Post on 08-Jan-2016
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RESUMO DE PARASITOLOGIA- PROCESSUAL I
CONCEITOS
MONOXENO: Parasitas que completam seu ciclo em um nico hospedeiro.
HETEROXENO: Parasitas que precisam de 2 ou mais hospedeiros para
completar seu ciclo.
EURIXENO: Encontrado em diversas espcies.
ESTENIXENO: Encontrado em somente uma espcie.
MONICO: Reproduo assexuada- Hemafrodita.
DIGENEA: Dois sexos separdos.
ENTEROBASE
Agente etiolgico: Enterobius vermicularis
Doena: Enterobase.
A fmea maior do que o macho e este apresenta a extremidade caudal
enrolada, so vermes de cor branca, com membrana lisa e transparente. O
macho morre aps a cpula e os ovos, quando saem da fmea, j saem com
larva dentro.
A infeco ocorre aps a ingesto ou inalao do ovo (aquisio
passiva) que j est larvado ( liberado da fmea assim) por larva do tipo
rabditide, ela deglutida e chegam ao intestino delgado onde eclodem. Ainda
l, sofrem duas mudas at que chegam a fase adulta e migram,
preferencialmente, para o ceco (limite do intestino delgado e intestino grosso)
onde ficam no lmem ou ainda no apndice cecal.
Aps a cpula, o macho morre e eliminado nas fezes. A fmea
grvida, carrega com sigo de 5 16 mil ovos, e migram para a regio perianal
para deposio destes ovos. Alguns autores dizem que a mesma nem chega a
fazer oviposio, aps deposit-los, fica presa na regio perianal, seca e
morre. Essa migrao para a regio perianal ocorre preferencialmente noite,
devido ao calor, por essa razo que o prurido anal aumenta neste perodo do
dia. Os ovos liberados pelas fmeas tornam-se infectantes em poucas horas.
Tipos de infeco
Heteroinfeco: Os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem e
contaminam um novo hospedeiro.
Indireta: Os ovos presentes na poeira ou alimentos contaminam o mesmo
hospedeiro.
Autoinfeco externa: Indivduo contaminado leva os ovos da regio perianal
para boca. Cronifica a doena.
Retroinfeco: Os ovos contendo as larvas depostos na regio perianal
eclodem e as larvas migram para o ceco.
Diagnstico
Exames de fezes so pouco eficazes para detectar este tipo de parasita.
Geralmente realiza-se o teste com swab anal ou utilizando fita adesiva ou fita
gomada. Esta fita colocada na regio perianal vrias vezes, e observada no
microscpio em lentes de 10x e 40x, colocadas diretamente na lmina, como
se fosse uma lamnula e procura-se ovos.
O diagnstico clnico ocorre pelo prurido anal. Este prurido pode causar
infeces secundrias, visto que sensibiliza a regio. Nas mulheres, ela pode
migrar para o rgo genital, causando prurido tambm e deixando o ambiente
propcio para infeces, alm de causar corrimento.
Epidemiologia: uma doena de prevalncia na idade escolar. transmitida
em locais pblicos ou domsticos.
Profilaxia: Manter hbitos de higiene tais como lavar toda vez que utilizar o
banheiro, sempre trocar roupas de cama e toalhas, corte rente das unhas,
tomar banho ao se levantar.
Tratamento: Mebendazol e Albendazol.
Resumo...
Doena: Enterobase.
Agente etiolgico: Enterobius vermicularis.
Caractersticas gerais e ciclo de vida: Parasita monxeno, que parasita
somente o homem. O ovo contendo a larva rabditide ingerido ou inalado;
ocorre a deglutio; ovo eclode no intestino delgado; parasitam o intestino
delgado at a fase adulta. Antes de tal, sofrem duas mudas, at que migram
para o ceco ou apendice cecal; fmea e macho copulam, macho morre aps a
cpula; fmea migra para regio perianal noite e faz deposio dos ovos.
TRICURASE
Agente etiolgico: Trichuris trichiura
Doena: Tricurase
Caractersticas gerais: Trata-se de um verme branco que mede de 3 5 cm,
o macho menor do que a fmea e apresenta uma curvatura ventral
acentuada. A parte posterior do verme bem afilada e ocupa dois teros do
corpo, enquanto a parte posterior mais alargada, dando a aparncia de
chicote (wipworms). Os ovos possuem colorao marrom e formato de barril,
com dois tampes lipdicos na extremidade. O ovo possui trs camadas.
Ciclo: A fmea libera nas fezes ovos embrionados, ou seja, ainda no h a
presena de larvas. O ovo se desenvolve at o quinto estgio, onde h a
formao de uma larva rabditide, sendo esta a forma infectante para o homem
(ovo com a larva rabditide). O ovo passa pelo estmago onde sofrer a ao
do suco gstrico e eclodir, liberando a larva no intestino delgado. Haver uma
migrao lenta at o intestino grosso/ceco e neste caminho sofrem 4 mudas
at chegar a fase adulta. Estes podem ficam com a sua parte anterior (a parte
afilada) inserida na mucosa do intestino grosso. Macho e fmea copulam e
ovos embrionados so liberados juntamente com material fecal, contaminando
o ambiente.
Epidemiologia: So vermes mais comuns em regies tropicais e
subtropicais.As crianas so as principais afetadas, e endmico de regies
com pouco saneamento bsico.
Infeco: Passiva (oral-fecal), sendo somente infectante o ovo j embrionado
com larva rabditide.
Profilaxia: Saneamento bsico, higiene pessoal, tratamento dos indivduos
infectados, lavem dos alimentos com gua clorada, educao santitria para a
populao.
Tratamento: Albendazol e mebendazol.
ASCARIDASE
Agente etiolgico: Ascaris lumbricoides.
Doena: Ascaridase.
Caractersticas gerais: Macho menor que fmea medindo cerca de 20 30
cm e apresentam com leitosa e apresentam extremidade posterior enrolada. A
fmea, mais robusta, mede cerca de 30 40 cm. Os ovos desta espcie so de
colorao castanha e apresentam uma superfcie mamelonada (cheia de
espculos), mesmo quando infrteis (porm, dentro no h membrana,
mamelonada dentro e fora). A forma infectante a ingesto do ovo contendo
larva em estdio L3. Parasitam o intestino delgado, preferencialmente jejuno e
leo, porm em infeces mais graves, pode ser encontrado em toda extenso
do intestino delgado. Podem ficar aderidos a mucosa intestinal ou ainda livres
na luz.
Ciclo: Os ovos ovipostos pela fmea no esto embrionados e so liberados
junto com o material fecal, porm em caractersticas favorveis tornam-se
embrionados em 30 dias. A larva que se desenvolve no ovo rabditide do tipo
L1, aps uma semana, esta sofre muda at L2, outra muda at L3 que a
forma infectante para o homem, quando ainda dentro do ovo. Este ovo ser
ingerido pelo homem e passar pelo esfago at chegar ao estmago onde
sofrer ao do suco gstrico e eclodir, liberando a larva no intestino. As
larvas liberadas penetram na mucosa do intestino, at chegarem nos vasos
linfticos e chegam ao fgado. L, o sistema porta levar elas at o corao e
posteriormente chegaro ao pulmo, onde sofrem muda e chegam ao estdio
L4; alguns dias aps, descem a rvore brnquica, rompem os capilares,
chegam at aos alvolos onde sofrero muda novamente para o estdio L5.
Sobem a rvore brnquica, chegam at a traquia onde so deglutidas at
chegarem novamente ao intestino, j na fase adulta. Ocorrer a cpula e 60
dias aps a infeco, inicia-se a liberao de ovos nas fezes pela fmea.
Ciclo de Loss: Ciclo pneumtico. Pode acarretar na Sndrome de Loeffler.
Epidemiologia: Helminto caracterstico de regies tropicais onde h baixa
umidade.
Patogenia: Quando larvas, quando em uma infeco branda no se observa
nada, j em infeces macias pode ocorrer leses hepticas e pulmonares.
Quando passa pelo fgado, para atingir o pulmo, pode causar pontos de
hemorragia e necrose que, posteriormente, tornar-se-o firbrosados. No
pulmo, podem causar pneumonite e o catarro pode ser sanguinolento e conter
larvas do inseto.
Na fase adulta em infeces brandas tambm no se observam alteraes, em
inefces mdias e macias encontramos ao txica, expoliadora e mecnica
j que podem causar irritao na parede da mucosa ou mesmo enovelar-se,
causando obstruo. Se perturbados, podem migrar para outras reas
causando grandes transtornos.
Diagnstico: Clnico difcil, visto que o quadro se assemelha ao de outras
parasitoses. O labaratorial se d pela pesquisa de ovos nas fezes, sem
necessidade de mtodos especficos, j que a quantidade liberada por dia
muito grande.
LARVA MIGRANS CUTNEA
Estas larvas so parasitas de ces e gatos, completando seu ciclo neles e
causando a ancilostomase em animais.
Assim como nos homens, a fmea libera muitos ovos por dia, e as larvas
penetram ativamente, e so atradas pelo calor.
Aps penetrar a pele, no homem no so capazes de completar seu ciclo, ou
seja, no atingem a circulao ou vasos linfticos, permanecem migrando no
tecido subcutneo. Caso estas larvas sejam ingeridas, podem atingir as
vsceras, causando a larva migrans cutnea visceral.
Na infeco ativa, ocorre prurido intenso na regio e formao de crostas que
desaparecem com o tempo, deixando uma linha sinuosa e escura. O exame
clnico, baseado no aspecto dermatolgico da leso.
-Larva migrans cutnea visceral e ocular: Gealmente causada pelo
Toxocara canis, onde o homem se infecta ingerindo a larva L3 dentro do ovo,
este eclode no intestino e as larvas penetram na parede da mucosa caindo na
circulao. Esta larva migra por diversos tecidos do corpo podendo chegar aos
olhos, e sua dimenso vai depender do local onde est. O exame que fecha
diagnstico a sorologia para o verme.
ANCILOSTOMASE E NECATORASE
Agente Etiolgico: Ancilostoma duodenale, Necator americanus
Doena: Ancilostomase e Necatorase.
Caractersticas gerais: Aps a Ascaridase, esta a segunda verminose mais
comum na espcie humana. O A.duodenale considerado o parasita do velho
mundo, sendo mais endmico em regies temperadas, j o N. americanus
costuma ser endmico de regies tropicais.
A diferena geral deles quanto a morfologia, trata-se da quantidade de dentes
presente na mesma. O A.duodenale possui dos pares de dente, enquanto o N.
americanus, possui lminas cortantes margeando a boca. Estes parasitas, que
ficaram aderidos a mucosa do intestino pela boca, possuem substncias
anticoagulantes, para impedir que o sangue coagule.
O macho da espcie posssui a extremidade mais grossa, por conta da bolsa
copuladora, enquanto a fmea possui a extremidade mais afilada.
Ciclo biolgico: So monxenos, no apresentando hospedeiros
intermedirios, parasitando o homem.
A fmea fixada no intestino delgado liberam os ovos que so expelidos junto
com o material fecal. No ambiente, inicia-se o processo de embrionia e a
formao da larva em estdio L1. Trata-se de uma larva rabditide, que se
alimenta de matria orgnica e mico-organismos presentes no ambiente. Aps
alimentar-se, esta larva perde a cutcula externa, sofrendo uma muda e
passando para o estdio L2, continua a alimentar-se de matria orgnica e
tendo vida livre. Quando esta larva sofre muda novamente, passando para o
estdio L3, assume a forma filariide que a forma infectante ao homem. Esta
possui uma cutcula em sua boca, por isso no se alimentar. Possui
termotropismo positivo, por isso atrada pelo calor, inicia sua penetrao no
hospedeiro, liberando enzimas que a auxiliam neste processo. A durao da
penetrao de cerca de meia hora, ento a larva atinge a corrente sangunea
ou linftica e migra pela circulao at chegar no corao e ir para o pulmo
atravs da artria pulmonar. L, desce a rvore brnquica, atingindo alvolos,
bronquolos e sofre muda para estdio L4. Sobe a rvore brnquica, atingem a
traquia onde so deglutidas, descendo at o intestino delgado, seu destino
final. Aderem a mucosa intestinal e cerca de um ms depois da infeco, j
aderidas a mucosa exercendo a hematofagia, sofrem muda para L5 e
posteriormente tornam-se adultos. Na fase adulta copulam, e liberam os ovos
no embrionados junto com o material fecal.
Patogenia: Sua patogenia est divida em duas, primria relacionada a
penetrao das larvas e implantao no intestino, secundria relacionada a sua
permanncia no intestino.
Como primria, h prurido no local da penetrao, edema e urticria. Tambm
pode promover infeces secundarias ao quadro de ancilostomase, pelos
microorganismos que so carreados com elas. Quadros pneumticos no so
comuns, mas pode ocorrer tosse longa ou mesmo de curta durao.
O mais caracterstico dessa doena, se trata do quadro intestinal, relacionado
com a permanncia destes vermes. A patogenia est mais relacionada a
quantidade de vermes no intestino, j que um verme hematfago. O principal
sintoma a anemia, alm de indigesto, dor epigstrica, clicas abdominais e
por conta da aderncia a mucosa, pode ocorrer feridas locais e hemorragias.
Diagnstico: O diagnstico se faz pelo exame parasitolgico, atravs do
mtodo de centrifugao espontnea ou centrifugao e flutuao, porm este
no diferenciar de qual gnero e espcie se trata, j que os ovos so muito
semelhantes. Para determinar gnero e espcie, pode-se realizar coprocultura,
e obter larva em estdio L3, pelo mtodo de Baerman-Morais.
FILARIOSES
Agentes etiolgicos: Wuchereria bancrofti Manzonella ozzardi, Onchocerca
volvulus.
Caractersticas gerais: So pequenos vermes que parasitam o sistema
circulatrio, linftico, cavidade peritonial, mesentrio e tecido subcutneo de
um vertebrado.
Quando adultos o macho mede de 3,5 4 cm e possuem a parte posterior
ventralmente enrolada e a parte anterior afilada. A fmea adulta mede de 7
10 cm e ambos apresentam colorao branca. possvel encontrar na
circulao do hospedeiro, microfilrias que so conhecidas como embries,
possuem uma fina membrana muito delicada que funciona uma bainha flexvel,
mede cerca de 300 micrmetros e se movimenta ativamente na circulao ou
tecido.
O vetor deste inseto o mosquito Culex quinquefasciatus e no caso da
Onchocerca volvulus, o vetor o inseto do gnero Simulium sp.
Ciclo biolgico: A forma infectante para o homem a larva filariide em
estdio L3, que est localizada na probscide do vetor, este hematfago.
Quando vai realizar seus hbitos alimentares, a larva escapa da probscide e
adentra o hospedeiro pelo local da picadura. Estes caem na circulao linftica
ou permanecem no tecido subcutneo, onde a fmea aps a cpula faz a
deposio de microfilrias. Estas possuem periodicidade noturna, ou seja,
durante o dia, preferem vasos mais profundos e durante a noite, comeam a
imergir para o sangue perifrico, tendo o pico da microfilaremia por volta da
meia noite, regressando aos vasos profundos no final da madrugada.
O vetor, ao picar um indivduo infectado, contaminado com a microfilria, que
perde sua bainha no estmago do inseto. No seu hospedeiro intermedirio,
sofre duas mudas, at atingir a forma infectante de L3, quando migra pelo
inseto at alcanar a sua probscide.
Diagnstico: Pesquisa de microfilria no sangue perifrico, devendo ser
coletada durante noite por conta da periodicidade noturna das microfilrias.
Deve-se fazer puno digital, coletando de 20 100 microlitros, e realizar a
gota espessa. De 12 15 horas aps fazer a desemoglobinao e corar pelo
mtodo de Giemsa e examinar no microscpico a procura de microfilrias.
Quadro clnico: Os portadores dessa doena podem ser:
Assintomticos: Quando nenhum sintoma ou dano percebido. Podem
apresentar danos linfticos e renais, ainda que nada sintam.
Agudo: As manifestaes so linfagite e linfadenite, associados a febre e mal-
estar.
Crnicos: Linfedema, hidrocele, elefantase e quilria.
A maior dos portadores so assintomticos, sendo transmissores da doena.
Epidemiologia: So de ampla distribuio geogrfica, com distribuio urbana
e focal. Tem preferncia por lugares com altas temperaturas e umidade do ar
elevada, o que facilita o desenvolvimento das larvas do mosquito e sua
penetrao na pele.
Tratamento: O tratamento feito com Dietilcarbazina que possui objetivo de
previnir ou reduzir a morbidade e corrigir as alteraes causadas pelo
parasitismo, alm de impedir novas transmisses.
Esquistossomose mansoni
Agente etiolgico: Schistosoma mansoni.
Doena: Esquistossomose mansoni, barriga dgua ou ascite.
Ciclo de vida:
HI: caramujo- Biomphalaria glabrata;
HD: Homem, porm h relatos de ter sido encontrado em outras espcies.
O homem elimina nas fezes o ovo contendo um miracdeo (ovo maduro). Este,
aps entrar em contato com a gua doce, eclode liberando o miracdeo que
nada em movimentos elpticos e possui acetbulos ventrais e dorsais para
fixar-se no HI, adere a parede do B. glabrata e adentra pelos rgos sensoriais.
L instala-se no sistema reprodutor e assume a forma de esporocisto, que
trata-s de um concentrado de clulas germinativas que daro origem as
cercarias. Aps a formao das cercarias, elas saem dos esporocistos e
migram pelos tecidos do molusco, obedecendo a um ritmo circadiano.
Elas nadam em busca de uma barreira para penentrar, onde se fixaro no HD
pelos acetbulos ventral e oral, posteriormente somente pelo oral, penetrando
na posio vertical. Perdem a cauda bifurcada, assumindo a forma de
esquistossomulo, onde migraram pela circulao at o corao, pulmo at
atingirem o sistema porta. L, alimentam-se de ferro e glicose (ao
espoliativa) at tornarem-se adultos. Cerca de quarenta dias aps a infeco,
migram (o casal) para o intestino pela veia mesentrica inferior e fazem
oviposio na submucosa intestinal. Estes demoram alguns dias para maturar,
tempo suficiente para chegarem at a luz intestinal.
A principal patogenia desta doena consiste justamente na presena dos ovos
que so altamente imunognicos, produzindo intensas resposta inflamatria e
granulomas no intestino principalmente, e no sistema porta quando os ovos
param l.
Pode causar obstruo da circulao no sistema porta pela formao de
granulomas, ocasionando a hipertenso portal. De acordo com a evoluo da
doena, essa hipertenso pode ocasionar alteraes como esplenomegalia,
varizes e ascite.
Tratamento: Oxamniquina e Praziquantel.
Fasciolose
Agente etiolgico: Fasciola heptica.
Doena: Fasciolose
A F. hepatica parasita o homem acidentalmente. Ela mais comum nas
regies de criaes de gado, quando se trata do Brasil.
Possui um ciclo muito parecido com o S. mansoni. No homem, costuma
parasitar a vescula biliar e os canais biliares mais calibrosos.
Na vescula, o verme adulto faz a oviposio e juntamente com a bile, os ovos
caem no intestino e so eliminados nas fezes.
Diferentemente da esquistossomose, o miracdeo maturar no ambiente e,
alm do contato com gua, ser necessria a ao da luz solar. Tm at 6
horas para encontrar o HI, um caramujo do gnero Lymnaea spp, caso
contrrio, morrero. Aps penetrarem no molusco, formaro esporocistos e
daro origem a vrias rdias, que podem transformar-se em rdeas de
segunda gerao ou cercarias, s que estas no tero a cauda bifurcada. Aps
sarem do caramujo, as cercarias perdem a cauda e encistam-se, procurando
substratos em plantas aquticas como o agrio, na forma de matacercrias. O
homem contamina-se pela ingesto destas verduras ou da gua contaminada.
A cercaria desencista no intestino delgado, perfuram a parede intestinal indo
para o fgado e raramente para o pulmo. Posteriormente, atingem as
vesculas biliares.
Tenase e Cisticercose
Agente etiolgico: Taenia spp (solium ou saginata).
Ciclo biolgico: A Taenia tem como hospedeiro definitivo o homem e como HI
sunos ou bovinos.
O homem libera diariamente cerca de 3 8 proglotes grvidas carregadas de
ovos juntamente com as fezes. Os animais que so os HI, ingerem as fezes
contendo estes ovos. No estomago, a casca do ovo denominada de embriforo
sofre ao da pepsina e no intestino, o embrio hexacanto sofre ao dos sais
biliares, ambos importantes para a ativao e liberao. O embrio hexacanto
sai do embriforo e penetra rapidamente pelas veias mesentricas superiores
difundindo-se nos tecidos moles do corpo. Estes embries hexacantos ou
oncosferas se tornaro cisticercos, que a forma infectanta para o homem.
O cisticerco ingerido e sofre ao do suco gstrico, desenvaginando-se no
intestino e aderindo ao mesmo pelo esclex na mucosa, onde se tornar numa
tnia adulta.
A cisticercose ocorre pela ingesto acidental de ovos da tnia pelo hospedeiro
definitivo. Pode ocorrer trs tipos de infeco: Autoinfeco interna, externa
ou heteroinfeco.