Post on 01-Jul-2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO/PROINDINSTITUTO DE LINGUAGENSDEPARTAMENTO DE LETRAS
PET INDÍGENA/2011
APOIO LÍNGUA PORTUGUESA
Milena Nicolas Varzacacou
REVISÃO GRAMATICAL 2
REGRAS DE PONTUAÇÃO
Ponto ( . )
Para indicar o final de uma frase declarativa.
Lembro-me muito bem dele.
Ponto ( . )
Para separar períodos entre si.
Fica comigo. Não vá embora.
Ponto ( . )
Nas abreviaturas.
Av. V. Ex.ª R.
Vírgula ( , )
Para separar elementos que você poderia listar.
João, Maria, Ricardo e Pedro foram almoçar.
Vírgula ( , )
Para separar explicações que estão no meio da frase.
Mário, o moço que traz o pão, não veio hoje.
Vírgula ( , )
Para separar o lugar, o tempo ou o modo que vier no início da frase.
1. Lá fora, o sol está de rachar!(lugar)
2. Semana passada, todos vieram.
(tempo)3. Geralmente, não gostamos de pessoas estranhas.
(modo)
Vírgula ( , )
Para separar orações independentes.
Acendeu um cigarro, cruzou as pernas, estalou as unhas,
demorou o olhar em Maria.
Vírgula ( , )
NÃO SE USA VÍRGULA!
Para separar sujeito e seu predicado.
João, gosta de comer batatas.
João gosta de comer batatas.
Dois pontos ( : )
Para iniciar a fala dos personagens.
Então o chefe comentou:
- Está ótimo!
Dois pontos ( : )
Para enumerações ou sequência de palavras que explicam ou resumem
ideias anteriores.
Meus amigos são poucos: Jorge, Ricardo e Alexandre.
Dois pontos ( : )
Antes de citação.
Como já dizia Camões: “O amor é fogo que arde sem se ver”.
Reticências ( ... )
Para indicar dúvidas ou hesitação de quem fala.
Sabe...eu queria te dizer que...esquece.
Reticências ( ... )
Para indicar interrupção de uma frase deixada gramaticalmente
incompleta.
-Alô! João está?- Agora não se encontra. Quem
sabe se ligar mais tarde...
Reticências ( ... )
Para indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita.
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.”
(Canteiros – Raimundo Fagner)
Parênteses ( ( ) )
Para isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e
datas.
Na II Guerra Mundial (1939-1945), morreu muita gente.
Juninho e Maria (aquela menina nova na escola) chegaram
atrasados.
Ponto de exclamação ( ! )
Após vocativo.
Maria! Venha cá!
Parte, Heliel!
Ponto de exclamação ( ! )
Após imperativo.
Cale-se!
Feche a porta!
Sente-se!
Ponto de exclamação ( ! )
Após interjeição.
Ufa!
Ai!
Aff!
Ponto de exclamação ( ! )
Após palavras ou frases que denotem caráter emocional.
Que pena!
Socorro!
Que bom!
Ponto de interrogação ( ? )
Em perguntas diretas ou dúvida.
Como você se chama?
Será que eu devo pegar o trem ou o ônibus?
Ponto de interrogação ( ? )
Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação.
-Quem ganhou na loteria?- Você!- Eu?!
Ponto e vírgula ( ; )
Para separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de
uma sequência etc.
Art. 127 – São penalidades disciplinares:
I – advertência;II – suspensão;
Ponto e vírgula ( ; )
Para separar orações coordenadas muito extensas ou orações
coordenadas nas quais já tenha sido usada a vírgula.
“O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...)”
(Visconde de Taunay)
Travessão ( - )
Para dar início à fala de um personagem.
O filho perguntou:
- Pai, quando começarão as aulas?
Travessão ( - )
Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos.
-Doutor, o que tenho é grave?
-Não se preocupe, é uma simples gripe.
Travessão ( - )
Para unir grupos de palavras que indicam itinerário.
A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.
Travessão ( - )
Também pode ser usado em substituição à vírgula ou aos
parênteses em expressões ou frases explicativas.
Xuxa – a rainha dos baixinhos – fará um show hoje.
Aspas ( “ ” )
Para isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como
gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e
expressões populares.Maria achava que aquele não era um grande
“pobrema”.
A festa estava “chocante”.
Os alunos me deram um grande “feedback” na aula de hoje.
Aspas ( “ ” )
Para indicar uma citação textual.
Segundo o Coll (1993), “os conteúdos podem ser divididos em conceituais/factuais, procedimentais
e atitudinais e o docente pode escolher um ou mais de um tipo de conteúdo para trabalhar em
sala de aula[...]”
Aspas ( “ ” )
Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer
necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples (‘ ’).
“Que significa ‘reversão do platonismo’? Nietzsche assim define a tarefa de sua filosofia ou,
mais geralmente, a tarefa da filosofia do futuro.”
(DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido)
Livro distribuído pelo MEC defende errar concordância
Um livro didático para jovens e adultos distribuído pelo MEC a 4.236 escolas do país reacendeu a discussão sobre como registrar as diferenças entre o discurso oral e o escrito sem resvalar em preconceito mas ensinando a norma culta da língua
Um capítulo do livro Por uma Vida Melhor da ONG Ação Educativa uma das mais respeitadas na área diz que na variedade linguística popular pode-se dizer Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado
Em sua página 15 o texto afirma conforme revelou o site IG Você pode estar se perguntando Mas eu posso falar os livro Claro que pode Mas fique atento porque dependendo da situação você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico
Segundo o MEC o livro está em acordo com os PCNs Parâmetros Curriculares Nacionais normas a serem seguidas por todas as escolas e livros didáticos
A escola precisa livrar-se de alguns mitos o de que existe uma única forma certa de falar a que parece com a escrita e o de que a escrita é o espelho da fala afirma o texto dos PCNs
Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que além de desvalorizar a forma de falar do aluno denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos continua
Heloísa Ramos uma das autoras do livro disse que a citação polêmica está num capítulo que descreve as diferenças entre escrever e falar mas que a coleção não ignora que cabe à escola ensinar as convenções ortográficas e as características da variedade linguística de prestígio
Livro distribuído pelo MEC defende errar concordância
Um livro didático para jovens e adultos distribuído pelo MEC a 4.236 escolas do país reacendeu a discussão sobre como registrar as diferenças entre o discurso oral e o escrito sem resvalar em preconceito, mas ensinando a norma culta da língua.
Um capítulo do livro "Por uma Vida Melhor", da ONG Ação Educativa, uma das mais respeitadas na área, diz que, na variedade linguística popular, pode-se dizer "Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado".
Em sua página 15, o texto afirma, conforme revelou o site IG: "Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar os livro?'. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico".
Segundo o MEC, o livro está em acordo com os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) --normas a serem seguidas por todas as escolas e livros didáticos.
"A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma 'certa' de falar, a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala", afirma o texto dos PCNs.
"Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma de falar do aluno, denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos", continua.
Heloísa Ramos, uma das autoras do livro, disse que a citação polêmica está num capítulo que descreve as diferenças entre escrever e falar, mas que a coleção não ignora que "cabe à escola ensinar as convenções ortográficas e as características da variedade linguística de prestígio".
“Deixo minha fortuna a meu sobrinho não à minha irmã jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres”
Seu sobrinho decide fazer a pontuação seguinte:
"Deixo minha fortuna ao meu sobrinho. Não à minha irmã. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
Mas a irmã não concorda. Ela pontuaria dessa maneira:
"Deixo minha fortuna ao meu sobrinho? Não! À minha irmã! Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
O alfaiate pede a cópia do original e a pontua à sua maneira:
"Deixo minha fortuna ao meu sobrinho? Não! À minha irmã? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.“
Lá acima, os mendigos da cidade entram na casa e se apoderam do bilhete. E propõem a versão deles:
“Deixo minha fortuna ao meu sobrinho? Não! À minha irmã? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres”.