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Relatório de atividades em Estágio de Docência
Priscila de Souza Machado
Orientação: Drª Andréa P. Luizi-Ponzo.
Setembro de 2009
Aula teórica: Divisão Heterokontophyta - Classe Phaeophyceae
Aula prática: Divisão Rhodophyta.
Público alvo: Alunos do 2° período da graduação em Ciências Biológicas, da UFJF,
matriculados na disciplina Biologia de Criptógamas.
Duração: Aula teórica – Turma A: uma hora de duração.
Aulas práticas – Turmas I e J: duas horas de duração, para cada uma das turmas.
Conteúdo da aula teórica: Divisão Heterokontophyta - Classe Phaeophyceae
A aula teórica se desenvolveu em torno das características que permitem um
conhecimento básico sobre a Classe Phaeophyceae e, também, suas características
distintivas com relação a outros grupos de algas.
Foram apontados o habitat, os substratos em que ocorrem, os tipos de clorofila, os
pigmentos acessórios, as substâncias de reserva, a constituição da parede celular, a
existência de quatro envoltórios no cloroplasto, os flagelos heterocontos, a produção de
compostos fenólicos e terpenos, além da morfologia básica.
A reprodução das feófitas foi explicada a partir de exemplos de ciclos de vida, com
alternância de gerações isomórficas - Dyctiota e Ectocarpus e heteromórficas – Laminaria e,
ciclo diplonte - Fucus; ciclos controversos quanto à ocorrência, ou não, de meiose
(Petalonia) foram também comentados. A morfologia dos gametas incluiu exemplos de
algas oogâmicas – Fucus e Laminaria, e isogâmicas – Ectocarpus.
A importância econômica foi abordada exemplificando a utilização das feófitas em
indústrias farmacêutica, têxteis, alimentícia, entre outras.
Finalizando, foram apontadas características que agrupam as Classes Bacillariophyceae,
Xanthophyceae, Chrysophyceae e Phaeophyceae na Divisão Heterokontophyta, sendo elas:
cloroplasto com quatro membranas; tilacóides, em pilhas de três elementos; DNA do
cloroplasto circular; presença de clorofilas a, c1, c2; presença do pigmento acessório
fucoxantina; presença do polissacarídeo de reserva crisolaminarina ou laminarina; existência
de flagelos heterocontos.
Figura da esquerda: Padina sp.; figura da direita: Sargassum sp.
Conteúdo de aula prática: Divisão Rhodophyta.
Primeiramente, foi discutida a distinção entre as formas de armazenar os materiais
biológicos, em laboratório, a saber: via úmida e via seca. A via úmida preserva a morfologia
original do material biológico, mas pode acarretar a perda da coloração, enquanto que, a via
seca (exsicata) proporciona o conhecimento da coloração do mesmo. Esta diferença foi
exemplificada pela demonstração de algas vermelhas armazenadas nas duas formas
descritas, pertencentes aos gêneros Galaxaura e Jania.
Figuras de Galaxaura sp.: na esquerda, armazenagem em via úmida; na direita, armazenagem em via seca (exsicata)
Figuras de Jania sp.: na esquerda, armazenagem em via úmida; na direita, armazenagem em via seca (exsicata).
A presença de genícula foi observada em exemplares dos gêneros Corallina e Jania.
Em Corallina, a genícula foi vista em microscopia de luz, enquanto que em Jania foi
analisado em microscopia estereoscópica, permitindo o manuseio ativo dos alunos.
Figura da esquerda: observação de Corallina sp., em microscopia de luz; figura da direita: observação de Jania sp., em microscopia estereoscópica.
Em sequência, foi observada a morfologia de outras algas vermelhas em via úmida e/ou
via seca. Sendo elas pertencentes aos gêneros Porphyra (exsicata) e Halymenia (observada
em via úmida).
A seguir, foi apresentada a fase diplóide (tetrasporófito) de uma espécie de
Polysiphonia, demonstrando-se tetrasporângios e tetrásporos.
Figura da esquerda: tetrasporófito de Polysiphonia sp.; figura da direita: detalhe dos tetrasporângios e da formação dos tetrásporos de Polysiphonia sp. Bibliografia sugerida BICUDO, C. & BICUDO, R. 1970. Algas de águas continentais brasileiras. Fundação
brasileira para o desenvolvimento do Ensino de Ciências, São Paulo, 228 p.
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