Post on 29-Nov-2021
PROJETO DE PONTE DE CONCRETO
Prefeitura Municipal de Sinop
Estado do Mato Grosso
OBRA: PONTE DE CONCRETO EM TRAVESSIA NA CIDADE DE SINOP-MT
LOCAL: TRAVESSIA DO RIBEIRÃO NEUZA E PROLONGAMENTO DA AV. DAS FIGUEIRAS
RESP. TÉCNICO: Eng. Civil E Seg. Trabalho Enemir Ronaldo Bedin - CREA - 9.774/D
MARÇO - 2016
ÍNDICE
2
1.0 – Apresentação do projeto 03 2.0 – Mapas de localização e vista parcial 04 a 05 3.0 – Projeto da Ponte de concreto 06 a 07 4.0 – Execução 07 a 09 5.0 – Manejo Ambiental 09 6.0 – Controle 10 7.0 – Projeto de Drenagem 10 8.0 – Estudo de vazão de contribuição e vazão admissível 11 a 12 9.0 – Bibliografica 19
3
1.0 - Apresentação do projeto.
Este Relatório refere-se ao Projeto de Construção de uma ponte no
prolongamento da Avenida das Figueiras na travessia do Córrego Neuza.
Este projeto não contempla a execução de aterro e pavimentação asfáltica no
referido trecho da Avenida das Figueiras.
4
2.0 MAPAS DE LOCALIZAÇÃO E VISTA PARCIAL 2.1 Mapa de Situação
Localização do município de Sinop
2.2 Vista Parcial
Vista Parcial da cidade
5
2.3 Mapa de Situação em Relação a cidade
COORDENADAS: - Avenida das Figueiras (Córrego Neuza) – 11º50’45,73”S 55º31’44,70” O
6
3.0 PROJETO DA PONTE DE CONCRETO
3.1 GENERALIDADES
Este documento apresenta as informações e os dados mais relevantes adotados para elaboração do projeto da ponte sobre o Córrego Neuza no prolongamento da Av das Figueiras .
A finalidade de não obstruir o canal e de manter a seção do canal adequada para suportar à vazão prevista não se obstruindo com materiais que são transportados pelo córrego foi utilizada a solução em vão único com viga de concreto protendida.
Os documentos emitidos do projeto executivo, na forma de desenhos, contêm a descrição gráfica das soluções adotadas e o detalhamento de dimensões e disposições das armaduras.
Considerando as ações impostas às fundações pelas cargas permanentes previstas somadas com as ações provenientes do Trem Tipo adotado para o projeto (TT Classe 45 da NBR-7188);
3.2 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS
Os estudos topográficos objetivaram os levantamentos necessários ao desenvolvimento do projeto do plani-altimétrico. Desta forma o levantamento realizou-se em três fases:
a) Locação do eixo das vias a serem desenvolvidas as obras, com piqueteamento da mesma.
b) Nivelamento e contra-nivelamento do eixo locado. c) Nivelamento das seções transversais.
3.3 ESTUDOS GEOTÉCNICOS
Ensaios para obtenção da capacidade de carga: Standard Penetration test (SPT)
7
3.4 MATERIAIS
Todos os materiais utilizados devem atender integralmente às especificações correspondentes adotadas pelo DNIT.
O concreto utilizado nos elementos deve ser dosado experimentalmente para uma resistência à compressão simples aos 28 dias conforme a estabelecida no projeto, devendo ser preparado de acordo com o prescrito nas Normas NBR 6118 e NBR 7187 da ABNT.
O aço utilizado nas armaduras deve seguir as especificações das normas citadas a cima, sendo da classe CA-50 para o concreto armado moldado in loco.
A Executante deve colocar na obra todo o equipamento necessário à perfeita execução dos serviços, em termos de qualidade e atendimento ao prazo contratual. A relação do equipamento a ser alocado deve ser ajustada às condições particulares vigentes e submetida, previamente, à apreciação da Fiscalização, que deve julgar a sua suficiência.
4. EXECUÇÃO
As etapas executivas a serem atendidas na construção da ponte de concreto são as seguintes:
4.1 Locação da obra: deve ser efetuada de acordo com os elementos especificados no projeto, mediante a implantação de piquetes a cada 5m, nivelados de forma a permitir a determinação dos volumes de escavação. Os elementos de projeto (estaca do eixo, esconsidade, comprimentos e cotas) podem sofrer pequenos ajustamentos de campo. A declividade longitudinal da obra deve ser contínua, sendo a declividade mínima aceitável de 1,0 cm/m;
4.2 Escavação: os serviços de escavação necessários à execução da obra, podem ser executados manual ou mecanicamente, deve ser considerado a escavação e nivelamento do bloco de fundação. Onde houver necessidade de execução de aterro para se atingir a cota necessária para a execução da ponte, este deve ser executado e compactado em camadas de, no máximo, 15cm;
4.3 Estacas: concluída a escavação dos blocos, deve ser executado a cravação das estacas, o tipo da estaca e a quantidade a ser utilizada deve estar especificado nos projetos complementares da obra.
Nas situações em que a resistência do terreno de fundação for inferior à tensão admissível prevista no projeto, deve ser indicada solução especial que assegure adequada condição de apoio para a estrutura, como substituição de parte do material do terreno de fundação por material de maior resistência;
8
4.4 Bloco de fundação e Viga de cabeceira da ponte:
Devem ser executados em concreto armado moldado in loco, o bloco de fundação deve ser executado de acordo com o projeto técnico, seguindo os níveis de projeto e respeitando a cota de arrasamento da estaca, junto com o bloco devem ser feitas as esperas para a viga da cabeceira da ponte.
A viga de cabeceira da ponte deve concretada após a execução completa dos blocos de fundação, devem ser utilizados concreto e aço de acordo com o estipulado em projeto.
Mesoestrutura
- Considerando-se os apoios necessários às vigas principais, as necessárias contenções de terra nos encontros do terreno com a estrutura da ponte e a transição entre o greide do terreno e a superestrutura; Adotou-se como elementos da mesoestrutura, bloco de apoio para as vigas principais, cortina para anteparo do aterro de acesso, alas laterais para proteção dos aparelhos de apoio detendo o avanço dos aterros sobre os mesmos.
4.5 Alas:
a) Execução das formas internas do corpo e das alas, com o respectivo escoramento;
b) Montagem da armadura das alas, até a altura das mísulas superiores;
c) Preparo da junta de dilatação, quando prevista;
d) Umedecimento das formas, concretagem e vibração mecânica do concreto;
4.6 Superestrutura
- Considerando as análises técnicas e econômicas, prazos de execução e qualidade requerida para a obra foi adotado a solução de tabuleiro em grelha composta de vigas pré-moldadas protendidas em um único vão.
Método Executivo
A- Execução das Fundações (estacas pre-moldadas gravadas)
B- Execução dos encontros (blocos, e alas)
C- Lançamento das Vigas Pré-moldadas Protendidas
D- Lançamento das placas pré-moldadas da laje
E- Concretagem da laje do tabuleiro
9
F- Execução dos acabamentos (passeios, pavimentação, juntas e guarda-corpos).
O método executivo acima descrito tem as vantagens de não utilizarem cimbramentos não promovendo interferências do curso natural do córrego e agillidade na execução pois as peças pré-moldadas poderão ser executadas simultaneamente entre si e com as estruturas moldadas “in loco”
4.7 -MATERIAIS
Adotou-se o concreto classe C35 da NBR-8953/92 com fck >=35 Mpa e fator água/cimento A/C<= 0,5 para toda a Superestrutura como forma de obter-se resistência adequada para os elementos estruturais que compõem o tabuleiro e baixa permeabilidade para garantir maior durabilidade (menor permeabilidade do concreto).
Para a Mesoestrutura adotou-se concreto classe C25. Para a Infraestrutura (estacas pre-moldadas) adotou-se concreto classe C25 por serem elementos que trabalham essencialmente à compressão.
Aço CP190RB para os elementos protendidos
Aço: CA50; CA60 para os elementos de concreto armado
4.8 -ACÕES CONSIDERADAS
Foram consideradas as ações sobre a estrutura previstas na NBR- 7187 (Projeto de Pontes de Concreto Armado e de Concreto Protendido – Procedimento) e na NBR-7188 (Carga Móvel em Ponte Rodoviária e Passarela de Pedestre);
5. MANEJO AMBIENTAL
Na construção da ponte de concreto devem ser preservadas as condições ambientais exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:
5.1 Todo o material excedente de escavação ou sobras deve ser removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar entupimento, cuidando-se ainda que este material não seja conduzido para os cursos d’água, de modo a não causar seu assoreamento;
5.2 Nos pontos de descarga dos dispositivos devem ser executadas obras de proteção, de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’água;
5.3 Em todos os locais onde ocorrerem escavações, ou aterros necessários à implantação das obras, devem ser tomadas medidas que proporcionem a manutenção das condições locais através de replantio da vegetação nativa ou de grama;
10
5.4 Nas áreas de bota-fora e de empréstimos, necessárias à realização das valas de saída que se instalam nas vertentes, devem ser evitados os lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial;
5.5 O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço fora das áreas de trabalho deve ser evitado tanto quanto possível, principalmente onde há alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
6. CONTROLE
6.1 O controle geométrico deve consistir na conferência, por métodos topográficos correntes, do alinhamento, esconsidades, declividades, dimensões, comprimentos e cotas dos bueiros executados e das respectivas bocas.
6.2 As condições de acabamento devem ser apreciadas, pela Fiscalização, em bases visuais.
6.3 O controle tecnológico do concreto empregado na obra deve ser realizado pelo rompimento de corpos de prova à compressão simples, aos 7 dias de idade, de acordo com o prescrito na NBR 6118 da ABNT, para controle assistemático. Para tal deve ser estabelecida, previamente, a relação experimental entre as resistências à compressão simples aos 28 e aos 7 dias.
6.4 As posições e bitolas das armaduras devem ser conferidas antes da concretagem.
7 PROJETO DE DRENAGEM 7.1. - ELEMENTOS DE CONSULTA PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO. 7.1.1 - Estudos topográficos.
Inicialmente foi realizado o projeto topográfico da área a ser drenada, ou seja, levantamento planialtimétrico, assim como a partir da locação e nivelamento do eixo das vias a serem pavimentadas, obedecendo ao estaqueamento a cada 20m, amarrados a RN’s distribuídos ao longo de toda a área.
Traçaram-se perfis longitudinais de todas as ruas e avenidas envolvidas na área de interesse ao projeto. A partir destes dados obteve-se o greide definitivo das vias, possibilitando assim a determinação das inclinações; elemento importante na elaboração do projeto.
11
8. ESTUDO DE VAZÃO DE CONTRIBUIÇÃO E VAZÃO ADMISSÍVEL MEMORIA DE CALCULO
8.1– Tempo de concentração
O tempo de concentração foi definido através do estudo da bacia de contribuição
da região no entorno do Córrego Neuza, segundo a formulação de Kirpich e de acordo com os dados descritos abaixo:
Comprimento do talvegue principal: 2,50 km Cota de montante: 377 metros Cota de jusante: 362 metros Declividade do talvegue: 0,60%
77,0294,0
i
LTc
Equação 1 - Tempo de concentração de Kirpich
Tempo de concentração = 0,96 horas = 57,60 minutos
8.2– Intensidade da chuva de projeto
A intensidade da chuva de projeto é definida com base no tempo de
concentração (Tc) e no período de retorno (TR = 50 anos) recomendado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A equação da intensidade de chuva para Sinop-MT foi formulada por Botan e Crispim (2014).
74,0
35,0
)69,10(
36,672
tc
Tri
Equação 2 - Equação da chuva
Intensidade da chuva = 116,07 mm/h
8.3– Vazão de contribuição
A vazão de pico foi determinada através do Método Racional Modificado com
coeficiente de retardo, pois a bacia de contribuição encontra-se no intervalo entre 4 e 10 km². Os parâmetros adotados para a bacia neste projeto são os descritos a seguir.
Área de contribuição: 894,31 hectares (8,94 km²) Coeficiente de deflúvio de Burkli–Ziegler para áreas residenciais: 0,75
12
nA1
)100(
1
Equação 3 - Coeficiente de retardo
Onde n=5 para declividades entre 0,5% e 1,00% e área dada em km².
Coeficiente de retardo = 0,26
ACiQ 0028,0 Equação 4 - Vazão de contribuição
Vazão de contribuição = 56,02 m³/s
8.4– Velocidade de escoamento e vazão admissível na seção da ponte
A velocidade de escoamento da água abaixo da ponte foi estimada com base na
fórmula abaixo:
iRhn
V 3
21
Equação 5 - Velocidade do fluido
Coeficiente de rugosidade de Manning (n): 0,048 (Curso d’água natural com
alguma vegetação e plantas livres nas margens) - (Tabela 32 – Manual de Drenagem do DNIT).
Dimensões da seção1: base = 13,00 metros e altura = 2,95 metros Área molhada (Am): 38,35 m² Perímetro molhado (Pm): 18,90 metros Raio hidráulico (Am/Pm): 2,03 metros Inclinação do talvegue: 0,0060 m/m
Velocidade de escoamento = 2,59 m/s Vazão admissível = 99,19 m³/s
Atendendo a vazão de contribuição ficando em em torno de 60% de vazão
admissível
A vazão de contribuição deverá ficar em torno de 60% da vazão admissível na seção transversal da ponte.
13
9.0 BIBLIOGRAFIA
BOTAN, JONAS; CRISPIM, FLÁVIO ALESSANDRO. Determinação da curva de
intensidade-duração-frequência das precipitações máximas para o município de Sinop-
MT. Artigo científico. Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus Sinop-MT,
2014.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE. Manual de
Drenagem de Rodovias, Publicação IPR – 724. Rio de Janeiro, 2006.
JABÔR, MARCOS AUGUSTO. Drenagem de Rodovias: Estudos hidrológicos e Projetos
de Drenagem, apostila.