Revista Especial Bertioga

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Edição 21 anos de emancipação

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2012 » Edição especial de emancipação: Bertioga 21 anos4

Diz um velho adágio popular: “A primeira impressão é a que fica”.

A julgar pela beleza e funcionalidade da agora revitalizada avenida 19 de

Maio, o principal acesso da cidade, Bertioga está com tudo para se desta-

car, ainda mais, como local aprazível quer para se visitar, quer para morar.

Tem mais: a orla da praia e uma grande gama de projetos e obras, de

curto, médio e longo prazos, aos poucos conferem uma nova identidade

para a cidade, que chega aos 21 anos de emancipação político-administra-

tiva, neste 19 de maio.

É certo que há ainda muito por fazer, a começar com a revisão do Pla-

no Diretor de Desenvolvimento Sustentável, elaborado em 1998, e que

requer mudanças urgentes para atender aos anseios de uma cidade que

cresce em ritmo bem maior do que as demais cidades da região.

O PDDS, ferramenta que vai determinar os rumos do município nos

próximos anos, de forma a atender as pressões local, regional e, também,

às leis de preservação ambiental, merece a atenção e participação incondi-

cional de todos os cidadãos bertioguenses.

Polêmicos, mas fundamentais, todos os tópicos que compõem este

documento precisam ser conhecidos a fundo, uma vez que podem dar à

Bertioga as tão esperadas condições de crescimento com sustentabilidade,

onde economia, sociedade e meio ambiente transitem lado a lado em grau

de interesse e importância.

Eleni Nogueira

Nova identidade

Editorial

JORNAL COSTA NORTEEdição Especial: Bertioga 21 anos

Publicação: 19/05/2012

Redação e PublicidadeAv. 19 de Maio, 695 - Jd. Albatroz - Bertioga/SP

Fone/Fax: (11) 3317-1281www.costanorte.com.br

[email protected]

Diretor PresidenteReuben Nagib Zaidan

[email protected]

AdministraçãoDinalva Berlofi ZaidanVinicius Berlofi Zaidan

[email protected]

Diretor de ArteRoberto Berlofi ZaidanRonaldo Berlofi Zaidan

[email protected]

Edição e textosEleni Nogueira (MTb 47.477)[email protected]

Criação e DiagramaçãoPP7 Publicidade

www.pp7.com.br | [email protected]ção de Arte, Projeto Gráfico e Diagramação:

Audrye Rotta

RevisãoAdlete Hamuch (MTb 10.805)

ComercialCatia Regina Vargas Lisboa

[email protected]

CapaVista da orla da praia da Enseada

Foto Renato InácioJCN

CirculaçãoBertioga e Litoral Paulista

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Sumário

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DesenvolvimentoMuitos desafios para conciliar preservação com oportunidades para todos

Plano DiretorRevisão apontará o novo caminho rumo à sustentabilidade

ArtigoComo administrar o crescimento das cidades sem esgotar os recursos naturais disponíveis

EmpreendimentosBuriqui e Reserva podem ser os primeiros loteamentos aprovados na cidade em três décadas

Sesc Lições da primeira colônia de férias brasileira com instalações próprias

HabitaçãoA busca por soluções para zerar o déficit habitacional na cidade

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HistóriaTrajetória da última cidade da Região Metropolitana da Baixada Santista a receber o turismo de massa

Riviera de São LourençoExemplo de como o crescimento

econômico pode e deve conviver em harmonia com o meio ambiente

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InfraestruturaNovas obras mudam padrão da região central da cidade e aquecem mercado imobiliário

PerfilOs principais aspectos físicos, geográficos,

demográficos e históricos da cidade

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EconomiaEquilíbrio das contas aumenta capacidade de investimentos em serviços essenciais

SabespSaneamento básico ampliado para atender demanda atual e futura

Comércio Economia local aquece setor e atrai nomes fortes para a cidade

SaúdeGestão profissionalizada aumenta capacidade de atendimento e índices de satisfação

ExecutivoPrefeito avalia seu mandato e diz que administra sob a ótica da coletividade

LegislativoCâmara segue tendência de desenvolvimento e deve ocupar nova instalação ainda este ano

TurismoCentro de Convenções Multiuso poderá tornar-se uma das principais ferramentas do setor

ImagensPaisagens e ângulos inusitados de uma Bertioga que se modifica

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É projetar novos bairros e novas cidades para

oferecer as condições de vida que todos desejam.

É disciplinar o uso e a ocupação do solo.

É buscar soluções para os impactos ambientais.

É trabalhar com responsabilidade social para

educar e preservar.

Há mais de 50 anos a Sobloco desenvolve projetos

urbanísticos integrados ao conceito de sustentabilidade.

Mais que urbanizar áreas, a empresa se especializou

em formar comunidades vibrantes e valorizadas,

onde as pessoas se orgulham de viver.

Visão de futuroé preparar, hoje, o bem-estar do amanhã.

®

Siga-nos:

www.rivieradesaolourenco.com

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Trajetória de desenvolvimento

A beleza de Bertioga é incontestá-vel. Espremida entre o Oceano Atlân-tico e o imenso paredão da Serra do Mar, exibe toda a vivacidade juvenil de uma cidade ainda em desenvolvimen-to. Afinal, ela chega à maioridade neste dia 19 de maio.

Seus principais atributos são os rios, cachoeiras, manguezais, praias, restinga e Mata Atlântica, em perfeito estado de conservação. Tais características refle-tem o fato de Bertioga ter sido a últi-ma cidade da Região Metropolitana da Baixada Santista a receber o turismo de massa, por conta do seu isolamento até a década de 1980.

A dependência marítima foi res-ponsável pela dormência da região por muitos anos. Depois de testemunhar

grandes conflitos entre índios, por-tugueses e franceses; acompanhar as saídas de naus, cujos destinos eram a fundação das cidades de São Vicente e Rio de Janeiro; hospedar o históri-co artilheiro Hans Staden, e “brilhar” com as luzes de óleo de baleia, Bertio-ga entrou no século XX como um sim-ples núcleo de pescadores.

Sem luz ou água encanada, exercia o papel de zona rural de Santos e pon-to de descanso para pequenas embarca-ções de caiçaras que percorriam grandes distâncias entre Santos e o litoral norte. O deslocamento de seus escassos mora-dores para Santos era feito apenas com as lanchas da então Cia. Docas de San-tos, hoje Codesp, entre o porto e um pequeno terminal ferroviário de trans-

Bela adormecidaÚltima cidade da Região Metropolitana da Baixada Santista a receber o turismo de massa, a partir de 1990, Bertioga amargou um longo ostracismo em relação aos demais municípios por depender do transporte marítimo de Santos, de quem se emancipou politicamente há 21 anos

A busca atual é pela concretização de seu

desenvolvimento sustentável, no sentido

de preservar seus recursos ambientais, sem deixar

de atender a qualidade de vida de seus habitantes, que já passam de 47 mil

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zinporte do pessoal de manutenção da Usi-

na Hidrelétrica de Itatinga, com atraca-douro às margens do Rio Itapanhaú.

Na década de 1930, a Cia. Santense de Navegação, subvencionada pelo es-tado, passou a executar a travessia entre Bertioga e Santos pelo Canal de Bertio-ga, por meio de barcas, em uma cansati-va viagem de, no mínimo duas horas. A primeira alternativa via terrestre surgiu no final de 1930, uma estrada de roda-gem entre a Praia do Perequê, em Gua-rujá, e o Canal de Bertioga, construída pelo empresário Antônio Ermírio de Moraes, que na época havia adquirido um imóvel no bairro do Indaiá.

Na década de 1940, Bertioga come-çou a se destacar como centro balneário. Em 1946, um grupo de comerciantes resolveu construir a primeira colônia de férias do Brasil, justamente na tranquila e pacata Bertioga. Nasceu, assim, a Co-lônia de Férias Ruy Fonseca - Sesc Ber-tioga, inaugurada em 31 de outubro de 1948. Hoje a maior da América Latina.

Em 1954, a estrada de rodagem criada por Antônio Ermírio de Moraes passou à jurisdição do Departamento de Estrada de Rodagem - DER, quan-

do foi inaugurado o serviço de balsas. Contudo, apenas no final de 1958 a via Guarujá-Bertioga foi asfaltada. Deu-se início, então, à construção de residên-cias de veraneio, principalmente na re-gião da Praia da Enseada.

Em 1959, o serviço de travessia en-tre as cidades de Guarujá e Bertioga re-gistrou o número de 13.290 veículos. No ano seguinte, passou para 29.438. Uma mostra do que viria pela frente.

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« Serviço de travessia por balsas foi inaugurado em 1954. Atualmente o movimento médio diário é de 600 veículos, segundo a Dersa »

« Turismo de veraneio teve início a partir da região da praia da Enseada »

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Hoje são cerca de 600 veículos diaria-mente, segundo a assessoria de comu-nicação da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.).

A década de 1970 trouxe boas no-tícias para o isolado povoado, formado por 2.572 habitantes. Uma delas foi a construção da rodovia Rio-Santos (BR 101) - concluída em 1972, que serviu de ligação entre os portos de Santos e São Sebastião e principal impulso ao turismo da cidade. A outra chegaria em 1979, quando do início da implanta-ção do megaempreendimento Riviera de São Lourenço. Bertioga nunca mais seria a mesma.

Mas a projeção da então vila de pescadores como opção turística em âmbito nacional só teve início a partir da integração entre as rodovias Rio--Santos e Mogi-Bertioga, em 1982, e a construção da ponte sobre o Rio Ita-panhaú, em 1985.

A década de 1990 trouxe, afinal, a independência. Em 1991, por meio de plebiscito, a população local, formada por 11.473 habitantes, decidiu pela separação da sede municipal santista. A criação do município foi oficializada pela Lei Estadual 7.664 de 30 de de-zembro de 1991 e sua instalação deu--se em 1993, com posse de prefeito e vereadores, dando início a construção da cidade que temos hoje.

Em 2000, a população de Bertioga já era de 30.093 (IBGE). Em 2002, a inauguração da segunda pista da Rodo-via dos Imigrantes veio reduzir substan-cialmente o tempo de percurso entre o litoral e o planalto. De lá para cá, tem sido constante o aumento de turistas e de investimentos na cidade, que não para de crescer e se firma como uma das principais apostas do mercado imobiliá-rio da região. Em 2012, a busca é pela concretização de seu desenvolvimento sustentável, no sentido de preservar seus recursos ambientais, sem deixar de atender a qualidade de vida de seus habitantes, que já passam de 47 mil, se-gundo dados do IBGE.

Fontes de pesquisa: Bertioga His-tórica e Legendária - Francisco Martins dos Santos / Dissertação Estela Mace-do Alves - 2009

Trajetória de desenvolvimento

A década de 1970 trouxe boas notícias para o isolado povoado, formado por 2.572 habitantes: a construção da

rodovia Rio-Santos (BR 101) - concluída em 1972, e o início da implantação do megaempreendimento Riviera de São Lourenço, em 1979. Bertioga nunca

mais seria a mesma

« Segunda pista da rodovia Imigrantes reduziu o tempo de percurso entre o litoral e o planalto aumentando a movimentação na região »

« Integração entre a Rio-Santos e a Mogi-Bertioga deu início à projeção de Bertioga como opção turística »

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Já somos mais de 47 mil habitantes, um número expressivo ao ser comparado ao existente na época da emancipação do município, em 1991, quando a população somava apenas 11.478 habitantes. Segun-do levantamento da RA Amaral Consulto-ria, desde sua instalação oficial, em janeiro de 1993 até 2010, Bertioga liderou com absoluta folga o ranking das cidades da Região Metropolitana da Baixada Santis-ta com a maior taxa de expansão popu-lacional do estado de São Paulo: índice de 217,26%, contra 30,82% apurado na Baixada Santista, e de apenas 26,30% em âmbito estadual.

É como se a cidade tivesse recebido seis habitantes por dia durante 17 anos segui-dos. Este cenário de crescimento exerce forte pressão sobre o tecido urbano, em uma cidade que possui um dos maiores índices de cobertura vegetal do estado de São Paulo, ou seja, cerca de 90% dos 493 km² de extensão territorial.

No final de 2010, a criação do Par-que Estadual Restinga Bertioga, com 93,12 km², ou equivalente a 19% de todo o território municipal, restringiu ainda mais a área destinada à urbanização, já que a abrangência do parque inclui zonas urbanas e de expansão urbana, definidas no Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável (Lei 315/98). Assim, resta ao poder públi-co apenas 1,6% do território para legislar.

A instituição de unidades de conser-vação justifica-se pela existência de im-portantes ecossistemas, biodiversidades e patrimônios ambientais que certamente precisam ser conservados e preservados para as gerações futuras

Mas, há uma condição preocupante frente à demanda regional configurada, principalmente por conta do aquecimento econômico provocado pelas recentes des-cobertas na camada pré-sal da Bacia de San-tos e a anunciada expansão portuária das cidades limítrofes, Santos e São Sebastião.

Desenvolvimento

Desafios por vencerO crescimento populacional das últimas décadas entra em choque com as restrições ambientais impostas ao município. Conciliar preservação, demandas regionais, serviços públicos e oportunidades para todos são os desafios impostos à sociedade bertioguense

O aquecimento econômico provocado pelas recentes descobertas na camada

pré-sal da Bacia de Santos e a anunciada

expansão portuária das cidades limítrofes, Santos e São Sebastião, prevê um

crescimento regional sem precedentes

« Modelo de ocupação urbana predominante é o de turismo de veraneio, principalmente na região central »

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Construção da sede administrativa da Petrobras, no bairro Valongo, expansão da área continental e implantação do comple-xo logístico na Ilha de Bagres, em Santos; implantação de base offshore e de aeropor-to civil metropolitano, em Guarujá, bem como a duplicação da Rodovia Tamoios e a construção do Contorno Viário São Se-bastião-Caraguatatuba, em São Sebastião, são alguns dos vetores econômicos que já aquecem o mercado imobiliário, com con-sequente novo fluxo migratório e demanda por áreas de expansão. Novos moradores exigem novas escolas, postos de saúde, ex-pansão dos serviços de transporte e inves-timentos em várias áreas de infraestrutura.

Há de se notar o modelo de ocupa-ção predominante na cidade, desde seu período de maior expansão, ocorrido nas décadas de 1980 e 1990, voltado, exclusi-vamente, para o turismo de veraneio. Por conta disso, atualmente, mais de 60% dos domicílios existentes no município são de uso ocasional, ou de segunda residência, enquanto que o déficit habitacional é de cerca de 4 mil moradias.

Kazuo Nakano, arquiteto urbanista, professor do Centro Universitário Senac e doutorando em demografia na Unicamp, que pesquisa a região faz um alerta: “Dian-te desse cenário, é importante buscar um novo modelo de desenvolvimento urbano. Não se pode repetir o mesmo modelo de urbanização baseado no turismo de vera-neio voltado para segundas residências”.

Segundo Nakano, Bertioga não tem como resolver o seu problema de cresci-mento urbano, mantendo mais de 60% dos seus domicílios como de uso ocasional. “As áreas disponíveis para crescimento futuro são poucas e não se pode desperdiçá-las so-mente com residências que, apesar de be-neficiadas com serviços, equipamentos e in-fraestruturas urbanas, permanecem fechadas durante a maior parte do ano. Não se trata somente de ter mais áreas para urbanizar, é preciso definir o melhor modo de urbanizá--las, garantindo direitos sociais e otimizan-do o aproveitamento de solos urbanizados”.

Por outro lado, não se podem ignorar os benefícios gerados pela indústria do turismo de veraneio, conforme defende Rodolfo Amaral. “A produção imobiliária na área litorânea financia recursos para a saúde, educação e serviços diversos”.

Segundo Rodolfo Amaral, é importante

observar que Bertioga ainda se encontra em fase de desenvolvimento, o que limi-ta sua capacidade de geração de recursos tributários a partir do consumo (ICMS, por exemplo), bem como possui um con-tingente populacional abaixo de 50 mil moradores, algo que inibe sua participação no processo de partilha do Fundo de Par-ticipação dos Municípios. “E é exatamen-te por esta razão que registra uma grande concentração das suas receitas de impostos nos chamados tributos patrimoniais (IPTU e ITBI) ou na produção destes tipos de bens imobilizados, já que sobre tais negó-cios também recai a cobrança do Imposto sobre Serviços”, diz. Daí a relevância da receita proveniente do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), gerado pela construção civil, defende o economista.

Rodolfo Amaral destaca: “É inegável que Bertioga precisa defender o seu patri-mônio ambiental, mas de forma responsável que não coloque em risco seu desenvolvi-mento e nem faça da cidade um lugar con-

Bertioga, a exemplo dos demais municípios do litoral paulista, encontra-se diante de dilemas importantes relacionados com o modelo de desenvolvimento que irá adotar no futuro

« Cidade possui poucas áreas para expansão urbana (veja mapa acima), ao mesmo tempo em que tem uma das maiores taxas de crescimento populacional da região »

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Áreas urbanas ainda não ocupadas Limites de Bertioga

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Desenvolvimento

templativo e sem oportunidades de desen-volvimento, até porque, a cidade concentra uma população jovem de 18 a 24 anos, que pressiona o mercado de trabalho”.

Vê-se que Bertioga, a exemplo dos de-mais municípios do litoral paulista, encon-tra-se diante de dilemas importantes rela-cionados com o modelo de desenvolvimen-to que irá adotar no futuro. “A geração de riquezas é um fato concreto”, diz Amaral.

Por sua vez, Kazuo questiona: “Essas ri-quezas serão traduzidas em melhores condi-ções de vida e um desenvolvimento urbano que efetive direitos sociais e garanta a preser-vação do meio ambiente? Ou essas riquezas serão obtidas de modo predatório e insusten-tável, com altos custos socioambientais?”.

Atender a estas questões é parte dos desafios do processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Bertioga (veja página 24), que terá a missão de encontrar mecanismos de conci-liação entre seu crescimento populacional e a ocupação ordenada do solo urbano, nas diferentes localidades do município.

« “É inegável que Bertioga precisa defender o seu patrimônio

ambiental, mas de forma responsável que não coloque em risco seu

desenvolvimento”. Rodolfo Amaral »

« “Não se trata somente de ter mais áreas para urbanizar, é preciso definir o melhor modo de urbanizá-las, garantindo direitos sociais e otimizando o aproveitamento de solos urbanizados”. Kazuo Nakano »

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Desenvolvimento

diretrizes de desenvolvimento da cidade e região, respectivamente.

O PDDS de Bertioga foi elaborado sob o princípio do desenvolvimento co-munitário integral, abrangendo os seto-res: social, econômico, físico-territorial e administrativo. Mas as mudanças ocorri-das nos últimos 14 anos impõem a urgen-te revisão das diretivas propostas à época.

Já o ZEE, envolve as nove cidades da Baixada Santista e vem sendo elaborado no mesmo período (14 anos), sem que se chegue a um consenso. Na síntese da proposta são apresentadas as zonas defi-nidas e seus usos e proteções determina-das por uma soma de fatores ambientais e meta de desenvolvimento pretendida para a área. Ele é tido como o principal instrumento disciplinador do uso do ter-ritório regional.

Ano passado, houve um avanço nas discussões e o documento final foi apro-vado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), em dezembro. Mas, novas discussões sobre a área por-tuária de Santos paralisaram novamente o andamento do processo. Pronta a mi-

Você sabe o que sãoPDDS e ZEE?

As siglas podem parecer confusas e desconhecidas para a maioria da população. Mas é bom ficar atento, pois são elas que definirão o direcionamento do crescimento futuro da cidade

« Conciliar desenvolvimento e preservação ambiental é o principal desafio »

Plano Diretor de Desenvolvimen-to Sustentável - PDDS (Lei 315/98) e Zoneamento Ecológico Econômico da Baixada Santista - ZEE, previsto no Pla-no Estadual de Gerenciamento Costeiro (Lei 10.019/98). Em âmbitos munici-pal e estadual estas leis devem conter as

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nuta do decreto, ela seguirá para a san-ção do governo do estado. Para Bertio-ga, é interessante que o ZEE seja publica-do, pois a administração municipal aguar-da esta decisão para definir as propostas de revisão do PDDS da cidade. “Temos muitas coisas para rever, já adiantamos alguns trabalhos, como o abairramento e estamos discutindo o sistema viário, mas é bom aguardar as definições do ZEE para que as diretrizes sejam compatíveis”, diz o secretário municipal de Habitação, Pla-nejamento e Desenvolvimento Urbano José Marcelo Ferreira.

Dentre as leis que devem ser revistas para definir o perfil do futuro desenvol-vimento da cidade estão as que tratam do abairramento, sistema viário, código de posturas e o código de edificações.

Um primeiro ensaio do abairramen-to foi apresentado para apreciação da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bertioga, dia 4 deste mês, por José Marcelo. De acordo com a proposta, o município seria dividido em quatro regiões administrativas, de forma

« PDDS define para aonde e como a cidade

vai crescer »

Região Administrativa 1 CaiburaSão João

Região Administrativa 2VeleirosVila Bertioga ou Vila do ForteCentroVicente de Carvalho

Albatroz

Maitinga

Mangue Seco

Rio da Praia

Ana Paula

Buriqui ou Costa Nativa

Raphael

Parque Rio da Praia

Região Administrativa 3

Chácara Vista Linda

Vista Linda

Indaiá

Riviera

São Lourenço

Itaguaré/PERB

Região Administrativa 4

Guaratuba

Costa do Sol

Morada da Praia

Boraceia

Novos nomes para os bairros de Bertioga. Proposta será discutida em audiências públicas.

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a se pensar em futuras sedes de admi-nistrações regionais. A ideia é definir os contornos dos bairros e discutir espacial-mente a planta da cidade e as vocações de cada região.

A configuração territorial seria as-sim definida: RA1 Caibura/São João (formada apenas por estes dois bairros);

RA2 Centro/Vista Linda (12 bairros); RA3 Indaiá/Riviera de São Lourenço (6 bairros e Parque Estadual Restinga Bertioga - PERB) e RA4 Guaratuba/Boraceia (4 bairros). Cada região terá o seu próprio Código de Endereço Postal, que hoje é único para a cidade inteira e dificulta o trabalho dos Correios.

Desenvolvimento

« “Temos muitas coisas para rever, já adiantamos alguns trabalhos, como o abairramento e estamos discutindo o sistema viário, mas é bom aguardar as definições do ZEE para que as diretrizes sejam compatíveis”. José Marcelo »

« Abairramento propõe divisão da cidade em quatro regiões administrativas »

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Segundo José Marcelo, após consen-so da discussão técnica por parte da AE-AAB, que ficou com uma cópia digital do material para apresentar para os seus associados, a proposta segue para as au-diências públicas.

Já o Plano Viário Municipal deve es-perar mais um pouco para ter uma pri-meira proposta, isso porque o secretário deve aguardar as definições do Sistema Viário de Interesse Metropolitano - SI-VIM, que vem sendo discutido na re-gião. “Neste setor precisamos planejar as questões das marginais e estabelecer al-guns sistemas binários, como por exem-plo, nas avenidas João Ramalho e Tomé de Souza”, ressaltou.

Bacia HidrográficaUnidade de Gerenciamento de Recursos Hí-

dricos - UGRHI. Esta é outra sigla que merece

atenção, uma vez que o território de Bertioga

está quase totalmente incluso na UGRHI da

Baixada Santista, por conta de sua abundância

de água doce. Isso implica em mais uma série de

proteções por parte da Lei Estadual 9.034/94,

que dividiu o estado em 22 Unidades de Gestão

de Recursos Hídricos, e também tem as suas di-

retrizes para o uso do solo com enfoque para a

preservação das bacias. O sistema hídrico fluvial

de Bertioga é composto pelos rios Itapanhaú,

Itaguaré, Boraceia e Canal de Bertioga.

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Artigo

Recente relatório divulgado pelo Fundo da População das Nações Uni-das (UNFPA) trouxe algumas infor-mações que merecem reflexão. Uma delas é o número da população mun-dial: 7 bilhões de pessoas, mais do que o dobro registrado em 1960 (cerca de 3 bilhões). Se contextualizarmos esses números para o nosso país, ficaremos surpresos ao constatar que, no mesmo período de 50 anos, a população bra-sileira passou de 75 milhões para 190 milhões, o que significa um crescimen-to de 153%, correspondendo a um au-mento, em média, de 2,4 milhões de pessoas por ano. Este quadro fica ainda mais dramático se levarmos em consi-deração a taxa de urbanização brasilei-ra, que já bate a casa dos 90% - o que equivale dizer que as nossas cidades es-tão absorvendo, anualmente, o contin-gente de 2,16 milhões de pessoas. Em 1950, o Brasil tinha apenas duas cida-des com mais de 1 milhão de habitantes (São Paulo e Rio de Janeiro). Hoje, 16 cidades já superam este número.

O relatório chama a nossa atenção para outra questão importante: de-vemos continuar crescendo, mas sem exaurir os recursos naturais. Isto nos coloca diante de um quadro que exi-ge maturidade e competência de nos-sos legisladores. Para absorver esse crescimento, as cidades deverão estar preparadas para fazer os investimentos proporcionais e necessários em infra-estrutura urbana e de saneamento bá-sico, escolas, hospitais, energia, segu-rança, transporte, moradias, parques etc. Precisarão também ser dinâmicas o suficiente para dar emprego aos que chegam. Rica ou pobre, independente de sua cultura ou valores, a próxima ge-ração chega consumindo mais do que nunca. Não importa onde vivam, em mansões ou kitchenettes, todos con-

sumirão energia elétrica, água, telefone fixo e celular, móveis, TVs, geladeiras, computadores, roupas, tudo o que puderem comprar. A evolução da mí-dia impressa e eletrônica revolucionou a maneira das pessoas consumirem: as mensagens publicitárias estão em todos os lugares e instantaneamente atingem a população, causando mudanças de hábito e desejos consumistas. Trata--se de uma tendência inquestionável, comprovada pelo crescimento do PIB mundial de US$ 32 trilhões, em 2000, para mais de U$S 70 trilhões em 2010. No mesmo período (2000 a 2010), o Brasil, como país emergente, saiu de US$ 645 milhões para US$ 1,7 trilhão.

Então, como administrar o cresci-mento das cidades sem esgotar os re-cursos naturais hoje disponíveis? Úni-ca e tão somente com os pés no chão, sem sonhos e fantasias, perseguindo o caminho do desenvolvimento susten-tável, no qual as questões ambientais, sociais e econômicas são tratadas em conjunto. Isto deve ser feito por meio de investimentos maciços em educação e de planos diretores responsáveis, que permitam expansões urbanas, verticais e horizontais, de boa qualidade, que tra-gam desenvolvimento, moradias, em-pregos e receitas para o município e, ao mesmo tempo, garantam a preservação do meio ambiente.

A ciência e tecnologia já comprova-ram que não vingou a tese malthusiana que afirmava que o crescimento popu-lacional esgotaria as áreas disponíveis para seu sustento. Entretanto, diante dos números populacionais e as taxas de urbanização repetidamente noticiados, fica evidente que se um planejamento mais eficaz de uso e ocupação do solo não for adotado, dificilmente repassa-remos para as próximas gerações um mundo melhor. No entanto, a função

É preciso planejaro crescimento

« Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor de marketing da Sobloco Construtora »

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de planejar a ocupação deve ser de res-ponsabilidade de cada cidade ou região, pois só ela conhece seus problemas e soluções - cada região brasileira tem sua peculiar vocação econômica, social e ambiental, e não há ninguém melhor do que o próprio município para definir seu crescimento, por meio de legislações adequadas ao seu DNA. Só para exem-plificar, a onda do pré-sal no estado de São Paulo, com investimentos previstos de mais de R$ 100 bilhões em 15 anos, levará as cidades costeiras a um grande desenvolvimento. É certo que haverá fluxos migratórios para essas regiões, que entrarão em colapso, com graves consequências ambientais e sociais, se não estiverem preparadas em termos de infraestrutura urbana, de saneamento básico, comercial e de serviços.

As cidades foram eleitas pela gran-de maioria da população mundial como seu “habitat” permanente. Nelas são

gerados conhecimento e riqueza, além de desenvolvimento cultural, educacio-nal e tecnológico. Combater esta evi-dência é estar na contramão do mundo. Portanto, são fundamentais atitudes coerentes de planejamento urbano que respeitem essa realidade. Se de um lado precisamos de novas cidades e bairros, de outro precisamos inventá-los com soluções urbano-ambientais que redu-zam os seus impactos ambientais. Prá-ticas como o uso racional da terra com maior adensamento, ao invés do es-praiamento; o desenvolvimento orien-tado para o trânsito e para o pedestre, facilitando a mobilidade das pessoas; a revitalização de espaços urbanos conta-minados ou favelizados - estas são ape-nas algumas iniciativas sustentáveis para o ser humano do século XXI. O Brasil precisa planejar seu crescimento. Temos tudo para chegar lá, só não podemos fa-lhar ao planejar.

A função de planejar a ocupação deve ser de responsabilidade de cada cidade ou região, pois só ela conhece seus problemas e soluções

*Luiz Augusto Pereira de Almeida

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Muitos fatores atraem a atenção para Bertioga. A qualidade de vida oferecida por sua natureza preservada, a proximi-dade com a capital, e sua posição privile-giada, na divisa entre a Baixada Santista e o litoral norte - regiões estratégicas devido aos seus portos em expansão e, mais recentemente, pelas expectativas geradas com a descoberta da camada pré-sal, na Bacia de Santos. Tais fatores reúnem pontos positivos de sobra para que a cidade seja considerada a bola da vez no disputado mercado imobiliário.

Tem-se como certo que Bertioga torne-se a cidade preferida dos funcio-nários de todos os níveis da futura eco-nomia petrolífera da região, assim como hoje, é uma das mais procuradas pela indústria do turismo de veraneio. Vê-se então, que é preciso ampliar sua capa-cidade de absorver novos moradores, dentro de sua limitada área de expansão urbana - 3% de seu território.

Desde a década de 1970, nenhum novo loteamento foi aprovado na cida-de. As exigências de seu Plano Diretor

de Desenvolvimento Sustentável, soma-das às das atuais leis ambientais, sinali-zam que, para construir em Bertioga, é preciso muito talento, paciência e res-ponsabilidade social e ambiental.

Perfil apresentado pelos responsáveis pelos loteamentos Buriqui Costa Nati-va e Reserva Bertioga que, há sete anos, buscam adequar seus projetos às exigên-cias e normas atuais, para, somente as-sim, receber a licença de instalação, que agora parece próxima.

Buriqui Costa NativaO loteamento Residencial e Com-

plexo Turístico Buriqui Costa Nativa foi divulgado para a sociedade bertioguen-se dia 27 de março passado em audi-ência pública, quando da apresentação de seu EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental), como parte do processo de licenciamento junto à Secretaria de Esta-do de Meio Ambiente.

Idealizado pelo Grupo Brasfanta, o empreendimento deve ser implantado na praia da Enseada, em uma área pri-

Futuros vizinhosMais de três décadas depois, Buriqui Costa Nativa e Reserva Bertioga podem ser os primeiros loteamentos aprovados na cidade

Tem-se como certo que Bertioga torne-se a cidade preferida dos funcionários

de todos os níveis da futura economia

petrolífera da região

« Empreendimento propõe ocupação de um vazio urbano localizado entre os bairros Jardim Ana Paula e Jardim Raphael »

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vilegiada de 3,5 milhões de metros qua-drados, localizada a poucos metros da Colônia de Férias Ruy Fonseca - o Sesc Bertioga, e entre dois bairros populosos, o Jardim Ana Paula e Jardim Raphael. A área em questão é cortada pela rodovia Rio-Santos, a SP-055 (BR 101) e pela avenida Anchieta (veja mapa).

A planta, que vem sofrendo modifi-cações e ajustes para atender as normas ambientais desde 2005, apresenta um loteamento predominantemente resi-dencial, com lotes para casas e edifícios de apartamentos, hotel, comércio e ser-viços, clubes, área de apoio, além de áreas públicas e institucionais. O projeto destina 81% da área total do empreendi-mento para conservação ambiental.

Segundo os responsáveis, sua im-plantação se fará em um período máxi-mo de dois anos e sua ocupação efetiva deverá se estender por um período de 10 anos ou mais. Estão previstas 3,6 mil unidades habitacionais, o suficiente para comportar uma população total, no pico sazonal, de cerca de 57 mil pessoas (27 mil residentes e 30 mil flutuantes). As projeções de crescimento populacional de Bertioga apontam que, em 2015, a cidade terá 53.286 mil habitantes resi-dentes (Fundação Seade).

A presidente do Grupo Brasfanta, Ya Ping Chang, afirma que sua família fre-quenta Bertioga há muitos anos e diz não ter dúvida sobre o potencial da ci-dade. “A proximidade com São Paulo, o pré-sal. Há toda uma expectativa de de-senvolvimento e valorização de Bertioga

« “O empreendedor precisa encontrar formas, e estas formas existem, de compatibilizar o desenvolvimento, que é necessário, com as restrições. Cabe a nós fazer o bom planejamento do solo para que se dê oportunidade para todos: para a conservação e para o desenvolvimento”. Sérgio Pompéia »

Áreas Privadas Áreas Públicas __________________________________ _____________________________________Lotes urbanos privados ...364.828,51 m² Áreas de sistema de lazer

da área urbanizada ..............115.440,78 m²Clubes privados ..............31.635,91 m² Sistema viário ......................148.483,18 m²Lotes residenciais ............277.294,98 m² Área institucional ................33.999,24 m²Hotel ..............................29.061,75 m² Lotes comerciais .............26.836,28 m² _____________________________________________________ 81% da área destinada à conservação ambiental

Característica da urbanização proposta

como polo turístico e residencial. Um dos atrativos para os investidores é todo esse potencial que a região oferece e a cidade merece um empreendimento que possa valorizar o que ela tem de melhor”.

O coordenador geral do estudo, o engenheiro Sérgio Pompéia, destaca uma das características sociais do em-preendimento. “A ideia é absorver mão de obra local e promover a capacitação da comunidade, assim como criar opor-tunidade de residências populares, com áreas destinadas para este fim dentro do próprio empreendimento”.

Ele é otimista quanto às restrições ambientais que incidem sobre a cida-de. “Elas acabam por melhorar o perfil do empreendimento. O empreendedor precisa encontrar formas, e estas formas existem, de compatibilizar o desenvolvi-mento, que é necessário, com estas res-trições. Cabe a nós fazer o bom plane-jamento do solo para que se dê oportu-nidade para todos: para a conservação e para o desenvolvimento. Eu trabalho na Baixada Santista desde 1986 e não tenho dúvida de que nós estamos entrando em um ciclo virtuoso de desenvolvimento mais equilibrado.”

« Plano urbanístico proposto estabelece três setores com características e restrições ambientais distintas »

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« “Há toda uma expectativa de desenvolvimento e valorização de Bertioga como polo turístico e residencial. Um dos atrativos para os investidores é todo esse potencial que a região oferece e a cidade merece um empreendimento que possa valorizar o que ela tem de melhor”. Ya Ping Chang »

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Reserva BertiogaO loteamento Reserva Bertioga, loca-

lizado na avenida Anchieta e junto à 19 de Maio, ocupará uma área de 143 mil m², dividida em 33 lotes residenciais e comerciais como também áreas públicas, nas quais serão instalados os equipamen-tos urbanos propostos pela administração municipal, como o sistema viário, por exemplo. Como compensação ao desma-tamento será reservada uma área verde de 420.504.73 m2.

Após sete anos de ajustes, o projeto conseguiu licença prévia da Cetesb e a pré-aprovação na prefeitura. Segundo o

engenheiro responsável pelo empreen-dimento Rubens Al Assal, da empresa Maubertec, os próximos passos seguirão o cronograma de aprovações.

Um deles é a apresentação ao Gra-prohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo) e, se tudo estiver de acordo, dentro de oito meses deverá chegar ao ponto de instalação. Há sete anos es-tamos trabalhando nas adequações do projeto para adaptá-lo à legislação vi-gente . Cada vez que uma lei nova en-trava em vigor, fazíamos as devidas mo-dificações”, diz.

Empreendimento dará outro padrão de desenvolvimento para

um dos principais trechos da cidade

Bem necessárioO secretário municipal de Habitação, Pla-

nejamento e Desenvolvimento Urbano

José Marcelo Ribeiro alerta para a dificul-

dade de aprovação de novos projetos. “Há

muito tempo não se aprova novos empre-

endimentos aqui. As restrições inviabilizam

economicamente a implantação de lotea-

mentos regulares e encarecem o solo”.

José Marcelo lembra que a região vai cres-

cer em um novo ritmo por conta da ex-

ploração do pré-sal e que a cidade precisa

ter espaços planejados para absorver esta

demanda. Ele diz: “Estou otimista quanto

a estas novas obras, que vão provocar um

desenvolvimento ordenado para a cidade e

vão repor a mão de obra perdida por conta

do embargo da Riviera de São Lourenço”.

« Área do loteamento localiza-se entre as avenidas Anchieta e 19 de Maio e condomínio Bougainville »

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Segundo o engenheiro, a licença pré-via do Reserva Bertioga possui 27 condi-cionantes ambientais. “Bertioga é um dos municípios com mais área verde destinada à preservação no Brasil, e o nosso projeto leva isso em conta. Estamos conscientes

de nossa responsabilidade”, afirma. Rubens salienta que a concepção da im-

plantação do loteamento procurou privile-giar a mata remanescente por meio de uma ocupação em ilhas de desmatamento com a interligação entre os fragmentos de mata.

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« Ocupação se dará em 140 mil m², dividida em 33 lotes residenciais e

comerciais, além de áreas públicas »

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Desenvolvimento

Projeto sem igualNo final da década de 1970, nascia em Bertioga o empreendimento propulsor de seu desenvolvimento. Moderno e arrojado a tal ponto que, ainda hoje, é referência arquitetônica e exemplo de sustentabilidade

O loteamento Riviera de São Lou-renço é um projeto sem igual no Brasil. Seja pela sua dimensão - área de cerca de 9 milhões de metros quadrados -, seja pelo seu planejamento e, até mes-mo, pela sua gestão durante os mais de 30 anos de existência. O empreendi-mento, iniciado efetivamente no início da década de 1980, é hoje um exem-plo de como o crescimento econômico pode e deve conviver em harmonia com o meio ambiente.

O megaprojeto urbano mudou a tra-jetória de desenvolvimento de Bertioga. Mesmo diante de seu tamanho hercú-

leo, a Riviera de São Lourenço gera re-duzidos impactos ambientais, pois pos-sui autonomia na captação, tratamento e distribuição de água, bem como na coleta e tratamento do esgoto gerado, com índice zero de poluição das águas.

Os canais de drenagem estão sempre limpos e a praia fronteiriça mantém-se permanentemente com bandeira verde da Cetesb, ou seja, com balneabilidade plena. O sistema de gerenciamento de resíduos sólidos coleta mais de 11 tone-ladas por mês só de recicláveis.

O verde merece atenção especial com trabalhos constantes de manuten-

As áreas verdes e institucionais da Riviera

ocupam 2.600.000m², ou 263 campos de futebol.

Mais que o dobro do exigido por lei

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ção, de forma a manter e preservar as características da flora local, ao mesmo tempo em que um amplo programa de remanejamento da fauna ajuda a pre-servar os animais que vivem na região. Apesar do grande movimento de veícu-los de moradores e visitantes, o sistema viário de rotatórias facilita o fluxo au-tomotivo e inexiste congestionamento mesmo em alta temporada.

Não há poluição visual ou sonora, pois por meio de convênios com a ad-ministração pública, não são permitidas placas ou anúncios no empreendimento e um zoneamento pré-definido loca-lizou previamente onde as operações comerciais e de serviço serão instaladas, evitando-se barulhos à noite ou incô-modos decorrentes destas atividades quando confrontadas com o uso resi-dencial. O aspecto de segurança é sem-

pre priorizado e os índices de criminali-dade no local são insignificantes.

Mas como o empreendimento che-gou a este ponto? Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor da Sobloco, empre-sa responsável pelo empreendimento, responde: “Há 30 anos, todos os pas-sos do crescimento da Riviera são pla-nejados. Só para exemplificar: nenhum trabalho de nova urbanização no em-preendimento é feito sem o manejo da flora e da fauna; nenhuma obra é apro-vada, sem que a infraestrutura de água e esgoto esteja na frente do terreno. Damos preferência na contratação de fornecedores que tenham uma política ambiental”.

Tal cuidado deu bons frutos e o sis-tema de gestão ambiental da Riviera foi certificado com o selo internacional ISO 14001.

« Característica da flora local é preservada e amplo programa de remanejamento da fauna ajuda a preservar os animais que vivem na região »

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« “Sabemos que Bertioga não vai parar de crescer, mesmo porque, não podemos colocar uma placa na entrada da cidade, mandando as pessoas se dirigirem para a próxima, com o aviso: estamos lotados”. Luiz Augusto »

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Desenvolvimento

EconomiaDe acordo com Luiz Augusto, o

empreendimento gera mais de 50% do valor arrecadado de IPTU no municí-pio e emprega hoje mais de 5 mil pes-soas diretamente, e outras 10 mil indi-retamente, ou seja, só a massa salarial da Riviera de São Lourenço representa R$ 150 milhões por ano para Bertioga. Com o empreendimento completo, este número deve saltar para R$ 300 milhões. “Não dá para você pensar em preservação ambiental, sem cresci-mento econômico. O pior inimigo do meio ambiente é a miséria. Contra ela, nossa natureza não tem chances”, afir-ma o diretor.

Luiz Augusto ainda questiona: “Por que não pensarmos na Bertioga que queremos para 2030? Nestes próximos 25 anos, o que queremos para Bertio-ga? Como ela vai crescer? Temos dois tipos de crescimento: o bom, que gera emprego e renda, e o ruim, que só gera

despesa para a cidade. Sabemos que Ber-tioga não vai parar de crescer, mesmo porque, não podemos colocar uma placa na entrada da cidade, mandando as pes-soas se dirigirem para a próxima, com o aviso: estamos lotados. O município vai continuar crescendo e o melhor é que cresça de forma saudável. Como? Preser-vando seus parques, que hoje já somam mais de 95% de sua extensão territorial e criando áreas para o desenvolvimento econômico e social.”

Estrutura completaFaltam cerca de 35% de ocupação

para a conclusão do empreendimento Riviera de São Lourenço, segundo Luiz Augusto. Na zona turística, verticaliza-da, faltam cerca de 15%. “Nesta área final, localiza-se a marina do empre-endimento. Temos ainda módulos de casas e outros comerciais e de serviços junto à rodovia Rio-Santos”.

Dentre estes trabalhos finais, o

Social Na área social, a Riviera de São Lou-

renço possui três frentes: Projeto Clo-

rofila, Vida Saudável e Fundação 10

de Agosto. O Projeto Clorofila há 20

anos contempla a educação ambiental

com trabalhos desenvolvidos em par-

ceria com as escolas do município. O

Vida Saudável, sob a responsabilidade

da Associação dos Amigos da Riviera,

também trabalha com as crianças do

município em atividades sociais e es-

portivas. E a Fundação 10 de Agosto,

entidade sem fins lucrativos, com 19

anos de atividades, foca-se na melhoria

da qualidade de vida da comunidade

de Bertioga, oferecendo inúmeros cur-

sos profissionalizantes, além de inicia-

tivas como a orquestra formada com

músicos jovens e crianças. A Fundação

já formou mais de 1 mil pessoas nos

mais diversos tipos de atividade.

« O verde merece atenção especial com trabalhos constantes de manutenção »

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empreendimento tem um projeto já aprovado na prefeitura para fixação de população local. Trata-se de um con-junto de 3 andares, com unidades de 1 e 2 dormitórios, no Módulo 27. A pro-posta é criar unidades apropriadas para receber um público crescente de pro-fissionais liberais, comerciantes, presta-dores de serviço, entre outros, que che-gam ao município. “Estaríamos, com isso, de forma ordenada, criando opor-tunidades para absorver o crescimento populacional da cidade. Mas, por hora, o Módulo 27 está impossibilitado de ser implantado”, afirma Luiz Augusto, referindo-se à paralisação sofrida pela Riviera de São Lourenço, proposta pelo Ministério Público.

« Faltam cerca de 35% de ocupação para a conclusão do empreendimento

Riviera de São Lourenço »

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Pioneirismo

Anualmente, mais de 40 mil pessoas têm a oportunidade de conhecer Bertio-ga, a partir do Centro de Férias Sesc Ber-tioga como referência - uma visão que repercute positivamente no cenário tu-rístico nacional. As atividades de turismo social desenvolvidas pelo Sesc SP, junto ao público comerciário, iniciaram-se em setembro de 1948, com a inauguração da então Colônia de Férias Ruy Fonseca.

Planejada e construída num período em que não havia a atual abundância de protecionismo ambiental, a colônia pro-jetada pelo engenheiro e urbanista Fran-cisco Prestes Maia previa a construção de 300 casas para abrigar 2.400 pessoas por quinzena, num total de 60 mil hós-pedes por ano. Um número expressivo para a época.

Em sua inauguração, contava ape-nas com equipamentos básicos e 28 casas pré-fabricadas, com capacidade para atender, no máximo, 200 pessoas a cada temporada de 14 dias. Todos os hóspedes chegavam e partiam juntos nas

barcas da viação Santense. Com a expan-são contínua do projeto, atualmente a prestigiada colônia tem capacidade para hospedar em torno de mil pessoas em casas e conjuntos de apartamentos, além de 300 balneários/dia. Possui diversos equipamentos de lazer, como ginásio es-portivo, piscinas, quadras poliesportivas e cinema, entre outros.

Primeira colônia de férias brasileira com instalações próprias, serviu como modelo para centenas de similares em todo o país e América Latina. Seu maior mérito foi inserir no cotidiano dos traba-lhadores a questão do tempo livre, numa época em que poucas pessoas se davam conta da importância desse aspecto para o bem-estar e o desenvolvimento social e cultural dos indivíduos.

A importância da unidade para Ber-tioga, no entanto, vai além. Responsá-vel pelo início do bairro Jardim Rio da Praia foi o primeiro grande gerador de empregos da região e hoje continua a gerar cerca de 300 empregos diretos no

Uma joia em BertiogaModelo para centenas de similares em todo o país e América Latina, Centro de Férias Sesc Bertioga mostra que desenvolvimento sustentável é possível

Em seus 4 milhões e 400 mil m², a unidade

Sesc Bertioga projeta seu desenvolvimento de forma sustentável, com uma série

de ações e programas de responsabilidade sócio-ambiental

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município. Em seus 4 milhões e 400 mil m², projeta seu desenvolvimento de for-ma sustentável, com uma série de ações e programas de responsabilidade sócio--ambiental. Possui estação de tratamen-to de esgoto (ETE) própria, está em fase de implantação de um sistema de reuso de água; mantém coleta seletiva de lixo, projetos de educação ambiental e so-cial junto à comunidade local, e destina grande parte de sua extensa área para a preservação ambiental. A ocupação se dá em 72 hectares, onde se localizam o Centro de Férias e a ETE. O restante - 280 ha - mantém-se intocado.

Dentre as atividades voltadas à po-pulação bertioguense, destaca-se o Pro-grama Sesc de Esporte, que propõe a educação por meio do esporte e para

« Programas voltados à comunidade contam com mais de 800 participantes »

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o esporte, com 800 participantes entre crianças, jovens e adultos; cursos e ofi-cinas com aprendizado de diferentes técnicas artesanais, como: modelagem em argila, patchwork, bricolage etc, que propiciam o lazer e a geração de renda; Centro de Educação Ambiental, onde

são promovidos cursos, palestras e deba-tes sobre as principais questões relacio-nadas ao homem e ao ambiente. Desta-que também para as atividades culturais como shows, o programa Música é Cul-tura e o Projeto Teatrada, em parceria com a prefeitura local.

Pioneirismo

Projetos futurosO Sesc SP possui uma gama de projetos

que, segundo o gerente Marcos Laurenti,

a unidade de Bertioga tem o interesse de

implantar e já fazem parte do planejamen-

to para 2012-2013, como

o Programa Curumim, de

educação não formal, que

propõe o desenvolvimento

integral de crianças e jovens

na faixa etária dos sete aos

doze anos, por meio de ati-

vidades educativas e de lazer.

Outro projeto é o BiblioSesc - biblio-

teca móvel, montada sobre um caminhão,

com o objetivo de facilitar as condições de

acesso ao livro. Leva uma grande diversida-

de de livros para bairros que não possuem

uma biblioteca. Além de oferecer livros

para empréstimos, a BiblioSesc possui uma

área para circulação de público, coberturas

laterais e espaço para leitura e consulta no

local. O público ainda conta com o auxílio

de profissionais treinados para orientar na

escolha dos livros.

Há, ainda o OdontoSesc, atendimento

odontológico dirigido aos trabalhadores

do comércio e serviços e seus dependen-

tes, onde são oferecidos tratamentos clí-

nicos em diferentes especialidades, além

de ações preventivas para promover saúde

bucal, por meio do trabalho educacional.

Os principais objetivos são: estender

ações de odontologia para a população

com dificuldade de acesso aos serviços

de saúde bucal e estimular a participa-

ção social das comunidades atendidas

por intermédio de ações concretas que

mobilizem a população em prol da saú-

de bucal, contribuindo para um estilo de

vida mais saudável.« Gerente Marcos Laurent »

« Competições esportivas envolvem crianças e adultos»

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MULTIBOMBASMBVendas e Consertos

3317-2553/[email protected]

Avenida Anchieta, 2241 - Jd Albatroz - Bertioga/SP

Maior estoque de peças para reposição de bombas e motores

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O déficit habitacional em Bertioga é de cerca de quatro mil moradias. No final de 2010, o Plano Local de Habitação de Inte-resse Social (PHLIS) apontou que 28,8 mil pessoas estão em situação de vulnerabilida-de social no município. São 8.751 domicí-lios com necessidades habitacionais. Desse total, 988 estão localizados em favelas.

Segundo o PHLIS, Bertioga conta com 36 assentamentos precários, 18 fave-las, 10 parcelamentos em áreas públicas, quatro parcelamentos irregulares e, disper-

sos dentro de loteamentos regulares, qua-tro loteamentos irregulares de baixa renda e 10 conjuntos habitacionais.

Por outro lado, a potencialidade de ex-pansão urbana do município é da ordem de 1,6% do território, por conta das restri-ções ambientais. E, segundo o engenheiro Marcelo Godinho Lourenço, presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bertioga, a área destinada para expansão de moradias populares, no atual Plano Diretor de Desenvolvimento

Habitação

Falta de áreas habitáveis gera criação de favelas e de uma série de malefícios que acabam por corromper, ainda mais, o meio ambiente

Ocupação no limiteFo

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Sustentável da cidade, situava-se em um trecho hoje ocupado pelo Parque Estadual Restinga Bertioga - PERB, instituído no final de 2010. Ele diz: “Esta é uma das mudanças consideráveis que temos de fa-zer. Encontrar outras áreas para implanta-ção dos empreendimentos unifamiliares de habitação de baixa renda”.

Tem-se que o arcabouço legal de con-servação ambiental que recai sobre Bertio-ga acaba por elitizar o solo, inviabilizando projetos habitacionais. O coordenador do Plano Diretor municipal em vigor e mem-bro do Conselho Municipal de Meio Am-biente Paulo Velzi é enfático: “Quando se tira do mercado uns 10 milhões de m², o que sobra valoriza muito. Quando se pen-sa somente na preservação ambiental e se esquece que as pessoas também estão no meio, acaba-se por gerar a miséria, pois cada vez a terra custa mais caro e, não ha-vendo áreas para habitação popular, as pes-soas vão invadir a área do parque”.

O atendimento à demanda atual vem sendo feito por meio de duas frentes, se-gundo o secretário municipal de Habi-tação, Planejamento e Desenvolvimento Urbano José Marcelo Ferreira. Uma de-las, já em andamento, é a reurbanização do bairro Vicente de Carvalho, em par-ceria com a CDHU, que contempla 400 unidades habitacionais.

A outra é em parceria com a Caixa Econômica Federal, onde estão em fase de análise e aprovação dois empreendi-mentos com 800 e 700 residências unifa-miliares, no bairro City Mar, por meio do programa Minha Casa Minha Vida, desti-nados a pessoas com renda de zero a três salários mínimos. Para José Marcelo, “do ponto de vista econômico, esta é a saída para zerar o déficit atual”

« “Quando se pensa somente na preservação ambiental e se esquece que as pessoas também estão no meio, acaba-se por gerar a miséria”. Paulo Velzi»

« “Encontrar áreas para implantação de empreendimentos unifamiliares de habitação de baixa renda é uma das tarefas para a revisão do Plano Diretor”. Marcelo Godinho»

« Reurbanização do bairro Vicente de Carvalho contempla 400 unidades habitacionais »

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É notável o novo calçadão da orla da praia. O trecho já urbanizado é, atual-mente, o principal ponto de encontro de Bertioga. Diariamente, ao final da tarde, grupos de amigos, jovens, crianças e fa-miliares desfilam em meio à nova paisa-gem, que, aos poucos, se amplia. Bate--papo, brincadeiras, risos, paqueras e a prática de esportes, com destaque para patins e skate na nova pista, formam a atmosfera atual da Praia da Enseada.

Quem chega hoje a Bertioga tem uma nova impressão da cidade, a par-tir de seu acesso principal, a avenida 19 de Maio, que foi remodelada em seus

1.200 metros de extensão. A via dupla agora conta com ciclovia, disposição de vaga de estacionamento junto ao can-teiro central, iluminação padronizada, paisagismo e novas passarelas com ade-quação para acessibilidade.

Ainda em andamento, estas duas obras são apontadas como determinan-tes na melhoria da percepção dos inves-tidores quanto às perspectivas de desen-volvimento da cidade. “Bertioga será dividida em dois momentos, o antes e o depois da nova orla e da 19 de Maio. Estas duas obras dão um outro conceito para a região central da cidade, e isso é

Desenvolvimento

Repaginadas, orla e

Conjunto de obras aumenta a percepção dos investidores quanto à qualidade de vida local e a facilidade de realização de negócios

avenida 19 de Maiovalorizam a marca Bertioga

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Os empresários enxergam os vetores de desenvolvimento

da região. Observam os projetos de curto, médio e

longo prazo sendo executados na cidade. Visualizam lá na

frente e investem

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2012 » Edição especial de emancipação: Bertioga 21 anos 51

uma grande força para o mercado imo-biliário de padrão médio a alto”, diz o empresário Pedro Alves, da Ramon Al-vares, que há 23 anos atua na Riviera de São Lourenço, e agora investe também na região central do município.

Pedro Alves observa que existem projetos de curto, médio e longo prazo sendo executados na cidade e que o em-presário visualiza lá na frente, analisa e investe. “Ele (o investidor) enxerga esses vetores todos. Eu acredito que as coisas vão acontecer, o crescimento é irreversí-vel. Bertioga é uma cidade em prepara-ção para o futuro e este futuro está cada vez mais presente”, diz.

A exemplo de Pedro Alves, o gru-po de empresários da Factual Negócios Imobiliários também acredita neste po-tencial mercado. “Com o aquecimento do ramo imobiliário nos últimos anos, a procura por imóveis em Bertioga au-mentou bastante. Notadamente, não apenas para lazer, mas com expressiva busca por moradia”, diz Anselmo Ara-gon, um dos sócios do grupo.

O empresário explica a força que atrai os investidores para a cidade: “Jus-

tamente a visão de que há muito por realizar. Bertioga tem as limitações li-gadas à preservação ambiental; balnea-bilidade das praias; baixa criminalidade e proximidade dos grandes centros que, se mantidos e aliados a um crescimen-to sustentado, podem fazer com que os imóveis sempre se valorizem”.

Ainda segundo Aragon, há uma visão de que, quem investir agora, juntamente com as melhorias que estão chegando, obterá forte valorização frente ao inves-timento realizado. “É isso que nos moti-va a investir em Bertioga”, afirma.

InfraestruturaMas, para uma cidade como Bertioga,

com 60 km de extensão e muito a fazer, as duas obras, por si só, não atendem a complexidade das deficiências atuais. De acordo com o secretário de Habitação, Planejamento e Desenvolvimento Urba-no, José Marcelo Ferreira Marques, ain-da há muito a fazer, principalmente as obras ligadas à macro e microdrenagem, pois, a partir delas é que se pode pensar nos serviços básicos, como saneamento e pavimentação de ruas. “Este é o gargalo

« Orla da praia e, abaixo, a avenida 19 de Maio e pista de skate »

« “Eu acredito que as coisas vão acontecer, o crescimento é irreversível”. Pedro Alves»

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Desenvolvimento

Terminal Rodoviário Intermunicipal, previsto para ser entregue em julho, no Jardim Vista Linda, junto à

marginal da rodovia Rio-Santos, deve desafogar parte do trânsito da área central da cidade, ao mesmo tempo

em que estimulará a expansão de novos empreendimentos no bairro. Infraestrutura do empreendimento

compreende seis baias para ônibus, oito lojas de serviços, postos de Juizados de Menores e da Polícia Militar e

ambulatório de saúde, além das dependências administrativas.

dos municípios novos. Para sanear esta área são necessários cerca de R$ 300 mi-lhões. Por meio do PAC II, em parceria com o governo federal, está em licitação a macrodrenagem do Jardim Indaiá, no valor de R$ 8 milhões, e já inscrevemos o projeto de Boraceia, no valor de R$ 12 milhões”, diz o secretário.

Algumas obras, no entanto, já come-çaram a sair do papel, como a construção da segunda pista da avenida Anchieta, principal corredor viário da cidade. Se-rão construídos 4,4 km de canal, macro e microdrenagem, pavimentação da se-gunda pista e recapeamento da existen-te. A obra, oriunda do programa federal Saneamento para Todos, contempla,

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ainda, a conclusão do canal da avenida 19 de Maio, no trecho entre as avenidas Anchieta e a Thomé de Souza, na praia.

Dentre as demais obras em andamen-to, destaque para o Terminal Rodoviário Intermunicipal, previsto para ser entre-gue em julho, no Jardim Vista Linda, junto à marginal da rodovia Rio-Santos. O equipamento deve desafogar parte do trânsito da área central da cidade, ao mes-mo tempo em que estimulará a expansão de novos empreendimentos no bairro.

No pacote de melhorias ainda estão previstas algumas obras de importân-cia estratégica e complementares às da avenida 19 de Maio, como o portal de entrada (em fase de aprovação na Secre-taria de Estado de Planejamento e De-

senvolvimento Regional), a construção de um terminal para atender o Sistema Integrado de Transporte, no Jardim Al-batroz II (ordem de serviço para início da obra já foi expedida).

Serão quatro terminais, segundo José Marcelo. Os equipamentos conta-rão com sanitários públicos, um ponto comercial, bilheteria, bancos e platafor-ma. Além do Jardim Albatroz, também está prevista a construção de mais três terminais: Avenida Anchieta, ao lado do Krill, Vista Linda, Riviera, este em par-ceria com o empreendimento, e Bora-ceia. Com uma mesma tarifa o usuário poderá fazer baldeações nos terminais. “A intenção é diminuir o tempo de per-curso”, diz o secretário.

« “Quem investir agora, juntamente com as melhorias que estão chegando, obterá forte valorização frente ao investimento

realizado. É isso que nos motiva a investir em Bertioga”. Anselmo Aragon»

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Principal dificuldade dos municípios novos são as obras ligadas à macro e microdrenagem, que implica um custo muito alto

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Economia

Mas, já dá para investir?Contas equilibradas.

Expectativa de arrecadação para este ano é de mais de R$ 290 milhões, mas a capacidade de investimento, da ordem de 5%, ainda é baixa, segundo o secretário de finanças do município

Ano passado, o município fechou as contas com uma arrecadação de R$ 220 milhões. Para este ano, a expectativa é de que chegue aos cofres públicos cerca de R$ 295 milhões, entre verbas do Te-souro e provenientes de emendas e par-ticipações, com um orçamento líquido de R$ 224,3 milhões.

Os números mostram que, em arre-cadação municipal, Bertioga já superou

cidades como Mongaguá e Peruíbe. A renda per capita por habitante já é de 4,5 mil, uma média acima da nacional, entre 1,5 e 2 mil por habitante.

Ainda que o quadro seja positivo, Bertioga tem apenas 5% de capacidade de investimento, um percentual consi-derado baixo, segundo Francisco José Rocha, secretário de Administração e Finanças do município. “O ideal seria

Em arrecadação municipal, Bertioga

já superou cidades como Mongaguá e

Peruíbe. A renda per capita por habitante

já é de 4,5 mil

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ckOrçamento 2012Gabinete .................................................................................................................................... 15.549.150,00 5,254%Administração e finanças ............................................................................................................ 25.728.315,00 8,694%Educação ................................................................................................................................... 64.440.000,00 21,774%Habitação ................................................................................................................................. 4.729.000,00 1,598%Meio ambiente ........................................................................................................................... 5.711.000,00 1,930%Saúde ......................................................................................................................................... 52.841.000,00 17,855%Serviços urbanos ........................................................................................................................ 78.351.000,00 26,475%Secretaria de turismo .................................................................................................................. 4.359.000,00 1,473%PGM .......................................................................................................................................... 2.749.000,00 0,929%Ação social ................................................................................................................................. 6.335.370,00 2,141%Câmara Municipal ...................................................................................................................... 9.700.000,00 3,278%BERPREV ................................................................................................................................. 25.450.000,00 8,600%TOTAL ..................................................................................................................................... 295.942.835,00 100%

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2012 » Edição especial de emancipação: Bertioga 21 anos 55

10%. Mas nós equilibramos as contas no ano passado, estamos ajustando a máquina e fazendo a gestão recuperar sua capacidade de investimento”.

O déficit municipal, agora zerado, de acordo com Rocha, era de R$ 33 mi-lhões. Dívida esta, de curto prazo, com fornecedores. Já a dívida de longo pra-zo, com o INSS, é de R$ 24 milhões.

Risco à economiaÉ sabido que Bertioga tem na cons-

trução civil a sua principal atividade

econômica. Dessa forma, a paralisação

da Riviera de São Lourenço, proposta

pelo Ministério Público, já preocupa a

sociedade bertioguense. O economista

e consultor Rodolfo Amaral cita alguns

aspectos: “Até 2027, serão mais de

R$ 378 milhões de prejuízos ao muni-

cípio, apenas sob a ótica da arrecadação

tributária direta, ou seja, sem calcular

os empregos diretos, indiretos e inves-

timentos das empresas e construtoras,

que integram o empreendimento”.

De acordo com Amaral, neste cálculo

são considerados os resultados finan-

ceiros provenientes da arrecadação

do Imposto Territorial; do Imposto

Predial; do Imposto Sobre Serviços de

Qualquer Natureza (ISSQN); e tam-

bém as receitas decorrentes da cobran-

ça do ITBI (Imposto sobre a Trans-

missão de Bens Inter-Vivos).

Segundo os estudos do consultor, o

valor da perda estimada, 374 milhões,

no período de análise, equivale a 31

anos de repasses do Fundo de Parti-

cipação de Municípios (FPM) para

Bertioga; 33 anos de receitas oriundas

da partilha do ICMS; ou 200 anos

de distribuição do Programa Bolsa

Família ao município, no modelo

atual. “Com estas comparações, fica

mais fácil demonstrar que não se trata

de uma questão meramente simplis-

ta de análise ambiental, mas sim de

uma séria ameaça ao desenvolvimento

econômico e social de Bertioga. Sem

contar com este tipo de arrecadação,

aliás, o município irá enfrentar sérias

dificuldades financeiras para atender

a expansão das demandas de serviços

públicos”, alerta o consultor.

« “Equilibramos as contas no ano passado, estamos ajustando a máquina e fazendo a gestão recuperar sua capacidade de investimento”. Francisco José Rocha »

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Economia

“Esta é uma conta que vem desde os pri-mórdios da cidade”, afirma o secretário.

Rocha ressalta que, com parte das dívidas paga, foi possível à administra-ção iniciar obras importantes para a ci-dade, que dependiam de contrapartida municipal. Ele dá alguns exemplos: “Na avenida 19 de Maio, são R$ 2 milhões; na avenida Anchieta, R$ 9,7 milhões, e mais R$ 1,5 milhões na orla da praia”.

Dentre as principais fontes de receita municipal, o secretário destaca o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), com expressiva relevância em Bertioga desde sua conversão em município. Só este ano, a previsão é de R$ 55 milhões.

A maior despesa é com o pesso-al. São 1.700 servidores, ao custo de R$ 100 milhões anuais. Uma despesa que cresce 6% ao ano em números reais. Números aceitáveis, segundo Rocha, desde que a cidade mantenha seu ritmo de desenvolvimento.

« Sem indústrias ou outra fonte de receita forte, Imposto Predial e Territorial Urbano, o IPTU, é uma das principais fontes de arrecadação do município, desde a sua instalação »

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Uma cidade de inúmeras belezas naturais, atrações turísticas e de grande valor histórico

e cultural para nosso país, não poderia deixar de ganhar seu melhor presente: o futuro.

Parabéns, Bertioga! Um dos mais promissores e respeitados municípios do nosso litoral.

Bertioga está completando 21 anos e já ganhou seu melhor presente: o futuro.

Imagem ilustrativa

INCORPORAÇÃO, CONSTRUÇÃO E VENDAS:

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Saneamento

De olho no saneamentoO crescimento expressivo de Bertioga nos últimos anos tem exigido a contrapartida em investimentos na infraestrutura da cidade, a exemplo do sistema de saneamento, cujo número de usuários aumentou 80% em 10 anos

Enquanto o crescimento da base de clientes atendidos pela Sabesp na Bai-xada Santista, nos últimos 10 anos, foi da ordem 20%, em Bertioga, o aumen-to foi quatro vezes superior, ou seja, 80% no período.

Para atender a demanda de coleta e tratamento de esgoto, a empresa es-

« Nos últimos 10 anos o aumento de usuários da rede em Bertioga foi quatro vezes superior ao das demais cidades da Baixada Santista »

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2012 » Edição especial de emancipação: Bertioga 21 anos 59

Você é responsávelDe acordo com a Organização das Nações Uni-

das, cada pessoa necessita de 3,3 m³/pessoa/mês

(cerca de 110 litros de água por dia para aten-

der as necessidades de consumo e higiene). No

entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode

chegar a mais de 200 litros/dia.

Gastar mais de 120 litros de água por dia é jogar di-

nheiro fora e desperdiçar nossos recursos naturais.

Depois, não adianta reclamar, pois a água vai faltar.

Veja algumas dicas de como economizar água e

dinheiro - sem prejudicar a saúde e a limpeza da

casa e a higiene das pessoas.

No banheiro

•Mantenha a torneira fechada, enquanto escova

os dentes. Você economizará de 12 litros em

casa a 80 litros de água em apartamento.

•Não tome banhos demorados.

•Descarga consome muita água. Não use à toa.

•Não utilize a bacia sanitária como lixeira, jo-

gando papel higiênico, cigarro etc. Consome-se

de 6 a 10 litros de água, ao acionar a válvula de

descarga por seis segundos.

Na cozinha

• Limpe bem os restos de comida de pratos e pa-

nelas, antes de lavá-los, jogando os restos no lixo.

• Encha a pia com água e detergente até a metade

e coloque a louça. Deixe-a de molho por uns

minutos e ensaboe. Repita o processo e enxágue.

• Só ligue a máquina de lavar louça quando estiver

com capacidade total.

Na lavanderia

• Deixe a roupa acumular e lave tudo de uma só vez.

•No tanque, feche a torneira enquanto ensaboa e

esfrega a roupa.

•Utilize a máquina de lavar somente quando es-

tiver na capacidade total. Uma lavadora de cinco

quilos consome 135 litros de água a cada uso.

Nas áreas externas

•Não lave o carro com mangueira. Use balde e

um pano.

• Não use a mangueira para limpar a calçada e sim

uma vassoura.

• Usar a mangueira como “vassoura”

durante 15 minutos pode desperdiçar

cerca de 280 litros de água.

• Regue as plantas pela manhã ou à noite, para

evitar o desperdício causado pela evaporação.

Fonte: Sabesp

tatal investiu cerca de R$ 90 milhões nos últimos anos. A rede de esgoto implantada dobrou de extensão, dos anteriores 65 quilômetros para mais de 130 quilômetros atualmente. A Esta-ção de Tratamento de Esgoto foi am-

pliada, e uma nova foi construída no Jardim Vista Linda.

Segundo o superintendente da Sa-besp na Baixada Santista João Cesar Queiroz Prado, para atender este ver-tiginoso crescimento, foram realizados

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2012 » Edição especial de emancipação: Bertioga 21 anos60

Saneamento

Baixada SantistaO abastecimento de água na Baixada Santis-

ta, diferentemente de outras regiões, é feito

a partir de captações em mananciais da Serra

do Mar, naturalmente preservados por es-

tarem distantes de núcleos habitacionais, o

que confere à população local uma água de

excelente qualidade. Em Bertioga, foi inau-

gurado no final de 2010 a ETA Boraceia,

que permitiu dobrar a produção de água

para aquela região.

O sistema integrado em operação permite

que a água seja levada de uma cidade para ou-

tra. A principal estação de produção de água

na região é a ETA Cubatão, que chega a re-

presentar quase 50% do volume produzido na

Baixada Santista, atendendo Cubatão, Santos,

São Vicente, Praia Grande e Guarujá.

diversos investimentos em melhorias e em ampliação, principalmente por con-ta do aumento populacional no perí-odo de alta temporada. “Estamos em uma região turística que tem sazona-lidade, por isso, temos um sistema de abastecimento robusto. No entanto, foi preciso combater muito as perdas de água e investimentos em tecnologia para ter um maior controle operacional do sistema”, explica.

« Sistemas de tratamento de esgoto e de água estão sendo ampliados »

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Obras em andamentoPara atender a demanda atual e

futura, o projeto de ampliação do sis-tema de coleta de esgoto dos bairros Maitinga e Vila Agaó está em desen-volvimento e contempla a implantação de 18 quilômetros de redes, com in-vestimento de cerca de R$ 11,5 mi-lhões. A previsão de conclusão da obra é maio de 2013.

Nos últimos anos, foram coloca-dos em operação grandes reservatórios de água para garantir o abastecimen-to, novas estações de tratamento de água e reforma do laboratório técni-co, no qual são realizadas as análises de qualidade da água. O laboratório, que analisa mais de 18 mil parâmetros mensalmente, é certificado pela norma 17025, o que garante a acurácia dos procedimentos de análises.

« Rede de esgoto implantada dobrou de extensão, dos anteriores 65 quilômetros para mais de 130 quilômetros »

« “Estamos em uma região turística que tem sazonalidade, por isso, temos um sistema de abastecimento robusto”. João César Queiroz »

Foto Divulgação/Sabesp

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Desenvolvimento

Comércio em ascensãoAtreladas ao crescimento populacional e aos investimentos do setor imobiliário, novas empresas comerciais instalam-se na cidade nos mais diversos ramos de atividade

O município conta atualmente com 4.500 empresas, dentre as quais, 144 são microempresas pertencentes a pro-fissionais liberais. Em 2009, foram aber-tas 460 empresas na cidade e, em 2010, mais 495, segundo informações do setor de ISS da prefeitura.

Vê-se, portanto, que houve um au-mento expressivo nos dois anos analisa-dos. O setor de comércio e serviços, no entanto, é o que mais chama a atenção. Basta verificar nas ruas a quantidade de

novas portas que se abrem a cada dia. Da mesma forma que os peque-

nos empresários locais, grandes em-presas também apostam neste merca-do em ascensão. Bons exemplos são o McDonald’s, o Grupo Pão de Açúcar e a franquia Cacau Show, entre outros. Recentemente, dois nomes fortes do se-tor de vestuário aportaram em Bertioga: a Hering Store e a Camisaria Colombo, ambos na avenida Anchieta.

O grupo McDonald’s, localizado na

Chegada de nomes fortes do setor sinalizam a

credibilidade no potencial de desenvolvimento da

cidade nos próximos anos

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2012 » Edição especial de emancipação: Bertioga 21 anos 63

Riviera de São Lourenço, instalou-se na cidade em 2008 e, de acordo com Dori-val Oliveira, diretor de desenvolvimento da Arcos Dourados, empresa responsável pela marca no Brasil, o investimento aten-deu às expectativas. “O McDonald’s sem-pre busca estar onde potenciais consumi-dores estão. Enxergamos na cidade uma carência de uma rede de serviço rápido de alimentação fora de casa e decidimos instalar. Mas outros critérios também são levados em conta como, por exemplo, a economia da cidade. Basicamente, prio-rizamos cidades em desenvolvimento. São vários os fatores encontrados, como a presença da Riviera de São Lourenço, e que fizeram o McDonald’s acreditar em Bertioga. E deu certo”.

« “O McDonald’s sempre busca estar onde potenciais consumidores estão. Mas outros critérios também

são levados em conta como, por exemplo, a economia da cidade.

Basicamente, priorizamos cidades em desenvolvimento”. Dorival Oliveira »

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« Setores de comércio e de serviços estão entre os que mais crescem na cidade »Fo

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O comerciante Márcio Rangel é ou-tro exemplo da credibilidade da cidade no setor comercial. “Já tínhamos uma loja multimarca no município; a intenção de abertura da franquia Hering Store ama-dureceu gradualmente e a loja foi insta-lada por meio de pesquisa de um ponto onde houvesse grande fluxo de pessoas. Acredito no sucesso e contínuo cresci-mento desta franquia na cidade”, diz.

O potencial da região como polo tu-rístico foi que atraiu as atenções dos em-presários da Camisaria Colombo para a cidade. Segundo Audrey Mati, gestora de marketing da empresa, o grupo tem expectativas de que Bertioga continue a se expandir. “A vinda de novas empresas contribui para o crescimento do comércio local e do turismo”, diz.

Setor organizadoA presidente da Câmara de Dirigentes

lojistas - CDL, Marisa Negro, destaca o empreendedorismo dos jovens e acredita nos frutos que serão gerados. “Estamos assistindo um grande número de estabe-lecimentos que surgiram na cidade, e es-ses novos empresários, na grande maioria, são de pessoas jovens, filhos de comer-ciantes que estão ou estiveram estabele-cidos aqui. São empreendedores que não estão aí para ser pequenos; eles já vêm

com uma garra para competir grande”. Para acompanhar as expectativas de

crescimento da região nos próximos anos, Marisa afirma que a CDL já atua com re-presentantes do setor. “Estamos, há dois anos, reunindo empresários para encon-tros, seminários e convenções na Fecomér-cio, no Senac e Sebrae para entenderem o processo Copa 2014 e pré-sal. Além disso, durante todo o ano, numa parceria com o Sebrae, Senac e Federação das CDL´s do estado de São Paulo, desenvolvemos cursos presenciais e a distância, palestras e oficinas abertas à comunidade”.

Apesar de toda essa prática positiva, a comerciante não deixa de apontar al-guns problemas, principalmente ligados à infraestrutura da cidade, nos bairros fora do eixo das avenidas 19 de Maio e Anchieta e Riviera de São Lourenço. “Eles enfrentam muitos problemas di-ários, como a dificuldade do acesso de fornecedores, em alguns bairros, por exemplo. O comércio melhora na mes-ma medida em que a cidade lhe dá con-dições. A cidade estando estruturada, o empresário vai junto, mas vamos precisar de muito comprometimento de ambas as partes. Tudo tem que ser estruturado e não dá para fazer isso sozinho, ou va-mos juntos ou não chegaremos a lugar algum”, ressalta.

« “Estamos, há dois anos, reunindo empresários para encontros, seminários e convenções na

Fecomercio, no Senac e Sebrae para entenderem o processo Copa 2014 e

pré-sal”. Marisa Negro »

Desenvolvimento

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A CDL de Bertioga conta com 160 asso-

ciados. Dentre os serviços oferecidos estão

consultas ao Serasa e SPC Total, auditório

para reuniões (sem custo) e convênios com

lojas, dentistas e faculdades, entre outros. Os

cursos oferecidos pela entidade são abertos à

população.

Endereço: avenida Anchieta, 1189

Tel. 3317 2541

Contatos: Site: www.cdlbertioga.com.br

Facebook: CDL Bertioga

E-mail: [email protected]

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Jornal Costa Norte - 19 de Maio de 2012 » Edição especial de emancipação: Bertioga 21 anos68

A área de saúde gera infinitas de-mandas e, as cidades do litoral têm um agravante a mais, pois precisam estar preparadas para um iminente problema, o período de alta temporada, quando o número de habitantes salta para mais que o dobro da população local. Em Bertioga, atualmente, isso se traduz nos seguintes números: os 9 mil atendimen-tos no serviço de urgência e emergência, no período sazonal, sobem para cerca de 15 mil.

O resultado deste inchaço na deman-da dos serviços é a baixa qualidade no atendimento e a insatisfação dos usuá-rios, devido, principalmente, à falta de pessoal. Para resolver esta equação, a administração pública optou, há dois anos, pela contratação de uma empre-sa especializada em gestão hospitalar, a Fundação do ABC - Organização Social de Saúde. De acordo com o secretário da Saúde, Manoel Prieto Alvarez, esta decisão resultou na qualidade da presta-

Saúde

Capacidade deatendimento ampliada

Na alta temporada, demanda pelos serviços de urgência e emergência sobe de 9 mil para 15 mil, números que exigem investimentos sazonais

Prédio ocupado atualmente pelo

Legislativo Municipal tem previsão de se tornar

mais uma unidade de pronto atendimento,

segundo Manolo

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ção do serviço. “O diferencial é a grande agilidade na contratação de médicos na temporada. Na administração pública você não tem essa flexibilidade de con-tratar por tempo determinado, apenas por concurso. Com a FUABC conse-guimos prestar o serviço adequado para a população fixa e flutuante, mantendo a mesma qualidade”. Os investimentos no Hospital Municipal anualmente, se-gundo a administração municipal é da ordem de R$ 25 milhões.

De acordo com pesquisa realizada pela FUABC, a média do índice de sa-tisfação dos pacientes é de 80%. O vere-ador Jurandyr José Teixeira das Neves, ex-superintendente da FUABC, fala so-bre o resultado da pesquisa: “O trabalho está apoiado em duas bases, a parte téc-nica de equipamento de saúde e a hu-manização do atendimento. Isso resulta nessa resposta positiva quanto à gestão profissionalizada”. Com mais um ano de contrato em vigor, pelo valor mensal de R$ 2,3 milhões, o presidente e atual

« Novo pronto-socorro, agora com capacidade para atender aproximadamente 12 mil pacientes por mês»

« “Estamos preparando a cidade para os próximos 10 a 15 anos.

Em saúde temos sempre que pensar para frente”. Manolo

Prieto »

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superintendente da FUABC Mauricio Mindrisz diz: “Vamos continuar pres-tando um serviço de qualidade, com oti-mização dos recursos”.

Praça da saúdeA praça Vicente Molinari, onde hoje

estão localizados o hospital municipal, o pronto-socorro e a Câmara Municipal, deverá tornar-se a praça da saúde. Isto porque, está prevista a construção de um prédio anexo, entre o hospital e a Câmara, com capacidade para 60 leitos de enfermaria e 20 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Já o prédio ocupado atualmente pelo Legislativo Municipal tem previsão de se tornar mais uma uni-dade de pronto atendimento, segundo o secretário municipal de Saúde. A cons-trução do anexo, de acordo com Mano-lo, já foi aprovada pelo governo estadual e aguarda a liberação de verba. A previ-são de construção é de 1 ano.

Novo pronto-socorroApós reforma, o pronto-socorro mu-

nicipal Dr. Luiz Carlos Battú, de Bertioga, foi entregue oficialmente no dia 4 deste mês de maio, com início das atividade no dia 11. Entre as mudanças, o número de leitos do CTI (Centro de Terapia Intensi-va) agora com capacidade para atender de dois a cinco pacientes críticos; aumento das redes para gases, equipamentos de ar comprimido e oxigênio, bem como dos setores de informática e telefonia; local para atendimento e novas salas para re-pouso de médicos e funcionários. A refor-ma estrutural contou com troca das redes elétrica e hidráulica, saneamento (água e esgoto), demolição e reconstrução do piso, telhado, construção de portas e ba-nheiros adaptados à acessibilidade. “Com estes investimentos, estamos preparando a cidade para os próximos 10 a 15 anos. Em saúde temos sempre que pensar para frente”, diz Manolo.

Saúde

« Praça Vicente Molinari concentrará o setor de saúde »

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O senhor foi o primeiro prefeito de Ber-tioga. Depois se afastou do cenário polí-tico municipal; o que o fez voltar?A experiência que eu tive como admi-nistrador de Bertioga, depois a primei-ra gestão na prefeitura, e em seguida na Associação Paulista de Municípios. Isso abriu um leque bastante grande e foi o que fez com que eu me candi-datasse novamente até para aproveitar esse conhecimento, essa maturidade para o momento que Bertioga estava passando. Acreditei que ela precisava dessa estabilidade. Mesmo sabendo o risco que eu estava correndo, por não conseguir resolver todas as questões, principalmente no tempo que a comu-nidade queria.

O senhor avalia que este mandato foi mais difícil que o anterior?Na campanha eu já falava sobre isso. Que tem muitas coisas que são difíceis de resolver e outras que nem consegui-mos encontrar soluções que agradem a todos num primeiro momento. Isso porque, eu tinha uma experiência, tinha uma vivência e sabia avaliar. Sabia que ia ser difícil e foi difícil.

Quais foram as maiores dificuldades?As legislações estaduais e federais muda-ram muito desde o meu primeiro man-

dato, os conceitos, a própria autonomia, o prefeito acaba ficando engessado.

Qual o perfil de seu governo?Eu tenho a preocupação de que a minha administração seja voltada para o coleti-vo. É essa a essência que eu passo para a minha equipe, trabalhar o coletivo, não fazer favorzinho pessoal. Você poder chegar no hospital descalço ou de terno e ser tratado igual; conseguir uma vaga na creche de acordo com a ordem que a mãe fez a inscrição; ninguém passar na frente de ninguém, esse é o norte de nossa administração.

O senhor considera o seu governo mais voltado para o lado humano?Sim. O tema de campanha era o resgate da altoestima da comunidade. Embora a comunidade costume avaliar e julgar se-gundo o que vê, e nisso as obras acabam sendo mais esperadas. Existe uma obra muito maior do que a física. Por isso, num primeiro momento, a gente prefe-riu investir no fortalecimento da célula base da sociedade que é a família.

De que forma?Nós temos hoje 38 cursos oferecidos gratuitamente para mais de 7 mil crian-ças em várias modalidades culturais e esportivas. Priorizamos a saúde, a edu-

“Eu sou o prefeito possível”Com a tranquilidade e serenidade costumeiras, o prefeito Mauro Orlandini faz uma avaliação positiva de seu governo, cujos últimos quatro anos foram difíceis, mas com resultados definitivos

No último ano de seu mandato, o atual prefeito Mau-ro Orlandini mostra-se tranquilo em relação a sua per-formance à frente da administração bertioguense, apesar de ter enfrentado períodos de descrédito por parte da população, devido principalmente ao atraso no início de obras de infraestrutura urbana no município. Diz que a meta de seu governo foi priorizar o lado humano, com o fortalecimento da célula da sociedade, definida por ele

como a família, com investimentos em saúde, educação e segurança. Por outro lado, defende que planejamento e infraestrutura urbana nunca foram deixados de lado, mas que a burocracia dos setores e, a sua própria forma de governar, com exigência de qualidade, foram respon-sáveis pela demora no início das execuções dos diversos serviços que, só agora, ponteiam por toda a cidade nos mais diversos setores.

Poder

“Eu não consegui vencer tanta burocracia,

licenças, autorizações e reaprovações de projetos,

num tempo diferente, por isso as obras só estão

acontecendo agora.”

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cação e a segurança, e hoje a comuni-dade tem muito mais motivos para ter felicidade. Temos um hospital e um pronto-socorro decentes, a cidade foi ci-tada na revista Veja como a mais segura da região. Claro que temos problemas e muita coisa para resolver, mas estamos no caminho.

Qual setor o senhor considera a menina dos olhos de seu governo atual?A saúde. O bom prefeito é aquele que ousa, que faz uma grande obra. Acredi-to que a maior obra que a gente fez foi a decisão de fazer um investimento mi-lionário na saúde, com a contratação de uma empresa gestora, para que a nossa comunidade pudesse dormir sossegada. Nós fomos buscar uma ferramenta, um instrumento para gerir da melhor manei-ra possível. O resultado está aí, contra fatos não tem argumento. A comunida-de está vivenciando isso. Ela sabe a di-ferença do que a gente tinha e do que a gente tem hoje.

Mas a infraestrutura urbana também é importante.Concordo. E nós temos uma grande quantidade de obras em execução, en-gatilhadas para começar ou em processo de licitação. Podem não estar prontas, mas já são uma realidade. Bertioga nun-ca teve tantas obras, tanto investimento na restauração da cidade.

E qual o tempo estimado para entrega destas obras?De um a dois anos a gente tem tudo isso aí terminado. Tem obras que são um pouco mais complexas, como, por exemplo, a revitalização da orla. Agora nós estamos terminando a primeira par-te, estamos licitando a segunda, e já pre-parando a terceira. O estado, por meio da Dersa, já está praticamente com tudo preparado para implantar o novo atraca-douro da balsa no Jardim Veleiros.

Por que elas demoram tanto a sair? Eu não consegui vencer tanta burocra-cia, licenças, autorizações, reaprovações de projetos, num tempo diferente; por

isso elas estão acontecendo agora.

Há quem diga que são obras eleitorei-ras; o que o senhor diz a respeito disso?Não foi por minha vontade que elas só sa-íssem agora; de forma alguma são eleito-reiras. Elas teriam muito mais fartura elei-toral se já estivessem prontas um ano atrás.

Dizem que o senhor pensa demais, que é um sonhador; o senhor concorda?Sim, sim! Eu sou um sonhador, no dia em que eu parar de sonhar eu morro.

E o senhor passa isso para o seu governo, de alguma forma?Sim, o pensar muito antes de fazer, fazer bem feito. Fazer uma vez só, de forma definitiva. Um exemplo está em Vicen-te de Carvalho II, uma obra que esta-va previsto um gasto de R$ 28 milhões. Nós fizemos ajustes e algumas exigên-cias e a obra saiu por R$ 69 milhões. Eu não acredito que projeto habitacional se resuma a fazer quatro paredes e um telhado em cima. Se você não der ha-bitabilidade, um entorno, não se resolve o problema, apenas transfere de lugar. Hoje o bairro tem um comércio aqueci-do, um ambiente familiar e as pessoas já começam a sentir isso.

O prefeito Orlandini sob sua própria avaliação... Eu sou o prefeito possível. Não sou o prefeito ideal. Eu deito e durmo, porque sei que dei o melhor de mim, que fiz o melhor que pude fazer, considerando todas as condições, de tempo, de equipe, das leis, da política. A gente tem que ter a consciência de que é um período cur-to. Agora, é importante que haja sempre a continuidade, independentemente de que seja a gente ou não, essa responsabi-lidade de ter continuidade, de se respei-tar uma semente que foi plantada.

O senhor acha que a sociedade bertio-guense amadureceu politicamente?Eu acho que ela está madura, coerente-mente com a idade política que ela tem. As pessoas começam a entender a lógica das coisas.

« “Sei que dei o melhor de mim, que fiz o melhor que pude fazer, considerando todas as condições, de tempo, de equipe, das leis e da política”. Mauro Orlandini»

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Poder

Legislativo em novo endereçoDesde sua constituição, em 1992, a Casa de Leis bertioguense já ocupou dois imóveis e, agora, mudará novamente. Desta vez, porém, vai para aquele que será seu endereço definitivo

Aumento dos serviços da área administrativa da

Câmara Municipal aponta a necessidade de realização

de um novo concurso público para provimento de cargos

O município de Bertioga constituiu sua primeira Câmara de Vereadores em outubro de 1992. De lá para cá, o Legis-lativo municipal de Bertioga passou por dois endereços. Nos primeiros meses de trabalho, a Casa de Leis não contava com sede própria. Os vereadores utili-zavam um antigo imóvel localizado no atual Parque dos Tupiniquins, na Praia da Enseada, cedido pela Colônia de Fé-rias Ruy Fonseca - Sesc Bertioga. Em 21 de julho de 1993 o Legislativo fixou--se no endereço atual, na Praça Vicente Molinari, s/n, uma área prevista para a

expansão do setor de saúde.Agora, 21 anos após a emancipação

da cidade, a Casa de Leis aguarda a sua próxima mudança, desta vez para sede definitiva, localizada na rua Reverendo Augusto Paes D´Avila, 260, no bairro Jardim Rio da Praia. O local, com dimen-sões expressivas, já abrigou uma colônia de férias do extinto banco Noroeste e a pousada Marjoly. Segundo o presiden-te da casa, o vereador Marcelo Vilares, o processo de licitação para reforma do antigo prédio está em fase de elaboração e a escolha da empresa que fará a obra

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deverá ocorrer em julho deste ano. A atual sede não comporta as necessi-

dades de espaço dos vereadores, nem de aumento da participação da comunidade nas sessões. “A área é insuficiente para o desenvolvimento dos trabalhos adminis-trativos. Por isso, todos os departamen-tos estão funcionando aquém de suas capacidades. Os gabinetes dos vereado-res são extremamente pequenos - apenas

5m² - o que dificulta o atendimento aos munícipes e o próprio trabalho legislati-vo dos edis”, diz Marcelo Vilares.

A sede atual conta com sete gabine-tes, uma sala para o presidente e outra para o vice-presidente. O plenário com-porta 35 pessoas sentadas. O terreno da antiga colônia de férias e pousada conta com 6.450 m² e a área construída é de 3.200 m². O projeto prevê que os apar-

« Reforma da antiga pousada está prevista para ter início a partir de julho »

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[email protected](11) 3815.5512

CONSULTORIA E GESTÃO AMBIENTAL

Parabéns!Saudamos Bertioga pelos

21 anos de história de desenvolvimento com responsabilidade ambiental.

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« “Uma sede fora da área central é extremamente positiva, pois, com um município extenso como o nosso, existe a necessidade de se criar polos de desenvolvimento em diversos pontos e comunidades”. Marcelo Vilares »

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votamentos serão adaptados e utilizados como gabinetes para os vereadores; o sa-lão do restaurante será transformado em Plenário e as atuais áreas da cozinha, de-pósito e outros espaços serão adaptados para uso do setor administrativo. “A im-prensa terá espaço próprio e os serviços de apoio à realização das sessões serão mais eficientes”, destaca o vereador.

Dentre as demais vantagens do novo espaço, o vereador diz que haverá estacio-namento para os visitantes, espaço para uso popular e para disponibilização de in-formações públicas, inclusive com com-putadores para acesso intranet e internet. Sobre a localização, Vilares diz: “Uma sede fora da área central é extremamente positiva, pois, com um município exten-

Poder

« O número de vereadores atualmente previsto na Lei Orgânica Municipal é nove, a nova sede permitirá a acomodação de um número maior de vereadores, caso haja alteração »

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« Sede atual conta com sete gabinetes, uma sala para o presidente e outra para o vice-presidente. O

plenário comporta 35 pessoas sentadas »

so como o nosso, existe a necessidade de se criar polos de desenvolvimento em di-versos pontos e comunidades”.

Ainda segundo Vilares, o aumento do volume de trabalho dos vereadores, em número de projetos de leis propostos, de indicações de serviços ao Executivo e em requerimentos de informações, além do aumento do fluxo de pessoas em vi-sita à Casa de Leis diariamente acarretou um aumento significativo dos serviços da área administrativa fazendo com que haja a necessidade de realização de um concurso público. “O número de fun-cionários que temos hoje é insuficiente”. Contudo, não há previsão de um novo concurso para provimento de vagas na Câmara Municipal.

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Turismo

Uma ajudinhanunca é demais

A natureza exuberante por si só é a condição primordial para a projeção de Bertioga como cidade turística. Mas, a implantação de

ferramentas para incrementar a atividade é sempre bem-vinda

Bertioga tem nas praias e na natureza preservada o seu maior trunfo para a atração do turismo. São praias de belezas singulares, rios, mangues, fauna e flora exu-berantes e dois patrimônios históricos impagáveis.

Os anseios urbanos, inerentes ao ser humano, são atendidos pelo seu comércio em ascensão, hotéis de boa qualidade e empreendimentos com padrão de pri-meiro mundo, como a Riviera de São Lourenço e a Colônia de Férias Sesc Bertioga.

Apesar disso, faltam equipamentos modernos capazes de incrementar esta que é uma das princi-pais atividades econômicas do município. E dentre os projetos voltados para este setor, destaque para o

« Pier de pesca, no Canal de Bertioga, e abaixo, projeto artístico do Centro de Convenções Multiuso »

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do Centro de Convenções Multiuso, previsto para ser construído próximo à entrada da cidade, em uma área de 20 mil m².

Com licitação para construção da obra prevista para o início do próximo semestre, o equipamento moder-no e arrojado traz a proposta de concentrar os princi-pais eventos realizados na cidade: o Festival Nacional da Cultura Indígena, em abril, a Festa da Tainha, em julho, e a do Camarão na Moranga, em agosto.

Sua infraestrutura contempla um posto de infor-mações turísticas; área destinada ao Fundo Social de Solidariedade; cafeteria; parque infantil; arena para shows ao ar livre, com arquibancada; área com mesas de jogos e estacionamento para cerca de 200 vagas.

« Parque dos Tupiniquins e Forte de São João »

« Festival Indígena e festas do Camarão na Moranga e da Tainha terão um

ambiente mais adequado »

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Imagens

Bertiogapara ver e viver

« Orla da praia, pista de skate, pôr do sol no canal de Bertioga e

Velas na praia do Indaiá »

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« Praça Ermírio de Moraes, no Indaiá, e canhões do Forte São João »

« Rio e praia de Itaguré »

« Avenida 19 de Maio, Itatinga e Casa da Cultura »Fo

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Brasão

Estância Balneária de Bertioga

Criado em 22 de janeiro pela lei municipal 001/93Autor Mauro Dedemo Orlandini

Origem do NomeA palavra origina do tupi. Buriquioca: Buriqui (macaco) - Oca (morada). Mo-rada dos macacos buriquis, espécie em abundância no Morro Buriqui - hoje denominado Morro da Senhorinha, lo-calizado a cerca de 500 metros da área do Forte São João. Com o passar dos tempos a palavra Buriquioca sofreu mo-dificações por parte de portugueses e co-lonizadores até chegar a Bertioga.

Perfil

Características fisico-territoriais: Área: 490 km2. Ocupa 20,3% de área da Região Metropolitana da Baixada Santista. Possui 45 km de costa, sendo 36 km de linha de praia e 9 km de costões

São mais de 36 quilômetros divididos em cinco praias de águas claras e exce-lente balneabilidade. Ao longo da costa, as paisagens mesclam o verde da mata com o colorido ainda discreto de sua área urbana. As mais agitadas e com maior infraestrutura são Enseada (Centro), São Lourenço e Boraceia (divisa com São Sebastião). Itaguaré e Guaratuba reservam a tranquilidade e o ar quase deserto de uma região fora do eixo do desenvolvimento.

Uma das riquezas naturais de Bertioga. Considerados berçários naturais da procriação de espécies marinhas, os manguezais são ecossistemas costeiros de transição entre os ambientes terrestre, fluvial e marinho e ocorre em regiões costeiras abrigadas e sujeitas aos regimes das marés. Nos manguezais há caran-guejos de várias espécies, aves aquáticas e gamboas que são braços de rios com fluxo e refluxo das marés. Os mangues estão entre os ecossistemas de maior produtividade, pois garantem alimentos, proteção e condições de reprodução para animais de várias espécies.

Praias

Manguezais

Densidade demográfica (hab/km2): 97,23

Progressista BertiogaÉs recanto acolhedorLindas praias, verdes matasPreservadas com amor

Entre a Serra e o oceanoE em teu belo litoralVivem fauna, flora, humanidadeEm equilíbrio natural

Teus encantos, que são tantosA natureza esculpiuCom as águas e os ventosNo teu solo tão gentil

És vibrante, BertiogaDe futuro promissorCom a fé e a ciênciaDos teus filhos, o labor

E da gente hospitaleiraFibra, raça e coraçãoTeus valentes pescadoresSão heróis e tradição

A beleza, a naturezaQue se vêm admirarPara tantos é BertiogaPara nós, é nosso lar

Hino

Autor Miguel Roberto Moure

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BandeiraCriada pela lei 027/03 e oficializada em 14 de setem-bro do mesmo ano.Autor Pablo Onate

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População1991: 11.4731996: 17.0022000: 30.093 (Censo IBGE)2007: 39.091 (Censo IBGE)2009: 45.233 (Estimativa IBGE)2010: 47.645 (Censo IBGE)

A principal fonte de arrecadação da cidade é a construção civil. Em segui-da vem o turismo, com atividades de ecoturismo e meios de hospedagem. A pesca é outro setor que movimenta a cidade por meio da pesca amadora, profissional, turismo de pesca e comércio especializado.

19 de maio de 1991. A população de Bertioga diz sim à autonomia. Dos 3.925 votantes, 3.698 foram favoráveis. Apenas 179 disseram não, 21 optaram pelo voto em branco e 27 pela anulação. A criação do novo município foi oficializada pela Lei Estadual 7.664, de 30 de dezembro de 1991. Sua instalação, segundo a lei, passou a valer a partir de 1993 com eleição e posse de prefeito e vereadores.

Eleitores: de acordo com o Cartório Eleitoral de Santos, o número atual de eleitores no município é de 36.025 mil

Atividade Econômica

Plebiscito

Localizada em Boraceia, divisa com São Sebastião, a Terra Indígena Ribeirão Silveira abriga cerca de 400 índios da etnia guarani que mantém suas tradições cultu-rais com rituais religiosos, cantos e danças.

Reserva Indígena

Localização: posicionada entre o litoral norte e a Baixada Santista, com acesso pela Rodovia Rio-Santos

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Norte - Salesópolis, Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes. Acesso ao planalto pela Rodovia Mogi-BertiogaLeste - São Sebastião. Acesso pela Rodovia Rio-Santos (BR-101)Oeste - Santos. Acesso pela Rodovia Rio-Santos (BR-101)Sul - Guarujá e Oceano Atlântico. Acessos pelas rodovias Rio-Santos (BR101) e Piaçaguera; serviço de ferry-boat, localizado na área central (Canal de Bertioga)

Limites / Transportes

Coordenadas Geográficas: Latitude: 23° 56 27” S | Longitude: 45° 19 48” W.Gr

São Paulo : 115 kmGuarujá: 38 kmSantos: 54 kmSão Sebastião: 85 kmMogi das Cruzes: 54 km

Distâncias

Santo Padroeiro São João Batista

Marco da emancipação

Projeto Mauro Orlandini

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Parabéns, Bertioga, pelos 21 anos de vidae maioridade ambiental.

Respeito à sustentabilidade. Este também é um dos principais produtos

da Brasfanta.

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