Quão frequentemente lembramos de agradecer pelo nosso corpo físico, – com a sua perfeita...

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Quão frequentemente lembramos de

agradecer pelo nosso corpo

físico,– com a sua perfeita

engrenagem composta

de ossos, tendões e músculos?

Quão frequentemente agradecemos pelas

nossas mãos, que nos permitem realizar

coisas belas?

Em meio ao ruído do mundo,

quão frequentemente acolhemos o silêncio

que conduz aos mistérios,

em lugares onde as palavras não podem

entrar?

Quão frequentemente agradecemos por todo o carinho e cuidado

que nos foram dispensados na mais

tenra idade?

Se hoje somos quem somos, isto

advém do cuidado que nossos

pais tiveram, do amor que a vida

manifestou para conosco,

desde o alvorecer do nosso existir.

Não fosse pelas mãos, pelos olhos e corações

amorosos daqueles que nos acolheram

na mais tenra infância,

onde estaríamos hoje?

Quão frequentemente agradecemos pelos

nossos irmãos,– estes mais próximos

e tão queridos companheiros de

jornada?

A vida certamente perde em graça,

encanto e riqueza quando não se tem irmãos com quem

compartilhar memórias e lembranças.

Dizemos pais, filhos, irmãos

– mas será que compreendemos o

profundo significado que tais

termos encerram?

Quão frequentemente agradecemos pelo

silêncio do campo, e pelo frescor de cada

nova manhã?

Quão frequentemente agradecemos por

todas as coisas belas que nos tocam,

enlevam e transformam?

As coisas mais simples podem ter um efeito

arrebatador, evocativo, imediato,

curador,profundo.

Caso falhemos em encontrar o eterno no

transitório, que ao menos

possamos eternizar o transitório

das horas e dos dias.

Em meio ao caleidoscópio

dos dias e das noites,quais dos bens que

ajuntamos realmente nos pertencem?

Como podemos preservar

e fazer prosperar o tesouro

da nossa interioridade?

Quais são os tesouros

da nossa interioridade?

Aproveitar esta existência terrena para

partilhar os bens e talentos,

materiais e espirituais, com os

quais fomos agraciados pelo destino.

Nutrir a bem-aventurança

de saber qual o nosso papel,

a nossa missão, a nossa contribuição na

sinfonia do existir.

Cultivar a poesia que conduz ao

desvelamento, ao descobrimento,

ao não ocultamento do Real.

Conferir à nossa vida, a cada novo dia,

uma dignidade que ela ainda não possui.

Procurar deixar este pequeno mundo um

lugar um pouco melhor do que antes da nossa

passagem.

“Não permita que nada o perturbe. Não permita que nada o

amedronte. Tudo passa, menos

Deus.”Santa Teresa de

Ávila(1515-1582)

Tema musical: Andre Rieu - Mozart - Piano Concerto nº21 - Andante

“Não permita que nada o perturbe. Não permita que nada o

amedronte. Tudo passa, menos

Deus.”Santa Teresa de

Ávila(1515-1582)

“Não permita que nada o perturbe. Não permita que nada o

amedronte. Tudo passa, menos

Deus.”Santa Teresa de

Ávila(1515-1582)