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MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2017
EMEB PADRE MANUEL DA NÓBREGA
Projeto Político Pedagógico
2017
MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2017
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“Nesta vida, pode-se aprender três coisas de uma criança:
estar sempre alegre,
nunca ficar inativo
e chorar com força por tudo o que se quer.” Paulo Leminski
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2017
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Autores
EQUIPE GESTORA
ORIENTADORA PEDAGÓGICA
EQUIPE DOCENTE
EQUIPE DE APOIO
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES (APM)
CONSELHO DE ESCOLA
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OS DEZ DIREITOS NATURAIS DAS CRIANÇAS
1. Direito ao ócio: Toda criança tem o direito de viver momentos de tempo não programado pelos adultos.
2. Direito a sujar-se: Toda criança tem o direito de brincar com a terra, a areia, a água, a lama, as pedras.
3. Direito aos sentidos: Toda criança tem o direito de sentir os gostos e os perfumes oferecidos pela natureza.
4. Direito ao diálogo: Toda criança tem o direito de falar sem ser interrompida, de ser levada a sério nas suas ideias, de ter explicações para suas dúvidas e de escutar uma fala mansa, sem gritos.
5. Direito ao uso das mãos: Toda criança tem o direito de pregar pregos, de cortar e raspar madeira, de lixar, colar, modelar o barro, amarrar barbantes e cordas, de acender o fogo.
6. Direito a um bom início: Toda criança tem o direito de comer alimentos sãos desde o nascimento, de beber água limpa e respirar ar puro.
7. Direito à rua: Toda criança tem o direito de brincar na rua e na praça e de andar livremente pelos caminhos, sem medo de ser atropelada por motoristas que pensam que as vias lhes pertencem.
8. Direito à natureza selvagem: Toda criança tem o direito de construir uma cabana nos bosques, de ter um arbusto onde se esconder e árvores nas quais subir.
9. Direito ao silêncio: Toda criança tem o direito de escutar o rumor do vento, o canto dos pássaros, o murmúrio das águas.
10. Direito à poesia: Toda criança tem o direito de ver o sol nascer e se pôr e de ver as estrelas e a lua.
Texto extraído de um folheto distribuído num congresso sobre educação na Itália, do qual Rubens Alves participou e o autor conta essa história
no seu texto “… o melhor de tudo são as crianças…”.
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SUMÁRIO
I-IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR .............................................................07
1. Quadro de organização das modalidades................................................................10
2. Quadro de identificação dos funcionários - equipe escolar .....................................11
3. Conselho de Escola..................................................................................................12
4. Associação de Pais e Mestres - APM......................................................................13
5. Comunidade Escolar................. .............................................................................14
II. AVALIAÇÕES REALIZADAS NO ANO DE 2016. ...................................................16
1. Avaliação da Comunidade Escolar...........................................................................16
2. Avaliação da Equipe Escolar....................................................................................18
3. Avaliação da Equipe Docente..................................................................................22
III. PLANOS DE AÇÃO................................................................................................27
1. Plano de Ação para a Equipe Escolar.................................................................... 27
2. Plano de Ação dos Órgãos Colegiados....................................................................32
2.1 Plano de Ação da APM....................................................................................32
2.2 Plano de Ação do Conselho de Escola............................................................33
IV CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS............................................................................34
1. Concepção de Educação.........................................................................................34
2. Concepção de Criança.............................................................................................36
3. Concepção de Professor.........................................................................................37
4. Concepção do Brincar na Educação Infantil............................................................39
V. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.........................................42
1.Princípios..................................................................................................................42
2. Objetivos..................................................................................................................42
2.1 Objetivo da educação Básica e da Educação Infantil......................................42
3. Organização do Tempo, Espaço, Experiências e Relações....................................43
3.1 Repensando O Percurso Do Trabalho Pedagógico Nos Últimos Anos...........45
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3.2 Calendário Escolar...........................................................................................49
3.3 Adaptação........................................................................................................49
3.4 Entrada.............................................................................................................51
3.5 Atividades diversificadas..................................................................................51
3.6 Sala de referência............................................................................................52
3.7 Ateliê de artes..................................................................................................53
3.8 Hora das refeições...........................................................................................56
3.9 Escovação........................................................................................................57
3.10 Parque............................................................................................... .............58
3.11 Biblioteca Escolar Interativa ( BEI).................................................................60
3.12 Brinquedoteca................................................................................................65
3.13 Quadra e salão...............................................................................................66
3.14 Cozinha Educacional....................................................................................68
3.15 Sala do Lego-Dacta.......................................................................................69
3.16 Horta..............................................................................................................70
3.17 Teatro Areninha.............................................................................. ...............71
3.18 Dia do brinquedo / Dia do diferente...............................................................73
3.19 Estudo do meio.............................................................................................74
3.20 Atendimento Educacional Especializado.......................................................75
4. Organização de eventos..........................................................................................78
VI. CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL..............................................................83
1. Nosso caminho rumo à construção de um currículo baseado em campos de
experiência................................................................................................................ ...83
2. Campos de Experiência...........................................................................................87
2.1 Comunicação e Letramento.............................................................................88
2.2 Conhecimento espacial e matemático.............................................................89
2.3 Arte e suas linguagens.....................................................................................90
2.4 Identidade e relações ......................................................................................94
2.5 Corpo e suas possibilidades............................................................................94
2.6 Sociedade e Natureza.....................................................................................95
3. Experiências............................................................................................................96.
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VII. ACOMPANHAMENTO DAS APRENDIZAGENS E DE INSTRUMENTOS
METODOLÓGICOS...................................................................................................100
1.Avaliação das Aprendizagens das Crianças...........................................................100
2. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos ............................................101
3. Plano de Acompanhamento do trabalho Pedagógico - 2017................................105
VIII. REFERÊNCIAS...................................................................................................110
VIX ANEXOS......................................................................................... .....................114
1. Orientações quanto a medidas de proteção, situações de urgência e acidentes..114
2. Organizando o Planejamento de 2017...................................................................117
3. Projeto Coletivo - 2017 - Artes..............................................................................118
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I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
Nome: Escola Municipal de Educação Básica “Padre Manuel da Nóbrega”.
Endereço: Avenida Padre Anchieta, 834 - Bairro Jordanópolis – SBC.
CEP: 09891-420
Fone/ fax: 4178-0985 / 4363 – 2652 / 4363 - 3726
E-mails:
o EMEB - manuel.nobrega@.saobernardo.sp.gov.br
o Biblioteca Escolar - beiceciliameireles@yahoo.com.br
o BLOG – padremanueldanobrega.blogspot.com.br
CIE: 50829
Equipe gestora:
o Diretora*: Queila Fernanda Michelini
E mail: queila.michelini@saobernardo.sp.gov.br
o Assistente de direção: Sibele Gomes de Carvalho
E mail: sibele.carvalho@saobernardo.sp.gov.br
o Coordenadora Pedagógica (CP): Tania Cainé Canassa
E mail: cp.manueldanobrega@saobernardo.sp.gov.br
o Coordenador Pedagógico (CP - Polo): Leonardo de Almeida Correa
E mail: cp.manueldanobrega@saobernardo.sp.gov.br
Equipe de orientação Técnica:
o Orientador Pedagógico (OP): Edileusa Apda. Da Silva Mammana
o Fonoaudióloga (Fono): Carla Silvestre
o Psicóloga (Psico): Maria Luiza Martins
o Terapeuta Ocupacional (TO): Cláudia Silvestre
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o Assistente Social (AS): Marcia Maiole Carvalho
Modalidade de ensino: Educação Infantil
Períodos e horários de funcionamento da escola: 7h00 às 18h00 – neste
período sempre há alguém do trio gestor para atendimento à Comunidade e à equipe
escolar.
Horário de Aulas:
Manhã: das 8h às 12h
Tarde: das 13h às 17h
Horário de atendimento da secretaria: 8h às 17h.
Na EMEB Padre Manuel da Nóbrega, o Projeto Político Pedagógico – PPP - é
o registro do nosso cotidiano, da organização do trabalho da escola como um todo e
acreditamos que ele é um instrumento que visa a assegurar uma boa qualidade na
educação que oferecemos às nossas crianças. Desta forma, este PPP torna-se um
instrumento que promove a ação – reflexão, construído a partir da avaliação
sistemática do trabalho realizada ao longo de 2016 e anos anteriores.
Temos nos baseado nos documentos orientadores do Ministério da Educação
e Cultura (MEC) como: “Indicadores de Qualidade da Educação Infantil” (MEC, SEB,
2009), “Critérios para um atendimento em Creches que Respeite os Direitos
Fundamentais das Crianças (MEC, 2009) , “Diretrizes Curriculares Nacionais para a
educação Infantil” (MEC, SEB, 2010) e “Brinquedos e Brincadeiras nas Creches”
(MEC, SEB, 2012) e, atualmente, acompanhamos a produção escrita da Base
Nacional Curricular, além de estudos, textos e pesquisas atuais da Pedagogia da
Infância.
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Segundo Gadotti (1994)1, construir um Projeto significa propor rupturas com o
presente e fazer promessas para o futuro onde todos os atores estejam
comprometidos. Pretendemos que este PPP promova estas rupturas, aponte ações
possíveis e que sirva de instrumento de validação do nosso trabalho perante a
comunidade que passa a ter acesso a este documento tomando ciência da
intencionalidade de nossa ação pedagógica, valorizando e contribuindo assim, como
parceiros na formação das crianças. Assim, é condição para a elaboração e
implementação de um Projeto Político Pedagógico a participação de todos os
segmentos, através da gestão democrática, a autonomia da escola e dos professores
e o respaldo teórico para que se viabilize uma análise crítica e reflexiva do cotidiano
escolar.
Desde 2012 esta escola passou a ser organizada como “Polo” no
atendimento a crianças com surdez, desta forma, várias estão sendo as ações para
viabilizar uma proposta pedagógica bilíngue (LIBRAS e Língua Portuguesa).
Desenvolver uma prática pedagógica inclusiva sempre esteve presente como
princípio de trabalho desta escola e, na constituição da Escola – Polo, buscamos
qualificar ainda mais nosso trabalho. O desafio que esse trabalho nos apresenta é o
da constituição dessa cultura bilíngue e a estruturação de um trabalho efetivo de polo
de surdez com regras claras e intercâmbio de ações e de reflexões junto à Secretaria
de Educação que estejam afinadas e convirjam para uma educação inclusiva de
qualidade.
Desde 2015, a escola conta com o contra turno para alunos com surdez. As
crianças começam sua jornada na escola às 9 horas para a aprendizagem específica
de LIBRAS. Após o almoço e descanso, as crianças desta turma vão para as salas
regulares onde continuam sua formação só que com um grupo maior. Entendemos
que este foi um passo muito importante na qualificação da Escola-Polo e que vai
demandar de toda a equipe o envolvimento no projeto desta escola de Educação
Infantil, única com esta característica no município.
Assim, este documento traz em si as características que são peculiares à
nossa escola, norteando o trabalho da equipe, bem como de novos integrantes que
1 GADOTTI, Moacir. Pressupostos do Projeto Pedagógico. Em: MEC. Conferência Nacional de
Educação para Todos. Brasília, 28/08 a 02/09/94.
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dela venham a fazer parte futuramente. Este conjunto de ideias compartilhadas por
todos, unificadas por uma finalidade conhecida e construída coletivamente a partir das
concepções de cada membro da equipe escolar, servirá para constantes avaliações,
procurando cada vez mais a melhoria na qualidade da educação.* = Diretora Titular desta
unidade escolar: Ana Lucia Borges a qual está afastada respondendo por uma chefia na Secretaria de
Educação
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1. QUADRO DE ORGANIZAÇÃO DAS MODALIDADES
PERÍODO INFANTIL TURMA PROFESSOR (A) *TOTAL DE
ALUNOS POR TURMA
MANHÃ
II A Lilian da Rocha Penteado Débora Paixão Passos (AUX ED.)
23
III A Fabiana Inês Vieira 25
III B Elenice Aparecida S. Aguilar Ivonete Brito Rocha (estag. Pedag.)
23
IV A Cristiane Capriolli 25
IV B Valéria Pequim Moreira 25
IV C Michele Pasquotto Miolla Lourdes Possebon Madi (AUX ED)
25
V A Celia Regina Vieira Silva 32
V B Acácia Conceição Ribeiro Pinto 32
INTEGRAL Contraturno AEE
Tânia Avenia L. de Carvalho Amanda C.i de Oliveira (AEE - DA) Suzy Adriane C. Daniel (AEE – DA) Alessandra Silva Santos (AUX ED)
20
TARDE
III C Valéria Ferreira de Castilho Bruna Karoline Gonçalves (AEE- DA)
22
IV D Daniela Zakevicius Silva Pires Débora Fróis de S. Santos (AEE- DA) Alessandra Silva Santos (AUX ED)
22
IV E Jéssica Moreira Theodoro Melissa Assali Barbosa (AEE- DA) Débora Paixão Passos (AUX ED)
22
V C Graziela Talamoni de Araujo Ana Paula de Melo Ferreira (AEE- DA)
22
V D Tatiane das Neves de Jesus 22
V E Elaine C. Bonilha Zoadelli Fátima Mª Z.Baliseu (AEE- DA) Lourdes Possebon Madi (AUX ED)
22
V F Acácia Conceição Ribeiro Pinto 32
* total de Número de alunos a serem matriculados por turma em 2017.
Cláudia Valentina Felisberto é professora de AEE – DI nesta unidade escolar, mas é
titular da EMEB Jandira Mª Casonato.
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2. QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS – EQUIPE ESCOLAR
NOME MATRÍCULA CARGO/FUNÇÃO HORÁRIO DE TRABALHO
Queila Fernanda Micheline 23.839-3 Diretora Escolar Integral
Sibele Gomes de Carvalho 9.874-6 Assistente de Diretora Integral
Tânia Cainé Canassa 23.687-0 Coordenadora Pedagógica Integral
Leonardo de Almeida Correa 36.475-6 Coordenador Pedagógico Integral
Arlete Granadeiro Garcia 31.796-1 Oficial de escola - BEI Integral
Jaqueline Ferreira da Silva 41.252-3 Oficial de escola – Secr. Integral
Acácia Conceição Ribeiro Pinto 25.715.7 PEB I – Ed. Infantil Manhã
Acácia Conceição Ribeiro Pinto 28468.7 PEB I – Ed. Infantil Tarde
Amanda Cavalcante de Oliveira 38.880-2 PEB I - Ed. Infantil AEE – DA Manhã
Ana Paula Melo Ferreira 23.953-5 PEBE - AEE – DA Tarde
Bruna Karolina Gonçalves 36.714-4 PEB I - Ed. Infantil AEE – DA Tarde
Célia Regina Vieira Silva 25.705-0 PEB I – Ed. Infantil Manhã
Cristiane Capriolli 33.313-3 PEB I – Ed. Infantil Manhã
Daniela Zakevicius Silva 37.198-9 PEB I – Ed. Infantil Tarde
Debora Frois de Souza Santos 37.876-1 PEBE - AEE – DA Tarde
Elaine Cristina Bonilha Zoadelli 35.940-2 PEB I – Ed. Infantil Tarde
Elenice Apda Silva Aguilar 41.907-0 PEB I – Ed. Infantil Manhã
Fabiana Inês Vieira 41.926-6 PEB I – Ed. Infantil Manhã
Fátima Maria Zaparolli Baliseu 32.556-4 PEB I - Ed. Infantil AEE – DA Tarde
Graziela Talamoni De Araujo 33.298-3 PEB I – Ed. Infantil Tarde
Jessica Moreira Theodoro 42.744-5 PEB I – Ed. Infantil Tarde
Lilian da Rocha Penteado 33.562-2 PEB I – Ed. Infantil Tarde
Marcia Cristina D Morgado 18.474-0 PEB I – Ed. Infantil – Subst. Manhã
Melissa Assali Barbosa 62.267-7 PEB I – Ed. Infantil Tarde
Michele Pasquotto Miolla 27.088-4 PEB I – Ed. Infantil Manhã
Regina Maria Macario Fernandes 62.318-4 PEB I – Ed. Infantil subst.. Tarde
Suzy Adriane A Collado Daniel 37.749-8 PEB I - Ed. Infantil AEE – DA Manhã
Tânia Avenia L. de Carvalho 41.129-2 PEB I – Ed. Infantil Manhã
Tânia Avenia L. de Carvalho 62.370-4 PEB I – Ed. Infantil – Subst. Tarde
Tatiane Das Neves De Jesus 38.592-8 PEB I – Ed. Infantil Tarde
Valéria Ferreira Castilho 35.734-5 PEB I – Ed. Infantil Manhã
Valéria Pequim Moreira 33.080-0 PEB I – Ed. Infantil Manhã
Alessandra Silva Santos 40.611-8 Auxiliar Educação Integral
Débora Paixão Passos 37.269-2 Auxiliar Educação Integral
Lourdes Possebon Madi 32.353-8 Auxiliar Educação Integral
Gildacy de Oliveira Santos Convida Cozinheira Integral
Selma Santin Chehab Convida Auxiliar de Cozinha Integral
Adriana da C. Machado da Costa 60.027-1 Auxiliar limpeza Integral
Maria Aparecida da Costa 19.427-2 Auxiliar limpeza Integral
Edna Maria da Silva GUIMA Limpeza Terceirizada Integral
Elaine Ramos da Silva GUIMA Limpeza Terceirizada Integral
Elisabete da Costa Oliveira GUIMA Limpeza Terceirizada Integral
Marilvia Galdino da Silva GUIMA Limpeza Terceirizada Integral
Sandra Mª Ferreira Santiago GUIMA Limpeza Terceirizada Integral
Severina Oliveira do Carmo GUIMA Limpeza Terceirizada Integral
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3. QUADRO - COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA / 2017.
CARGO SEGMENTO/NOME ALUNO PROF.
S E G M E N T O P A I S
COORDENADOR Pai/aluno GLÉC MEIRE DE SOUZA LEAL
THEO FABIANA
SECRETÁRIO
Pai/aluno BRUNA DE ANDRADE SANTANA
MATEUS FABIANA
REPRESENTANTE DA APM
Pai/aluno SAMIRA PEREIRA DE FREITAS
ALLAN FABIANA
MEMBRO Pai/aluno SILVANIA SALES GONÇALVES
NICOLE ELENICE
MEMBRO Pai/aluno ELIANA SANTOS DE OLIVEIRA
MARIANA ELENICE
SUPLENTE Pai/aluno
JAMES NUNES FERREIRA MALCOM ELENICE
SUPLENTE Pai/aluno
MARCO ANTONIO CÂNDIDO ISAAC ACÁCIA
S E G M E N T O E S C O L A
EQUIPE ESCOLAR
Diretora QUIELA FERNANDA MICHELINE
X
X
EQUIPE GESTOR
GESTOR
SIBELE GOMES DE CARVALHO
X
X
EQUIPE ESCOLAR
Professora CÉLIA REGINA VIEIRA SILVA
X
X
EQUIPE ESCOLAR
Funcionário
ARLETE GRANADEIRO GARCIA
X
X
EQUIPE ESCOLAR
Funcionário JAQUELINE FERREIRA DA SILVA
X
X
SUPLENTE-EQ. ESCOLAR
Funcionário
MARIA APARECIDA DA COSTA
X
X
SUPLENTE-EQ. ESCOLAR
Professora AMANDA CAVALCANTE DE OLIVEIRA
X
X
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4. QUADRO - COMPOSIÇÃO DA APM (ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES)
DA ESCOLA / 2017.
CO
NS
EL
HO
DE
LIB
ER
AT
IVO
NOME CARGO CRIANÇA PROFº CATEGORIA
Queila Fernanda Micheline Presidente X X Diretor da escola
Priscila Pozzane Mathias 1º Secretário(a) HENRIQUE DANIELA
Pai ou mãe de aluno
Acácia Conceição P Ribeiro 2º Secretário(a) X X Professor
Rosangela A. Tester Santos Membro PALOMA VALÉRIA P
Pai ou mãe de aluno
Isabel Cristina Oliviera Lacerda Membro RAFAEL L. ELENICE
Pai ou mãe de aluno
DIR
ET
OR
IA E
XE
CU
TIV
A NOME CARGO CRIANÇA PROFº CATEGORIA
Daniela Zakevicius Silva Pires Diretor(a)
Executivo(a) ENZO VALERIA C.
Pai ou mãe de aluno
Carla R. Bueno do Nascimento Vice-Diretor(a) Executivo(a)
LEONARDO TATIANE Pai ou mãe de
aluno
Lilian da Rocha Penteado 1º Tesoureiro(a) ALEC LILIAN Pai ou mãe de
aluno
Aline Fernandes da S. Ferreira 2º Tesoureira(a) CAROLINA ISABELLA
LILIAN Pai ou mãe de
aluno
Thatiane de Melo Queiroz 1º Secretário(a) REBECA LILIAN Pai ou mãe de
aluno
Samira Pereira de Freitas 2º Secretário(a) ALLAN FABIANA Pai ou mãe de
aluno
CO
NS
EL
HO
FIS
CA
L
NOME CARGO CRIANÇA PROFº CATEGORIA
Cintia Santana Ferreira Presidente MALCOM ELENICE
Pai ou mãe de aluno
Luanda Rodrigues Barossi Membro BERNARDO ELENICE
Pai ou mãe de aluno
Valéria Pequim Moreira Membro X X Professor
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5. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE
Esta escola foi inaugurada em 1974 e muitas de nossas crianças são
filhas de ex-alunos. Os pais entram na escola e relatam com saudosismo o
tempo em que aqui frequentavam. Alguns inclusive foram alunos de professoras
que ainda estão na escola. Gerações de famílias iniciaram a formação escolar
aqui. Comentam sobre as alterações e reformas do prédio inclusive das
atividades que realizavam nas piscinas e no teatro. A piscina foi transformada
em tanque de areia.
Membros da comunidade relatam com orgulho que hoje bons
profissionais como médicos, dentistas, engenheiros começaram sua formação
nesta escola.
Os pais em geral são muito participativos e envolvidos com as
atividades culturais promovidas pela escola e muitos gostam e desejam fazer
parcerias com a equipe escolar nas mais diversas atividades. Neste ano
pretendemos fazer oficina de brinquedos com os pais e reuniões periódicas com
as famílias das crianças surdas para promover espaços de debate, envolvimento
no trabalho da escola, participação e troca de experiências.
As Reuniões de Pais e Mestres têm alta frequência em nossa escola e
a avaliação por parte dos pais que participam sempre foi muito positiva. Nas
outras propostas para integrar escola-família - Dia da Família, Teatro na Escola,
Semana da Educação - há grande envolvimento da comunidade quando o
evento proporciona apresentações das crianças. Para muitos pais há um desejo
de ver as crianças no trabalho com horta e culinária assim como também
demonstram preocupação com a alfabetização.
A equipe escolar sofreu significativa alteração com a terceirização do
serviço de limpeza. Muitos pais ficaram preocupados, pois a antiga equipe de
apoio era composta por funcionários públicos que estavam na escola há muitos
anos criando um vínculo com a comunidade. A limpeza da escola era sempre
elogiada pelos pais. Após vários percalços a equipe de limpeza tem estado
estável desde meados de 2015 e trouxe uma sensação de escola mais limpa.
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Já a equipe dos professores que se mantinha estável e bem conhecida
pela comunidade sofreu muitas alterações, desde 2015, principalmente no
período da tarde com a chegada de novos professores, muitos deles que vieram
para realizar o atendimento educacional especializado (AEE) e trabalhar com os
alunos surdos nas “classes POLO”.
Em relação à participação no Conselho de Escola e APM, esta vem se
ampliando a cada ano e se incorporando às atividades da escola. Assim,
continuamos investindo na divulgação do trabalho desses órgãos para
aumentar, cada vez mais, o interesse dos pais em participar e contribuir para
uma gestão democrática.
Esta escola a partir de 2012 passou a ser destinada como polo no
atendimento a crianças com surdez. Desta forma passamos a receber crianças
de outros bairros beneficiadas com o transporte escolar. Esse atendimento se
ampliou e trouxe pequenas mudanças na rotina da escola, como a implantação
do trabalho sistemático de aprendizagem de LIBRAS no período contrário ao
das classes regulares das crianças.
Também atendemos algumas crianças que moram em outros bairros,
mas são cuidadas por avós que moram no entorno da escola. Algumas delas
sofrem com o trânsito no acesso ao bairro principalmente no período da manhã.
Em 2014 nossa escola manteve o investimento no estabelecimento de
vínculos com a comunidade. Muitos projetos desenvolvidos com as crianças
puderam contar com as contribuições de pais, avós, irmãos ou outros membros
da comunidade numa troca rica de conhecimentos, tanto no contato direto, vindo
à escola ensinar uma arte, uma receita culinária, plantar na horta, demonstrar
fenômenos meteorológicos, etc. Ao término de 2016 voltamos a avaliar a
atividades e projetos e etc. que realizamos e o resultado foi positivo, pois os pais
querem mais atividades e eventos como o que realizamos e querem participar
mais.
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II. AVALIAÇÕES REALIZADAS NO ANO DE 2016
1. AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Tabulação da Avaliação da Comunidade: ANUAL / 2016
TOTAL DE AVALIAÇÕES RESPONDIDAS = 265
1. ATENDIMENTO E ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
a ) Atendimento dado pela secretaria da escola (documentação, informação, etc) foi: (167) ÓTIMO (98) BOM ( ) REGULAR
b ) Atendimento individual, junto ao Trio de gestão: Direção / Assistente / Coordenação , da escola para esclarecimentos, encaminhamentos, foi: (140) ÓTIMO (95) BOM ( ) REGULAR (30) NÃO FOI PRECISO
c) A comunicação Escola-família (caderno de recados, calendário mensal, etc.) foi: (197 ) ÓTIMA ( 65) BOA (03) REGULAR
d) A limpeza e a organização da escola foi: (170) ÓTIMA (89) BOA (06) REGULAR
e ) O trabalho realizado pela APM/CE quanto utilização da verba municipal, manutenção da escola e prestação de contas foi: (92) ÓTIMO (157) BOM (16) REGULAR
2. ASPECTOS PEDAGÓGICOS:
a ) Neste ano, você observa que seu(a) filho(a) avançou em suas aprendizagens de maneira: (192) ÓTIMA ( 69 ) BOA ( 04 ) REGULAR
b) As atividades complementares (passeios, eventos para a comunidade, eventos para os alunos, semana da criança) foram: ( 160) ÓTIMA (96) BOA (09) REGULAR
3. REUNIÃO COM PAIS/ PROFESSORA
a ) Os assuntos ou temas tratados nas reuniões foram: (195) ÓTIMO (70 ) BOM ( ) REGULAR
b ) As informações sobre o desenvolvimento e as aprendizagens de seu(a) filho(a) foram: (212) ÓTIMO ( 51 ) BOM (02) REGULAR
c ) A organização – horários, pontualidade, pauta, etc. – foi considerada: (184) ÓTIMA ( 80 ) BOA ( 01) REGULAR
4. PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA
a ) Você cumpriu as normas contidas no Regulamento Interno (horário de entrada e saída, presença às reuniões,
participação em eventos, etc.):
( 205 ) SEMPRE ( 58 ) ÀS VEZES ( 02 ) QUASE NUNCA
b ) Você sentiu-se a vontade para opinar, tirar dúvidas, participar da vida escolar de seu(a) filho(a): (104) SEMPRE (17) ÀS VEZES ( 09 ) QUASE NUNCA
5. COMENTÁRIOS E SUGESTÕES SOBRE ALGUMA DAS PERGUNTAS ACIMA: Muitos dos comentários colocados neste item se repetiram no item 6 , portanto concentraremos lá todos os comentários dos pais mesmo que apenas um tenha colocado tal comentário
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6. AVALIANDO O ANO DE 2016 NA ESCOLA, ENTENDO QUE
. . .. . . Foi Positivo o Seguinte: . . . Precisa Melhorar o Seguinte:
O cuidado / carinho/ atenção para com as crianças (muitos pais responderam);
Ótimos eventos com a comunidade (muitos pais);
O progresso/ avanço/ aprendizado / desenvolvimento das crianças; (a grande maioria);
Agradecimentos ao carinho/atenção/ trabalho (a grande maioria);
Bons projetos / boas atividades (muitos pais);
Bom atendimento às necessidades individuais das crianças;
Satisfação / gratidão pelo trabalho/desenvolvimento/ carinho;
As crianças amam vir para a escola;
Ótimas reuniões de pais com as apresentações dos trabalhos;
Ótimo que ouvintes tenham contato com LIBRAS;
Elogios ao sistema de comunicação escola – família (muitos);
Ótimo o vídeo sobre retrospectiva da escola;
Os sábados letivos foram muito elogiados.
Ter mais momentos / eventos com a família na escola (muitos)
Falar em particular algo sobre a criança e não na saída (um comentário);
Trabalhar com as datas comemorativas – muitos pais querem a volta do dia das mães, dos pais, e festa junina;
Ter mais momentos de “feedback” sobre a criança durante o ano / acesso às atividades das crianças ( alguns comentários);
Ter mais passeios (muitos comentários);
Atualizar o blog da escola e criar o “Facebook” da escola;
A escola deveria alfabetizar as crianças (dois comentários);
Mais coordenação motora e menos terra (um comentário);
Comunicar melhor quando a criança se machuca (um comentário);
Não ir ao parque quando está muito frio ou choveu e a areia está úmida (vários comentários);
Abrir o portão mais cedo em dia de chuva (não especificou se na estrada ou na saída);
Reforma geral da escola: frente, pintura, quadra, vidros limpeza da calçada, etc. (muitos comentários);
Melhorar a alimentação (dois comentários);
Cobrir a quadra e o coxinho da área externa;
Melhorar a limpeza dos banheiros;
Substitutos devem ficar mais atentos às crianças em sala (um comentário);
Deveriam ir para o fundamental lendo e escrevendo;
Trabalhar oralidade com crianças implantadas (um comentário).
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2. AVALIAÇÃO DA EQUIPE ESCOLAR
AVALIAÇÃO DA EQUIPE ESCOLAR – PPP/2016 (páginas: 18 a 24 e página 28 – Plano de formação) OBJETIVO: Socializar Igualdade / Proximidade entre as opiniões / Encaminhamentos pensados em cada período / Buscar consenso no coletivo (partes socializadas)
GESTÃO DEMOCRÁTICA...........página 18 do PPP
ASSUNTO Opinião - MANHÃ Opinião - TARDE CONSENSO
BEI – Compartilhar os projetos e ações com professores.
-Retomar o compromisso para 2017
-Idem
BLOG – Alguém para
organizar e cuidar.
-Retomar o compromisso para 2017
-Idem
Procedimentos de Rotina – Já são conhecidos pelos mais antigos, mas nem todos os novos conhecem.
-Entregar um PPP do ano anterior para quem chegar (novos)
-Deixou apontado o mesmo item
APM – Participação é essencial dos professores, mas é prejudicada pela falta de substituta.
- HTPc Socializar A PAUTA e Ata – Viabilizar a participação dos professores: Dividir as crianças caso necessário/Convidar professora de outro período para carga suplementar/
Reunião com os pais do Polo:
-Importante acrescentar no calendário, pois foi uma conquista que aproximou os pais da escola e possibilitou estabelecer relação entre eles.
ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO.....página 19 do PPP ASSUNTO Opinião - MANHA TARDE CONSENSO
Reuniões com Pais (pág. 20)
-Continuar falando de projetos/combinados/aprendizagens /fotos e vídeos.
-Conscientizar os pais que não acompanham a vida escolar do seu(a) filho(a)
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PRÁTICA PEDAGÓGICA....página 20 do PPP ASSUNTO MANHA Opinião -
TARDE CONSENSO
Troca de experiências -Mais tempo para discussão com o grupo, para que ouçam e possam compreender e aprender com o outro; - Encontros mensais com todas as turmas para trocas de conhecimentos de experiências que já estão sendo realizadas: (atividade – música-teatro-canto-etc.) – Planejar e organizar datas.
- Encontros mensais com todas as turmas para trocas de conhecimentos de experiências que já estão sendo realizadas: (atividade – música-teatro-canto-etc.) – Planejar e organizar datas
HTPC – Leitura inicial - Textos mais curtos para terminar em prazo menor Menos tempo de leitura.
Rever Sugestão: Textos curtos, vídeos, brincadeiras, dicas culturais, etc. Proposta de plano trimestral para HTPC – reavaliar a necessidade de aprofundamento ou mudança para um novo tema.
- Circular entre várias linguagens música, arte, texto literário, filme, etc.
2 – PLANO DE FORMAÇÃO.....página 22 do PPP ASSUNTO Opinião - MANHA Opinião - TARDE CONSENSO
HTPC - Ocorreu uma: Divergência (manhã/tarde)
Estudo sobre o Desenho, Artes.
Estudo sobre o desenho – O grupo não viu necessidade.
- Saída cultural dentro do horário de trabalho; - Discutir datas e eventos (dia das crianças); - Trocas de experiências e Planejamento entre os grupos e pares.
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3. FORMA QUE ORGANIZAMOS/PROPORCIONAMOS
.....página 23 do PPP
ESPAÇOS ASSUNTO Opinião - MANHA TARDE CONSENSO
ATELIÊ - - Providenciar um caderno ou prancheta para anotação dos materiais que faltam - Positivo o agrupamento dos materiais lápis de cor e giz de cera classificados por cores – Mais potes das cores /Rever os apontadores; - Falta de materiais para limpeza: panos, papel, sabão.
- Apontamento sobre a falta de materiais
Falta de materiais.
Sala de Referência
- Avanço na reorganização e nas elaborações dos cantinhos; - Disponibilização de cestas organizadoras de material, tornando o ambiente mais funcional; - Entrega de alguns brinquedos novos para as salas.
- Em algumas há falta de brinquedos.
Comprar mais cestas para organizar os materiais nas salas.
Brinquedoteca
- Permanece com os brinquedos mal organizados; - Falta de descarte de brinquedos quebrados; - Brincadeira simbólica – houve duas, Insuficiente para suprir adequadamente a nossa necessidade; - Falta de pessoal, avaliamos que não foi bem sucedida a proposta da montagem das brincadeiras simbólicas.
- Nem todos os brinquedos são de fácil acesso às crianças; - Algumas prateleiras estão fora do campo visual; - Aquisição de materiais para as brincadeiras simbólicas.
COZINHA EDUCACIONAL
- Houve melhoras em relação à limpeza do local, porém ainda faltam conservação e manutenção do ambiente e descarte de alimentos estragados; - Ter um adulto responsável para manutenção e conservação do mesmo; - Plaquinhas em cada espaço de quem é o responsável pela limpeza, com atualização das mesmas.
-Separação dos utensílios dos adultos e das crianças.
- REVER Problema a se resolver em 2017!!!!!!!!!
BANHEIROS
- Significativo a confecção das caixinhas de pertences de banho.
- Necessidade de disponibilização dos materiais de higiene.
Falta de itens de higiene de modo geral – não são repostos em tempo hábil.
CIRCUITO - Sugerimos que o circuito seja montado individualmente, de acordo com a necessidade e adequação de cada faixa etária, de acordo com proposta da educadora, não se tornando uma atividade obrigatória.
- Falta de material; - Não foi feito muitas vezes; -Tornar uma proposta flexível e que atenda as necessidades de cada turma; -Construção de materiais não estruturados para compor o circuito.
- Mantem uma vez por mês o coletivo - Mantem a organização de 2016 para montar;
- Cada professor monta conforme optar.
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ASSUNTO Opinião - MANHA TARDE CONSENSO
Quadra - Mudança de piso.
- Espaço amplo, mas o chão é rústico, dificultando melhor aproveitamento deste espaço (devido a segurança das crianças); - Falta limpeza constante dos azulejos.
Biblioteca
- Conservação e manutenção. - Espaço aconchegante, mas há falta de livros, principalmente os clássicos, livros e DVDs adaptados em LIBRAS.
PARQUE
-Conservação e manutenção. - Limpeza semanalmente.
HORTA - Projeto que deu certo este ano – retomando a utilização do espaço; - Que os canteiros sejam divididos em quantidades iguais para cada turma; - Ampliação do espaço em outros ambientes propícios da escola, ex.: em frente ao teatro, ao lado da sala dos professores.
- Não houve apontamentos.
- Retomar se haverá interesse de trabalho neste espaço.
TEATRO - Poucas propostas desenvolvidas neste espaço; - Promover mais momentos de integração e utilização com as turmas neste espaço.
- Não houve apontamentos.
- Solicitar chave antes.
TEMPO ASSUNTO MANHA TARDE CONSENSO
HTP - Continuar utilizando o período para subsidiar o trabalho (planejamento, preparo de atividades), etc.; - Houve flexibilidade e autonomia para a realização das propostas das professoras; - Ocorreu uma melhora em relação a qualidade do tempo/trabalho e quantidade do tempo para o contraturno.
- Mais tempo para socializar e planejar entre os pares; - Os professores estão mais flexíveis quanto a grade de horário, priorizando os encaminhamentos de cada turma.
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RELAÇÕES MANHA TARDE CONSENSO
- Continua pouco contato com a turma dos surdos; - O horário do HTP continua com pouca troca entre os professores do regular; - Para as professoras do Polo o momento de HTP coletivo foi fundamental para pensar as propostas e encaminhamentos necessários; - A presença da Heide – fonoaudióloga foi fundamental; - Prosseguir incentivando e investindo, para que as famílias respeitem e apreciem, valorizando nosso trabalho; - Ampliar o trabalho de integração e trocas entre as turmas com o contra turno.
- Falta de acolhimento aos novos funcionários; - Dificuldade para parceria com os professores.
- Avaliar a cada 3 meses; - Quinzenal HTP – Polo - Algumas questões trazer no HTPC; - Todas professoras participarem do HTP – Polo. Permaneceu difícil a relação com os adultos, falta de trocas, resistência a mudanças e a ouvir sugestões da coordenação, ocorre falta de parceria e entrosamento entre os professores.
EXPERIÊNCIAS MANHA TARDE CONSENSO
- Continuidade das experiências em relação ao desenvolvimento de atividades contribuindo para a expressão das crianças; - Pouca relação com LIBRAS; - Necessidade de ampliar experiências e relação com LIBRAS; - Ampliação da participação dos surdos em todos os momentos de propostas coletivas; - Melhora no envolvimento das crianças surdas em relação às propostas de trabalho.
- Proporcionamos maiores experiências relacionadas à Arte (dança, teatro); - Continuar proporcionando as experiências relacionadas à Arte; - Mais ofertas de brincadeiras simbólicas e sensoriais; - Buscar novas parcerias com as famílias.
- Pouca oferta de experiências simbólicas e sensoriais (em geral) com água.
3. AVALIAÇÃO DA EQUIPE DOCENTE
TABULAÇÃO E COMENTÁRIOS – 23 AVALIAÇÕES RESPONDIDAS
Este é mais um instrumento de avaliação do Projeto Político pedagógico de 2016 que subsidiará o PPP de 2017. Ao longo do ano já fomos avaliando e agora, diante de tudo o que já foi discutido, vamos concluir neste instrumento.
Com base nos itens abaixo, comente e indique, na sua opinião, os encaminhamentos para 2017:
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ITEM PÁG COMENTÁRIO INDICAÇÃO
Período de Adaptação
52/53
Que cada criança nova tenha esse período garantido durante o ano;
A criança surda começar a adaptação pelo Contra turno foi muito positivo.
Manter (23) Mudar ( )*
Entrada 53 Importante entrar sozinho;
Questão do hino – rever;
Entrada coletiva mensal com troca de atividade;
Cuidado com o acolhimento.
Manter (22) Mudar (01)
*
Hora das refeições
60 Mudança foi positiva, as crianças podem escolher seu recheio;
Tem evitado desperdício;
Uma pessoa colocou que às vezes a criança montar o seu lanche para aprender também é salutar.
Manter (23) Mudar ( )*
*
Dia do brinquedo
79/80
Questão que a coordenação quer discutir. Manter (22) Mudar (01)
*
Estudo do meio
80/85
Muito proveitosa e deveríamos proporcionar mais passeios aos alunos (vivenciar o que pesquisam).
Manter (23) Mudar ( )*
*
Festa de aniversário
80/85
Algumas professoras discutiram a confecção das coroas;
A coordenação quer aprofundar a discussão dessa questão.
Manter ( 23 )
Mudar ( )*
*
Sábados letivos
86 Das 4 pessoas que solicitam mudança, 03 se referem a não haver a compensação de emendas de feriados aos sábados e uma discute que deveria haver mais oficinas e menos apresentações programadas para esses dias.
Manter (19) Mudar (04)
*
Reunião de pais
87/88
Uma pessoa acha que os auxiliares devem participar da reunião;
Uma pessoa achou ruim a reunião do contra turno ser às 14h, pois atrasa a das 15h.
Manter (22) Mudar (01)
*
Atividade de integração 1º
semestre
89 Algumas pessoas colocaram a troca dessa data por manter a semana da criança;
Algumas pessoas gostaram muito da integração entre as crianças.
Propostas diferenciadas para este ano.
Manter (20) Mudar (03)*
*
Atividade de integração 2º
semestre
90 Algumas pessoas colocaram que foi muito interessante receber as crianças com atividades planejadas e que deveríamos ter tido mais tempo de planejamento.
Manter (22) Mudar (01)
*
Festa de
confraternização
91 Algumas pessoas colocaram que o amigo secreto não deu muito certo, mas a maioria gostou muito da proposta;
A proposta de fazer os gelinhos foi muito proveitosa desde a conversa, a escolha do sabor, a confecção, etc.
Talvez rever as atividades no salão, alguém colocou;
Manter (23) Mudar ( )*
*
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ITEM PÁG COMENTÁRIO INDICAÇÃO
Semana de educação POSTER
90 Algumas colocaram que a atividade é muito boa e que deveria – se manter;
Algumas colocaram que a troca do local de exposição foi positiva.
Manter (23) Mudar ( )*
*
REVENDO AS CONCEPÇÕES Ao longo dos últimos anos, nossa equipe vem estudando, se apropriando das novas diretrizes para a educação da infância e nesse caminhar temos buscado meios de aproximarmos nossas práticas às concepções trazidas nos documentos oficiais, nos textos teóricos que estudamos chegando a esta escrita no nosso PPP. Neste momento de avaliação, vamos novamente olhá-las para refletirmos sobre nossas práticas e indicarmos as necessidades de melhor entende-las, melhor traduzi-las em ações efetivas. Para isso, leia uma a uma e reflita sobre sua prática e a da escola como um todo fazendo as considerações necessárias para sempre melhorar sua proposta pedagógica frente ao coletivo da escola, ou seja, como estas concepções estão presentes ou não em suas práticas, o quanto estão próximas ou distantes da proposta da escola, necessidades de alteração no texto, etc.:
CONCEPÇÃO PÁGINA CONSIDERAÇÕES
Concepções pedagógicas Concepção de Educação
35,36 e 37
Todas as pessoa que responderam essa questão acreditam que o texto condiz com a prática da escola, e algumas colocam a questão da LIBRAS e da integração entre surdos e ouvintes ainda um desafio para vencermos.
Concepção de Criança
37 e 38 As pessoas acreditam que estamos caminhando para cada vez mais dar voz e protagonismo às crianças, sendo um exercício cotidiano e de empenho do professor, mas que é gratificante reconhecer nosso avanço! Há duvidas quanto à qual cultura elaborada é essa da qual devemos dispor para apresentar às nossas crianças. – trabalhar mais esse dado!
Concepção de professor
38,39 e 40
As pessoas que responderam acreditam que a nossa concepção de professor está correta, bem escrita e que o desafio é se colocar nessa posição de mediador entre a criança e o conhecimento, se despindo da autoridade da turma que detém o conhecimento e pesquisando junto com as crianças, dando-lhes voz e de fato ouvindo-as.
Concepção do brincar
40 a 43 O brincar de forma unanime é considerado nesta escola como a principal fonte de interação com o conhecimento. Os desafios estão na não escolarização do brincar, e nem no espontaneismo sem intenção. Repertoriar a crianças para o brincar. Explorar todas as possibilidades frente aos ambientes que temos.
AVALIANDO AS EXPERIÊNCIAS PROPOSTAS NESTE ANO ÀS NOSSAS CRIANÇAS Da página 44 à 50 trazemos um registro do desenvolvimento do trabalho pedagógico de nossa escola em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais e até onde nossos estudos puderam alcançar. Para esta avaliação indicamos a leitura destas páginas com destaque especial para as Experiências que promovemos às nossas crianças. Após a leitura, como você avalia:
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EXPERIÊNCIAS PÁGINAS 46 E 47
Me aproximei Explorando mais as diversas linguagens;
Olhar atento;
Protagonismo das crianças;
Explorar as experiências como fonte se conhecimento;
Campos de experiências como orientação para o planejamento;
Manter sempre um canal de afetividade com as crianças;
Ampliação das experiências.
Me distanciei Explorar mais a questão da cultura elaborada;
Trabalho com a diversidade ainda não está legal;
O professor se colocar como coadjuvante no ensino aprendizagem e não como o centro do processo;
Um trabalho mais aprofundado em artes e apreciação de artistas;
Trabalhar mais com outras linguagens como teatro, poesia e etc.;
Dificuldade de estabelecer o protagonismo das crianças;
Ainda estamos presos à grade de horário.
Para 2017... Trabalhar mais as múltiplas linguagens;
Aprofundar nos campos de experiências – refletir sobre;
Protagonismo das crianças;
Interagir mais com as demais turmas – planejar esses momentos;
Trabalhar com projetos interessantes;
Ampliar a escuta atenta às crianças;
Integrar mais o Polo com o Regular nos dois períodos;
Apresentar a cultura elaborada para as crianças;
Romper com a grade de horários como o que define o planejamento.
AVALIANDO O ACOMPANHAMENTO DAS APRENDIZAGENS E DE INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS
Da página 92 à 96 trazemos um registro de como se dá o acompanhamento das aprendizagens das crianças e os instrumentos metodológicos utilizados para esse fim. Para esta avaliação indicamos a leitura destas páginas com destaque especial para os instrumentos que indicamos abaixo. Após a leitura, como você avalia:
AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DAS CRIANÇAS E PLANEJAMENTO E REGISTRO
PÁGINAS 92 e 93 Itens 1 e 2 PÁGINAS 94 – 95 Item 2.1
Me aproximei Registrar diariamente sobre a turma, o trabalho;
Registro incorporado à prática docente;
Avaliação inicial pela leitura dos relatórios e observações diagnósticas.
Me distanciei Falta de organização do seu tempo para registrar;
Dificuldade nos registros individuais;
Ausência de interlocução – devolutiva que levassem à reflexão constantes;
Buscar outras formas de registrar para além da escrita.
Faltou avaliações processuais.
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Para 2017... Aprofundar na questão dos registros e apontamentos individuais – RELATÓRIO EM PROCESSO;
Estabelecimento de uma conversa pedagógica e reflexiva do trabalho através do registro x devolutiva x réplica (conversas didáticas);
Extrapolar a escrita como única forma de registro;
Investir nas avaliações processuais e nos portfólios;
Portfólios como avaliação das aprendizagens.
RELATÓRIO INDIVIDUAL DA CRIANÇA
PÁGINAS 96 e 97 Item 2.2
Me aproximei Relatórios como explicitador das aprendizagens de cada aluno;
Observações intencionais sobre cada criança;
Considerar a pessoa que vai ler ao elaborar o relatório.
Me distanciei Relatórios mais voltados para o trabalho desenvolvido pela classe do que para as especificidades de cada criança;
Deixar de usar outras maneiras de registrar o conhecimento, para além da escrita.
Para 2017... Apropriar-se do relatório em processo;
Utilizar diversas mídias como apoio de registro.
- Encaminhamentos formativos para 2017:
Consenso do grupo: Ouvir mais as crianças e saber o que fazer com as informações que elas
trazem /Compreender o quanto é importante tirar o papel centralizado no professor/ Compreensões sobre a questão da fragmentação, sendo importante perceber o quanto os saberes podem fazer relações /O quanto eles se conversam e, então se torna importante passar pelo conflito entre saberes fragmentados para passar a compreender o quanto eles se relacionam/ Importante compreender qual a diferença entre as áreas de conhecimentos e os campos de experiências e o que significa trabalhar por Campos de Experiências / As reflexões sobre esse tema envolvem pensar na questão de segurança do professor em relação a conseguir se arriscar e inovar / Com o processo dos estudos sobre o tema, importante perceber o que cabe e o que não, por exemplo: trabalhar com projetos por meio de etapas; repensar sobre o uso de mesas na sala; repensar a real utilidade em seguir uma grade e um plano semanal / Compreender que se torna necessário seguir as crianças, os seus interesses e não uma grade / Que todas as compreensões dependem de um processo interno / Perceber a importância de resgatar os registros diários para retomar informações sobre o processo do trabalho ao qual está sendo realizado e, também possibilitar perceber como as crianças estão avançando ou não nas aprendizagens, para então repensar a prática docente / Importante buscar pelo foco na criança e não no conteúdo / Por meio dos Campos de Experiências – aprofundar em artes / Ouvir mais as crianças e saber o que fazer com as informações que elas trazem / compreender o quanto é importante tirar o papel centralizado no professor / Compreensões sobre a questão da fragmentação, sendo importante perceber o quanto os saberes podem fazer relações; o quanto eles se conversam e, então se torna importante passar pelo conflito entre saberes fragmentado para passar a compreender o quanto eles se relacionam / Importante compreender qual a diferença entre as áreas de conhecimentos e os campos de experiências e o que significa trabalhar por Campos de Experiências. / As reflexões sobre esse tema (Campos de Experiências) envolvem pensar na questão de segurança do professor em relação a conseguir se arriscar e inovar / Com o processo dos estudos sobre o tema (Campos de Experiências), importante perceber o que cabe e o que não, por exemplo: trabalhar com projetos por meio de etapas; repensar sobre o uso de mesas na sala; repensar a real utilidade em seguir uma grade e um plano semanal; Compreender que se torna necessário seguir as crianças, os seus interesses e não uma grade; Que todas as compreensões dependem de um processo interno; Perceber a importância de resgatar os registros diários para retomar informações sobre o processo do trabalho ao qual está sendo realizado e, também possibilitar perceber como as crianças estão avançando ou não nas aprendizagens, para então repensar a prática docente / Importante buscar pelo foco na criança e não no conteúdo / Por meio dos Campos de Experiências – aprofundar em artes
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III . PLANOS DE AÇÃO
1. Plano De Ação Para A Equipe Escolar
Considerando a importância da participação de todos os envolvidos
(crianças, funcionários, famílias, comunidade) na construção e efetivação do projeto
político pedagógico de nossa escola, nosso plano de ação deste ano será voltado
para a promoção de espaços destinados à discussão e reflexão a respeito das
experiências que serão desenvolvidas com as crianças. Para isso teremos como
estratégia fomentar encontros com diferentes propósitos e público em Reuniões
Pedagógicas, Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC), Horário de
Trabalho Pedagógico (HTP) regular e de POLO, reuniões com órgãos colegiados,
reuniões de categorias, reunião com pais.
Nestes encontros as discussões serão baseadas em leituras e reflexões
sobre o currículo proposto neste projeto, buscando sempre estabelecer um diálogo
entre o ponto em que nos encontramos e o que nos propusemos como meta a ser
atingida, trazendo diferentes subsídios teóricos através de textos, vídeos e outros
recursos de acordo com o público e os objetivos de cada encontro.
As ações em parceria com outras escolas que tenham atendimento à criança
surda também serão viabilizadas e incentivadas. Nessa perspectiva destacamos a
continuidade no investimento da formação dos profissionais da escola POLO e sua
participação no curso básico de LIBRAS oferecido novamente pela prefeitura. Este
ano outros funcionários terão a oportunidade de realizá-lo na EMEB Neusa Basseto:
Jaqueline (Oficial de escola), Arlete (Oficial de escola-BEI), Adriana (Apoio), Márcia
(professora substituta-manhã).
1.1 Plano de formação 2017
A formação continuada de professores tem um papel vital na escola, pois é
neste espaço que as dificuldades aparecem, os conhecimentos práticos
pedagógicos se produzem e que o professor reflete sobre sua prática e juntos,
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professores e profissionais de trabalho, buscam soluções para superar suas
necessidades. Dessa forma, Terrazzan e Santos apontam que:
Uma proposta formativa que toma como ponto de partida as necessidades formativas dos profissionais em formação coloca-os como parte integrante desse processo desde o seu início, ou seja, não como meros objetos da formação, mas sim, como sujeitos privilegiados da situação. Terrazzan e Santos, 2007, p. 166-167.
Assim, concordamos com a ideia desses autores de que a análise das
necessidades formativas dos professores lhes possibilita expressar seus interesses,
expectativas, problemas e, portanto, propiciar que se conscientizem a respeito dos
aspectos mais críticos da situação profissional vivida. Além disso, auxilia-os na
compreensão da dimensão social na qual se envolve o processo formativo coletivo.
Logo, é indispensável analisar estas necessidades formativas para promover
mudanças na instituição escolar.
A reflexão sobre nosso plano de formação e a forma como se desenvolveu
ao longo dos últimos anos levou a equipe de professores e gestores à compreensão
de que é necessário nos HTPCs o estudo de referencial teórico que possa ajudar na
reflexão da prática. A equipe ainda aponta como positiva a socialização de práticas,
e o plano para 2017 continua investindo nesta questão para que teoria e prática
caminhem juntas, promovendo a ação-reflexão-ação e assim, qualificar ainda mais o
fazer pedagógico.
Em 2017 daremos continuidade a uma série de encaminhamentos dos
planos anteriores, sempre retomando e aprofundando em temas, por meio de estudo
teórico e reflexão sobre a prática, que nos possibilite compreender e adotar
concepções mais coerentes com as propostas da Pedagogia da Infância.
Entendemos que será preciso estruturar o nosso currículo baseado nos
estudos que foram realizados em 2016 e promover encontros de tematização de
práticas que validem e exemplifiquem o trabalho a que nos propusemos com os
Campos de Experiências, buscando assim uma aproximação entre a teoria e a
prática de nossa escola.
1.2 OBJETIVOS DESTE PLANO PARA 2017:
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● Construir junto com os professores o currículo baseado em Campos de
Experiências conforme encaminhado no ano de 2016.
● Compreender como se dá uma prática pedagógica em conformidade
com as características e necessidades das crianças, baseado nos princípios da
teoria histórico-cultural do desenvolvimento infantil;
● Construir estratégias de aperfeiçoamento da escrita e do
desenvolvimento dos projetos a partir das reflexões sobre o conceito e estrutura
desta modalidade organizativa dentro da perspectiva de interconectividade entre os
campos de experiência;
● Avançar no aperfeiçoamento da escrita dos planejamentos, das ações
de avaliação e sistematização do conhecimento;
● Analisar e construir elementos essenciais para o desenvolvimento de
projetos que levem em conta os interesses das crianças como protagonistas na
construção de seus conhecimentos;
● Brincar como forma de desenvolver a dimensão brincante de ser
professor na Educação Infantil;
● Compreender como a linguagem matemática pode ser desenvolvida
dentro dos princípios já construídos com a equipe de professoras e na mesma
perspectiva das outras linguagens dos campos de experiência.
● Aprofundar os estudos sobre o desenho infantil;
● Continuar a fazer uso do instrumento de registro diário das práticas
docentes e promover o trabalho intelectual da professora a partir do estudo e
reflexão de sua prática desenvolvida na escrita desse diário de bordo.
● Aprofundar a reflexão sobre o uso dos espaços e tempos a favor dos
Projetos e de ações conectadas, proporcionando momentos de reflexão do fazer
docente;
1.3 AÇÕES PROPOSTAS
● Levantamento das necessidades formativas das professoras,
considerando o seu ponto de vista, da Equipe Gestora e a avaliação de 2016;
● Levantamento das necessidades formativas das auxiliares em
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educação, considerando o seu ponto de vista, da Equipe Gestora e a avaliação de
2016;
● Socialização e discussão do Plano de Formação Continuada de 2017;
● Continuar as reflexões sobre os pressupostos teóricos da importância
do Registro do seu fazer pedagógico;
● Dicas culturais e Saídas culturais em HTPC e Reuniões Pedagógicas;
● Acompanhamento sistemático dos diários de bordo;
● Socialização das práticas ( HTPCs, HTPs, reunião de auxiliares e
Reuniões Pedagógicas);
● Leitura de textos (referencial teórico de base para o estudo), vídeos,
debates, leitura do PPP, Diretrizes Curriculares Nacionais Para a educação Infantil
sobre temas relacionados ao desenvolvimento do trabalho pedagógico.
● Avaliação periódica das propostas desenvolvidas e replanejamento das
ações.
1.4 AVALIAÇÃO DO PLANO DE FORMAÇÃO
Entendemos como um dos principais objetivos de uma avaliação “orientar o
processo de tomada de decisões, apontando a trajetória dos sujeitos, seus avanços,
dificuldades, e possibilidades no sentido de indicar novos caminhos a serem
percorridos.” (MEC – 1993:17). Para tal é necessário que se adote uma postura
mediadora que parta do princípio de que cada etapa é altamente significativa e
precedente das próximas conquistas. “Não há como se falar em ação avaliativa
enquanto acompanhamento e mediação, que não aconteça no cotidiano da ação
educativa e que não absorva a dinâmica da construção do conhecimento.” (Jussara
Hoffmann – 2000: 31)
Desta forma, a avaliação do nosso Plano de Formação Continuada será
realizada processualmente pensando na possibilidade de fazer ajustes e modificá-lo
seguindo as necessidades de formação da Equipe de Professores e Trio de Gestão.
No final de cada etapa, analisaremos e discutiremos possíveis mudanças e
adequações na organização desse plano.
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O desenvolvimento do Plano de Formação Continuada também será
acompanhado pelas observações às salas de aula pela Coordenação Pedagógica
fazendo leitura dos planejamentos dos professores e dos relatos (diário de bordo) e
através das discussões e problematizações nos HTPCs.
O princípio de colaboração permeará toda a ação formativa, não havendo
tema ou conteúdo que será decidido unilateralmente, sempre buscaremos as
decisões agregadoras e que contribuam para o bom andamento da prática docente
e o excelente atendimento das nossas crianças. Além das avaliações no processo,
no final do ano sistematizaremos uma avaliação com encaminhamentos para o ano
seguinte onde serão analisados os objetivos e as ações planejadas e sua implicação
nas práticas da escola.
A documentação do processo formativo de nossa escola, atas das reuniões,
fotos, vídeos, entre outros, serão de fundamental importância para fornecer dados
para a avaliação.
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2. Plano De Ação Dos Órgãos Colegiados
2.1 PLANO DE AÇÃO DA APM
Objetivos Ações propostas
Conhecer a proposta de
trabalho da Escola e
atuar dentro dos
princípios da gestão
democrática
Participar da formação e das atividades desenvolvidas
nas reuniões com o Conselho de Escola
Desenvolver uma boa
gestão dos recursos
financeiros para garantir
a viabilidade do Projeto
Político Pedagógico da
escola.
Elaborar e acompanhar o Plano de Aplicação de
Recursos financeiros;
Acompanhar e aprovar a prestação de contas,
observando a legislação vigente;
Atuar de forma democrática e transparente na gestão
das verbas e recursos da escola
Manter toda a
comunidade informada
sobre o trabalho da APM
através da transparência
nas ações.
Expor, nos vários murais da escola, a prestação de
contas (trimestralmente);
Informar sempre que necessário as ações através de
bilhetes e cartazes;
Informar através da agenda dos alunos as datas das
reuniões;
Dar esclarecimentos nas reuniões de pais.
Convidar os demais pais para participar das reuniões.
Utilizar o Blog para envolver os pais e comunica-los
das ações da APM e CE.
Contribuir com a equipe
gestora para manter o
prédio escolar bem
conservado e adequado.
Definir e executar as manutenções necessárias
Trabalhar para a melhoria do prédio atuando frente à
Prefeitura para representar a comunidade nas
solicitações.
Colaborar para a
integração escola-
comunidade.
Participar na elaboração das atividades oferecidas a
comunidade, junto com o Conselho de Escola, bem
como garantir os recursos necessários para as
atividades referentes aos Projetos, Eventos Coletivos,
Blog, estudo do meio, Projeto coletivo das mulheres
brasileira na Arte e outros específicos das turmas, que
necessitarão de material específico a ser adquirido.
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2.2 PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA
Objetivos Gerais e específicos
Ações propostas
Analisar e definir o calendário escolar
Analisar as propostas, sugerir e definir o calendário escolar dentro dos limites estabelecidos pela SE.
Acompanhar a construção do Projeto Político Pedagógico bem como o desenvolvimento das ações propostas neste documento garantindo sua efetivação. Colaborar com a Unidade escolar na busca de soluções para os problemas.
Conhecer e contribuir com a construção do documento PPP e a proposta pedagógica da escola através da participação nas atividades de formação dos conselheiros;
Discutir e propor ações para o Plano de ação do Conselho de Escola contido no PPP a partir do levantamento de expectativas de cada representante quanto à atuação no Conselho deste ano;
Analisar as propostas da escola para as atividades a serem realizadas aos sábados com as famílias e comunidade;
Analisar, propor e avaliar as atividades da Semana da Criança, festa de encerramento e outras atividades comemorativas da escola.
Discutir coletivamente conteúdos formativos que ofereçam conhecimento para qualificar as ações do Conselho de Escola nas tomadas de decisão e acompanhamento do trabalho escolar.
Observar a rotina da escola para detectar problemas e propor soluções.
Definir os conteúdos a serem discutidos nas reuniões mensais a partir das necessidades formativas levantadas pelo grupo.
Envolver a equipe da APM e do Conselho de Escola nas atividades e projetos com as crianças
Oficina de brinquedos
Teatro
Projeto coletivo: As mulheres brasileiras na Arte
Blog
Demais atividades coletivas e eventos da escola com participação da comunidade
Acompanhar o projeto político pedagógico da escola para qualificar a atuação do Conselho de escola e da APM.
Roda de conversa sobre a proposta pedagógica da escola. (Mensal)
Atender as convocações para avaliações e demais impasses que posam solicitar a intervenção do Conselho de Escola.
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IV . CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS
Concepção é uma maneira pessoal de enxergar, sentir ou compreender algo,
conhecimento, ideia, opinião sobre alguma coisa. No cotidiano escolar, todas as
ações são pautadas em concepções que temos de homem, criança e educação.
Assim, é importante refletir sobre elas sempre que temos escolhas a fazer. As
experiências que escolhemos promover para as crianças, a forma como elas
ocorrerão, o que esperamos das famílias, enfim, todas as nossas ações estão
fundamentadas nas concepções que assumimos e ter clareza destas opções é
fundamental para o desenvolvimento de um trabalho crítico e intencional como o
realizado na escola.
De acordo com Santo Neto (2004) 2 é fundamental termos consciência de que a
concepção de ser humano que se tem e que é construída ao longo da vida do sujeito,
é definidora de outras opções que são feitas nos mais diferentes campos do pensar e
do agir humano. Logo, da concepção de ser humano que o sujeito assumir dependerá
a sua opção política, a sua opção educativa, sua opção econômica, a sua opção
ética, sua opção religiosa e todas as demais, ou vice-versa: a opção política (e
educativa, e social, e econômica, etc.) traz embutida em si uma determinada maneira
de pensar, de ver o ser humano. Sendo assim, pretendemos demonstrar neste plano
as concepções assumidas por esta equipe para que seja possível compreender todas
as ações que realizamos.
1.Concepção de Educação
Toda criança tem direito à educação. Essa educação é sistematizada pela
escola de educação básica, objetivando seu desenvolvimento integral envolvendo
seus aspectos: físico, emocional, afetivo, cognitivo e social, pelo qual, cada um se
relaciona com o ambiente, com o outro e com a sociedade, cresce e se constitui
2
SANTOS NETO, Elydio dos. Filosofia e prática docente: fundamentos para construção da concepção pedagógica do professor e do projeto político-pedagógico da escola. Texto apresentado no Encontro Internacional de Filosofia, RJ, 2004.
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como pessoa de modo progressivo. Neste sentido, a educação excede o espaço da
escola e incide na totalidade da vida da criança. Assim, sem desconsiderar seu
fundamental valor, a escola deve ser um lugar privilegiado para o desenvolvimento
das capacidades individuais e coletivas das crianças e para sua análise crítica da
sociedade.
Esta concepção de educação acima exposta respeita os fundamentos
norteadores trazidos pelo Artigo 3º Inciso I da Lei de diretrizes Curriculares
Nacionais (1999):
A) Princípios Éticos da Autonomia, da responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao bem Comum; B) Princípios Políticos dos direitos e Deveres de Cidadania, do Exercício da Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática; C) Princípios estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade e da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais.
Baseada em estudos e pesquisas atuais da Pedagogia da Infância a escola
adota a concepção pedagógica resultante das teorias de Vygotsky e Wallon, entre
outros, por acreditar que as ações pautadas nesta concepção darão o suporte
necessário para o desenvolvimento pleno das crianças dentro dos princípios
descritos acima.
A sociedade está mais consciente da importância da Educação infantil
institucional. A partir de amplo debate nas diversas esferas da nação, traduziu-se em
leis o desejo desta sociedade em investir na formação das crianças pequenas
escolhendo a escola como o espaço adequado e de direito para esta formação.
A escola pensada como adequada para a criança pequena se constitui como
espaço privilegiado para a produção da cultura da infância, pois é na interação entre
as crianças e através das brincadeiras que essas culturas circulam. A escola, neste
sentido, através da diversidade constitui-se como um universo rico de possibilidade
de interações culturais, e, portanto, de promoção de desenvolvimento.
Uma escola para crianças pequenas deve ser organizada de modo a garantir
os direitos fundamentais das crianças, portanto o cuidar e o educar estão
indissociáveis e toda a equipe escolar deve estar envolvida nesta tarefa. Deve ser
acolhedora, bonita, agradável, com espaços e materiais à disposição de sua
curiosidade e atividade. Deve promover através da brincadeira momentos ricos de
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interação e troca onde a diversidade possibilite a circulação de culturas, a produção
de conhecimentos e a formação da identidade.
Considerando que as diferenças são fundamentais para promover um convívio
rico de experiências, a escola-polo reafirma os princípios da Educação Inclusiva e
busca possibilita a todas as crianças o acesso a outras formas de comunicação e
novas possibilidades de aprendizagens através da circulação da LIBRAS.
Entendemos como essencial para a qualidade da educação que oferecemos às
nossas crianças a parceria entre a equipe escolar e as famílias. Portanto, é
fundamental que as famílias estejam seguras em relação ao nosso trabalho e
acompanhem o desenvolvimento das nossas ações.
2. Concepção de Criança
Nossa proposta pedagógica é fundamentada numa concepção de criança na
qual ela é vista como sujeito cultural, capaz de conhecer e produzir cultura através
das trocas significativas com os que estão ao seu redor. Compreender a natureza
singular de cada criança, como um ser que sente e pensa o mundo do seu jeito, com
direitos a serem garantidos através do respeito a sua individualidade é um desafio
da educação infantil e de nossos profissionais. Dessa forma, tendo em vista que
essa criança é um ser social, que tem acúmulo de conhecimentos adquiridos ao
longo de sua vida, esta equipe organiza esses conhecimentos fornecendo elementos
da cultura “mais elaborada” para tornar rico o seu desenvolvimento através do papel
ativo e participativo da criança neste processo.
Através da proposta lúdica afirmamos a visão que temos de criança como
alguém que vem carregado de energia, curiosidade, sensibilidade onde a
imaginação, a fantasia e o encantamento são elementos constitutivos da sua
formação.
Temos discutido e reafirmado o papel da brincadeira como atividade essencial
das crianças e, assim, o papel da escola na garantia do direito da criança em viver
sua infância. Desta forma, todo o trabalho desenvolvido com essa criança visa
contribuir na formação de ser humano, autônomo, crítico, investigador, capaz de
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dialogar e ser conhecedor de princípios e valores do bem comum. Valores estes,
pautados no princípio da diversidade onde cada um é um ser único, e assim deve
ser acolhido e respeitado em suas diferenças.
3 Concepção de professor
Para poder estudar a criança, é preciso tornar-se
criança. Quero com isso dizer que não basta observar
a criança, de fora, como também não basta prestar-se
a seus brinquedos; é preciso penetrar, além do círculo
mágico que dela nos separa, em suas preocupações,
suas paixões, é preciso viver o brinquedo. E isso não é
dado a toda gente. Roger Bastilde,“Brasil”: terra de contrastes,4.
Ed., São Paulo, Difusão Europeia do livro,1974
Nos últimos anos a educação tem sido tratada como ciência e,
consequentemente, crescem os estudos sobre o desenvolvimento e a educação das
crianças pequenas. A escola passou a ser então o centro destes estudos. A partir
das novas descobertas o papel do professor nesta etapa da educação básica
passou a ocupar um lugar central uma vez que é o responsável pela formação da
inteligência e da personalidade dos seres humanos. Passa a ter um trabalho
fundamentalmente intelectual, ou seja, investiga e produz conhecimento. Nesta
perspectiva algumas características são necessárias para o novo desafio da
profissão docente: ter abertura para repensar as concepções e princípios que
norteiam seu trabalho, refletir sobre a prática dialogando com uma base teórica que
a sustente, observar e registrar suas descobertas para o autodesenvolvimento e
construção de uma nova pedagogia.
Perguntado as professoras sobre como veem o professor da educação infantil,
destacaram algumas características que julgam importantes em vários aspectos
como explicitaremos a seguir.
No campo das relações, acreditamos que ao trabalhar com crianças pequenas
a criação de vínculo com a turma é fundamental e para tanto são necessárias as
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seguintes características: saber ouvir estando atentas as falas e ações dos
educandos nos vários momentos da rotina; ser compreensivo, carinhoso, paciente,
flexível, sensível e bem humorado.
Em relação à construção de conhecimentos, destacamos a importância das
boas mediações, do respeito às especificidades de cada um para agir de forma
inclusiva e também o papel de estimular a expressão das crianças nas diferentes
linguagens, despertar a curiosidade e a experimentação.
Em nossa escola, todos reconhecemos o papel do professor como mediador
entre a criança e o conhecimento. Conhecimento este que é construído na relação
com a cultura mais elaborada, considerando seus desejos e necessidades. Para isso
a professora tem o papel de mediar às atividades que devem ter sentido e
significado para as crianças, bem como organizar e disponibilizar espaços, materiais
e tempo de forma a favorecer as situações de aprendizagem e conhecimento de
mundo.
Por se tratar de educação infantil, a ludicidade deve permear todo o trabalho e
para isso o professor precisa ter disposição para cantar, brincar, simbolizar, partilhar
e vivenciar as múltiplas experiências culturais com suas crianças.
Um professor aberto e disposto a interagir, brinca junto e intervém na
construção das relações que, como sabemos, é um grande desafio na escola da
infância uma vez que é neste espaço coletivo que aprenderão a lidar com a
diversidade e os desejos do outro.
Partimos do pressuposto de que para atender as crianças pequenas é
fundamental a parceria com a família e, portanto, estar aberto ao diálogo e passar
segurança e credibilidade é essencial para um bom relacionamento escola – família.
Um item muito bem lembrado por uma das professoras: para ser um bom
professor de criança pequena é preciso muita criatividade e disposição física para
acompanha-las!
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4. Concepção do Brincar na Educação Infantil
O brincar envolve múltiplas aprendizagens e não é algo inato ao ser humano,
aprende-se a brincar desde muito cedo e nas relações que os sujeitos estabelecem
com o outro e com a cultura. Brincar requer aprendizagens, mas também constitui
um espaço privilegiado de aprendizagem. Brincando a criança ultrapassa o seu
desenvolvimento já alcançado e é impulsionada a conquistar novas possibilidades
de compreensão e de ação sobre o mundo. O plano informal das brincadeiras
possibilita a construção e ampliação de competências e conhecimentos nos planos
da cognição e das interações sociais, o que certamente tem consequências na
aquisição de conhecimento no plano da aprendizagem formal. É brincando que se
aprende a brincar. É interagindo com os outros, observando-os e participando das
brincadeiras que a criança vai se apropriando tanto dos processos básicos
constitutivos do brincar como dos modos particulares de brincadeira, ou seja, das
rotinas, regras e universos simbólicos que caracterizam e especificam os grupos
sociais em que nos inserimos. É lugar de cultura, portanto. A escola, por sua, vez, é
hoje, fundamentalmente, o lugar para a cultura da infância.
Nossa equipe também já foi criança...
A brincadeira sempre esteve presente em nossas vidas, seja quando éramos
crianças, brincando nos quintais, nas ruas, na escola. Em nossas lembranças, vêm
as imagens do tempo de infância.
Os vizinhos se conheciam e convivíamos mais com outras crianças.
Brincávamos na rua, nas casas dos vizinhos e o brinquedo era menos importante.
Fazíamos representações do que víamos os adultos fazerem. As mães, por estarem
mais disponíveis, sempre nos ajudavam no brincar fornecendo “comidinha”. Na rua
todos brincavam juntos, independentemente da idade. Um ensinava o outro. Não
havia diferença de gênero.
Costumávamos brincar mais de jogos e brincadeiras coletivas como queimada,
amarelinha, alerta, boca de forno.
Os brinquedos eram mais contemplativos. Eles faziam tudo sozinhos e logo
não tínhamos paciência. Utilizávamos a imaginação com os objetos fugindo de suas
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funções, por exemplo, usávamos caixas de papelão como barco, fogão, casa, berço,
carrinho...
Simbolizávamos com objetos e eles complementavam a interação com outra
criança. Hoje os brinquedos são em sua maioria “interativos”. Pressupõe-se que a
interação então, seja criança-brinquedo, eliminando ou diminuindo a interação com
outras crianças.
Brincar na escola...
Há alguns anos, a brincadeira na escola se limitava ao horário de quadra e
parque. A partir de estudo, formações, começamos a refletir sobre a importância do
brincar e começaram a surgir novas experiências que possibilitaram a ampliação de
repertório de brincadeiras que passaram a acontecer em outros lugares da escola e
em outros momentos da rotina. Um exemplo foi a atividade diversificada que
acontece na sala de aula e a partir daí surgiram os “cantinhos” possibilitando o faz
de conta dentro da sala.
A escola foi ganhando novos espaços para possibilitar o brincar. A Biblioteca
ganhou fantoches, a sala de Educação Tecnológica, sala de brinquedo que se
tornou “Brinquedoteca” e que agora, em 2016, nossa equipe está reorganizando
este espaço para qualificar ainda mais as brincadeiras a partir do que estamos
estudando e ouvindo das crianças.
Há alguns anos havia uma casinha de alvenaria para possibilitar momentos de
brincadeira, mas foi trocada por sala de aula e depois, se tornou um ateliê de arte. A
brincadeira de “casinha” hoje é proporcionada no espaço fora do ateliê e no parque
com a compra de uma casinha grande.
Acreditamos que o brincar não pode ser apenas em um momento dentro da
rotina. Ele deve permear todos os momentos do dia. É no brincar que se promove a
interação e a socialização das crianças, levando-as a um avanço do que já sabem e
do que podem aprender. Segundo Vygotsky, na brincadeira de papeis ocorre a Zona
de Desenvolvimento Proximal.
Através da brincadeira a criança é inserida na cultura, é capaz de vivenciar
papéis, solucionar conflitos internos, além de instigar a imaginação e a capacidade
simbólica. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (
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MEC/SEB, 2010) a brincadeira é colocada como eixo norteador das práticas
pedagógica, como descreve:
Eixos do currículo: As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e as brincadeiras. ( MEC/SEB, 2010, p.25)
Na escola, é preciso pensar qual nosso papel na brincadeira. É nessa hora que
entra o papel do professor que deve atuar com intencionalidade pedagógica e ser
um mediador para que a aprendizagem seja significativa. Ouvindo as crianças,
observando como brincam, om professor pode contribuir para ampliar a brincadeira,
compondo cenários, ampliando as narrativas das brincadeiras. O professor também
ajuda promovendo o encontro das crianças para serem parceiras nas brincadeiras.
Nosso compromisso com o brincar. Avançar...
Podemos ampliar as possibilidades de avanços nas brincadeiras,
disponibilizando os materiais pensando no que as crianças poderão aprender com a
brincadeira. A escolha dos objetos e materiais é importante na hora de promover a
brincadeira entre as crianças.
Nós, professoras devemos pensar em como intervir, como organizar o espaço,
os objetos e horários, pois, não é suficiente disponibilizar os brinquedos e jogos sem
ambiente para estabelecer modalidades interativas para um melhor desenvolvimento
cognitivo. A aprendizagem vem através da experimentação que a brincadeira
propicia.
É fundamental pensarmos em como iremos mediar a brincadeira. É preciso
reconhecer o valor dos objetos, do ambiente, da organização e, principalmente, de
como vai acontecer a mediação.
Caminhamos no sentido de compreender a brincadeira como a atividade
principal das crianças, sendo um dos eixos norteadores das práticas pedagógicas da
escola conforme trata o documento “Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil”. Estamos coletivamente, revendo como podemos mediar a
brincadeira para avançar qualitativamente as experiências das crianças e a
construção de enredo. O que promovemos no parque, na brinquedoteca, no salão,
no anfiteatro, nas salas, entre outros espaços, estamos problematizando e refletindo
por meio das devolutivas no Diário de Bordo, nas conversas em HTPs e HTPCs.
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V. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.
1. PRINCÍPIOS
Segundo o artigo 6º da resolução nº 5,de 17 de dezembro de 2009, ao
propostas pedagógicas devem respeitar os seguintes princípios:
I – Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao
bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e
singularidades.
II – Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à
ordem democrática.
III – Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de
expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.
2. OBJETIVOS
A escola tem seu trabalho pedagógico pautado principalmente de forma a
atender aos objetivos da Educação no Brasil, estabelecidos na Lei 9.394 de
20/12/1996 – LDB -Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional, e pela lei
11.274 de 06/02/2006 que altera a LDB; e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil – Resolução n°5, de 17 de dezembro de 2009, que articulam - se
as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e reúnem princípios,
fundamentos e procedimentos definidos pelo Conselho Nacional de Educação, a fim
de orientar as políticas publicas quanto à elaboração, planejamento, execução e
avaliação de propostas pedagógicas e curriculares da Educação Infantil.
2.1 Objetivo da Educação Básica e Da Educação Infantil LDB: Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino
Capítulo II
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Seção I
Das Disposições Gerais
“Art. 22º. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,
assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Seção II
Da Educação Infantil
“Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a
cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino
Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade.”
- Resolução nº5,de 17 de dezembro de 2009
“Art. 8º. A Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança o acesso a
processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e
aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à
liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à
interação com outras crianças.”
3. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, ESPAÇO, EXPERIÊNCIAS E RELAÇÕES.
“O que estou te escrevendo não é para se ler – é para se ser. [...] Vim te escrever, quer dizer, ser.”(Lispector, 1998, p.33-34)
Uma vez definido nas “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil”, temos como proposta pedagógica garantir que as crianças tenham
experiências integradas nos diferentes campos de experiências, tendo como eixos
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norteadores as interações e as brincadeiras, assim como define a Resolução nº
5/2009:
Art. 9º As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da
Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira,
garantindo experiências que:
I - promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de
experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação
ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
II - favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo
domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica,
dramática e musical;
III - possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação
com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros
textuais orais e escritos;
IV - recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas,
medidas, formas e orientações espaço temporais;
V - ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e
coletivas;
VI - possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da
autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e
bem-estar;
VII - possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais,
que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e
reconhecimento da diversidade;
VIII - incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a
indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao
tempo e à natureza;
IX - promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas
manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança,
teatro, poesia e literatura;
X - promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da
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biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não
desperdício dos recursos naturais;
XI - propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e
tradições culturais brasileiras;
XII - possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas
fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.
Parágrafo único - As creches e pré-escolas, na elaboração da proposta curricular, de
acordo com suas características, identidade institucional, escolhas coletivas e
particularidades pedagógicas, estabelecerão modos de integração dessas
experiências.
3.1 Repensando O Percurso Do Trabalho Pedagógico Nos Últimos Anos...
Os anos se passaram e novos documentos foram estudados, surgindo os
movimentos de pesquisadores pensando nas pedagogias da infância e nas
mudanças necessárias tendo como foco a criança. Foi-se mudando o olhar para a
criança que começou a ser vista como ativa, produtora de cultura, protagonista,
sujeito histórico social, enfim, a criança como sujeito de direitos. A partir dos anos de
2011 e 2012, a participação de algumas professoras no curso de Pós Graduação da
USP proporcionado pela Secretaria de Educação, implicaram em reflexões sobre as
ideias discutidas no curso e o movimento da escola foi o de começar mudanças
significativas.
Com estas mudanças e o investimento na formação do professor, a equipe
passou a sentir a necessidade de organizar projetos interdisciplinares e não tendo
mais como ponto de partida as áreas de conhecimento segmentadas.
Atualmente estamos buscando trabalhar com as várias linguagens,
oferecendo as crianças experiências nas quais possam se expressar tendo acesso à
cultura mais elaborada, que tenha função social, com a participação das crianças e
com parceria entre as diferentes faixas etárias. Portanto, estamos construindo uma
nova história a cada ano e não cabe mais organizar o trabalho por áreas de
conhecimento e sim por campos de experiências. Tendo tudo isso em vista o
trabalho de formação desde o ano passado está voltado para a elaboração de um
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novo Currículo a partir dos estudos com foco em teóricos como: Julia Oliveira
Formosinho que trata da Pedagogia da participação, Maria Carmem Barbosa, entre
outros, além do estudo da Base Nacional Curricular em construção e de autores que
discutem esta temática.
Repensando a forma como organizamos os espaços e tempos no cotidiano,
estamos discutindo e modificando a cada ano, a grade de horário de uso dos
espaços. Em nossa escola, é comum que cada professor receba uma grade pré-
estabelecida contendo os horários para uso dos espaços, bem como de atividades
permanentes como lanche, parque e escovação, no início do ano letivo.
Compreendemos a importância de uma organização para que todas as
turmas compartilhem os espaços de maneira igualitária, toda via, há tempos nosso
grupo vem num movimento de rever e repensar esta grade, almejando a que esta
tenha flexibilidade para que os espaços sirvam aos interesses da experiência, e não
o contrário. Isto ocorreu porque nossas concepções de educação, num todo,
caminharam para a crença de que é preciso que haja respeito aos tempos em que a
criança está de fato em atividade, e para garantir que o uso do espaço seja para a
construção de conhecimento, que seja significativo, deixando de lado, o uso para
cumprimento de cronograma. Ou seja, o espaço a serviço do aprendizado.
A verdadeira experiência está na combinação “daquilo que as coisas nos
fazem” e “daquilo que nelas podemos fazer”. (PINAZZA, 2014, p.27)
O uso de cada espaço, as experiências que eles possibilitam e as
mediações do professor serão descritas neste PPP em item específico.
Pensando em nossa trajetória, não propomos uma reestruturação da grade,
mas sim sua ruptura, deixando apenas estabelecidos horários para lanche e, talvez,
parque, porém, para algumas professoras, ainda devemos manter alguns horários
garantidos, com a indicação de que, no dia-a-dia, considerando a participação das
crianças no planejamento, estes horários serão alterados.
Dessa forma, a organização do tempo e dos espaços nas unidades deve
privilegiar as relações entre as crianças com a mesma idade e também de faixas
etárias diferentes, suas escolhas e autonomia, a acessibilidade aos materiais, o
deslocamento pelas salas e outras dependências da instituição e fora dela. (SÃO
PAULO, 2013, p.12)
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A organização desses espaços distribuídos dentro da rotina semanal é
realizada pela professora e coordenadores pedagógicos buscando considerar as
características do desenvolvimento infantil em cada faixa etária e de acordo com os
objetivos da proposta.
O tempo não pode ser fragmentado. Deve ser fundamentado nos princípios
de uma pedagogia que coloca os bebês e as crianças no centro do Projeto Político
Pedagógico, contemplando necessidades, desejos e participação no planejamento.
(Orientação Normativa n°1- SINESP)
Para organizar o trabalho pedagógico no cotidiano o estruturamos de acordo
com as modalidades organizativas:
ATIVIDADES PERMANENTES: são aquelas que respondem às
necessidades básicas de cuidados, aprendizagem e de prazer para as crianças,
cujos conteúdos necessitam de uma constância regular que pode ser diária ou
semanal.
ATIVIDADES SEQUENCIADAS: são planejadas e orientadas com objetivo
de promover uma aprendizagem específica e definida. São sequências de atividades
com intenção de oferecer desafios com graus diferentes de complexidade para que
as crianças possam ir paulatinamente resolvendo problemas a partir de diferentes
proposições.
PROJETOS: são conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos
específicos e aprofundados, interdisciplinarmente, construídos a partir de um dos
eixos de trabalho que se organiza ao redor de um problema para resolver. Temos
como desafio envolver as crianças ao máximo como protagonistas destes projetos,
desde o planejamento até o final. Para isso a escuta atenta das professoras para
detectar interesses é fundamental. Os projetos podem envolver as famílias, a
comunidade do entorno, promover visitas ao entorno da escola e a locais para
pesquisa como museus, teatro, etc. Ao longo do desenvolvimento dos projetos, as
crianças terão a oportunidade de expressar as descobertas por meio de pequenas
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exposições, apresentações para outras turmas, convite às famílias, apresentação
em reuniões de pais. Registrando todo este percurso.
ATIVIDADES INDEPENDENTES: São aquelas que não foram planejadas a
princípio, mas que fazem sentido num dado momento.
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3.2 Calendário Escolar
3.3 Adaptação
A equipe escolar planejou o período de adaptação baseando – se na
experiência do ano anterior, o PPP desse mesmo ano e seguindo a orientação da
Secretaria de Educação. Tivemos como princípio preparar atividades e organizar a
escola a fim de acolher as crianças de forma a conquista-las, apoiá-las em suas
necessidades e construir uma relação de confiança com suas famílias.
A rotina foi planejada de modo a oferecer atividades atrativas e acolhedoras
para estabelecer a criação de vínculos afetivos com os novos colegas e com a
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professora. Para receber as crianças no primeiro dia as salas foram organizadas
com propostas diferentes como diversificadas com brinquedos ou desenho com
meios secos. Apenas as turmas de Infantil II e Infantil III, as crianças mais novas da
escola, foram divididas em dois grupos e tiveram a permanência de 2 horas cada
grupo nos dois primeiros dias. Acreditamos que, com um número menor de crianças,
elas se sentiriam mais seguras. A partir do quarto dia a turma toda ficou junta, ainda
por metade do período e desta forma foram se acostumando com o ambiente e com
as demais crianças de forma gradativa e mais tranquila. O período total de
adaptação foi de 7 dias letivos.
As turmas do Infantil IV e Infantil V tiveram horário reduzido também para
metade do período. O período de adaptação também ocorreu por um período de 7
dias letivos, o que foi bom pois acostumaram-se à nova turma e à nova professora.
As crianças com surdez iniciaram sua adaptação frequentando o AEE de
libras no contra turno e, frequentando a escola das 9h às 11h, durante os três
primeiros dias, nos próximos três dias eles permaneceram na escola das 9h às 15h
e, a partir de 15/02/17 ficaram no período integral na escola.
Durante o período de adaptação as famílias entraram e buscaram as crianças
na sala referencia e somente após a adaptação das crianças à escola; e depois de
garantida a segurança das crianças em frequentarem nosso ambiente escolar é que
passaram a entrar sozinhas.
A reunião de pais que ocorreu no dia cinco de fevereiro foi positiva, segundo o
grupo. Realizou-se uma recepção a todos os pais no anfiteatro da escola.
Durante o período que estavam sem crianças os professores dedicaram-se ao
atendimento e entrevista com os familiares para juntar o máximo de conhecimento
sobre as crianças e também ao planejamento do trabalho, já que neste ano não
houve esse período de planejamento antes do inicio das aulas.
Nossa escola oferece espaços agradáveis e materiais diversos. Pensamos a
rotina desse período de forma a oferecer aos poucos o conhecimento de cada
espaço e suas possibilidades, planejando cuidadosamente a ida a cada um deles ao
longo do mês de fevereiro, para que as crianças possam ir se apropriando de tudo o
que a escola lhes pode oferecer.
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3.4. Entrada
As crianças entram sozinhas e dirigem-se diretamente para suas classes onde
sua professora as aguarda com a sala organizada para a primeira atividade do dia.
Após o acolhimento a professora organiza a rotina com as crianças com apoio de
imagens para que possam desenvolver noções de tempo e espaço, antecipar seus
pensamentos e fazer escolhas, propondo atividades desde que pertinentes ao
planejamento. No horário de entrada das crianças o acolhimento é recepcionar bem
a criança e isto pode ser feito oferecendo música, dança, ou propondo os cantos da
sala como possibilidade.
3.5. Atividade Diversificada
Por ser uma atividade muito importante e que necessita da participação e
intervenção constante do professor este deve eleger o horário mais apropriado para
essa oferta.
O desenvolvimento da autonomia é um objetivo presente em muitos
momentos da rotina e é intensificado através da atividade diversificada.
Serão oferecidos materiais variados e cantos para que as crianças possam
fazer suas escolhas. Essa escolha trará, consequentemente, atitudes de
responsabilidade com o material escolhido, utilizando-o adequadamente e
guardando-o no momento e local determinados. Através da escolha individual será
proporcionada a formação de grupos variados, possibilitando maior socialização
entre as crianças a partir do momento em que ela escolherá o que fazer e com
quem.
É interessante variar a oferta de materiais e jogos, pois o professor poderá
perceber as preferências e atitudes do grupo, assim, como o processo de
construção de cada criança. Por meio das atividades diversificadas o professor
observará o interesse das crianças, como trabalham em equipe, o que falam, o que
querem saber, fornecendo assim, indícios daquilo que gostam, do que prende sua
atenção, para que a professora possa elaborar projetos. Este momento possibilita ao
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educador orientar, participar e fazer as mediações necessárias para garantir e
enriquecer as experiências das crianças.
3.6 Sala de referência
A sala de referência da turma, além de acolher, é um espaço de troca assim
como qualquer outro espaço da escola, ajudando a estabelecer relações de acordo
com sua organização. As muitas possibilidades de organização, os variados
materiais e a interação entre o professor e a criança e criança - crianças enriquecem
o processo de aprendizagem. As várias experimentações que as crianças poderão
fazer e a cultura e o conhecimento que produzem são sistematizados também nesse
espaço de convivência.
Esse espaço vem sendo reorganizado a cada ano e atualmente temos a sala
de infantil II que foi reorganizada e conta com cantinhos diferenciados como cozinha,
sala, almofadas para leitura, apenas uma mesa para atividades com grupos
menores, armário para materiais e brinquedos, e baús que servem também como
apoio para brincadeiras. Foi pintada com cores diferenciadas e está sempre em
mudança para se adaptar as necessidades das crianças menores e as suas
propostas de brincadeira. Já as outras salas contam com cantinhos de brincadeiras,
cantinho de leitura, mesas e cadeiras para todos, além do armário para materiais e
brinquedos.
O espaço das salas vem sendo reorganizado a cada ano, tornando o
ambiente mais acolhedor, com novos cantos de experiências como na sala do
infantil II que ganhou um palco para brincar de cantar, brinquedos novos como
canos para queda de materiais e experiências de tempo, utiliza-se muita sucata para
essas brincadeiras e brinquedos como caixas de papelão e tampas de diferentes
garrafas para fazer instalações e brinquedos temporários e ou fixos. Esse trabalho
conta com o professor para confeccionar ou trazer a proposta e também como
mediador.
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O momento na sala nos auxilia a ouvir mais a criança e que, por conseguinte,
nos ajuda a criar novos cantinhos e a ambientar essa sala, esse vem sendo um dos
focos de trabalho não só da sala, mas também da escola, mas cabe ao professor ter
esse olhar e estar em constante transformação.
A sala de LIBRAS também está organizada de forma a possibilitar o trabalho
em pequenos grupos, tapete aconchegante para rodas de conversa e
computadores, impressoras para uso com as crianças. Conta também com uma sala
ao lado para as crianças descansarem após o almoço, com colchões individuais.
Espaço Coletivo: SALA REFERENCIA Responsabilidade:
Alunos Responsabilidade:
Professores Responsabilidade: Equipe De Apoio
Responsabilidade: Equipe Gestora
Guardar brinquedos depois do uso bem como os materiais coletivos e individuais, sob orientação da professora;
Respeitar as normas, combinados e espaços;
Cumprir regras e combinados da turma;
Respeitar o trabalho das turmas do outro período.
Manter seus materiais organizados e cuidar da estética da sala em parceria com a outra professora;
Respeitar o espaço da colega;
Estabelecer combinados com quem divide a sala;
Avisar a equipe de apoio quando houver necessidade de limpeza (extraordinárias);
Estabelecer com os alunos os combinados de uso e respeito do espaço.
Manter a sala sempre limpa;
Atender prontamente às solicitações das professoras quando houver alguma emergência (xixi, vômito, água derramada, etc.);
Combinar com a professora a melhor hora para a faxina semanal.
Garantir e supervisionar se os combinados estão sendo cumpridos;
Promover a manutenção dos materiais e mobílias, troca de lâmpadas e compra de livros, brinquedos, etc. desde que avisada e se houver verba disponível.
3.7 Ateliê de artes
É um espaço no qual podem ser realizadas propostas para subsidiar os
trabalhos em desenvolvimento com as crianças em sequenciadas e projetos. Para
isso o mobiliário e a disponibilidade dos materiais e recursos servem de facilitadores
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neste processo, como: computador, Data Show, mobiliário, meios e suportes que
favorecem tanto o trabalho individual como em grupos. Portanto, tendo como
objetivo promover as diferentes linguagens e o acesso à cultura mais elaborada, o
ateliê pode ser utilizado como um rico ambiente para a exploração da linguagem
plástica.
Para que as crianças se sintam mais a vontade durante a realização de
suas produções com meios aquosos, poderão utilizar os aventais de uso coletivo
disponíveis no armário que são limpos a cada uso. A utilização do espaço deve
favorecer o desenvolvimento de procedimentos de organização, tais como: manter a
bancada arrumada, recolher adequadamente os pincéis, se possível, lavá-los e
deixá-los de molho em um recipiente com água e sabão para que posteriormente
sejam enxaguados e guardados pela funcionária responsável por tal tarefa. As
crianças também aprendem com a arrumação e organização do espaço, fazendo
parte também de sua aprendizagem. É importante tomar o cuidado de não deixar os
trabalhos das crianças no carrinho de secagem, por um tempo maior que o
necessário ou sem identificação, pois pode caracterizar a desvalorização da
produção e ainda dificultar a organização de acordo com as orientações de uso
coletivo do espaço. A organização do ateliê antes de sair do mesmo, pode ser
realizada junto com as crianças de acordo com a turma e os procedimentos que elas
forem aprendendo no decorrer do trabalho.
É importante promover momentos de apreciação tanto de obras de
artistas como de produções das crianças. Momento este que favorece a
comunicação do olhar do grupo e também de ouvir caso a criança se sinta a vontade
para falar sobre sua própria produção. A apreciação valoriza a produção e contribui
para o avanço das crianças. Outra atitude de valorização é a exposição das
produções das crianças pelos ambientes da escola. Nesse sentido, estamos
trabalhando a arte como cultura, com o objetivo de comunicar as ideias, a expressão
humana dos sentimentos, desenvolvendo ainda o senso estético e a sensibilidade.
Também temos como possibilidade de trabalho a oficina de percurso,
na qual cada criança tem a liberdade de escolher o que deseja produzir. Assim,
desenvolvendo uma atitude mais autônoma na produção individual ou em pequenos
grupos. Os meios e suportes deverão ser variados, estando expostos para que a
criança possa ter escolhas e pensar no que deseja produzir. É interessante que
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alguns dos materiais disponíveis e que exijam certo domínio de técnicas, já tenham
sido utilizados pelas crianças em outros momentos, para que a criança possa
escolher com mais segurança e não fique apenas na experimentação. Mas, isso não
impede de ter novidades também para que a criança possa se arriscar e fazer novas
descobertas. O papel do professor nesse momento é de incentivar as crianças a
explorar as diversas possibilidades que se apresentam naquele momento,
favorecendo o desenvolvimento e ampliação da criatividade. Acreditamos que este
percurso seja uma meta para este ano.
Buscando intervir no espaço e criar um ambiente ainda mais
desafiador, temos um mural no qual poderão ser expostas obras de diversos artistas
e linguagens plásticas para apreciação das crianças e adultos e consequentemente
ampliação do repertório cultural. Este painel está disponível para que as turmas
façam suas escolhas do que é do interesse socializar com os demais da escola.
Para que seja uma troca significativa, poderão deixar bilhetes descritivos do que se
trata e por que escolheram determinada produção para exposição. Mas também
pode ser alimentado por adultos que tenham algo a compartilhar como elemento
surpresa, ou seja, parcerias com professores e funcionários da escola são bem
vindas para a organização estética do painel, uma vez que toda a escola faz parte
do processo de ensino-aprendizagem. Este trabalho também poderá ser mantido
como meta para este ano.
Este ano vamos procurar aumentar o número de materiais não
estruturados e elementos da natureza também para ampliar as possibilidades de
criação das crianças. Faremos uma organização em potes transparentes por cor
para ajudar no planejamento das produções das crianças e qualificar suas escolhas
por atributos.
O uso da vitrine para expor produções em escultura, modelagem,
colagem tridimensional, entre outras, também é um valioso recurso para a
valorização dos trabalhos das crianças.
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Espaço Coletivo: ATELIÊ Responsabilidade
Alunos Responsabilidade:
Professores Responsabilidade: Equipe
De Apoio Responsabilida
de: Equipe Gestora
Manter o local organizado
Cuidado na preservação dos materiais e mobiliários, segundo a orientação que recebeu;
Respeitar os combinados do espaço.
Manter a ordem e o cuidado na disponibilização do material a ser usado pelas crianças.
Orientar as crianças no procedimento de uso dos materiais
Colocar as crianças em contato com grande variedade de obras de arte e incentivar a produção artística.
Incentivar a apreciação e o respeito às produções dos outros.
Informar com antecedência o material que irá precisar para Cida;
Observar o carrinho de secagem, retirando a produção de sua turma;
Estabelecer com os alunos os combinados de uso e respeito do espaço.
Cida: manter em ordem o material a ser utilizado (lápis, apontador, pinceis limpos) e sua reposição adequada, principalmente dos itens indispensáveis para a realização das atividades como folha sulfite e outros tipos variados de papéis, bem como fita adesiva;
Cida: Providenciar o material solicitado previamente pela professora para a atividade a ser desenvolvida;
Informar equipe gestora quando acaba determinado material ou se algum equipamento necessita de manutenção;
Diariamente abrir a porta, janelas e cortinas;
Realizar diariamente a limpeza do espaço e manter a faxina semanal.
Supervisionar o trabalho da equipe de apoio assim como as outras, ou seja, fiscalizar se todas as equipes estão cumprindo as suas responsabilidades.
Providenciar reposição de materiais e mobiliário, desde que avisada e se houver verba disponível.
3.8 Hora das Refeições.
A hora do lanche deve ocorrer em um ambiente tranquilo, organizado, com
higiene e limpeza. A partir da avaliação do ano anterior, decidimos alterar o modo de
servir as crianças, evitando o tempo de espera ao serem servidas, incentivando a
autonomia e escolha nesse momento. Será disponibilizado em cada mesa potes
com as opções do cardápio disponível no dia, cada pote terá uma cor diferente para
sinalizá-las. As frutas continuarão sendo acondicionadas em porções individuais em
potes com garfos e as professoras auxiliam as crianças incentivando-as a
experimentar e a se alimentar melhor, tendo o cuidado com o desperdício.
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Retomaremos a leitura diária do cardápio antes das crianças se servirem, como
prática de leitura. Além da escrita, haverá também em LIBRAS.
Espaço Coletivo: REFEITÓRIO
Responsabilidade: Alunos
Responsabilidade: Professores
Responsabilidade: Equipe De Apoio
Responsabilidade: Equipe Gestora
- Sob a orientação e coordenação da professora ter atitudes condizentes com o espaço e a atividade;
Trazer o seu próprio guardanapo;
Pegar e devolver os utensílios disponíveis no dia nos locais combinados (mesa central e janela pequena);
Colaborar com a limpeza do espaço (não derramar líquidos jogar as migalhas, papéis e saquinhos);
Não correr, rolar, brincar com comida, subir nos bancos e etc. no espaço.
Considerar o horário do lanche como momento e local de aprendizado também;
Observar o tempo necessário para alimentação da turma, ambiente tranquilo e calmo;
Orientar forma correta de se alimentar;
Orientar quanto ao uso e organização do espaço;
Incentivar a alimentação e experimentação de diferentes gêneros oferecidos no dia;
Não permitir atitudes inadequadas (correr, rolar pelo chão, subir nos bancos e nas mesas, não bater nos vidros);
Profa. (AEE) montar o cardápio diariamente antes do primeiro lanche;
Respeitar o horário de entrada e saída do espaço.
COZINHA
Repetição (levantar as mãos e servi-los sentados);
Organizar e disponibilizar os utensílios e alimento suficiente para o número de criança das turmas. (atenção para a quantidade de mesas necessárias);
Estar à disposição das crianças para servir e dar repetição;
Atenção e atendimento às crianças com restrição alimentar;
Avisar na falta de utensílios e na troca de gêneros à gestão;
Restrição alimentar deve ser seguida rigorosamente;
Escolher um local apropriado para não causar constrangimento à criança que se alimenta com restrição alimentar. LIMPEZA - Limpar o espaço e estar à disposição para as emergências.
Orientar adequadamente cada seguimento e tomar decisões necessárias (falta e troca de gêneros e solicitação de outros no caso ingredientes para receitas e dias diferenciados).
3.9 Escovação
O cuidado com a saúde do corpo deve ser uma preocupação de instituições que
atendam principalmente crianças em idade de educação infantil, onde os hábitos são
iniciados. Desse modo, a escovação é muito importante dentro da rotina de nossa
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escola e acontece diariamente durante 10 minutos, logo após o horário do lanche ou
almoço.
O professor orientará as crianças para que criem o hábito de escovar os dentes
sempre após as refeições, entendendo ser este hábito fundamental para a sua
saúde.
Orientações quanto à quantidade de pasta, cuidados com a escova, uso de toalha
e formas de utilizá-las para garantir uma boa escovação, fazem parte do papel do
professor nesse momento da rotina.
3.10 Parque
Momento livre que propicia o desenvolvimento da imaginação, da socialização
de preferências de brincadeiras e amizades.
Através da interação com outras crianças e com o professor é possível
observar algumas características individuais de cada criança. Assim, o parque
proporciona um momento onde o professor pode conhecer melhor as crianças em
vários aspectos como: comunicação, limitações e possibilidades, resolução de
situações-problema, combinados, relações entre crianças de diferentes faixas
etárias, para que a criança mais experiente, ao interagir com os menos experientes,
possa ensinar e aprender, uma vez que ele estará pensando, fazendo e
reformulando o que conhece, construindo assim sua identidade, relações – eu e
outro – e convivência como também o próprio brincar.
Cabe ao professor observar este momento, antecipadamente e propiciar
materiais que enriqueçam o ambiente do parque para que as relações aconteçam
autonomamente, sem o controle do adulto, porém com as mediações necessárias.
Por exemplo: caixas de papelão para serem transformados em carros e foguetes;
pedaços grandes de tecido para criar tendas e cabanas; elásticos entrelaçados em
árvores para transformar em teias de aranha, entre outras.
Ficaram definidas pela equipe as seguintes regras para melhor organização e
estruturação do uso do parque
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1. A escola oferece três espaços privilegiados com areia, equipamentos
(balanços, trepa-trepa, gangorra, etc.) e brinquedos avulsos, cabendo ao
professor o uso dos mesmos com as crianças;
2. É preciso estar atento e próximo à criança para a tentativa de evitar maiores
problemas ou até acidentes;
3. As crianças devem ir ao parque sem mochilas devido ao perigo de ficarem
presos em algum brinquedo;
4. Os brinquedos de areia ficarão disponíveis para uso coletivo da escola
próximo a área externa coberta e ficarão sob a responsabilidade dos
professores que utilizarem.
Quanto à duração, há uma determinação de horário por conta da grade, de 30
minutos diários, porém há a possibilidade de flexibilizar, ou seja, aumentar ou
diminuir a duração, ou até mesmo utilizar o espaço com outra turma, desde que
assegurada a segurança delas.
Espaço Coletivo: PARQUE
Responsabilidade: Alunos
Responsabilidade: Professores
Responsabilidade: Equipe De Apoio
Responsabilidade: Equipe Gestora
Conservar os brinquedos;
Respeitar regras e combinados;
Compartilhar os brinquedos com as demais crianças;
Recolher e guardar os brinquedos, deixando o parque organizado para próxima turma.
Retirar os brinquedos quebrados e comunicar à gestão para providencias;
Orientar o grupo, realizar com binados quanto ao uso dos brinquedos e do espaço;
Cuidar e zelar das crianças para que brinquem em segurança, evitando acidentes;
O professor é responsável em levar e recolher o balde de brinquedos e cadeiras.
Rastelar a areia;
Varrer folhas secas;
Molhar a areia em dias quentes;
Descartar brinquedos quebrados e avisar o trio gestor para reposição;
Comunicar ao trio gestor quando algum brinquedo “grande” estiver colocando as crianças em risco.
Fazer a reposição dos brinquedos;
Acompanhar o planejamento das professoras;
Supervisionar e orientar a equipe de apoio;
Realizar constantemente a manutenção dos brinquedos, retirando os mesmos que ofereçam riscos às crianças, quando informada pela equipe, ou verificarem o mau estado.
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3.11 Biblioteca Escolar Interativa (BEI)
Professoras e crianças desenvolverão trabalhos voltados à formação e
informação, buscando se beneficiar de todos os recursos que nela existem como o
acervo dos livros, aos quais no primeiro semestre deste ano de 2016 foi retomada a
listagem/atualização dos mesmos. O acervo de jornais e revistas; Jogos; o
computador; aparelho de som (rádio); projetores; impressora; episcópio; CDs e
CDROM; DVDs e Vídeos; o aparelho da TV para uso em complemento ao trabalho
pedagógico; o baú com fantoches.
Devemos entender a importância de propostas a serem realizadas no espaço
da BEI complementarem e/ou ampliarem as possibilidades de aprendizagens das
crianças, buscando fazer relações com as atividades realizadas em sala de
referência ou outros espaços, em prol da formação global da criança, apesar de
serem espaços diferentes. Dentro da BEI há uma mudança na relação
sujeito/informação, pois as fontes de pesquisa são múltiplas e o conhecimento
chega por inúmeras vozes. E como metas em relação ao desenvolvimento e
ampliação das aprendizagens almejadas a serem alcançadas com as crianças, por
meio das possibilidades de explorações neste espaço, podemos citar: manuseio dos
livros e outros portadores de textos adquirindo maior propriedade nesta ação;
exercitar/aprender a fazer escolhas e organização dos livros; postura de leitor
despertando o interesse e desejo por leituras; desenvolver/ampliar práticas de
pesquisas; atenção, concentração e compreensão dos enredos das histórias;
explorações de temas específicos conforme interesses de cada criança e/ou do
grupo de crianças; ampliar o repertório de conhecimento de autores e de temas;
explorar contações feitas pelas próprias crianças.
Além do ambiente disponível para o uso de todos, quinzenalmente as crianças
levam livros para casa como empréstimo.
“Diferentes habilidades são afloradas por meio da literatura, entre
elas a linguagem, contribuindo para a ampliação do vocabulário e
incentivando a criatividade e a vivência do mundo do faz de conta.
Ter acesso à boa literatura é dispor de informação cultural que
alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura”.
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/praticas_de_leitura/praticas_de_leitu
ra.aspx
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Espaço Coletivo: BEI
Responsabilidade: Crianças
Responsabilidade: Professores
Responsabilidade: Equipe De Apoio
Responsabilidade: Equipe Gestora
Cuidar da organização do espaço, equipamentos e acesso de acordo com os combinados realizados.
Aprender a manusear os livros, revistas de forma adequada, guardando-os nos locais corretos, de acordo com as indicações, entendendo o processo e ritmo da aprendizagem de cada criança
Quando encontrar livro danificado entregar às professoras ou responsável pela BEI para o devido conserto ou descarte.
Empréstimos e cuidados no uso, devolvendo na data marcada.
Não correr e pular da arquibancada e cuidados com o vão d arquibancada. Não jogar almofadas e utilizá-la adequadamente.
Orientar as crianças em relação aos procedimentos e atitudes adequadas para melhor uso e aproveitamento do espaço.
Ajudar as crianças na organização da BEI.
Planejar previamente as atividades que serão desenvolvidas (pesquisa de projetos, roda de música, jogos no computador, filmes em capítulos, uso de livros, revistas e jornais).
Atenção ao horário de início e término para a utilização do espaço;
Deixar o espaço organizado ao sair e caso encontre-o desarrumado ao chegar, comunicar a responsável da BEI e posteriormente ao trio gestor;
Respeitar e aguardar a atividade que está sendo realizada pela outra turma esperando a vez de entrar no espaço.
Não fazer retiradas do acervo sem a devida anotação no caderno.
Seguir as normas da BEI, leitura do manual.
Sempre reavaliar a(s) estratégia(s) quanto ao procedimento adequado no empréstimo.
LIMPEZA
Manter a limpeza do local assegurando a higiene entre um período e outro e nos horários vagos. (chãos prateleiras, armários e equipamentos). OFICIAL DA BEI
Colaborar na organização do espaço, acervo e sua atualização, observação em relação ao funcionamento dos equipamentos e se necessário comunicar a gestão para possíveis manutenções, reparos ou novas aquisições.
Dar apoio às professoras de acordo com prévios combinados e planejamento.
Conforme organização e planejamento realizar ações de contação de histórias.
Realizar e acompanhar em conjunto com a professora o empréstimo e o controle da devolução dos livros
Orientar às crianças em relação aos procedimentos e atitudes adequadas para melhor uso e aproveitamento do espaço.
Providenciar manutenção dos equipamentos e possíveis soluções de problemas, quando informados dos mesmos.
Manter a reposição do acervo.
Acompanhar o trabalho pedagógico dos professores, quanto ao desenvolvimento do planejamento.
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PROGRAMA REDE ESCOLAR DE BIBLIOTECAS INTERATIVAS (REBI)
As BEIs são resultado do projeto de pesquisa criado pelo PROESI
(Programa serviços de Informação em Educação) do departamento de Biblioteca e
Documentação da ECA (Escola de Comunicações e Artes) da USP, tendo apoio de
órgãos ligados à USP sob a coordenação do Prof. Doutor Edmir Perrotti.
Na BEI, todo o ambiente é pensado para possibilitar a interação prazerosa
com a informação e a cultura e não simplesmente um espaço físico estruturado.
Sem dúvida, o espaço, materiais, os recursos são fundamentais, mas o que
caracteriza a Biblioteca é o modo como esses recursos são usados.
Os objetivos específicos da Biblioteca pretendem: promover acesso à
informação diversificada, desenvolver autonomia na busca da informação, promover
a cidadania e a expressão cultural, enriquecer o trabalho da sala de referência,
integrar crianças de diferentes faixas etárias e promover a inclusão de diferentes
segmentos nos circuitos socioculturais.
Pretende contribuir para o desenvolvimento de sujeitos autônomos, críticos e
criativos frente à diversidade informacional do mundo contemporâneo, possibilitando
o acesso das crianças à diversidade de recursos, suportes e linguagens informativas
e promover o domínio sobre estes. Além disso, pretende também tornar-se um lugar
privilegiado para reconhecimento e construção de significados culturais a serem
compartilhados, dinamizando as relações sociais e o exercício da cidadania. Por
medidas de segurança, o acesso à comunidade está restrito ao empréstimo por
meio da criança matriculada na escola.
HISTÓRICO:
A BEI Cecília Meireles foi inaugurada no dia 11 de setembro de 2001 com
formação da equipe e mediação da PABE (Professor de Apoio à Biblioteca Escolar)
Márcia. No período de 2001 a 2004, a mesma desenvolveu um trabalho de
mediação muito importante onde apoiou e coordenou atividades relacionadas à
biblioteca, além de estimular a autonomia das crianças, professores e usuários
incentivando-os a se apropriar dos recursos da Biblioteca.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2017
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Nos anos seguintes, nossa BEI teve uma rotatividade de PABEs com carga
horária reduzida, que prejudicou a sistematização do trabalho pedagógico
desenvolvido até então. O Trio Gestor e toda equipe docente durante este período,
que se estendeu do ano de 2005 a 2008, sempre reivindicaram uma PABE e uma
Auxiliar de Biblioteca com uma grade de horário organizada para desenvolver, junto
aos professores, um acompanhamento e gerenciamento do trabalho realizado com
as crianças e a comunidade na Biblioteca.
No ano de 2009, contamos com a PABE Abikeila e Auxiliar de Biblioteca
Tiyoko cumprindo jornada de 40 horas semanais, revezando-se entre esta U.E e a
EMEB Anísio Teixeira.
No ano de 2010, deixamos de contar com a parceria de uma PABE e
recebemos o Andrei, auxiliar de Biblioteca, que continuou conosco até o início de
2012. Após a saída do auxiliar, contamos com o apoio de uma bolsista até o início
deste ano. Desde abril não contamos mais com a bolsista e, portanto a biblioteca
estava sem o apoio de funcionário até o início de junho, prejudicando bastante o
trabalho neste espaço. Em junho de 2013 passamos a contar com uma professora
readaptada que estava cuidando da BEI meio período.
No final de novembro de 2013, passamos a ter a colaboração de uma oficial
de escola, ficando responsável pelo espaço, e então tornou-se possível resgatar a
dinâmica do trabalho como a organização, auxiliar as professoras na nas atividades
com as crianças, realizar a ação de empréstimos e devoluções de livros junto ás
professoras com as crianças e auxiliar professoras e crianças em demais atividades
na BEI.
E, atualmente, essa oficial também está realizando a prática de contações de
histórias, em parceria com outros funcionários, contribuindo com os objetivos de
complementar e ampliar o incentivo em relação á formação de hábitos de leituras
das crianças e com as práticas de leituras, visando também contribuir com o
desenvolvimento de aprendizagens, interações e participações de cada criança,
tanto da mesma faixa etária, quanto de idades diferentes.
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Dentre demais ações realizadas neste espaço referente às práticas de
leituras, podemos citar:
Leituras de livros de histórias infantis diversos (conforme o acervo)
propiciando a participação efetiva das crianças;
Contação de histórias com livros infantis e com representações por
objetos, levando a criança a explorar e se beneficiar do seu imaginário;
Dramatizações de histórias se beneficiando dos fantoches e com ou sem
as janelas de teatro;
Oportunidades ás crianças a manusearem os fantoches e as janelas de
teatro e também as próprias crianças serem apresentadoras de histórias;
Manuseios individual e em grupos de livros, jornais, revistas e gibis;
Explorações de CDs e DVDs com o cuidado e atenção a serem
interligados em contextos com objetivos de complementar e ampliar o
conhecimento e aprendizagens de cada criança;
Explorar jogos e quebra-cabeças neste espaço;
Explorar pesquisas com as crianças no computador;
Referências utilizadas com o objetivo de subsidiar recompreensões sobre
as ações realizadas e a serem planejadas/realizadas com as crianças;
Síntese do Texto sobre: A importância da Biblioteca Infantil.
Melo,Maurizeide Pessoa (Bibliotecária graduada pela UFPB)
Neves, Dulce Amélia de Brito ( Profª Doutora do Departamento de
biblioteconomia e Documentação da UFPB)
“Desde a mais tenra idade, as crianças devem ser incentivadas a freqüentar Bibliotecas. A primeira Biblioteca na vida de uma criança representa um espaço lúdico e de lazer, contendo livros criativos, coloridos, com imagens, brinquedos, jogos, entre outros. Além de ser um ambiente agradável, confortável, que estimula o acesso ao livro, às tecnologias, à informação em diferentes suportes, despertando o sentimento de pertença e atraindo as crianças desde os primeiros anos de vida” Moro, Eliane Lourdes da Silva / Estabel, Lizandra Brasil
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3.12 Brinquedoteca
O espaço da brinquedoteca é um complemento das vivências das crianças de
nossa escola com o brincar, sendo destinado para o uso do espaço um tempo pré-
determinado, podendo este ser ampliando ou agendado pelo professor conforme a
necessidade de cada turma.
Brincando as crianças constroem um universo muito particular, ao atribuírem
novos significados a objetos e situações a partir de suas vivências, de sua cultura,
as crianças exploram brinquedos e diversos materiais não estruturados como
sucatas, caixas variadas, tecidos, etc., imitam personagens, pessoas de seu
convívio social e formam enredos cada vez mais elaborados. Articulam imaginação e
realidade e assim, ao se apropriarem dessa realidade desenvolvem e demonstram
diversos conhecimentos e sentimentos, atribuindo significados as relações que
estabelecem com o mundo em que vivem.
Nessas experiências são muito importantes as intervenções feitas pelos
professores, como em uma brincadeira de mercado, por exemplo, pensar com as
crianças sobre como funciona um mercado de verdade, se alguém repõe o material
comprado, a disposição dos materiais e assim por diante, a partir dessas vivências ir
ampliando o repertório, trazendo novos elementos para enriquecer a brincadeira.
Dessa forma, a observação das brincadeiras constitui-se em um importante
instrumento dos professores ao possibilitar o acompanhamento do processo de
desenvolvimento das crianças em grupo ou de cada criança em particular,
verificando suas capacidades sociais, afetivas e cognitivas.
O espaço da brinquedoteca pode ser utilizado com brincadeiras como
mercado, farmácia, casinha, etc., realizando assim um link com o que acontece nos
outros espaços da escola. Para organizá-la, já que é um espaço coletivo, uma vez
por mês em HTPC faremos o planejamento da organização do espaço mediante o
que as crianças vão nos informando ao usar a brinquedoteca. Um grupo fará
organização do espaço para o período de um mês e as funcionárias Cida e Adriana
farão a manutenção.
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Espaço Coletivo: BRINQUEDOTECA
Responsabilidade: Alunos
Responsabilidade: Professores
Responsabilidade: Equipe De Apoio
Responsabilidade: Equipe Gestora
Brincar aprendendo a zelar e conservar os brinquedos.
Reconhecer a necessidade de organizar os brinquedos.
Reconhecer a necessidade de organizar os brinquedos e o espaço, para os grupos subsequentes.
Compartilhar os brinquedos com as demais crianças.
Respeitar os combinados do uso do espaço.
Guardar brinquedos de acordo com as fotos.
Realizar combinados com os alunos para o uso do espaço;
Orientar as crianças quanto ao uso, conservação, organização dos brinquedos e do espaço, retomando as orientações sempre que necessário;
Observar a brincadeira e intervir quando necessário, estimulando a brincadeira e oferecendo mais repertório;
Propor situações dirigidas com objetivos claros que contemplem as etapas dos projetos desenvolvidos.
Destinar os brinquedos que estejam sem condições de uso para descarte e solicitar reposição.
Quando retirar algum brinquedo, o mesmo deve ser devolvido.
Diariamente abrir a porta, janelas e cortinas.
Realizar diariamente a limpeza do espaço e manter a faxina semanal.
Cida: recolher brinquedos quebrados (cestinha), realizando triagem (lixo ou conserto).
Fazer a reposição dos brinquedos (quando solicitado e quando tiver verba)
Orientar a organização e limpeza do espaço.
Acompanhar o trabalho pedagógico dos professores, quanto ao desenvolvimento do planejamento.
3.13 Quadra e salão
A quadra e o pátio são espaços que possibilitam o jogo em grupos,
proporcionando às crianças experiências de conhecer a si mesmo, conhecer ao
outro, a compartilhar, a descobrir possibilidades e se sentir desafiado.
Para ser útil no processo educacional, um jogo deve:
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Propor algo interessante e desafiador para as crianças;
Permitir às crianças uma auto-avaliação quanto ao seu desempenho;
Permitir aos jogadores participarem ativamente, do começo ao fim do
jogo.
O papel do professor na escolha desses jogos deve fazer parte do Currículo,
buscando o interesse das crianças, com uma proposta desafiadora para a turma.
Buscar jogos que permitam a participação ativa de todos, seja com uma proposta
individual, em duplas ou coletivamente.
A utilização de diversos materiais (pé de lata, elástico, pneu, bambolês, corda,
bola, materiais diversos de empilhar ou equilibrar, etc.) traz às crianças, além de
uma diversidade de propostas, elementos que estimulem a criatividade na execução
de novos jogos. O professor dentro desse contexto se coloca como mediador das
brincadeiras, ajudando-os a criar novas regras dentro desse jogo inventado.
Para além de atividades de movimentos amplos, os espaços também são
utilizados para brincadeiras simbólicas, apresentações de dança, exploração livre de
materiais, brincadeiras de roda, etc.
O circuito, que é uma atividade de movimento amplo, deve proporcionar à
criança o desafio de transpor obstáculos, de arremesso, de saltar e correr, de
equilíbrio e deve estar ligado à uma proposta da professora, não necessitando ser
semanal, podendo estar atrelado à um projeto ou sequência e que traga para a
criança um sentido, não apenas uma repetição de movimentos. Exemplo: circuitos
temáticos (florestas, trânsito) ou estações. O que vale é a criança se sentir desafiada
e o objetivo do professor ser alcançado.
Cada professor monta e desmonta a sua proposta com seus alunos, o que
deve ficar determinado são os materiais a serem utilizados na semana.
Os combinados do circuito devem ser feitos previamente, antecipando a
proposta para a turma, pois assim a criança seria um norteador da montagem do
circuito.
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Espaço Coletivo: QUADRA / SALÃO
Responsabilidade: Alunos
Responsabilidade: Professores
Responsabilidade:
Equipe De Apoio
Responsabilidade: Equipe Gestora
Cuidar do material – não quebrar, não puxar, etc.;
Ajudar a guardar os materiais junto com as professoras;
Cumprir os combinados;
Atender às comandas do professor.
Conhecer o espaço e os materiais disponíveis
Separar os materiais a serem utilizados ou solicitar antecipadamente para o responsável do espaço;
Planejamento antecipado a fim de definir e organizar o material, de forma a utilizá-lo adequadamente (procedimentos de como usar).
Planejar, de acordo com o PPP da escola atividades nesse espaço que atendam aos objetivos da área;
Organizar o “guardar” dos materiais coordenando os alunos nessa tarefa ;
Cumprir os combinados em relação ao Dia do Circuito, conforme estabelecido na grade da área;
Manter os brinquedos em ordem e no lugar;
Ajudar guardando os materiais no dia seguinte do circuito, após uso por parte das professoras;
Manter o espaço limpo e proceder à faxina semanal.
Reposição de materiais, quando informado da necessidade e quando houver disponibilidade de verba;
Acompanhar o planejamento / registro dos professores em relação à área e ao espaço, intervindo na prática de forma a enriquecer o trabalho pedagógico;
Criar momentos de vivência do espaço para os professores e equipe, com tematizações, etc.
3.14 Cozinha Educacional
Sua construção iniciou-se no ano de 2008 e em 2010 foi concluída. O objetivo
da Cozinha Educacional, inicialmente, era o de ser mais um espaço para trabalhar
as diferentes áreas de conhecimento. Em 2013 começamos a repensar este espaço
com o desafio de promover a sua ampla utilização por todas as turmas da escola,
explorando diversas possibilidades. Alguns Projetos já estão em desenvolvimento,
envolvendo as mais diversas experiências e a brincadeira simbólica. Este espaço
possibilita às crianças noções de higiene e nutrição e, ainda aprender a preparar os
alimentos de uma forma lúdica. É importante que as crianças possam realizar o
máximo das ações na cozinha em segurança como cortar, amassar, lavar o
alimento, preparar os utensílios, enfim, participar ativamente de todo o processo do
fazer a receita. Adquirem noções de contar, fracionar, medir, sequenciar. Entram em
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contato com o gênero textual receitas, além de enriquecer o vocabulário. Ao
vivenciar experiências na cozinha, as crianças ficam muito mais receptivas a novos
sabores e texturas, além de aceitarem mais variedades de alimentos. O papel do
professor neste momento é estimular o trabalho em equipe, integrar todas as
crianças ao grupo e contribuir com informações acerca do alimento que será
consumido. Muitos pais demonstravam desejo de ver as crianças utilizando a
cozinha para atividades de culinária e se colocaram a disposição para contribuir da
maneira que for necessária, como por exemplo, na doação de ingredientes, na ajuda
da atividade em si. Assim, podemos chamar profissionais da área, para fazer
parceria no trabalho com as crianças.
Espaço Coletivo: COZINHA EDUCACIONAL
Responsabilidade: Alunos
Responsabilidade: Professores Responsabilidade: Equipe
De Apoio
Responsabilidade: Equipe Gestora
Manter organizado o espaço bem como os utensílios organizando-os ao sair, seguindo os combinados e sob a orientação da professora;
Manipular os utensílios, desde que estes não ofereçam risco (facas, etc)
Respeitar os combinados relativos à higiene e segurança para trabalhar neste ambiente, sempre sob a orientação e supervisão da professora.
Organizar os espaços e materiais antes e depois de utiliza-lo, envolvendo os alunos nessa organização;
Conferir o material usando a listagem e desenvolvê-lo aos devidos lugares.
Ter o habito de colocar as sobras de ingredientes no armário e também verificar o que já tem usado antes de abrir algo novo.
Garantir que os alunos não tenham acesso e contato com utensílios e materiais que ofereçam riscos às crianças (fogão, vidros e objetos cortantes, por exemplo).
Verificar na hora de planejar o que será de fato necessário para receita.
Levar perecíveis à cozinha;
Atenção às crianças que tem restrição alimentar ao planejar uma receita;
Planejar junto à direção quando houver necessidade de apoio e de pedido à merenda.
Combinar com as merendeiras com antecedência o uso da cozinha da escola se for necessário.
Orientar as crianças sobre procedimentos de higiene e segurança para trabalhar neste ambiente.
Manter sempre o ambiente limpo.
Disponibilizar o presente contrato para ser do conhecimento de todas as professoras as regras de uso do espaço.
Cuidar da organização e disponibilização de pessoal para apoio ao professor, desde que haja disponibilidade de pessoal e seja informada com antecedência da necessidade pelo professor.
Cuidar da manutenção do espaço e dos materiais e utensílios do espaço;
Repor os utensílios conforme necessidade informada pela equipe escolar, desde que haja disponibilidade de verba.
3.15 Lego dacta
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A Educação Tecnológica, com o material Lego-Dacta, é uma excelente
ferramenta de aprendizagem, onde a criança é solicitada a desenvolver linguagem
específica e conceitos de Ciência e Matemática. Para poder utilizá-lo de maneira
prática organizamos uma sala com mesas redondas que facilita o trabalho com o
material em grupo. Cada professora faz uso do material conforme seu plano com as
crianças. O material tem sido utilizado na sala de referência em pequenos grupos
quando a professora achar conveniente.
3.16 Horta
Temos um espaço reservado para a horta o qual foi desde 2013 reativado, as
professoras incluíram essa atividade em suas rotinas, integrando esse trabalho com
os projetos desenvolvidos e integrando com ações no refeitório e na Cozinha
Educacional (Boa Alimentação). Vários projetos desenvolvidos tem a horta como
uma etapa do trabalho o qual terá sequencia na Cozinha Educacional e
posteriormente as crianças serão incentivadas a provar diferentes alimentos, mais
saudáveis e não industrializados. Neste ano a turma do infantil II, manhã, cuidará da
horta. Já plantaram ervas, temperos, lavanda, verduras, tomate, cenoura além de
árvores frutíferas para formar um pomar. Este trabalho está contando com a parceria
da comunidade.
Espaço Coletivo: HORTA
Responsabilidade: Alunos
Responsabilidade: Professores
Responsabilidade: Equipe
De Apoio
Responsabilidade: Equipe Gestora
Cuidar dos canteiros, onde sua turma plantar.
Se possível, ajudar a cuidar de todo o ambiente para que esteja limpo e organizado.
Manter organizado o espaço bem como as ferramentas organizando-as ao sair, seguindo os combinados e sob a orientação da professora;
Pesquisar sobre o plantio e os cuidados necessários e específicos do seu cultivo.
Ajudar a manter o ambiente organizado.
Verificar com os colegas o uso dos canteiros.
Estabelecer combinados de uso do espaço com as crianças;
Orientar as crianças e permitir autonomia dos alunos com os cuidados referentes aos canteiros.
Limpar no entorno dos canteiros.
Deixar mangueira e regadores disponíveis.
Deixar a Cida como responsável para regar os canteiros pela manhã.
Providenciar os materiais necessários para uso e conservação da horta.
Investir na manutenção do espaço:
Na compra de terra.
Aumentando a profundidade do canteiro.
Consertando a torneira.
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3.17 Teatro Areninha
Anfiteatro – A escola possui um anfiteatro em forma de arena, um valioso patrimônio
público reinaugurado em 2014. Há muitas formas de utilização deste espaço:
apresentações teatrais, contação de historias realizadas por pais, APM e CE,
voluntários, como para uso de apresentações das próprias crianças, em brincadeiras
livres, em jogos teatrais, dramatização de histórias contadas, teatro de fantoche,
brincadeiras rítmicas, expressão corporal, musica, dança, etc. Disponibilizamos
neste espaço roupas, acessórios, fantasias, instrumentos musicais da bandinha e
objetos para cenário acrescentando às experiências das crianças.
O trabalho pode ser conectado com vários gêneros literários tais como: contos de
fada, fabulas, lendas, contos populares, cordel, filme, poesia, crônica, etc.
As experiências de exploração da linguagem teatral são prazerosas para as crianças
por que envolvem movimento corporal e expressões faciais. Particularmente para
as crianças surdas, as dramatizações são excelentes tanto quando se visa à
compreensão como a expressão. Possibilita o desenvolvimento da criatividade e a
expressão dos sentimentos.
Quais experiências as crianças podem viver neste espaço?
Sugestões de brincadeiras e experiências:
Experiência de imitação e criação livre, juntamente com a expressão facial;
Dramatização de historias: Contar a historia, propor a brincadeira do teatro.
Escolher os personagens. Pode ser feita sem objetos e acessórios a principio.
Enquanto o professor narra a historia vai chamando os personagens para a
brincadeira. Pode ser feita com dois ou três grupos repetindo a mesma historia.
Depois o professor pode propor o uso de acessórios, objetos, fantasias. Pode ser
escolhido por ele. Pode ser aleatório, deixar as crianças escolherem e se
fantasiarem ( isso demanda um pouco mais de tempo)
Dança - deve ser encarada como a representação espontânea daquilo que a
vibração dos sons de uma melodia musical provoca de sensação e emoção também
nas crianças surdas.
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Pano encantado: è uma musica que ao ser cantada já direciona às ideias do que
se pode fazer com o pano, podendo ser acrescentadas a ela novas ideias ou inseri-
la no projeto desenvolvido.( Ex: quem estiver trabalhando animais, construir com o
pano diferentes animais). Poe acrescentar objetos que existem no espaço para
facilitar a criatividade na brincadeira. Segue anexo a letra da musica.
Seu mestre mandou: o professor (critério do prof) escolhe uma criança ou mais,
que dará a comanda para que outras crianças busque no espaço o objeto ou
material pedido. À princípio o professor pó dar a comanda para que as crianças
entendam. Podem ser colocado uns objetos no meio do palco, e depois deixá-los
buscar os objetos na sala ou espaços. Aumentar a dificuldade. Pedir personagens e
as crianças vão montando com o que tem disponível. Várias possibilidades.
Papel do professor - O professor pode atuar como mediador, criando condições
para livre expressão corporal das crianças proporcionando-lhes situações em que
possam desenvolver o conhecimento do corpo, o uso do espaço, a expressão de
sentimentos, a representação de ações de personagens em relatos, bem como a
coordenação motora. As crianças surdas podem ser ajudadas a conhecer as
qualidades resultantes da combinação de espaço, peso/força, tempo e fluência nos
movimentos. Deve criar oportunidades para que as crianças dancem ao som de
ritmos variados, de diferentes regiões e grupos culturais, ampliando seu
conhecimento e as formas de expressão.
META: Alcançar o uso efetivo do espaço por toda a equipe escolar.
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Responsabilidade: Crianças
Responsabilidade Professores Responsabilidade Equipe de apoio
Responsabilidade Equipe gestora
Auxiliar na organização dos materiais e espaço, seguindo os combinados e orientações da (o) professora(o) .
Criar estratégias de utilização do espaço de acordo com as propostas de experiências. Baseadas nos projetos desenvolvidos pela turma.
Ajudar a manter o ambiente organizado
Estabelecer combinados do uso do espaço com as crianças
Orientar as crianças e permitir acesso e autonomia
Solicitar materiais quando necessário
Observar a intencionalidade da criança, intervir quando necessário, estimular a brincadeira e ampliar repertórios
Propor situações dirigidas com objetivos claros que contemplem as etapas do projeto desenvolvido
Quando retirar qualquer material, devolvê-lo ao local após o uso
Manter o local limpo e livre de entulhos
Delegar e acompanhar a organização e manutenção do espaço e materiais
Providenciar novos materiais sempre que necessário
Delegar à equipe que fará a identificação das caixas e organização do espaço para torná-lo acessível para as crianças
Inserir no plano de formação docente incentivos para uso e apropriação do espaço
3.18 Dia do brinquedo /Dia diferente
O brincar é sempre um momento bastante rico para a criança e para a
professora onde ela exterioriza muito de seus sentimentos, expectativas e
desenvolve sua criatividade ao se organizar na brincadeira aprendendo a
compartilhar o brinquedo trazido de casa na medida em que o socializa com
outras crianças. Neste trabalho a professora tem a possibilidade de mediar a
interação entre as crianças e desenvolver a necessidade dos cuidados com o
seu brinquedo e com o brinquedo do seu amigo.
O Dia do Brinquedo de Casa acontece às 6ªs feiras para todas as turmas da
escola. É um momento dentro da rotina em que a professora poderá mediar as
criações, participar do momento do jogo simbólico das crianças e, inclusive,
ensinar a brincar.
O Dia do Brinquedo representa um momento significativo onde a criança pode
apresentar uma particularidade sua, preferência e identidade a partir de um
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brinquedo que é seu, tem uma história e representa a sua casa. Esta é uma
prática que ocorre na escola há muitos anos e será mantida por enquanto, mas
com a proposta de que em 2017 criemos mais dias diferentes, como o dia do
penteado maluco, dia do contrário, etc e até mesmo atividades de gincanas e
outra, envolvendo assim a família nas brincadeiras e promovendo a integração
das diferentes turmas. As famílias deverão estar atentas aos calendários e
preparar o material para a criança entrar na brincadeira.
Também iremos promover atividades onde uma turma convida as demais
para uma apresentação, sempre que tiver algo a compartilhar com as outras
turmas, com envio de convites feito pelas próprias crianças. O objetivo desta
proposta é promover a integração das turmas, inclusive com o contra turno.
Objetivamos também verificar se havendo outras atividades diferentes o “Dia do
Brinquedo” deixa de ser a preferência das crianças e a partir daí avaliarmos a
sua manutenção em nossa grade de atividades permanentes.
3.19 Estudo do Meio
Pensando na escola como um espaço privilegiado para oportunizar às
crianças experiências que enriqueçam seu repertório cultural e social, as atividades
de Estudos de Meio são importantes por proporcionar aprendizagens além daquelas
já trabalhadas diariamente na Unidade escolar e em complemento aos projetos
desenvolvidos com as crianças.
Buscamos proporcionar no mínimo, a realização de duas atividades
extraescolares por ano, visto que dependemos de verba predestinada para o
pagamento de transporte. De qualquer forma, independente da verba, acreditamos
que possa haver outras possibilidades, sempre tendo como premissa contribuir da
melhor forma para o aprendizado.
O estudo das propostas de atividades extraescolar pela equipe docente e
trio gestor, para este ano de 2017, se dará ao longo do ano na medida em que os
projetos forem acontecendo, partindo sempre do interesse das crianças.
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3.20 Atendimento Educacional Especializado.
Continuamos contando com o apoio e parceria da Equipe de Orientação
Técnica (Fonoaudióloga, Psicóloga, Terapeuta ocupacional e Assistente Social)3 e
Orientadora Pedagógica para atendimento às crianças com necessidades
educacionais especiais, público alvo da educação especial conforme a Resolução Nº
4, Artigo 2º, de 2 de outubro de 2009 (MEC).
Serão realizadas ações como: estudo de caso; reuniões com a família,
professores e equipe gestora; acompanhamento da pratica pedagógica; orientações
tanto para os pais quanto para os professores e emissão de encaminhamentos para
as áreas médicas específicas ou terapêuticas, se houver necessidade.
Assim, em conjunto, são tomadas decisões e encaminhados procedimentos
que visam proporcionar às crianças o melhor trabalho pedagógico dentro das
possibilidades da escola. Em alguns casos poderão ser solicitados os professores
para Atendimento Educacional Especializado (AEE) de acordo com a necessidade
da criança, sendo os professores de AEE de surdez na escola os quais atuam como
mediadores do trabalho da turma para os alunos surdos e os professores de AEE
Deficiência Intelectual em caráter itinerante que observa a criança com
necessidades em sala e adequa o trabalho para ela, oferecendo suporte ao
professor.
A função do AEE é a de contribuir para a aprendizagem e desenvolvimento
das crianças buscando recursos e estratégias necessárias para eliminar as barreiras
que possam impossibilitar a participação plena das crianças nas experiências
proporcionadas na escola.
Escola- Pólo
As crianças começam sua jornada na escola às 9 horas para a
aprendizagem específica de LIBRAS. Este ensino vem sendo realizado nos diversos
momentos da rotina e as professoras planejam propostas com o intuito de ampliar a
aprendizagem das crianças.
3 Equipe referência que acompanha este trabalho: a fonoaudióloga Carla Silvestre, a psicóloga MariaLuiza
Martins, a orientadora pedagógica Edileusa Apda. Mammana, a Terapeuta ocupacional Cláudia Silvestre e a
Assistente Social Fátima Marangoni.
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Após o almoço e descanso, as crianças desta turma vão para as classes comuns
onde continuam sua formação. Na classe comum, também contamos com uma
professora da educação especial que atua em uma perspectiva colaborativa com a
professora da classe e realiza mediações com os alunos que apresentam surdez e o
grupo da classe. Entendemos que este foi um passo muito importante na
qualificação da Escola-Polo e que vai demandar de toda a equipe o envolvimento no
projeto desta escola, única com esta característica no município. O grande objetivo
que esta unidade busca é o de tornar-se uma escola bilíngue. Para tanto, além dos
apoios e recursos recebidos até então, entendemos que será necessário um
investimento formativo para que escola se constitua, de fato, com uma proposta
bilíngue. Neste sentido, entendemos que necessitaríamos integrar as línguas em
nosso currículo com o apoio de uma assessoria externa que desenvolva estudos
nesta área.
A Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo, em adesão a “Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva” (BRASIL,
2007), vem instituindo ações na busca de uma educação pautada na concepção
inclusiva. No que diz respeito ao atendimento do aluno surdo nesta escola, em 2011
iniciou o processo de implementação do Atendimento Educacional Especializado -
Abordagem Bilíngue. Desta experiência a escola passou em 2014 a ser denominada
de Escola-Polo. Em 2015 o atendimento às crianças surdas foi ampliado tanto em
número de crianças quanto em número de profissionais da educação especial no
trabalho de mediação. e em 2016 ampliamos ainda mais o número de salas e
crianças atendidas no Polo. Com a previsão de ampliar ainda mais para 2017 o
número de crianças atendidas no Polo foi autorizado pela SE a indicação de um
coordenador Pedagógico que atendesse às demandas formativas do grupo para
atuar no Polo e está atuando em parceria com a coordenadora do Regular.
Desde 2015 a escola oferece diariamente o contra turno de LIBRAS para todas
as crianças surdas. Tal organização teve como objetivo assegurar o
desenvolvimento linguístico e a construção da identidade das crianças surdas. A
equipe de professoras, funcionários, trio gestor, Orientadora Pedagógica,
fonoaudióloga e psicóloga buscam discutir, avaliar e sistematizar o trabalho
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pedagógico da escola em encontros quinzenais, no caso da equipe técnica e gestão
e, semanal, no caso das professoras com a equipe gestora. Em 2017 foi
reorganizado o trabalho do contra turno para que se adequasse às necessidades
das crianças. Assim, há momentos coletivos e momentos onde o trabalho é
desenvolvido nos sub grupos, adequando o trabalho às crianças que são agrupadas
pela proximidade de características a serem desenvolvidas
As Escolas-Polo têm como objetivo uma perspectiva Bilíngue, favorecem a
convivência das crianças surdas entre si e com as ouvintes, respeitando a
especificidade linguístico-cultural, assim como seu desenvolvimento social.
Corroborando com esta concepção o documento do MEC (2014) afirma:
A Educação Bilíngue de surdos envolve a criação de ambientes linguísticos para a aquisição da Libras como primeira língua (L1) por crianças surdas, no tempo de desenvolvimento linguístico esperado e similar aos das crianças ouvintes, e a aquisição do português como segunda língua (L2). A Educação Bilíngue é regular, em Libras, integra as línguas envolvidas em seu currículo e não faz parte do atendimento educacional especializado. O objetivo é garantir a aquisição e a aprendizagem das línguas envolvidas como condição necessária à educação básica em situação de igualdade com as crianças ouvintes e falantes do português.
As experiências em linguagem de sinais e linguagem oral e escrita são
proporcionadas na rotina diária das crianças na classe comum, assim, na interação
entre crianças surdas e ouvintes, ambas aprendem. Para que a proposta bilíngue
seja efetiva dentro da EMEB Padre Manuel da Nóbrega, serão ofertadas:
AEE em mediação (em Libras e para a linguagem oral e escrita)
O professor de Educação Especial habilitado e o professor especialista em Libras
e Educação de Surdos serão mediadores e referência na língua, mediando a
professora da classe comum, as crianças ouvintes e as crianças surdas, garantindo
a circulação da língua de sinais dentro da sala de aula.
O trabalho em parceria entre professor da sala comum e professor mediador
deve ser feito a partir do planejamento conjunto, incluindo todas as crianças,
promovendo estratégias visuais e recursos didáticos, respeitando as diferenças
entre as crianças com surdez e os momentos didático- pedagógicos em que serão
utilizados (MEC, 2007).
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AEE para o ensino de Libras:
O AEE de Libras refere-se à aquisição da língua brasileira de sinais – Libras -
sendo para o Surdo sua língua materna (L1). Este trabalho é realizado diariamente,
no período das 9h às 13h, com uma professora Surda, referência da escola polo, e
uma professora especialista em Libras e Educação de Surdos. Este promove a
aquisição da Libras, utilizando tecnologias de informação e comunicação para a
aprendizagem desta língua; desenvolve a Libras como atividade pedagógica,
instrumental, dialógica e de conversação.
3.1 Fluxo para matrículas de crianças surdas no Polo.
A escola-polo atende crianças com surdez que se beneficiarão da Libras (L1)
como Língua de instrução, sendo esta a primeira língua e forma de comunicação
das crianças. Em relação ao fluxo de entrada na escola-polo, desde 2015 está
sendo aplicado um fluxo estabelecido durante as reuniões do POLO entre a chefe da
região 1 e demais profissionais da SE o qual consiste em primeiro lugar que a
criança surda seja matriculada na escola mais próxima a sua casa. Após as equipes
das duas escolas – a de origem e a Polo, se reunirem para “estudar o caso”, ou seja,
assistir a filmagens e conversar sobre a criança, e ambas chegarem à conclusão de
que a criança utilizará LIBRAS como sua primeira língua, os pais são chamados
para que lhes seja oferecida a vaga na escola polo, eles conhecem a escola e se
aceitarem a criança é matriculada na escola polo e passa a frequentar o contra turno
e a sala regular, permanecendo na escola em período integral.
4. Organização de Eventos
Todos os eventos realizados pela escola são planejados e pensados pela
Equipe Gestora, equipe de professores, Conselho de escola e APM, com o intuito de
melhor receber as crianças, os pais e/ou responsáveis e poder proporcionar uma
vivência significativa para eles.
No início de cada mês enviamos para os pais um calendário mostrando as
datas importantes seguindo o Calendário escolar homologado pela SE (Exemplo:
feriados, data de visita dos dentistas, Reunião de pais, Reuniões de APM e
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Conselho de escola, dias de atividades extraescolares etc.) com o objetivo de
auxiliar a família na sua organização com a escola. Alguns dos eventos que
desenvolveremos neste ano:
Estudo do meio
Pensando na escola como um espaço privilegiado para oportunizar às crianças
experiências que enriqueçam seu repertório cultural e social, as atividades de
Estudos de Meio são importantes por proporcionar aprendizagens além daquelas já
trabalhadas diariamente na Unidade escolar e em complemento aos projetos
desenvolvidos com as crianças.
Buscamos proporcionar no mínimo, a realização de duas atividades
extraescolar por ano, visto que dependemos de verba predestinada para o
pagamento de transporte. De qualquer forma, independente da verba, acreditamos
que possa haver outras possibilidades, sempre tendo como premissa contribuir da
melhor forma para o aprendizado.
O estudo das propostas de atividades extraescolar pela equipe docente e trio
gestor, para este ano de 2017, se dará ao longo do ano na medida em que os
projetos forem acontecendo.
Festa de Aniversário: Desde o ano de 2013, fizemos uma alteração na forma
de comemorar o aniversário das crianças. Não será permitindo trazer bolo, doce e
nem saquinho surpresa, seguindo orientações da Secretaria de Educação, que se
posiciona contra a introdução de alimentos na escola de procedência desconhecida.
A sala cantará parabéns para o colega, que ganhará uma coroa confeccionada pela
turma. Acreditamos que comemorar o aniversário é importante, porque é uma das
formas de trabalhar a identidade da criança. Respeitaremos as famílias que se
manifestaram nas entrevistas como contrarias a que se comemore o aniversário das
crianças .
Sábados Letivos (13 de maio, 21 de outubro)
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As propostas têm o objetivo de compartilhar com as famílias das crianças o
trabalho desenvolvido em nossa escola, promovendo uma vivência significativa
para eles.
Como neste ano de 2017 trabalharemos com um projeto coletivo sobre artes
a equipe sentará e planejará o que acontecerá nestes dois sábados pensando em
algo voltado à integração da comunidade com o nosso projeto coletivo que ainda
está tomando forma, mas sabemos que será sobre artes.
Reunião com pais
Tem o objetivo de aproximar as famílias ao trabalho desenvolvido na escola,
bem como do desenvolvimento dos filhos. Na primeira reunião do ano, além de
tratarmos de assuntos referentes à organização, estrutura de funcionamento,
regimento, dúvidas, entre outros, também temos como objetivo iniciar uma
aproximação para criarmos vínculos que ajudem na parceria ao longo do ano.
Este é o momento de nos conhecermos, sabermos das expectativas dos pais
quanto ao nosso trabalho. Para este fim, também organizamos entrevistas com as
famílias para sabermos maiores detalhes sobre as crianças.
As Professoras Acácia e Célia, infantil V, em 2016 optaram por fazer uma
roda de conversa em pequenos grupos de pais. Nesta roda, motivados pela fala
uns dos outros, até mesmo os mais tímidos se soltaram e trouxeram informações
importantes para o trabalho com as crianças. Em roda também foi possível criar
vínculo entre os pais da turma, o que será valioso em outras atividades durante o
ano. As professoras tinham apenas dois dias para fazer as entrevistas, então
separaram os pais em quatro grupos:
Grupo 1 16/02 10 horas 7 pais
Grupo 2 16/02 11 horas 7 pais
Grupo 3 17/02 10 horas 7 pais
Grupo 4 17/02 11 horas 7 pais
Para a roda, planejaram algumas perguntas norteadoras da conversa e
solicitaram que os pais registrassem no verso da ficha de dados das crianças as
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informações que iam discutindo. As professoras auxiliavam nesta tarefa além de
também registrarem as falas dos pais. A avaliação dos pais foi bastante positiva.
Assim sendo, para o ano de 2017 várias turmas aderiram a essa forma de fazer
entrevista mesmo tendo mais dias para fazê –la. E avaliaram positivamente.
Na segunda reunião, prevista para o ultimo dia do mês de março,
proporcionaremos uma apresentação da proposta de trabalho com a educação
infantil no município e nesta escola.
A terceira reunião a ser realizada em agosto, será destinada à leitura de
relatório individual de aprendizagem de cada criança por seus responsáveis. Além
disso poderá haver uma atividade para apresentar o trabalho desenvolvido. Será
material de planejamento ao longo dos HTPC
A última reunião do ano será em dezembro para leitura final de relatório
individual de aprendizagem, ficando a equipe de planejar sobre a possibilidade de
a critério do professor de cada turma expor os trabalhos ou realizar alguma
apresentação relacionada aos projetos trabalhados. Pensaremos em oferecer aos
pais um café para confraternização entre escola e família
Atividade de encerramento do 1º semestre
Esta proposta será planejada com o objetivo de promover a integração de
todas as turmas em uma atividade de final de semestre. Faremos uma festa onde
as crianças poderão se divertir e confraternizar com as demais turmas num dia
gostoso e diferente. As atividades serão planejadas oportunamente com os
materiais que dispusemos na ocasião e tentaremos a participação da APM/CE
Atividade de Semana das Crianças
A proposta é a de comemorar a criança como o Centro do nosso trabalho na
Educação Infantil. Nesse sentido é coerente haver atividades diferenciadas nessa
semana que ocorrerá de 9 a 11 de outubro. Para comemorarmos essa semana
planejaremos atividades diversificadas e divertidas que envolvam a participação
de todos os funcionários da escola e tentaremos junto à SE parcerias para
diversificar lanches e atividades.
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Atividades culturais
A APM e o Conselho de escola planejarão atividades culturais como teatro e
contação de histórias para apresentar às crianças ao longo do ano.
Festa de Confraternização
Entendemos que é um momento de fechamento de ciclo e assim,
programaremos atividades que integrem as turmas numa despedida do ano,
sempre verificando a laicidade que a escola deve assumir e, portanto sem
planejamento de atividades de cunho religioso mas sim de despedida da turma ,
lembrando que muitos estarão indo para outra escola.
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VI. CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
1. Nosso caminho rumo à construção de um currículo baseado em
campos de experiência
O nosso currículo é fruto da nossa história. A educação infantil ao longo dos
anos vem apresentando novas formas de olhar para seus fins e objetivos e,
consequentemente, nós educadores, acompanhando estas mudanças, vamos
aprimorando os nossos olhares.
Até o ano de 2015 o currículo da nossa escola era divido por áreas do
conhecimento, conforme a orientação da Proposta Curricular de São Bernardo do
Campo. Porém, desde 2013 a equipe escolar vinha discutindo outras formas de
organizar o currículo.
“Para orientar as unidades de Educação Infantil na tarefa de aperfeiçoar suas práticas pedagógicas, as novas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI), aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação em 2009 (Parecer CNE/CEB nº 20/09 e Resolução CNE/CEB nº 05/09), desafiam os professores que atuam junto às crianças de 0 a 5 anos a construírem propostas pedagógicas que, no cotidiano de creches e pré-escolas, deem voz às crianças e acolham a forma de elas significarem o mundo e a si mesmas, em parceria com as famílias. Neste sentido, foram elencados três aspectos a serem discutidos: currículo, campos de experiência e avaliação” (Zilma de M. R. de Oliveira , MEC , 2013)
No ano de 2016 a equipe optou por tirar do PPP a parte que tratava do
Currículo da Educação Infantil, que estava organizado em áreas de conhecimento por
entender que havíamos superado esta forma de organizar o nosso currículo. Porém
ainda não tínhamos estudado o suficiente para estarmos seguros de redigir e organizar
um currículo de nossa autoria para nossa escola em campos de experiência. Nossa
proposta foi então, a de que durante o ano de 2016 estudaríamos essa nova proposta
de estruturação curricular da educação infantil e a partir de nossas reflexões,
discussões e ponderações acerca dos diversos autores estudados, em 2017
passaríamos a elaborar essa parte do nosso PPP, mesmo sabendo que essa redação
será uma primeira tentativa e que novas discussões poderão ratificar nossa escrita,
aperfeiçoar e / ou mudar o que produzimos. As reflexões e orientações que se seguem
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são frutos de nosso estudo e farão parte deste nosso PPP, bem como o percurso
percorrido até o momento.
1.1 O que entendemos por um currículo organizado em Campos de Experiências:
Um currículo mais flexível, onde o professor tenha mais liberdade e trabalhe
baseando - se na realidade da comunidade escolar. Os professores realizam propostas
de atividades onde podem contemplar os campos de experiências necessários para o
desenvolvimento global das crianças. Há a valorização dos conhecimentos prévios,
experiências das crianças e os espaços são repensados, aproveitados para diversos
fins, usando criatividade, exploração e dando voz e vez às crianças, valorizando o que
trazem de aprendizagem, suas produções e onde podem experimentar diversas formas
de situações, incentivando sua autonomia, participação e troca de conhecimentos.
1.2 Como é uma escola onde o trabalho é organizado em campos de
experiências:
É uma escola infantil que continuamente valoriza as experimentações individuais e
coletivas. O papel do professor muda, passa a acolher, valorizar e ampliar a
curiosidade, as explorações, as propostas das crianças e criar oportunidades de
aprendizagem para incentivar a organização daquilo que as crianças vão descobrindo.
A escola transforma-se num ambiente onde a experiência modifica e transforma e é
retomada e reelaborada.
O professor toma a sua ação, discute de forma constante e escolhe os estímulos
mais adequados, confiando na capacidade dos alunos.
Refletir sobre o trabalho pedagógico por meio de Campos de Experiências
permite ao professor compreender que no seu trabalho algumas orientações devem
reger a elaboração do seu planejamento e as suas intervenções junto à criança:
Os princípios humanizadores devem ser considerados para todas as faixas
etárias;
A criança é o Sujeito da ação – o professor deve garantir o protagonismo da
criança;
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Buscar sempre promover a participação efetiva da criança;
Cuidar de uma prática educativa que possibilite oferecer as mais diversas
linguagens às crianças;
Repensar a prática por meio dos aspectos da Experimentação, da não
priorização de conteúdos, de meios de provocação para professores e crianças;
Não trabalhar de forma fragmentada, ou seja, há um grande incentivo para
unir os diversos conhecimentos dentre várias atividades a serem ofertadas às
crianças;
Refletir sobre quais saberes devem ser priorizados para as crianças
pequenas;
O currículo na educação infantil precisa ser organizado para possibilitar à
criança alcançar os saberes necessários;
Compreender que mesmo as crianças explorando o mesmo tema por meio de
um trabalho coletivo ou em grupo, não significa que todas irão elaborar os seus
saberes da mesma forma;
Promover trocas entre turmas com tema a ser apresentado ou que já estava
sendo explorado pelas crianças, independente de ser o mesmo tema ou a mesma
faixa etária;
Arriscar possibilidades com as crianças considerando os seus potenciais e
possibilidade de desenvolver e aprimorar aprendizagens cada vez mais;
Sensibilidade para perceber quais outros interesses as crianças apresentam;
Perceber os questionamentos que as crianças seguem fazendo para
desencadear novas ações.
Possibilitar à criança através do trabalho na educação infantil o acesso á
cultura mais elaborada. O lugar da escola é o da cultura, segundo Vygotsky.
Oferecer a forma mais elaborada das coisas é contribuir para um desenvolvimento
de forma mais significativa;
Garantir que haja a expressão da criança nas múltiplas linguagens;
Garantir às crianças atividades significativas. Fazer simplificações é o mesmo
que dizer para a criança que ela não é capaz de entender ou de buscar o
entendimento do que ela não entendeu.
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Trabalhar com campos de experiência como forma de organizar o currículo da
educação infantil aponta para a importância do planejamento, muito ao contrario do
que muitos possam pensar, quando erroneamente acham que se deve esperar
sempre pelo assunto que desperte o interesse das crianças para então planejar
ações. O professor participa do processo sugerindo assuntos também, mas não será
mais o professor sozinho que determina o caminho a seguir com determinado
assunto. O interesse da turma determina o conteúdo necessário para dar conta
desse interesse. O planejamento é fundamental e mais difícil de ser realizado, pois
não pertence somente ao professor, mas agora que a criança tem voz e interesse, o
professor precisa estar muito mais atendo à sua turma. O professor precisará levar
em consideração alguns aspectos ao planejar, ou seja, os interesses das crianças
buscando aprimorar o conhecimento com significatividade à elas; deve considerar a
criança enquanto sujeito e promover sempre a sua participação efetiva. Deve
considerar e conhecer a realidade da criança. O professor deve refletir que a criança
já nasce com potencial e características de inteligência. As características humanas
são aprendidas pelas experiências vividas e a escola e a vida coletiva tem o papel
fundamental para essa constituição. O professor deve refletir em que situação se
encaixa: Como planeja, como atua e em que condições isso acontece.
O professor deve estar atento a ofertar sempre mais aprendizado para as crianças.
Às vezes o professor deve avaliar a própria atividade, se essa facilita ou dificulta
para a criança o aprendizado. A importância do professor em criar um espaço
favorável para as crianças trocar, jogar papéis entre elas, mostrar novas
possibilidades e observar o momento certo para mediar. O professor de educação
infantil tem que intermediar o tempo todo. No momento que o professor prepara o
espaço, é uma mediação, na oferta de materiais, na organização do tempo e na
observação, são mediações. O professor ao criar uma sistemática de observação de
sua sala, das ações e comentários da turma, ele será capaz de elaborar ou
reelaborar seu plano a partir daquilo que observar.
Além disso, o professor enquanto profissional precisa estar sempre se aprimorando,
teoricamente na área específica, mas também culturalmente:
Formação do professor precisa ocorrer de forma contínua;
O professor deve buscar ampliar o seu repertório cultural – Uma formação
global;
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O professor deve buscar por leituras para aprofundar os seus conhecimentos e
desta forma ser possível buscar estar sempre refletindo sobre a sua prática
educativa;
O professor deve trazer possibilidades e conhecimentos de suas próprias
vivências como possibilidade de ampliar o repertório de aprendizagem da criança;
São ricas e produtivas as trocas entre os professores (contribuição entre os
colegas), as crianças e todos os envolvidos na dinâmica do trabalho pedagógico;
Também o professor deve levar em consideração os aspectos afetivo e cognitivo
na criança, que não se separam porque a criança está em desenvolvimento da
personalidade e inteligência, ao mesmo tempo a confiança da criança no adulto
contribui durante esse processo de desenvolvimento da inteligência, condições do
meio.
A relação do professor com a criança faz parte da intencionalidade pedagógica
em todas as situações, contribuindo para o incentivo e valorização das suas
capacidades. As relações cognitivo-afetivo devem ser cuidadosamente pensadas na
escola.
Escolas de 0 a 3 anos com cuidados assistencialistas e escolas 4 a 6 anos que
fazem antecipações de conteúdos do ensino fundamental não estão trabalhando as
verdadeiras potencialidades de cada faixa etária.
2. Campos de Experiências
No início de 2017, com a chegada de novos membros à equipe gestora,
retomamos o percurso que havia sido traçado até então e nos debruçamos na tarefa
de estabelecer, em conjunto com os educadores, os campos de experiência que
fariam parte do nosso Projeto Político Pedagógico.
Nas reuniões de HTPC foram apresentadas diferentes propostas curriculares
vigentes em outras cidades, estados e até países e através da análise e discussão
coletivas, chegamos a seguinte proposta:
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1. Comunicação e letramento
2. Conhecimento espacial e matemático
3. Arte e suas linguagens
4. Identidade e relações
5. Corpo e suas possibilidades
6. Sociedade e Natureza
Passamos a seguir a conceituar os campos acordados e listamos algumas
experiências que já são realizadas na escola, mas optamos por mantê-las ao final da
conceituação de todos os campos, uma vez que perpassam por vários deles.
2.1 Comunicação e Letramento
Em seu processo de desenvolvimento, o ser humano usa linguagens diversas para
significar o mundo e interagir com outros sujeitos da cultura. Linguagens essas que
dependem da função simbólica, capacidade de construir símbolos e signos, que
permitem evocar ou tornar presente o que está ausente, possibilitando a separação
do sujeito da situação imediata. Nesse sentido, é importante propiciarmos às
crianças experiências que contribuam para o desenvolvimento da linguagem e do
pensamento, de forma a se apropriarem da cultura e de produzi-la. Assim, vão se
constituindo como sujeitos, na medida em podem dizer e deixar marcas, expressar,
compartilhar e comunicar significados, potencializando sua imaginação, seus
pensamentos, suas lógicas e sua capacidade de representação e simbolização.
A comunicação e o letramento na Educação Infantil, entende-se por experiências da
criança com a cultura oral, pois é na escuta de historias, na participação em
conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo
e nas implicações com as múltiplas linguagens, que a criança se constitui
ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. Porém, todo este
processo não pode ser de forma subjetiva, pois a escola é um polo de surdos,
necessitando de atividades objetivas ( concretas).
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A apropriação da linguagem oral e/ou em Libras, a expressão gráfica, musical,
plástica, dramática, escrita entre outras, potencializam a organização do
pensamento na capacidade criativa, expressiva e comunicativa da criança.
Em diversos gêneros textuais, a criança percebe varias possibilidades de
letramento, como: o calendário, receitas, bilhetes, contação de historias, reconto,
textos coletivos que levam a situações de leitura e de escrita, aprendendo a ver o
mundo das imagens, das letras, das palavras e dos textos.
2.2 Conhecimento espacial e matemático
O trabalho com a matemática na educação infantil é rico de possibilidades, pois ela
está presente na arte, na música, nas histórias, nas brincadeiras, na dança, no
mundo natural e social. As crianças estão vivendo a matemática quando descobrem
coisas iguais e diferentes, organizam, classificam e criam coleções, estabelecem
relações, observam os tamanhos das coisas, brincam com as formas, ocupam um
espaço.
Entender a forma como as crianças se apropriam dos conhecimentos matemáticos
significa discutir como, a partir de suas especificidades, elas interagem com a
matemática presente no cotidiano. Ou seja, a criança já nasce em um mundo repleto
de produções culturais do qual o conhecimento matemático é parte integrante,
enquanto um objeto de uso social. Para se apropriar desse conhecimento a criança
deve ser incentivada a elaborar hipóteses, a estabelecer relações, a dialogar com
adultos e com outras crianças num “ambiente matematizador”. Nesse sentido, o
trabalho com a matemática deve possibilitar à criança vivenciar e perceber, de forma
significativa, os usos e as funções da matemática na sociedade, por meio da
interação, das brincadeiras, da imitação, da experimentação, da exploração que são
as formas como ela aprende e se desenvolve.
Um dos objetivos do ensino da matemática deve ser o de desenvolver a capacidade de
dedução (raciocínio lógico) e não a habilidade para calcular mecanicamente. É
importante compreendermos que os números são símbolos que representam
graficamente uma quantidade de coisas que poderiam ser representadas de outra
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forma. Assim, antes de descobrir os números, é importante ajudarmos as crianças:
dizer quantos têm, mostrar nos dedinhos e brincar com tudo isso. Também é muito
importante que os primeiros contatos da criança com a matemática lhe tragam
prazer e que ela tenha a sensação de estar fazendo descobertas interessantes.
Este campo de experiência dirige-se de modo específico às capacidades de
agrupamento, ordenamento, quantificação e mensuração de fatos e fenômenos da
realidade, e às habilidades necessárias para interpretá-la e para intervir
conscientemente nela. Para essa finalidade, as habilidades matemáticas concernem
em primeiro lugar à solução de problemas mediante a aquisição de instrumentos que
podem se tornar, por sua vez, objeto de reflexão e de análise.
2.3 Arte e suas linguagens
A arte está presente na vida das pessoas e uma das suas principais atribuições na
educação infantil é possibilitar que a criança amplie seu conhecimento, suas
habilidades e a descoberta de suas potencialidades. Por meio da arte a criança
expressa seus sentimentos, medos e frustrações, ampliando sua relação com o
mundo.
A aquisição da função simbólica possibilita também às crianças se expressar,
comunicar ideias, atribuir sentido ao mundo, às sensações, aos pensamentos e
transformar a realidade por meio da linguagem visual e plástica. A linguagem
artística é essencialmente responsável pela produção cultural humana e se
manifesta por meio de diferentes modalidades: desenho, ilustração, gravura, pintura,
escultura, construção, instalação, fotografia, cinema, televisão, computação gráfica,
música, teatro, dança, dentre outras.
2.3.1 Artes Visuais
As artes visuais se concretizam pela organização de linhas, formas, pontos, tanto
bidimensionais quanto tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz, integrando
aspectos sensíveis, afetivos, intuitivos, estéticos e comunicativos na perspectiva de
compartilhar significados. Assim, a forma como a criança vai se expressar, apreciar
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e compartilhar significados por meio da linguagem visual vai depender de suas
experiências de vida, bem como do conhecimento dos signos, símbolos, suportes,
materiais, instrumentos e procedimentos próprios dessa linguagem.
Nesse sentido, as artes visuais são fundamentais para a formação humana, ela
permeia nossas vidas, nos encoraja a dialogar com o mundo, nos permite refletir
sobre nós mesmos, ensina a criança a valorizar o trabalho do outro, respeitando
assim a diversidade cultural.
Com o desenho de uma criança podemos aprender muito sobre seu modo de pensar
e sobre as habilidades que possui. Desenhar possibilita a criança estruturar seu
pensamento, mas é importante respeitar o ritmo de cada uma e a evolução de suas
produções, porque cada criança tem um tempo e uma maneira de internalizar suas
experiências e vivências. Para que haja avanços nessa forma de expressão, é
preciso promover experiências diversificadas para contemplar a fase de cada
criança que precisa ser conhecida pelos educadores.
O professor deve incentivar a criança para que ela se expresse e represente seu
pensamento, incentivando-a em suas criações, valorizando suas diferentes formas
de expressão e comunicação com o meio. Isso significa que quanto mais
experiências as crianças tiverem e mais acesso às obras de arte, apreciando-as,
observando-as de diferentes ângulos, dialogando com ela, deixando que seus
sentimentos e sensações falem mais alto, mais imagens e cores irão compor seu
repertorio artístico, assim mais elementos ela terá em sua memoria para resgatar e
comparar, fazendo sua apreciação estética.
2.3.2 Música E Dança
Através da música é possível à criança se expressar, interagir com os outros e
ampliar seu conhecimento do mundo.
Os elementos musicais permitem a expressão das sensações, sentimentos e
pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações musicais.
Assim, é importante que a criança vivencie experiências que possibilitem a
percepção e compreensão dos elementos musicais (som, ausência de som, altura,
timbre e intensidade).
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O repertório musical infantil frequentemente é limitado ora por composições pouco
representativas do cancioneiro infantil, ora pelo repertório adulto ao qual a criança
está inserida seja pela família ou qualquer outro grupo social ao qual faz parte.
Frente a essa situação é papel da escola da infância, a ampliação desse repertório
levando em conta diferentes gêneros, ritmos e estilos musicais. A diversidade
cultural também contribui para essa ampliação através do aprendizado de cantos,
ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos; bem como a
exploração dos sons corporais.
Outro aspecto fundamental nesse campo de experiência musical diz respeito à
relação entre música, movimento e dança. Dança é um aspecto da corporeidade e
tem uma íntima relação com a música.
Mas isso não significa que seja a mesma coisa, música e dança são duas
manifestações distintas, mas que guardam entre si aspectos comuns como o ritmo e
o pulso, a energia, a força e o volume dos sons.
Incentivar as crianças a fazerem música, a se movimentarem e dançarem é atender
à necessidade que elas tem de se expressar e de brincar. A organização entre sons
e silêncio, ultrapassa as técnicas e faz dessa arte/linguagem algo capaz de mexer
com todas as emoções possibilitando a formação humana.
A exploração musical é intuitiva e revela pouco controle ou domínio técnico sobre o
material sonoro. Com o desenvolvimento gradativo da motricidade, as crianças vão
conseguindo controlar melhor os movimentos, o que viabiliza a manipulação
intencional dos instrumentos e outras fontes sonoras quer seja nas brincadeiras, nos
projetos de trabalho ou, em outros momentos, na instituição ou fora dela.
Já afirmamos que as crianças aprendem, estabelecendo relações e interações com
objetos e pessoas e, como a música está em todos ambientes, as Instituições de
Educação Infantil podem oferecer experiências de exploração musical nos seus
tempos e espaços, tendo como desafio coordenar essa aprendizagem com outras,
porque a criança aprende enquanto experimenta o mundo, dando um significado à
sua existência. É importante considerar que uma das formas de superação das
desigualdades sociais está nas possibilidades de acesso ao conhecimento e aos
saberes e na forma como eles são compartilhados.
Nesse contexto, as experiências possibilitadas às crianças devem ultrapassar as
barreiras das deficiências, cor da pele, orientação sexual ou religião, considerando
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toda riqueza de sons e danças de origem africana e que hoje se definem como
ritmos afro-brasileiros, é necessário construir e reconstruir saberes e conhecimento
de respeito e valorização da memória africana. Nessa linha é importante considerar
a influência indígena. Trabalhar nessa perspectiva é uma forma de garantir
aprendizagem e formação humana dentro do princípio da diversidade.
2.3.3 Teatro
O faz de conta é importante para a criança, pois esta se constrói e constrói o mundo
a sua volta a partir de processos imitativos. Essa dramatização espontânea da
criança pode ser seu jogo favorito através do qual desenvolve habilidades
expressivas. Quando aproveitamos esta aptidão que a criança demonstra desde
cedo pela brincadeira de faz de conta, podemos provocar seus interesses,
desafiando-as a participar de jogos organizados pelo professor com a intenção de
desenvolver não somente suas habilidades expressivas, mas também de lidar com
muitas outras situações que povoam seu cotidiano. É necessário diferenciar a
dramatização espontânea da criança que chamamos de faz de conta e a
representação teatral. Na brincadeira de faz de conta a criança imita ações
exteriores espontaneamente e a partir de seus interesses. A criança pequena não se
interessa por afetar outra pessoa a sua volta em sua brincadeira, brinca de ser o
outro pelo prazer envolvido nessa ação. É através da intervenção do educador que
as crianças serão levadas a perceber que não estão isoladas no mundo e que a
representação teatral lhe oferece a possibilidade de se colocar no lugar do outro e
comunicar ideias a partir do gesto empregado.
As experiências propostas diferenciam-se do faz de conta infantil devido à existência
de regras organizacionais pré-estabelecidas e negociadas com as crianças, de
delimitação de espaço e de uma preparação antecipada. Apesar de haver
improvisação por parte do grupo que encena, as regras e combinados são anteriores
à ação. Destacamos a participação do adulto como parceiro/organizador deste jogo,
mas toda a organização pode ser realizada em conjunto com o grupo de crianças.
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2.4 Identidade e relações
Nesta perspectiva espera-se um trabalho que desenvolva a capacidade do sujeito de
expressar seus sentimentos e necessidades, sendo também capaz de lidar com
suas emoções e desejos. Com isso, se faz necessário apropriar-se da organização
pessoal e espacial, para o autocuidado, visando o seu bem estar, adquirindo
sentimentos de confiança e segurança, sendo assim, capaz de se adaptar às novas
situações. Neste aspecto, é necessário perceber o outro como ser independente de
si e respeitando-o como tal, desenvolvendo a capacidade de trabalhar e conviver em
grupo.
2.5 Corpo e suas possibilidades
Na perspectiva da construção de sua corporeidade e da constituição de sua
subjetividade, deve-se possibilitar às crianças na Educação Infantil desenvolver
suas possibilidades corporais e a capacidade de controle de seu corpo, no sentido
de realizar deslocamentos mais ágeis, seguros e ações mais precisas no seu
espaço físico e cultural.
As experiências propostas devem ser planejadas considerando que as crianças
irão, ao vivenciá-las, desenvolver a orientação e a adaptação de seu corpo no
espaço, irão também construir a autonomia de movimentos necessários ao
autocuidado e o cuidado com o outro, além de desenvolver a capacidade de criar,
imaginar e se expressar por meio de gestos e movimentos.
Outro aspecto a ser considerado nesse campo, em relação às crianças, é o
desenvolvimento de suas percepções: visual, olfativa, gustativa, tátil e cenestésica.
Para que alcancemos os objetivos propostos devemos tentar sempre ampliar o
repertório de manifestações culturais, estéticas e artísticas relacionadas ao
movimentar-se humano, reconhecendo e respeitando toda diversidade, as
diferenças corporais relativas a gênero, etnia e faixa etária.
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2.6 Sociedade e Natureza
A intenção deste campo é nortear o trabalho com o objetivo de criar situações de
contato com diferentes experiências que levem as crianças a refletirem a partir de
evidências. Isso significa que algumas experiências do cotidiano levam os pequenos
a formar esquemas de percepção que os ajudam a desenvolver atitudes
investigativas e pensar sobre as ideias que eles elaboram diante de diferentes
situações, culturas e do modo de vida social.
Com relação ao ambiente interno são diversas as experiências vivenciadas que
promovem a vida em sociedade. A divisão dos brinquedos, dos espaços coletivos,
como banheiros, bebedouros, refeitórios, músicas e brincadeiras que enfatizam o eu,
o outro e o nós e as regras de convivência.
A vida em sociedade e a valorização de culturas podem ser trabalhadas partindo de
temas como num simples conto de fadas, questionando se o ambiente era realmente
como é contado, trazendo também essa experiência para o dia a dia das crianças.
A partir da observação é possível despertar a curiosidade das crianças para que
questionem os “como” e os “por quês” do mundo e assim transferirem essa
percepção para o ambiente externo da escola considerando as transformações
feitas pelo homem e as causas e consequências para a natureza. Como o exemplo
da invenção do papel para enxugarmos as mãos que facilitam os nossos cuidados,
mas devem ser utilizados com consciência, pois o papel é fabricado através da
extração de arvores o que ocasionaria a falta de oxigênio. Quando o professor
apresenta questões ou problemas que despertem a curiosidade e a inquietação
quanto às situações apresentadas, a criança inicia sua busca para soluções para o
cuidado, preservação da biodiversidade e sustentabilidade. A partir dessa
curiosidade despertada o professor pode se aprofundar na cultura, relação com a
natureza, e a busca dos antepassados para as transformações tecnológicas.
Com o objetivo de reforçar os vínculos já existentes, criar novos e estabelecer uma
sensação de pertencimento, devem-se propor ambientes diferenciados com
aspectos familiares e também de diversas culturas, para que as crianças pratiquem
o faz de conta e brinquem muito, sendo assim direcionadas para entender as regras
de convivência, temas como trabalho, profissões, tipos diferentes de vestuários,
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diferentes celebrações, o ambiente e as necessidades quanto a preservação e
principalmente conhecer a história de sua família.
A intencionalidade do professor é que garantirá a vivência a partir dessas
experiências formadoras e transformadoras.
Sabendo que o conhecimento se constrói por aproximações e superações, é
importante que o professor proporcione experiências sucessivas de conhecimento
de corpo, animais, planta, meio ambiente, astros, fenômenos da natureza e
fenômenos físicos e químicos, fazendo com que a criança entenda que ela faz parte
de um sistema e que suas ações serão positivas ou negativas para a natureza.
3. Experiências
A opção de listarmos algumas experiências que já são realizadas na
escola, e de mantê-las ao final da conceituação de todos os campos ocorreu uma
vez que essas experiências perpassam por vários deles. Também entendemos que
essa lista é dinâmica e será alimentada pela equipe ao longo do ano, quando houver
boas experiências. Nosso rol de experiências:
Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da
produção musical brasileira e de outros povos e países;
Informações sobre as obras ouvidas e sobre seus compositores para iniciar
seus conhecimentos sobre a produção musical;
Brincadeiras musicais: rodas, cantigas, músicas cumulativas, etc.;
Jogos musicais;
Jogos de configuração (criar gestos em cima de imagens);
Jogo de sombra, contorno e imagem;
Atividades corporais que trabalhem ritmo: bater bola no chão, na parede,
pular corda, etc.;
Histórias com música;
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Caixa Surpresa musical: com brinquedos musicais produzidos pela turma
para que eles adivinhem através do som, qual é o instrumento e que tipo de som
ele produz;
Confecção e exploração de objetos para produzir e reproduzir sons;
Construir objetos sonoros: encher potinhos de plástico ou latinhas de
refrigerante com diferentes materiais (pedrinhas, botões, milho, arroz) e mostrar às
crianças as diferenças de sons (graves, médios e agudos). Depois pedir a elas para
organizá-los do mais grave para o mais agudo e vice-versa. Garantir material igual
em cor e formato a fim de que as crianças possam realizar as experiências guiadas
apenas pelo som.
Apreciação musical: músicas, sons do ambiente, bingo musical, vozes,
ritmos, gêneros musicais;
Passear com as crianças pela escola para que elas observem os sons do
cotidiano nos diferentes ambientes, como pátio, cozinha, corredores. Depois as
crianças podem fazer mapas registrando suas observações, o que vai estimular a
audição;
Dramatizações utilizando fantoches e música;
Realizar com as crianças o resgate cultural do assunto trabalhado de acordo
com os projetos;
Levantamento de preferências musicais com as crianças e familiares;
Vídeos musicais;
Parcerias para promover apresentações para as crianças;
Apreciação de concertos musicais;
Música para relaxar, música ambiente, momentos da rotina, aquecer,
motivar;
Confeccionar com os alunos livro das músicas preferidas ou as que foram
trabalhadas com eles e a gravação de CD com os alunos cantando ou produzindo
sons musicais com o corpo, instrumentos ou outras fontes sonoras.
Apresentação das turmas com músicas escolhidas pelas crianças e a
professora;
Observação de obras de artes;
Produção artísticas utilizando diferentes suportes e meios como:
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-papéis diversos, tecidos, parede;
-tinta de terra, corante, folhas, flores, gelatina;
-pincéis, gravetos, cotonete, folhas, galhos, bexigas, barbantes, colagens de
diferentes materiais;
Utilizar músicas com como fundo, agitadas ou calmas para que interfiram
nas produções de artes;
Brincar com água, terra e areia;
Brincar de saco ou caixa surpresa, reconhecendo os objetos pelo tato, pelo
cheiro, pelo gosto, pelo som que produzem e descrevendo sensações;
Brincar com a exploração de diversos sabores, cores, imagens, cheiros,
texturas, consistências, temperaturas etc.;
Brincar nos espaços externos e internos da escola, com obstáculos que
permitam arrastar, engatinhar, levantar, subir, descer, passar por dentro, por baixo,
saltar, rolar, virar cambalhota etc.;
Brincar livremente nos espaços externos da escola;
Participar de brincadeiras com circuitos motores;
Brincar com objetos, como empurrar pneus, pular corda, jogar bola,
bambolês;
Rodopiar, balançar, escorregar, equilibrar-se, subir escadas, usar os
brinquedos do parque;
Brincar de faz de conta;
Vivenciar brincadeiras e jogos corporais como amarelinha, cabo de guerra,
marinheiros da Europa e da pipoca, roda, boliche, pano encantado, passa- anel,
bola ao cesto, esconde- esconde, caçadores de tartaruga, mãe polenta, vamos
brincar no bosque, patinho feio, rabo do macaco, acorda seu urso, ponte da
vinhaça, etc.;
Vivenciar brincadeiras que envolvam tensão e relaxamento;
Brincar de descobrir a respiração, deitando-se e observando, etc.;
Fazer o contorno do corpo, recortá-lo, revesti-lo, delinear suas feições;
Vivenciar jogos de imitação e mímica;
Fazer releitura corporal de obras de arte;
Vivenciar histórias dramatizadas com o grupo;
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Movimentar-se livremente, expressando sentimentos e ideias;
Brincar de circo, imitando palhaços, malabaristas, mágicos;
Dramatizar histórias, imitando e criando personagens;
Criar cenários, personagens e tramas nas brincadeiras de faz de conta,
utilizando fantasias e acessórios;
Assistir e criar peças de teatros com pessoas, de fantoches, de bonecos, de
varetas, com objetos que se transformam, teatro de sombras, etc.;
Assistir e participar da construção de espetáculos de dança de vários estilos
e ritmos;
Assistir e participar de apresentações de diversas danças;
Dançar criando movimentos;
Visita à feiras livres que são utilizadas nas atividades educativas para
enriquecimento das propostas;
Visitas às exposições na cidade de São Bernardo do Campo e região.
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VII. ACOMPANHAMENTO DAS APRENDIZAGENS E DE
INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS
1. Avaliação das aprendizagens das crianças
A observação e o registro são instrumentos que auxiliam o professor na sua
prática pedagógica, permitindo que obtenham dados e informações que irão nortear
a proposta que está sendo desenvolvida: momentos em que é possível avançar,
retornar ou reformular.
A sistematização deste processo ocorre através do registro escrito da
criança e do registro do professor, seguindo orientações e critérios tais como: ser
diário, escrito com observações das características do grupo e individuais de cada
criança para acompanhamento do processo de aprendizagem.
No início do ano as professoras recebem os relatórios das crianças do ano
anterior como importante instrumento para conhecer um pouco das conquistas de
cada um. A entrevista com a família também pode trazer informações importantes
sobre cada criança.
A partir da leitura do relatório, dos dados informados na entrevista com os
pais e na observação, os dados são registrados e ajudam a reconhecer o que as
crianças já sabem, quais são os interesses e curiosidades. Esta avaliação é feita
individualmente e no grupo como um todo, de forma que possibilite à professora
saber quais são as hipóteses de pensamento das crianças e de como constroem o
conhecimento. Desta forma, se constituirá o planejamento dos Projetos, das
atividades sequenciadas e permanentes.
A partir desse momento os professore escrevem a sua “Carta de intenções”
onde traçam o caminho que pretendem seguir com o planejamento frente ao
levantamento das necessidades, saberes e interesses da turma. Essa carta de
intenções será compartilhada com os pais na segunda reunião com eles.
A avaliação processual ocorre durante todo o desenvolvimento do trabalho,
onde todas as ações são avaliadas, reavaliadas e alteradas quando necessário.
Através do diário de bordo, cada professora vai registrando os processos de
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aprendizagens da turma, organizando também por criança seus registros. Neste ano
houve a orientação desde o inicio do ano para que as professoras separassem uma
parte de seus diários de bordo para realizarem a escritas das observações
individuais das crianças.
As informações registradas ao longo do semestre vão constituir a escrita do
Relatório individual da criança. Depois da entrega destes relatórios à CP, é
promovida pela equipe uma devolutiva desses relatórios, constituindo-se num rico
momento de discussão, reflexão, troca de conhecimentos e trabalho cooperativo de
construção de conhecimento. A partir de então, novos encaminhamentos serão
lançados para o professor em seus próximos trabalhos.
Além destas avaliações que direcionam o trabalho do professor quanto ao
processo de desenvolvimento da criança por meio da escrita dos relatórios
individuais, registros de observações feitas em sala de aula em diário de bordo,
avaliação escolar de final de ano, realizamos avaliação da comunidade que tem por
objetivo levantar avanços e dificuldades do trabalho desenvolvido por nossa unidade
Escolar e enviado à Secretaria de Educação.
Nos anos anteriores, começamos a promover algumas mudanças na forma
como as professoras planejam projetos e fazem seus registros no diário de bordo. O
estudo desenvolvido no plano de formação tem provocado diversas reflexões no
trabalho desenvolvido pela escola e consequentemente a avaliação das
aprendizagens das crianças e a escrita do relatório vêm se modificando a partir de
um novo olhar.
2. Acompanhamento dos instrumentos metodológicos
Acreditamos que o professor se forma em vários momentos e espaços que
não se restringem somente à escola. Além do tempo sistematizado voltado ao Plano
de Formação Continuada existem outros momentos de formação do professor que
também são voltados às ações formativas e que dizem respeito ao
acompanhamento dos instrumentos metodológicos. A documentação pedagógica se
realiza em um processo cooperativo, que ajuda o professor a escutar e observar as
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crianças. Possibilita aos educadores construir experiências significativas para as
crianças, promovendo o crescimento profissional e a comunicação entre os adultos.
Proporciona reflexão sobre a prática, às experiências vivenciadas e os projetos
explorados.
2.1. Planejamento e Registro do professor
São vários os momentos e instrumentos de planejamento. No início do ano os
professores planejam as primeiras propostas para o mês de fevereiro tendo como
objetivo principal acolher as crianças que estão em período de adaptação e
conhecê-las. As observações iniciais sobre os interesses das crianças vão nortear o
planejamento de atividades sequenciadas, projetos e as atividades permanentes
para os próximos meses. Sempre que necessário, de acordo com o processo vivido
e novos interesses das crianças, os professores vão retomando os projetos,
reorientando o plano ou planejando outros de acordo com a necessidade da turma.
Uma vez por semana (sextas-feiras) a CP faz o acompanhamento do Diário de
bordo lendo os registros com o objetivo de conhecer as crianças, a prática do
professor para poder auxiliá-lo em suas reflexões, dar suporte material se
necessário, saber de boas práticas, enfim, interagir com o professor por meio de
devolutivas escritas e em caso de urgências fazer intervenções diretas em sala de
aula para ajudá-lo.
O Diário de Bordo tem sido um importante instrumento de reflexão sobre a
prática das (os) professoras (es) e de produção de conhecimento pedagógico. Este
instrumento consolida a concepção que temos construído na escola de professor
pesquisador, investigador e produtor de conhecimento. O Diário de Bordo valoriza o
professor quando lhe devolve a autoria pedagógica, ou seja, a produção de teoria
por meio da experiência. (LOPES, 2009)
O valor da experiência e a importância do registro como memória tem se
consolidado a cada ano nesta escola ao qualificarmos e ampliarmos cada vez mais
o uso do Diário de Bordo como instrumento metodológico. Nesse sentido nos
apoiamos em Benjamin (2014) que afirma a importância da memória e da
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experiência como forma do sujeito se apropriar de um acontecimento, elaborar e
atribuir sentido.
Para além da escrita, entendemos como necessária a leitura dos diários pela
Coordenação Pedagógica no intuito de estabelecer parceria e trabalho colaborativo.
Desde o inicio do uso do Diário na escola em 2013, observamos os ganhos que esta
parceria pode promover quando há uma interlocução entre professor e Coordenador
por meio do Diário. Nas conversas travadas no diário, a Coordenadora Pedagógica
pode mobilizar o professor a produzir narrativas e a refletir sobre o fazer pedagógico.
Cada professor vai desenvolvendo seu estilo de escrita ao longo da experiência
de escrever diariamente. Contém escritas variadas sobre observações das crianças,
desenvolvimento do dia, problematização sobre uma proposta, número de crianças
presentes no dia, encaminhamentos frente a reflexão , planejamento, enfim, várias
são as possibilidades de uso deste instrumento e de linguagens que podem
completar a reflexão. Algumas professoras optam por adicionar fotos e vídeos em
seus registros o que também tem sido muito rico.
Sabemos o tamanho do desafio da proposta do uso do Diário de bordo como
instrumento metodológico. Seu uso implica em dedicação de tempo para quem
escreve e para quem o lê e compreensão do valor deste instrumento para que
efetivamente se torne um instrumento valioso para a qualificação do trabalho do
professor que o utiliza.
Mesmo com todos os desafios e limitações, o Diário de Bordo vem sendo
avaliado pelas professoras como um importante instrumento para a formação
profissional e a valorização do trabalho, sendo assim, o manteremos em 2016 para
todos os professores. Desta forma, acreditamos que compartilhamos saberes e
formamos uma comunidade reflexiva como argumenta Bruner (2000, p.201):
O núcleo da ideia é que é um erro grave localizar a inteligência numa cabeça isolada. Ela existe também não só no nosso meio particular de livros, enciclopédias e anotações, mas ainda nas cabeças e nos hábitos dos amigos com que interagimos, até mesmo naquilo que do ponto de vista social acabamos por dar por adquirido. No capítulo precedente, eu mencionava a descoberta de Harriet Zuckerman, segundo a qual a oportunidade de alguém ganhar o Prémio Nobel aumenta grandemente pelo simples facto de ter trabalhado no laboratório de quem já o tenha ganho. E não é porque a associação lhe confira qualquer “cunha” ou torne mais visível. Tem a ver também com o facto de se ter entrado numa comunidade, cuja extensa inteligência passa a partilhar. É essa subtil “partilha” que constitui a
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inteligência distribuída. Ao entrar numa comunidade com essa característica, você integra-se não só num conjunto de convenção de práxis, mas também num estilo de exercício da inteligência.
2.2. Relatório Individual da criança (1º e 2º semestre)
A equipe vem discutindo orientações da escrita dos relatórios de forma
antecipada para que todos possam construir junto um modelo coerente com a ação
pedagógica desenvolvida na escola. Elabora-se um rascunho que entre “idas e
vindas” vai sendo constituído a partir das sugestões de alterações para a elaboração
dos relatórios. Após a entrega, a Coordenadora pedagógica realiza a leitura de cada
relatório e faz a devolutiva dos mesmos em reunião individual.
No processo de reflexão sobre as práticas e de uma nova proposta curricular
onde se valoriza as experiências das crianças com os objetos culturais, o uso das
diferentes linguagens e o brincar como eixo do currículo, nossa equipe tem escrito
os relatórios a partir do entendimento de que a avaliação na Educação Infantil se
define como:
[...] instrumento que deve proporcionar às professoras análise de seu próprio trabalho, acompanhando o que as crianças já sabem e o que elas passam a construir de Novo- tendo como objetivo saber se está cumprindo e respeitando as especificidades das crianças, provocando situações educativas lúdicas (uma vez que a brincadeira deve ser o eixo do trabalho educativo), avaliando por meio do registro, da documentação e da análise das suas práticas, articuladamente. (PRADO, 2007, p. 239)
Com base neste conceito de avaliação, os relatórios vão se construindo a
partir das observações das crianças, das reflexões nos diários de bordo, da análise
da documentação pedagógica das crianças, etc. Temos apresentado no relatório o
trabalho desenvolvido com a turma, projetos, sequências e atividades permanentes
e o percurso da criança no semestre. Ao acompanhar o processo, as experiências
vivenciadas pelas crianças, o professor faz a síntese de suas observações no
relatório semestral, tendo como referência o que argumenta Godoi ( 2004, p.102):
No momento em que o professor pensa sobre as crianças e conhece suas características, não para compará-las, para julgá-las e classifica-las, mas para organizar o trabalho, para proporcionar um ambiente rico, prazeroso, com estímulos que vá ao encontro dos seus
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interesses, a avaliação pode ser positiva e favorecer o crescimento tanto da criança quanto do adulto.
Para ilustrar e apoiar as avaliações, o relatório poderá trazer fotos, desenhos,
atividades das crianças, enfim, outros materiais que possam contribuir para o
registro do processo e contribuir para a análise de quem vão recebê-lo
posteriormente, além da própria memória para o professor que o escreveu.
2.3. Registros das Reuniões Pedagógicas e HTPCs
Os registros das reuniões de HTPCs e Reuniões Pedagógicas são feitos por um
professor organizado por escalas. Ficam arquivados em livro ata acessível a todos
e serve de material de consulta para o próximo ano e em qualquer momento do
corrente ano em caso de dúvida das discussões realizadas.
3. PLANO DE ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
2017
Para organizar e subsidiar o acompanhamento do trabalho pedagógico e a
documentação pedagógica pela equipe gestora, formulamos o seguinte plano:
Objetivo Geral: Sistematizar ações da gestão para o acompanhamento do trabalho
pedagógico a fim de qualificar este trabalho.
Período: fevereiro a dezembro de 2017.
Ações:
3.1 Diário de bordo
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Objetivo: Favorecer a reflexão sobre a prática pedagógica por meio de uma escrita
diária contendo registro de ações, interpretações das situações relatadas e
indicação para o replanejamento, entre outros;
Acompanhamento:
Leitura dos diários semanalmente pela coordenação;
Devolutivas: - escrita;
- em conversa particular no HTP;
- abordagem no HTPC;
- roda de conversa em HTP com leitura entre pares;
Roteiro para observação:
Aprendizagem das crianças;
Dinâmica e gestão do grupo;
Mediação;
Relação com os Planos (projetos/ sequências/ permanentes...)
Encaminhamentos gerados;
Eventos iniciados pelas crianças;
Eventos iniciados pela professora;
Ações relacionadas a cuidados;
Uso e organização do material;
A criança em atividade pedagógica;
Relações (adulto/criança; criança/criança);
Ações como aluno (fila, espera, etc);
Ações relacionadas a procedimentos rotineiros;
Ações relacionadas às experiências das crianças;
Ações relacionadas à intervenção no espaço;
Ações relacionadas à intervenção no tempo.
Observar as amarrações entre os registros, os planos e os relatórios.
Plano do dia: criança planeja/ executa/ busca ajuda/ fechamento do dia.
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3.2 Relatório de Aprendizagem
Objetivo: Acompanhar e socializar com as famílias o percurso de aprendizagem
das crianças a fim de promover novas experiências de acordo com as
necessidades observadas.
Acompanhamento:
Indicações no Diário de bordo para registro do percurso de aprendizagem das
crianças;
Construção do portifólio individual e coletivo para avaliação processual;
Tarefas sistemáticas para auxiliar as professoras na elaboração processual do
relatório (análise de relatórios e debate/ escrita por partes a partir de tarefas, etc...);
Indicar / Ajudar as professoras a construir mecanismos de avaliação da
aprendizagem das crianças:
- registrar nos planos as aprendizagens que serão foco de observação;
- considerar a oralidade
- produção escrita/ numérica
- resolução de problemas
- desenho como registro
- desenvolvimento nas brincadeiras: narrativas / exploração
- Aprendizagem individual
- Aprendizagem coletiva
- Níveis de ajuda
- desenvolvimento motor
- relação com as crianças
- relação com os adultos
- relação com os espaços
- Repetir atividades para ver evolução quando possível. Ex. história.
3.3 Portifólio
Objetivo: organizar e documentar as produções das crianças a fim de acompanhar
a aprendizagem e o desenvolvimento.
Ações: Separar e guardar amostras de:
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Escrita;
Desenho;
Produções referentes a projetos e outras propostas;
Oralidade (filmagens / gravações / transcrição);
Fotografias
3.4 Portifólio LIBRAS
Objetivo: padronizar um sistema de acompanhamento da aquisição da língua de
sinais para avaliação da aprendizagem.
Escolher uma história para reconto em LIBRAS periodicamente – garantindo no
mínimo uma filmagem por mês de cada criança;
Elencar alguns vocabulários da rotina e filmar periodicamente cada criança na
conversa do mesmo tema.
Outras ações propostas pela fonoaudióloga
3.5 Tematização de práticas
Filmagem programada para debate em HTPC / HTP
Reescrita do PPP: tematização das propostas de rotina (organização do tempo e
do espaço)
3.6 Contrato Didático HTPC – 2017
O GRUPO ESPERA DA COORDENAÇÃO
o Pontualidade.
o Paciência.
o Parceria/ diálogo.
o Respeito mútuo.
o Compromisso.
o Acolhimento.
o Contribuir para criação de um ambiente harmonioso.
o Alegria e descontração.
o Mediação entre os pares.
o Organização.
o Viabilização de materiais para projetos e atividades planejadas.
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o Momento de planejamento garantido.
o Formação.
o Participação da coordenação no acompanhamento das famílias.
O Contribuições, suporte teórico e intervenções em relação ao trabalho p
O Valorização do trabalho/ acompanhamento e devolutiva.
O Respeito ao percurso individual.
O Intervalo de 15 min.
o Adequar a pauta ao tempo de HTPC.
A COORDENAÇÃO ESPERA DO GRUPO:
o Respeito aos horários de início, intervalo e término das reuniões.
o O professor que faltar ao HTPC terá a responsabilidade de se inteirar
dos assuntos do encontro.
o Utilização efetiva dos dias de planejamento.
o Compromisso nos prazos de entrega de documentação e tarefas que
não participou.
o Avaliação do processo de formação durante o ano.
o Compromisso em trazer material solicitado para o trabalho a ser
realizado.
o Contribuições.
O GRUPO ESPERA DO GRUPO:
o Pontualidade
o Cooperação, participação e respeito ao outro.
o Trocas
o Respeito aos horários e combinados para os espaços
o Respeito ao cumprimento dos combinados e decisões coletivas
o Compromisso
o Que todos possam se posicionar frente às discussões do grupo
o Sucesso, crescimento, aprendizagem, amadurecimento, paciência,
motivação e serenidade.
o Ética
ORGANIZAÇÃO DOS HTPC:
o Um encontro para decisões conjuntas, quando necessário.
o Encontros para planejamento conjuntos.
O Encontros de formação.
O Momentos de troca de experiências entre professoras.
o Garantir momentos onde o tema do HTPC seja o trabalho no polo.
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VIII. REFERÊNCIAS
BARBOSA, Maria Carmem; FARIA, Ana Lúcia Goulart de; FINCO,
Daniela(org).Campos de experiência da escola da infância – contribuições italianas
para inventar um currículo de educação infantil brasileiro/ Campinas/SP: Edições
Leitura Críticas, 2015.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil. Brasília, jan.
1998 (versão preliminar).
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação infantil. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais
para a Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes
curriculares nacionais para a educação infantil /Secretaria de Educação Básica. –
Brasília : MEC, SEB, 2010
BRASIL. MEC. Educação infantil: saberes e práticas da inclusão: Desenvolvendo
competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de
alunos surdos. Brasília/DF: SEESP, 2006. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/alunossurdos.pdf>.
CAVALCANTI, Zélia. A história de uma classe; alunos de 4 a 5 anos. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1995.
_____________. Alfabetizando. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
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_____________. Arte na sala de aula. Porto Alegre: Artes médicas, 1995.
____________.Trabalhando com história e ciências na pré-escola. Porto Alegre
Artes: Médicas, 1995.
CONTAGEM, Prefeitura Municipal de. Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
Currículo da Educação Infantil de Contagem: experiências, saberes e
conhecimentos. Contagem, 2012.
CRECHEPLAN e INSTITUTO C&A DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Por um triz.
São Paulo: 1994-5.
DEHEINZELIN, Monique. A condição humana ou leitores e escritores na pré-escola.
Idéia. São Paulo: 1995.
__________. A fome com a vontade de comer; uma proposta curricular de
educação. Petrópolis: Vozes, 1994.
DIAS, Fátima Regina Teixeira de Salles; FARIA, Vitória Líbia Barreto de.
Currículo na Educação Infantil: Diálogo com os elementos da Proposta Pedagógica.
São Paulo/SP: Scipione, 2007.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez.
FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO. Por onde devo ir-me daqui? Em: Professor da
pré-escola. 2ª ed. São Paulo: Globo, 1992, v1, p. 21-43.
GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E. (orgs.). Autonomia da escola; princípios e
propostas. São Paulo: Cortez, 1997.
https://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/12221/a-biblioteca-escolar-e-ascriancas-pequenas.aspx
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HOFFMANN, Jussara. Avaliação na pré- escola: um Olhar sensível e reflexivo sobre
a criança. Porto Alegre: Mediação, 2000.
KAMII, Constance. Jogos em grupo na educação infantil: implicações da teoria de
Piaget. Porto Alegre: Artmed, 2009.
KOLYNIAK Filho, Carol. Motricidade: um novo olhar sobre o movimento humano.São
Paulo; EDUC, 2006.
PILETI, Nelson. Sociologia da Educação. 11ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação, Cultura e Esportes. A
educação infantil em São Bernardo do Campo - uma proposta integrada para o
trabalho em creches e E.M.E.I.s São Bernardo do Campo, 1992.
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Recordando e
Renovando. São Bernardo do Campo, 1998.
SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Proposta
Curricular Educação Infantil Volume II. Versão Preliminar, 2006.
SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação
Técnica. Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem
para Educação Infantil e Ensino Fundamental : Libras / Secretaria Municipal de
Educação – São Paulo : SME / DOT, 2008.
SMOLE, K.S. Matemática na Educação Infantil. Pátio, ano XII, nº 38, jan/mar 2014.
TERRAZZAN, Eduardo A. SANTOS, Maria Eliza Gama. Condicionantes para
formação continuada de professores em escolas de educação básica. In: Educação
& Linguagem. Ano 10, nº 15, Jan/jul 2007. São Bernardo do Campo, SP: UMESP. p.
161 – 185.
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__________. Características da Formação Continuada de Professores nas
diferentes regiões do país. Qualis Internacional A. ISSN 0101-7330. "Em julgamento
aguardando resultado". Educação e Sociedade, 2008.
UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.
VEIGA, Ilma Passos A (org.). Projeto político pedagógico da escola. Campinas:
Papirus, 1995.
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VIX ANEXOS
Anexo 1
ORIENTAÇÕES QUANTO A SITUAÇÕES DE URGÊNCIA, EMERGÊNCIA, ACIDENTES ENVOLVENDO CRIANÇAS.
Segundo as “Orientações de funcionamento das escolas de educação
infantil e ensino fundamental”, fornecidas pela Secretaria de educação, em 2014:
A escola é responsável pela integridade física e psíquica dos seus alunos no período
em que eles estão em atividades pedagógicas na escola ou em atividades
extraescolares. Faz-se necessário, portanto, planejar ações para atendimento e ou
encaminhamento dos mesmos nos casos de:
Emergência: refere-se a circunstâncias imprevistas, mas que exigem
ação imediata e onde ocorre risco à vida do aluno.
Urgência: refere-se à situação crítica que necessita ser priorizada para
atendimento médico.
Estão definidas abaixo algumas orientações que regulamentam as providências a
serem tomadas junto aos alunos e seus familiares nas situações do dia-a-dia, em
caso de urgência e emergência.
Quando for necessário atendimento médico de emergência por motivo
de acidente ou doença:
A escola através de qualquer membro de sua equipe de gestão, sempre
prestará socorro e simultaneamente avisará a família e ou responsáveis para
que se dirijam até o local de atendimento;
Toda ocorrência com alunos na área de saúde (médica, odontológica,
oftalmológica) durante sua permanência na escola, será comunicada aos
pais ou responsáveis, pessoalmente ou por escrito, mesmo os pequenos
acidentes sem marcas visíveis;
O aluno será conduzido sempre ao Serviço Público de Saúde, cabendo à
família a decisão de remoção para atendimento em rede particular e/ou
conveniada da qual a mesma disponha.
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Em acordo com as orientações da Regulamentação descrita acima – em
consonância com o que determina o caderno “Validação – A escola e a Proteção
Integral: Significando o ECA no Cotidiano Escolar”, no caso de ocorrência de
acidente e/ou enfermidade da criança desta Unidade Escolar (em seu espaço físico
ou fora dele em atividades extraescolares) adotaremos, ainda, os seguintes
procedimentos:
1º) Em casos de acidente ou de saúde da criança, a professora avalia a gravidade
da situação para tomar a medida necessária de acordo com o já descrito acima;
2º) A professora avisará imediatamente o Trio Gestor;
3º) No caso de pequenos ferimentos a professora solicita apoio de um adulto para
ficar com a turma enquanto acompanha a criança para os cuidados como
higienização do local, curativos e apoio para confortá-la, além de registrar na agenda
para que a família tome ciência.
4º) Encaminhar para a secretaria agenda ou ficha de entrevista para se localizar os
pais e/ou responsável para comunicar o ocorrido;
5º) Nos casos graves a equipe deverá chamar o Serviço de Socorro (SAMU). Caso a
equipe do SAMU indique que a espera será maior do que a necessidade de
atendimento a escola providenciará o transporte e acompanhamento da criança,
levando a ficha de matrícula com as cópias dos documentos junto.
6º) A professora irá registrar o acidente e/ou enfermidade no Livro de Ocorrência da
Unidade Escolar e pedir para que os pais e/ou responsável tomem ciência, mediante
sua assinatura, para que este registro tenha caráter de documentação.
7º) Em caso de necessidade, a criança será medicada pela professora durante o
horário de aula. O remédio devera vir acompanhado pela receita médica com a
especificação de sua posologia e entregue na Secretaria da escola que encaminhará
no horário para a sala de aula. Atenção quanto à data de validade e posologia.
1.1 Medidas de proteção
Mesmo em atividades onde as crianças brincam mais autonomamente, não
devem ficar sem a proteção e o cuidado dos adultos;
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Crianças podem vir bem e ficarem doentes ao longo do período de
permanência delas na escola. Deve haver atenção quanto a mudanças
repentinas de humor na sala e observar o aspecto da criança (olhos
brilhantes, bochechas avermelhadas, testa quente, etc.)
Em relação às crianças que chegam à escola machucadas ou amedrontadas,
a escola buscará as providências necessárias junto aos órgãos competentes,
para isso é necessária a atenção da professora e a comunicação à equipe
gestora.
Não deixar que objetos, móveis quebrados, brinquedos ou qualquer material
que possa oferecer riscos às crianças permaneça nos espaços utilizados
pelas crianças. Comunicar à direção sobre objetos e brinquedos quebrados
para se providenciar sua retirada;
Manter sempre fora do alcance das crianças produtos potencialmente
perigosos como: tesouras com ponta, guilhotinas, álcool, etc.
Solicitar aos pais que apresentem atestados médico para justificar as faltas
por motivo de saúde. A criança deverá permanecer afastada da escola
durante o período indicado pelo médico.
Avisar ao trio gestor quando a família relatar que a criança está com uma
doença contagiosa (ex. catapora) para que o trio tome as devidas
providências junto à vigilância epidemiológica.
Informar às famílias que solicitarem encaminhamento da escola para
tratamento fonoaudiológico, psicológico ou odontológico para procurarem
diretamente a UBS. Os encaminhamentos pela escola serão realizados
mediante solicitação da professora e após avaliação da técnica responsável.
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Anexo 2
Organizando o Planejamento de 2017
Organizando o Planejamento de 2017
Fevereiro/Março Abril/ Maio/
Junho /Julho
Agosto/Setembro/
Outubro/Novembro
Planejamento diagnóstico Planejamento
trimestral/se
mestral
Planejamento
trimestral/semestral
● Durante os meses de fevereiro e
março, cabe aos educadores elaborar um
planejamento que leve em conta os
pressupostos do nosso PPP, bem como
variar propostas, materiais e temas
oferecidos (diversidade de experiências
nos diferentes campos) de modo a coletar
informações sobre saberes, necessidades
e interesses da turma que subsidiarão os
planejamentos trimestrais posteriores.
● Após o dia 15/03 será escrita a carta
de intenções do educador para os
trimestres/semestres subsequentes, bem
como a elaboração do plano trimestral,
escrita dos projetos e rol de experiências
indicados na carta.
● Início
dos projetos e
sequenciadas.
● Escrita de nova carta de
intenções para o segundo
semestre.
● Escrita dos projetos e rol
de experiências indicados na
carta.
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Anexo 3
PROJETO COLETIVO 2017: ARTES
Projeto Coletivo : Mulheres Pintoras Brasileiras
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: Arte e suas linguagens
Turmas envolvidas: Infantil II ao V
JUSTIFICATIVA: Considerando que a escola de educação infantil tem como um de
seus principais objetivos, a ampliação do universo cultural de suas crianças, temos
nos esforçado para buscar formas de fazê-lo explorando experiências significativas
no campo das artes visuais.
Pintoras brasileiras foi o recorte que optamos por fazer com o objetivo de valorizar
as mulheres e oferecer às crianças possibilidades de conhecer e explorar as obras e
técnicas utilizadas por algumas artistas brasileiras, bem como construir uma imagem
positiva da figura feminina para além do estereótipo da mãe e dona de casa.
Em momento formativo de HTPC escolhemos seis artistas plásticas que apresentam
em suas obras uma variedade de técnicas e temas de modo a permitir às crianças
conhecer e escolher aquela que mais lhes atrair.
As artistas escolhidas foram: Anita Malfati, Tarsila do Amaral, Beatriz Milhazes, Adria
Moura, Camila Pavanelli (Minhau) e Elisiana Alves.
TEMA: Mulheres Pintoras Brasileiras
APRECIAÇÃO
OBJETIVOS:
Expressar seus sentimentos, ideias, opiniões e preferências frente a obras de
arte;
Conhecer os elementos que compõe as obras: formas, cores, linhas, efeitos,
diversidade de materiais e técnicas, temas, de forma a utilizar-se desses
conhecimentos em suas próprias produções;
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Estabelecer relações entre as imagens e suas vivências cotidianas (emoções,
sensações, comparações);
Falar sobre as obras aprendendo novas palavras e conceitos específicos da
área;
Reconhecer características comuns de estilos, pintores e gêneros – retrato,
paisagem, natureza morta, abstrações, figurações, composições com colagem;
Valorizar e respeitar sua própria produção e a produção dos colegas;
Conhecer espaços de exposição de arte - museus, exposições em espaços
públicos, galerias – para que se apropriem, na prática social, dos conteúdos
trabalhados em aula.
É IMPORTANTE QUE O PROFESSOR:
Proponha apreciação das obras da artista e das próprias crianças;
Tenha claro o que pretende que as crianças observem;
Planeje antecipadamente selecionando a obra e formulando boas perguntas que
norteiem a apreciação;
Preveja o tempo de duração da atividade para que não se prolongue demais
evitando a dispersão das crianças;
Deixe a obra exposta antes e/ou depois da atividade de apreciação para que se
familiarizem e apurem a observação da obra;
Cuide do posicionamento da obra no momento da apreciação de modo que
esteja ao alcance das crianças para que visualizem bem e possam apontar
elementos que queiram destacar. A apreciação pode ser feita no coletivo da classe
ou em pequenos grupos;
Considere que algumas obras exigem proximidade para a observação de
detalhes e outras exigem distanciamento;
Tenha intervenções que ajudem a criança a explicitar o que está pensando
sobre a obra, retomando sua fala, fazendo perguntas, complementando e
promovendo a troca de saberes no grupo;
Em se tratando da produção das crianças, ajude o grupo a sair do julgamento
feio/bonito e explorar o trabalho através de outro observáveis: como fez, o que usou,
o que representa aquele desenho, que materiais usou, etc.
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Trazer para a roda de apreciação todos os tipos de produções dos alunos, de
todas as fases de desenvolvimento gráfico da turma, para que as diversas
produções sejam valorizadas, fazendo comparações com artistas que fazem
produções abstratas.
Selecionar um único ou poucos trabalhos da turma em cada momento de
apreciação, pois do contrário, a atividade se torna cansativa e não concorre para a
consecução dos objetivos.
Fazer Artístico
OBJETIVOS:
Expressar-se, através da linguagem visual, exercitando sua sensibilidade e
criatividade;
Sentir prazer na realização de trabalhos artísticos;
Explorar e investigar, através da escolha, combinações de materiais descobrindo
diferentes técnicas e possibilidades;
Conhecer e exercitar suas habilidades nas diferentes modalidades de trabalho
em artes visuais: desenhar, pintar, recortar, compor, colar, modelar, dobrar.
Cuidar dos materiais de uso pessoal e coletivo e participar das situações de
organização do espaço de trabalho, seja na sala de aula, no ateliê ou na exposição
de trabalhos;
Conhecer e explorar, nas suas produções, diferentes elementos da linguagem
visual: linha, cor, forma, volume, luz, sombra, textura.
É importante que o professor:
Planeje boas experiências que representem desafio, problema a resolver, como
os desenhos iniciados ou interferências;
Promova experiências que leve em conta a fase de desenvolvimento dos
alunos: por exemplo, quando as crianças ainda não figuram, o mais adequado é
realizar propostas que trabalhem cores, texturas, exploração de materiais.
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Possibilite que a criança escolha a posição do suporte, no caso dos
retangulares, vertical ou horizontal, para desenhar, pintar ou compor;
Disponibilize material suficiente e diversificado para que a criança repita a
experiência caso não fique satisfeita com a sua primeira produção, como por
exemplo, oferecer outra folha quando a criança diz que errou;
Esteja atento no momento da produção para fazer intervenções no sentido de
oferecer ajuda e orientar procedimentos no uso dos materiais a fim de que o aluno
atinja seus propósitos. Exemplo: se uma criança quer colar papelão e não está
conseguindo com o uso da cola branca, o professor pode ajuda-la com a fita crepe;
Evite reproduções pura e simples de desenhos ou produções de artes, pois as
cópias “representam a visão de mundo do seu autor e não de quem as vai colorir.
Elas limitam as oportunidades para as crianças expressarem suas experiências”
(Proposta Curricular de Ed. Infantil – vol. II – versão preliminar). As cópias podem
ser usadas para propostas de criação a partir de um elemento de uma obra de arte
ou para valorizar as obras das crianças;
Ofereça uma diversidade de suportes e meios para desenho, pintura e
composições de modo organizado e de fácil acesso das crianças.
ETAPAS GERAIS:
1. Lançamento do projeto no sábado letivo com oficinas para a participação dos
pais e crianças.
2. Visita com as crianças da exposição das produções realizadas no sábado
letivo.
3. Disponibilização de obras e apresentação em Power Point da biografia das
artistas para apreciação em sala de aula.
4. Definição com as crianças da artista(s) que serão trabalhadas.
5. Escrita individual de cada professor do percurso que está vivenciando com a
sua turma para composição do projeto coletivo. (Artista escolhida, experiências
promovidas, aprendizagens observadas).