Primeiro período da Literatura Portuguesa. Cantiga da ... · • A Farsa de Inês Pereira • Auto...

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Primeiro período da Literatura

Portuguesa.

Cantiga da Ribeirinha (1189 ou

1198) de Paio Soares de Taveirós

é o marco inicial da Literatura

Portuguesa.

Sistema feudal.

Teocentrismo.

Trovadores (autores das cantigas).

As cantigas podem ser classificadas em:

• gênero lírico:

• gênero satírico:

Cantigas de amigo

Cantigas de amor

Cantigas de escárnio

Cantigas de maldizer

Ó formosura sem falhas

que nunca um homem viu tanto

para o meu mal e meu quebranto!

Como entre as pedras o rubi

a melhor sois de quantas vi.

Características:

• eu-lírico masculino

• mulher superior socialmente

• amor sem correspondência

• origem provençal (sul da França)

Por Deus, coitadacoitada vivo,

Pois não vem meu amigo,

Pois não vem, que farei?

Características:

• eu-lírico feminino

• mulher campesina

• (lamento da ausência do amado)

• amor possível

• origem Península Ibérica

Características:

• sátira indireta

• uso da ironia e do equívoco

O que vejo agora, já foi profetizado

por dez e cinco, os sinais do fim.

Anda neste mundo tudo misturado:

faz-se peregrino o mouro ruim.

Características:

• sátira direta, sem disfarce

• intenção difamatória

• palavrões e xingamentos

Ai, dona feia, foste-vos queixar

De que nunca vos louvo em meu trovar;

E umas trovas vos quero dedicar

Em que louvada de toda maneira;

Sereis; tal é o meu louvar:

Dona feia, velha e gaiteira.

Página do Cancioneiro da AjudaPágina do Cancioneiro da Ajuda

• Da Ajuda

• Da Vaticana

• Da Biblioteca nacional de Lisboa

Comigo me desavim,

Sou posto em todo perigo;

Não posso viver comigo

Nem posso fugir de mim.

Com dor, da gente fugia,

Antes que esta assim crescesse;

Agora já fugiria

De mim, se de mim pudesse.

Que meio espero ou que fim

Do vão trabalho que sigo,

Pois que trago a mim comigo

Tamanho imigo de mim?

Sá da Miranda

• Antropocentrismo.

• Bifrontismo

• Declínio da organização feudal.

• Grandes navegações.

• Ascensão da burguesia.

• Desenvolvimento do comércio.

• Divulgação da cultura, aparecimento da imprensa.

• Poesia palaciana (separada da música, os temas são

• De circunstâncias e de contradições amorosas).

• Métrica redondilhos menor 5/ maior 7.

• Fernão Lopes, primeiro cronista-mor do Reino.

• Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende – 1516.

Poesia- Humanismo

• O canto das cantigas foi substituído pela recitação.

• Feita por poetas da corte e por ser lidas em saraus dos palácios ganhou o nome de:

• Poesia Palaciana

Prosa –não ficção

Doutrinária Historiografia

• Dirigida à nobreza

• Religiosa

• Cavalheiresca

• Doutrinação

• Compreende-se a crônica• Registro da vida de

personagens

• acontecimentos históricos• Não faz nenhum tipo de

crítica ou análise• Autor - Fernão Lopes

Prosa –Ficção*

• Continuação da prosa medieval do trovadorismo. Novelas de Cavalaria

• Mas já com características do Humanismo:• Amor carnal• Sensualidade• Relações sexuais antes do casamento

• Principal obra AMADIS DE GAULA

• * Observar referência.

Nasceu por volta de 1465, não se conhece

sua formação escolar, mas deve ter

freqüentado alguma escola do tempo ou,

pelo menos, deve ter sido orientado por

algum religioso culto, na sua adolescência.

• Monólogo do Vaqueiro

• Floresta de Enganos

• A Farsa de Inês Pereira

• Auto da Barca do Inferno

•Entre outras...

Teatro- Gil Vicente

AUTOS FARSAS

• Peças teatrais com assunto religioso

• Tratado de modo sério e cômico

• Divertir• Moralizar o público• Difundir a fé cristã.

Ex: Auto da Barca do Inferno

• Peças cômicas curtas• De um ato só

• Poucas personagens • Enredo extraído do

cotidiano

• Ex: Farsa de Inês Pereira

O teatro de Gil Vicente provém de uma

tradição do fim da Idade Média,

afastando-se totalmente dos princípios

do teatro clássico.

Gil Vicente caminha para a ampliação dos temas, para o aumento

da população do palco, para uma duração cada vez maior da ação

e para a mais audaciosa justaposição de lugares.

Abre a cena a todas as classes sociais e

pratica as maiores liberdades na

construção das situações e no uso da

linguagem.