da Gráfica Estrela. Esta última possui furação para gancheira,
Sanifill aposta em pedaço de fio dental em
sachê
AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS NESTA SEÇÃO SÃO PROVENIENTES DE LEVANTAMENTOS E ANÁLISES DA MINTEL E SÃO AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS NESTA SEÇÃO SÃO PROVENIENTES DE LEVANTAMENTOS E ANÁLISES DA MINTEL E SÃO AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS NESTA SEÇÃO SÃO PROVENIENTES DE LEVANTAMENTOS E ANÁLISES DA MINTEL E SÃO PROTEGIDAS POR DIREITOS AUTORAIS.PROTEGIDAS POR DIREITOS AUTORAIS. EMBALAGEMMARCAEMBALAGEMMARCA NÃO SE RESPONSABILIZA PELO CONTEÚ NÃO SE RESPONSABILIZA PELO CONTEÚEMBALAGEMMARCA NÃO SE RESPONSABILIZA PELO CONTEÚEMBALAGEMMARCAEMBALAGEMMARCA NÃO SE RESPONSABILIZA PELO CONTEÚEMBALAGEMMARCA DO.DO.
O Global New Products Database (GNPD) da Mintel acompanha lançamentos de produtos, tendências e inovações. O Global New Products Database (GNPD) da Mintel acompanha lançamentos de produtos, tendências e inovações. Para mais informações, visite www.gnpd.com ou ligue para a Mintel Internacional (+ 1 312 932-0600)Para mais informações, visite www.gnpd.com ou ligue para a Mintel Internacional (+ 1 312 932-0600)
Sondagem GNPD*: Higiene pessoalTodos os meses, EMBALAGEMMARCA seleciona alguns cases internacionais de um dos mercadosanalisados por nossa reportagem, para que os leitores possam compará-los com o que se produz no Brasil
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RefreshPaís: Estados Unidos
Conjunto de produtos de cuidados pessoais – xampu, condiciona-
dor, sabonete líquido e loção corporal – da rede de varejo Trader
Joe’s voltado para viagens. Os itens são aconcicionados em garra-
fas de PET moldadas por extrusão e sopro com capacidade para 2
onças fluidas (cerca de 60ml) decoradas com rótulos auto-adesivos
de papel impressos em offset. Os produtos vêm agrupados num
estojo plástico com zíper para refechamento, que serve como
nécéssaire.
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site:
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Burt’s BeesPaís: Estados Unidos
Creme de barbear (14g), loção pós-barba (14,8ml), sabone-
te líquido (29,6ml), sabonete em barra (23g), colônia (9ml)
e hidratante labial (4g) são os produtos que compõem o kit
de viagens da Burt’s Bees focado no mercado masculino.
Uma embalagem de papel cartão reciclado agrupa os itens
no ponto-de-venda.
Grooming Basics To GoPaís: Estados Unidos
Um estojo de papel cartão
impresso em offset com três
itens da Clarins voltados para
o público masculino: um tubo
de alumínio com 50 mililitros
de creme de barbear e duas
bisnagas plásticas extrusadas –
uma com 30 mililitros de creme
de limpeza facial, a outra com
12 mililitros de gel hidratante
– com tampa injetada em pare-
de dupla.
Mini Hydrating Bar SoapsPaís: Estados Unidos
Cinco variedades de mini sabonetes da linha
JequitiVida Banho são oferecidas pela Higident
num elegante estojo de papel cartão impresso
em offset. Cada barra pesa 25 gramas.
Artpack Sachês Especiais(11) 2783-6118www.artpacksaches.com.br
Box Print(51) 2111-1311www.boxprint.com.br C-Pack(11) 5547-1299www.c-pack.com.br
Dixie-Toga(11) 5516-2000www.dixietoga.com.br
Embalplan(41) 3018-0270www.embalplan.com.br
Gráfica Estrela(49) 3441-0200www.graficaestrela.com.br
Ibratec(11) 4772-8277www.ibratecgrafica.com.br
Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br
Impacta(11) 4447-7300www.impacta-brazil.com.br
Majpel(11) 2954-4611majpel@uol.com.br
Mappel(11) 4055-4457www.mappel.com.br
Rhotoplás(11) 4199-2555www.rhotoplas.com.br
Seaquist Closures(11) 4143-8900www.seaquistclosures.com
Vilac Rótulos Adesivos(19) 3741-3300www.vilac.com.br
o que abre perspectivas para exploração de canais de varejo, segundo Salomão Stemberg, diretor comercial e sócio da Sanifill.
Contrastando com o que acontece com outros produtos de personal care, os desodorantes já ofe-recem muitas extensões de linha adequadas para figurar no nécessaire. Em spray ou roll-on, são muitas as marcas que optaram por embalagens reduzidas, de 60 gramas ou 50 mililitros, respec-tivamente.
A versão Mini do desodorante masculino Axe é um exemplo. Contudo, a Unilever Brasil informa que a intenção inicial desse produto, bem como de outros desodorantes menores, não era propria-mente funcionar como produto de viagem, mas sim uma opção atraente para o mercado popular. Parece que, em muitos casos, o consumidor ainda terá que torcer para que os atendimentos à baixa renda e ao público que mora só (single), aos quais o mercado de higiene pessoal e beleza está mais antenado, acabem, por linhas tortas, contribuindo para tornar suas viagens mais confortáveis.
Versões compactas de desodorantes, como as de Axe, são oficialmente
lançadas com apelo de custo – mas acabam atendendo ao viajante
30 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
PRÊMIO
Fronteiras expandidasAssociação de embalagens de vidro dos Estados Unidos premia inovações em design
Glass Packaging Institute (GPI), a associação dos fabri-cantes de embalagens de vidro dos Estados Unidos, anun-ciou os vencedores do Clear
Choice Awards 2008, prêmio que reconhe-ce as melhores embalagens feitas com o material e que está em sua oitava edição. Neste ano foram premiados doze produtos
de consumo de empresas que “colabora-ram para expandir as fronteiras do design de embalagens de vidro”. Também foi homenageado o Condado Orange (Orange County), na Califórnia, por seu programa de reciclagem.
A seguir, EMBALAGEMMARCA traz os vencedores do principal prêmio da indústria norte-americana de embalagens de vidro.
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CATEGORIA CERVEJASVencedor: Miller ChillEmpresa: Miller Brewing CompanyFornecedor da embalagem: Owens-Illinois
CATEGORIA VINHOSVencedor: Tin Roof Chardonnay e Cabernet SauvignonEmpresa: White Rocket Wine CompanyFornecedor da embalagem: Saint-Gobain Containers
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CATEGORIA ALIMENTOSVencedor: On the Border Salsa Empresa: Truco EnterprisesFornecedor da embalagem: Vitro Packaging (design da garrafa e do rótulo desenvolvidos pela Flow-Design)
CATEGORIA BEBIDAS CARBONATADASVencedor: Q Tonic Empresa: Q Tonic Fornecedor da embalagem: Vitro Packaging
CATEGORIA BEBIDAS NÃO CARBONATADASVencedor: XanGo Empresa: XanGoFornecedor da embalagem: Anchor Glass (design da gar-rafa e do rótulo desenvolvidos pela Flow-Design) CATEGORIA
BEBIDAS DESTILADASVencedor: UV Vodka Empresa: Phillips Distilling Company Fornecedor da embalagem: Anchor Glass
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CATEGORIA BEBIDAS ALCOÓLICAS SABORIZADASVencedor: Saké2me • Empresa: Saké2me Fornecedor da embalagem: Vitro Packaging
CATEGORIA ALIMENTOS ORGÂNICOSVencedor: Del Monte Organic PicklesEmpresa: M. A. Gedney CompanyFornecedor da embalagem: Saint-Gobain Containers
CATEGORIA BEBIDAS ORGÂNICASVencedor: Tizane Beverages • Empresa: Tizane BeveragesFornecedor da embalagem: Leone Industries
CATEGORIA DESIGN GERAL DE EMBALAGEMVencedor: Rose’s MojitoEmpresa: Cadbury Schweppes Beverages AmericasFornecedor da embalagem: Vitro Packaging
CATEGORIA RECONHECIMENTO EM CONVERSÃOVencedor: Red Gold SalsaEmpresa: Red Gold Fornecedor da embalagem: Saint-Gobain Containers
CATEGORIA COSMÉTICOS E FRAGRÂNCIASVencedor: Avon Anew Clinical (15ml e 30ml)Empresa: AvonFornecedor da embalagem: Vitro Packaging
CATEGORIA RECONHECIMENTO POR PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADEVencedor: Divisão de Reciclagem do Depar-tamento de Gestão de Resíduos Sólidos de Orange County
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FEIRA
Foco internacionalFispal Tecnologia quer se consolidar como “flagship” em feiras de embalagem na América Latina
epois de se firmar como maior exi-bição de soluções em acondicio-namento de alimentos do Brasil, a Fispal Tecnologia agora quer emplacar, definitivamente, como
um “must” no calendário internacional desse tipo de evento. Gerida pela primeira vez pela Brazil Trade Shows Partners (BTSP) – companhia for-mada pelo fundo de investimentos DLJ South American Partners e pelo empresário e publici-tário Flávio Corrêa, que já vinha atuando como CEO da Fispal desde 2005 –, a edição de 2008 da feira de negócios, realizada de 4 a 7 de junho no Anhembi, em São Paulo, deixou claras suas trilhas rumo à internacionalização.
Seguindo o que vem acontecendo em feiras internacionais de embalagem, a Fispal dedicou uma área específica para as soluções sustentáveis e organizou espaços próprios para estandes “temá-ticos” de países como China e Itália. Além disso, estabeleceu parcerias com operadores logísticos e
Dde turismo para facilitar o afluxo de estrangeiros à feira. Parece ter dado certo. A Markem-Imaje, por exemplo, anunciou ter fechado negócio com clientes de países vizinhos (veja a pág. 40) e, antes do balanço, esperava-se uma visitação superior a de cerca de 58 000 visitantes registrada em 2007. “Mais importante que o número, porém, é o fato de que, do México para o Sul, recebemos executi-vos e empresários de praticamente todos os países da América Latina, reforçando nossa percepção de que a Fispal Tecnologia se tornou a porta de entra-da para quem quer fazer negócios no continente”, afirma Marco Antonio Mastrandonakis, diretor de feiras da BTSP.
A equipe de EMBALAGEMMARCA presente à Fispal Tecnologia destaca, a seguir, algumas das principais novidades anunciadas durante a feira. Outros lançamentos e produtos de destaque do evento integrarão futuras reportagens, sob con-textos tecnológicos ou de mercado, já a partir da próxima edição. (GK)
Fispal Tecnologia: estréia concorrida sob nova gestão
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38 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
Produtividade e responsabilidadeTetra Pak anuncia uma nova plataformatecnológica e a certificação ambiental de suas embalagens
ois anúncios marcaram a parti-cipação da Tetra Pak na Fispal Tecnologia, feira de negócios rea-lizada em São Paulo no início de junho. Em termos de tecnologia,
a multinacional sueca apresentou a plataforma iLine. Trata-se de uma nova geração de solu-ções de embalagens cartonadas assépticas de alto desempenho, que eleva a integração de linhas e a tecnologia de automação, graças a um sistema de gerenciamento de informação e controle de processo. “A integração resulta em custos operacionais mais baixos, e este é um fator de diferenciação importantíssimo”, afirma Paulo Nigro, presidente da Tetra Pak no Brasil.
De acordo com a empresa, a nova linha de envase permite que os clientes aumentem a capacidade e reduzam os custos opera-cionais em até 40%, dependendo da confi-guração. O primeiro cliente da Tetra Pak a instalar a nova Tetra Pak A3/Speed iLine foi a holandesa Refresco Menken Drinks, uma das maiores produtoras de suco de fruta da Europa. A máquina foi instalada para produ-zir refrescos e sucos em embalagens Tetra Brik Aseptic de 200 mililitros. A Tetra Pak diz já ter um usuário ativo da iLine no Brasil, mas não revela o nome.
DTudo com FSCEm outra frente, a Tetra Pak anunciou que todas as embalagens produzidas em suas duas fábri-cas no Brasil, localizadas em Monte Mor (SP) e Ponta Grossa (PR), passam a ser certificadas com o selo do FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal), organização que estabelece padrões para gerenciamento respon-sável das florestas e rastreabilidade do material produzido.
A certificação atesta que toda a cadeia de fornecimento do papel utilizado na produção das embalagens da empresa no país – das florestas até o varejo – obedece a um manejo responsável, fontes controladas e práticas sócio-responsáveis, vem de florestas bem manejadas e fontes con-
Nova linha de envase iLine promete ganho de
produtividade de até 40%
Klabin(11) 3046-5800www.klabin.com.br
SIG Combibloc(11) 2107-6744www.sig.biz/brasil
Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br
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Todas as embalagens da Tetra Pak produzidas
no Brasil agora são certificadas com o selo FSC
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Giro rápidoSIG Combibloc festeja adesão crescente e apresenta máquinas de alta velocidadeOutra grande fornecedora de embalagens cartonadas
e máquinas de envasamento asséptico para alimentos
e bebidas, a SIG Combibloc, elegeu a clientela como
principal destaque na Fispal Tecnologia. Pudera. Tendo
fechado recentes contratos com indústrias como Cemil,
Piá e Siol (todas noticiadas em edições anteriores de
EMBALAGEMMARCA), a empresa suíço-alemã já conta com
sete clientes nacionais. Com ímpeto para fechar novas
parcerias, a SIG Combibloc buscou realçar em seu
estande as novas envasadoras CFA 124 e CFA 724,
ambas de altíssima velocidade. Elas são capazes de
processar 24 000 unidades/hora de embalagens combi-
blocSmall e combiblocMini, com volumes que variam de
125 a 350 mililitros. “Essas máquinas são fundamentais
para as indústrias que trabalham em mercados que
movimentam altos volumes de vendas, mas que também
são altamente competitivos”, afirma Luciana Galvão,
gerente de marketing da SIG Combibloc para a América
do Sul. A primeira CFA 124 foi instalada na Friesland
Foods Foremost, na Tailândia. Já a CFA 724 fez sua
estréia na indústria chinesa Lácteos Mongólia Mengniu.
troladas, certificadas pelo FSC. “Nossos clientes poderão optar pela utilização desse símbolo de sustentabilidade em suas embalagens, e ficará evidente ao consumidor o posicionamento socio-ambiental das marcas que ele usa”, diz Nigro.
A parceira da Tetra Pak no processo de certifi-cação é a Klabin, fornecedora do papel cartão que compõe suas caixinhas longa vida. Desde 2007, a Klabin conta com toda sua produção certifica-da pelo FSC. “As embalagens produzidas pela Tetra Pak passam a integrar uma cadeia produtiva em que é privilegiado o uso de matérias-primas florestais provenientes de sistemas socialmente benéficos, ambientalmente adequados e econo-micamente viáveis” ressalta o diretor-geral da Klabin, Reinoldo Poernbacher. (FP)
SIG Combibloc destaca envasadoras de alta velocidade
40 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
CODIFICAÇÃO
Ponto de convergênciaNova codificadora busca um novo patamar de união entre qualidade de impressão e facilidade de operação
epois de conduzir uma pesquisa com 200 clien-tes ao redor do mundo perguntando-lhes o que poderia ser melhorado na tecnologia de codifi-cação de embalagens por jato de tinta (inkjet), a americana Videojet, referência em equipamen-
tos dessa área, teve reforçada a percepção de que qualidade de impressão já não é mais anseio, e sim condição sine qua non. O mercado, na verdade, quer alta qualidade combinada com simplicidade. Essa conclusão fez a empresa desenvolver uma nova série de equipamentos, chamada 1000, com máquinas alicerçadas como nunca em construção simplificada, operação inteligente e interface intuitiva. O primeiro modelo dessa série, o 1510, foi destacado pela empresa na Fispal Tecnologia.
O coração da novidade é o Núcleo. “Trata-se de uma inovadora integração de válvulas e peças mecânicas desgastá-
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Um olá ao mercadoDepois de consolidada a fusão, Markem-Imaje estréia em mostras nacionais de embalagem
Markem-Imaje(11) 3305-9455www.markem-imaje.com
Videojet(11) 4869-8800www.videojet.com/1000line
Resultante da união entre dois pesos-pesados da área de codifica-
doras industriais, a americana Markem e a francesa Imaje, conso-
lidada no fim de 2007, a Markem-Imaje utilizou a Fispal Tecnologia
como um cartão de visitas. Em primeira mão no Brasil, os visitantes
do evento puderam conferir máquinas já embarcadas com a nova
identidade visual da empresa, dominada pela cor púrpura. Entre
os destaques da Markem-Imaje na Fispal estavam a Série 9000
de codificadoras a jato de tinta, de uso amigável e capazes de
imprimir dados variáveis em até 8 linhas, e a SmartDate 5, codifi-
cadora por transferência térmica de alta versatilidade,
indicada para a marcação de embalagens
flexíveis, chapas e rótulos. Esta última,
aliás, protagonizou o primeiro negócio
fechado pela Markem-Imaje na Fispal.
Cinco unidades da SmartDate 5 foram
adquiridas pela Indústria Alimentícia
Fagal SRL, fabricante boliviana de uma
variada linha de biscoitos.
veis, tipicamente separadas nas máquinas convencionais, num único cassete”, explica André Santos, gerente de vendas da Videojet. O Núcleo elimina, por exemplo, as constantes trocas de filtro, feitas geralmente a cada 2 000 horas, dependendo de manutenção preventiva a cada 9 000 horas – uma autonomia de 18 meses em aplicações típicas do segmento de média uti-lização (dois turnos diários, totalizando 16 horas, seis dias por semana). “Caso ocorra algum problema, o cliente não precisa chamar a assistência técnica e gastar tempo com diagnósticos, deixando a produção parada”, diz Santos. “Com um Núcleo sobressalente, ele pode, sem ajuda, trocar o cassete em 30 minutos”.
O sistema de alimentação da 1510 também é um desta-que. Ele é baseado no que a Videojet batizou de Cartuchos Inteligentes, unidades de tinta e solvente dotados de um micro-chip que permite ao equipamento “ler” erros como cartuchos trocados ou mal-colocados. O sistema garante esvaziamento total dos cartuchos, evitando desperdícios, e gerencia sozinho ajustes de viscosidade, eliminando a necessidade de se verter fluidos na máquina (calibração dinâmica). “Isso resulta em qualidade contínua de impressão”, diz Santos.
A 1510 tem conectividade USB e Ethernet e, segundo a Videojet, a previsão é de disponibilidade de entrega já no fim de junho. Três unidades encontram-se instaladas no Brasil, em fase de testes. (GK)
Inkjet 1510: o próprio cliente pode
substituir peças
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SmartDate 5: cinco unidades vendidas na Fispal
42 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
PRÊMIO
A passos firmesCresce o número de inscrições e de empresas interessadas no PRÊMIO EMBALAGEMMARCA
segunda edição do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA – GRAN-DES CASES DE EMBALAGEM, que culminará dia 1º de outubro próximo nas insta-
lações do moderno Espaço Fecomercio, em São Paulo, caminha firmemente para a ampliação do êxito da primeira, ocor-rida no ano passado. À medida que se aproxima o prazo final de inscrições (22/8/2008), vem aumentando a quanti-dade de consultas de empresas interessa-das em submeter cases de embalagem ao julgamento dos jurados. Melhor ainda, já
há bom número de inscrições efetivadas. No campo dos patrocínios, registra-
mos o fechamento de contrato com a Tupahe Tintas, que acaba de adquirir uma cota especial, ampliando assim o aval da cadeia de embalagens à iniciativa. Nessa área, muito honra os organizadores o interesse de empresas fabricantes de embalagens em apoiar o Prêmio, adqui-rindo cotas de patrocínio. No entanto, declinamos desse suporte, em atendimen-to à norma estabelecida no Regulamento do Prêmio de não permitir patrocínios de empresas que possam vir a ter produtos
seus premiados, tais como convertedores, prestadores de serviços e usuários de embalagens. Somente podem patrocinar cotas empresas situadas no início da cadeia, como fornecedores de máquinas, matérias-primas, insumos básicos. O veto a patrocínios de concorrentes diretos ao Prêmio tem o sentido de manifestação expressa de clareza e imparcialidade no julgamento. Não que se possa suspeitar de que os jurados eventualmente se dei-xariam influenciar, sentindo-se na “obri-gação” de laurear patrocinadores. O que buscamos é transparência.
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Viagem a ParisJantar terá novamente o sorteio de uma passagem aérea para Paris, oferecido pelo salão EmballageComo foi amplamente divulgado, os cases
ganhadores do PRÊMIO EMBALAGEMMARCA
– GRANDES CASES DE EMBALAGEM concorrerão
ao sorteio de uma passagem aérea e estadia
de quatro noites em Paris. Trata-se de um
brinde oferecido por um dos patrocinadores
master do Prêmio, o salão Emballage, que
se realizará de 17 a 21 de novembro na
capital francesa. O sorteado terá direito a
apresentar o case ganhador no fórum Pack.
Vision, que ocorre no âmbito daquela feira
e congrega profissionais e empresários da
cadeia produtiva de embalagem do mundo
inteiro. O sorteio será feito durante o jantar
que acompanhará a cerimônia de entrega de
troféus aos cases eleitos.
O ganhador do sorteio na primeira edição do
Prêmio foi a Amazon Comércio Importação
e Exportação, pelo uso de inovadora tampa
mista (plástico e aço) da Massucato para
potes de vidro de palmito da marca Equador.
José Carlos Massucato e Antonio José
Teixeira Rede, da Massucato, farão a apre-
sentação. Serão precedidos de palestra do
Publisher de EMBALAGEMMARCA e presidente
da Bloco de Comunicação, Wilson Palhares,
sobre o mercado brasileiro de embalagem.
Quanto aos preparativos da festa de premia-
ção, as equipes da Bloco de Comunicação
e da SPR International, organizadores do
evento, analisaram detidamente cada deta-
lhe da edição anterior, com vistas a corrigir
eventuais falhas e aperfeiçoar o que deu
certo. O objetivo é garantir aos participantes
a realização de uma festa ainda mais sofis-
ticada e ao mesmo tempo breve e descon-
traída, com boa comida, boa bebida e boa
companhia – a nata da cadeia produtiva de
embalagem no Brasil.
Patrocínio Master Patrocínio Especial Organização
Apoio Operacional
43EmbalagemMarcajunho 2008www.embalagemmarca.com.br
INTERNACIONAL
Original, sem dúvidaCodificação tripla quer garantir autenticidade e bom manejo de vinhos de luxo
preciadores de vinhos de luxo pre-zam demais o que lá fora se chama provenance. Ao pé da letra, a tra-dução do termo seria procedência, mas ele envolve, além da garantia
de origem, rastreabilidade e condições adequa-das de armazenamento. Ocorre que, no modelo tradicional de distribuição, o consumidor não tem como saber se o produto foi manejado impecavelmente até sua adega. Além disso, o mercado de vinhos de prestígio também se vê, cada vez mais, às voltas com falsificações. Em resposta a tais problemas, uma empresa fran-co-americana, a eProvenance, criou aquilo que patenteou, para o mercado de vinhos, como “Garrafa Inteligente” (Intelligent Bottle).
De forma resumida, a solução da eProvenance consiste na adoção de três componentes:
- Uma etiqueta RFID (de identifi-cação por radiofreqüência) semi-ativa na caixa de despacho, para monitora-mento e gravação das temperaturas e aprimoramento das operações de remessa e recebimento ao longo da cadeia de distribuição (foto 1);
- Uma etiqueta RFID passiva, com
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um código exclusivo, acoplada à base das gar-rafas de vinho, para automatizar o rastreamento e o gerenciamento de estoques – além de inibir furtos (foto 2);
- E um lacre para gargalo especial, desen-volvido pela própria empresa, com um código secreto aplicado à base da cápsula para autenticar o conteúdo e combater a pirataria (foto 3).
Os códigos dos três elementos são integrados num banco de dados on-line, de alta velocidade e todo criptografado, criando, para cada unida-de de vinho, o que a eProvenance batizou de “ePedigree”. A empresa já fechou contratos com
nove vinícolas da região de Bordeaux e, nos últimos meses, despachou mais de 200 caixas equipadas com RFID para Estados Unidos, Reino Unido e Japão, a fim de obter parâmetros das condições de temperatura nas distri-buições para tais países. “Assim como a indústria automotiva japonesa, que nos anos 80 começou a controles estatísticos de processo para atingir melhoras contínuas, nossa tecnologia aspira iniciar uma tendência positiva para vinhos finos”, comenta o enó-logo Eric Vogt, fundador e principal executivo da eProvenance. (GK)
eProvenance+1 (617) 484-2515www.eprovenance.com
Leitor verifica se a cápsula é autêntica.
Cruzamento de dados cria “blindagem”
contra falsificações
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44 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
BIOPLÁSTICOS
Vem aí uma “associação verde”Fabricantes nacionais de plásticos biodegradáveis planejam se unir em entidade de classe
Os bioplásticos pulsam forte mundo afora. Ainda nem tanto no Brasil, mas os fabricantes locais desses plásticos biode-gradáveis e compostáveis, derivados de fontes renováveis como milho, cana-de-açúcar, mandioca e batata, já planejam fundar uma entidade de classe. João Carlos de Godoy Moreira, diretor de tec-nologia e inovação da Biomater, empresa que produz polímeros a partir de batata e mandioca, explicou a EMBALAGEMMARCA os pretextos da iminente associação entre as empresas da área.
Quais as razões da criação da associação dos fabricantes nacionais de plásticos de fontes renováveis?O setor é emergente por aqui, mas já temos empresas razoavelmente desenvolvidas, e aplicações irrompem no mercado. A entidade de classe formal buscará, junto ao governo, subsídios ou incentivos tributários para desenvolver a atividade no Brasil, nos moldes das políticas da Europa e do Japão. Nesses mercados, os bioplásticos, capazes de serem reva-lorizados como material orgânico, são isentos de uma série de tributos, como o chamado disposal cost (tributação por impacto como resíduo). Para se ter idéia, hoje, na Alemanha, essa taxação é de 1,4 euro por quilo de resina convencional uti-lizado para a produção de embalagens.
A entidade pretende criar uma rotulagem para os produtos de bioplásticos?Sim. A identificação é meta prioritária. Como os bioplásticos geram produtos muito parecidos com aqueles derivados de petróleo, o público deve poder distin-gui-los, para decidir a melhor forma de
destinação final para produtos ao fim de seus ciclos de vida. A tendência é a ado-ção do logotipo de compostabilidade uti-
lizado na Europa, bem-diagra-mado e recentemente adotado por países como Austrália, Nova Zelândia e Tailândia.
Quais indústrias poderão par-ticipar da associação e qual a situação do mercado nacional de bioplásticos?As conversas para a forma-ção da entidade estão fortes
entre produtores de matérias-primas e transformadores aqui já instalados. Entre eles, posso citar empresas como Biomater, Rodenburg Biopolymers, BASF, Corn Products, PHB Industrial – Biocycle, Naturtec, Khel, CB Pack, Mamaplast e Canguru Embalagens. Quanto ao estado do mercado, já passamos da fase de testes de uma série de aplicações. Na área de embalagens, as perspectivas em curto prazo são especialmente boas para sacolas e bandejas. Naturalmente, o mer-cado local não teria condição de aten-der a uma explosão de demanda, pois ainda está se consolidando. A criação da associação poderá estimular grande crescimento.
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PANORAMA MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS
Em vez do “glug, glug, glug” dos goles intermitentes, fluxo contínuo e suave. É essa a promessa de um novo bocal para latinhas de bebidas desenvolvido numa parceria entre a Alcoa, a Ball Corporation e a cerveja-ria americana Coors. A Vented Wide Mouth Can consiste num bocal mais largo, cujo desenho facilita a vazão da bebida ao promover a entrada de ar na embalagem. “Com a redução do vácuo, a latinha se torna um copo”, diz Ann Whitty, gerente da divisão de embalagens rígidas da Alcoa. O novo bocal, fabricado pela Rocky Mountain Metal Container, joint venture entre a Coors e a Ball, estreou nos Estados Unidos no dia 15 de abril último nas latinhas das cervejas Coors Light e Coors Banquet.
METÁLICAS
Como talagada de copoNos EUA, novo bocal para latinhas promete melhorar vazão
Logotipo europeu de compostabilidade:
provável adoção aqui
Moreira: busca de apoio do governo
www.embalagemmarca.com.br
Edição: GUILHERME KAMIO guma@embalagemmarca.com.br
VIDRO
Dança da garrafaCasco customizado da AmBev continua a fazer barulho
Nome forte do mercado de mídias gravadas e virgens, a Videolar anunciou, em maio, o seu ingresso na área de filmes de poli-propileno biorientado (BOPP) para embalagens. Com inves-timento de 100 milhões de dólares, a empresa está mon-tando duas linhas para produzir 75 000 toneladas do material por ano. Localizada em Manaus, a fábrica deve iniciar operações no segundo semestre de 2009.O objetivo é direcionar parte da pro-dução para embalar os próprios pro-dutos da Videolar (mídias virgens e gravadas), para ganhar escala, e colocar o excedente à dis-posição do mercado de emba-lagens flexíveis. “O consumo cativo depende muito do cenário do mercado de entretenimento, cujo comportamento nos próximos anos é incerto até mesmo para nós”, diz Claudio Rocha Filho, gerente de divisão resinas plásticas da Videolar. “Mas o nosso consu-mo não deve superar 20% da capacidade da planta de BOPP.”
FLEXÍVEIS
BOPP, o novo filme da VideolarReferência em CDs e DVDs investe em material de embalagem
Perdura a polêmica em torno da garrafa de vidro de 630 mililitros para cerveja, lançado recente-mente pela AmBev (veja EMBALAGEMMARCA nº 104, abril de 2008). Proibida em maio pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), a embalagem ganhou do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no início de junho, anistia para ser comercializada com a marca Skol no Rio
de Janeiro. De acordo com o Cade, a liberação só para a praça fluminense visa facilitar um eventual recolhimento das garrafas caso elas voltem a ser proscritas. As concorrentes da AmBev vêem o casco com 30 mililitros a mais que o padrão de 600 mililitros como reserva de mercado, pois ela impede que outras cervejarias a utilizem.
Garrafa de 630 mililitros: banida, depois anistiada
Filmes de BOPP serão utilizados como
envoltórios para os próprios produtos de
varejo da Videolar
46 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
Presidente da produtora de filmes de BOPP Vito-pel, José Ricardo Roriz Coelho (foto) é o novo presidente da Associa-
ção Brasileira da Indústria de Filmes Bio-rientados (Abrafilme). Ele ocupa o lugar de Mauro Kernkraut, da Terphane.
Edson Konioshi deixou o cargo de di-retor de design da Packing para montar sua própria agência, a Ikoni Design.
Após ocupar por três anos o cargo de diretor de marketing da Nova Petroquímica (ex-Suza-no Petroquímica), Sin-clair Fittipaldi está de mudança para a Alemanha, onde integrará os quadros da produtora de poliolefinas Lyondell-Basell.
Maurício Médici saiu da produtora de materiais auto-adesivos Flexcoat para assumir a operação nacional da distri-buidora de papéis e materiais adesiva-dos UPM Raflatac.
A produtora francesa de equipamentos de emba-lagem Sidel apontou o engenheiro Luc Desout-ter como vice-presidente
global em desenvolvimento sustentável.
A distribuidora de filmes plásticos Tiv Plásticos confirmou Erik Cantinho como seu novo diretor comercial.
O alemão Klaus Klein-feld (foto), ex-presiden-te mundial da Siemens, foi eleito presidente mundial e CEO da Alcoa. Ele ocupa o cargo que nos últimos oi-to anos foi do marroquino naturalizado brasileiro Alain Belda – que continuará na Presidência do Conselho de Adminis-tração da gigante em alumínio.
PANORAMA MOVIMENTAÇÃO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCAS
GENTE
global em desenvolvimento sustentável.
Tornou-se corriqueira a definição de que a chave para criar marcas fortes é a administração holística, atenta a todos os componentes que promovem sua relação com o consumidor. No entanto, como aplicar, de forma consistente, essa noção? Fernando Jucá, professor e dire-tor associado da Troiano Consultoria de Marca, e Francisco Tortorelli, com passagens pelos departamentos de marke-ting de empresas como Unilever e Pepsico e pelo departamento de planeja-
mento estratégico da McCann Erickson Rio, reúnem experiências próprias e de outras empresas em O Jogo das Marcas – Inspiração e Ação (Editora Cultrix, 224 págs.). O livro busca definir conceitos essenciais de branding e é farto em ilustrações. “A marca é um conjunto de percepções”, lembram os autores.
“Mesmo para uma empresa que vende máquinas de embalagem a vácuo e acre-dita que esse assunto de marca é para quem vende detergente ou bolacha.”
LIVROS
Marcas em jogoLivro traz mix de conceitos e de ferramentas práticas sobre branding
tor associado da Troiano Consultoria de Marca, e Francisco Tortorelli,
de percepções”, lembram os autores. “Mesmo para uma empresa que vende máquinas de embalagem a vácuo e acre-dita que esse assunto de marca é para quem vende detergente ou bolacha.”
Segundo estudos preliminares realizados pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), o volume de reciclagem das garrafas do material atingiu 230 000 toneladas em 2007 – uma evolução de 18,6% em relação às 194 000 tonela-das recuperadas em 2006. O índice, que corresponde a 53,2% das 432 000 toneladas de novas embalagens pro-duzidas no ano passado, depende de confirmação na quarta edição do Censo da Reciclagem de PET no Brasil, a ser realizada em agosto. Apesar do bom desempenho, a Abipet entende que a atividade pode melhorar. “Ainda faltam políticas públicas consistentes que
promovam a coleta seletiva do lixo nas cidades”, lembra Alfredo Sette, presiden-te da entidade. Segundo ele, o parque nacional de reciclagem de PET trabalha com ociosidade de 30%. “Ao contrário do que pode parecer, existe falta de PET para ser reciclado no mercado”, comenta o executivo. A recente autorização da Anvisa para o uso do material reciclado em novas embalagens para alimentos (veja EMBALAGEMMARCA nº 104, abril de 2008) promete impulsionar a atividade. Mas ainda é promessa: até o fechamento desta edição, nenhuma empresa havia protocolado pedido de certificação de material no órgão de vigilância sanitária.
RECICLAGEM
Menos garrafas ao acasoReciclagem de PET no Brasil dá um salto significativo em 2007
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48 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
uem é e o que pensa o profissional encarregado dos processos de emba-lagem dos grandes fabri-cantes de bens de consu-
mo de massa no Brasil? Sob encomenda do Núcleo de Estudos Estratégicos de Embalagens da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), a GfK Indicator realizou um estudo inédito no Brasil. A partir de vinte longas entrevistas e 150 consultas, divididas entre indústrias de pequeno, médio e grande portes de setores como os de alimentos, bebidas, cosméticos, de itens de limpeza e de higiene pessoal, o instituto de pesquisas esmiuçou o perfil, as necessidades e as expectativas desse profissional.
Competentes e carentesEstudo inédito no Brasil mostra que indústrias contam com gestores de embalagem capacitados, mas que esperam dos fornecedores apoio para alcançar e justificar inovações. Paulo Carramenha, da GfK Indicator, comenta a operação e os resultados da pesquisa
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ENTREVISTA PAULO CARRAMENHA
A pesquisa revela que o gestor de embalagem brasileiro é tarimbado, tem em média quase sete anos de carreira e quase seis anos na mesma empresa, possui elevado grau de instrução, atua na maioria das vezes no departamento de compras e mostra satisfação quanto aos serviços prestados pelos seus for-necedores. No entanto, ele sente falta de apoio dos provedores em projetos de inovação que reforcem não só ao público, mas também à direção de sua empresa, o papel da embalagem como diferencial de produto e de marca. Paulo Carramenha, CEO da GfK Indi-cator, fala a seguir da metodologia e das principais conclusões verificadas pelo estudo.
De forma resumida, qual o perfil dos gestores de embalagem das indústrias nacionais, de acordo com os resultados da pesquisa?A formação chamou a atenção. Esses profissionais, na maior parte, trabalham em compras, mas têm um alto nível de formação acadêmica. Um grande per-centual tem nível superior completo, e muitos têm MBA ou pós-graduação. De forma geral, os profissionais das indús-trias usuárias de embalagem trabalham muito tempo na mesma empresa e mui-tos anos na mesma área. Ou seja, são profissionais com bastante experiência no mesmo setor, com know-how, dife-rente do que percebemos em pesquisas que fizemos sobre outras atividades,
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50 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
nas quais verificamos que as pessoas ficam pouco tempo numa mesma área ou empresa. Os profissionais de marke-ting, por exemplo, param muito pouco tempo na mesma função e na mesma empresa. Eles mudam muito, estão a cada hora num lugar. Os profissionais de embalagem não. Estes tendem a ficar mais tempo. Em resumo, os ges-tores de embalagem são profissionais com sólida formação acadêmica e com profunda especialização, mas acabam fazendo um trabalho mais operacional. Há uma dissonância entre o que eles poderiam fazer e o que eles fazem.
Essa desarmonia decorre do fato de as decisões sobre embalagens gira-rem por várias partes, mas acabarem geralmente centradas no departamento de compras, como a pesquisa leva a crer? Como 45% dos pesquisados atuam nessa área, o senhor ficou com a sensação de que o preço é o eixo básico de decisão do profissional de emba-lagem, prevalecendo sobre atributos como inovação, segurança, proteção e qualidade? Não, não é possível dizermos que sem-pre o preço é o que decide. O que
podemos dizer é que a grande função do profissional da área de compras é comprar pelo melhor preço. Ele sempre vai pensar que o que ele precisa fazer é conseguir regatear, negociar e trazer as melhores condições para a empresa dele. Isso é inerente ao profissional de compras. Nem sempre ele põe o preço à frente de tudo. Dependendo do caso, se ele sabe que está comprando para uma marca específica ou para um produto que está num momento específico de vida, ele vai alternando e pensando que o preço muitas vezes não é o fundamen-tal. Mas, pela origem do profissional de embalagem ser compras, o preço acaba tendo um peso muito grande, maior do que eu acredito que ele deveria ter e maior do que eles próprios acham que deveria. Hoje, eles vivem nesse dilema, de entender que a embalagem tem um papel estratégico, porém, ao mesmo tempo, são cobrados para trabalhar para ter preços mais baixos.
O público pesquisado nesse trabalho da GfK para o Núcleo de Estudos Estratégicos de Embalagens da Abre é composto por profissionais envolvidos com o processo de escolha e desen-
volvimento de embalagens de diversas áreas, entre as quais não estariam incluídos os da área industrial. Ou os 19% que responderam atuar em desen-volvimento de produto se situariam nesse campo?Não podemos afirmar isso, pois foi uma menção espontânea dos entrevistados. Eles disseram a área de atuação deles, mas obviamente não íamos confirmar se ele atuava na área ou não. Veja, não dá para afirmar que os 19% que afirmaram trabalhar com desenvolvi-mento de produto são da área industrial ou não. Mesmo que uma parte desses seja da área industrial, é muito pouco. Digamos que 10%, 8% ou 5% deles sejam. Temos muito pouca gente da área industrial envolvida no desenvol-vimento ou nas decisões de embalagens das empresas.
Foi possível identificar nas empresas alguma tendência da instituição de um profissional sobre o qual venha estar a decisão sobre embalagem nos ter-mos de um Gestor Estratégico, como é proposto pelo curso criado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), do qual o senhor é um dos
Mecânica da pesquisa• Etapa 1: entre outubro e dezembro de 2007 foram realizadas entrevistas presenciais de cerca de 2 horas com 20 profissionais (13 do setor alimentício, 3 de higiene pessoal e limpe-za, 2 de cosméticos, 1 de bebidas e 1 da área química)
• Etapa 2: entre 14 de março e 2 de abril de 2008 foram realizadas entrevistas telefônicas com profissionais de 150 indústrias (47 do setor alimentício, 39 de bebidas, 38 de cosméticos e cuidados pessoais e 26 de produtos de limpeza)
(Os profissionais e as empresas foram indicados pela Associação Brasileira de Embalagem)
O perfi l do gestor de embalagem no Brasil
60%possuem formação superior
Trabalha com embalagens, em média, há
6,86 anos
Em média, trabalha na mesma empresa há
6,36 anos
Departamento em que atua
Compras 45%
Desenvolvimento de produto 19%
Gerência de produto 15%
8%Marketing
7%Qualidade
6%Embalagem
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professores?Ainda não percebemos que as empresas já estão preocupadas ou atentas para ter um gestor estratégico de embalagens ou uma área de gestão estratégica de embalagens. O que percebemos, sim, é essa preocupação dos profissionais de embalagens. Eles já reconhecem a necessidade de ter um preparo, um envolvimento em todo o processo, de serem profissionais que pensam a embalagem de forma mais estratégica. Eles se vêem como gestores de parte do processo, a grande parte deles na área de compras, como nós vimos. Mas já percebem que precisam e acham que podem ter uma atuação maior, mas ainda não têm. As empresas segmentam e dão funções diferentes para diferentes áreas. O marketing vai pensar as ques-
tões mercadológicas, o pessoal de com-pras vai pensar as questões de custos, de especificação e assim por diante.
Mas não há uma interatividade entre eles?Eles acabam se falando, mas não exis-te um profissional ou uma área que gerencia tudo isso. É justamente essa a proposta do curso da ESPM.
Nas conclusões da pesquisa existe a informação de que o gestor de embala-gem “sabe o que quer: redução de cus-tos e bons prazos” e a ponderação de que “também quer algo que não conse-gue articular com clareza ainda: parce-ria, tendências, inovação”. As conclu-sões apontam também para um dilema, entre vários outros: “Como justificar
um custo mais alto por uma embalagem com mais valor agregado?”. Seria por que os fornecedores não estão suprindo esses decisores com informações ade-quadas e convincentes?O que concluímos é que os comprado-res não estão totalmente satisfeitos com esse serviço adicional, esse valor agre-gado que eles esperam. Existe uma alta satisfação com o que é entregue no que é, digamos, mais tangível. Os clientes sabem o que querem, eles precisam de preço e prazo. Precisam de entregas no prazo, porque vai acabar o estoque, vai entrar produto em linha e eles precisam ter a embalagem em um preço bom, no preço que está planejado. Só que eles precisam ter algo a mais, que muitas vezes eles não sabem explicar ainda. Eles não sabem se querem um parceiro,
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se querem alguém que entregue inova-ção ou se querem alguém que os ajude a convencer a organização de que eles podem fazer um papel mais estratégico, que eles podem trazer embalagens mais diferenciadas, ainda que com preços maiores... É nessa parte que os forne-cedores estão falhando. Eles sentem falta de fornecedores que os ajudem a convencer a organização desses outros aspectos que eles não conseguem, e eles acabam tendo que fazer o papel do comprador que busca preço, prazo e especificação técnica o tempo todo.
Em tese, a partir daí poderia ser cria-da, como o senhor disse na apresen-tação dos resultados do estudo (N. da R.: feita em São Paulo no fim de abril), “uma cultura que tenha na embalagem um ativo estratégico para a constru-ção da marca e não somente um custo na produção de seus produtos”. Na pesquisa foi detectada a percepção da necessidade de se criar essa cultura internamente nas empresas?Foi. Isso foi uma das partes mais inte-ressantes da pesquisa, especialmente da fase qualitativa, na qual aprofundamos mais a percepção e foi a principal fonte
para entendermos esse dilema vivido pelo profissional que gerencia embala-gens. Nós não temos uma pesquisa de cinco ou dez anos atrás, mas eu arrisco a dizer que, se a tivéssemos, essa preo-cupação permaneceria. O profissional de dez anos atrás diria: “O meu papel aqui é comprar pelo melhor preço, o melhor produto, com a melhor quali-dade, entregue no prazo certo e ponto final. O fornecedor que me entregar isso continuará trabalhando para mim”. Hoje, eles já percebem que isso não basta, eles já percebem que o papel deles próprios como gestores de emba-lagens deve ir além e o papel do seu fornecedor deve ir além. Só que, como isso é novo, eles não sabem articular, não sabem falar exatamente o que eles precisam. Como os fornecedores, na maior parte, não entregam isso, não há padrão de comparação.
Algum dos entrevistados se referiu à prática ou à necessidade de decisão colegiada, com a interação entre todas as áreas em que a embalagem influi, como produção, marketing, finanças, distribuição e até comunicação, já que embalagem é mídia?
Não aparece essa percepção de que deveria existir um colegiado ou um grupo de pessoas. Eu diria que os pro-fissionais se sentem preparados para tomar essas decisões e com esse conhe-cimento. Eles não sentem que têm esse poder, vamos dizer, essa autonomia dentro da empresa, mas eles reconhe-cem que já podem tomar decisão pen-sando na embalagem como elemento de marketing, de finanças, como um dos aspectos de comunicação da marca, mas ele divide as atribuições com a área financeira, com o marketing, com a área de produção. Em nenhum momento eles dizem: “deveríamos ter um colegiado ou um grupo de pessoas decidindo”. Eles dizem: “Eu me sinto preparado para fazer. Mas eu sinto falta de apoio externo, de apoio dos meus fornecedores para suportar as minhas orientações e sugestões”.
Então os fornecedores precisam fazer a “lição de casa” mais bem feita...Vale a pena citar um ponto que acaba-mos não falando na pesquisa, mas eu acho que comentei no dia da apresen-tação. Sabemos que quase 75% dos produtos que estão no mercado não têm
Total Pequena Média Grande
Base: entrevistas telefônicas com 150 empresas 150 41 59 50
É importantíssimo na construção da imagem da marca 9,27 9,48 9,53 8,83
É vista pela sua empresa como um aspecto muito importante 9,19 9,36 9,25 9,00
Ajuda explicar do que se trata o produto 9,12 9,34 9,29 8,75
Tem como principal função a conservação do produto 9,11 9,04 9,14 9,11
Precisa combinar com a marca 9,08 9,48 9,34 8,51
É uma das ferramentas de marketing e comunicação 9,01 9,13 9,15 8,75
É um dos elementos do marketing mix 8,81 9,26 8,95 8,36
É um fator estratégico para a empresa 8,75 8,91 8,94 8,41
Tem um peso muito grande na composição do preço do produto 7,55 8,22 7,51 7,17
“Quanto a embalagem representa no custo dos seus produtos?”
28% 28%
19% 13%
12%
Não sabe
Prefere não dizer
Acima de 50%
Até 50%
Até 20%
A importância dada a certos atributos da embalagem
Duas curiosidades: 28% dos gestores não sabem o custo relativo das embalagens e as grandes indústrias se importam menos com seus atributos
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apoio de mídia, ou seja, a única forma de comunicação desses produtos é a embalagem. Ela é a única forma que o fabricante tem para contar ao consumi-dor o que está dentro daquele invólucro, é a única forma de comunicação. Eu sempre gosto de contar uma coisa que eu ouvi de uma dona de casa numa discussão em grupo, para uma pesquisa de mercado. Ela disse assim: “Quando vamos à feira quem grita para nós é o feirante, ele fica lá ‘Dona Maria, olha a laranja, fresquinha, dois reais a dúzia’. Quando vamos ao supermercado, não tem quem grite. Quem grita para nós é a embalagem. Ela precisa dizer ‘Olha eu aqui, eu sou fresquinho, me leva para a casa’”. A embalagem tem essa função de comunicar, de atrair a atenção do consumidor, de fazê-lo esticar o braço e
colocar o produto dentro do carrinho e levar para casa. Nem todas as empresas têm consciência disso.
A propósito, as indústrias de gran-de porte mostraram-se, na pesquisa, as menos sensibilizadas em relação à importância da embalagem como fer-ramenta de comunicação e de constru-ção de marca. Na verdade, as pequenas e médias empresas revelaram-se mais sensíveis a todas as características arroladas na sondagem quantitativa. Como o senhor interpreta isso?A percepção do poder da embalagem como forma de comunicação, como mídia para as marcas varia. As gran-des empresas costumam ter outras for-mas de comunicação, propaganda em televisão, revistas, material em ponto-
de-venda, promoção, eventos, e aí a embalagem passa meio despercebida. O pequeno fabricante, a maioria das vezes, percebe que aquela é a única forma de comunicação que ele tem, e acaba dando maior atenção e usando a embalagem como sua única forma de comunicação. Há empresas em que o gestor de embalagens é um profis-sional de compras puro, aquele que só vai olhar especificação, preço e prazo. Essas são as que dão menos importân-cia para a embalagem fazendo papéis diferentes, além dos de proteção e de transporte para os produtos.
O senhor concorda com a interpretação de que embora manifestem o desejo de receber sugestões de inovação de embalagens por parte de fornecedores,
54 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
porém subordinando sua aceitação a preços, os gestores inibem ou frustram iniciativas nesse sentido?Essa é picante (risos). Acredito que de alguma forma sim, porque é inevitável que qualquer valor que se agregue em qualquer processo, na maior parte das vezes, agregue também custos. Creio que se a postura de uma empresa, se a postura de um gestor de embalagens é só voltada aos preços, ela acaba inibin-do seus fornecedores de poder apresen-tar inovações. Eu concordo.
A pesquisa apurou qual a porcentagem de empresas que assinam cláusulas de confidencialidade em caso de sugestões de inovação? Essa questão foi aborda-da no primeiro evento de nosso Ciclo de Conhecimento (Seminário Estratégico de Embalagens Flexíveis: “Da Matéria-Prima ao Ponto-de-Venda”, realizado em 12 de maio último em São Paulo). Muitos fornecedores têm receio de levar inovações aos clientes e eles as desenvolver com outros parceiros...Não. Nós perguntamos quantas empre-sas tinham acordos e parcerias para desenvolvimento de inovações, mas cláusulas de confidencialidade, não.
Uma informação preocupante na pes-quisa é a de que 28% dos entrevista-dos não sabem quanto a embalagem representa no custo de seus produtos.
“O objetivo do estudo foi tirar uma radiografia
bastante detalhada dos gestores de emba-
lagem para entender o setor e estimular o
desenvolvimento da cadeia como um todo”,
explica Luciana Pellegrino, diretora executiva
da Associação Brasileira de Embalagem
(Abre), a contratante da pesquisa realizada
pela GfK Indicator. O plano da Abre é esmiu-
çar os dados colhidos no levantamento e
utilizá-los em diferentes frentes, nos âmbitos
dos Comitês da entidade. “O Comitê de
Design saberá das necessidades das indús-
trias e o que elas consideram relevante na
relação com as agências, podendo criar ativi-
dades para melhorar seus serviços. Com os
dados sobre a formação dos profissionais, o
Comitê de Educação
poderá oferecer
cursos complemen-
tares. Por sua vez, o
Comitê de Meio Ambiente e Sustentabilidade
poderá dialogar com os fornecedores sobre
as expectativas das indústrias quanto a
embalagens mais amigáveis à natureza”,
exemplifica Luciana. No plano conjuntural,
o Comitê de Estudos Estratégicos da Abre
somará os dados do estudo da GfK a outros
levantados em duas pesquisas anteriores,
sobre as percepções das embalagens pelos
consumidores finais e pelo varejo. A entidade
ainda discutirá a possibilidade de uma futura
atualização da pesquisa.
Entender para agir
A política de seleção de fornecedores de embalagem repousa sobre dois pilares
Pilar estruturalCapacidade de produção cumprir com as quantidades acordadas
Capacidade de expansão capacidade de atender a picos de demanda
Capacidade de desenvolvimento tecnologia, laboratórios e pessoal
Suporte técnico corpo técnico focado em dar suporte aos clientes
Pilar comercialPreço competitivo custos que representem diferencial em relação a concorrência
Flexibilidade de negociação abertura para negociação de preço e prazos de pagamento
A pesquisa apurou em que eles se baseiam então para discutir preços com fornecedores? São coisas diferentes. Eles não sabem qual é a representatividade da emba-lagem no custo final do produto. Eles sabem que eles têm uma meta para chegar ao preço daquela embalagem, no preço que eles pagarão por aque-la embalagem. Agora, o quanto isso representará no custo total do produto eles não sabem, o que é estranho, é até assustador. Porque, se pensarmos, quase um em cada três desses profissio-nais não sabe dizer qual é esse impacto. Esse número é muito próximo ao de
uma outra pesquisa que fizemos para a ESPM no ano passado.
Além da dificuldade de justificar inter-namente uma embalagem com mais valor agregado, que outras necessida-des dos compradores de embalagens não são atendidas?Há o dilema de qual o número ideal de fornecedores que eles, como com-pradores, devem ter hoje. Essa é uma necessidade que eles não têm clara, se eles devem ter muitos ou poucos fornecedores para cada tipo de emba-lagem que compram. Outra questão: trabalhar com diferenciais de fun-cionalidade, design, por exemplo, ou trabalhar com foco em preço e prazo, que é o que eles sempre fizeram? Tra-balhar mais focado em especificações técnicas ou em inovação? Vemos que há maior oportunidade para os forne-cedores de embalagens desenvolve-rem parcerias proveitosas para os dois lados – claro, do contrário não seriam parcerias –, mas os gestores precisam de apoio para que suas empresas reco-nheçam a importância que eles podem ter em todo o processo.
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56 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
Edição: Guilherme KamioEQUIPAMENTOS BENS DE CAPITAL PARA LINHAS DE EMBALAGEM
Uma enchedora asséptica que
pode ser comprada como módulo
individual ou como parte de uma
solução combinada, que inclui ainda
sopradora e tampadora. Essa é a
logica da Sensofill FMa, apresentada
pela Sidel na Interpack 2008, feira de
embalagem realizada em Düsseldorf,
Alemanha, no fim de abril.
Se vendida no sistema Combi, a
máquina pode ser configurada com
dois processos alternativos de des-
contaminação: úmida ou seca. Tanto
a solução combinada quanto a iso-
lada podem ser configuradas com o
sistema úmido, dotado de um rinser
(misturador). Por esse processo, a
descontaminação interna e externa
das garrafas é feita com um jato de
alta pressão de ácido peracético.
Essa configuração confere flexibili-
dade para quem produz uma ampla
variedade de bebidas e garrafas,
pois as mudanças de serviço – pro-
dutos ou formatos – são efetuadas
fora da área estéril. A produção pode
continuar por períodos de 72 a 120
horas, sem necessidade de nova
esterilização, pois o ambiente per-
manece completamente controlado.
Na versão combinada, o rinser
pode ser substituído pelo Predis,
processo patenteado pela Sidel para
a descontaminação seca com uso
de vapor de peróxido de hidrogê-
nio (H2O2). O processo garante a
descontaminação sem o consumo
de água, e utiliza apenas pequenas
quantidades de produtos químicos.
Inicialmente usada para bebidas
distribuídas no canal frio, o Predis
sofreu reformulações para atender
o mercado de bebidas comerciali-
zadas à temperatura ambiente. Um
alimentador de preforma ultralimpo,
equipado com um aparato para
remover poeira por ionização e des-
contaminação UV foi desenvolvido
para esse fim. O processo de sopro
com 0,01 mícron de ar filtrado e
a transferência das garrafas pelo
gargalo, tudo numa atmosfera con-
trolada, mantêm o ambiente estéril
durante o processo de enchimento.
Duas soluções, um fim
Na Interpack 2008, mostra de embalagens realizada no fim de abril
em Düsseldorf, na Alemanha, sua terra natal, a Krones apresentou
uma nova versão da Variopac Pro, máquina para agrupamento de
garrafas com filmes termoencolhíveis (shrinks). Ela traz uma novidade:
um túnel de encolhimento desenhado com divisória. Uma parede
com formato côncavo e perfurado distribui de forma mais homogê-
nea o ar quente aplicado sobre o filme de envolvimento, de modo a
garantir um encolhimento de alta qualidade. Segundo a Krones, tal
construção pode reduzir o consumo de energia em até 20% em rela-
ção aos modelos convencionais. A Variopac Pro trabalha com servoa-
cionamento em todos os componentes e pode processar embalagens
com bandejas ou placas de papel cartão. Na Interpack, a Krones
destacou a máquina num projeto ambientalmente mais amigável: ela
envolvia garrafas de PET ultraleves de 500 mililitros (com peso de 8,8
gramas) por meio de um filme bastante fino – 25 micra de espessura.
Krones(11) 4075-9500www.krones.com.br
Encolhimento uniforme
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Enchedora Sensofill FMa permite duas vias de
envasamento asséptico
Sidel(11) 4668-7000www.sidel.com
Nova Variopac: raias com dutos laterais para o ar quente aprimoram o processo
58 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
PERFUMES
De regiões emblemáticasCostumes da América Latina inspiram produtos e embalagens da Natura
A
Frascos e potes de Natura Amor América homenageiam povos
latinoamericanos
Natura foi buscar na biodiversidade daquilo que sua área de comuni-cação denomina “regiões emble-máticas” da América Latina a inspiração para criar as carac-
terísticas dos produtos e as embalagens de sua recém-lançada linha Natura Amor América. Após cinco viagens a diversas regiões da Patagônia e dos Andes, um jornalista, um fotógrafo e duas especia-listas em perfumaria e criação de marcas trouxeram para a empresa óleos essenciais exclusivos dos pontos visitados.
De cada um deles nasceram três novos pro-dutos. Baseados na paramela, um arbusto per-fumado que nasce na Patagônia, foram criados a Essência Paramela, o óleo corporal Misqui (“mel”, no idioma dos índios mapuche) e a emulsão Paine (“celeste”).
Do palo santo, uma variedade andina de madeira, nasceram a Essência Palo Santo, o sal de banho Kachi (“sal” em quíchua) e Los Mistérios, um conjunto de óleo aromático e pastilhas ao qual o produto é aplicado para perfumar ambientes. A designação vem da tradição dos montanheses de queimar lascas de palo santo com pastilhas coloridas – decoradas com desenhos variados e conhecidas como misterios – como forma de agradecimento à natureza.
Segundo o diretor de marketing de ino-vação da Natura, Joel Ponte, “os ativos escolhidos para representar a biodi-
Bristol e Pivaudran (11) 6465-7000www.bristolepivaudran.com.br
Dezign com Z(11) 2184-8100www.dezigncomz.com.br
Igel(11) 4071-9999www.igel.com.br
MBF Embalagens(44) 3220-6617www.augros.com.br
Porcelana Teixeira(11) 4224-2333www.porcelanateixeira.com.br
Nó Design(11) 3814-8939www.nodesign.com.br
Rexam Beauty(11) 2152-9800www.rexam.com.br
Solev(19) 3935-6993
Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br
versidade latino-americana expressam as riquezas e culturas daquelas regiões emblemáticas”.
As fontes culturais em que se baseou a criação das embalagens foram as mesmas. Os frascos foram
inspirados nos potes e jarros dos povos da região, “aliando tecnologia e inovação cosmética em suas aplicações”, na descrição de Ponte. Um
exemplo citado de inovação é a aplicação especial de verniz nas embalagens plásti-
cas, a fim de remeter à textura das cerâ-micas que inspiraram as suas formas.
As embalagens foram desenvolvi-das pela designer Filomena Padrón, em parceria com a Dezign com Z e com a Nó Design. As essências vêm
em frascos de vidro da Wheaton, com ombro de plástico e exclusiva válvula
abre-e-fecha da Rexam Beauty. São da Wheaton também os frascos de Los Misterios, e da
Bristol e Pivaudran, as tampas de alumínio. O Misqui e o Kachi têm embalagem de polipropileno, da MBF, com verniz da Solev e tampa de alumínio também da Bristol e Pivaudran. O prato e as pastlhas cerâmicas de Los Misterios são fornecidos pela Porcelana Teixeira. A Igel fornece os cartuchos de toda a linha. (WP)
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COSMÉTICOS
Com travas móveisCreme da Natura tem refil exclusivo
oerente com sua filosofia de incorporar em seus produtos ativos da biodiversidade brasileira obtidos de forma sustentável, para colocar no mercado um novo item de sua linha antiidade Chronos, o Flavonóides de
Passiflora, a Natura utilizou um recipiente que entende ter vindo “para mudar o conceito de refilagem de potes”.
Produzido pela Incom com resina Eastar AN014 – o Glass Polymer da Eastman –, o pote apresenta um sistema exclusivo de refil, encaixado por baixo da embalagem e preso por travas móveis, descreve Roberto Ribeiro, geren-te de negócios Brasil da Eastman. O pote antigo tinha uma borda no entorno, que servia para prender o refil por cima e exigia maior espaço entre o pote e o refil. “O resultado, além da redução da quantidade de resina utilizada, foi um elegante efeito estético, consequëncia da união da super-fície opaca do refil com a parede transparente do pote, e a garantia de eficiência pertinente às embalagens dos pro-dutos do mercado de cosméticos high end, como é o caso da linha Chronos”, considera Pedro Fortes, diretor geral da Eastman no Brasil e de vendas da divisão de Plásticos Especiais para o Mercosul. O projeto da embalagem foi criado pela Nó Design em conjunto com a Natura.
Romulo Zamberlan, coordenador de inovação em embalagens da Natura, fundamenta a escolha do material com argumentos mercadológicos, sem prejuízo do que considera um ajuste ao credo da empresa em relação à questão ambiental. “Nos últimos anos se consolidou uma tendência curiosa: a busca por embalagens que revelam simplicidade e leveza em suas formas”, ele diz. “O aspec-to clean realça o produto contido na embalagem e os plás-ticos especiais, como o utilizado agora, exploram muito bem brilho e transparência”.
C
Incom Packing(11) 4173-9937www.incom.com.br
Eastman do Brasil(11) 4605-1000www.br.eastman.com
Nó Design(11) 3814-8939www.nodesign.com.br
Chronos: novo pote usa menos resina
60 EmbalagemMarca maio 2008 www.embalagemmarca.com.br
Edição: Leandro HaberliEdição: Guilherme KamioPAINEL GRÁFICO MERCADO DE CONVERSÃO E IMPRESSÃO DE RÓTULOS E EMBALAGENS
Edição: FLÁVIO PALHARES flavio@embalagemmarca.com.br
No jubileu de prata, entrada em auto-adesivosCompletando 25 anos, Converplast, força em embalagens flexíveis, investe em divisão de rótulos
Uma das maiores fabricantes nacionais de embalagens plásti-cas flexíveis, a Converplast anunciou a abertura de uma nova unidade de negócios voltada a rótulos auto-adesivos. A empre-sa produzirá os rótulos em letterpress de alta definição, e esta-rá apta a fornecer embalagens flexíveis com figurinhas (stickers) já aplicadas. O anúncio foi feito em evento comemorativo aos
25 anos de atividades da empresa, realizado no início de junho no Jockey Club de São Paulo. Contando com a presença de clientes, fornecedores, colaboradores e imprensa, a festa trazia como decoração painéis com fotos dos investimentos e da operação da Converplast ao longo dos anos, de modo a justifi-car seu slogan “Uma empresa em constante evolução”.
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A Tupahue, empresa especializada em tintas para impressão, apresen-tou, no dia 19 de junho, o espaço de capacitação na gestão da tinta dentro da Escola Senai de Artes Gráficas Theobaldo De Nigris, em São Paulo. No evento foi apresentada a palestra “Como vencer o desafio da qualifi-cação da mão-de-obra no Brasil”, ministrada por Eudes Scarpeta, espe-cialista em processos gráficos. O espaço da Tupahue reproduz o que é uma casa de tintas dentro de uma indústria de embalagens. Nele, alunos da Theobaldo De Nigris, funcionários e profissionais da área podem apren-der na prática como fazer a gestão da tinta, desde o controle do estoque e a recuperação adequada das tintas já utilizadas até a formulação controlada e documentada de cores. Tudo isso é feito a partir de duas ferramentas bási-cas: um software de gestão da tinta e uma unidade de mistura (balança e mexedor), trabalhando com tintas
monopigmentadas ou pastas. O objetivo da parceria com o Senai, segundo Nércio de Tomazo Filho, dire-tor industrial da Tupahue, é colaborar na formação de mão-de-obra capaz de lidar com as tintas de forma corre-ta e produtiva. “Hoje, o processo de impressão é muito mais técnico, exige controles rígidos, visando redução de setup e alta produtividade. A gestão correta da tinta pode ajudar muito tanto na redução do desperdício e otimiza-ção do processo, quanto na agilidade no desenvolvimento de novos produ-tos.” Para Manoel Manteigas, diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris, a parceria com a Tupahue reforça as ações que a escola vem desenvolvendo para melhorar o atendimento ao setor de embalagens flexíveis. “A instalação que a Tupahue colocou à disposição dos estudantes permitirá que eles exercitem, na prática, como alcançar o setup de uma impressora mais rapida-mente e com melhor qualidade.”
Para alunos e profissionaisTupahue reproduz casa de tintas de indústria de embalagens no Senai
A Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) completou no dia 18 de junho 43 anos de existência. Criada em 1965, durante o I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, realizado em Águas de Lindóia (SP), a associação representa cerca de
20 000 empresas que compõem o parque grá-fico nacional. A missão da Abigraf é representar oficialmente os empresá-rios do setor de impressão perante o poder público e a sociedade, buscando
seu fortalecimento e expansão mundial. “A Abigraf é o centro nervoso de um sistema associativo que atua no sentido de promo-ver o aporte e o intercâmbio tecnológicos, o acesso de empresários e trabalhadores à formação profissional, o aperfeiçoamento do mercado, a defesa da indústria gráfica, a responsabilidade socioambiental e o desen-volvimento do Brasil”, afirma Alfried Plöger, presidente da Abigraf.
Abigraf faz 43 anos Associação congrega 20 000 empresas
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A Gráfica Cometa, de Lajeado (RS), que em 1951 iniciou suas atividades produzindo impressos comer-ciais, ao longo dos anos especializou-se também na área de rótulos e embalagens. Para atender com mais rapidez e ampliar sua capacidade de produção com prazos de entrega mais reduzidos, a empresa fez um planejamento para determinar os investimen-tos em novos equipamentos. A pesquisa apontou para a necessidade de equipamentos de acaba-mento que dariam mais agilidade aos processos da gráfica. A Cometa, que tem como sócios Egon Eugênio Schwingel, Walter Friederich Hahn, Bernardo Pedro Shwingel, Martin Hahn e Walter Robert Shwingel, decidiu pela compra de dois equipamen-tos Heidelberg, uma dobradeira-coladeira Easygluer 100 e uma corte e vinco Varimatrix 105 CS. Parte da linha especialmente voltada para o acabamento de embalagens, a Easygluer 100 é uma dobradeira-cola-deira flexível que em sua configuração básica pro-duz cartuchos com aplicação de cola lateral, fundo automático e parede dupla. Trabalhando com papel cartão de gramaturas entre 200 e 600 g/m2 e micro-ondulado com ondas N, F e E, o equipamento pode atingir uma velocidade de até 300 metros por minuto. A Easygluer 100 da Cometa é a primeira no Brasil. O investimento na corte-e-vinco Varimatrix foi feito para substituir quatro equipamentos semi-automáticos.
Gráfica gaúcha aposta em acabamento de embalagensCometa compra equipamentos da Heidelberg
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A Suzano Papel e Celulose foi eleita a campeã em desempenho no setor de madeira e celulose pelo ranking do Anuário de Agronegócios da revista Exame, da Editora Abril. Com fatura-mento 15,9% superior ao ano 2006, chegando a 3,9 bilhões de reais em 2007, a Suzano vem se destacando pela atenção que dá à formação de novas florestas e ao treinamento de mão-de-obra. Para ganhar ainda mais competitividade, a empresa planeja, para 2008, investimentos ainda maiores em sua base florestal. Devem ser aporta-dos 170 milhões de reais neste ano na formação de florestas, ante 114 milhões de reais, no ano passado. Com isso, a Suzano viabilizará o plantio de 42 000 hectares próprios e 15 000 hectares de fomento. Segundo João Comério, diretor da Unidade de Negócio Florestal da Suzano, a área de Pesquisa e Desenvolvimento da unidade tam-bém terá investimentos 57% maiores, atingindo a marca dos 11 milhões de reais.Os investimentos em biotecnologia têm trazido importantes resultados de produtividade para a empresa. Em 2001, a Suzano obtinha 36 m³ de madeira por hectare ao ano. No ano passado, a média foi de 45,4 m³ e, em alguns locais, atingiu 49 m³. Para 2008, a previsão é que a média fique em 47 m³.
Suzano é eleita a melhor em agronegócioEmpresa é citada no Anuário Exame
A Agfa Graphics anunciou, na Bélgica, um pro-grama de investimento de 15 milhões de euros para sua fábrica brasileira em Suzano (SP). A empresa expandirá a planta para produzir o portfólio completo de chapas digitais, incluindo :Azura, :Energy Elite e :N92 Violet. O objetivo é atender à crescente demanda na América Latina. A planta brasileira da Agfa produz chapas de impressão offset e substâncias químicas usadas em impressão para empresas brasileiras e de outros países da região.
Agfa aplica na fábrica de SuzanoInvestimento de 15 milhões de euros visa tender demanda da América Latina
64 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
ESPECIAL: DRUPA
multiplicação e a periodicidade cada vez mais curta têm contribuído para extinguir o potencial das feiras setoriais como plataformas para lançamentos e como prenunciadoras de grandes tendências. Pelo menos para o mercado gráfico, a Drupa, maior feira da área,
realizada a cada quatro anos em Düsseldorf, Alemanha, resiste a tal enfraquecimento. Some-se à espaçada freqüência um compromis-so com inovação e fica claro por que a Drupa é aguardada pelos profissionais em impressão com a mesma expectativa com que os aficionados por futebol esperam pela Copa do Mundo.
Realizada entre 29 de maio e 11 de junho, a Drupa 2008 contou com um grande afluxo de visitantes. No balanço dos catorze dias de feira, um total de 391 000 pessoas, originárias de 138 países,
passou pelos corredores dos dezenove pavilhões da Messe Düsseldorf para ver o que os 1 971 expositores, de 52 diferen-
tes nacionalidades, tinham a mostrar. Falando-se em indústria gráfica, o público pôde, na verdade, conferir quais as respos-tas dos fornecedores às demandas dos chamados print buyers – os usuários finais dos produtos impressos.
No universo abordado por esta publicação, o das emba-lagens, as pressões impostas já são bastante conhecidas. O mercado cada vez mais segmentado exige tiragens meno-res. A velocidade com que o consumidor muda impõe
tempos cada vez mais curtos aos lançamentos de produtos. A concorrência acirrada e a multiplicação de marcas nas
prateleiras pressionam os custos para baixo, ao mesmo tempo em que exigem apresentações diferenciadas, exclu-
sivas. Finalmente, a sofisticação do “mercado negro” requer dos fabricantes de bens de consumo a incorporação de itens de
segurança em suas embalagens como forma de impedir os danos que produtos piratas podem trazer a marcas consolidadas.
EMBALAGEMMARCA analisa, nas próximas páginas, as principais soluções apresentadas pela indústria gráfica, e os impactos espera-dos, em particular, nos elos seguintes da cadeia de embalagens.
APor Marcos Palhares, de Düsseldorf
A Copa do Mundo das artes gráficas
Drupa mostra o que há de melhor no setor gráfico e atrai os olhares de profissionais de todo o globo
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área de embalagens cres-ceu em importância, e está ocupando mais espa-ço que há quatro anos”, constata Monika Kissing,
gerente do departamento de imprensa da Messe Düsseldorf, organizadora da Drupa. Ocupando 7 800 metros quadra-dos (dos 170 000 metros quadrados da feira) distribuídos em dois pavilhões, a Heidelberg, gigante alemã conhecida por suas impressoras offset, é exemplo claro desse movimento. A fabricante mostrou uma linha integrada dedicada à impres-são de embalagens, colocando-se como provedora de soluções que se estendem da pré-impressão ao acabamento. Vitor Dragone, gerente de divisão Soluções Rotativas Planas e de Acabamento da empresa, confirma. “Embalagem, eu diria, é o nosso foco.” Atuando mais for-temente nesse segmento desde a compra, no início de 2003, da Jagenberg (fabri-cante de equipamentos de pós-impres-são), a Heidelberg capitaneia também uma outra tendência forte no setor: a aproximação com os end-users.
“Na minha opinião, a embala-gem virou parte do próprio produto”,
diz Philipp Fries, gerente de produto Aplicações, Equipamentos Especiais & Speedmaster XL 145/162 da Heidelberg, explicando que a empresa procura estar antenada às tendências de consumo na hora de pensar em seus desenvolvimen-tos. “O cliente dos nossos clientes está procurando soluções para chamar mais a atenção para o produto nas prate-leiras, e nossos clientes precisam ter meios para suprir essa demanda.” Não à toa, a Heidelberg mostrou produtos de altíssimo apelo visual, impressos em suas máquinas. De efeitos metalizados à impressão sobre plásticos lenticulares, o alto valor agregado deu o tom das amos-tras. “Nossa atenção está voltada para o mercado de consumo, e desenvolvemos nossos produtos para atender as neces-sidades da indústria usuária em diferen-ciação e qualidade, sempre pensando em como manter nossos clientes, os gráficos, competitivos”, completa Dragone.
Essa mudança de foco na comuni-cação dos fabricantes de equipamentos foi objeto de atenção dos organizadores da feira. “Constatamos que, nos últimos anos, nossos expositores estão se aproxi-mando cada vez mais do cliente dos clien-
Mudanças de foco
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Drupacube, um passo em direção aos usuários finaisPela primeira vez na Drupa, um espaço dedicado aos compradores de produtos impressosAs especificações de uma embalagem
podem causar mudanças significativas na
cadeia produtiva. Trocar um cartucho de
papel cartão por um stand-up pouch pode
ESPECIAL: DRUPA
tes deles, pois perceberam que podem vender melhor a tecnologia se consegui-rem explicar a idéia de marketing que está por trás”, diagnostica Monika Kissing, da Messe Düsseldorf. Essa foi, aliás, a razão por trás de uma das novidades da Drupa 2008: o Drupacube, espaço dedicado a palestras direcionadas exclusivamente aos print buyers (ver quadro abaixo).
Alto valor agregado para mostrar possibilidades de diferenciação das embalagens nas gôndolas
FOTO: HEIDELBERG
Embalagem ganha força, e expositores miram end-user
O espaço em questão trazia a exposição
“Impressos de excelência do mundo todo”, e
um simpósio onde foram discutidos temas de
marketing, mostrando o viés de mercado que
está por trás da tecnologia. Os temas discu-
tidos no Drupacube foram divididos por seg-
mentos de mercado, com um dia tendo sido
dedicado às embalagens. Após as palestras,
os end-users visitavam os pavilhões da feira
para ver, na prática, a tecnologia disponível.
significar a migração do trabalho de uma
impressora offset plana para uma flexo de
banda larga, por exemplo.
Aproximar-se da indústria usuária, portanto, é a
mais nova tarefa a que se dedicam fabricantes
de equipamentos, insumos e serviços da indús-
tria gráfica. “Por isso criamos o Drupacube,
especialmente direcionado ao print buyer”,
explica Monika Kissing, gerente do departa-
mento de imprensa da Messe Düsseldorf.
Heidelbergwww.br.heidelberg.com(11) 5525-4500
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e, por um lado, os forne-cedores da indústria grá-fica tentam atrair os print buyers, por outro precisam convencer os convertedo-
res, que são seus clientes diretos, a con-siderar formas alternativas de produção. Há, hoje, uma enorme movimentação que torna menos claras as fronteiras entre gráficos que produzem cartuchos de papel cartão, embalagens flexíveis e rótulos termoencolhíveis, wrap-around e até auto-adesivos.
De máquinas flexográficas em mer-cados antes cativos das impressoras off-set planas a equipamentos offset rotativos investindo sobre territórios antes ampla-mente dominados pela flexografia e pela rotogravura, as idéias não são novas. E, verdade seja dita, pouca migração se viu até hoje. Uma parte da lentidão nessas mudanças se deve, sem sombra de dúvi-das, à resistência dos convertedores em se aventurar por universos de impressão diferentes daquele com que estão habi-tuados. Mas também é inegável que as tecnologias oferecidas talvez não fossem convincentes o bastante. Esse segundo fator, pelo que se viu na Drupa, é um obstáculo que se esfacela rapidamente.
“Nós não estamos oferecendo uma impressora flexográfica, mas um sistema de impressão em linha capaz de transfor-mar, num espaço de 30m, uma bobina de papel cartão em embalagens com altís-simo valor agregado, com aplicação de relevo e hot stamping com níveis de deta-lhe não alcançáveis com ferramentas pla-nas”, define Stefan Hagn, gerente-sênior de marketing da Gallus. “Impressão fle-xográfica com alta definição é apenas um dos processos.” As sutilezas do acabamen-to a que Hagn se refere são conseguidas
Paradigmas a quebrarPensar em sistemas alternativos de impressão pode ser benéfico para convertedor
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no modelo lançado na feira, a impressora ICS 670, com o uso de uma ferramenta rotativa que simultaneamente faz o relevo e aplica o hot stamping. Também podem ser incorporados ao equipamento proces-sos de rotogravura, serigrafia, cold foil, laminação e corte. A máquina trabalha com bobinas de até 690 milímetros (670 milímetros de impressão).
De olho no mercado de cartuchos de papel cartão, no qual predomina a sólida
ESPECIAL: DRUPA
Avanços tecnológicos acirram a competição entre sistemas de impressão, mas permitem que os gráficos ofereçam diferentes tipos de impressos à indústria usuária de embalagens
tradição das offset planas e dos acaba-mentos offline, a Gallus aposta no seg-mento de embalagens com requisitos de sofisiticação. Ou seja, o de maior valor.
Tradicional fabricante de impressoras offset rotativas voltadas ao mercado de rótulos, marcadamente os termoencolhí-veis, a Drent Goebel também vislumbra nas cartonadas uma boa oportunidade. Mas a empresa ambiciona mesmo o mer-cado gigantesco das embalagens flexíveis
Flexografia de alta definição com acabamentos em linha para o mercado de embalagens sofisticadas. No destaque, grande nível de detalhes no relevo com hot stamping
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em pequenas tiragens (hoje um problema para os convertedores que usam banda larga), turbinado pela fragmentação do mercado de consumo e pelo apelo de marketing das embalagens promocionais.
Para isso, aposta na equação formada pela alta qualidade de impressão somada à agilidade e aos baixos custos da pré-impressão em offset, mercado em que se posiciona a VSOP – Mark II, impressora mostrada na Drupa. “A rotogravura e a flexografia têm mercados em que são mais apropriadas”, reconhece Rob Meij, gerente de marketing da empresa. “Mas os custos de gravação de cilindros, no caso da rotogravura, e de clichês, no caso da flexo com melhor qualidade, tornam-se inviáveis em lotes menores”, defende.
A adoção de camisas, como as usa-das mais rotineiramente em impressoras flexográficas, é outro ponto favorável, na opinião de Meij. “As trocas são fáceis e Cartuchos, rótulos e embalagens flexíveis já podem ser impressos numa mesma máquina
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rápidas, e o tempo de setup é muito curto, já que o arquivo de pré-impressão faz um pré-acerto na máquina, cabendo ao impressor efetuar o ajuste fino, que pode ser memorizado para as reimpressões.” A máquina pode utilizar camisas de diferen-tes diâmetros, viabilizando a impressão de formatos continuamente variáveis.
Mais um player da área de offset que aposta suas fichas no mercado de embalagens flexíveis (sem tirar os olhos do filão dos rótulos termoencolhíveis) com uma impressora offset rotativa que não sofre com as limitações de formatos (também continuamente variáveis) é a Müller Martini. “Um dos grandes atri-butos da Alprinta V é a flexibilidade”, diz José Carlos Barone, diretor execu-tivo da Müller Martini no Brasil, sobre o equipamento em exibição na Drupa. Disponível nas larguras de 52 centíme-tros e 74 centímetros, a Alprinta V pode incorporar outros processos de impressão e acabamentos em linha.
“Mas como a máquina é dimensiona-da para trabalhar bobina a bobina em até 450 metros por minuto, processos como cold foil podem se tornar um gargalo, pois são mais lentos”, alerta Barone. “Então, recomendamos que sejam feitos em máquinas menores ou off-line.”
O mercado de embalagens flexíveis parece ser mesmo a menina dos olhos dos fabricantes de banda estreita e média. Este é o foco, por exemplo, da Universal, offset rotativa da Rotatek lançada na Drupa. “A gente fala que esta é a ‘máqui-na dos 500 quilos’, lote economicamente ruim para as máquinas de banda larga e foco deste desenvolvimento”, explica Antonio Dalama, da Rotatek no Brasil. “Mas o resultado é tão bom que esta-mos brincando que fizemos a ‘máquina dos 250 quilos’, pois o baixo tempo de setup e as baixas perdas de material nos ajustes permitem trabalhar com pequenos lotes, hoje um pesadelo no mercado de embalagens fle-xíveis”, continua Dalama.
Para tiragens realmente pequenas (como embalagens para mercados-teste, ou mesmo para pesquisas de aceitação entre os consumidores, por exemplo), as impressoras digitais mostram-se cada vez mais viáveis, dados os avanços na quali-dade de impressão. Nome forte nessa área, a HP Indigo apresentou, durante a Drupa, a ws6000, que completa o portfólio da empresa para o mercado de rótulos. Inclusive os termoencolhíveis em grandes formatos. Segundo Fernando Roso, da área de desenvolvimento de negócios e suprimentos de clientes, “o fato de a máquina imprimir em compri-mentos de 1 metro contínuo permite a aplicação em baldes de tinta, por exem-plo”. Alinhado à Digilam, uma lamina-dora da ABG, o modelo mira também a conversão de embalagens flexíveis. “A ws6000 tem ponto de equilíbrio em torno
ESPECIAL: DRUPA
de 4 000 metros lineares, e pela veloci-dade com que roda, que é de 30 metros por minuto, enxergamos possibilidades para ela no mercado de embalagens flexí-veis”, afirma o gerente de vendas indus-triais América Latina e Caribe da HP, Alexander Mercon. “É a máquina offset digital mais rápida do mundo.”
Entre as impressoras digitais que sonham com nacos do mercado de emba-lagens flexíveis, a Dotrix, da Agfa – uma jato de tinta UV – também mostrou evo-lução. Rodando bobina a bobina (com largura máxima de 630mm) em até 24 metros por minuto, a Dotrix permite a impressão sobre diferentes tipos de substrato. Com isso, atende um nicho de mercado de tiragens curtas também em aplicações como displays e outros materiais de ponto-de-venda, etiquetas industriais e sinalização.
Embalagens promocionais aumentam pressão por menores lotes, num já fragmentado mercado de consumo
Impressão digital cada vez
mais rápida e com mais qualidade
pode ser viável para tiragens muito curtas
de embalagens flexíveis
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ABGwww.abgint.com(11) 3371-3371
Agfawww.agfa.com.br(11) 5188-6440
Drent Goebelwww.drent-goebel.com(11) 3371-3371
Galluswww.gallus-group.com(11) 5525-4484
HP Indigowww.hp.com.br(11) 3371-3371
Müller Martiniwww.mullermartini.com.br(11) 3613-1000
Rotatekwww.rotatek.com.br(11) 3215-9999
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constante migração do mercado para tiragens menores e o fortalecimen-to da impressão digital, fenômenos irreversíveis,
colocaram imensa pressão sobre os ombros dos fabricantes de máquinas convencionais, que se viram obrigados a dar um salto tecnológico para continuar competitivos. E a resposta vem sendo uma busca incansável pela máxima efi-ciência, com a racionalização de proces-sos onde for possível.
“Uma das coisas mais chamati-
Resposta rápidaProdutividade é a palavra-chave para impressoras convencionais enfrentarem mercado fragmentado e avanço das digitais
Avas que nós mostramos na Drupa é a aplicação de cold foil in-line, na pró-pria máquina”, conta Philipp Fries, da Heidelberg. “Com uma única passagem, o produto sai impresso, pronto, com grande apelo visual.” A aplicação da película metalizada – na feira, feita em uma Speedmaster 105 XL – não requer
mudanças no equipamento. Em um dos castelos de impressão a folha recebe um adesivo, na área em que o cold foil será aplicado. A película adere no castelo seguinte, em velocidades entre 15 000 e 18 000 folhas por hora.
Sempre em busca de impulsionar a produtividade dos convertedores, outros
Speedmaster 105 XL, da Heidelberg: altas velocidades e acabamento em linha
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fabricantes de equipamentos convencio-nais mostraram avanços em suas impres-soras. Um exemplo é a Windmöller & Hölscher (W&H), que fabrica máquinas flexográficas e de rotogravura de banda larga, e que apresentou soluções de alto desempenho na Drupa, com a utilização de sistemas baseados em softwares de controle de processo. A Miraflex C, uma flexo que trabalha com camisas, rodou na feira com uma configuração de oito cores (pode ter dez) e largura de impres-são de 1270 milímetros (pode variar de 1000 milímetros a 1450 milímetros) à velocidade de 500 metros por minuto. Três minutos, em média, foi o tempo usado pelos operadores que faziam a demonstração para ajustar um novo tra-balho, com consumo de cerca de 300 metros lineares de material, graças ao sistema Easy-Set, incorporado ao equi-pamento, que faz os acertos automatica-mente. Na área de rotogravura, a W&H mostrou o modelo Heliostar S, que pode ser configurado com até doze cores. O sistema Easy-Sync, opcional, agiliza a sincronização de registro lateral e lon-gitudinal, garantindo precisão mesmo rodando a velocidades de até 400 metros por minuto.
Em voga está também o controle de qualidade automatizado. A KBA, por exemplo, mostrou sua offset plana Rapida 162 equipada com um siste-
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permitirem o pré-ajuste de máquinas de corte-e-vinco, por exemplo. Além de agilizarem o processo, esses softwares auxiliam na redução de perdas. O uso de um mesmo arquivo ao longo de todo o processo permite, ainda, a minimização de erros.
Nesse contexto, integrar pré-impres-são, impressão e pós-impressão é um desafio que começa a ser encarado por grandes fabricantes de equipamen-tos, muitos dos quais disponibilizam a seus clientes softwares proprietários. Proprietário, contudo, não é sinônimo de “incomunicável”, já que boa parte dos programas oferecidos é baseada em arquivos JDF (Job Definiftion Format), espécie de língua franca nessa área.
Nome forte em impressoras off-set planas, a Manroland foi uma das empresas a seguir esse caminho. Na Drupa, a empresa mostrou o case de um cliente suíço que utiliza o workflow contínuo para impressão de embala-gens, uma colaboração entre as empre-sas Dr. Lauterbach & Partner (SAP), EskoArtwork (pré-impresão) e Bobst (corte-e-vinco). Todo o trabalho e con-trole de processos, do desenvolvimento de produto à entrega ao cliente, são baseados em arquivos JDF.
ma que inspeciona 100% da produção, batizado de QualiTronic Professional. Pequenas variações em qualquer parte da folha são detectadas, com a possibi-lidade de que apenas a área defeituosa seja eliminada.
As novas máquinas, em todos os sistemas de impressão, tornaram-se não apenas mais rápidas e controla-das, mas mais eficientes nas tiragens menores, graças a avanços nos siste-mas de trocas de serviços e de ajuste de máquina. E, nesse tipo de trabalho, ter boa produtividade nos processos de pós-impressão, tais como corte-e-vinco e colagem, no caso de cartuchos, é um ponto crítico para a saúde econômica do convertedor.
Softwares de gerenciamento do fluxo de trabalhos, ou workflow, e de integração das linhas produtivas têm ajudado sobremaneira nessa tarefa, ao
Heliostar S, rotográfica da W&H, incorpora sistema que agiliza registro
Inspeção de 100% da produção cada vez mais presente em impressoras como a Rapida 162, da KBA
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Heidelbergwww.br.heidelberg.com(11) 5525-4500
Windmöller & Hölscherwww.whcorp.com(11) 4066-8600
KBAwww.kba.com.br(11) 6121-5277
Manrolandwww.manferrostaal.com(11) 5522-5999
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m segmento que mostrou avanço significativo nesta Drupa foi o de proteção de marcas. A cada dia que passa, multiplicam-se as
notícias sobre a proliferação de produtos piratas. Algumas vezes, as imitações são grosseiras. Em outros casos, contudo, as réplicas são tão fiéis (ao menos na apa-rência) que mesmo especialistas ficam em dúvida sobre a legiti-midade das mercadorias. Com isso, donos de mar-cas fortes, tradicionais e com boa reputação, ficam expostos aos riscos que o produto contrafeito pode acarretar à sua imagem.
“As aplicações de impressão de segurança ligadas a embalagens apa-receram com muita força nesta Drupa, coisa que não ocorreu em 2004”, afirma a gerente do depar-tamento de imprensa da organização da feira, Monika Kissing. De fato, soluções voltadas para mercados que sofrem com a má-fé do “mercado negro”, tais como o farmacêutico, viram avanços importantes nessa área.
“Temos máquinas que permitem rea-lizar alguns tipos de impressão muito difíceis de copiar, efeitos como textos e imagens escondidos”, explica Philipp Fries, da Heidelberg. O executivo afirma que, para o gráfico, considerar esse tipo de solução pode abrir um filão de bons negócios. “As indústrias farmacêuticas, por exemplo, estão muito interessadas em agregar itens de segurança às suas
embalagens, pois esse é um mercado em que a pirataria pode trazer graves riscos à saúde dos consumidores.”
Hoje também já é possível encontrar soluções contra falsificações nas impres-soras digitais. Alexander Mercon, da HP, explica que a ws6000, apresentada na Drupa, tem soluções proprietárias da HP para dificultar o trabalho dos falsários. “O Color Tiles, por exemplo, é um tipo de
código de barras colorido que só pode ser produzido em máquinas digitais com muitas cores, e que é gera-do a partir de um banco de dados”, ele explica. “Sem acesso ao database, as fal-sificações tornam-se prati-camente inviáveis.”
Na praia dos acaba-mentos de segurança, a alemã Kurz, referência em películas metalizadas, anunciou três novos efei-tos para sua linha de selos Trustseal OVD (Optical Variable Device, ou dis-positivo variável óptico, vertendo-se ao português), baseados na difração da
luz. O Nanopic possibilita colocar, nos selos de segurança, imagens com reso-lução altíssima, de mais de 50 000 dpi. O Overlapping DynaKey é um elemento oculto sob o motivo principal do selo Trustseal, e é somente visível com a ajuda de um filtro especial. Por sua vez, o Latent ConTrust é um elemento que exibe uma inversão de contraste quando o selo é girado em 90 graus.
Contra a contrafaçãoFabricantes de equipamentos apostam na segurança
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Textos escondidos, hologramas e outros recursos de segurança estão em alta
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Heidelbergwww.br.heidelberg.com(11) 5525-4500
HPwww.hp.com.br(11) 3371-3371
Kurzwww.kurz.com.br(11) 3871-7340
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LOGÍSTICA
“Isopor” celulósicoPolpa moldada quer balançar reinado do EPSno mercado de calços técnicos para proteção
ais conhecida pelo emprego naqueles berços azuis, rosados ou cinzas largamente utilizados no varejo para acomodar ovos e frutas como maçãs e pêras, a polpa
moldada de celulose quer mostrar suas qualida-des também na forma de calços técnicos – os elementos que protegem bens de consumo duráveis como eletrodomésticos e eletroe-letrônicos durante a distribuição. A missão é árdua, uma vez que essa aplicação é ampla-mente dominada pelo poliestireno expandido (EPS), popularmente conhecido como “isopor.”
Embora sejam oferecidos no Brasil há dez anos, os calços de polpa moldada, ao contrário do que ocorre em países da Europa e da Ásia, têm aqui produção restrita e destinada a poucos grandes clientes. Entre os escassos produtores, dois se destacam: a Paraibuna Embalagens, que brande ser a precursora do produto no país, e a Bioembalagens, com pouco mais de dois anos de existência. Juntos, eles atendem clien-tes como Philips, Britânia, HP e outros nomes importantes em produtos eletrônicos. Enquanto
M a Paraibuna dispõe de tecnologia francesa, a Bioembalagens possui equipamentos da
Coréia do Sul e chama a matéria-prima de polpa termoformada. Assim como o de plástico, o calço de polpa
moldada é maleável, podendo se amoldar aos produtos. A aplicação de resinas de colagem e de resistência à umidade na receita de massa permitem aos calços suportar intempéries. Para
seus defensores, a polpa moldada possui carac-terísticas funcionais tão boas ou até melhores que as do EPS, mas conta com um trunfo ambiental: ela é fabricada a partir de aparas de papel, jornais e revistas velhos e papelão, sendo biodegradável e também reciclável. “A polpa moldada vem viabi-lizar a sustentabilidade do cliente que tenha algu-ma política ambiental que coíba ou desestimule o uso de embalagem que não seja biodegradável”, defende Mário Henrique Santos, gerente comer-cial da Paraibuna Embalagens.
Entre os projetos desenvolvidos pela Parai-buna estão as bandejas de acondicionamento
Não é ameaçaSetor plástico alega que polpa moldada não rivaliza com o reciclável EPSA indústria do plástico diz não se alarmar com
o avanço da polpa moldada sobre o mercado
de calços técnicos, dominado pelo poliesti-
reno expandido (EPS). “Do ponto de vista da
competitividade, a polpa não oferece nenhum
risco ao uso do EPS em embalagens, até
porque ela pode ser utilizada para algumas
aplicações, mas não em todas”, diz Paulo
Roberto Moreira, vice-coordenador da comis-
são setorial de EPS da Associação Brasileira
da Indústria Química (Abiquim). Ele afirma
que a polpa não fica a par do isopor quanto a
aspectos como absorção de umidade, capa-
cidade de compressão e consumo de energia
na produção. “Por um momento chegamos a
pensar que a polpa moldada realmente repre-
sentasse uma solução de produto alternativo
de menor impacto ambiental, mas logo vimos
que a questão de reciclagem da polpa é rela-
tiva e questionável, como para qualquer outro
produto oriundo do papel”, afirma Moreira.
A propósito, a Abiquim, ao lado de outras
entidades de classe do setor de plásticos,
se empenha para mostrar que o EPS é reci-
clável, ao contrário do que muitos pensam,
devido ao que setor encara como factóide.
A Plastivida (Instituto Sócio-Ambiental dos
Plásticos), por exemplo, instituiu há dois anos
o projeto Repensar, para divulgar possibili-
dades de reutilização do EPS pós-consumo
– como material para construção civil, produ-
ção de gabinetes de TVs, réguas escolares,
brinquedos e outros produtos. “Nosso obje-
tivo é desmistificar a idéia de que o isopor é
um produto poluente”, afirma o coordenador
do projeto, Geraldo Luis de Lorena Pires.
Bioembalagens(27) 2124-4150www.bioembalagens.com.br
Paraibuna Embalagens(32) 2102-4000www.paraibuna.com.br
Por Luiz de França
FOTOS: DIIVULGAÇÃO
Calços de polpa moldada da Paraibuna Embalagens para aparelho eletrônico (no topo)
e para móveis
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para exportação de lâmpadas para carro, fabricadas na planta da Philips em Recife, e as cantoneiras para móveis de aço da Itatiaia. “Freqüentemente as cantonei-ras de isopor quebravam e era muito comum o cliente asssociar o problema à qualidade do produto”, conta o coor-denador de desenvolvimento de produto da Itatiaia Móveis, Marco Túlio. “Desde que adotamos a polpa moldada, há quatro anos, não registramos mais reclamações”.
Por sua vez, a Bioembalagens, que tem na linha de impressoras multifuncionais da HP um dos principais escoadouros, decidiu dar um passo além, oferecendo o calço de polpa moldada para a indústria de cosméticos. Os pri-meiros produtos devem estre-ar no segundo semestre deste ano, prevê Sergio Peitl, diretor comercial da empresa. “Já esta-mos na fase de confecção das ferramentas”, ele informa.
A barreira a ser vencida para a decolagem do calço de polpa moldada no mercado
interno, apontam os fabricantes, é a escala ainda baixa, que afeta a competitividade do produto em relação ao EPS – cuja produção em 2007 foi de 59 400 toneladas
(32 200 toneladas escoadas para a transfor-mação de embalagens). Os fornecedores de
calços não têm estatísticas sobre sua atividade. Para Sergio Peitl, esse problema será contornado gradualmente. “Não estamos avançando como moda ou tendência, mas como um produto que justifica sua aplicação”, ele afirma. Segundo o executivo da Bioembalagens, as aparas de papel
absorvem os custos de reciclagem na cadeia do produto. “O que não ocorre com o EPS, que vai para os aterros sanitários municipais sem custo para as empresas que o utilizam, con-tribuindo para o problema do lixo urbano”, dispara.
Impressoras multifuncionais da HP são as principais usuárias dos calços de
polpa da Bioembalagens, que aposta no mercado de
cosméticos (abaixo)
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ArtOffice (41) 3338-9219www.artoffice.com.br
Baumgarten (47) 3036-3636www.baumgarten.com.br
Injectpoli (19) 3886-2766inject.poli@uol.com.br
Hills www.hills.com.br
Meister (47) 3433-3133 www.meister.com.br
SGD Brasil(11) 3883-4300www.sgdbrasil.com
Parceria doce e festivaKraft Foods Brasil contribui para O Boticário lançar perfume comemorativo
Engratech(19) 3837-8100www.grupoengra.com.br
Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br
Indexflex(11) 3918-7100www.indexflex.com.br
Pande Design(11) 3849-9099www.pande.com.br
Uniflexo(11) 4789-5946.www.uniflexo.com.br
Investida vibrante em hair careFrascos coloridos modernizam apresentações dos produtos para cabelo da Albany
Os xampus, condicionadores e cremes para pentear e de tratamento da Albany chegam aos pontos-de-venda com novas fórmulas e emba-lagens. A empresa apostou nas cores vivas para atrair o público feminino e no azul para o mas-culino. Os frascos e tampas de polietileno (PE) são supridos pela Igaratiba e pela Engratech.
A decoração dos frascos do xampu e do con-dicionador é feita por rótulos auto-adesivos de polipropileno biorientado (BOPP) fornecidos pela Indexflex. Os cremes para pentear e de trata-mento contam com rótulos termoencolhíveis de PVC da Uniflexo. A Pande Design assina o pro-jeto gráfico das embalagens.
LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDISPLAY
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Comemorando o 23° aniversário do perfume Thaty, O Boticário, em parceria com a Kraft Foods Brasil (Lacta), lança uma edição limitada de Thaty Confeti. As tradicionais ânforas de vidro dos perfumes Thaty, fornecidas pela SGD Brasil, são ornamentadas por rótulos termoencolhíveis de PET-G (PET com glicol) da Baumgarten. As tampas de polipropileno (PP) são produzidas pela Injectpoli. A embalagem secundária do Thaty Confeti é uma lata de aço impres-sa em flexografia, fabricada pela Meister. Dentro da lata também há uma edição limitada do brilho labial Cel Gloss Thaty, acondicionado em frascos de PET com tampas de PP, importados de Hong Kong pela Hills. O layout das embalagens foi criado pela ArtOffice.
77EmbalagemMarcajunho 2008www.embalagemmarca.com.br
Edição: FLÁVIO PALHARES flavio@embalagemmarca.com.br
Novo leite no mercadoProduto da Bela Vista chega na caixa
A Laticínios Bela Vista apresen-ta o novo leite Piracanjuba em embalagens car-tonadas assép-ticas Tetra Brik Aseptic, com tampas de rosca StreamCap, da Tetra Pak. O design das embalagens foi desenvolvido pela Seragini Farné Guardado.
A Santa Helena, detentora da marca Paçoquita, lança uma nova apre-sentação para sua tradicional paçoca. Trata-se de uma flow pack de polipropileno biorientado (BOPP) mais polipropileno (PP) produzida pela Plaszom e que acondiciona três unidades da paçoca. A arte da embalagem foi criada pela Labcom.
Três não é demaisFlow pack abriga três unidades de Paçoquita
Seragini Farné Guardado(11) 2101-4300www.seraginifarne.com.br
Tetra Pak(62) 4005-4700www.tetrapak.com.br
Labcom(16) 3967-8009www.labcom.ppg.br
Plaszom(48) 3466-6200www.plaszom.com.br
78 EmbalagemMarca junho 2008 www.embalagemmarca.com.br
Converplast(11) 6462-1177 www.converplast.com.br Itap Bemis(11) 5516-2000 www.dixietoga.com.br
O mercado nordestino recebe o Solup Tea, nova aposta da Laticínios Guararapes. O chá é acondicionado em garrafas de vidro de 300 mililitros da CIV com tampas de aço da Silgan White Cap. A decoração das emba-lagens é feita com rótulos de papel
couché com cola, que ganharam aplicação de ver-niz UV, impressos pela Gráfica Santa Marta. O design das embalagens é assinado pela Prisma 4 Ventos Comunicação. Solup Tea está disponível nas ver-sões light e tradi-cional nos sabores Preto com Limão e Preto com Pêssego.
Hora do cháBebida da Guararapes é acondicionada em garrafas de vidro
Os biscoitos recheados Pop (barrinhas de frutas), da Adria, agora são comercializa-dos também em multipacks de polipropi-leno biorientado (BOPP), fornecidos pela Converplast e pela Itap Bemis. O frontal das embalagens é transparente, deixando as flow packs das barrinhas à mostra. O multipack tem o apelo econô-mico das pro-moções “leve cinco e pague quatro” desta-cado por uma inscrição nas embalagens, cujo design foi criado pela M. Dias Branco, detentora da marca.
“Multipops”Biscoito da Adria ganha embalagem agrupadora
Uma alternativa prática ao deliveryPerdigão lança, em cartucho, versão congelada de macarrão oriental
Chega ao mercado o Yakisoba congelado da Perdigão. Acondicionado em cartuchos de papel cartão da Rigesa contendo porção de 500 gramas, o lança-mento é uma homenagem aos 100 anos da imigração japonesa. O projeto gráfico da embalagem, que apresenta relevo no logotipo da empresa e verniz especial, leva a assinatura da agência Young & Rubicam.
Rigesa (19) 3881-8800www.rigesa.com.br
Young & Rubicam (11) 3026-4479www.yr.updateordie.com
CIV (81) 3272-4484www.civ.com.br
Gráfica Santa Marta (81) 2122-9700www.graficasantamarta.com.br
Prisma 4 Ventos Comunicação (81) 3343-9120www.prismapublicidade.com.br
Silgan White Cap(11) 5585-0723www.silganwhitecap.com
LANÇAMENTOS E NOVIDADES – E SEUS SISTEMAS DE EMBALAGEMDISPLAY
79EmbalagemMarcajunho 2008www.embalagemmarca.com.br
Metrolabel (11) 3603-3888www.metrolabel.com.br
Garagem 57 (19) 9118-6887www.garagem57.com
Depilação com nova fragrânciaCera da Depil Bella tem opção roll-on
A linha de produtos voltados ao mercado profissional de depilação da Bioclean ganha um novo integrante: a cera Depil Bella versão frutas vermelhas, acondi-cionada em frascos de poli-propileno (PP) com tampas de resina ABS. Os rótulos auto-adesivos de papel couché e poli-propileno biorientado (BOPP) são impressos pela Gráfica Covaza. Frasco e tampa são produzidos em molde próprio da Bioclean. A identi-dade visual é da Pande Design.
Chega ao mercado OZ, vodca com néctar de fru-tas. A bebida, da Ultrapan, é acondicionada em latas de alumínio sleek, mais delgadas, de 340 mililitros, produzidas pela Ball nos Estados Unidos – e impor-tadas pela Latapack-Ball, subsidiária brasileira da empresa americana. A lata sleek, lançada pela Ball Europe em 2004, é inédita no Brasil. A rotulagem de OZ é feita com um termoencolhível impresso em offset UV com acabamento fosco e verniz de reserva pela Metrolabel Indústria de Rótulos e Embalagens. O design é da Garagem 57.
Novo formato para nova bebidaLata sleek é decorada com rótulo termoencolhível
Gráfica Covaza(11) 2268-3120www.covaza.com.br
Pande Design(11) 3849-9099www.pande.com.br
Latapack-Ball (no Brasil)(11) 2171-2400www.latapack.com.br
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ÍNDICE DE ANUNCIANTES
Anunciante Página Telefone SiteAdegraf 73 (11) 2067-9999 www.adegraf.com.brAmazon Coding 29 (11) 3133-7666 www.amazoncoding.com.brAntilhas 3ª capa (11) 4152-1100 www.antilhas.com.brArco Convert 15 (caderno especial) e 17 (11) 2061-8099 www.arco.ind.brArmor 13 (92) 4009-3555 www.armor-brasil.comBauchCampos 39 (11) 4785-2500 www.bauchcampos.com.brBetim Química 53 (31) 3358-8500 www.betimquimica.com.brBIC Label 35 0800 260 434 www.biclabel.com.brBP Filmes 3 (caderno especial) (11) 3616-3402 www.bpfilmes.com.brBraga 41 (19) 3897-9720 www.braga.com.brBraskem 5 (caderno especial) (11) 3576-9000 www.braskem.com.brCCL Label 7 (19) 3876-9300 www.ccllabel.com.brCliart 17 (11) 2942-8133 www.cliart.com.brCobrirel 77 (11) 6291-3155 www.cobrirel.com.brComprint 2ª capa (11) 3371-3371 www.comprint.com.brCongraf 61 (11) 3103-0300 www.congraf.com.brDu Pont 13 (caderno especial) e 57 0800 171715 www.dupont.com.brEMCR 73 (11) 5934-3183 www.emcrinducao.com.brEmibra 51 (11) 4748-2199 www.emibra.com.brFrasquim 79 (11) 6412-8261 www.frasquim.com.brRami 21 (11) 4587-1100 www.ramiprint.com.brGreenfield 62 e 63 (11) 3567-1890 www.embalaweb.com.brHenkel 8 e 9 (caderno especial) (11) 3205-8892 www.henkel.com.briiMak 39 (11) 3737-4000 www.iimak.com.brIndemetal 25 (11) 4013-9600 www.indemetal.com.brIndexflex 37 (11) 3618-7100 www.indexflex.com.brInnovia Films 11 (caderno especial) (11) 5053-9948 www.innoviafilms.com.brKromos 45 (19) 3879-9500 www.kromos.com.brLoop 79 (19) 3404-6700 www.loop.ind.brMarkem-Imaje 11 (11) 5641-8949 www.markem-imaje.comMetrolabel 23 (11) 3603-3888 www.metrolabel.com.brMoltec 77 (11) 5693-4600 www.moltec.com.brMüller Martini 71 (11) 3613-1000 www.mullermartini.com.brNilpeter 49 (11) 5071-7721 www.nilpeter.com.brNovelprint 77 (11) 3760-1500 www.novelprint.com.brOwens-Illinois 31 (11) 6542-8084 www.oidobrasil.com.brParaibuna 27 (32) 2102-4000 www.paraibuna.com.brPrakolar 75 (11) 2291-6033 www.prakolar.com.brPropack 59 (11) 4785-3700 www.propack.com.brRio Polímeros 19 0800 707 8898 www.riopol.com.brSampafi 73 (11) 4221-6106 www.sampafi.com.brSetprint 73 (11) 2133-0007 www.setprint.com.brSIG Combibloc 47 (11) 2107-6744 www.sig.biz/brasilSimbios-Pack 79 (11) 5687-1781 www.simbios-pack.com.brSonoco For-Plas 5 (11) 5097-2750 www.sonocoforplas.com.brSoproval 59 (19) 3881-8111 www.soproval.com.brSuzano 65 0800 722 7008 www.suzano.com.brTD Color 79 (19) 3271-7146 www.tdcolor.com.brTetra Pak 55 (11) 5501-3205 www.tetrapak.com.brTom-B 67 (11) 3255-7214 www.tom-b.euTyrex 15 (11) 3612-4255 www.tyrex.com.brUnion Pack 69 0800 707 9533 www.unionpack.com.brVitopel 16 (caderno especial) (11) 3883-7700 www.vitopel.comWheaton 33 (11) 4355-1800 www.wheatonbrasil.com.br
José Ricardo Roriz Coelho, Presidente
É LIDA PORQUE É BOA. É BOA PORQUE É LIDA.
www.embalagemmarca.com.br • (11) 5181-6533(11) 3089-5333www.vitopel.com.br
EmbalagemMarca é muito importante para o setor de embalagem
no Brasil, não só pelo volume e pela qualidade de informações que
oferece. A revista é importante também por abrir oportunidades
de ampliação de negócios e de discutir caminhos para o futuro.
Cito como exemplo, especifi camente, o recente seminário sobre
embalagens fl exíveis, do qual participamos e que se constituiu
em oportuna ocasião de colocar toda a cadeia produtiva frente a
frente para discutir problemas que a atingem e propor soluções.
EmbalagemMarca foi muito útil em minha vinda para a Vitopel, quando
consultei a coleção e me abasteci de preciosas informações.
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AlmanaqueAlmanaque
82 EmbalagemMarca junho 2008www.embalagemmarca.com.br/almanaque
Há quase 80 anos regulandoO Regulador Xavier, preparado à base de extratos vegetais e plantas medicinais, foi desen-volvido em São Paulo pelo far-macêutico João Gomes Xavier. Registrado nos órgãos de saúde desde 1930, o fitoterápi-co é indicado para distúrbios da menstruação. Na época, os “males femininos” eram tra-tados com chás caseiros, que tinham as receitas passadas de mãe para filha, sempre em clima de mistério. O
Regulador Xavier surgiu
como um remédio moderno usado em duas versões: núme-ro 1 para excesso, número 2 para a escassez. Nas embala-gens, os números sempre tive-ram destaque, para evitar enga-nos na hora do consumo. O jingle do produto fazia sucesso: “1, 2... 1, 2... Regulador Xavier: o remédio de confiança da mulher”. Em 1957, a marca foi adquirida pelo Laboratório
Hepacholan, que ainda comercializa as duas versões. Confira o jingle gravado nos anos 1980, no site www.embalagem-marca.com.br
Licores de especiarias que ganharam o mundoA mais antiga destilaria do mundo foi fundada em 1575 em Amsterdã, Holanda, pelo mercador Lucas Bols. As bebidas produzidas no pequeno estabelecimento eram feitas a partir de especiarias que chegavam em navios holandeses provenien-tes de várias partes do mundo. Utilizando ingredientes até então desconhecidos, Bols criou, entre outros, vários licores
que tinham sabores totalmente novos, como cravo-da-índia, canela, baunilha, óleo de rosa, café e casca de curaçao, uma espécie de laranja muito ácida.
Quando o último descenden-te direto de Lucas morreu, em 1816, a família vendeu a
empresa, mas com a condição de que o nome Bols fosse mantido. As garra-fas, que no início eram de porcelana, foram evoluindo e hoje, de vidro, têm formas modernas. Atualmente a Lucas Bols produz 35 bebidas e está presente em 110 países.
Sepultado no tuboCriador da embalagem da batata frita Pringles, da Procter & Gamble, o americano Fredric Baur morreu dia 4 de maio último, aos 89 anos de idade. Quando trabalhava no centro de pesquisa da empresa, em 1966, o engenheiro entrou com o pedido de patente para a técnica de empilhar as batatas fritas numa embala-gem em forma de tubo, feita de papel cartão e folhas de alu-mínio. Ele tinha tanto orgulho
de sua invenção que, manifestou o desejo de, ao morrer, ser sepulta-do dentro de um dos tubos que consagraram a marca. Foi cremado e suas cinzas colocadas numa embalagem de Pringles que foi enter-rada no cemitério de Cincinnati, Ohio.
Acima, Lucas Bols, fundador da empresa. À direita, evolução das
embalagens dos licores Bols
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Uma boa embalagem é aquela que traz resultados positivos. E prêmios.
Se entre 1/7/2007 e 30/6/2006 a sua empresa colocou no mercado embalagens que fi zeram a diferença, inscreva-as no Prêmio EmbalagemMarca 2008 – Grandes Cases de Embalagem. Afi nal, o seu sucesso merece ser contado para todo o mercado.
Reconhecimento e divulgação para quem ajuda a melhorar a embalagem no Brasil.
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