Post on 16-Aug-2015
COLÉGIO ADÉLIA CAMARGO CORRÊA
LUCAS RODRIGUES DE CALO; PAULO ROGÉRIO BRÁS JÚNIOR;
TIAGO DOS SANTOS PASSOS; VINÍCIUS DA SILVA DIAS.
PROBLEMAS NO CONTEXTO
METROPOLITANO
BERTIOGA
Guarujá
2015
LUCAS RODRIGUES DE CALO - n˚25
PAULO ROGÉRIO BRÁS JÚNIOR - n˚28
TIAGO DOS SANTOS PASSOS - n˚32
VINÍCIUS DA SILVA DIAS - n˚35
PROBLEMAS NO CONTEXTO
METROPOLITANO
Análise Crítico-propositiva proposta pelo
Prof. Valter Batista de Souza
Guarujá
2015
Resumo
Esse trabalho tem como objetivo relatar problemas da cidade de Bertioga que envolvem seu
contexto metropolitano, documentá-los, discuti-los e propor soluções para tais. Serão discutidas
questões tanto como sociais, político-econômicas e até habitacionais.
Bertioga é um município do estado de São Paulo, na Região Metropolitana da Baixada Santista,
microrregião de Santos. A população em 2010 era de 47.572 habitantes e a área é de 491,2 km²,
o que resulta numa densidade demográfica de 96,84 hab./km².
Nesse documento são relatados complicações que o município de Bertioga sofre, tanto como
dados pesquisados e revisados pelos alunos do Prof. Valter Batista, de Geografia, no curso do
CD (Colegial Diurno) do Colégio Adélia Camargo Corrêa, do município de Guarujá, SP. Esse
trabalho visa melhorar o trabalho em equipe de seus membros para conseguir desenvolver bons
textos acadêmicos.
Sumário
1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 5
2- DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................................... 7
2.1- A QUESTÃO POPULACIONAL ....................................................................................................... 7
2.2- DEGRADAÇÃO AMBIENTAL ......................................................................................................... 9
2.3- MOBILIDADE ............................................................................................................................. 11
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 13
4- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 14
5- GLOSSÁRIO ................................................................................................................................... 15
5
1- INTRODUÇÃO
O relatório apresenta um conjunto de leituras técnicas e um resumo perante o
assunto a ser falado sobre as condições e tendências urbanas e socioambientais do Município
de Bertioga, município emancipado em 1991, com 47.645 habitantes em 2010, sendo 98,4%
residentes em áreas urbanas e 1,6% residentes em áreas rurais. A extensão territorial de Bertioga
é de 490,03km² sendo que aproximadamente 72,2% insere-se em Unidades de Conservação
instituídas.
A leitura sobre essas condições urbanas e socioeconômicas estão ligadas a análise
de diferentes problemas do desenvolvimento econômico, a cultura, a segurança alimentar e
nutricional, a saúde, a segurança pública, as finanças públicas entre outros. Contendo discussões
sobres os problemas vivido pela cidade e sugestões que serão abordadas durante cada tópico.
-Problemas no contexto Metropolitano
• Ambientais:
Os problemas ambientais da cidade, como um todo dever do cidadão cuidar desse problema também.
• Segurança:
A segurança em uma cidade é um ponto importante para manter uma ótima imagem da cidade e
também o direito do habitante ter um local seguro para morar.
• Saneamento e Água:
O investimento da cidade perante um problema que muitas outras cidades sofrem com a falta disso,
também uma questão de higiene muito importante que interfere na saúde.
• Educação:
Uma boa cidade como Bertioga tem que ter uma boa educação e com bom investimento é possível
aumentar a taxa de educação escolar.
• Trabalho, renda e cidadania:
6
A renda de uma cidade deve-se ao trabalho exercido na cidade e a cidadania que sustenta
financeiramente a cidade.
• Economia:
Bertioga tem uma boa economia perante as outras cidades da baixada santista, e seu desenvolvimento
financeira aumenta a cada ano.
• Mobilidade:
O transporte e mobilidade de uma cidade são pontos importantes para um desenvolvimento social da
cidade e fácil acesso a partes culturais e históricas da cidade.
• Saúde:
A cidade de Bertioga tem um número de postos de saúde, que facilitam o bem estar do cidadão, que
está ligado muitas vezes ao esgotamento e tratamento da água na cidade.
7
2- DESENVOLVIMENTO
2.1- A QUESTÃO POPULACIONAL
Um dos municípios com menor população na região, cerca de 47 mil habitantes,
Bertioga se destaca por apresentar taxa média anual de crescimento populacional de 4,4%
(2000-2010), a mais alta do Litoral Norte e Baixada Santista. Embora se perceba uma ligeira
tendência de envelhecimento na última década, mais de 50% da população possuía, em 2010,
menos de 30 anos. O percentual da população parda e negra sobre a população total é superior
ao verificado para o Estado de São Paulo. Destaca-se, entretanto, pela maior presença de
população indígena em relação a outros municípios da região.
Um fato interessante a se considerar são as casas de veraneio de Bertioga, onde
62,18% dos domicílios são de uso ocasional (IBGE-2010). Ao longo dos anos, a expansão
urbana ocorreu de forma fragmentada no território, com a construção de condomínios fechados
de alto padrão e, mais recentemente, com os empreendimentos verticais. A população flutuante,
calculada em 80.992 pessoas em 2010, representa quase o dobro da população residente.
Como em outros municípios da Baixada Santista, o crescimento urbano de Bertioga
estruturou um padrão desigual e contraditório de urbanização. De maneira geral, as áreas
urbanas junto à orla marítima, onde predominam as moradias de alta renda, ociosas na maior
parte do ano, contam com melhor oferta de infraestrutura e de serviços em comparação com
aquelas localizadas entre a Rodovia SP-55 e a Serra do Mar, onde está boa parte das moradias
de residentes fixos de Bertioga (ver mapa abaixo). Esse padrão de urbanização também
pressiona as áreas ambientais protegidas, pois os altos preços dos imóveis e terrenos nessas
áreas mais valorizadas acabam por “empurrar” as populações de menor renda para áreas com
maior vulnerabilidade ambiental.
8
RENDIMENTO PER CAPITA DE RESPONSÁVEIS POR DOMICÍLIOS
Realizando a análise do mapa do Rendimento per capita de responsáveis por
domicílios, pode se perceber que, à vista grossa, quanto mais próximo da costa litorânea as
habitações se localizarem, maior é a renda per capita de seus responsáveis, reforçando o fato
de boa parte dessas habitações serem características de casas de veraneio.
Considerando que o tráfego das rodovias do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI),
em época de verão, é um dos maiores do país, esse aumento de população, sendo a maioria de
uso não constante, pode vir a contribuir mais ainda para o aumento do tráfego nessas rodovias.
O turismo das cidades da Baixada Santista é característico, apresentando uma alta taxa de
turismo durante “A temporada”, nome dado para o período de tempo onde as viagens para essa
região são muito frequentes, geralmente no verão. Outro fator relacionado a essas ocupações é
a marginalização, levando os habitantes com menor renda à periferia da cidade, causando um
dos maiores problemas atualmente na cidade: a ocupação irregular, sendo essa uma das
responsáveis pelos grandes problemas ambientais que Bertioga sofre hoje em dia.
Possíveis soluções seriam a implantação de políticas públicas a favor daquelas áreas
de degradação ambiental, desenvolvimento relevante de outros tipos de atividades econômicas
além do turismo de veraneio que, infelizmente, foi implantado na Baixada Santista.
9
2.2- DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
Bertioga é uma das cidades da Baixada Santista com maior território ambiental mas
essa realidade pode mudar, já que o risco ecológico dessas áreas já é classificado como médio:
“Isso quer dizer que novas ações humanas podem desequilibrar de vez os sistemas,
principalmente se afetarem solos e águas, dois dos fatores que mais influenciam na classificação
do risco” (Celia Regina de Gouveia Souza, FAPESP).
A necessidade de crescimento econômico da região gerou crescimento da ocupação
e da exploração imobiliária, assim como desenvolvimento da indústria e do turismo. Pode-se
identificar áreas de aterro, desmatamento e construções em lugares indevidos do relevo, isso
pode causar consequências irreversíveis; a aceleração dos processos erosivos e depositivos pode
destruir o relevo natural.
“Essas estruturas afetam, por exemplo, a drenagem natural da planície costeira, de
baixa declividade e com nível de lençol freático muito raso, promovendo a rápida acumulação
e retenção de água nos períodos de chuva, o que desequilibra o funcionamento de alguns
ambientes costeiros” (Celia Regina de Gouveia Souza, FAPESP).
A flora e a fauna natural já é quase inexistente devido à pratica ilegal do
extrativismo, um exemplo é o palmito, já quase inexistente naturalmente. A construção da
rodovia Rio-Santos obrigou a margem da população migrar pra região costeira de mangues,
construindo habitações irregulares e que foram muito prejudiciais à fauna da região.
Pesquisa avalia risco ecológico provocado por ações
humanas e propõe soluções para planejamento e
conservação em região de grande biodiversidade (acervo
IG-SMA/SP).
Deduz-se que esse problema seja causado pelo grande desenvolvimento da região
da Baixada Santista nas últimas décadas, a construção da rodovia Rio-Santos, que atravessa
essa região da flora de Bertioga e causa um grande impacto ambiental.
10
“As pesquisas que Souza realiza nas planícies costeiras paulistas desde o início dos
anos 1990 sempre apontaram para a existência de associações específicas entre os diferentes
ambientes de sedimentação e determinados tipos de vegetação.
Por exemplo, as florestas baixa e alta de restinga (a primeira com árvores de menor
porte, próxima à praia, e a segunda com árvores maiores e distribuídas em direção ao interior
da planície costeira) ocorrem somente sobre depósitos marinhos (antigas linhas de praia
formadas durante os eventos de subida e descida do nível do mar). Já nas depressões centrais
das planícies costeiras, onde se desenvolviam estuários e lagunas quando o nível do mar estava
bem mais alto que o atual (há 5.600 anos), hoje ocorrem somente as florestas paludosas
(permanentemente encharcadas) e suas variações.” (FAPESP).
Essa complicação aumenta o nível de absorção de água de lençóis freáticos da
região, que consequentemente diminuem o crescimento de árvores, já que o solo encontra-se
“encharcado”.
O aumento da severidade de leis ambientais e aumento de fiscalização de atividades
extrativistas ilegais resolveriam, talvez o problema dessas áreas mais costeiras. As áreas mais
continentais sofrem com a ocupação indevida da margem da população que é segregada. Um
possível investimento na educação da cidade assistiria a situação dos mais desfavorecida a
ajudar no desenvolvimento sustentável da cidade, sem grandes impactos ambientais que
atualmente devem ser tratados com cuidado, pois encontram-se em situações quase
irreversíveis.
11
2.3- MOBILIDADE
O exame das condições de mobilidade em Bertioga revela baixa integração regional
e sérias dificuldades nos transportes coletivos municipais e intermunicipais, em parte
relacionadas às características do sistema viário hoje existente. Por concentrar poucos
empregos, Bertioga tem baixa participação na mobilidade intrametropolitana, contribuindo com
apenas 0,88% das viagens diária da RMBS. Quanto à geração de viagens, em Bertioga, os
deslocamentos para fora do município são motivados mais por estudos do que em razão de
trabalho, diferenciando-se do padrão da RMBS, onde o trabalho representa a maior motivação
dos deslocamentos. No município, 46% dos trajetos diários, correspondentes a 26.565 viagens,
são realizadas por meios motorizados, contra 54% por meio não-motorizados, correspondentes
a 29.330 viagens. A distribuição das viagens pelos diferentes modos de transporte em Bertioga
é ilustrada no gráfico a seguir.
O município possui a menor taxa de motorização da RMBS, e a maior frota de
bicicletas per capita, embora não seja o município com maior percentual diário de
deslocamentos com bicicletas, que representam 19%. A grande importância do uso do
transporte motorizado coletivo em Bertioga, representado pelos descolamentos por ônibus
(28%), tem mais a ver com limitações de renda do que com a eficiência do sistema. No
município, o tempo médio de deslocamento no modo ônibus é sensivelmente superior ao dos
demais modos. Um fator que dificulta as condições de mobilidade da população local é que não
há integração entre os transportes metropolitano e intermunicipal.
Nota-se que o município sofre de carência de mobilidade, já que os ônibus só são
usados pelo baixo custo e a cidade tem índices de viagens a pé e de bicicleta elevadíssimos. A
Percentuais de Viagens Diárias Segundo Modos - 2007
Ônibus Bicicleta A pé Outros Automóvel Moto
12
falta de transporte integrado à outras cidades também é um problema, já que a população usa a
viação metropolitana para fins de estudo, que também não está numa situação tão agradável.
Medidas para melhoria do serviço público são necessárias e, felizmente, o índice de
automóveis motorizados é baixíssimo, o que, ao menos, reduz bastante a poluição do ar da
cidade. Integração das viações de cidades próximas como Guarujá são ações a se considerar, se
já não estão sendo realizadas aliás.
13
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que Bertioga não tem problemas de muita relevância na microrregião da
Baixada Santista porém eles não são inexistentes e ainda assim acabam afetando a região. As
atividades de agropecuária de Bertioga são praticamente nulas, possui alguma atividade
industrial e o que “carrega” a cidade são os serviços, principalmente o turismo.
14
4- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
IBGE -
http://www.ibge.com.br/cidadesat/painel/economia.php?codmun=350635&search=sao-
paulo%7Cbertioga%7Cinfograficos:-despesas-e-receitas-orcamentarias-e-pib&lang=_ES
AGÊNCIA FAPESP -
http://agencia.fapesp.br/sobrevivencia_de_ecossistemas_de_bertioga_exige_atencao/17666/
PROJETO LITORAL SUSTENTÁVEL -
http://litoralsustentavel.org.br/wp-content/uploads/2013/09/Resumo-Executivo-Bertioga-
Projeto-Litoral-Sustentavel.pdf
http://www.polis.org.br/uploads/1602/1602.pdf
PORTAL G1 -
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2015/05/bertioga-sp-tem-o-maior-crescimento-
populacional-do-estado-de-sp.html
INSTITUTO OCEANOGRÁFICO - USP - Interferência humana degrada meio ambiente em
Bertioga
15
5- GLOSSÁRIO
RMBS – Região Metropolitana da Baixada Santista