Post on 08-Oct-2020
PROPOSTA DE MELHORIA NO PROCESSO PRODUTIVO DE UMA PADARIA DE PEQUENO PORTE COM BASE EM UM PROCESSO DE AUTOMAÇÃO
José Augusto da Cruz Pinheiro Junior1
Livia da Silva Oliveira2
Denise Andrade do Nascimento3
RESUMO Este projeto visa desenvolver a automatização de uma padaria situada em uma região periférica da cidade de Manaus-AM, a fim de melhora a qualidade do produto. Uma intervenção de baixo custo no processo de produção do pão pode garantir a qualidade e a competitividade do produto. A automatização foi feita utilizando-se arduino do modelo UNO, por sua simplicidade e excelente adequação ao problema proposto. A linguagem de programação utilizada foi C++, por ser uma linguagem de rápida compreensão. Após a implementação do processo de automação mostrou-se eficaz, eliminando a taxa de desperdício na produção de pão.
Palavras-Chave: Automação, Desperdício, Qualidade. ABSTRACT This project aims to develop automation of a bakery located in a peripheral region of the city of Manaus-AM, in order to improve the quality of the product. A low cost intervention in the bread production process can guarantee the quality and competitiveness of the product. The automation was done using arduino of the UNO model, for its simplicity and excellent suitability to the proposed problem. The programming language used was C ++, because it is a language of rapid comprehension. After the implementation of the automation process proved to be effective, eliminating the waste rate in bread production. Keywords: Automation, Waste,
Key words: Automation, Waste, Quality.
____________________________________ 1 Discente de Engenharia Elétrica. Centro Universitário FAMETRO, Manaus - Amazonas.
2 MSc. em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Pará – UFPA, Professora do Centro
Universitário Fametro, Manaus – Amazonas. 3
Dra. em Física pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR, Professora da Faculdade Martha Falcão/Wyden, Manaus - Amazonas.
2
1. INTRODUÇÃO
Com o constante avanço da tecnologia em todos os setores, o setor da
panificação se mostra também receptivo as inovações. É preciso pensar dia após
dia, questionar conceitos e culturas, investigar novamente os motivos pelos quais as
coisas são feitas e como são feitas e traçar novas ideias, novas formas de trabalho e
novos produtos.
Segundo matéria da revista Veja (edição 1959, semana de 7 de junho de
2006), 76% dos brasileiros consomem pão no café da manhã e 98% da população
são consumidores de produtos panificados. Ou seja, as padarias são as
responsáveis diretas pela chegada e consumo de pães e outros produtos pelos
brasileiros. A Panificação está entre os seis maiores segmentos industriais do país e
busca novos desafios e tecnologias que permitam sua afirmação definitiva como
setor de relevância no cenário econômico. Constitui-se, em sua maioria, por micro e
pequenas empresas, apresentando faturamento anual estimado em R$ 44,98
bilhões, conforme levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria da
Panificação e Confeitaria (Abip) em 2008.
O setor de panificação continua passando por transformações, numa
dinâmica de concorrência crescente. Essa movimentação tem estimulado a
diversificação de produtos e serviços para atender à demanda em expansão, bem
como se firmar frente aos novos competidores, compostos em sua maioria por
empresas de maior porte que estão incorporando os panificados em sua diversidade
de produtos. No entanto, algumas características se conservam. Estruturalmente,
96,3% se configuram como empresas de micro e pequeno porte (Abip, 2008).
O consumo de pães tem aumentado entre os brasileiros. Com a inclusão de
produtos elaborados com outras matérias-primas (mandioca e milho, por exemplo),
esse número sobe para 33,61 kg de pães/ano. Esse comportamento mostra que se
preparar para atender a essa demanda crescente por panificados é uma
necessidade das panificadoras. A proximidade dos clientes é uma das principais
características das empresas de panificação, fazendo com que fatores como
qualidade, promoções e preços também atuem como responsáveis pela decisão de
3
compra pelos consumidores. Daí a extrema necessidade de estarem bem
qualificadas para mediar essa relação com o cliente. Aproveitar tal tendência é, pois,
mostrar-se consciente de estratégias de vendas, ao passo que se preparar para bem
absorvê-los é fundamental.
Percebe-se em algumas empresas o investimento em produtos fabricados
nas próprias panificadoras e confeitarias. Esta iniciativa pode fazer com que as elas
possam diversificar mais o seu mix de produtos, investindo em novas linhas ou
mesmo ampliando uma receita-base com variações de ingredientes, acabamentos,
formatos, etc.
A busca por produtos com maior valor agregado pode trazer benefícios em
termos de faturamento e preço médio por quilo de produto. Nesse sentido o estudo
proposto pretende alcançar melhoria relevante no processo produtivo do pão francês
de uma padaria, atuando diretamente na redução de queima do pão durante sua
produção através da implantação de um circuito de monitoramento – sistema
supervisório – de tempo e temperatura com sensor sonoro no forno. Segundo
Castrucci e Moraes (2013), sistemas supervisórios são sistemas digitais de
monitoração e operação da planta que gerencia variáveis de processo através de
uma simples automação seja residencial ou industrial.
A instrumentação industrial na engenharia pode ser associada ao estudo dos
instrumentos e seus princípios científicos, utilizados para monitorar o comportamento
de variáveis de controle que de alguma forma venham auxiliar ao homem no
processo industrial e nas diversas áreas do conhecimento humano aplicado, e não
somente nos processos produtivos industriais propriamente ditos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 AUTOMAÇÃO
Pela definição do dicionário a automação é o “sistema pelo qual os
mecanismos controlam seu próprio funcionamento, quase sem interferência do
homem” (AURÈLIO, 2002). Historicamente, o primeiro termo usado foi o de controle
4
automático de processo. Foram usados instrumentos com as funções de medir,
transmitir, comparar e atuar no processo, para se conseguir um produto desejado
com pequena ou nenhuma intervenção do homem. A partir deste novo nível de
instrumentos, com funções de monitoração, alarme e intertravamento, é que
apareceu o termo automação. As funções predominantes neste nível são as de
detecção, comparação, alarme e atuação lógica (RIBEIRO, 1999).
Quando o controle automático destina-se a fazer a monitoração do
processo, incluindo as tarefas de alarme e intertravamento o sistema de controle
aplicado é o Controlador Lógico Programável (CLP). Esta automação é aplicada a
processos discretos e de batelada, onde há muita operação lógica de ligar e desligar
e o controle seqüencial.
O controlador lógico programável é o coração da automação industrial.
Segundo Pazos (2002), trata-se de um equipamento eletrônico, digital,
microprocessador, que pode controlar um processo ou uma máquina e ser
programado ou reprogramado rapidamente. O programa é inserido no controlador
através de microcomputador, teclado numérico portátil ou programador dedicado.
Entendendo o que é automação de processos já é possível identificar
muitas vantagens em implementá-lo no seu negócio. Afinal, com a sua ajuda é
possível realizar processos de forma muito mais rápida, com qualidade padronizada
e simplicidade. Além dessas, há várias outras vantagens e, portanto, muitas razões
para investir em técnicas que dispensem a execução manual de tarefas. Entre elas,
o aumento da produtividade e a redução de custos, a qual acontece de uma série de
maneiras. É possível ter menos despesas com o quadro de funcionários, por
exemplo, pois automatizando processos é possível contar com uma equipe mais
enxuta. Também se reduz os gastos ao eliminar a margem de erro e o retrabalho.
Outra vantagem é que, além da qualidade do que é realizado atingir
patamares maiores, já que o processo se torna mais eficiente, é possível manter o
mesmo padrão. Hoje em dia, padronização de produtos e serviços é fundamental
para o sucesso no mercado. Isto é, consumidores querem ter acesso a serviços e
produtos que possuam sempre a mesma qualidade e podem simplesmente trocar
5
você pela concorrência se isso não for mantido. Porém, mesmo as tarefas de dentro
da empresa devem seguir o mesmo padrão. Com isso, os resultados ficam dentro de
esperado, sem surpresas desagradáveis.
Mais um dos benefícios da automação de processos é também um dos
principais motivos para investir em métodos de automatizar a rotina da sua empresa.
Isto é, a automação através da tecnologia é uma diferencial competitivo. Na
realidade, esse diferencial de mercado é uma consequência das demais vantagens
da automação de processos. Maior qualidade e produtividade, bem como redução
de custos, permite que a sua empresa ofereça produtos de qualidade com preço
competitivo. Além disso, ao automatizar processos, inclusive, no setor industrial, é
possível garantir para a sua equipe índices maiores de segurança no trabalho.
Assim, a sua empresa ganha ainda uma melhor reputação perante a concorrência.
2.2 COMPONENTES ELETRÔNICOS
Para a automatização de um sistema de monitoramento de temperatura
respondendo através de sinal sonoro é necessário a utilização de alguns
componentes eletrônicos, conforme descrição a seguir:
Arduíno - É descrito pelos seus construtores como uma plataforma de
prototipação de fonte aberta, baseada em hardware e software fácil de utilizar. É
planejada para artistas, designers, hobbystas e qualquer um interessado em criar
ambientes ou objetos iterativos (ARDUINO, 2011).
Relé - é um interruptor eletromecânico, cuja movimentação física deste
interruptor ocorre quando a corrente elétrica percorre as espiras da bobina do relé,
criando assim um campo eletromagnético que por sua vez atrai a alavanca
responsável pela mudança do estado dos contatos.
Jumper - Os jumpers são conectores que interligam e energizam ou
desligam os componentes eletrônicos em projetos específicos, são ideais para o
manuseio com arduino e protoboard. Suas conexões são chamadas macho/fêmea.
6
Buzzer - é um dispositivo de sinalização sonora, que normalmente é
utilizado em sistema de alarme ou fins industriais em alguns circuitos, times ou
confirmação da entrada do usuário com um clique do mouse ou pressionamento de
teclas.
Sensores de temperatura - Os sensores de temperatura funcionam com o
principio de transformação de energia cinética em algum sinal, podendo ser
analógico ou digital.
Protoboard - conhecida como matriz de contatos é utilizada para
fazer montagens provisórias, testes de projetos, auxiliam uma boa
conexão dos jumpers, além de inúmeras outras aplicações.
2.3 PANIFICAÇÃO – PRODUÇÃO PRÓPRIA
Percebe-se em algumas empresas o investimento em produtos fabricados
nas próprias panificadoras e confeitarias. Esta iniciativa pode fazer com que as elas
possam diversificar mais o seu mix de produtos, investindo em novas linhas ou
mesmo ampliando uma receita-base com variações de ingredientes, acabamentos,
formatos, etc. A busca por produtos com maior valor agregado pode trazer
benefícios em termos de faturamento e preço médio por quilo de produto.
O Pão do Dia apresenta grande peso na formação do lucro de uma empresa
de panificação, representando (em média) entre 20% e 30% da margem de
contribuição total ou do lucro bruto da padaria. Está sempre em primeiro lugar nas
vendas, mesmo entre as padarias que oferecem um mix diversificado no ponto de
venda.
A qualidade de um pão, conforme a norma ABNT NBR 16170, publicada pela
ABNT em 2013, deve atender 13 itens básicos, dentre características externas:
tamanho, crosta (composta por cor, pestana, crocância e aspecto), aparência;
características internas: crosta (aspecto), miolo e características sensoriais (aroma,
sabor, textura). Com a norma indicando o estado final desejado do produto, a
7
análise saiu da percepção subjetiva, para critérios objetivos do que é um pão de
qualidade.
O mercado de panificação precisa entender a importância de se trabalhar a
qualidade de desenvolver o produto e que isso oferece um retorno real para as
panificadoras. É preciso assumir que existe um problema real. Nós estamos num
mundo que evolui todo dia e o cliente está cada vez mais exigente. Precisamos
perceber esse contexto e oferecer produtos que atendam a esta necessidade. No
mercado brasileiro, temos hoje a relação de uma indústria de panificação para cada
3.550 habitantes, ou seja, é importante essa proximidade entre panificadoras e seus
clientes, até pela exigência de consumo rápido do produto.
Nos EUA, por exemplo, onde o hábito de consumir pão francês não é tão
difundido, há uma indústria para cada 130 mil habitantes. Por aqui, se houvesse
uma centralização da produção, teríamos cerca de 150 grandes empresas
abastecendo o mercado, o que diminuiria substancialmente a oferta de empregos no
setor. Se a questão da proximidade dos clientes é uma das principais características
das empresas de panificação, fatores como qualidade, promoções e preços também
estão entre os responsáveis pela decisão de compra pelos consumidores. Daí a
extrema necessidade de estarem bem qualificadas para mediar essa relação com o
cliente. Aproveitar tal tendência é, pois, mostrar-se consciente de estratégias de
vendas, ao passo que se preparar para bem absorvê-los é fundamental.
Até porque, são também tendências do setor fatores como modernização das
indústrias, adoção de processos mais eficientes de fabricação, novas tecnologias,
automatização e maior controle sobre a logística de produção, inclusão de produtos
com maior valor agregado, informatização e investimento cada vez maior em
treinamentos. O empreendedor deve desenvolver uma visão estratégica do negócio.
Assim ao decidir por investir em uma padaria é preciso elaborar estudos sobre os
consumidores, produtos e tendências do setor. Isto vai permitir o entendimento dos
processos e o direcionamento dos investimentos e revisão das estratégias sempre
que necessário.
8
3. METODOLOGIA
Esse estudo é de natureza científica aplicada, pois trata-se de uma ação para
resolver um problema. Tem caráter quantitativo no que tange a busca pela
quantificação dos resultados alcançados (RAMOS 2005).
As melhorias propostas nesse estudo foram implementadas em uma padaria
de pequeno porte, compreendendo uma área de 150 m2, com dois funcionários,
localizada em um bairro periférico da cidade de Manaus-AM. A coleta dos dados foi
realizada no mês de janeiro de 2019, através de observação do processo produtivo
no período de uma semana, das 06 h às 18 h. O processo produtivo da padaria
acontece em 7 minutos para assar e retirar do forno, quando retirado do forno o pão
é avaliado em relação a suas características externas.
O processo de produção do pão é finalizado com a etapa de assar, isso
acontece em um forno com capacidade para 200 pães, a uma temperatura de 150
C. O sensor de monitoramento instalado no forno foi programado para desligar o
forno em 7 minutos contados a partir da temperatura de 150 C ter sido atingida,
tempo suficiente para assar o pão mantendo suas principais características. O
processo foi acompanhado por sete dias antes da instalação do sensor e, por mais
sete dias após a instalação do sensor, compreendendo o período de 02 a 15 de
janeiro de 2019.
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Após a implementação da melhoria no forno da padaria, foi possível obter um
produto de melhor qualidade, conforme é possível observar na figura 1a e 1b. O
processo realizado em sete minutos resulta em um pão de qualidade atendendo a
norma ABNT NBR 16170.
9
Figura 1: (a) Pão produzido antes da melhoria. (b) Pão produzido após a melhoria.
Fonte: Próprio autor, 2019.
Antes da automatização havia um prejuízo, em função da queima de pão, em
torno de R$ 10,50 por dia. Após a instalação da melhoria foi possível controlar a
temperatura do forno automaticamente através do sensor de temperatura, além do
controle do tempo, impedindo que o pão ficasse sob temperatura elevada por um
tempo excessivo. Segundo Hao et al. (2008), o processo de aquecimento de uma
peça no forno aumenta gradualmente com o tempo, então com a permanência do
pão no forno além do tempo necessário o produto perde as características de um
produto de qualidade.
Após a automatização do forno, as perdas foram eliminadas, o que ocasionou
em um aumento de R$ 315,00 reais ao mês, ou seja, 100 % do valor que era
perdido foi recuperado. A produção do mês de janeiro pode ser observada na figura
2.
É fácil perceber que após a automatização do forno a produção de pães não
sofre perdas, todo o pão produzido atende as normas de um produto de qualidade.
No período de controle a produção não foi aproveitada em sua totalidade em
nenhum dos processos. As perdas diárias do produto trazem para a padaria um
prejuízo significante, uma vez que estamos estando uma padaria de pequeno porte.
Na concepção de Souza (2016) apud Davenport (1994), é de suma
importância conhecer o processo produtivo de um produto. Uma verificação
detalhada no processo produtivo dessa padaria foi possível identificar que o
10
problema no insucesso do produto era o tempo de permanência no forno o que
justifica a importância de automatizar o processo. O projeto foi bem sucedido quanto
a sua proposta de lucro, comprovando a vantagem de se automatizar.
Figura 2. Produção da padaria em janeiro de 2019.
Fonte: Próprio autor, 2019.
Automatizar processos significa passar as tarefas realizadas de maneira
manual pelas pessoas para equipamentos, máquinas, instrumentos e outros. Com
isso, são eles que se tornam responsáveis pela execução das atividades. Portanto, a
automação de processos é uma técnica que já pode ser usada na sua empresa.
Afinal, em algum momento você deve utilizar o computador para tornar mais prática
a realização de atividades que antes eram mais complicadas sem o seu uso. Isso
11
quer dizer também que automatizar processos consiste tanto em métodos mais
simples, como mais complexos, sendo que o grau de intervenção humana depende
em cada situação.
Na figura 3 é possível verificar o esquema elétrico do circuito projetado. Esse
circuito permite que a partir do momento que o operador apertar o botão, o arduíno
só acionara quando o termopar estiver em uma temperatura de 150 oC., após
alcançar temperatura desejada, inicia a contagem no cronometro de 7 minutos. Ao
término da contagem, caso ninguém venha retirar o pão do forno, o buzzer acionará
um som de bipe, em 7 segundos após o feito sonoro, um sinal será enviado para o
relé que imediatamente desligará a contatora do forno desligando totalmente.
Nagashima (2013), realizou um estudo sobre automação de processos
através de CLP, implementando seu projeto em placas de circuitos de
eletrodomésticos buscando uma interface homem – máquina. Seus resultados foram
satisfatórios mostrando que o processo de automação vem se consolidando de
forma positiva nos processos produtivos. Dessa maneira é possível produzir mais,
sem perder em qualidade e sem sobrecarregar ninguém.
Figura 3: Circuito para automatização do forno da padaria.
Fonte: Próprio autor, 2019.
12
A reforma na padaria ampliou seu potencial produtivo, eliminando perdas no
processo produtivo a partir da implementação de um processo automatizado. Os
investimentos feitos se mostraram muito eficientes já que após as modificações
promoveram o seu crescimento e competitividade. No entanto, uma das maiores
questões em relação à automação se deve ao fato da preocupação do fim da mão
de obra. Muitos acreditam que em decorrência da modernização do processo
produtivo em virtude da automação, as indústrias tendem a deixar de contratar
pessoas para trabalhos manuais.
5. CONCLUSÃO
A indústria de alimentos é um mercado muito movimentado, pois, além de
possuir uma demanda constante, também é preciso considerar uma série de
variáveis, como o fato de a matéria-prima ser altamente perecível. Felizmente, a
automação de processos também oferece soluções para este setor comercial,
proporcionando vantagens como a otimização do controle de pedidos de insumos;
eficiência na gestão de estoque de matéria-prima; categorização dos alimentos por
peso, valor, condição de armazenamento e qualidade, ou seja, tornar processos
automáticos no dia a dia de uma empresa possui uma série de vantagens na
administração do negócio. Afinal, tudo é feito com muito mais rapidez, reduzindo a
margem para os erros e a qualidade é padronizada.
Verificou-se com a automatização do forno da padaria que é possível atingir
um processo ideal, comprovou-se a hipótese do resultado, que compõe um aumento
de produtividade, devido à qualidade e aparência do pão produzido. Além disso, a
padaria torna-se competitiva no mercado, produzindo mais é possível colocar preços mais
competitivos. O produto atende as normas de qualidade quanto suas características
externas, internas e sensórias.
Além disto, com a diminuição do desperdício e ganho de volume de produção,
aumentando a margem de lucro, o que implica em mais capital para investir em
máquinas mais sofisticadas e métodos inovadores. Introspectivo e racional, o
consumidor tem plena consciência do produto que deseja utilizar no seu dia-a-dia. É
exigente, requer produtos simples, porém com alta qualidade obtida através da
cuidadosa escolha das matérias-primas, com particular atenção a todos os detalhes
13
de confecção e da extrema delicadeza de toque para que seu conforto e bem-estar
estejam em primeiro plano. O controle inteligente de parâmetros com cronometro do
forno à exposição ao calor e frio, pode impactar positivamente na qualidade do
produto, encontrando-se os parâmetros ideais para produzir um produto de
qualidade para o consumidor.
O varejo tradicional representado pelas empresas de panificação e confeitaria
tende a crescer junto com os supermercados. O pão francês, principal item do
faturamento das padarias, é considerado uma comoditie e suas vendas como outros
produtos da cesta básica de nossa alimentação não sofrem com as alterações
econômicas. Ainda assim, continua passando por transformações, numa dinâmica
de concorrência crescente. Essa movimentação tem estimulado a diversificação de
produtos e serviços para atender à demanda em expansão, bem como se firmar
frente aos novos competidores, compostos em sua maioria por empresas de maior
porte que estão incorporando os panificados em seu mix de produtos.
O consumo de pães tem aumentado entre os brasileiros. Com a inclusão de
produtos elaborados com outras matérias-primas (mandioca e milho, por exemplo),
esse comportamento mostra que se preparar para atender a essa demanda
crescente por panificados é uma necessidade das panificadoras. Evidenciando mais
uma vez a necessidade por um processo produtivo eficaz, que garanta uma
produção de qualidade e sem desperdício.
6. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Marina Soares; et al.; Utilização da simulação em ARENA 7.0 no auxílio ao balanceamento da célula de montagem de uma fábrica de calçados. In: XXVI ENEGEP. 2006. Fortaleza – CE. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR460314_7752.pdf. Acesso em: 25 mar. 2019. AMÉRICO, I.; AZEVEDO, M. J. G.; SOUZA, A. de. Trabalho automação na metalurgia manual X automatização. 2011. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAekoAAJ/trabalho-automacao-na-metalurgia-manualx-automatizado>. Acesso em: 25 mar. 2019. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA. Disponível em http://www.abip.org.br. Acessoe em: 04 de janeiro de 2019.
14
BANKS, Jerry. Handbook of Simulation – Principies, methodology, advances, applications and pratice. New York: John Wiley & Sons, 1998. CARSON II, J. S. Introduction to modeling and simulation. In: Winter Simulation Conference, 2004. Disponível em: <http://ieeexplore.ieee.org/ stamp/stamp.jsp?arnumber=01371297>. Acesso em: 25 mar. 2019. CASTRUCCI, P.L. MORAES, C.C; Engenharia de Automação Industrial. 2ª Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. CENTENO, M. A.; CARRILLO, M. Challenges of introducing simulation as a decision making tool. In: Winter Simulation Conference, 2001. Disponível em: <http://portal.acm.org/citation.cfm?id=1517190>. Acesso em 25 março de 2019. HAO, X. et al. 3-D Numerical analysis on heating process of loads within vacuum heat treatment furnace. Aplied Thermal Engineering, [s.l.], v. 28, n. 14-15, p.1925-1931, out. 2008. Elsevier BV. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.applthermaleng>. Acesso em: 25 mar. 2019. Mundo da Elétrica. Disponível em: https://www.mundodaeletrica.com.br/como-funciona-um-rele-o-que-e-um-rele/. Acesso em: 04 de janeiro de 2019. NAGASHIMA, A. Repositório. disponível em Repositório:http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/3044/1/CT_COMET_2013_2_05.pd. Acesso em: 28 de novembro de 2018. Novo Dicionário Aurélio - Século XXI (2002). http://www.uol.com.br/aurelio/index.html. Revista. Acesso em 04 de janeiro de 2019. PAZOS, F. Automação de Sistemas & Robótica. Axcel Books do Brasil Editora. Rio de Janeiro – RJ. 2002. RAMOS, Paulo; RAMOS, Magda Maria; BUSNELLO, Saul José. Manual prático de metodologia da pesquisa: artigo, resenha, projeto, TCC, monografia, dissertação e tese. 2005. Ribeiro, Marco Antônio (1999). Automação Industrial, 3ºed. Tek Treinamento & Consultoria Ltda. Salvador – BA. Thomazine, Daniel & Alburquerque, Pedro urbano- sensores industriais – fundamentos e aplicações . 4 edição Revisada ed. Erica 2008.
15
APÊNDICE A – ALGORITMO UTILIZADO PARA A PROGRAMAÇÃO DA
PLATAFORMA ARDUÍNO.
#include <OneWire.h>
#include <DallasTemperature.h>
// Data wireispluggedintoport2ontheArduino
#define ONE_WIRE_BUS 2
// Setup a oneWireinstancetocommunicatewithanyOneWiredevices (notjustMaxim/Dallas
temperatureICs)
OneWireoneWire(ONE_WIRE_BUS);
// PassouroneWirereferenceto Dallas Temperature.
DallasTemperaturesensors(&oneWire);
int rele= 3;
intbuzzer=4;
int est=0;
int chave=
13;
void setup() {
// putyour setup codehere, torunonce:
pinMode(rele,OUTPUT);
pinMode(buzzer,OUTPUT);
pinMode(chave,INPUT);
Serial.begin(9600);
Serial.println("Dallas Temperature IC Control Library Demo");
// Start upthelibrary
sensors.begin();
} void loop() {
// putyourmaincodehere, torunrepeatedly:
16
est=digitalRead(chave);
// requesttoalldevicesonthe bus
Serial.print("Requestingtemperatures...");
sensors.requestTemperatures(); // Sendthecommandtogettemperatures
Serial.println("DONE");
// Afterwegotthetemperatures, wecanprintthemhere.
// We use thefunctionByIndex, and as anexamplegetthetemperaturefromthefirst sensor only.
floattempC = sensors.getTempCByIndex(0);
// Checkifreadingwassuccessful
Serial.print("Temperature for thedevice 1 (index 0) is: ");
Serial.println(tempC);
digitalWrite(rele,LOW);
if((tempC>=150 )&& (est == 1)){
digitalWrite(buzzer,HIGH);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,LOW);
delay(1000);
delay(70000);
digitalWrite(buzzer,HIGH);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,LOW);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,HIGH);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,LOW);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,HIGH);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,LOW);
17
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,HIGH);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,LOW);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,HIGH);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,LOW);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,HIGH);
delay(1000);
digitalWrite(buzzer,LOW);
delay(1000);
digitalWrite(rele,HIGH);
}
}