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JURIS AMBIENTIS CONSULTORES S/S LTDA EPP
ASSESSORIA JURÍDICA E AMBIENTAL
QUARTO RELATÓRIO PARCIAL
ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA NA REGIÃO DE ENTORNO DA UHE
COLÍDER
COPEL – Companhia Paranaense de
Energia
Janeiro/2014
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 6 2. MATERIAL E MÉTODO ........................................................................................................ 7 2.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS ................................................................ 7
2.2 LEVANTAMENTO DOS INDICADORES ENTOMOLÓGICOS ........................................................ 7
3. PREVENÇÃO E CONTROLE DAS LEISHMANIOSES NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER ............................................................................................................................ 16 3.1 INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE LEISHMANIOSES NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA
UHE COLÍDER ............................................................................................................................... 16
3.2 REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS INFORMATIVAS JUNTO À COMUNIDADE DA AII ..................... 18
3.2.1 Ações de Educação em Saúde ............................................................................... 18
3.2.2 Realização de palestras sobre leishmaniose .......................................................... 25
3.2.3 Realização de reunião técnica com os profissionais de saúde .............................. 28
4. FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS .......................................................................................... 29 4.1 COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DA FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS .......................................... 29
4.2 DISCUSSÃO ................................................................................................................... 41
5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 43 6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ..................................................................................... 47 7. EQUIPE TÉCNICA .............................................................................................................. 48 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 50 9. ANEXOS .............................................................................................................................. 54 ANEXO A - DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NOS MUNICÍPIOS
PERTENCENTES A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER – AGOSTO A OUTUBRO DE 2013. ............. 55
ANEXO B - SEMANA EPIDEMIOLÓGICA 2013 .................................................................................... 59
ANEXO C - FICHA TÉCNICA DE COLETA ........................................................................................... 60
ANEXO D - GALERIA DE FOTOS – TÉCNICAS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS. .................................. 65
ANEXO E - FOLHETO INFORMATIVO SOBRE LEISHMANIOSES DISTRIBUÍDOS NO CANTEIRO DE OBRAS E
NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER ............................................................ 71
ANEXO F - LISTA DE PRESENÇA DAS PALESTRAS.............................................................................. 73
ANEXO G - LISTA DE PRESENÇA DAS REUNIÕES TÉCNICAS ............................................................... 76
ANEXO H - PLANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DE FLEBOTOMÍNEOS, MONITORAMENTO DE VETORES, UHE
COLÍDER, 16 A 18 DE NOVEMBRO DE 2013. ..................................................................................... 80
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 3
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 DETALHE DOS MUNICÍPIOS QUE FAZEM PARTE DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA
UHE COLÍDER, ESTADO DO MATO GROSSO. ............................................................................ 8 FIGURA 2 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS NO CANTEIRO
DE OBRAS (EP1) DA UHE DE COLIDER – A = AF1 INSTALADA NA MARGEM INTERNA
DE MATA; B = AF2 INSTALADA NA MARGEM INTERNA DE MATA; C = AF3
INSTALADA NA CASA DE ENERGIA; D = AS INSTALADA NA MARGEM EXTERNA DE
MATA; E = IH REALIZADA NA MARGEM EXTERNA DE MATA. .......................................... 11 FIGURA 3 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS NA FAZENDA
REALEZA (EP2), MUNICÍPIO DE COLÍDER – A = AF1 INSTALADA NA VARANDA DE
RESIDÊNCIA ABANDONADA (ABRIGO DE CAPRINOS); B = AF2 INSTALADA ENTRE
MONTES DE PEDRAS; C = AF3 INSTALADA EM CHIQUEIRO. .............................................. 12 FIGURA 4. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS NA POUSADA
ROSSETTO (EP3), MUNICÍPIO DE COLÍDER – A = AF1 INSTALADA NA VARANDA DE
RESIDÊNCIA; B = AF2 INSTALADA EM GALINHEIRO; C = AF3 INSTALADA NA MATA; D
= AS INSTALADA NA MATA; E = IH REALIZADA NO PERIDOMICÍLIO; F = IH
REALIZADA NO INTRADOMICÍLIO. .......................................................................................... 13 FIGURA 5. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS NO RECANTO
BARRO PRETO (EP4), MUNICÍPIO DE ITAÚBA – A = AF1 INSTALADA NA VARANDA DE
RESIDÊNCIA; B = AF2 INSTALADA NO INTERIOR DE GALINHEIRO; C = AF3
INSTALADA NA MARGEM INTERNA DE MATA; D = AS INSTALADA NA MARGEM
INTERNA DE MATA; E = IH REALIZADA NO PERIDOMICÍLIO; F = IH REALIZADA NO
INTRADOMICÍLIO. ......................................................................................................................... 14 FIGURA 6. ATIVIDADES DE LABORATÓRIO: A-B = TRIAGEM, FLEBOTOMÍNEOS EM
ÁLCOOL 70% E NO PRATO; C-D = PROCESSO DE CLARIFICAÇÃO DE FLEBOTOMÍNEOS;
E = FLEBOTOMÍNEOS ENFILEIRADOS EM LÂMINA PARA IDENTIFICAÇÃO; F =
IDENTIFICAÇÃO DE FLEBOTOMÍNEOS EM MICROSCÓPIO BACTERIOLÓGICO; G-I =
ESPÉCIES IDENTIFICADAS MONTADAS ENTRE LÂMINA E LAMÍNULA, EV. WALKERI ♀
(G), PS. CHAGASI ♂ (H), NY. ANTUNESI ♀ (I). ............................................................................. 15 FIGURA 7. NÚMERO DE CASOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (LTA) POR
FAIXA ETÁRIA, NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) DA UHE
COLÍDER, 1° DE JANEIRO A 02 DE NOVEMBRO DE 2013. ..................................................... 17 FIGURA 8. DISTRIBUIÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES DE CASOS DE LEISHMANIOSE
TEGUMENTAR AMERICANA (LTA) NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
DIRETA (AID) DA UHE COLÍDER, 1° DE JANEIRO A 02 DE NOVEMBRO DE 2013. ........... 18 FIGURA 9. DISTRIBUIÇÃO DE FOLDER CONTENDO INFORMAÇÕES SOBRE A BIOECOLOGIA
DE FLEBOTOMÍNEOS (VETORES) E DIVULGAÇÃO DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
DAS LEISHMANIOSES NA REGIÃO DE ESTUDO. .................................................................... 20 FIGURA 10 VARANDA DE RESIDÊNCIA ABANDONADA, CARACTERIZADA COMO LOCAL
DE ABRIGO DE CABRITOS, CUJO SOLO APRESENTA-SE ÚMIDO E COM GROSSA
CAMADA DE MATÉRIA ORGÂNICA FORMADA PELAS FEZES E URINA DOS
REFERIDOS ANIMAIS, POSSIBILITANDO ASSIM, A PROCRIAÇÃO DE FLEBOTOMÍNEOS.
........................................................................................................................................................... 21 FIGURA 11 ORIENTAÇÃO BÁSICA AO MORADOR SOBRE A CARACTERIZAÇÃO DOS
FLEBOTOMÍNEOS, TAIS COMO, A COLORAÇÃO, OS MODOS DE VÔO E DE REPOUSO,
COMO UMA DAS FORMAS DE RECONHECIMENTO DESTES INSETOS QUANDO SÃO
VISTOS NAS PAREDES DOS IMÓVEIS; INSTRUÇÃO PARA A COLOCAÇÃO DE TELAS
EM PORTAS E JANELAS. .............................................................................................................. 21
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 4
FIGURA 12 EXAME CLÍNICO EM CÃES DOMÉSTICOS COM OBJETIVOS DE LOCALIZAR
POSSÍVEIS LESÕES CUTÂNEAS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR, PRINCIPALMENTE
NOS TESTÍCULOS, FOCINHO E ORELHAS DOS ANIMAIS. .................................................... 21 FIGURA 13 CICATRIZ DE LESÃO ANTIGA DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR (± 14 ANOS)
EM SER HUMANO, LOCALIZADA EM MEMBRO INFERIOR ESQUERDO, ACIMA DO
TORNOZELO. .................................................................................................................................. 22 FIGURA 14 DISTRIBUIÇÃO DE FOLDER COM INFORMAÇÕES SOBRE A BIOECOLOGIA DO
VETOR (AMOSTRA DE FLEBOTOMÍNEOS ACONDICIONADA EM ÁLCOOL 70%) E
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS LEISHMANIOSES NA REGIÃO DE ESTUDO. ............ 23 FIGURA 15 CICATRIZ DE LESÃO ANTIGA DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR (± 10 ANOS)
EM SER HUMANO, LOCALIZADA EM MEMBRO INFERIOR DIREITO (TORNOZELO). .... 23 FIGURA 16 . ORIENTAÇÃO SOBRE A BIOECOLOGIA DE FLEBOTOMÍNEOS (VETORES) E
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS LEISHMANIOSES NA REGIÃO DE ESTUDO. ............ 24 FIGURA 17 EXAME CLÍNICO EM CÃES DOMÉSTICOS COM OBJETIVOS DE LOCALIZAR
POSSÍVEIS LESÕES CUTÂNEAS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR, PRINCIPALMENTE
NOS TESTÍCULOS, FOCINHO E ORELHAS DOS ANIMAIS. .................................................... 25 FIGURA 18 PALESTRA SOBRE LEISHMANIOSES APRESENTADA PARA OS
TRABALHADORES DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER – CANTEIRO DE
OBRAS DA UHE COLÍDER (AUDITÓRIO DA COPEL), 18/11/2013. ......................................... 27 FIGURA 19 PALESTRA SOBRE LEISHMANIOSES APRESENTADA PARA OS
TRABALHADORES DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER – CANTEIRO DE
OBRAS DA UHE COLÍDER (AUDITÓRIO DA COPEL), 18/11/2013. ......................................... 28 FIGURA 20 CARACTERIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES DE PESQUISA (EP) CONFORME PADRÕES
DE DOMINÂNCIA E GRAU DE CONFIANÇA (95%), ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA
UHE COLÍDER, ESTADO DO MATO GROSSO, 13 A 15 DE AGOSTO DE 2013. ..................... 35 FIGURA 21 ANÁLISE DE AGRUPAMENTO ENTRE AS POPULAÇÕES DE FLEBOTOMÍNEOS DE
TRÊS ESTAÇÕES DE PESQUISA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, ESTADO
DO MATO GROSSO, 16 A 18 DE NOVEMBRO DE 2013. ........................................................... 36 FIGURA 22 DISTRIBUIÇÃO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE FLEBOTOMÍNEOS COLETADAS
NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DA UHE COLÍDER, ESTADO DO
MATO GROSSO, 16 A 18 DE NOVEMBRO DE 2013. .................................................................. 37
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 5
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 MUNICÍPIOS PERTENCENTES ÀS ÁREAS DE INFLUÊNCIA INDIRETA E DIRETA,
SEGUNDO O MEIO SOCIOECONÔMICO, AVALIAÇÃO DO POTENCIAL MALARÍGENO -
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL, UHE COLÍDER. ............................................................... 8 QUADRO 2 DIAS E HORÁRIOS DE COLETA POR ESTAÇÕES DE PESQUISA (EP) REFERENTE
ÀS ATIVIDADES DE MONITORAMENTO DE VETORES DAS LEISHMANIOSES, NA ÁREA
DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER – 16 A 18 DE NOVEMBRO DE 2013. ............ 9 QUADRO 3 AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MONITORAMENTO DE VETORES DAS
LEISHMANIOSES, NA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER – 16 A 18 DE
NOVEMBRO DE 2013. .................................................................................................................... 29
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 CASOS CONFIRMADOS DE LEISHMANIOSES, SEGUNDO MUNICÍPIO DE
RESIDÊNCIA, POR SEMANA EPIDEMIOLÓGICA, ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE
COLÍDER, MATO GROSSO, 2013. ................................................................................................. 17 TABELA 2 DISTRIBUIÇÃO DOS FLEBOTOMÍNEOS NAS ESTAÇÕES DE PESQUISA DA ÁREA
DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER – 16 A 18 DE NOVEMBRO DE 2013. .......... 34 TABELA 3 ÍNDICES DE SIMILARIDADE ENTRE AS QUATRO ESTAÇÕES DE PESQUISA DA
ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER, ESTADO DO MATO GROSSO, 16 A 18 DE
NOVEMBRO DE 2013. .................................................................................................................... 36 TABELA 4 FLEBOTOMÍNEOS COLETADOS SEGUNDO A TÉCNICA DE COLETA NAS
ESTAÇÕES DE PESQUISA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER – 13 A
15 DE AGOSTO DE 2013................................................................................................................. 38 TABELA 5. DISTRIBUIÇÃO DOS FLEBOTOMÍNEOS POR ECÓTOPOS PESQUISADOS NAS
ESTAÇÕES DE PESQUISA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA DA UHE COLÍDER – 16 A
18 DE NOVEMBRO DE 2013. ......................................................................................................... 39
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 6
111... IIINNNTTTRRROOODDDUUUÇÇÇÃÃÃOOO No presente relatório, são descritas as ações informativas de prevenção das
leishmanioses executadas nos municípios pertencentes a Área Diretamente Afetada
(ADA) da UHE Colíder: Nova Canaã do Norte, Colíder, Itaúba e Cláudia. Também são
apresentados os dados e análises do perfil epidemiológico da leishmaniose
tegumentar americana e da leishmaniose visceral, além dos dados primários das
atividades de campo, referente ao monitoramento entomológico desenvolvido no
período de 16 a 18 de novembro de 2013.
Trata-se do quarto relatório parcial referente à execução do monitoramento e
prevenção da leishmaniose tegumentar americana na região de entorno da UHE
Colíder (Evento Contratual - EC05), conforme estipulado no contrato COPEL DMC nº
4600002600.
As informações são apresentadas de forma objetiva, tornando acessível o
conhecimento e avaliação da situação atual das leishmanioses e da composição e
distribuição da fauna de flebotomíneos na área de influência do empreendimento. A
seguir é apresentado o procedimento metodológico empregado nessa etapa do
monitoramento, com descrição das atividades informativas realizadas, os resultados
da coleta de dados primários da fauna de flebotomíneos e os dados epidemiológicos
referentes aos casos de leishmaniose notificados nos municípios da área de influência
do empreendimento, durante o período de agosto a outubro de 2013.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 7
222... MMMAAATTTEEERRRIIIAAALLL EEE MMMÉÉÉTTTOOODDDOOO
2.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Para coleta de dados epidemiológicos foram consultadas as bases nacionais do
Sistema de Informações em Saúde (SIS), estruturadas em níveis de agregação
municipal, disponíveis na web do Departamento de Informática do Ministério da
Saúde, DATASUS/MS, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN
(http://www.datasus.gov.br ou http://tabnet.datasus.gov.br). Além de informações
obtidas diretamente nos Escritórios Regionais de Saúde de Colíder e Sinop (Anexo
A).
Para a análise epidemiológica foram utilizados os dados disponíveis sobre a
ocorrência de leishmaniose tegumentar notificados nos meses de agosto a outubro
2013 e a distribuição da doença nos municípios da área de influência direta do
empreendimento. Além da ocorrência de casos nos meses anteriores, visando a
definição da curva epidemiológica, segundo Semana Epidemiológica (Anexo B).
2.2 LEVANTAMENTO DOS INDICADORES ENTOMOLÓGICOS
Descrição da área de estudo. As localidades onde foram coletados flebotomíneos
(Diptera: Psychodidae, Phlebotominae) pertencem aos municípios da área de
influência da UHE Colíder, situados na bacia do Rio Teles Pires, localizada no Estado
do Mato Grosso, na Sub-bacia 17 da Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas (área de
drenagem do Rio Amazonas, compreendida entre a confluência do Rio Trombetas e a
confluência com o Rio Tapajós (RIMA – UHE Colíder, 2009).
A Área de Influência Direta abrange 596,14 km2 em um trecho de
aproximadamente 100 quilômetros ao longo do rio Teles Pires. Os locais mais
próximos ao empreendimento compreende quatro municípios: Nova Canaã do Norte,
Itaúba, Colíder e Cláudia, além do município de Sinop, considerando a área da bacia
de contribuição do aproveitamento, limitada à montante pelo barramento do AHE
Sinop (Figura 1). O Quadro 1 sintetiza os municípios da área de influência do
empreendimento, segundo o meio socioeconômico.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 8
Figura 1 Detalhe dos municípios que fazem parte da área de influência da UHE Colíder, Estado do Mato Grosso.
Quadro 1 Municípios pertencentes às Áreas de Influência Indireta e Direta, segundo o meio socioeconômico, Avaliação do Potencial Malarígeno - Estudo de Impacto
Ambiental, UHE Colíder.
Área de influência Município - Estado
AII AID Nova Canaã do Norte (MT) Itaúba (MT) Colíder (MT) Claúdia (MT)
Sinop (MT)
Estações de pesquisa. Para o monitoramento da fauna de flebotomíneos foram
selecionadas quatro “Estação de Pesquisa” (EP) distribuídas em três municípios
pertencentes a área de influência direta do empreendimento, conforme segue: (EP1)
Canteiro de Obras, município de Nova Canaã do Norte - MT; (EP2) Fazenda Realeza,
município de Colíder - MT; (EP3) Pousada Rossetto, município de Colíder - MT; (EP4)
Recanto Barro Preto, município de Itaúba – MT (Quadro 2). As coletas de
flebotomíneos no Canteiro de Obras ocorreram na área do vertedouro, enquanto que
nas outras localidades foram realizadas em ambientes peridomiciliares, próximos as
residências. No dia 16/11/2014 foram realizadas coletas em duas estações de
pesquisa simultaneamente, na EP2 foram instaladas armadilhas automáticas do tipo
Falcão, enquanto que, na EP3 foi realizado coleta utilizando armadilha Shannon, com
atrativo humano, e de Falcão.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 9
Quadro 2 Dias e horários de coleta por Estações de Pesquisa (EP) referente às atividades de monitoramento de vetores das leishmanioses, na Área Diretamente
Afetada da UHE Colíder – 16 a 18 de novembro de 2013.
Data Horário* Local* Tipo de coleta e recursos utilizados
16/11/2013 19:00 – 23:00 EP2 Coleta de flebotomíneos com a utilização de armadilhas de Falcão/CDC
16/11/2013 19:00 – 23:00 EP3 Coleta de flebotomíneos com a utilização de armadilhas de Falcão/CDC, Shannon e atrativo humano
17/11/2013 19:00 – 23:00 EP4 Coleta de flebotomíneos com a utilização de armadilhas de Falcão/CDC, Shannon e atrativo humano
18/11/2013 19:00 – 23:00 EP1 Coleta de flebotomíneos com a utilização de armadilhas de Falcão/CDC, Shannon e atrativo humano
Legenda: EP1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte); EP2 = Fazenda Realeza (Colíder); EP3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP4 = Recanto Barro Preto (Itaúba).
* Horário de verão. ** Estação utilizada como pesquisa exploratória, com apenas uma técnica de coleta.
Método de coleta. As coletas foram realizadas no período noturno, a partir do
crepúsculo vespertino, com auxílio de armadilhas luminosas automáticas do tipo
Falcão (Falcão, 1981), armadilha de Shannon e captura manual por meio de isca
humana, técnica utilizada para as coletas de mosquitos (Diptera: Culicidae), instaladas
nos ambientes domiciliar, peridomiciliar (chiqueiros e galinheiros) e extradomiciliar
(mata ou margem de mata) (Figuras 2 a 5). Os exemplares de flebotomíneos
coletados foram acondicionados em pequenos recipientes devidamente etiquetados,
conforme o ecótopo pesquisado e o horário de captura.
Nas estações de pesquisa foram tomadas as coordenadas exatas e as altitudes
em relação ao nível médio do mar, por meio de aparelho GPS "Geko TM 201". As
condições climáticas de temperatura do ar C (mínima, máxima e média), umidade
relativa do ar (%) e precipitação pluviométrica, no momento da coleta foram
registradas com o aparelho termo-higrômetro digital modelo TH 439. Durante as
coletas de adultos de mosquitos em três estações de pesquisa (EP1, EP3 e EP4) a
temperatura do ar variou entre 23,0 ⁰C e 27,5 ⁰C e a umidade relativa do ar
apresentou mínima de 61% e máxima de 98%. Na estação de pesquisa Pousada
Rossetto, realizada em 16/11/2013, as coletas de isca humana no peridomicílio e
armadilha de Shannon foram interrompidas a partir da 21:00 horas por motivo de
chuva (Anexo C).
Um banco de imagens de todo o seguimento das atividades de campo foi
estruturado, a partir de fotos obtidas por câmeras fotográficas digitais com resolução
mínima de 72 dpi (imagens em formato JPEG) (Anexo D).
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 10
A identificação específica foi realizada pela observação direta dos caracteres
morfológicos por meio de microscópio bacteriológico, após uma triagem inicial das
amostras, do processo de clarificação dos exemplares e da disposição dos indivíduos
na lâmina. Vários exemplares foram montados entre lâmina e lamínulas, para servirem
como material testemunho (Figura 6) A nomenclatura das espécies segue o proposto
por GALATI (2003, atualizado em 2010). As abreviações de gênero e subgênero de
flebotomíneos seguiram as sugestões de MARCONDES (2007).
As populações de flebotomíneos foram analisadas em agrupamento, segundo o
ambiente de ocorrência e as técnicas de coletas. Para análise dos resultados foram
utilizados números absolutos e percentuais, apresentados por meio de quadros e
tabelas. A riqueza de espécie (S) foi utilizada para quantificar a diversidade das
amostras em escala local (S alpha), que corresponde ao número de espécies em uma
estação de pesquisa. Também foi obtido o p-valor das amostras (nível de confiança de
95%), além do teste t utilizado para testar a significância de coeficientes de
regressões. A similaridade entre as estações de pesquisa foi medida a partir de dados
armazenados em planilha eletrônica Microsoft Office Excel 2007 e analisados no
programa “Paleontological Statistics” (PAST), Software Package for Education and
Data Analysis, versão 1.88 (HAMMER et al., 2001).
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 11
Figura 2 Localização dos pontos de coleta de flebotomíneos no Canteiro de Obras (EP1) da UHE de Colider – A = AF1 instalada na margem interna de mata; B = AF2 instalada na
margem interna de mata; C = AF3 instalada na casa de energia; D = AS instalada na margem externa de mata; E = IH realizada na margem externa de mata.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 12
Figura 3 Localização dos pontos de coleta de flebotomíneos na Fazenda Realeza (EP2), município de Colíder – A = AF1 instalada na varanda de residência abandonada (abrigo
de caprinos); B = AF2 instalada entre montes de pedras; C = AF3 instalada em chiqueiro.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 13
Figura 4. Localização dos pontos de coleta de flebotomíneos na Pousada Rossetto (EP3), município de Colíder – A = AF1 instalada na varanda de residência; B = AF2 instalada
em galinheiro; C = AF3 instalada na mata; D = AS instalada na mata; E = IH realizada no peridomicílio; F = IH realizada no intradomicílio.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 14
Figura 5. Localização dos pontos de coleta de flebotomíneos no Recanto Barro Preto (EP4), município de Itaúba – A = AF1 instalada na varanda de residência; B = AF2
instalada no interior de galinheiro; C = AF3 instalada na margem interna de mata; D = AS instalada na margem interna de mata; E = IH realizada no peridomicílio; F = IH realizada
no intradomicílio.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 15
Figura 6. Atividades de laboratório: A-B = Triagem, flebotomíneos em álcool 70% e no prato; C-D = Processo de clarificação de flebotomíneos; E = Flebotomíneos enfileirados
em lâmina para identificação; F = Identificação de flebotomíneos em microscópio bacteriológico; G-I = Espécies identificadas montadas entre lâmina e lamínula, Ev.
walkeri ♀ (G), Ps. chagasi ♂ (H), Ny. antunesi ♀ (I).
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 16
333... PPPRRREEEVVVEEENNNÇÇÇÃÃÃOOO EEE CCCOOONNNTTTRRROOOLLLEEE DDDAAASSS LLLEEEIIISSSHHHMMMAAANNNIIIOOOSSSEEESSS
NNNAAA ÁÁÁRRREEEAAA DDDEEE IIINNNFFFLLLUUUÊÊÊNNNCCCIIIAAA DDDAAA UUUHHHEEE CCCOOOLLLÍÍÍDDDEEERRR
3.1 INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE LEISHMANIOSES NOS MUNICÍPIOS DA
ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER
Nos quatro primeiros meses de 2013 foram notificados um total de 18 casos de
leishmaniose tegumentar nos municípios da área de influência direta da UHE Colíder.
Desse total, cerca de 50% dos casos foram notificados no município de Nova Canaã
do Norte, sendo que, a outra metade dos casos foi notificada nos municípios de
Colíder, Itaúba e Cláudia. No período de abril a julho foram notificados 19 casos de
leishmaniose tegumentar, com aproximadamente 80% dos casos da doença
ocorrendo nos municípios Cláudia (7 casos), Itaúba (5 casos) e Colíder (4 casos)
(Tabela 1).
Nos meses seguintes, entre agosto e outubro, foram notificados 15 casos de
leishmaniose tegumentar. Neste período, os municípios com maior número de casos
foram Colíder e Nova Canaã do Norte, respectivamente oito e seis casos notificados
da doença. Na Secretaria Municipal de Saúde de Itaúba foi obtida a informação de
apenas um caso notificado neste período, enquanto que a situação epidemiológica no
município de Cláudia não foi informada pelos órgãos de saúde locais. No município de
Sinop foram notificados 29 casos de leishmaniose tegumentar, segundo os dados
atualizados em 1° de agosto de 2013 no Sinan (Tabela 1).
No ano de 2013, considerando o período até 2° de novembro, foram confirmados
52 casos de leishmaniose tegumentar, segundo o município de residência pertencente
a AID do empreendimento. No município de Nova Canaã do Norte foram notificados
19 (36,5%) casos da doenças, seguido por Colíder (N = 15; 28,9%), Itaúba e Cláudia,
com N = 9 (17,3%) casos registrados em cada município (Tabela 1).
Entre a população que reside nos municípios da AID, a faixa etária mais acometida
pela doença foi entre 20 e 59 anos de idade, com registro de 36 (69,2%) casos da
doença, no período de janeiro a outubro deste ano. Número menor de casos foram
observados nas faixas etárias de 5 a 19 anos de idade (Figura 7). Em Sinop foi
observado a mesma tendência, com 23 (82,1%) casos de pessoas com a doenças na
faixa etária entre 20 e 59 anos de idade. A maioria dos casos de leishmaniose
tegumentar foram registrados em pessoas do sexo masculino (N = 47; 90,4%), atingiu
mais homens que tinham entre 20 e 39 anos de idade (Figura 8).
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 17
Até o presente momento todos os casos notificados eram de leishmaniose
cutânea, a forma clínica mais comum da doença caracterizada pela formação de
lesões na pele. Apenas um caso de leishmaniose tegumentar na mucosa foi registrado
este ano no município de Cláudia. Durante o último período analisado, cerca de 80%
dos diagnósticos foram laboratoriais, e nenhum caso de leishmaniose visceral foi
notificado nos municípios da área de influência do empreendimento. Também não
houve notificação de óbito causado por leishmanioses durante o período analisado.
Tabela 1 Casos confirmados de leishmanioses, segundo município de residência, por semana epidemiológica, área de influência da UHE Colíder, Mato Grosso, 2013.
Município Período Epidemiológico 2013*
1-17 18-31 32-42 Total FR
Nova Canaã do Norte 10 3 6 19 36,5
Colíder 3 4 8 15 28,9
Itaúba 3 5 1 9 17,3
Cláudia 2 7 - 9 17,3
AID 18 19 15 52 100,0 Fonte: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/. Dados de 2013 atualizados em 01/08/2013, dados sujeitos à revisão. * Legenda: Semana Epidemiológica (1
a a 17
a semana) = 1° de janeiro a 30 de abril de 2013; Epidemiológica (18
a a 31
a
semana) = 28 de abril a 03 de agosto de 2013; (32a a 42
a) = 04 de agosto a 02 de novembro de 2013. (-) = Sem
informação. (FR) = Frequência Relativa - total de casos notificados por município dividido pelo total de casos notificados na AID, multiplicado por 100.
Fonte: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/. Dados de 2013 atualizados em 01/08/2013, dados sujeitos à revisão.
Figura 7. Número de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) por faixa etária, nos municípios da Área de Influência Direta (AID) da UHE Colíder, 1° de janeiro a
02 de novembro de 2013.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 18
Fonte: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/. Dados de 2013 atualizados em 01/08/2013, dados sujeitos à revisão.
Figura 8. Distribuição das notificações de casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) nos municípios da Área de Influência Direta (AID) da UHE Colíder, 1° de
janeiro a 02 de novembro de 2013.
3.2 REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS INFORMATIVAS JUNTO À COMUNIDADE
DA AII
Nesta etapa de monitoramento foram realizadas as ações de educação em saúde,
com a distribuição de material informativo contendo informações sobre a prevenção da
leishmaniose tegumentar junto à comunidade da área de influência da UHE Colíder,
além da realização de palestras direcionadas para os chefes de serviços envolvidos
diretamente com a construção da barragem. Em todas as comunidades pesquisadas
procurou-se identificar sinais e sintomas de leishmanioses nas pessoas entrevistadas
e na população canina.
3.2.1 Ações de Educação em Saúde
Para diminuir os riscos de transmissão da leishmaniose tegumentar americana
nas comunidades da AII, algumas medidas de prevenção individuais ou coletivas
foram repassadas durante as atividades de coleta de flebotomíneos. Neste aspecto, as
coletas de flebotomíneos realizadas no local oferecem informações a respeito dos
ambientes onde os vetores habitualmente possam ser encontrados, auxiliando nas
orientações de prevenção da doença.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 19
Durante a campanha de campo foram distribuídos nas instituições de saúde
municipais e estaduais, no canteiro de obras da UHE Colíder e na comunidade da AII,
folders com informações sobre a leishmaniose (Anexo E). Junto com a distribuição
dos folders foram repassadas informações sobre a identificação dos sintomas das
leishmanioses, indicação do uso de medidas de proteção individual e familiar, tais
como:
Orientação sobre os locais (áreas de mata) e horários (crepúsculo e noite)
de risco de exposição ao vetor;
Identificação dos aspectos ambientais locais que favorecem a
aproximação de flebotomíneos no peridomicílio e intradomicílio;
Orientação do uso de mosquiteiros de malha fina (tamanho da malha 1,2 a
1,5 e 40g a 100g em 9.000m dele mesmo – sistema Denier) e telagem
de portas e janelas, quando observado a necessidade;
Indicação de técnicas de manejo ambiental por meio de limpeza de
quintais e terrenos, quando identificado locais com condições favoráveis
(temperatura e umidade) para o desenvolvimento de formas imaturas do
vetor;
Informação sobre os ciclos de transmissão e os primeiros sintomas da
doença, como realizar o diagnóstico clínico e laboratorial, e informações
complementares sobre o tratamento da doença.
Localidade: Canteiro de Obras UHE Colíder, município de Nova Canaã do Norte
Ações educativas: As orientações relacionadas a estas atividades no Canteiro
de Obras, foram feitas durante a realização da palestra, realizada no dia 18/11/2013.
Descrição de casos: Segundo informações obtidas junto à pessoa responsável
pelo Laboratório de Malária, Sr. Aroldo de Souza Carvalho, não houve registro de
casos de leishmaniose nos últimos 3 meses.
Situação de incômodo com insetos: Sobre este aspecto cabe ressaltar que
durante as pesquisas entomológicas realizadas próximo da área da construção da
barragem, verificou-se uma grande quantidade de flebotomíneos, sobretudo na coleta
com atrativo humano (conforme resultados expostos mais adiante). Porém, nenhuma
situação de incômodo causado por insetos hematófagos foi relatado no ambulatório ou
no laboratório de malária do canteiro de obras da UHE Colíder.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 20
Localidade: Fazenda Realeza, município de Colíder (Figuras 9 a 13)
Ações educativas: Durante a campanha de campo foram passadas informações
aos moradores sobre a biologia e o comportamento dos insetos vetores das
leishmanioses, assim como, das medidas preventivas com relação à organização e
limpeza do ambiente peridomiciliar, na tentativa de diminuir o contato homem/vetor no
ambiente peridomiciliar. Os moradores locais também foram orientados quanto ao uso
de repelentes, telagem de portas e janelas, sobre os principais sinais e sintomas da
doença, tanto nos animais domésticos quanto nos seres humanos, sobretudo da
importância do diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos.
Descrição de casos: Nesta localidade foi entrevistada uma pessoa adulta, do
sexo masculino, portadora de uma cicatriz de lesão antiga de leishmaniose
tegumentar, localizada na perna esquerda próximo ao tornozelo (Figura 13). De
acordo com a mesma, adquiriu a doença em 1999 (14 anos atrás) quando ainda
morava na área urbana da cidade de Colíder, porém naquela época trabalhava em
diversos locais da área rural do referido município, sobretudo nas proximidades do seu
atual local de moradia.
Situação de incômodo causado por insetos: Apesar de não conhecerem os
insetos vetores de leishmaniose (flebotomíneos), os moradores da Fazenda Realeza
afirmaram que não sofrem nenhum tipo de incômodo relacionado ao comportamento
hematófago (que se alimenta de sangue) dos insetos de hábito noturno.
Figura 9. Distribuição de folder contendo informações sobre a bioecologia de flebotomíneos
(vetores) e divulgação da situação epidemiológica das leishmanioses
na região de estudo.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 21
Figura 10 Varanda de residência abandonada, caracterizada como
local de abrigo de cabritos, cujo solo apresenta-se úmido e com grossa
camada de matéria orgânica formada pelas fezes e urina dos referidos animais, possibilitando assim, a
procriação de flebotomíneos.
Figura 11 Orientação básica ao morador sobre a caracterização dos
flebotomíneos, tais como, a coloração, os modos de vôo e de
repouso, como uma das formas de reconhecimento destes insetos
quando são vistos nas paredes dos imóveis; Instrução para a colocação
de telas em portas e janelas.
Figura 12 Exame clínico em cães domésticos com objetivos de
localizar possíveis lesões cutâneas de leishmaniose tegumentar,
principalmente nos testículos, focinho e orelhas dos animais.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 22
Figura 13 Cicatriz de lesão antiga de leishmaniose tegumentar (± 14 anos)
em ser humano, localizada em membro inferior esquerdo, acima do
tornozelo.
Localidade: Pousada Rossetto, município de Colíder (Figuras 14 e 15)
Ações educativas: Foram feitas orientações aos moradores sobre a biologia e o
comportamento dos insetos vetores das leishmanioses, assim como, das medidas
preventivas com relação à organização e limpeza do ambiente peridomiciliar, na
tentativa de diminuir a proliferação de flebotomíneos neste ambiente. Os moradores
também foram orientados quanto ao uso de repelentes, telagem de portas e janelas,
sobre os principais sinais e sintomas da doença, tanto nos animais domésticos quanto
nos seres humanos, sobretudo da importância do diagnóstico e tratamento precoce
dos casos humanos.
Descrição de casos: Nesta localidade foram entrevistadas duas pessoas adultas
do sexo masculino, Alaécio Inocêncio de Sá, caseiro pousada, e Wilson Rossetto,
proprietário da Pousada Rossetto. Este nos informou que nunca foi acometido pela
doença, porém nos relatou um caso de leishmaniose tegumentar ocorrido no ano de
2007, envolvendo uma pessoa adulta do sexo masculino (topógrafo) que prestava
serviço terceirizado da Copel, o qual sempre pernoitava em sua pousada quando
desenvolvia trabalhos na região. Outro caso ocorrido entre os anos 2003 e 2004
envolveu o caseiro, com a manifestação de três lesões de leishmaniose tegumentar,
sendo um na testa e duas em membros inferiores, cujas cicatrizes demonstram que
todas estão bem curadas (Figura 15).
Situação de incômodo com insetos: Segundo os moradores, devido à grande
quantidade de flebotomíneos e culicídeos no ambiente peridomiciliar, há noites em que
é quase impossível a permanência do lado de fora das residências, exigindo
aplicações frequentes de repelentes no corpo.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 23
Figura 14 Distribuição de folder com informações sobre a bioecologia do
vetor (amostra de flebotomíneos acondicionada em álcool 70%) e
situação epidemiológica das leishmanioses na região de estudo.
Figura 15 Cicatriz de lesão antiga de leishmaniose tegumentar (± 10
anos) em ser humano, localizada em membro inferior direito (tornozelo).
Localidade: Recanto Barro Preto, município de Itaúba (Figuras 16 e 17)
Ações educativas: Desde 2012, quando iniciou o programa de monitoramento da
leishmaniose tegumentar na área de influência da UHE Colíder, os moradores desta
localidade vem recebendo informações sobre os aspectos epidemiológicos e
ecológicos das leishmanioses, bem como da biologia e comportamento dos insetos
vetores. Ou seja, em todas as campanhas são reforçadas as orientações relacionadas
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 24
as medidas preventivas, conforme mencionadas anteriormente para as outras
localidades.
Descrição de casos: Até o presente momento, nenhum caso da doença foi
registrado no Recanto Barro Preto.
Situação de incômodo com insetos: Embora nenhum caso de leishmanioses
em humano e/ou animal tem sido registrado na referida localidade, maior ênfase está
sendo dada às ações de controle vetorial em relação a um galinheiro existente no
local, onde se concentra uma grande quantidade de flebotomíneos, conforme
resultados atuais e apresentados em relatórios anteriores.
O referido galinheiro encontra-se instalado em um local considerado “estratégico”
no peridomicílio, ou seja, está entre a mata (± 10 metros) e duas residências (± 70
metros), servindo de “barreira natural” para os flebotomíneos, possibilitando assim, a
baixa densidade destes insetos nas residências e, consequentemente, diminuindo os
riscos de transmissão de leishmaniose aos seres humanos, sobretudo devido ao fato
de estes insetos demonstrar maior preferência pelo sangue das galinhas, com relação
ao do homem. Portanto, tendo em vista que os moradores já têm o hábito de aplicar
inseticida neste local, assim como nas suas residências, o que temos feito em cada
campanha é orientá-los melhor sobre a execução desta atividade, com a finalidade de
proteger os moradores e frequentadores do local, uma vez que a referida localidade
funciona como área de lazer.
Figura 16 . Orientação sobre a bioecologia de flebotomíneos
(vetores) e situação epidemiológica das leishmanioses na região de
estudo.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 25
Figura 17 Exame clínico em cães domésticos com objetivos de
localizar possíveis lesões cutâneas de leishmaniose tegumentar,
principalmente nos testículos, focinho e orelhas dos animais.
3.2.2 Realização de palestras sobre leishmaniose
Buscando informar alguns grupos de trabalhadores envolvidos diretamente na
construção da barragem da UHE Colíder, no dia 18/11/2013 foi realizada uma palestra
sobre os diversos aspectos que envolvem a transmissão das leishmanioses talvez,
tendo com objetivos atualizar o conhecimento sobre a doença, além de chamar
atenção para os aspectos ambientais locais que oferecem maior risco de transmissão
para as pessoas envolvidas nas diferentes frentes de trabalho, sobretudo no momento
da supressão.
A palestra foi realizada no período das 10:00 às 11:30 horas, no Auditório da
Copel, dentro do próprio Canteiro de Obras da UHE Colíder, município de Nova Canaã
do Norte. Participaram deste evento, 39 pessoas incluindo vários profissionais com
atuação em diversas setores . Este trabalho contou ainda com a presença de Íris C.
Gracioli (Assistente Social – Copel), Helcio Dias (Técnico de Segurança do Trabalho –
Copel), Adalberto K. Rodrigues (Técnico Ambiental – Copel) e Aroldo de Souza
Carvalho (Técnico Sanitarista), responsável pelo Laboratório de exames e tratamento
de Malária, localizado dentro do referido canteiro de obras (Figuras 18 e 19; Anexo
F).
Os principais temas abordados foram: 1) aspectos epidemiológicos das
leishmanioses – distribuição geográfica das leishmanioses, descrição dos principais
locais de contaminação, sinais e sintomas da doença, tanto no homem como nos
animais silvestres e domésticos, métodos de diagnósticos, tratamento e medidas
preventivas a fim de se evitar o contato homem-vetor; 2) bioecologia dos
flebotomíneos – descrição dos principais habitats de proliferação dos flebotomíneos,
tanto no meio rural como em área urbana, horários de atividade hematofágica das
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 26
principais espécies de importância epidemiológica do Estado do Mato Grosso,
mecanismos de transmissão dos agentes etiológicos causadores da doença,
metodologias de estudos, indicação das principais medidas de controle físico e
químico.
Após as palestras o responsável pela apresentação ficou a disposição dos
participantes para outras informações adicionais e esclarecimentos sobre as
atividades de monitoramento da doença no entorno do empreendimento. Também
foram distribuídos folhetos informativos para os participantes.
As informações e os dados apresentados nesta palestra serão transmitidos nos
Diálogos de Segurança e Meio Ambiente (DSMA), organizados pela empresa, com o
intuito de discutir sobre temas a respeito de meio ambiente e segurança do trabalho
com todos os funcionários que atuam no canteiro de obras. Outra oportunidade de
difundir o que foi abordado nesta palestra é o momento de integração, em que os
novos empregados são orientados a respeito das normas e regras pertinentes à
segurança do trabalho.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 27
Figura 18 Palestra sobre leishmanioses apresentada para os trabalhadores da área de influência da UHE Colíder – Canteiro de Obras da UHE Colíder (Auditório da Copel),
18/11/2013.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 28
Figura 19 Palestra sobre leishmanioses apresentada para os trabalhadores da área de influência da UHE Colíder – Canteiro de Obras da UHE Colíder (Auditório da Copel),
18/11/2013.
3.2.3 Realização de reunião técnica com os profissionais de saúde
Durante as atividades de campo foram realizadas reuniões técnicas com os
profissionais de saúde dos Escritórios Regionais de Saúde de Colíder e Sinop, com
apresentação da equipe de trabalho e das atividades que estavam sendo realizadas
naquele momento (Anexo G).
Na reunião foram abordados temas relacionados a atual situação das
leishmanioses na região do entorno do canteiro de obras e outras localidades dos
municípios da área de influência da UHE Colíder. Também foram obtidos os dados
epidemiológicos referente ao período de estudo, porém sem o detalhamento da
ocorrência mensal de casos de leishmanioses nos últimos dez anos, solicitado pela
Juris Ambientis antes da realização dos trabalhos de campo, para que fosse possível a
análise da curva epidemiológica.
A equipe detalhou as ações de educação em saúde e monitoramento da fauna de
flebotomíneos que estavam sendo realizadas no canteiro de obras e nas localidades
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 29
do entorno do empreendimento. O Quadro 3 apresenta uma síntese dos aspectos
metodológicos adotados em cada ação realizada nesta campanha de campo.
Quadro 3 Ações de educação em saúde e monitoramento de vetores das leishmanioses, na Área Diretamente Afetada da UHE Colíder – 16 a 18 de novembro de 2013.
Descrição das Ações
Abrangência Aspectos metodológicos
Educação em Saúde
Canteiro de obras e localidades do entorno da UHE Colíder
Orientação de moradores sobre a bioecologia dos flebotomíneos (vetores), bem como, da situação epidemiológica das leishmanioses (sinais, sintomas, tratamento e prevenção da doença); Inspeção (corporal) de animais domésticos, em busca da presença de sinais e sintomas da doença (lesões); Palestra para trabalhadores de diversas áreas técnicas e/ou administrativas da UHE Colíder, sobre a bioecologia dos flebotomíneos (vetores), bem como, da epidemiologia das leishmanioses (sinais, sintomas, tratamento e prevenção da doença); Disponibilização de material didático (chave ilustrada para identificação de vetores, vídeo sobre Aedes aegypti e os conteúdos da palestra em arquivo Power Point) para alguns dos participantes da palestra.
Reuniões técnicas com profissionais de saúde local
Reunião no ERS – Colíder Reunião no ERS – Sinop
Apresentação da equipe de trabalho (Juris Ambientis); Solicitação de dados epidemiológicos e de documentos técnicos sobre os casos de leishmaniose na região; Doação de material didático (flebotomíneos montados em lâminas permanentes) para o ERS de Sinop.
Monitoramento de vetores
EP1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova C. do Norte); EP2 = Fazenda Realeza (Colíder); EP3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP4 = Recanto Barro Preto (Itaúba).
Obtenção de amostras de flebotomíneos por meio de técnicas de coletas sistematizadas.
444... FFFAAAUUUNNNAAA DDDEEE FFFLLLEEEBBBOOOTTTOOOMMMÍÍÍNNNEEEOOOSSS
4.1 COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DA FAUNA DE FLEBOTOMÍNEOS
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 30
A fauna de flebotomíneos na área diretamente afetada da UHE Colíder foi
estimada em cinco gêneros com 17 espécies e no mínimo seis grupos de espécies ou
morfotipos diferentes, totalizando 23 espécies e/ou grupo de espécies de
flebotomíneos (Anexo H). As espécies identificadas estão listadas abaixo conforme
sua distribuição por subtribo:
Lutzomyiina
Evandromyia saulensis (Floch & Abonnenc, 1944)
Evandromyia walkeri (Newstead, 1914)
Evandromyia carmelinoi (Ryan, Fraiha, Lainson & Shaw, 1986)
Lutzomyia gomezi (Nitzulescu, 1931)
Lutzomyia sherlocki (Martins, Silva & Falcão, 1971)
Psychodopygina
Bicromomyia flaviscutelata (Magabeira, 1942)
Nyssomyia anduzei (Rozeboom, 1942)
Nyssomyia antunesi (Coutinho, 1939)
Nyssomyia delsionatali cf. Galati & Ovallos, 2012
Nyssomyia intermedia (Lutz & Neiva, 1912)
Nyssomyia urbinattii cf. Galati & Ovallos, 2012
Nyssomyia whitmani (Antunes & Coutinho, 1939)
Psychodopygus ayrozai (Barretto & Coutinho, 1940)
Psychodopygus chagasi (COSTA LIMA, 1941)
Psychodopygus complexus (MANGABEIRA, 1941)
Psychodopygus davisi (Root, 1934)
Psychodopygus llanosmartinsi (Fraiha & Ward, 1980)
Grupo de Espécies
Psychodopygus sp. 1 da Série Chagasi (Psychodopygina)
sp. 1 de Nova Canaã do Norte (de gênero incerto)
sp. 1 de Colíder (de gênero incerto)
sp. 2 de Colíder (de gênero incerto)
sp. 3 de Colíder (de gênero incerto)
sp. 4 de Colíder (de gênero incerto)
No total foram coletados 7.770 espécimes de flebotomíneos, sendo a subtribo
Psychodopygina a mais abundante com 7.146, representando 92% do total de
espécimes coletados. Enquanto que, na subtribo Lutzomyiina apenas 612 (7,9%)
exemplares foram coletados. As duas espécies mais frequentes representaram 90,7%
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 31
do total de flebotomíneos coletados, sendo Ny. antunesi, com 3.825 (49,2%)
exemplares coletados, e Ny. urbinatti (confer = cf.), com 3.226 (41,5%) exemplares
(Tabela 2).
Com exceção de Ev. walkeri (N = 600; 7,7%), as demais espécies de
flebotomíneos representaram, individualmente, percentuais inferiores a 1%. Apenas 27
exemplares foram inclusos no grupo de espécies por não se enquadrarem nas chaves
de identificação (Psychodopygus sp. 1 da Série chagasi, além das espécies de
flebotomíneos de gêneros incertos sp. 1 de Nova Canaã do Norte e sp. 1 a 4 de
Colíder) ou pelo fato do exemplar estar danificado. A maior diversidade de espécies foi
observada em Psychodopygina, representando 76,5% do total de 17 espécies
identificadas, enquanto que em Lutzomyiina foram coletadas cinco espécies (Tabela
2).
A fauna de flebotomíneos variou entre as estações de pesquisa. Aquelas com
maior abundância e riqueza foram as EP4 (N = 6.567; α = 12) e EP1 (N = 1.029; α =
12). As estações que apresentaram maiores índices de dominância foram EP1 (D =
0,866) e EP3 (D = 0,665). Enquanto que, a maior taxa de equitabilidade foi observada
na estação de pesquisa EP2 (J = 0,930), considerando que nesta estação de pesquisa
foram coletados somente 14 exemplares (Tabela 2).
Com 957 exemplares coletados Ny. urbinattii cf. foi a espécie mais frequente no
canteiro de obras da UHE Colíder, representando 93% do total de flebotomíneos
coletados nesta estação de pesquisa. Somente na técnica de isca humana foram
coletados 313 exemplares desta espécie em quatro horas de pesquisa. Isto demonstra
que o risco de contrair leishmaniose no canteiro de obras é maior nesta época do ano.
Pois um operário que esteja trabalhando nas bordas da mata no período noturno pode
receber em média 78 picadas por hora.
No Recanto Barro Preto (EP4) Ny. antunesi, Ny. urbinattii e Ev. walkeri foram as
espécies dominantes, coletadas principalmente no peridomicílio onde em um
galinheiro foram instaladas armadilhas de Falcão. Neste ambiente foi coletada a
maioria dos exemplares (N = 6.440), representando cerca de 98% do total de
flebotomíneos coletados na localidade.
Analisando os resultados pode-se observar que no canteiro de obras, ambiente
impactado sem a presença de animais domésticos, predominou Ny. urbinattii cf. cujas
fêmeas apresentaram alto grau de antropofilia (tendência em se alimentar de sangue
humano), enquanto que, nos ambientes antrópicos com presença de animais
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 32
domésticos (EP3 e EP4) foi observado maior diversidade da fauna e pouca atividade
antropofílica (Figura 20).
Na análise do índice de similaridade faunística das quatro estações de pesquisa,
observou-se maior semelhança entre EP2 e EP3, com o coeficiente de correlação de
0,9973 e pvalor igual a 2.1204E-26 (Tabela 3). Realmente, esta semelhança pode ser
constatada quando são comparadas as espécies identificadas nas duas localidades,
embora na EP2 tenha sido utilizada apenas armadilha de Falcão na coleta de
flebotomíneos.
Quando analisado apenas as localidades onde foram empregadas todas as
técnicas de coleta utilizadas no estudo (EP1, EP3 e EP4), observou-se uma forte
semelhança entre as estações EP1 e EP3, com um coeficiente de correlação de
0,9998. Tal fato, demonstra que a fauna de flebotomíneos que ocorre na margem
direita do rio Teles Pires é diferente da que ocorre na margem esquerda do seu
afluente, o rio Renato, por apresentar um padrão mais heterogêneo (Figura 20).
Nyssomyia urbinattii cf. e Ps. llanosmartinsi foram as espécies mais amplamente
distribuídas, sendo coletadas nas quatro localidades (EP) pesquisadas. Outras como,
Ev. walkeri, Ny. antunesi, Ps. ayrozai e Ps. davisi, foram coletadas nos três
municípios. As demais espécies ou grupos de espécies foram coletadas em dois ou
um dos municípios (Tabela 3, Figura 21).
Todas as espécies de flebotomíneos foram coletadas por meio de armadilhas de
Falcão e de Shannon, com exceção de Ny.urbinattii cf. e Ny. antunesi, que também
foram coletadas em isca humana instalada no intradomicílio, peridomicílio e na
margem de mata, no canteiro de obra da UHE Colíder. As armadilhas de Falcão foram
responsáveis pela coleta de 6.785 (87,3%) exemplares de flebotomíneos e a
armadilha de Shannon por 526 (6,8%) exemplares coletados tanto em ambientes
peridomiciliares quanto extradomiciliares (Tabela 4).
Nyssomyia urbinattii cf. foi a espécie que apresentou maior grau de domiciliação,
devido ao fato de que 21% (N = 668) da sua população ter sido coletada por meio das
técnicas de armadilha de Shannon, armadilha de Falcão instalada na varanda,
inspeção de paredes e isca humana instalada no intradomicílio (Tabela 4).
O maior número de indivíduos foi coletado no ambiente domiciliar (N = 6.626;
85,3%), principalmente em função da armadilha de Falcão instalada no galinheiro
localizado no peridomicílio da EP4. O intradomicílio (varanda) contribuiu com 111
(1,4%) exemplares coletados. No extradomicílio, representado por ambientes
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 33
florestais, foram coletadas 1.144 (14,7%) espécies ou morfoespécies, com a maioria
capturada nas margens de mata (N = 747; 9,6%). Apenas Ny. urbinattii cf. esteve
presente em todos os ecótopos pesquisados (Tabela 5).
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 34
Tabela 2 Distribuição dos flebotomíneos nas estações de pesquisa da Área Diretamente Afetada da UHE Colíder – 16 a 18 de novembro de 2013.
Espécie Estação de Pesquisa*
Total % EP1 EP2 EP3 EP4
Bicromomyia flaviscutelata - - 1 - 1 0,01
Evandromyia carmelinoi - 1 - - 1 0,01
Evandromyia saulensis - - 1 3 4 0,1
Evandromyia walkeri 2 - 4 594 600 7,7
Lutzomyia gomezi - - - 3 3 0,04
Lutzomyia sherlocki - - - 4 4 0,1
Nyssomyia anduzei 4 - - - 4 0,1
Nyssomyia antunesi 11 - 4 3.810 3.825 49,2
Nyssomyia delsionatali cf. - - - 10 10 0,1
Nyssomyia intermedia 1 - - - 1 0,01
Nyssomyia urbinattii cf. 957 4 130 2.135 3.226 41,5
Nyssomyia whitmani - - - 4 4 0,1
Psychodopygus ayrozai 5 - 2 1 8 0,1
Psychodopygus chagasi 1 - - 1 2 0,03
Psychodopygus complexus 3 - 8 - 11 0,1
Psychodopygus davisi 7 1 - 1 9 0,1
Psychodopygus llanosmartinsi 26 2 1 1 30 0,4
Psychodopygus sp. 1 da Série Chagasi 9 3 3 - 15 0,2
sp 1 de Colíder - 2 - - 2 0,03
sp 2 de Colíder - 1 - - 1 0,01
sp 3 de Colíder - - 1 - 1 0,01
sp 4 de Colíder - - 2 - 2 0,03
sp 5 de Nova Canaã do Norte 1 - - - 1 0,01
sp. (danificado) 2 - 3 - 5 0,1
Total 1.029 14 160 6.567 7.770
% 13,2 0,2 2,1 84,5 100,0
Índices de Diversidade
Riqueza de espécies 12 7 11 12 - -
Dominância_D 0,866 0,184 0,665 0,451 - -
Equitabilidade_J 0,153 0,930 0,358 0,374 - -
* Estação de Pesquisa: EP1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte); EP2 = Fazenda Realeza (Colíder); EP3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP4 = Recanto Barro Preto (Itaúba). Legenda: (-) = Dado numérico igual a “zero absoluto”; (confer = cf.) = Espécie que necessita de confirmação; (fri%) = Frequência relativa percentual.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 35
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
alpha
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
A
Div
ers
idade
a) EP1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte)
Nessa localidade Nyssomyia urbinattii cf. foi a espécie dominante (D = 0,930),
enquanto que as demais espécies foram menos frequentes
p-valor = 0,2921, teste t = 1,08
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
alpha
2.4
3
3.6
4.2
4.8
5.4
6
6.6
7.2
7.8
B
Div
ers
idade
b) EP2 = Fazenda Realeza (Colíder)
Nessa localidade a análise do padrão de dominância reflete apenas a fauna de flebotomíneos coletada por meio de armadilhas de Falcão, instaladas em ambientes peridomiciliares
p-valor = 0,0161, teste t = 2,60
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
alpha
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
C
Div
ers
idade
c) EP3 = Pousada Rossetto (Colíder)
Nessa localidade a presença de animais domésticos no peridomicílio pode ter influenciado na diversidade da fauna de flebotomíneos, refletindo na diminuição do índice de dominância entre as espécies
p-valor = 0,2275, teste t = 1,24
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
alpha
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
D
Div
ers
idade
d) EP4 = Recanto Barro Preto (Itaúba)
Da mesma forma que na EP3, nessa localidade a presença de animais domésticos no peridomicílio pode ter influenciado na diversidade da fauna de flebotomíneos
p-valor = 0,1394, teste t = 1,53
Figura 20 Caracterização das Estações de Pesquisa (EP) conforme padrões de dominância e grau de confiança (95%), área diretamente afetada da UHE Colíder, Estado
do Mato Grosso, 13 a 15 de agosto de 2013.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 36
Tabela 3 Índices de Similaridade entre as quatro estações de pesquisa da área de influência da UHE Colíder, Estado do Mato Grosso, 16 a 18 de novembro de 2013.
α EP1 EP2 EP3 EP4
EP1 12 0.00032 2.1204E-26 0.02368
EP2 0.67236 7 0.00049 0.31829
EP3 0.99727 0.65668 11 0.01931
EP4 0.46010 0.21272 0.47393 12
Disposição dos valores: Na barra diagonal do quadro estão os números de táxon que ocorreram em cada período. No triângulo inferior esquerdo os valores de correlação de Pearson. E no triângulo superior direito estão as significâncias baseado no nível de p<0,05. Legenda: EP1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte); EP2 = Fazenda Realeza (Colíder); EP3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP4 = Recanto Barro Preto (Itaúba).
-0.12
0
0.12
0.24
0.36
0.48
0.6
0.72
0.84
0.96
Sim
ilaridade
EP
4
EP
3
EP
1
Legenda: EP1 = Canteiro de Obras UHE Colíder (Nova Canaã do Norte); EP3 = Pousada Rossetto (Colíder); EP4 =
Recanto Barro Preto (Itaúba).
Figura 21 Análise de agrupamento entre as populações de flebotomíneos de três estações de pesquisa da área de influência da UHE Colíder, Estado do Mato Grosso, 16 a
18 de novembro de 2013.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 37
Nyssomyia antunesi Nyssomyia urbinattii cf.
Evandromyia walkeri Nyssomyia delsionatali cf.
Psychodopygus ayrozai
Legenda: ■ Presente
■ Ausente
■Sem pesquisa
Figura 22 Distribuição das principais espécies de flebotomíneos coletadas nos municípios da área de influência direta da UHE Colíder, Estado do Mato Grosso, 16 a 18
de novembro de 2013.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 38
Tabela 4 Flebotomíneos coletados segundo a técnica de coleta nas estações de pesquisa da Área Diretamente Afetada da UHE Colíder – 13 a 15 de agosto de 2013.
Espécie Técnica de Captura*
AF AS IHI IHP IHE IPE
Bicromomyia flaviscutelata - 1 - - - -
Evandromyia carmelinoi 1 - - - - -
Evandromyia saulensis 3 - - - - 1
Evandromyia walkeri 595 2 - - - 3
Lutzomyia gomezi 3 - - - - -
Lutzomyia sherlocki 4 - - - - -
Nyssomyia anduzei 4 - - - - -
Nyssomyia antunesi 3813 5 - 7 - -
Nyssomyia delsionatali cf. 10 - - - - -
Nyssomyia intermedia - 1 - - - -
Nyssomyia urbinattii cf. 2281 499 6 37 330 73
Nyssomyia whitmani 4 - - - - -
Psychodopygus ayrozai 5 3 - - - -
Psychodopygus chagasi 1 1 - - - -
Psychodopygus complexus 11 - - - - -
Psychodopygus davisi 5 4 - - - -
Psychodopygus llanosmartinsi 24 6 - - - -
Psychodopygus sp da Série Chagasi
15 - - - - -
sp 1 de Colíder 2 - - - - -
sp 2 de Colíder 1 - - - - -
sp 3 de Colíder 1 - - - - -
sp 4 de Colíder - 2 - - - -
sp 5 de Nova Canaã do Norte - 1 - - - -
sp. (danificado) 2 1 1 1 - -
Total 6785 526 7 45 330 77
% 87,3 6,8 0,1 0,6 4,2 1,0
* Técnica de Captura: AF – Armadilha de Falcão; AS – Armadilha de Shannon; IHI – Isca Humana no Intradomicílio; IHP – Isca Humana no Peridomicílio; IHE – Isca Humana no Extradomicílio. IHE (Técnica de coleta aplicada somente no Canteiro de obras da UHE Colíder, pelo fato de não haver nenhuma residência perto); IPE – Inspeção de Parede Externa (Técnica de coleta complementar realizada somente na Pousada Rossetto – Coíder e no Recanto Barro Preto –Itaúba). Legenda: (-) = Dado numérico igual a “zero absoluto”; (confer = cf.) = Espécie que necessita de confirmação.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 39
Tabela 5. Distribuição dos flebotomíneos por ecótopos pesquisados nas estações de pesquisa da Área Diretamente Afetada da UHE Colíder – 16 a 18 de Novembro de 2013.
Espécie
Ecótopo de Pesquisa
Domicílio Peridomicílio Extradomicílio
Varanda/ Residência
Galinheiro Outros locais* Margem/
Mata Casa/
Energia Outro local**
Bicromomyia flaviscutelata - - - 1 - -
Evandromyia carmelinoi - - 1 - - -
Evandromyia saulensis 1 2 - 1 - -
Evandromyia walkeri 6 590 - 2 2 -
Lutzomyia gomezi - 3 - - - -
Lutzomyia sherlocki - 4 - - - -
Nyssomyia anduzei - - - - 4 -
Nyssomyia antunesi 12 3790 7 8 8 -
Nyssomyia delsionatali cf. - 10 - - - -
Nyssomyia intermédia - - - 1 - -
Nyssomyia urbinattii cf. 90 2041 41 673 51 330
Nyssomyia whitmani - 4 - - - -
Psychodopygus ayrozai - - - 8 - -
Psychodopygus chagasi - - - 2 - -
Psychodopygus complexus - 8 - 3 - -
Psychodopygus davisi - - 1 8 - -
Psychodopygus llanosmartinsi 1 - 2 27 - -
Psychodopygus sp. da Série Chagasi - 3 3 8 1 -
sp 1 de Colíder - - 2 - - -
sp 2 de Colíder - - 1 - - -
sp 3 de Colíder - 1 - - - -
sp 4 de Colíder - - - 2 - -
sp 5 de Nova Canaã do Norte - - - 1 - -
sp. (danificado) 1 - 1 2 1 -
Total 111 6456 59 747 67 330 % 1,4 83,1 0,8 9,6 0,9 4,2
* Resultados de três AF instaladas individualmente no peridomicílio (chiqueiro, Casa desabitada servindo de abrigo para caprinos e monte de pedra) e de coleta com atrativo humano realizada no peridomicílio. ** Resultados de coleta realizada com atrativo humano no extradomicílio. Legenda: (-) = Dado numérico igual a “zero absoluto; (confer = cf.) = Espécie que necessita de confirmação.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 40
Considerando os resultados dos primeiros inquéritos entomológicos sobre a fauna
de flebotomíneos na área de influência da UHE Colíder, realizados durante o estudo
de Avaliação do Potencial Malarígeno (contrato COPEL SLS/DCSE n . 504033/2011),
as duas campanhas de monitoramento realizadas anteriormente, e do presente
estudo, a relação atual de espécies de flebotomíneos ocorrentes na área diretamente
afetada pelo empreendimento passa a ser a seguinte:
1 Bicromomyia flaviscutelata (Magabeira, 1942)
2 Evandromyia saulensis (Floch & Abonnenc, 1944)
3 Evandromyia carmelinoi (Ryan, Fraiha, Lainson & Shaw, 1986)
4 Evandromyia walkeri (Newstead, 1914)
5 Evandromyia lenti (Mangabeira, 1938)
6 Evandromyia termitophila (Martins, Falcão & Silva, 1964)
7 Lutzomyia gomezi (Nitzulescu, 1931)
8 Lutzomyia sherlocki Martins, Silva & Falcão, 1971
9 Nyssomyia anduzei (Rozeboom, 1942)
10 Nyssomyia antunesi (Coutinho, 1939)
11 Nyssomyia intermedia (Lutz & Neiva, 1912)
12 Nysoomyia richardwardi (Ready & Fraiha, 1981)
13 Nyssomyia shawi (Fraiha, Ward & Ready, 1981)
14 Nyssomyia whitmani (Antunes & Coutinho, 1939)
15 Psychodopygus ayrozai (Barretto & Coutinho, 1940)
16 Psychodopygus carrerai carrerai (Barretto, 1946)
17 Psychodopygus chagasi (Costa Lima, 1941)
18 Psychodopygus complexus (Mangabeira, 1941)
19 Psychodopygus davisi (Root, 1934)
20 Psychodopygus llanosmartinsi Fraiha & Ward, 1980
21 Psathyromyia lutziana (Costa Lima, 1932)
22 Psathyromyia hermanlenti (Martins, Silva & Falcão, 1970)
23 Trichophoromyia octavioi (Vargas, 1949)
24 Trichophoromyia ubiquitalis (Mangabeira, 1942)
25 Viannamyia tuberculata (Mangabeira, 1941)
Grupos de Espécies
26 Psychodopygus sp. da Série Chagasi
27 Trichophoromyia sp. 1 de Nova Canaã do Norte
28 sp 1 de Nova Canaã do Norte (de gênero incerto)
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 41
29 sp 2 de Nova Canaã do Norte (de gênero incerto)
sp 3 e 4 de Itaúba (2ª campanha)
sp 5 de Colíder (2ª campanha)
sp 1, 2, 3 e 4 de Colíder (3ª campanha)
sp 5 de Nova Canaã do Norte (3ª campanha)
Espécies que necessitam de confirmação
30 Nyssomyia urbinattii cf. Galati & Ovallos, 2012
31 Nyssomyia delsionatali cf. Galati & Ovallos, 2012
4.2 DISCUSSÃO
Assim como tem sido observado desde os primeiros monitoramentos, Ny. antunesi
foi a espécie mais frequente e ocorrente em todos os municípios pesquisados (Nova
Canaã do Norte, Colíder e Itaúba). Nyssomyia antunesi é um flebotomíneo
amplamente distribuído no Estado Mato Grosso, com registros de ocorrências em
áreas de florestas, cerrado e pantanal, incluindo zonas de transição (AZEVEDO, 2002;
RIBEIRO et al., 2007; MISSAWA et al., 2007, 2008; ZEILHOFER et al., 2008). Nas
estações de pesquisa localizadas na área de influência da UHE Colíder, esta espécie
foi encontrada desde florestas até ambientes antrópicos, principalmente no
peridomicílio onde foi coletada por meio de armadilhas de Falcão instaladas em
galinheiros.
Na localidade Recanto Barro Preto, no município de Itaúba, foram coletados 3.086
exemplares em um galinheiro próximo da mata. Porém, apenas 12 exemplares foram
coletados em ambientes domiciliares, denotando tratar-se de uma espécie com
tendência zoofílica (que se alimenta do sangue de animais silvestres ou domésticos) e
hábito florestal. A forma como foi construído o galinheiro, localizado entre a mata e a
residência, pode estar funcionando como uma barreira de proteção, evitando que as
fêmeas de Ny. antunesi invadam o intradomicílio em busca de repasto sanguíneo.
Nyssomyia urbinattii cf. e Ev. walkeri também foram coletados quase que
exclusivamente no galinheiro, com 2.039 e 590 exemplares coletados,
respectivamente. Enquanto que, no ambiente domiciliar foram coletados 11
exemplares da primeira espécie e somente três exemplares da segunda espécie de
flebotomíneo.
Muitos autores associam a presença de animais domésticos em áreas endêmicas
das Leishmanioses a fatores de risco para transmissão dos agentes etiológicos
causadores destas doenças (REITHINGER & DAVIES, 1999; REITHINGER et al.,
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 42
2003; SOSA-ESTANI et al., 2001; ROJAS et al., 1994). Porém, um estudo realizado na
localidade conhecida por Recanto Marista, município de Doutor Camargo no Estado
do Paraná, mostrou que galinheiros construídos (propositalmente) na margem da
mata, causaram uma redução do número de flebotomíneos nas residências próximas,
ficando caracterizado que este tipo de abrigo de animais domésticos serviram como
uma barreira física, evitando que os flebotomíneos frequentassem o ambiente
domiciliar (TEODORO et al., 2001).
Nyssomyia urbinattii cf., ocorreu em todos os pontos pesquisados, sendo a espécie
mais abundante nas estações de pesquisa EP1 e EP3. Na localidade Barro Preto (EP4)
foi uma das espécies mais numerosas no galinheiro, juntamente com Ny. antunesi e
Ev. walkeri, fortalecendo a hipótese de sua distribuição por toda Área Diretamente
Afetada (ADA) da UHE Colíder.
A abundância de Ny. antunesi e Ev. walkeri em localidades da área de influência
da UHE Colíder, pode estar relacionada a existência de animais domésticos
confinados próximo a área de mata. Pois esta hipótese já foi levantada para outras
espécies de flebotomíneos, como a correlação entre a frequência de Lutzomyia
longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) e a presença de animais domésticos (FORATTINI,
1960; SHERLOCK & GUITTON, 1969; QUINNELL & DYE, 1994; CAMARGO-NEVES
et al., 2001).
No canteiro de obras da UHE Colíder a maioria dos exemplares de Ny. urbinattii cf.
foram coletados por meio de iscas humanas instaladas na margem de mata, em uma
área próxima do vertedouro. Nesta área, onde operários trabalham na construção da
barragem, inclusive no período noturno, foi estimado um índice de 78
picada/hora/homem. A densidade elevada de vetores aumenta a possibilidade de
transmissão de Leishmania durante o período de início das chuvas na região. Estudos
têm demonstrado que as taxas de infecção natural dos flebotomíneos nos focos
endêmicos variam em torno de 0,2% (RODRIGUEZ et al., 1999; LUZ et al., 2000),
podendo chegar até 2,0% (SILVA et al., 2008; PITA-PEREIRA et al., 2005).
Com relação ao gênero predominante nas coletas, pode-se observar que o número
total de fêmeas (6.013) foi maior que o número de machos (1.757), sendo a razão
obtida entre os sexos de 3,42. Este resultado difere do comportamento descrito em
outros estudos, que apontam a presença predominante de machos em relação às
fêmeas (LOIOLA et al., 2007; DORVAL et al., 2009; ALMEIDA et al., 2010). A maior
proporção de machos nas armadilhas luminosas (tipo CDC) pode ser explicada por um
comportamento natural, em que os machos acompanham as fêmeas a fim de garantir
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 43
a fertilização durante seus deslocamentos (DOMINGOS et al., 1998). No entanto, a
predominância de fêmeas neste estudo pode estar relacionada a fatores ambientais,
tais como, a presença de animais domésticos próximo de ambientes florestais, que
determinam um comportamento específico das espécies mais abundantes.
Outro comportamento importante observado em todas as campanhas de campo
feitas na área de influência do empreendimento, diz respeito ao hematofagismo
eclético de Ny.urbinattii cf. e Ny. antunesi. O fato de ter sido coletado em armadilhas
instaladas na mata e no peridomicílio, demonstra a atração desse flebotomíneo tanto
por animais silvestres (potenciais reservatórios de Leishmania) como por animais
domésticos. Fêmeas de ambas as espécies foram coletadas tentando praticar
antropofilia nos pesquisadores posicionados em ambientes domiciliares, sendo esses
indicadores entomológicos evidências para sugeri-lo como potencial vetor de
protozoários do gênero Leishmania.
Entre as espécies com o primeiro registro de ocorrência na área de estudo,
destaca-se Ny. intermedia, coletada no canteiro de obras da UHE Colíder. Esta
espécie é o principal transmissor do agente etiológico causador da leishmaniose
tegumentar americana em áreas endêmicas no sudeste do Brasil, onde sua
distribuição coincide com a ocorrência de casos humanos (FORATTINI & SANTOS,
1952; FORATTINI, 1953, 1973, 1976; FORATTINI et al., 1972; ARAÚJO-FILHO, 1979;
GOMES et. al., 1986; RANGEL et al., 1986, 1990; CASANOVA et al. 1995;
MARCONDES et al. 1997; CÓRDOBA-LANUS et al., 2006; SARAIVA et al. 2009;
RANGEL & LAINSON, 2009). FORATTINI (1960) afirma que Ny. whitmani e Ny.
intermedia sensu lato coexistem em áreas recentemente invadidas pelo homem,
porém Ny. intermedia passa a predominar a medida que aumentam as alterações no
meio ambiente.
Quanto à composição da fauna de flebotomíneos ocorrentes na área de influência
da UHE Colíder, a lista conta agora com 29 espécies ou morfoespécies identificadas
até o momento. Com a intensificação dos inquéritos entomológicos, a expectativa é de
coletar outras espécies de importância epidemiológica em focos de transmissão de
leishmaniose tegumentar existentes na área de influência do empreendimento.
555... CCCOOONNNCCCLLLUUUSSSÃÃÃOOO Os municípios da área de influência da UHE Colíder pertencem a uma região de
transmissão antiga de leishmaniose tegumentar americana, onde são encontrados
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 44
todos os elementos necessários para ocorrência de casos da doença: o agente
etiológico, o reservatório silvestre, os vetores envolvidos na transmissão e os fatores
ambientais que influenciam na extrapolação desse ciclo para o seres humanos.
Os serviços de monitoramento e vigilância da leishmaniose tegumentar americana
desenvolvida na região do entorno da UHE Colíder, tem atuado na prevenção e
proteção dos operários envolvidos na obra de construção da barragem, dos moradores
locais e da população migrante, contra surtos da doença. As ações de educação em
saúde tiveram caráter preventivo, com a realização de palestras sobre o tema
leishmanioses, direcionadas para os chefes de setores das frentes de trabalho. A
palestra serviu para alertar sobre o risco de transmissão dos agentes causadores de
leishmaniose tegumentar americana no canteiro de obras da UHE Colíder.
Também foram distribuídos folhetos informativos, tanto para os operários que
participaram da palestra, quanto para a população da região do entorno do
empreendimento. Junto com o material educativo foi realizado uma ampla divulgação
sobre as características da doença, modo de transmissão, diagnóstico e tratamento,
além de medidas de proteção pessoal e familiar.
Como medida de proteção foram realizadas coletas de flebotomíneos em diversos
pontos da área de influência do empreendimento, para verificar se houve aumento na
frequência de espécies vetoras. Estas informações servem para orientar as ações de
prevenção e de medidas de controle, caso seja necessário.
O levantamento da atual situação da leishmaniose tegumentar americana nos
municípios da área de influência da UHE Colíder, a avaliação dos dados
epidemiológicos e entomológicos obtidos nesse último monitoramento e as análises
características biológicas, ambientais e sociais da região do entorno, permitem definir
o quadro epidemiológico da área de estudo e propor medidas a serem adotadas na
próxima etapa do programa de monitoramento:
A área de influência do empreendimento foi marcada pela ocorrência de casos
esporádicos de leishmaniose tegumentar, sem apresentar surtos epidêmicos
caracterizados pela concentração de casos em um período curto de tempo.
Até o presente momento não foi possível determinar a curva epidemiológica da
leishmaniose tegumentar americana na área de influência da UHE Colíder,
devido a falta de informação sobre o número mensal dos casos da doença
notificados nos últimos dez anos.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 45
Medidas a serem adotadas pela Juris Ambientis: Agendar reunião técnica
com os profissionais de saúde dos Escritórios Regionais de Saúde de Colíder e
Sinop, com a finalidade de obter os dados referentes ao número de casos
mensais de leishmaniose tegumentar, ocorridos nos municípios da área de
influência da UHE Colíder, entre o período de 2004 e 2013.
Embora não tenha sido notificados novos casos de leishmaniose tegumentar
ocorridos entre os operários da UHE Colíder, o aumento da densidade de Ny.
urbinattii cf. no canteiro de obras alerta para o risco de ocorrência de novos
casos da doença.
Medidas a serem adotadas pela Juris Ambientis: Continuidade das ações
de Educação em Saúde voltadas para os operários da obra, com informações
sobre a doença, forma de transmissão e medidas preventivas.
Sugestão: Continua a orientação para que as empreiteiras coloquem placas junto as margens de mata do vertedouro, alertando para risco biológico com as seguintes informações: ATENÇÃO Você está em uma área de risco para ocorrência de leishmaniose tegumentar. Utilize medidas preventivas como, calça, camisa de manga comprida, boné tipo legendário e repelente nas áreas do corpo que estejam expostas. Evite ficar nesse ambiente em horários noturnos e crepusculares.
No município de Itaúba as localidades com maior número de casos de
leishmaniose tegumentar continuam sendo a Fazenda Monte Verde, Fazenda
amazônia, Fazenda Fischer (Perdizes/Seringal), além do Acampamento Santo
Espedito, próximo do Povoado Castanhal, onde foram registrados casos de
leishmaniose visceral em cães.
Procedimentos a serem adotados pela Juris Ambientis: Realizar estudos
entomológicos com a participação dos Agentes de Saúde do município de
Itaúba e inquérito entomológico no Acampamento Santo Espedito.
A constatação de que a composição da fauna de flebotomíneos ocorrente na
margem direita do rio Teles Pires, difere da população encontrada na margem
do rio Renato, além dos novos registros de espécies como, Ev. carmelinoi, Ev.
saulensis, Lu. gomezi, Lu. sherlocki, Ny. anduzei e Ny. intermedia, reforça a
necessidade de realizar estudo em outras áreas do empreendimento que ainda
não foram pesquisadas.
De acordo com inquéritos entomológicos realizados por técnicos do ERS de
Sinop (citado no relatório anterior), existe registro da ocorrência de Lu.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 46
longipalpis, principal vetor envolvido na transmissão de leishmaniose visceral,
na área rural do município de Cláudia.
Procedimentos a serem adotados pela Juris Ambientis: Devido a grande
quantidade de flebotomíneos coletados no Canteiro de Obras da UHE Colíder,
optou-se por concentrar as atividades de coleta nas localidades mais próximas
desta área. Portanto, a realização do inquérito entomológico no município de
Cláudia, para verificar a presença de Lu. longipalpis e outras espécies de
flebotomíneos ainda não descritas neste estudo, será realizado na próxima
campanha de campo.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 47
666... CCCRRROOONNNOOOGGGRRRAAAMMMAAA DDDEEE AAATTTIIIVVVIIIDDDAAADDDEEESSS
Atividade
Evento Contratual (EC)*
EC-01a03 EC-04 EC-05 EC-06 EC-07 EC-08
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° 11° 12° 13° 14° 15° 16° 17° 18°
1. Execução das ações de vigilância da LTA
2. Realização das campanhas informativas
3. Desenvolvimento de parcerias locais
4. Atividades laboratório – identificação
5. Análise dos dados primários e secundários
6. Elaboração dos relatórios parciais
7. Confirmação da fauna
8. Envio de material para coleção de referência
9. Elaboração do Relatório Final
* Período estimado para realização de cada atividade prevista no Plano de Trabalho por Evento Contratual (EC) em intervalo trimestral, segundo o mês
previsto para realização. Evento Contratual (EC – 01 a 05) concluídos com entrega de relatórios parciais.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 48
777... EEEQQQUUUIIIPPPEEE TTTÉÉÉCCCNNNIIICCCAAA
EQUIPE PRINCIPAL
Nome Função no Projeto Assinatura
Manoel José Domingues Coordenação Geral
Allan Martins da Silva Coordenação, entomologia - atividades de campo, atividades de laboratório e elaboração de relatórios
Iolanda Maria Novadzki Coordenação, epidemiologia - análise dos dados
epidemiológicos e elaboração de relatórios
EQUIPE DE APOIO
Nome Função no Projeto
Demilson Rodrigues dos Santos Atividades de campo (monitoramento e apresentação das palestras),
atividades de laboratório e elaboração de relatórios e confecção de croquis das localidades
Angela Cristovalina Pernier dos Santos Atividades de campo e atividades de laboratório
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 49
AGRADECIMENTOS
À Sra. Marinês Browers e Sr. José de Oliveira (ERS Sinop), pelo repasse de informações
sobre os casos de leishmaniose tegumentar notificados nos municípios de Sinop e Cláudia,
referente ao período de 01 de agosto a 31 de outubro de 2013; À Sra. Marise Iolani e Sra. Sandra
Sayuri Tsuda (ERS de Colíder) pelo repasse de informações sobre os casos de leishmaniose
tegumentar notificados nos municípios de Colíder, Itaúba e Nova Canaã do Norte, referente ao
período de 01 de agosto a 31 de outubro de 2013; À Sra. Iris C. Gracioli (Escritório da Copel em
Colíder) pelo apoio e acompanhamento da palestra no Canteiro de Obras.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 50
888... RRREEEFFFEEERRRÊÊÊNNNCCCIIIAAASSS BBBIIIBBBLLLIIIOOOGGGRRRÁÁÁFFFIIICCCAAASSS ALMEIDA PS, NASCIMENTO JC, FERREIRA AD, MINZÃO LD, PORTES F, MIRANDA AM,
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MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 54
999... AAANNNEEEXXXOOOSSS
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 55
ANEXO A - DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
NOS MUNICÍPIOS PERTENCENTES A ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE COLÍDER – AGOSTO
A OUTUBRO DE 2013.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 56
Anexo A1 - Dados epidemiológicos dos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana, registrados no município de Nova Canaã do Norte, Estado do Mato Grosso – Área de Influência Direta (AID) da UHE Colíder (período: Agosto/2013 a Outubro/2013).
Nome/Paciente
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do
Caso
Maria Vieira Boia 67 F Urbana/R. Colorado do Norte, s/n Sim LC 06/08/13 06/08/13 Lab. Novo 08/08/13 AP 60 S/inf.
Everton Fernandes Silva 15 M Rural/Comunidade Pio XII Sim LC 26/08/13 26/08/13 Lab. Novo 26/08/13 AP 60 S/inf.
Adevanir Melo de Souza 24 M Rural/Com. São Camilo PA Veraneio Sim LC 05/09/13 09/09/13 Lab. Novo 09/09/13 AP 60 S/inf.
João Paulo dos Santos Mardes
17 M Urbana/R. Alberto Alves, 01
Sim LC 16/09/13 16/09/13 Lab. Novo 16/09/13 AP 60 S/inf.
Cleber Aparecido Duarte 28 M Rural/Distrito ouro Branco, s/n Sim LC 16/09/13 16/09/13 Lab. Novo 18/09/13 AP 60 S/inf.
Raimunda Pereira Rocha 70 F Rural/Distrito Ouro Branco, s/n Sim LC 16/09/13 16/09/13 Lab. Novo 18/09/13 AP 40 S/inf.
LEGENDA: Forma Clínica: LC = Lesão Cutânea; LCM = Lesão Cutânea Mucosa. Critério de Confirmação: Lab. = Laboratorial; Clín. = Clínico Epidemiológico. Droga Administrada:
AP = Antimonial Pentavalente; AF = Anfotericina; PT = Pentamidina; N/utiliz. = Não utilizada. Evolução do Caso: S/inf. = Sem informação; Mud/diag. = Mudança de diagnóstico.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 57
Anexo A2 - Dados epidemiológicos dos casos de leishmaniose tegumentar americana, registrados no município de Colíder, Estado do Mato
Grosso – Área de Influência Direta (AID) da UHE Colíder (período: Agosto/2013 a Outubro/2013).
Nome/Paciente Id
ad
e
Sexo
Endereço
Caso
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do
Caso
Oldair de Abreu Miranda 48 M Urbana/Av. Amazonas, 422 Sim LC 06/08/13 06/08/13 Lab. Novo 06/08/13 Outras S/inf. Cura
Odair José Strazza 37 M Urbana/R. Jurupaca, 116 Indeterm. LC 08/08/13 14/08/13 Lab. Novo 14/08/13 Outras S/inf. Cura
Joaquim Santos 65 M Urbana/R. Bahia, 404 Sim LC 15/08/13 20/08/13 Clín. Novo 20/08/13 N/utiliz. S/inf. Aband.
Josiel de Andrade 27 M Rural/Comunidade São Paulo Indeterm. LC 21/08/13 21/08/13 Lab. Novo 21/08/13 N/utiliz. S/inf. Cura
Osvaldite da Silva Norte 57 M Urbana/R. Itaúba, 16 Sim LC 25/08/13 30/08/13 Clín. Novo 30/08/13 AP 60 Cura
Elson Bonetti da Cruz 38 M Rural/Comunidade Pinheirinho Sim LC 25/09/13 25/09/13 Clín. Novo 25/09/13 AP 40 S/inf.
Marcos Dionel L. gomes 19 M
Rural/Comunid. São Judas Tadeu
Sim LC 08/10/13 09/10/13 Lab. Novo 09/10/13 AP 60 S/inf.
Agnaldo Leandro da Silva 19 M Rural/localidade ignorada Sim LC 10/10/13 11/10/13 Lab. Novo 11/10/13 AP 60 S/inf.
LEGENDA: Forma Clínica: LC = Lesão Cutânea; LCM = Lesão Cutânea Mucosa. Critério de Confirmação: Lab. = Laboratorial; Clín. = Clínico Epidemiológico. Droga
Administrada: AP = Antimonial Pentavalente; AF = Anfotericina; PT = Pentamidina; N/utiliz. = Não utilizada. Evolução do Caso: S/inf. = Sem informação; Mud/diag. =
Mudança de diagnóstico.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 58
Anexo A3 - Dados epidemiológicos dos casos de leishmaniose tegumentar americana,
registrados no município de Itaúba, Estado do Mato Grosso – Área de Influência Direta (AID) da
UHE Colíder (período: Agosto/2013 a Outubro/2013).
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 59
ANEXO B - SEMANA EPIDEMIOLÓGICA 2013
CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Portaria CVE nº 4, 20/12/2012
Dispõe sobre a adoção, em todo âmbito do Sistema de Saúde do Estado de São Paulo, de critério uniforme de identificação das semanas epidemiológicas do ano para efeito de registro, tabulação e apresentação de dados estatísticos quer técnicos, quer administrativos.
O Diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica, de acordo com a Resolução SS-270, de 07/12/90, resolve:
Artigo 1º — A semana epidemiológica se inicia no domingo e termina no sábado seguinte.
Artigo 2º — As semanas do ano de 2013 serão numeradas seguidamente de 01 a 52, de conformidade com a tabela abaixo.
Artigo 3º — A semana de número 01 se iniciará no dia 30 de dezembro de 2012 e a semana 52 terminará em 28/12/2013.
Artigo 4º — Todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão adotar, no ano de 2013, identificação de semanas constantes na tabela abaixo:
Semana Início Término Semana Início Término
1 30/12/2012 05/01/2013
27 30/06/2013 06/07/2013
2 06/01/2013 12/01/2013
28 07/07/2013 13/07/2013
3 13/01/2013 19/01/2013
29 14/07/2013 20/07/2013
4 20/01/2013 26/01/2013
30 21/07/2013 27/07/2013
5 27/01/2013 02/02/2013
31 28/07/2013 03/08/2013
6 03/02/2013 09/02/2013
32 04/08/2013 10/08/2013
7 10/02/2013 16/02/2013
33 11/08/2013 17/08/2013
8 17/02/2013 23/02/2013
34 18/08/2013 24/08/2013
9 24/02/2013 02/03/2013
35 25/08/2013 31/08/2013
10 03/03/2013 09/03/2013
36 01/09/2013 07/09/2013
11 10/03/2013 16/03/2013
37 08/09/2013 14/09/2013
12 17/03/2013 23/03/2013
38 15/09/2013 21/09/2013
13 24/03/2013 30/03/2013
39 22/09/2013 28/09/2013
14 31/03/2013 06/04/2013
40 29/09/2013 05/10/2013
15 07/04/2013 13/04/2013
41 06/10/2013 12/10/2013
16 14/04/2013 20/04/2013
42 13/10/2013 19/10/2013
17 21/04/2013 27/04/2013
43 20/10/2013 26/10/2013
18 28/04/2013 04/05/2013
44 27/10/2013 02/11/2013
19 05/05/2013 11/05/2013
45 03/11/2013 09/11/2013
20 12/05/2013 18/05/2013
46 10/11/2013 16/11/2013
21 19/05/2013 25/05/2013
47 17/11/2013 23/11/2013
22 26/05/2013 01/06/2013
48 24/11/2013 30/11/2013
23 02/06/2013 08/06/2013
49 01/12/2013 07/12/2013
24 09/06/2013 15/06/2013
50 08/12/2013 14/12/2013 25 16/06/2013 22/06/2013
51 15/12/2013 21/12/2013
26 23/06/2013 29/06/2013
52 22/12/2013 28/12/2013
Observação: Por convenção internacional as semanas epidemiológicas são contadas
de domingo a sábado. A primeira semana do ano é aquela que contém o maior número
de dias de janeiro e a última a que contém o maior número de dias de dezembro.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 60
ANEXO C - FICHA TÉCNICA DE COLETA
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 61
FICHA TÉCNICA DE COLETA
Projeto: Monitoramento da Leishmaniose Tegumentar – UHE Colíder Fase da Lua
Município: Colíder-MT Data/coleta
16/11/2013
Localidade: Fazenda Realeza
Intervalos / coleta
Ocorrências meteorológicas
19:00h
20:00h
20:00h
21:00h
21:00h
22:00h
22:00h
23:00h
Aspectos / tempo
Período Noturno Céu limpo
Céu nublado
Pancadas de chuva com
relâmpagos e trovaodas
Chuva forte com
relâmpagos e trovaodas
Temperatura (ºC)
Máx. / Mín. 27,5 – 27,0 27,0 – 26,0 26,0 – 25,0 25,0 – 23,0
URA (%)
Máx. / Mín. 61,0 – 70,0 70,0 – 81,0 81,0 – 90,0 90,0 – 98,0
Vento (km/h)
Média Nulo Nulo Moderado Moderado
Arm. Falcão/CDC Realizada Realizada Realizada Realizada
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 62
FICHA TÉCNICA DE COLETA
Projeto: Monitoramento da Leishmaniose Tegumentar – UHE Colíder Fase da Lua
Município: Colíder-MT Data/coleta
16/11/2013
Localidade: Pousada Rossetto
Intervalos / coleta
Ocorrências meteorológicas
19:00h
20:00h
20:00h
21:00h
21:00h
22:00h
22:00h
23:00h
Aspectos / tempo
Período Noturno Céu limpo
Céu nublado
Pancadas de chuva com
relâmpagos e trovaodas
Chuva forte com
relâmpagos e trovaodas
Temperatura (ºC)
Máx. / Mín. 27,5 – 27,0 27,0 – 26,0 26,0 – 25,0 25,0 – 23,0
URA (%)
Máx. / Mín. 61,0 – 70,0 70,0 – 81,0 81,0 – 90,0 90,0 – 98,0
Vento (km/h)
Média Nulo Moderado Moderado Moderado
Arm. Falcão/CDC Realizada Realizada Realizada Realizada
Arm. Shannon Realizada Realizada Interrompida Interrompida
IH – Intradomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada
IH – Peridomicílio Realizada Realizada Interrompida Interrompida
Insp. Parede Ext. N/realizada N/realizada Realizada Realizada
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 63
FICHA TÉCNICA DE COLETA
Projeto: Monitoramento da Leishmaniose Tegumentar – UHE Colíder Fase da Lua
Município: Itaúba Data/coleta
17/11/2013
Localidade: Recanto Barro Preto
Intervalos / coleta
Ocorrências meteorológicas
19:00h
20:00h
20:00h
21:00h
21:00h
22:00h
22:00h
23:00h
Aspectos / tempo
Período Noturno Céu limpo
Céu limpo
Nublado
Nublado, com
aumento gradual na
formação de nuvens
Temperatura (ºC)
Máx. / Mín. 25,8 – 25,4 25,4 – 25,0 25,0 – 24,5 24,5 – 24,1
URA (%)
Máx. / Mín. 66,0 – 71,0 71,0 – 77,2 77,2 – 80,0 80,0 – 88,0
Vento (km/h)
Média Nulo Nulo Nulo Moderado
Arm. Falcão/CDC Realizada Realizada Realizada Realizada
Arm. Shannon Realizada Realizada Realizada Realizada
IH – Intradomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada
IH – Peridomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada
Insp. Parede Ext. N/realizada N/realizada Realizada N/realizada
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 64
FICHA TÉCNICA DE COLETA
Projeto: Monitoramento da Leishmaniose Tegumentar – UHE Colíder Fase da Lua
Município: Nova Canaã do Norte Data/coleta
18/11/2013
Localidade: Canteiro de Obras – UHE Colíder
Intervalos / coleta
Ocorrências meteorológicas
19:00h
20:00h
20:00h
21:00h
21:00h
22:00h
22:00h
23:00h
Aspectos / tempo
Período Noturno Céu limpo
Céu limpo
Céu limpo
Nublado, com
poucas nuvens
Temperatura (ºC)
Máx. / Mín. 25,6 – 25,2 25,2 – 24,8 24,8 – 24,5 24,5 – 24,0
URA (%)
Máx. / Mín. 66,1 – 71,0 71,0 – 77,0 77,0 – 83,2 83,2 – 87,0
Vento (km/h)
Média Nulo Nulo Nulo Nulo
Arm. Falcão/CDC Realizada Realizada Realizada Realizada
Arm. Shannon Realizada Realizada Realizada Realizada
IH – Intradomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada
IH – Extradomicílio Realizada Realizada Realizada Realizada
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 65
ANEXO D - GALERIA DE FOTOS – TÉCNICAS DE COLETA DE FLEBOTOMÍNEOS.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 66
Anexo D1. Atividades de coletas realizadas no Canteiro de Obras da UHE Colíder. A
= AF1 instalada na margem de mata; B = AF2 instalada no interior da mata; C = AF3
instalada na casa de energia; D = Coleta com AS na margem de mata; E =
Flebotomíneos sendo coletados com aspirador elétrico na AS; F = coleta com IH no
extradomicílio..
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 67
Anexo D2. Atividades de coletas realizadas na Fazenda Realeza, município de
Colíder. A = AF1 instalada em residência desabitada (abrigo de caprinos); B = AF2
instalada em monte de pedras; C = AF3 instalada em chiqueiro e D = Coleta diurna de
culicíneos com utilização de puçá (atrativo humano).
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 68
Anexo D3a. Atividades de coletas realizadas na Pousada Rossetto, município de
Colíder. A = AF1 instalada em varanda de residência; B = AF2 instalada em galinheiro;
C = AF3 instalada na mata; D = Coleta com AS na mata; E = Coleta com IH no
peridomicílio; F = Coleta com IH no intradomicílio.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 69
Anexo D3b. Atividades de coletas realizadas na Pousada Rossetto, município de
Colíder. A = Flebotomíneos pousados na parede; B = Coleta de flebotomíneos através
de inspeção de parede externa de residência.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 70
Anexo D4. Atividades de coletas realizadas no Recanto Barro Preto, município de
Itaúba. A = AF1 instalada na varanda de residência; B = AF2 instalada em galinheiro
no peridomicílio; C = AF3 instalada na margem interna de mata; D = Coleta com AS na
margem de mata no peridomicílio; E = Coleta com IH no peridomicílio; F = Coleta IH
no intradomicílio.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 71
ANEXO E - FOLHETO INFORMATIVO SOBRE LEISHMANIOSES DISTRIBUÍDOS NO
CANTEIRO DE OBRAS E NOS MUNICÍPIOS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA UHE
COLÍDER
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 72
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 73
ANEXO F - LISTA DE PRESENÇA DAS PALESTRAS
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 74
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 75
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 76
ANEXO G - LISTA DE PRESENÇA DAS REUNIÕES TÉCNICAS
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 78
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 79
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 80
ANEXO H - PLANILHA DE IDENTIFICAÇÃO DE FLEBOTOMÍNEOS,
MONITORAMENTO DE VETORES, UHE COLÍDER, 16 A 18 DE NOVEMBRO DE
2013.
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 81
Planilha de Identificação de Flebotomíneos, Monitoramento de Vetores, UHE Colíder – 16 a 18 de novembro de 2013.
Data Município Localidade Lat. Long. Alt. Ecótopo Técnica Hora Gênero Espécie M F Total Observação
16/11/2013 Colíder Fazenda Realeza (EP2) 10o55
'12.70" - 55o31
'03.10" 419 Ab. Caprinos AF-1 19-23 Evandromyia carmelinoi 1 0 1
16/11/2013 Colíder Fazenda Realeza (EP2) 10o55
'12.70" - 55o31
'03.10" 419 Ab. Caprinos AF-1 19-23 Psychodopygus davisi 0 1 1
16/11/2013 Colíder Fazenda Realeza (EP2) 10
o55'12.70" - 55
o31'03.10" 419 Ab. Caprinos AF-1 19-23 Psychodopygus Série Chagasi 0 1 1
16/11/2013 Colíder Fazenda Realeza (EP2) 10o55
'12.70" - 55o31
'03.10" 419 Ab. Caprinos AF-1 19-23 Psychodopygus llanosmartinsi 0 2 2
16/11/2013 Colíder Fazenda Realeza (EP2) 10
o55'12.70" - 55
o31'03.10" 419 Ab. Caprinos AF-1 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 0 2 2
16/11/2013 Colíder Fazenda Realeza (EP2) 10o55
'12.70" - 55o31
'03.10" 419 Ab. Caprinos AF-1 19-23 sp 1 sp 1 0 2 2
16/11/2013 Colíder Fazenda Realeza (EP2) 10
o55'12.70" - 55
o31'03.10" 419 Ab. Caprinos AF-1 19-23 sp 2 sp 2 0 1 1
16/11/2013 Colíder Fazenda Realeza (EP2) 10o55
'12.70" - 55o31
'03.10" 419 M. Pedras AF-2 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 0 2 2
16/11/2013 Colíder Fazenda Realeza (EP2) 10
o55'12.70" - 55
o31'03.10" 419 Chiqueiro AF-3 19-23 Psychodopygus Série Chagasi 0 2 2
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Var. Residência AF-1 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 1 4 5
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Var. Residência AF-1 19-23 Psychodopygus llanosmartinsi 0 1 1
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Galinheiro AF-2 19-23 Psychodopygus complexus 8 0 8
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Galinheiro AF-2 19-23 Psychodopygus Série Chagasi 0 3 3
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Galinheiro AF-2 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 2 0 2
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Galinheiro AF-2 19-23 Nyssomyia antunesi 2 0 2
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Galinheiro AF-2 19-23 sp 3 sp 3 1 0 1
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Mata AF-3 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 1 4 5
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Mata AS 19-20 Nyssomyia urbinatti cf. 0 2 2
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Mata AS 19-20 Psychodopygus ayrozai 0 1 1
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Mata AS 19-20 sp 4 sp 4 2 0 2
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Mata AS 19-20 Psychodopygus sp (danificado) 0 1 1
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Mata AS 20-21 Nyssomyia urbinatti cf. 2 3 5
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Mata AS 20-21 Psychodopygus ayrozai 0 1 1
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Mata AS 20-21 Evandromyia walkeri 1 0 1
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Mata AS 20-21 Bicromomyia flaviscutelata 1 0 1
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 82
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Mata AS 21-22 - - 0 0 0 Não realizada
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Mata AS 22-23 - - 0 0 0 Não realizada
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Intradom. IHI 19-20 sp (danificado) sp (danificado) 0 1 1
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Intradom. IHI 20-21 Nyssomyia urbinatti cf. 1 5 6
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Intradom. IHI 21-22 - - 0 0 0 Negativa
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Intradom. IHI 22-23 - - 0 0 0 Negativa
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Peridom. IHP 19-20 Nyssomyia urbinatti cf. 2 29 31
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Peridom. IHP 19-20 sp (danificado) sp (danificado) 0 1 1
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Peridom. IHP 20-21 Nyssomyia antunesi 0 2 2
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Peridom. IHP 20-21 Nyssomyia urbinatti cf. 0 6 6
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Peridom. IHP 21-22 - - 0 0 0 Não realizada
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Peridom. IHP 22-23 - - 0 0 0 Não realizada
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Domicílio IPE 21-22 Evandromyia walkeri 1 1 2
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Domicílio IPE 21-22 Nyssomyia urbinatti cf. 8 32 40
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Domicílio IPE 21-22 Evandromyia saulensis 0 1 1
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10
o59'44.50" - 55
o31'37.20" 267 Domicílio IPE 22-23 Nyssomyia urbinatti cf. 4 24 28
16/11/2013 Colíder Pousada Rossetto (EP3) 10o59
'44.50" - 55o31
'37.20" 267 Domicílio IPE 22-23 Evandromyia walkeri 0 1 1
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Var. Residência AF-1 19-23 Evandromyia walkeri 2 1 3
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Var. Residência AF-1 19-23 Nyssomyia antunesi 5 7 12
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Var. Residência AF-1 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 3 3 6
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Galinheiro AF-2 19-23 Evandromyia walkeri 399 191 590
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Galinheiro AF-2 19-23 Nyssomyia antunesi 702 3086 3788
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Galinheiro AF-2 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 448 1591 2039
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Galinheiro AF-2 19-23 Evandromyia saulensis 0 2 2
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Galinheiro AF-2 19-23 Lutzomyia gomesi 1 2 3
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Galinheiro AF-2 19-23 Lutzomyia sherlocki 1 3 4
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Galinheiro AF-2 19-23 Nyssomyia whitmani 4 0 4
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Galinheiro AF-2 19-23 Nyssomyia delsionatali 10 0 10
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 83
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Mata AF-3 19-23 Evandromyia saulensis 0 1 1
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 19-20 Psychodopygus llanosmartinsi 0 1 1
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 19-20 Nyssomyia urbinatti cf. 3 12 15
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 19-20 Nyssomyia antunesi 1 3 4
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 20-21 Nyssomyia urbinatti cf. 6 51 57
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 20-21 Psychodopygus ayrozai 0 1 1
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 20-21 Psychodopygus chagasi 1 0 1
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 21-22 Nyssomyia urbinatti cf. 1 3 4
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 21-22 Nyssomyia antunesi 0 1 1
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 21-22 Evandromyia walkeri 1 0 1
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 21-22 Psychodopygus davisi 1 0 1
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 M. Mata AS 22-23 Nyssomyia urbinatti cf. 0 9 9
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Intradom. IHI 19-20 - - 0 0 0 Negativa
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Intradom. IHI 20-21 - - 0 0 0 Negativa
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Intradom. IHI 21-22 - - 0 0 0 Negativa
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Intradom. IHI 22-23 - - 0 0 0 Negativa
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Peridom. IHP 19-20 - - 0 0 0 Negativa
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Peridom. IHP 20-21 Nyssomyia antunesi 1 3 4
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Peridom. IHP 20-21 Nyssomyia antunesi 0 1 1
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11
o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Peridom. IHP 21-22 - - 0 0 0 Negativa
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Peridom. IHP 22-23 - - 0 0 0 Negativa
17/11/2013 Itaúba Recanto Barro Preto (EP4) 11o03'46.30" - 55
o16'44.40" 270 Domicílio IPE 21-22 Nyssomyia urbinatti cf. 1 4 5
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AF-1 19-23 Psychodopygus Série Chagasi 0 3 3
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AF-1 19-23 Psychodopygus llanosmartinsi 2 4 6
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AF-1 19-23 Nyssomyia antunesi 1 0 1
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AF-1 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 1 3 4
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Mata AF-2 19-23 Psychodopygus Série Chagasi 0 5 5
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Mata AF-2 19-23 Psychodopygus llanosmartinsi 4 11 15
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 84
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Mata AF-2 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 23 142 165
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Mata AF-2 19-23 Psychodopygus davisi 1 3 4
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Mata AF-2 19-23 Psychodopygus complexus 3 0 3
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Mata AF-2 19-23 sp (danificado) sp (danificado) 0 1 1
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Mata AF-2 19-23 Nyssomyia antunesi 1 1 2
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Mata AF-2 19-23 Psychodopygus chagasi 1 0 1
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Mata AF-2 19-23 Psychodopygus ayrozai 1 4 5
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Casa/força AF-3 19-23 Psychodopygus Série Chagasi 0 1 1
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Casa/força AF-3 19-23 Nyssomyia anduzei 2 2 4
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Casa/força AF-3 19-23 Nyssomyia urbinatti cf. 10 41 51
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Casa/força AF-3 19-23 sp (danificado) sp (danificado) 0 1 1
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Casa/força AF-3 19-23 Nyssomyia antunesi 4 4 8
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Casa/força AF-3 19-23 Evandromyia walkeri 1 1 2
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 19-20 Nyssomyia urbinatti cf. 23 173 196
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 19-20 Nyssomyia intermedia 1 0 1
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 19-20 Psychodopygus llanosmartinsi 2 1 3
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 20-21 Nyssomyia urbinatti cf. 5 45 50
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 20-21 Psychodopygus davisi 0 1 1
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 20-21 sp 5 sp 5 0 1 1
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 21-22 Nyssomyia urbinatti cf. 12 97 109
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 21-22 Psychodopygus davisi 0 2 2
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 22-23 Nyssomyia urbinatti cf. 12 40 52
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 M. Mata AS 22-23 Psychodopygus llanosmartinsi 1 1 2
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Extradom. IHE 19-20 Nyssomyia urbinatti cf. 4 28 32
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Extradom. IHE 20-21 Nyssomyia urbinatti cf. 8 112 120
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10
o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Extradom. IHE 21-22 Nyssomyia urbinatti cf. 3 121 124
18/11/2013 Nova C. Norte Canteiro de Obras (EP1) 10o58'24.20" - 55
o45'58.20" 254 Extradom. IHE 22-23 nyssomyia urbinatti cf. 2 52 54
Total
1757 6013 7770
MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DA LTA NA UHE COLÍDER – QUARTO RELATÓRIO PARCIAL 85