Post on 07-Jul-2015
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Pressão atmosférica – é a força que o ar atmosférico exerce por unidade de
superfície.
Varia com
Temperatura Altitude Densidade
Quanto maior a
temperatura, menor a
pressão
Quanto maior a altitude,
menor a pressão
Quanto maior a
densidade, maior
a pressão
Convergentes Divergentes
A pressão atmosférica varia no tempo e no espaço, devido a:
-Variações da temperatura (influência térmica);
- Densidade do ar;
- Movimentos da atmosfera (influência dinâmica).
Movimentos do ar na atmosfera
Verticais Horizontais
Ascendentes Subsidentes
A pressão atmosférica é, normalmente, reduzida ao nível do mar, traduzindo-
se num valor, designado de pressão normal:
• 1013 mb (milibares) ou hPa (hectopascais) – os mb são mais
utilizados em meteorologia.
As linhas isóbaras ou isobáricas, são
linhas que unem pontos com igual valor
de pressão atmosférica. Estas formam
determinadas configurações,
designadas de sistemas de pressão
ou centros barométricos.
Assim…
•Valores superiores a 1013 mb – Altas pressões
• Valores inferiores a 1013 mb – Baixas pressões
Os centros barométricos resultantes são:
Centros de Alta Pressão ou
Anticiclones
Centros de Baixas Pressão ou
Ciclones ou
Depressões Barométricas
Quando a pressão
atmosférica é superior a
1013 mb (hPa)Quando a pressão
atmosférica é inferior a 1013
mb (hPa)
A pressão aumenta da
periferia para o centro.
Os anticiclone representam-
se com a letra A (como na
figura acima), ou com o sinal +
(por ser maior que o normal),
ou apenas pelo valor da
pressão, por exemplo 1020.
A pressão diminui da periferia
para o centro
Representam-se com a letra
B, D, com o sinal - , ou
apenas com o valor (por
exemplo 990).
CIRCULAÇÃO DO AR NOS CENTROS BAROMÉTRICOS
Ao longo da superfície da Terra, distribuem-se em faixas mais ou menos
alternadas, dois tipos núcleos de pressão ou centros barométricos: as
altas e baixas pressões. Dando origem aos movimentos do ar, ou seja,
aos ventos.
Esta circulação ocorre sempre das altas para as baixas pressões!
No hemisfério Norte os ventos sofrem um desvio para a direita
Mais
Forte
Mais Fraco
Quanto mais próximas estão as
linhas isobáricas, mais forte é a
velocidade do vento
Distribuição dos centros
barométricos
Existe uma variação em latitude dos centros barométricos de origem
dinâmica, que se distribuem em faixas paralelas ao Equador;
Os centros barométricos encontram-se intercalados, entre baixas e
altas pressões, em latitude;
De acordo com a estação do ano, os centros barométricos sofrem
pequenas oscilações, para Norte, no Verão, e para Sul no Inverno – no
Hemisfério Norte.
Variação da pressão atmosférica com a Latitude e a Circulação Geral da
Atmosfera
- -
+ + + +
- - - -
+ +
+ + + + + ++ +
- -
+ +
- - - -
- - - -
PN
PN
+ +
+ + Altas pressões polares (N)
Altas pressões polares (S)
Baixas pressões
subpolares (N)
Baixas pressões
subpolares (S)
Altas pressões
subtropicais (S)
Altas pressões
subtropicais (N)
Baixas pressões
equatoriais
Círculo Polar Árctico
Círculo Polar Antárctico
Trópico de Cancer
Trópico de Capricórnio
Equador
Ventos de
Leste
Ventos de
Leste
PN
PS
Dada a influência meteorológica
dos centros de pressão, as áreas
do globo que registam fracos
níveis de precipitação
encontram-se, geralmente, sob a
influência dos centros de altas
pressões, como acontece, por
exemplo, com o deserto quente do
Sara, localizado entre os 30º e 35º
de latitude a Norte.
Pelo contrário, as regiões que
registam elevados totais de
precipitação encontram-se,
normalmente, sob a influência
dos centros de baixas pressões,
como se verifica na região
equatorial.
Distribuição da precipitação
Mapa de isoietas*
* Isoietas - linhas que unem
lugares com igual valor de
precipitação
Porção da atmosfera horizontalmente homogénea, no que respeita à
temperatura, à humidade e à densidade.
De acordo com a humidade as massas podem classificar-se como:
Massa de ar marítima – formada no oceano
Massa de ar continental – formada no continente
De acordo com a temperatura, podem ser:
Massa de ar quente – vinda do equador/trópicos
Massa de ar frio – vinda dos pólos
Nota: As características de uma massa de ar não são constantes, acabando por
se modificarem ao afastarem-se das regiões de origem – adquirindo as
características das áreas envolventes.
No H.N.:
a massa de ar frio desloca-se para sul
a massa de ar quente para norte.
Deste deslocamento surge o confronto entre duas massas de ar
completamente diferentes, o que constitui como que uma “frente de
batalha”, onde disputam o ar frio e ao quente.
Ar frio Ar
Quente
Ar frio
Superfície Frontal – é uma
superfície de descontinuidade
entre duas massas de ar de
natureza diferentes.
Frente – é a linha de
intersecção da superfície
frontal com a superfície
daTerra.
Quando se movimentam na direcção
das baixas pressões, as massas de ar frio
e quente colidem umas com as outras –
essa área de confronto entre duas
massas de ar chama-se superfície
frontal.
Quando a massa de ar frio “empurra” a
massa de ar quente surge a superfície
frontal/frente fria.
Superfície muito inclinada, o ar frio
introduz-se sob o ar quente e “obriga-o” a
subir de forma rápida e violenta, o que
leva à formação de nuvens de grande
desenvolvimento vertical, dando origem a
aguaceiros e trovoadas.
Quando a massa de ar quente
“empurra” a massa de ar frio surge a
superfície frontal/ frente quente.
Superfície pouco inclinada e o ar
quente desloca-se lentamente sobre o
ar frio, onde se formam nuvens de
desenvolvimento horizontal e
precipitação sob a forma de chuvisco.
Embora se desloquem no mesmo sentido, as duas frentes avançam a velocidades
diferentes, influenciando a evolução da perturbação frontal:
A superfície frontal fria/frente fria deslocam-se mais rapidamente que a quente.
O sector do ar quente vai sofrendo um progressivo estrangulamento, reduzindo cada vez
mais a distância que separa as duas frentes.
A frente fria atinge a frente quente, havendo uma junção do ar frio posterior e anterior,
levando à ascensão forçada de todo o ar quente.
Ocorre a oclusão, dando origem à superfície frontal oclusa/frente oclusa – frente
resultante da junção da frente fria com a frente quente.
No princípio da oclusão a chuva pode ser violenta, o mau tempo dissipa-se gradualmente.
Consulta o site (animações das diferentes superfícies frontais):
http://www.educaplus.org/climatic/03_fact_frentes.html
Cartas Sinópticas do tempo
Mapa onde estão assinalados os fenómenos atmosféricos registados à
superfície, por forma a dar uma imagem geral do estado da atmosfera num dado
momento e região.
É possível verificar, entre outras coisas, a posição das superfícies frontais
ao nível do solo (as frentes).
Bom Tempo e Mau Tempo
em Portugal
Primavera/Verão
Somos afectados pelas altas pressões e
a inclinação dos raios solares é menor –
as temperaturas são elevadas e o céu
apresenta-se limpo.
Elevado aquecimento da P.Ibérica
(interior) origina a formação de uma baixa
pressão – temperaturas elevadas, chuvas
fortes e possibilidade de trovoadas.
Bom Tempo e Mau Tempo
em Portugal
Outono/Inverno
Somos afectados (perturbação da frente
polar) pelas superfícies frontais – chuva e
alternância de temperaturas amenas e
baixas.
Somos afectados ar frio continental –
céu geralmente limpo e temperaturas
baixas. Pode formar-se geada e neve
nas terras altas.
Frequentes nas regiões equatoriais e no interior dos continentes durante o
verão (em Portugal, no Alentejo)
Quando o ar entra em contacto com a superfície terrestre muito aquecida,
torna-se mais quente e leve, por isso sobe em altitude, ao subir arrefece
perdendo a sua capacidade de conter vapor de água, aumenta a humidade
relativa, atinge o ponto de saturação e condensa – Estado do tempo:
ocorrência de precipitação intensa com probabilidade de trovoada.
Ocorre nas regiões de montanha.
O ar húmido ao encontrar uma barreira – vertente da montanha exposta aos
ventos húmidos – é obrigado a ascender, ao subir a temperatura do ar diminui
e facilmente é atingido o ponto de saturação e a condensação, pelo que há
grande probabilidade de ocorrência de precipitação.
Nas vertentes opostas, o ar desce, aquece e a precipitação diminui.