Post on 11-Jul-2015
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Práticas e modelos de auto-avaliação
de Bibliotecas Escolares
Formadoras: Helena Araújo e Isabel Mendinhos
Reflexão Crítica
Formanda: Rosa Maria Ferreira da Silva
Dezembro, 2010
COMPANY LOGORosa Maria Ferreira da Silva
Ao longo das sessões da acção de formação Práticas e Modelos de Auto-Avaliação de
Bibliotecas Escolares, promovida pela Rede de Bibliotecas Escolares, procedi, conforme me foi
solicitado, à escrita de pequenos textos de auto-avaliação, incluídos no presente portefólio digital
e nos quais fui dando conta de aprendizagens feitas, dificuldades sentidas e oportunidades
vislumbradas. Sem querer repetir-me, concretizo esta reflexão crítica final de uma forma
esquemática e não exaustiva.
Aprendizagens
- Identificação da BE enquanto espaço formativo orientado para o sucesso educativo que
requer integração na escola e no processo de ensino/aprendizagem, assim como o
reconhecimento e valorização de todos os agentes educativos (órgãos de gestão e
orientação pedagógica, docentes, alunos, pais e encarregados de educação, entre outros).
- Conhecimento de diferentes áreas e conceitos subjacentes às BEs e ao MAABE, tais
como: domínios e subdomínios; indicadores e factores críticos; perfis de desempenho;
práticas baseadas em evidências; qualidade da colecção; avaliação, gestão e mudança;
valor).
- Identificação das competências e funções do PB, assim como reconhecimento da
liderança efectiva que precisa de assumir na dinamização da BE (programas de promoção
da leitura e de literacias da informação interligados com currículo e projectos; colaboração
com os docentes das áreas curriculares) e no processo de auto-avaliação da mesma (mo-
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bilização, e envolvimento imprescindível dos órgãos de gestão e dos doutros
agentes, apelando ao seu contributo na recolha sistemática de evidências para
aferição do impacto da BE e definição de planos de acção com critérios de melhoria) .
- Conhecimento de técnicas e instrumentos de avaliação, bem como de formas
possíveis da sua utilização no terreno, numa perspectiva prática de operacionalização
do MAABE., tornando-se possível a recolha de evidências essenciais ao
reconhecimento do contributo da BE no processo de ensino/aprendizagem e na
melhoria de prestação do serviço da escola.
- Eficácia dos meios usados e qualidade e adequação dos documentos de leitura
obrigatória e facultativa disponibilizados que enquadram o modelo de auto-avaliação
das BEs.
- Partilha de saberes, ideias e experiências, para além dos sentires das colegas-
-formandas, sempre atentas e disponíveis; para elas o meu bem-haja.
Potencialidades da acção de formação
- Atenção, reflexão e críticas de carácter construtivo das formadoras, que devolveram sempre a cada uma de nós, de forma personalizada e ao
grupo em geral a sua apreciação e síntese dos trabalhos apresentados em cada sessão, para além de estarem sempre disponíveis para
prestar esclarecimentos adequados e atempados; para elas a minha admiração e o meu agradecimento.
- A possibilidade de ter permitido, no meu caso, um processo de iniciação na formação online e na técnica de realização de um portefólio
digital, alojado no meu primeiro blogue.
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Dificuldades
- Ritmo acelerado das sessões e sobrecarga de tarefas, o que me fez sentir muito intranquila e insegura penalizando:
- a leitura detalhada, criteriosa e suficientemente reflexiva dos documentos orientadores, de forma a permitir uma plena apreensão da
informação (para mim totalmente desconhecida, dado ser o primeiro ano que assumo a função de PB e a primeira vez que uma das
BEs do meu Agrupamento integra a Rede de Bibliotecas Escolares);
- a manutenção de um grau de qualidade e rigor, aliado a um perfeccionismo saudável em cada tarefa cumprida, de maneira a
também tornar clara e perceptível a leitura e apreciação dos trabalhos pelos destinatários (colegas e formadoras);
- a minha capacidade de conseguir cumprir prazos estabelecidos.
- Dificuldade em gerir tempo de escola (que é, conforme todas sabemos e sentimos, cada vez alargado, prolongando-se em casa), tempo de
formação e tempo de família. Afinal, o dia ainda mantém as 24 horas de sempre e nem o avanço
tecnológico modifica esta realidade terrestre.
- Angústia provocada por insegurança, inexperiência e dúvidas emergentes ao longo do processo
formativo, com uma plataforma e-learning a separar o olhar e a palavra em presença e em directo –
mesmo nos fóruns de discussão, uma hora separou sempre emissores e receptores; a comunicação
concretizou-se sempre em diferido.
- Insuficiente conhecimento tecnológico e de ambientes digitais da web 2. para uma concretização
segura e serena do portefólio que aqui se apresenta.
- Mobilização pessoal para o cumprimento integral da formação, em alguns momentos difícil. A
importância reconhecida no conteúdo da mesma e a vontade em aprender e saber mais conseguiu
dissipar nuvens de desistência, mantendo-me participante até ao final.
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Ilustrações de Randal Spangler
Oportunidades e desafios
- Constituição da BE enquanto plataforma de articulação com as aprendizagens curriculares, as TIC e as literacias de informação, mobilizadoras
de boas e inovadoras práticas.
- Considerando que o MAABE é de uma enorme exigência e rigor, longo, compacto e ambicioso, fica cada Agrupamento desafiado a torná-lo
operacionalizável no seu contexto escolar, mobilizando-se para a sua aplicação e procedendo a eventuais adaptações sem desvirtuar a
filosofia e intenções da auto-avaliação da BE.
- Integração da BE no processo de auto-avaliação do Agrupamento, procedendo-se à
divulgação do MAABE e ao necessário envolvimento, colaboração e valorização por
parte de todos os agentes educativos.
Termino esta reflexão fazendo um balanço positivo global da acção que agora
chega ao fim, consciente de que a minha missão de PB, ainda agora iniciada, exige de mim
capacidade de intervenção e atenção em diferentes níveis e domínios (organização e
gestão, liderança e colaboração, dinamismo e empreendorismo).
Certa de que a implementação do MAABE possa vir a ser um veículo de melhoria
da qualidade do ensino prestado pelas organizações escolares e promotora do sucesso
educativo dos alunos, muitas dúvidas, no entanto, ainda subsistem. Quem sabe, uma
próxima formação (mais serena, menos “apressada”...) possa ajudar-me a colmatá-las...
Até lá!...