Prof. especialista Disciplina: Língua Portuguesa · conhece as qualidades e defeitos do animal,...

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Prof. especialista

ANTÔNIO GOMES (TONY)

Disciplina: Língua Portuguesa

"As vídeo-locadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais. (Folha Sudeste, 6/6/92)"

• Qual é a questão de que o texto está tratando?

• Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão?

• Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada?

Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três questões básicas:

• Captamos o estímulo, ou seja, por meio da visão, encaminhamos o material a ser lido para nosso cérebro.

Leitura eficiente

• Passamos, então, a perceber e a interpretar o dado sensorial (palavras, números, etc.) e a organizá-lo segundo nossa bagagem de conhecimentos anteriores. Para essa etapa, precisamos de motivação, de forma a tornar o processo mais otimizado possível.

Leitura eficiente

• Assimilamos o conteúdo lido integrando-o ao nosso arquivo mental” e aplicando o conhecimento ao nosso cotidiano;

Leitura eficiente

Leitura de mundo como um desvelamento da realidade, na qual se retira o véu que cobre os nossos

olhos e não nos deixa ver as coisas, com o fim de poder

conhecê-las.

Um texto pode ser escrito ou oral e, em sentido amplo, pode ser

também não-verbal.

Texto verbal: Texto verbal: aquele que é feito por palavras produzidas através da escrita ou da produção sonora das

palavras.

TEXTO VERBALTEXTO VERBAL• um texto narrativo• uma carta• o diálogo• uma entrevista• uma reportagem no jornal escrito ou

televisionado• um bilhete, etc.

Texto não-verbal: Texto não-verbal: aquele que transmite uma mensagem através

de imagens ou sons que não produzem palavras.

Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.

Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás “quebra-molas”.

Imagem que através do conhecimento prévio nos remete ao significado.

Imagem indicativa de “silêncio”.

Texto misto: Texto misto: aquele que transmite uma mensagem através da

produção de palavras (escritas ou sonoras) e de imagens.

CHARGES

Todos têm dificuldades com interpretação

de textos. Encare isso como algo normal,

inevitável. Importante é enfrentar o

problema com segurança, progredir. Aliás,

progredir muito. Leia com atenção as dicas

abaixo:

PARA INTERPRETAR BEM:• Desenvolva o gosto pela leitura. Leia de

tudo: jornais, revistas, livros, textos publicitários, listas telefônicas, bulas de remédios etc. Enfim, tudo o que estiver ao seu alcance. Mas leia com atenção, tentando, pacientemente, apreender o sentido. O mal é “ler por ler”, para se livrar;

• Aumente o seu vocabulário. Os dicionários são amigos que precisamos consultar. Faça exercícios de sinônimos e antônimos;

• Não se deixe levar pela primeira impressão. Há textos que metem medo. Na realidade, eles nos oferecem um mundo de informações que nos fornecerão grande prazer interior. Abra sua mente e seu coração para que o texto lhe transmite, na qualidade de um amigo silencioso;

• Ao fazer uma prova qualquer, leia o texto duas ou três vezes, atentamente, antes de tentar responder a qualquer pergunta. Primeiro, é preciso captar sua mensagem, entendê-lo como um todo, e isso não pode ser alcançado com uma simples leitura. Dessa forma, leia-o algumas vezes. A cada leitura, novas idéias serão assimiladas. Tenha paciência necessária para agir assim. Só depois tente resolver as questões propostas;

• As questões de interpretação podem ser localizadas (por exemplo, voltadas só para um determinado trecho) ou referir-se ao conjunto, às idéias gerais do texto. No primeiro caso, leia não apenas o trecho (às vezes uma linha) referido, mas todo o parágrafo em que ele se situa. Lembre-se: quanto mais você ler, mais entenderá o texto. Tudo é uma questão de costume, e você vai acostumar-se a agir dessa forma. Então, acredite nisso, alcançará seu objetivo;

• Há questões que pedem conhecimento fora do texto. por exemplo: ele pode aludir a uma determinada personalidade da história ou da atualidade, e ser cobrado do aluno ou candidato o nome dessa pessoa ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante desenvolver o hábito da leitura, como já foi dito. Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas especializadas.

• Dicas:• Destaque partes importantes do texto;• Leia o enunciado de forma pausada, mais de

uma vez;• Sublinhe palavras como: não,nunca, tudo,

todos, sempre, apenas, só, somente, jamais, qualquer, exclusivamente, especificamente, essencialmente etc.

• Dê atenção especial a: pode ser, pode ter, pode haver, criam situações aceitáveis embora o texto da lei ou da prova não falem explicitamente, uma análise mais ampla, torna-se correta.

Tópico Frasal:

• A idéia central do parágrafo;• orienta ou governa o resto do parágrafo;• dele nascem outros períodos secundários

ou periféricos;• vai ser o roteiro do escritor na construção

do parágrafo;• A idéia central ou tópico frasal geralmente

vem no começo do parágrafo;

Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltratá-los. O modo de tratar o cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe como o animal foi domado, conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo. O vaqueiro aprendeu que paciência e muitos exercícios são os principais meios para se

obter sucesso na lida com os cavalos, e que não se pode exigir mais do que é esperado.

• Cuidado com: decorre, porque – são palavras que vinculam raciocínios, criam relações, nexos entre frase que nem sempre são verdadeiros.

• Expressões partitivas: maioria de, grande número, maior parte, menor parte, a minoria de (expressões com uma idéia de matemática de maioria e minoria)

• A maioria das questões referem-se a idéias implícitas.

• Extrapolação: é o erro que o candidato faz quando marca a alternativa que vai além das idéias apresentadas pelo texto.

• Contradição: erro cometido pelo candidato que conclui contrariamente ao texto.

• Para cada questão em média três minutos e meio.

• Há partes em um texto que o autor exagera, intensifica, aumenta uma idéia.

“Todos os brasileiros são submissos”“No mundo, só o que interessa é a verdade”• Há questões criadas para atingir apenas parte

da informação correta, busca-se retirar uma parte de uma informação verdadeira, perguntando depois se o item é verdadeiro ou falso.

Lembre-se de que o que está incompleto pode estar correto.

Intelecção de textoA palavra textum significava

entrelaçamento, tecido, tessitura. Por extensão o texto do qual nos ocupamos diariamente nos leva a ideia de algo que é produto de um entrelaçamento de partes, resultado de uma ação trabalhosa e meticulosa.

Não há texto sem um porquê, todos têm algo a dizer.

Veja o texto: A gente não sabemos escolher o presidenteA gente não sabemos escolher o presidente A gente não sabemos tomar conta da genteA gente não sabemos tomar conta da gente A gente não sabemos nem escovar os denteA gente não sabemos nem escovar os dente Tem gringo pensando que nós é indigenteTem gringo pensando que nós é indigente Inútil... A gente somos inútil. Inútil... A gente somos inútil.

Ultraje a Rigor. Inútil

O contexto é instrumento para que se defina o sentido presente.

A História da registradoraA História da registradoraUma comerciária havia acabado de

apagar as luzes da loja, quando apareceu um homem exigindo dinheiro. O dono abriu a registradora. O conteúdo foi esvaziado e o homem saiu correndo para a rua. Um membro da polícia foi imediatamente notificado.

Declarações sobre a históriaDeclarações sobre a história1- Um homem apareceu depois que o dono

havia apagado as luzes da loja. C E ? 2- O ladrão era um homem. C E ?3- O homem que apareceu não exigiu

dinheiro. C E ? 4- O homem que abriu a registradora era o

dono. C E ? 5- O dono esvaziou o conteúdo da

registradora e saiu correndo. C E ?6- Alguém abriu a registradora. C E ?

7- O homem que exigiu dinheiro esvaziou a registradora e saiu correndo. C E ?

8- A registradora continha dinheiro, porém a história não especifica quanto era. C E ?

9- O ladrão exigiu dinheiro ao dono. C E ?10- A história relaciona-se com uma série

de acontecimentos, nos quais somente três pessoas são mencionadas: o dono da loja, um homem exigindo dinheiro e um policial. C E ?

11- Os seguintes fatos da história são verdadeiros: alguém exigiu dinheiro, uma registradora foi aberta e seu conteúdo foi esvaziado, um homem saiu correndo para a rua e um membro da polícia foi notificado. C E ?

“As coisas, lá em casa, vão mal: Lucas continua bebendo muito, e Jorge recomeçou a jogar.”

Na afirmação acima, estão compreendidas, Na afirmação acima, estão compreendidas, de certa maneira, várias outras de certa maneira, várias outras afirmações. afirmações.

Assinale, entre as afirmações abaixo, aquela cuja verdade não está pressuposta na frase dada. a)Lucas já bebia anteriormente.b)Jorge jogou em um momento passado.c)Lucas bebe atualmente.d)Jorge sempre jogou.e)Jorge joga atualmente.

Risco: um trabalho insalubre. Vantagem: aposentadoria em 15 anos.Em uma reportagem sobre o trabalho dos mineiros,

foi colocado o título acima. Embora sucinto, ele pressupõe algumas outras afirmações. Assinale a afirmação que não está suposta no título acima.

a) É incomum a aposentadoria aos 15 anos de serviço, em nosso meio.

b) A aposentadoria é uma situação que as pessoas almejam alcançar.

c) A carga horária semanal de trabalho do mineiro é muito alta.

d) O trabalho do mineiro pode trazer danos à saúde.

e) O trabalho do mineiro pode ser encarado sob mais de um ponto de vista.

• AS VÁRIAS POSSIBILIDADES DE LEITURA DE UM TEXTO

Uma rã viu um boi que tinha uma boa estatura. Ela, que era pequena, invejosa, começou a inflar-se para igualar-se ao boi em tamanho. Depois de algum tempo, disse: - Olhe-me, minha irmã, já é o bastante? Estou do tamanho do boi?

- De jeito nenhum.- E agora?- De modo algum.- Olhe-me agora.- Você nem se aproxima dele.O animal invejoso inflou-se tanto que estourou.

(Adaptação da fábula de La Fontaine. Fábulas)

Um garoto pergunta para o outro:- Você nasceu em Pelotas?- Não, eu nasci inteiro.Qual o duplo sentido desse texto?Qual o duplo sentido desse texto?Qual é o dado linguístico que explica o Qual é o dado linguístico que explica o

duplo sentido?duplo sentido?

• INFORMAÇÕES IMPLÍCITASLeia o texto abaixo, fragmento de uma reportagem

de Liliana Pinheiro, publicada em O Estado de S. Paulo:

• Festejada por ter sido a segunda mulher a ser nomeada ministra no Brasil, em 1989, Dorothéa Werneck voltará ao cargo, aos 45 anos, no Ministério da Indústria e do Comércio. Ela abriu caminho para cinco sucessores – na área econômica, por exemplo, ninguém mais se chocou quando Zélia Cardoso de Mello ou Yeda Crusius foram escolhidas. Zélia dividiu opiniões. Yeda foi logo esquecida. Dorothéa manteve-se no noticiário, mesmo nos curtos períodos em que ficou sem cargo no governo e partiu para a iniciativa privada. (...)

Mesmo com cuidado e seriedade no trato com a ministra, empresários e sindicalistas – dos quais ela se aproximou em busca de um pacto antiinflacionário – nunca esqueceram que ela era uma mulher. Seu sexo foi lembrado sempre, como defeito ou qualidade. Mário Amato, então presidente da Fiesp, tentou traduzir esse sentimento e foi muito infeliz. Declarou na frente de jornalistas: “Ela é muito inteligente apesar de ser mulher”. O empresário, com isso, ganhou a antipatia da população feminina e de um Brasil que se rendia ao carisma de Doró.

Liliana Pinheiro. O Estado de S. Paulo, 25 dez. 1994. p. B-1.

PressupostosPressupostos são idéias não expressas de maneira explícita, que decorrem logicamente do sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase. Observe as frases abaixo:

Pedro é o último convidado a chegar à festa.

André tornou-se um antitabagista convicto.

• A informação explícita é que hoje André é um antitabagista convicto.

• Do sentido do verbo tornar-se, que significa “vir a ser”, decorre, no entanto, logicamente a informação implícita de que anteriormente André não era um antitabagista convicto.

• Se André fosse antes um antitabagista convicto, não se poderia usar o verbo tornar-se.

ExercícioLeia com atenção os dois segmentos que

vêm a seguir:a) Versão apresentada à imprensa não é

evidentemente falsa.b) Evidentemente, a versão apresentada à

imprensa não é falsa. Em ambos os enunciados o advérbio evidentemente estabelece o mesmo pressuposto? Explique:

Na leitura, é muito importante detectar os pressupostos, pois eles são um recurso argumentativo que visa a levar o leitor ou ouvinte a aceitar certas idéias. Como assim? Ao introduzir um conteúdo sob a forma de pressuposto, o falante transforma o ouvinte em cúmplice, pois a idéia implícita não é posta em discussão, é apresentada como se fosse aceita por todos, e os argumentos explícitos só contribuem para confirmá-la. O pressuposto aprisiona o ouvinte ao sistema de pensamento montado pelo falante.

A demonstração desse fato pode ser feita com as tais. “verdades incontestáveis”, que estão na base de muitos discursos políticos:

“Para que o Brasil se torne um país do primeiro mundo será preciso privatizar as empresas estatais, abrir a economia ao ingresso de produtos estrangeiros e terminar com os direitos trabalhistas que oneram a folha de pagamento e a Previdência Social.” O conteúdo explícito dessa frase é: a) o ingresso do Brasil no primeiro mundo exigirá a privatização das empresas estatais; b) o ingresso do Brasil no primeiro mundo exigirá a abertura da economia aos produtos estrangeiros; c) o ingresso do Brasil no primeiro mundo exigirá o término dos direitos trabalhistas; Os conteúdos implícitos são: a) O Brasil vai ingressar no grupo de países do primeiro mundo, se preencher essas condições; b) No Brasil as empresas e o Estado são onerados pelos direitos trabalhistas.

Quais são os termos que, em geral, servem de marcadores de pressupostos?

1- Adjetivos (ou palavras similares):Julinha foi minha primeira filha.

Primeira pressupõe:• que tenho outras filhas;• que não tenho filhos;• que as outras filhas nasceram depois de

Julinha.

2- Verbos que indicam mudança ou permanência de estado (por exemplo, permanecer, continuar, tornar-se, vir a ser, ficar, passar (a), deixar (de), começar (a), principiar (a), converter-se, transformar-se, ganhar, perder):Renato continua doente.

O verbo continuar indica que Renato já estava doente no momento anterior ao presente.

3- Verbos que indicam um ponto de vista sobre o fato expresso pelo seu complemento (por exemplo, pretender, supor, alegar, presumir, imaginar):Hussein pretende que o Kwait faça parte do território iraquiano.

O verbo pretender pressupõe que seu objeto direto é verdadeiro para o sujeito (no caso, Hussein) e falso para o produtor do texto.

4- Certos advérbios:A produção agropecuária brasileira está totalmente nas mãos dos brasileiros.

O advérbio totalmente pressupõe que não há no Brasil nenhum estrangeiro produtor agrícola.

5- Orações adjetivas:Os brasileiros, que não se importam com a coletividade, só se preocupam com o seu bem-estar e, por isso, jogam lixo na rua, fecham os cruzamentos etc.

O pressuposto é que todos os brasileiros não se importam com a coletividade. O mesmo período poderia, no entanto, ser redigido assim, com a oração adjetiva não separada da principal por vírgulas:

Os brasileiros que não se importam com a coletividade só se preocupam com seu bem-estar e, por isso, jogam lixo na rua, fecham os cruzamentos etc.

Nesse caso, o pressuposto é que alguns brasileiros não se importam com a coletividade e só esses é que fazem os atos de incivilidade arrolados.

6- Certas conjunções:Freqüentei a Universidade, mas aprendi bastante.

O pressuposto é que na Universidade não se aprende nada.

SubentendidosSão insinuações, não marcadas lingüisticamente, contidas numa frase ou num conjunto de frases. Suponhamos que uma pessoa estivesse em visita à casa de outra num dia de frio glacial e que uma janela, por onde entravam rajadas de vento, estivesse aberta. Se o visitante dissesse “Que frio terrível”, poderia estar insinuando “Feche a janela”.

Outro exemplo: uma pessoa foi promovida no lugar de outra que esperava muito ocupar o posto. Num dia, a pessoa que foi preterida diz à promovida que, naquela empresa, o mérito e a dedicação não são levados em conta, apenas a bajulação o é.

• 1. A CERVEJA MATA?• Sim. Sobretudo se a pessoa for atingida por uma caixa de cerveja

com garrafas cheias. Anos atrás, um rapaz, ao passar pela rua, foi atingido por uma caixa de cerveja que caiu de um caminhão levando-o à morte instantânea. Casos de infarto do miocárdio em idosos têm sido associados às propagandas de cervejas, com modelos boazudas.2. O USO CONTINUO DO ALCOOL PODE LEVAR AO USO DE DROGAS MAIS PESADAS?

• Não. O álcool é a mais pesada das drogas: uma garrafa de cerveja pesa cerca de 900 gramas .

• 3. CERVEJA CAUSA DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA?Não. 89,7% dos psicólogos e psicanalistas entrevistados preferem uísque.

• 4. A BEBIDA ENVELHECE?• Sim. A bebida envelhece muito rápido. Para se ter uma idéia, se

você deixar uma garrafa ou lata de cerveja aberta ela perderá o seu sabor em, aproximadamente, 15 minutos.

• 5. A CERVEJA ATRAPALHA NO RENDIMENTO ESCOLAR?

• Não, pelo contrário. Alguns donos de faculdades estão aumentando suas rendas com a venda de cerveja nas cantinas e bares na esquina.

• 6. O QUE FAZ COM QUE A BEBIDA CHEGUE AOS ADOLESCENTES?

• Inúmeras pesquisas foram feitas por laboratórios de renome e todas indicaram, em primeiríssimo lugar, o garçom.

• 7. CERVEJA ENGORDA?• Não. Quem engorda é você.• 8. A CERVEJA CAUSA DIMINUIÇÃO DA MEMÓRIA?• Que eu me lembre, não!

Fatores de textualidade• Coerência externa – revela-se pela

compatibilidade dos conteúdos do texto com a realidade exterior em seus múltiplos aspectos – como o social, o cultural, o histórico ou o científico. São os ruídos de comunicação observados na redação e na leitura.

Se um texto afirma que o Brasil se tornou independente de Portugal durante o século 18, ele está em desacordo com o conhecimento que se tem sobre História do Brasil, o que é uma incoerência externa.

- Palavra desconhecidaJá estamos em meados do século XXI e é

inacreditável que cenas como essa ainda se repitam. (escrito em 1999)

- Palavras com vários significados.

Coerência interna – quando o texto traz partes que se contradizem.

Ex: É um absurdo que alguns delinquentes como esse Edmundo continuem impunes faturando livremente seus milhões. Os jogadores, que são indisciplinados, devem ser banidos do futebol.

- Dupla negação Ex: Eu não fiz nada.

Não adianta, não há garganta que não pare de berrar.

Ele não vai deixar de desistir de parar de ficar sem fumar.

• Coesão – marcas linguísticas, índices formais na estrutura do texto.

Ex: concordância, verbo, regência, pronomes, pontuação etc.

• Conhecimento de mundo • Intencionalidade – socializar

conhecimentos, causar prazer, provocar ansiedade etc

• Intertextualidade

• Cadeia de referência:Anáfora: "O Pedro lidera a turma. Os colegas apoiam-no

incondicionalmente e estão do lado dele em todas as situações"

• (i) O João está doente. Vi-o na semana passada. Neste exemplo, o pronome pessoal [o] é o termo anafórico, referencialmente dependente, que retoma o valor referencial do grupo nominal [o João]. 

• (ii) A Ana comprou um cão. O animal já conhece todos os cantos da casa. Neste exemplo, o termo anafórico é o grupo nominal [o animal], que retoma o valor referencial do antecedente [o cão].

• (iii) A sala de aula está degradada. As carteiras estão todas riscadas. Neste exemplo, a interpretação referencial do sintagma nominal [as carteiras] depende da sua relação anafórica com o sintagma nominal [a sala de aulas].

Ambiguidade Ex: O jornalista desentendeu-se com o jornal por

causa de sua campanha a favor do presidente. (a campanha do jornalista ou do jornal?)

Ex: O Jorge criticou severamente a prima da sua amiga que freqüentava o mesmo clube. (que = a prima da amiga ou a amiga?)

Ex: A referência pode ser: pessoal (feita por meio de pronomes pessoais e possessivos) e demonstrativa (realizada por meio de pronomes demonstrativos e advérbios indicativos de lugar)

Elipse – a interpretação convoca necessariamente um antecedente.

Ex: O Rui caiu e fraturou uma perna

Variações linguísticas: • serve para marcar a inclusão em um grupo, dá

uma identidade para seus membros. (regional, histórica e sociocultural).

• Grupos sociais com diferentes acessos à educação formal (sons, morfologia, sintaxe)Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso.

• Falares específicos para grupos específicos como profissionais de uma mesma área – médicos, policiais, profissionais da informática etc.

CE KÉ KAFÉ?KÉ.PÓ PÔ PÓ?PÓ PÔ!PÓ PÔ PÃO?PÓ PÔ POKIN SÓ.KFOM KOTÔ.OPCV!NÓ!PDI PA PÔ UM POKIM SÓ TREM!!

Funções da linguagem1. Função emotiva (expressiva)“Ando devagar, porque já tive pressaE levo este sorriso, porque já chorei demais”

“Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil.”

2. Função Conativa (apelativa)“Doe sangue você também. Doar sangue é um

gesto de amor.” “Não fumem aqui, por amor à vida.”“Compre batom!”

3. Função Referencial (denotativa)Mochilas causam problemas em crianças

Livros, cadernos, estojos, agendas, dicionários e uma mochila. Esses são os ingredientes para uma boa dor na coluna e, até mesmo, algum desvio. É que crianças e adolescentes começam a carregar peso muito cedo. Isso pode causar muitos problemas se não forem tomados alguns cuidados. O ideal é usar um carrinho para puxar.

4. Função Fática“O telefone tocou.-- Alô? Quem fala?-- Como? Com quem deseja falar?-- Quero falar com o Sr. Samuel Cardoso.-- É ele mesmo. Quem fala, por obséquio?-- Não se lembra mais de minha voz, seu Samuel?

Faça um esforço...-- Lamento muito, minha senhora, mas não me

lembro. Pode dizer-me de quem se trata?Alô, alô, não desligue, não, ouviu?”

5. Função Metalinguística “um poema é a projeção de uma idéia em palavras

através da emoção. A emoção não é a base da poesia: é tão-somente o meio de que a idéia se serve para se reduzir em palavras”.

6. Função Poética“(...) Você deságua em mimE eu oceano, esqueço que amar é quase uma dor.”

“O tempo é meu paciente.Cortei o seu corpoem mil pedaçose me contemploem seu regaço.”

Identifique as funções de linguagem predominantes:1.Aproveite a oferta! Compre já seu novo aparelho de televisão. Assista à Copa do Mundo com visão colorida.2.“Eu vivo bem se amar ninguém. Ser feliz é sofrer por alguém Zombo de quem sofre assim: Quem me fez chorar, hoje chora por mim,

Quem ri melhor é quem ri no fim.” 1.No dia 12 de junho de 1948, a rede de lojas “Exposição Clipper” lançou a campanha do dia dos namorados, com o objetivo de levar os casais a trocarem presentes.

4. – É a Lila? Olha, estou no banco para pagar sua prestação, mas o caixa não quer receber em cheque, só em dinheiro. Está me ouvindo? O que faço? Estou sem dinheiro.

5. “Façam a festa cantem, dancem

que eu faço o poema duro o poema murro sujo como a miséria brasileira.”

6. “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz; onde haja ódio, consenti que eu semeie amor”

Nas questões 1 a 6, numere os seguintes períodos de modo a constituírem um texto coeso e coerente e, depois, indique a

sequência correta.

1. ( )Essa mudança é trazida pela Medida Provisória (MP)

do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados. (Cadin).

( ) O que a Fazenda Nacional quer com essa nova redação é transformar em caixas os valores depositados emjuízo pelas empresas nas batalhas judiciais que já tiveram decisão desfavorável ao contribuinte em julgamento do Supremo Tribunal Federal.

( ) A fazenda nacional está investindo em mais uma arma para reduzir o volume de ações tributárias na justiça.

( ) De acordo com a nova redação do art. 21 dessa Medida Provisória, a Fazenda Nacional abre mão de seus honorários (10% a 15% sobre os valores envolvidos nas ações perdidas) caso as empresas desistam de algumas brigas tributárias contra a União.

( )Esse esforço se traduz na modificação de um dispositivo legal que torna mais atraente às empresas a desistência de algumas ações judiciais que são, na verdade, casos considerados perdidos.

a) 5-3-1-2-4b) 3-5-1-4-2c) 5-2-3-1-5d) 2-4-3-1-5e) 4-1-5-3-2

2. ( ) Outro fator a considerar é que o comércio bilateral entre os dois países não chega a 1% do total do comércio exterior mexicano.

( ) Atualmente as transações entre ambos chegam a cerca de US$900 milhões.

( ) A situação começou a mudar em 1996, como reflexo da desvalorização cambial do peso mexicano.

( ) O comércio bilateral entre o Brasil e México não reflete o potencial dos dois países.

( ) Historicamente o Brasil era o país superavitário nessa relação.

a) 3-5-2-4-1 b) 3-1-4-5-2 c) 3-4-5-2-1d)5-2-4-1-3 e) 1-3-4-2-5

3. ( ) O Produto Interno Bruto, PIB, cresceu apenas 2,9% em 1997 enquanto o mercado de trabalho perdia 335.646 vagas.

( ) Em outro, o lucro das grandes empresas sobe a taxa de até 70%.

( ) Várias empresas deram-se mal; o número de concordatas em janeiro de 1998 foi de 38,3% maior do que em janeiro de 1997 e o de falências decretadas aumentou 38,6%.

( ) Mas o vendaval passou longe das grandes empresas.( ) Em um deles a economia caminha em marcha lenta, o

desemprego, a inadimplência e o número de falências e concordatas crescem.

( ) O Brasil do real convive com dois países. a) 4-3-5-6-2-1 b) 3-4-6-5-2-1 c) 1-3-2-6-5-4d) 5-2-1-4-3-6 e) 2-1-4-3-6-5

4. ( ) A proteção a todos esses brasileiros no exterior é tradicionalmente uma das atribuições básicas da diplomacia, ao lado da representação, da negociação e da informação.

( ) Em países fronteiriços ou em países desenvolvidos, esse contingente de brasileiros que vive temporariamente ou em bases mais definitivas no exterior aumentou geometricamente, alcançando hoje perto de 1,5 milhão de cidadãos.

( ) Talvez o dado mais novo para a diplomacia brasileira nestes últimos tempos seja o da emigração brasileira ao exterior.

( ) Os desafios que se abrem para nós nessa nova área em expansão são imensos. Além da demanda por serviços cartoriais prestados pela rede consular, aumentam as necessidades de apoio consular e de incentivo à organização das comunidades brasileiras fora do país.

( ) a eles se agrega um número ainda maior de turistas, estudantes e empresários, levados ao exterior pela estabilidade da moeda brasileira e pelas oportunidades que se abrem fora do país.

a) 4-2-1-5-3 b) 1-3-4-2-5 c) 3-5-2-1-4d) 2-1-3-5-4 e) 5-4-1-3-2

FIGURAS DE LINGUAGEM

São recursos que tornam mais expressivas as mensagens.

Subdividem-se em figuras de figuras de som, figuras de construção, som, figuras de construção,

figuras de pensamento e figuras de pensamento e figuras de palavras. figuras de palavras.

Figuras de som • a) aliteração: consiste na repetição ordenada de

mesmos sons consonantais. • “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.” • b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons

vocálicos idênticos. • “Sou um mulato nato no sentido lato • mulato democrático do litoral.”  • c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras

de sons parecidos, mas de significados distintos. • “Eu que passo, penso e peço.”

Figuras de construção• a) elipse: consiste na omissão de um

termo facilmente identificável pelo contexto.

• “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

• b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.

• Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

• c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.

• “ E sob as ondas ritmadas e sob as nuvens e os ventos e sob as pontes e sob o sarcasmo e sob a gosma e sob o vômito (...)”

• d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.

• “De tudo ficou um pouco. • Do meu medo. Do teu asco.”

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser: • De gênero Vossa Excelência está preocupado. • De número Os Lusíadas glorificou nossa literatura.• De pessoa “O que me parece inexplicável é que os brasileiros

persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

• f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.

• A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

• g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.

• “E rir meu riso e derramar meu pranto.”

• h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.

• “ Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer”

Figuras de pensamento • a) antítese: consiste na aproximação de termos

contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.

• “Os jardins têm vida e morte.” • b) ironia: é a figura que apresenta um termo em

sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.

• “A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

• c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.

• Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

• d) hipérbole: trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.

• Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

• e) prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.

• O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

• f) gradação ou clímax: é a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)

• “Um coração chagado de desejos • Latejando, batendo, restrugindo.”

• g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).

• “Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus!”

Figuras de palavras • a) metáfora: consiste em empregar um

termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

• “Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

• b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:

• Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

• c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

• O pé da mesa estava quebrado.

• d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:

• ...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)

• e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.

• A luz crua da madrugada invadia meu quarto.

• f) Polissemia: é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.

• Ele ocupa um alto posto na empresa.• Abasteci meu carro no posto da esquina.