Resumo de Parasitologia II

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  • RESUMO DE PARASITOLOGIA- PROCESSUAL I

    CONCEITOS

    MONOXENO: Parasitas que completam seu ciclo em um nico hospedeiro.

    HETEROXENO: Parasitas que precisam de 2 ou mais hospedeiros para

    completar seu ciclo.

    EURIXENO: Encontrado em diversas espcies.

    ESTENIXENO: Encontrado em somente uma espcie.

    MONICO: Reproduo assexuada- Hemafrodita.

    DIGENEA: Dois sexos separdos.

    ENTEROBASE

    Agente etiolgico: Enterobius vermicularis

    Doena: Enterobase.

    A fmea maior do que o macho e este apresenta a extremidade caudal

    enrolada, so vermes de cor branca, com membrana lisa e transparente. O

    macho morre aps a cpula e os ovos, quando saem da fmea, j saem com

    larva dentro.

    A infeco ocorre aps a ingesto ou inalao do ovo (aquisio

    passiva) que j est larvado ( liberado da fmea assim) por larva do tipo

    rabditide, ela deglutida e chegam ao intestino delgado onde eclodem. Ainda

    l, sofrem duas mudas at que chegam a fase adulta e migram,

    preferencialmente, para o ceco (limite do intestino delgado e intestino grosso)

    onde ficam no lmem ou ainda no apndice cecal.

    Aps a cpula, o macho morre e eliminado nas fezes. A fmea

    grvida, carrega com sigo de 5 16 mil ovos, e migram para a regio perianal

    para deposio destes ovos. Alguns autores dizem que a mesma nem chega a

    fazer oviposio, aps deposit-los, fica presa na regio perianal, seca e

    morre. Essa migrao para a regio perianal ocorre preferencialmente noite,

    devido ao calor, por essa razo que o prurido anal aumenta neste perodo do

    dia. Os ovos liberados pelas fmeas tornam-se infectantes em poucas horas.

    Tipos de infeco

    Heteroinfeco: Os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem e

    contaminam um novo hospedeiro.

    Indireta: Os ovos presentes na poeira ou alimentos contaminam o mesmo

    hospedeiro.

    Autoinfeco externa: Indivduo contaminado leva os ovos da regio perianal

    para boca. Cronifica a doena.

    Retroinfeco: Os ovos contendo as larvas depostos na regio perianal

    eclodem e as larvas migram para o ceco.

    Diagnstico

    Exames de fezes so pouco eficazes para detectar este tipo de parasita.

    Geralmente realiza-se o teste com swab anal ou utilizando fita adesiva ou fita

  • gomada. Esta fita colocada na regio perianal vrias vezes, e observada no

    microscpio em lentes de 10x e 40x, colocadas diretamente na lmina, como

    se fosse uma lamnula e procura-se ovos.

    O diagnstico clnico ocorre pelo prurido anal. Este prurido pode causar

    infeces secundrias, visto que sensibiliza a regio. Nas mulheres, ela pode

    migrar para o rgo genital, causando prurido tambm e deixando o ambiente

    propcio para infeces, alm de causar corrimento.

    Epidemiologia: uma doena de prevalncia na idade escolar. transmitida

    em locais pblicos ou domsticos.

    Profilaxia: Manter hbitos de higiene tais como lavar toda vez que utilizar o

    banheiro, sempre trocar roupas de cama e toalhas, corte rente das unhas,

    tomar banho ao se levantar.

    Tratamento: Mebendazol e Albendazol.

    Resumo...

    Doena: Enterobase.

    Agente etiolgico: Enterobius vermicularis.

    Caractersticas gerais e ciclo de vida: Parasita monxeno, que parasita

    somente o homem. O ovo contendo a larva rabditide ingerido ou inalado;

    ocorre a deglutio; ovo eclode no intestino delgado; parasitam o intestino

    delgado at a fase adulta. Antes de tal, sofrem duas mudas, at que migram

    para o ceco ou apendice cecal; fmea e macho copulam, macho morre aps a

    cpula; fmea migra para regio perianal noite e faz deposio dos ovos.

    TRICURASE

    Agente etiolgico: Trichuris trichiura

    Doena: Tricurase

    Caractersticas gerais: Trata-se de um verme branco que mede de 3 5 cm,

    o macho menor do que a fmea e apresenta uma curvatura ventral

    acentuada. A parte posterior do verme bem afilada e ocupa dois teros do

    corpo, enquanto a parte posterior mais alargada, dando a aparncia de

    chicote (wipworms). Os ovos possuem colorao marrom e formato de barril,

    com dois tampes lipdicos na extremidade. O ovo possui trs camadas.

    Ciclo: A fmea libera nas fezes ovos embrionados, ou seja, ainda no h a

    presena de larvas. O ovo se desenvolve at o quinto estgio, onde h a

    formao de uma larva rabditide, sendo esta a forma infectante para o homem

    (ovo com a larva rabditide). O ovo passa pelo estmago onde sofrer a ao

    do suco gstrico e eclodir, liberando a larva no intestino delgado. Haver uma

    migrao lenta at o intestino grosso/ceco e neste caminho sofrem 4 mudas

    at chegar a fase adulta. Estes podem ficam com a sua parte anterior (a parte

    afilada) inserida na mucosa do intestino grosso. Macho e fmea copulam e

    ovos embrionados so liberados juntamente com material fecal, contaminando

    o ambiente.

  • Epidemiologia: So vermes mais comuns em regies tropicais e

    subtropicais.As crianas so as principais afetadas, e endmico de regies

    com pouco saneamento bsico.

    Infeco: Passiva (oral-fecal), sendo somente infectante o ovo j embrionado

    com larva rabditide.

    Profilaxia: Saneamento bsico, higiene pessoal, tratamento dos indivduos

    infectados, lavem dos alimentos com gua clorada, educao santitria para a

    populao.

    Tratamento: Albendazol e mebendazol.

    ASCARIDASE

    Agente etiolgico: Ascaris lumbricoides.

    Doena: Ascaridase.

    Caractersticas gerais: Macho menor que fmea medindo cerca de 20 30

    cm e apresentam com leitosa e apresentam extremidade posterior enrolada. A

    fmea, mais robusta, mede cerca de 30 40 cm. Os ovos desta espcie so de

    colorao castanha e apresentam uma superfcie mamelonada (cheia de

    espculos), mesmo quando infrteis (porm, dentro no h membrana,

    mamelonada dentro e fora). A forma infectante a ingesto do ovo contendo

    larva em estdio L3. Parasitam o intestino delgado, preferencialmente jejuno e

    leo, porm em infeces mais graves, pode ser encontrado em toda extenso

    do intestino delgado. Podem ficar aderidos a mucosa intestinal ou ainda livres

    na luz.

    Ciclo: Os ovos ovipostos pela fmea no esto embrionados e so liberados

    junto com o material fecal, porm em caractersticas favorveis tornam-se

    embrionados em 30 dias. A larva que se desenvolve no ovo rabditide do tipo

    L1, aps uma semana, esta sofre muda at L2, outra muda at L3 que a

    forma infectante para o homem, quando ainda dentro do ovo. Este ovo ser

    ingerido pelo homem e passar pelo esfago at chegar ao estmago onde

    sofrer ao do suco gstrico e eclodir, liberando a larva no intestino. As

    larvas liberadas penetram na mucosa do intestino, at chegarem nos vasos

    linfticos e chegam ao fgado. L, o sistema porta levar elas at o corao e

    posteriormente chegaro ao pulmo, onde sofrem muda e chegam ao estdio

    L4; alguns dias aps, descem a rvore brnquica, rompem os capilares,

    chegam at aos alvolos onde sofrero muda novamente para o estdio L5.

    Sobem a rvore brnquica, chegam at a traquia onde so deglutidas at

    chegarem novamente ao intestino, j na fase adulta. Ocorrer a cpula e 60

    dias aps a infeco, inicia-se a liberao de ovos nas fezes pela fmea.

    Ciclo de Loss: Ciclo pneumtico. Pode acarretar na Sndrome de Loeffler.

    Epidemiologia: Helminto caracterstico de regies tropicais onde h baixa

    umidade.

    Patogenia: Quando larvas, quando em uma infeco branda no se observa

    nada, j em infeces macias pode ocorrer leses hepticas e pulmonares.

    Quando passa pelo fgado, para atingir o pulmo, pode causar pontos de

  • hemorragia e necrose que, posteriormente, tornar-se-o firbrosados. No

    pulmo, podem causar pneumonite e o catarro pode ser sanguinolento e conter

    larvas do inseto.

    Na fase adulta em infeces brandas tambm no se observam alteraes, em

    inefces mdias e macias encontramos ao txica, expoliadora e mecnica

    j que podem causar irritao na parede da mucosa ou mesmo enovelar-se,

    causando obstruo. Se perturbados, podem migrar para outras reas

    causando grandes transtornos.

    Diagnstico: Clnico difcil, visto que o quadro se assemelha ao de outras

    parasitoses. O labaratorial se d pela pesquisa de ovos nas fezes, sem

    necessidade de mtodos especficos, j que a quantidade liberada por dia

    muito grande.

    LARVA MIGRANS CUTNEA

    Estas larvas so parasitas de ces e gatos, completando seu ciclo neles e

    causando a ancilostomase em animais.

    Assim como nos homens, a fmea libera muitos ovos por dia, e as larvas

    penetram ativamente, e so atradas pelo calor.

    Aps penetrar a pele, no homem no so capazes de completar seu ciclo, ou

    seja, no atingem a circulao ou vasos linfticos, permanecem migrando no

    tecido subcutneo. Caso estas larvas sejam ingeridas, podem atingir as

    vsceras, causando a larva migrans cutnea visceral.

    Na infeco ativa, ocorre prurido intenso na regio e formao de crostas que

    desaparecem com o tempo, deixando uma linha sinuosa e escura. O exame

    clnico, baseado no aspecto dermatolgico da leso.

    -Larva migrans cutnea visceral e ocular: Gealmente causada pelo

    Toxocara canis, onde o homem se infecta ingerindo a larva L3 dentro do ovo,

    este eclode no intestino e as larvas penetram na parede da mucosa caindo na

    circulao. Esta larva migra por diversos tecidos do corpo podendo chegar aos

    olhos, e sua dimenso vai depender do local onde est. O exame que fecha

    diagnstico a sorologia para o verme.

    ANCILOSTOMASE E NECATORASE

    Agente Etiolgico: Ancilostoma duodenale, Necator americanus

    Doena: Ancilostomase e Necatorase.

    Caractersticas gerais: Aps a Ascaridase, esta a segunda verminose mais

    comum na espcie humana. O A.duodenale considerado o parasita do velho

    mundo, sendo mais endmico em regies temperadas, j o N. americanus

    costuma ser endmico de regies tropicais.

    A diferena geral deles quanto a morfologia, trata-se da quantidade de dentes

    presente na mesma. O A.duodenale possui dos pares de dente, enquanto o N.

    americanus, possui lminas cortantes margeando a boca. Estes parasitas, que

    ficaram aderidos a mucosa do intestino pela boca, possuem substncias

    anticoagulantes, para impedir que o sangue coagule.

  • O macho da espcie posssui a extremidade mais grossa, por conta da bolsa

    copuladora, enquanto a fmea possui a extremidade mais afilada.

    Ciclo biolgico: So monxenos, no apresentando hospedeiros

    intermedirios, parasitando o homem.

    A fmea fixada no intestino delgado liberam os ovos que so expelidos junto

    com o material fecal. No ambiente, inicia-se o processo de embrionia e a

    formao da larva em estdio L1. Trata-se de uma larva rabditide, que se

    alimenta de matria orgnica e mico-organismos presentes no ambiente. Aps

    alimentar-se, esta larva perde a cutcula externa, sofrendo uma muda e

    passando para o estdio L2, continua a alimentar-se de matria orgnica e

    tendo vida livre. Quando esta larva sofre muda novamente, passando para o

    estdio L3, assume a forma filariide que a forma infectante ao homem. Esta

    possui uma cutcula em sua boca, por isso no se alimentar. Possui

    termotropismo positivo, por isso atrada pelo calor, inicia sua penetrao no

    hospedeiro, liberando enzimas que a auxiliam neste processo. A durao da

    penetrao de cerca de meia hora, ento a larva atinge a corrente sangunea

    ou linftica e migra pela circulao at chegar no corao e ir para o pulmo

    atravs da artria pulmonar. L, desce a rvore brnquica, atingindo alvolos,

    bronquolos e sofre muda para estdio L4. Sobe a rvore brnquica, atingem a

    traquia onde so deglutidas, descendo at o intestino delgado, seu destino

    final. Aderem a mucosa intestinal e cerca de um ms depois da infeco, j

    aderidas a mucosa exercendo a hematofagia, sofrem muda para L5 e

    posteriormente tornam-se adultos. Na fase adulta copulam, e liberam os ovos

    no embrionados junto com o material fecal.

    Patogenia: Sua patogenia est divida em duas, primria relacionada a

    penetrao das larvas e implantao no intestino, secundria relacionada a sua

    permanncia no intestino.

    Como primria, h prurido no local da penetrao, edema e urticria. Tambm

    pode promover infeces secundarias ao quadro de ancilostomase, pelos

    microorganismos que so carreados com elas. Quadros pneumticos no so

    comuns, mas pode ocorrer tosse longa ou mesmo de curta durao.

    O mais caracterstico dessa doena, se trata do quadro intestinal, relacionado

    com a permanncia destes vermes. A patogenia est mais relacionada a

    quantidade de vermes no intestino, j que um verme hematfago. O principal

    sintoma a anemia, alm de indigesto, dor epigstrica, clicas abdominais e

    por conta da aderncia a mucosa, pode ocorrer feridas locais e hemorragias.

    Diagnstico: O diagnstico se faz pelo exame parasitolgico, atravs do

    mtodo de centrifugao espontnea ou centrifugao e flutuao, porm este

    no diferenciar de qual gnero e espcie se trata, j que os ovos so muito

    semelhantes. Para determinar gnero e espcie, pode-se realizar coprocultura,

    e obter larva em estdio L3, pelo mtodo de Baerman-Morais.

  • FILARIOSES

    Agentes etiolgicos: Wuchereria bancrofti Manzonella ozzardi, Onchocerca

    volvulus.

    Caractersticas gerais: So pequenos vermes que parasitam o sistema

    circulatrio, linftico, cavidade peritonial, mesentrio e tecido subcutneo de

    um vertebrado.

    Quando adultos o macho mede de 3,5 4 cm e possuem a parte posterior

    ventralmente enrolada e a parte anterior afilada. A fmea adulta mede de 7

    10 cm e ambos apresentam colorao branca. possvel encontrar na

    circulao do hospedeiro, microfilrias que so conhecidas como embries,

    possuem uma fina membrana muito delicada que funciona uma bainha flexvel,

    mede cerca de 300 micrmetros e se movimenta ativamente na circulao ou

    tecido.

    O vetor deste inseto o mosquito Culex quinquefasciatus e no caso da

    Onchocerca volvulus, o vetor o inseto do gnero Simulium sp.

    Ciclo biolgico: A forma infectante para o homem a larva filariide em

    estdio L3, que est localizada na probscide do vetor, este hematfago.

    Quando vai realizar seus hbitos alimentares, a larva escapa da probscide e

    adentra o hospedeiro pelo local da picadura. Estes caem na circulao linftica

    ou permanecem no tecido subcutneo, onde a fmea aps a cpula faz a

    deposio de microfilrias. Estas possuem periodicidade noturna, ou seja,

    durante o dia, preferem vasos mais profundos e durante a noite, comeam a

    imergir para o sangue perifrico, tendo o pico da microfilaremia por volta da

    meia noite, regressando aos vasos profundos no final da madrugada.

    O vetor, ao picar um indivduo infectado, contaminado com a microfilria, que

    perde sua bainha no estmago do inseto. No seu hospedeiro intermedirio,

    sofre duas mudas, at atingir a forma infectante de L3, quando migra pelo

    inseto at alcanar a sua probscide.

    Diagnstico: Pesquisa de microfilria no sangue perifrico, devendo ser

    coletada durante noite por conta da periodicidade noturna das microfilrias.

    Deve-se fazer puno digital, coletando de 20 100 microlitros, e realizar a

    gota espessa. De 12 15 horas aps fazer a desemoglobinao e corar pelo

    mtodo de Giemsa e examinar no microscpico a procura de microfilrias.

    Quadro clnico: Os portadores dessa doena podem ser:

    Assintomticos: Quando nenhum sintoma ou dano percebido. Podem

    apresentar danos linfticos e renais, ainda que nada sintam.

    Agudo: As manifestaes so linfagite e linfadenite, associados a febre e mal-

    estar.

    Crnicos: Linfedema, hidrocele, elefantase e quilria.

    A maior dos portadores so assintomticos, sendo transmissores da doena.

    Epidemiologia: So de ampla distribuio geogrfica, com distribuio urbana

    e focal. Tem preferncia por lugares com altas temperaturas e umidade do ar

    elevada, o que facilita o desenvolvimento das larvas do mosquito e sua

    penetrao na pele.

  • Tratamento: O tratamento feito com Dietilcarbazina que possui objetivo de

    previnir ou reduzir a morbidade e corrigir as alteraes causadas pelo

    parasitismo, alm de impedir novas transmisses.

    Esquistossomose mansoni

    Agente etiolgico: Schistosoma mansoni.

    Doena: Esquistossomose mansoni, barriga dgua ou ascite.

    Ciclo de vida:

    HI: caramujo- Biomphalaria glabrata;

    HD: Homem, porm h relatos de ter sido encontrado em outras espcies.

    O homem elimina nas fezes o ovo contendo um miracdeo (ovo maduro). Este,

    aps entrar em contato com a gua doce, eclode liberando o miracdeo que

    nada em movimentos elpticos e possui acetbulos ventrais e dorsais para

    fixar-se no HI, adere a parede do B. glabrata e adentra pelos rgos sensoriais.

    L instala-se no sistema reprodutor e assume a forma de esporocisto, que

    trata-s de um concentrado de clulas germinativas que daro origem as

    cercarias. Aps a formao das cercarias, elas saem dos esporocistos e

    migram pelos tecidos do molusco, obedecendo a um ritmo circadiano.

    Elas nadam em busca de uma barreira para penentrar, onde se fixaro no HD

    pelos acetbulos ventral e oral, posteriormente somente pelo oral, penetrando

    na posio vertical. Perdem a cauda bifurcada, assumindo a forma de

    esquistossomulo, onde migraram pela circulao at o corao, pulmo at

    atingirem o sistema porta. L, alimentam-se de ferro e glicose (ao

    espoliativa) at tornarem-se adultos. Cerca de quarenta dias aps a infeco,

    migram (o casal) para o intestino pela veia mesentrica inferior e fazem

    oviposio na submucosa intestinal. Estes demoram alguns dias para maturar,

    tempo suficiente para chegarem at a luz intestinal.

    A principal patogenia desta doena consiste justamente na presena dos ovos

    que so altamente imunognicos, produzindo intensas resposta inflamatria e

    granulomas no intestino principalmente, e no sistema porta quando os ovos

    param l.

    Pode causar obstruo da circulao no sistema porta pela formao de

    granulomas, ocasionando a hipertenso portal. De acordo com a evoluo da

    doena, essa hipertenso pode ocasionar alteraes como esplenomegalia,

    varizes e ascite.

    Tratamento: Oxamniquina e Praziquantel.

    Fasciolose

    Agente etiolgico: Fasciola heptica.

    Doena: Fasciolose

    A F. hepatica parasita o homem acidentalmente. Ela mais comum nas

    regies de criaes de gado, quando se trata do Brasil.

    Possui um ciclo muito parecido com o S. mansoni. No homem, costuma

    parasitar a vescula biliar e os canais biliares mais calibrosos.

  • Na vescula, o verme adulto faz a oviposio e juntamente com a bile, os ovos

    caem no intestino e so eliminados nas fezes.

    Diferentemente da esquistossomose, o miracdeo maturar no ambiente e,

    alm do contato com gua, ser necessria a ao da luz solar. Tm at 6

    horas para encontrar o HI, um caramujo do gnero Lymnaea spp, caso

    contrrio, morrero. Aps penetrarem no molusco, formaro esporocistos e

    daro origem a vrias rdias, que podem transformar-se em rdeas de

    segunda gerao ou cercarias, s que estas no tero a cauda bifurcada. Aps

    sarem do caramujo, as cercarias perdem a cauda e encistam-se, procurando

    substratos em plantas aquticas como o agrio, na forma de matacercrias. O

    homem contamina-se pela ingesto destas verduras ou da gua contaminada.

    A cercaria desencista no intestino delgado, perfuram a parede intestinal indo

    para o fgado e raramente para o pulmo. Posteriormente, atingem as

    vesculas biliares.

    Tenase e Cisticercose

    Agente etiolgico: Taenia spp (solium ou saginata).

    Ciclo biolgico: A Taenia tem como hospedeiro definitivo o homem e como HI

    sunos ou bovinos.

    O homem libera diariamente cerca de 3 8 proglotes grvidas carregadas de

    ovos juntamente com as fezes. Os animais que so os HI, ingerem as fezes

    contendo estes ovos. No estomago, a casca do ovo denominada de embriforo

    sofre ao da pepsina e no intestino, o embrio hexacanto sofre ao dos sais

    biliares, ambos importantes para a ativao e liberao. O embrio hexacanto

    sai do embriforo e penetra rapidamente pelas veias mesentricas superiores

    difundindo-se nos tecidos moles do corpo. Estes embries hexacantos ou

    oncosferas se tornaro cisticercos, que a forma infectanta para o homem.

    O cisticerco ingerido e sofre ao do suco gstrico, desenvaginando-se no

    intestino e aderindo ao mesmo pelo esclex na mucosa, onde se tornar numa

    tnia adulta.

    A cisticercose ocorre pela ingesto acidental de ovos da tnia pelo hospedeiro

    definitivo. Pode ocorrer trs tipos de infeco: Autoinfeco interna, externa

    ou heteroinfeco.