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1 de Março de 2011
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Encontro Pedagógico: Coordenadoras
Data: 01/03/2011 – Horário: 7 h. 30 min. às 11 h. 30 min. Responsável: Prof. Márcio
Colaboradoras:
Sandra Nubile – Esc. Par. Santo Antônio Thaisa Magalhães – Esc. Par. Santo Antônio Cárita M. Pedatela – Esc. Mun. Rodolf Mikel Luciana A.
Prudente – Esc. Mun. Raimundo Juliana de O. Vieira – Esc. Mun. Realino José
Cronograma
Horário Atividade Proposta
7 h. 30 min. Boas Vindas – Mensagem: A Bagagem
7 h. 40 min. Kit da Felicidade – Socialização
7 h. 50 min. Participações Especiais – Prof.ª Cristina, Prof.ª Ângela & Prof.ª Virgínia.
8 h. 00 min. Prova Brasil Edição 2011. Que intervenção pedagógica promover na escola? Como trabalhar os descritores em sala de aula?
8h. 40 min. Estudo Teórico: Os quatro Pilares da Educação e a mudança de paradigma (Discutindo em grupos)
9 h. 30 min. Café da Manhã Comunitário
9 h. 50 min. Análise do Simulado Prova Brasil – 2010 – Avanços e entraves pedagógicos
10 h. 20 min. Conselho de Classe – Objetivos, embasamento legal e organização.
10 h. 50 min. Socialização – Mudança de Paradigma
11 h. 20 min. Recomendações pedagógicas
11 h. 30 min. Avaliação e encerramento
Distribuição do Tempo
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Oração Inicial
Deus autor da vida. Estamos juntos em oração. Juntos como determinaste. E
juntos sentimos a Tua presença e consagramos esse nosso encontro. E juntos
pedimos-te que possamos ser fiéis à vocação que nos foi confiada. Que neste
dia, Senhor, nos lembre da vocação de ensinar. Que sejamos tocados pelo
Teu amor, para que possamos partilhar amor. Que estejamos entusiasmados,
cientes do sublime papel de tocar a alma e de ajudar o aluno e o professor a
entender que vale a pena, aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a
conviver juntos, aprender a ser e aprender sempre, para que sejamos ao
mesmo tempo, mais sábios e mais humildes. Que aprendamos com os quatro
pilares da educação, a ser melhores educadores. Que este novo ano, Senhor,
os professores estejam mais receptivos. Que se abra para a eterna novidade
da vida, da amizade, do amor. Que nas salas de aulas, o Teu espírito esteja
presente, tocando no coração de todos nós, sem distinção. E que a coerência
que vem de famílias ausentes seja amenizada nestes espaços de luz. Que,
neste encontro, cada coordenadora se regozije de sua missão. Que ninguém
se sinta diminuído, e que o respeito seja o guia de cada relação. Que a
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arrogância não encontre eco nesses espaços. Que a prepotência dê lugar ao
olhar singelo de todos que precisam aprender. E Tu sabes, Senhor, que todos,
sem distinção, precisamos aprender. Que, na Semed e na escola, um clima de
harmonia possa reinar. Que cada canto e recanto seja abençoado. Que os
acidentes sejam pequenos e não retirem o sorriso e o encanto das pessoas
que aqui vêm para exercitar a arte e a missão de construir a felicidade, sendo
professor. Que sejamos todos acolhedores e nos sintamos todos acolhidos por
estarmos juntos, aqui. Que os pais possam estar mais presentes. Que se
lembrem de que são os primeiros educadores e que não podem relegar à
escola o seu papel de condutores de toda a vida. Que a serenidade vença a
agressividade, e que o amor jamais tire folga. Senhor, abençoa este novo ano
letivo! Queremos renovar nossa fidelidade ao Teu chamado. Queremos
renovar nossa disposição de viver a serviço de uma grande causa, da causa
do amor. E que o amor, esse sentimento divino e humano, esse sentimento
que sintetiza Tua essência, nossa essência, seja a razão de estarmos aqui.
Gabriel Chalita – Educar em Oração (adaptado)
Tema 1 – Prova Brasil (Prof. Márcio)
Horário: 8 h. 00 min. Às 8 h. 40 min.
Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos.
Nos testes aplicados no quinto ano e nono ano do ensino fundamental e no terceiro ano do ensino médio, os estudantes respondem a itens (questões) de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com foco na resolução de problemas. No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao
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desempenho. Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de trabalho.
A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de Educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias.
As médias de desempenho nessas avaliações também subsidiam o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas de aprovação nessas esferas.
Além disso, os dados também estão disponíveis a toda a sociedade que, a partir dos resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas diferentes esferas de governo. No caso da Prova Brasil, ainda pode ser observado o desempenho específico das escolas públicas urbanas do país. Os dados dessas avaliações são comparáveis ao longo do tempo, ou seja, pode-se acompanhar a evolução dos desempenhos das escolas, das redes e do sistema como um todo. Em 2011, as escolas rurais de ensino fundamental com mais de 20 alunos nos anos avaliadas também farão a Prova Brasil.
Descritores: Matemática
Matriz de Referência:
As matrizes de matemática estão estruturadas por anos avaliados. Para cada um deles são definidos os descritores que indicam uma determinada habilidade que deve ter sido desenvolvida nessa fase de ensino. Os descritores não contemplam todos os objetivos de ensino, mas apenas aqueles considerados mais relevantes e possíveis de serem mensurados em uma prova para, com isso, obter informações que forneçam uma visão real do ensino. Esses descritores são agrupados por temas que relacionam um conjunto de objetivos educacionais. Os
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descritores fazem parte dos 4 (quatro) anos finais do ensino fundamental. O professor do 9º ano não é o único responsável pelo fracasso e/ou sucesso da escola no IDEB, é reflexo do trabalho de todos os professores da escola. Está dividido em 4 estruturas: (1) Espaço e Forma; (2) Grandezas e Medidas; (3) Números e Operações/ Álgebra e Funções; (4) Tratamento da Informação.
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Exemplo de questões:
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Para refletir:
Para tornar a aprendizagem da matemática significativa, faz-se
necessária a contextualização do ensino. Considerando os “saberes” dos alunos,
numa perspectiva sócio-histórica-cultural, o (a) professor (a) deve possibilitar ao
educando ações que culminem na internalização do novo conhecimento. Um
conhecimento somente será internalizado se ele for significativo para o sujeito
cognoscente (aquele que aprende). Para ser significativo, o conhecimento deverá
ser construído a partir de situações reais que serão vivenciadas pelo sujeito,
considerando seus sonhos e necessidades, bem como, o seu meio social e
cultural. É contextualizando o ensino que teremos uma aprendizagem
significativa, pois o novo conhecimento será acrescentado aos anteriores, não se
justapondo, mas se interligando como os fios de uma rede.
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Descritores: Língua Portuguesa (Profª Marisa)
No total, a matriz de referência da Língua Portuguesa da Prova Brasil e do Saeb é composta por seis tópicos: (1) Procedimentos de Leitura; (2) Implicações do Suporte, do Gênero e/ou do Enunciador na Compreensão do Texto; (3) Relação entre Textos; (4) Coerência e Coesão no Processamento do Texto; (5) Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido e (6) Variação Linguística.
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Então, levando essas considerações como necessárias para nossos avanços, em 2011, todas as avaliações deverão ser composta de, pelo menos, 50%
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(cinquenta por cento) de questões contextualizadas. Caso contrário, o professor será impedido de aplicar a referida avaliação
Tire suas dúvidas:
Contextualização (Prof.ª Sandra Nubile)
A ideia de contextualização entrou em pauta com a reforma do ensino médio, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que orienta para a compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano. Tem origem nas diretrizes que estão definidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que são guias para orientar a escola e os professores na aplicação do novo modelo. De acordo com esses documentos, orienta-se para uma organização curricular que, entre outras coisas, trate os conteúdos de ensino de modo contextualizado, aproveitando sempre as relações entre conteúdos e contexto para dar significado ao aprendido, estimular o protagonismo do aluno e estimulá-lo a ter autonomia intelectual. Isso significa dizer que todo conhecimento tenha como ponto de partida a experiência do estudante, o contexto onde está inserido e onde ele vai atuar como trabalhador, cidadão, um agente ativo de sua comunidade”. A contextualização também pode ser entendida como um tipo de interdisciplinaridade, na medida em que aponta para o tratamento de certos conteúdos como contexto de outros.
Multidisciplinaridade (Profª Juliana de Oliveira)
A multidisciplinaridade representa o primeiro nível de integração entre os conhecimentos disciplinares. Muitas das atividades e práticas de ensino nas escolas se enquadram nesse nível, o que não as invalida. Mas, é preciso entender que há estágios mais avançados que devem ser buscados na prática pedagógica. Segundo Japiassú (1976), a multidisciplinaridade se caracteriza por uma ação simultânea de uma gama de disciplinas em torno de uma temática comum. Essa atuação, no entanto, ainda é muito fragmentada, na medida em que não se explora a relação entre os conhecimentos disciplinares e não há nenhum tipo de cooperação entre as disciplinas.
Pluridisciplinaridade (Profª Thaisa Magalhães)
Na pluridisciplinaridade, diferentemente do nível anterior, observamos a presença de algum tipo de interação entre os conhecimentos interdisciplinares, embora eles ainda se situem num mesmo nível hierárquico, não havendo ainda nenhum tipo de coordenação proveniente de um nível hierarquicamente superior. Alguns estudiosos não chegam a estabelecer nenhuma diferença entre a multidisciplinaridade e a pluridisciplinaridade.
Interdisciplinaridade (Profª Cárita Pedatela)
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Segundo Japiassú (1976), é caracterizada pela presença de uma axiomática comum a um grupo de disciplinas conexas e definida no nível hierárquico imediatamente superior,o que introduz a noção de finalidade. Segundo os PCN, A interdisciplinaridade supõe um eixo integrador, que pode ser o objeto desconhecimento, um projeto de investigação, um plano de intervenção. Nesse sentido, ela deve partir da necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar, talvez vários (BRASIL, 2002, p. 88-89, grifo do autor).
Transdiciplinaridade ( Prof.ª Luciana Prudente)
A transdisciplinaridade representa um nível de integração disciplinar além da interdisciplinaridade. Trata-se de uma proposta relativamente recente no campo epistemológico. Japiassú (1976) a define como sendo uma espécie de coordenação de todas as disciplinas e interdisciplinas do sistema de ensino inovado, sobre a base de uma axiomática geral.
Sugestões de Atividades: (Assessores Pedagógicos)
Matemática:
Questão reprovada
Efetue as operações com os números inteiros, sem contexto.
a) + 5 – ( - 5) = b) – 5 – 5 =
Questão aprovada
Onda de frio mantém temperaturas abaixo de zero em várias cidades do Sul do país
SÃO PAULO - A forte massa polar que está no Sul do país manteve as temperaturas muito baixas na madrugada desta quinta-feira. Várias cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná voltaram a registrar temperatura abaixo de zero, como vem ocorrendo nos últimos dois dias. Na cidade de Luzerna, em Santa Catarina, nevou por 15 minutos na manhã desta quinta. No Paraná, o Instituto Nacional de Meteorologia registrou -5ºC em General Carneiro e -2,5ºC em Clevelândia. Em Santa Catarina, a temperatura chegou aos -4,3ºC em Caçador, -3,9ºC em São Joaquim, -3,7ºC em Curitibanos. Em Urupema, a temperatura mínima registrada ficou em -7,7°C, quase repetindo a mínima desta quarta. No Rio Grande do Sul fez -4,9ºC em Cambará do Sul, -
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1,6ºC em Quaraí, -1,4ºC em Soledade, -1,2ºC em Erechim e -0,9ºC em Bagé. As temperaturas muito baixas também provocaram novamente geadas em diversas localidades. Nesta quinta-feira, Porto Alegre e Florianópolis registraram novos recordes de frio para 2010, pelo segundo dia consecutivo. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a temperatura mínima hoje em Porto Alegre foi de 2,4ºC, quatro décimos abaixo do valor mínimo desta quarta. Na noite desta quarta-feira, os torcedores que foram assistir à partida entre Grêmio e Vitória, no retorno do campeonato brasileiro, levaram cobertores para a arquibancada. No banco de reservas, os jogadores também apelaram para cobertores para fugir do frio. Em Gramado, até o estoque de pantufas das lojas se esgotou. (In: Folha de São Paulo, 06/06/2010)
1) Coloque os números compreendidos entre - 8 e + 6 que aparecem no texto na reta numérica seguinte.
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6
2) Qual é o maior número e o menor número que aparece no texto?
a) Maior:__________ b) Menor: _______
3) Resolva a expressão aritmética seguinte:
-5 + (-3,7) + 2,4 – 4,9 – (-1,4) – [+15 – (-1,4 – 1,2 – 0,9 – 2,5)] =
4) Coloque os sinais de > , > ou =
a) - 3,7 ____ -7,7 b) 2,4 _____- 2,5
c) -1,6 ____ 0,9 d) -3,9 ____ + 3,9
5) Observe e leia atentamente os números que aparecem no texto:
a) Agora coloque em ordem crescente os números que você acabou de ler:
15; -5; -2,5; - 4,3; -3,9; -3,7; -7,7; -4,9; -1,6; - 1,4; - 1,2; -0,9; +2,4.
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b) Qual é o valor que exatamente no meio da sequência numérica?
___________________________________________________________________________
6) Qual o resultado encontrado, quando:
a) Se somam os dois maiores números da sequência da questão 5?
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b) Os dois menores números da sequência da questão 5?
___________________________________________________________________________
7) Coloque “V” para as afirmações Verdadeiras e “F” para as Falsas
a) ( ) Todos os números que aparecem no texto são naturais.
b) ( ) 2,5 é escrito na forma fracionária como .
c) ( ) Quando são somados – 2,5 com + 2,4; obtém-se + 4,9.
d) ( ) O antecessor de 0 (zero) é -1, que é um número natural.
e) ( ) Os números racionais é um conjunto que engloba os números inteiros (Z),
números decimais finitos (por exemplo, 743,8432) e os números decimais
infinitos periódicos (que repete uma sequência de algarismos da parte decimal
infinitamente), como “12,050505…”, são também conhecidas como dízimas
periódicas. Os racionais são representados pela letra Q.
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Questão reprovada
Encontre o valor final da expressão aritmética
{50 – [(2 x 5) + (4 x 4) + (15 – 5)]}
Questão aprovada
Joana foi às Lojas Americanas de Anápolis com R$ 50,00. Lá ela comprou 2 cadernos que custou R$ 5,00 cada um, comprou também 4 canetas que custou R$ 4,00 cada e ainda comprou uma lancheira que custava R$ 15,00 e estava com desconto de R$ 5,00. Agora responda:
a) Quanto custou todas as compras de Joana? Descubra resolvendo a expressão seguinte:
2 x 5 + 4 x 4 + (15 – 5) =
b) Qual foi o troco que ela levou para casa? Descubra resolvendo a expressão seguinte:
{50 – [(2 x 5) + (4 x 4) + (15 – 5)]}=
Artes
Questão Reprovada
Assinale a alternativa do nome do autor da obra do catálogo da Semana de Arte
Moderna:
a) ( ) Vicente do Rego Monteiro.
b) ( ) Di Cavalcanti.
c) ( ) Lasar Segall.
d) ( ) John Graz.
Questão Aprovada
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A reprodução abaixo mostra a capa do catálogo da Exposição da Semana de
Arte Moderna de 1922. Segundo Aracy Amaral, o estilo dessa capa apresenta
uma concepção moderna com o entrosamento da figura no primeiro plano com o
fundo, sem preocupação de volume.
Assinale, entre as alternativas a seguir, o nome do autor da obra do catálogo da
Semana de Arte Moderna, movimento que abrangia todos os campos artísticos,
desde a música e a literatura até as artes plásticas.
a) ( ) Vicente do Rego Monteiro.
b) ( ) Di Cavalcanti.
c) ( ) Lasar Segall.
d) ( ) John Graz.
Língua Portuguesa
Usar o mesmo gênero textual com diferentes abordagens
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Questão Reprovada
Apenas a Gramática Normativa
Justifique a acentuação gráfica da palavra olimpíada:
Identifique as classes gramaticais das palavras incorretas no texto e faça
as correções:
Identifique dois verbos no gerúndio:
Classifique o sujeito da oração: Já tô treinando pras olimpíadas
Questão Aprovada
Interpretação e a Gramática Contextualizada
A linguagem apresentada é informal e coloquial identifique-a no texto e
faça as correções necessárias:
Quais os benefícios para o nosso país de ser sede das Olimpíadas em
2016?
Podemos ver o desenvolvimento econômico e social do Brasil nos
últimos anos. Você acredita que este estereótipo que envolve o Rio será
mudado? Se sim, quando? O que é necessário para que haja diminuição
da violência?
Como o esporte pode mudar a vida de uma pessoa?
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História
Questão Reprovada
Cartaz de 1994 da campanha de Nelson Mandela à presidência da África do Sul. Essa campanha representou a:a) luta dos sul-africanos contra o regime do apartheid então vigente.b) conciliação entre os segregacionistas e os partidários da democracia racial.c) proposta de ampliação da luta anti-apartheid no continente africano.
Questões Aprovadas
Durante o Carnaval de 2006, os jornais noticiaram a polêmica aberta a respeito do trio elétrico e do respectivo cordão que isola quem pode pagar o "abadá", autorizando a participação no bloco, de quem não pode pagá-lo, ficando de fora. Essa polêmica foi denominada de apartheid, em referência à colonização inglesa na África do Sul, que segregava e discriminava negros africanos em sua própria terra. Analise os textos e as imagens a seguir, destacando quais revelam posição crítica relativamente ao chamado "apartheid" no Carnaval brasileiro.
I - Apartheid existe na África, na América do Sul toda e até mesmo na Ásia.
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II - Sempre houve cordão em torno dos blocos carnavalescos.
Revelam posição crítica: a) ( ) Apenas I e II. b) ( ) Apenas II e III. c) (x ) Apenas III e IV. d) ( ) Apenas II, III e IV. e) ( ) I, II, III e IV
Leia o texto:
Nelson Mandela deixou a prisão há 20 anos, no dia 11 de fevereiro de 1990. A
liberdade do líder foi o mais forte sinal do fim do regime de segregação racial na
África do Sul, o apartheid. Colonizada a partir de 1652 por holandeses e tendo
recebido imigrantes de outras partes da Europa e da Ásia, a África do Sul
tornou-se, em 1910, uma possessão britânica. Desde a chegada dos primeiros
europeus, há mais de três séculos, a história do país africano, que será a sede da
Copa do Mundo em 2010, foi marcada pela discriminação racial, imposta pela
minoria branca.Como protesto a essa situação, representantes da maioria negra
fundaram, em 1912, a organização Congresso Nacional Africano (CNA) à qual
Nelson Mandela, nascido em 1918, se uniu décadas depois. No CNA, Mandela
se destacou como líder da luta de resistência ao apartheid.
01) Qual a mensagem do texto acima?
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02) Quem foi Nelson Mandela?
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03) Que ideias o apartheid sustentava?
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04) Você acha que as ideias que sustentavam o apartheid ainda vigoram nas
sociedades atuais? Justifique.
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05) O fim do apartheid representou o fim das desigualdades na África do Sul?
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Língua InglesaLeia este poema, seguindo as setas:
I AM, I CAN, I WILL
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Textualizada:1. Analise o seguinte trecho do texto.
“It’s my life and I’ll live it,I’ll be someone, just wait and see.”
A. Retire das frases acima os seguintes verbos em inglês:Live _______________________ be___________________________Wait _______________________ see ___________________________
Tradicional:
1. Change the sentence below to the interrogative and negative forms:a) I will be someone important.
_____________________________________________________________________________Contextualizada:
No poema, Jennifer diz que será alguém no futuro. E você o que pretende ser futuramente? Write a little composition in English answering what you will be in the future. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
CiênciasQuestão Reprovada
Como é a organização das abelhas numa colméia?Observe as possíveis respostas:“É jóia!”; “É maravilhosa!”; “É fantástica!”; “É estupenda!”; “É muito boa!”Veja que todas as respostas estão corretas. Sabe-se que não era isso que o professor queria, pois ele pensa na explicação dada em aula e tem certeza que o aluno “saber o que ele quer como resposta”, e isso que ele irá exigir na correção.
Questão Aprovada:
Vimos em nossas aulas de Ciências como é maravilhosa a organização das abelhas numa colméia, pois cada grupo de elementos da colméia tem uma
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função específica, para que o todo funcione em harmonia. Partindo dessa ideia, responda:a) Descreva a função de ao menos quatro grupos de elementos da colméia:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b) Apresente por escrito uma relação entre o funcionamento da colméia e o de nossa escola, no que se refere ao cumprimento das funções de cada um.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Observe que nesta forma de elaboração, não deixou de questionar sobre a colméia e seu funcionamento. Introduziu-se o tema transversal de cidadania, que é uma recomendação dos PCNs.
Questão Reprovada
a) Qual o papel desempenhado pelos decompositores em um ecossistema?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Questão Aprovada
a) Analise atentamente o esquema abaixo:
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Os seres decompositores se alimentam da matéria morta e desempenham um papel muito importante no ecossistema, eles são representados pelos fungos e bactérias. Com base nessas informações, descreva sobre o papel desempenhado por esses seres.________________________________________________________________
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Educação Física
Questão Reprovada
Escreva algumas maneiras de como manter uma boa saúde.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Questão Aprovada
A vida de Manoel está condenada pelos seus terríveis hábitos. Observando sua foto mais recente, elabore uma lista de algumas providências que ele poderá tomar para melhorar esse quadro. O cardiologista dele o avisou a respeito de seu IMC (Índice de Massa Corporal) que é de 44,5 (Obesidade Grau III), gerando grandes riscos de um infarto fulminante.
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Geografia
Questão Reprovada
Faça uma relação entre lixões x problema ambiental e saúde pública:
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Questão Aprovada
Os lixões são o pior tipo de disposição final dos resíduos sólidos de uma cidade, representando um grave problema ambiental e de saúde pública. Nesses locais, o lixo é jogado diretamente no solo e a céu aberto, sem nenhuma norma de controle, o que causa, entre outros problemas, a contaminação do solo e das águas pelo chorume (líquido escuro com alta carga poluidora, proveniente da decomposição da matéria orgânica presente no lixo). RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. São Paulo, Instituto Sociambiental, 2007.
Considere um município que deposita os resíduos sólidos produzidos por sua população em um lixão. Esse procedimento é considerado um problema de saúde pública porque os lixões
a) ( ) Causam problemas respiratórios, devido ao mau cheiro que provém da decomposição.b) ( ) São locais propícios a proliferação de vetores de doenças, além de contaminarem o solo e as águas. c) ( ) Provocam o fenômeno da chuva ácida, devido aos gases oriundos da decomposição da matéria orgânica.d) ( ) São instalados próximos ao centro das cidades, afetando toda a população que circula diariamente na área.e) ( ) São responsáveis pelo desaparecimento das nascentes na região onde são instalados, o que leva à escassez de água.
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Tema 2: Estudo Teórico – Os Quatro Pilares da Educação e a Mudança de Paradigma (Prof. Sandra e Profª Thaisa)
Horário: 8 h. 40 min. às 9 h. 30 min.
Todos os setores e todas as profissões do mundo inteiro passam por um período de grandes transformações.Vivenciamos globalmente um novo momento: a mudança de paradigma. Dado que oferecerá meios, nunca antes disponíveis, para circulação e armazenamento de informações e para a comunicação, o século XXI submeterá a educação a uma dura obrigação que pode parecer, à primeira vista, quase contraditória. A educação deve transmitir, de fato, de forma maciça e eficaz, cada vez mais saberes e saber-fazer evolutivos, adaptados à civilização cognitiva, pois são as bases das competências do futuro. Simultaneamente, compete-lhe encontrar e assinalar as referências que impeçam as pessoas de ficarem submergidas nas ondas de informações, mais ou menos efêmeras, que invadem os espaços públicos e privados e as levem a orientar-se para projetos de desenvolvimento individuais e coletivos. À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar através dele.
Nessa visão prospectiva, uma resposta puramente quantitativa à necessidade insaciável a educação - uma bagagem escolar cada vez mais pesada - já não é possível nem mesmo adequada. Não basta, de fato, que cada um acumule no começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que possa abastecer-se indefinidamente. É, antes, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a um mundo de mudanças. Contextualização e Interdisciplinaridade são as palavras-chave para a mudança de paradigma: Ensina-se para constituir sentidos, produzir significados, construir competências. O conteúdo portanto, não é mais um fim em sim mesmo, mas um meio para desenvolver as competências.
Descartam-se assim, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio, a aquisição de conhecimentos enciclopédicos que só levam à erudição e não preparam para a vida. Educar para a vida significa contextualizar, relacionar a teoria com a prática, mostrando ao aluno o que aquele conteúdo tem a ver com a vida dele, porque é importante e como aplicá-lo numa situação real.
Para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra as
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três precedentes. É claro que estas quatro vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta.
Mas, em regra geral, o ensino formal orienta-se, essencialmente, se não exclusivamente, para o aprender a conhecer e, em menor escala, para o aprender a fazer. As duas outras aprendizagens dependem , a maior parte das vezes, de circunstâncias aleatórias quando não são tidas, de algum modo, como prolongamento natural das duas primeiras. Ora, é preciso pensar que cada um dos "quatro pilares do conhecimento" deve ser objeto de atenção igual por parte do ensino estruturado, a fim de que a educação apareça como uma experiência global a levar a cabo ao longo de toda a vida, no plano cognitivo no prático, para o indivíduo enquanto pessoa e membro da sociedade.
Desde o início de seus trabalhos que os membros da Comissão compreenderam que seria indispensável, para enfrentar os desafios do Sec. XXI, assinalar novos objetivos à educação e, portanto, mudar a ideia que se tem da sua utilidade. Uma nova concepção ampliada de educação devia fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e fortalecer o seu potencial criativo - revelar o tesouro escondido em cada um de nós. Isto supõe que se ultrapasse a visão puramente instrumental da educação, considerada como a via obrigatória para obter certos resultados (saber fazer, aquisição de capacidades diversas, fins de ordens econômicas), e se passe a considerá-la em toda sua plenitude: realização da pessoa que, na sua totalidade aprende a ser.
Aprender a conhecer
Este tipo de aprendizagem que visa nem tanto a aquisição de um repertório de saberes codificados, mas antes o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento pode ser considerado, simultaneamente, como um meio e uma finalidade da vida humana. Meio, porque se pretende que cada um aprenda a compreender o mundo que o rodeia, pelo menos na medida em que isso lhe é necessário para viver dignamente, para desenvolver as suas capacidades profissionais, para comunicar. Finalidade, porque seu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir. Apesar dos estudos sem utilidade imediata estarem desaparecendo, tal a importância dada atualmente aos saberes utilitários, a tendência para prolongar a escolaridade e o tempo livre deveria levar os adultos a apreciar cada vez mais , as alegrias do conhecimento e da pesquisa individual. O aumento dos saberes, que permite compreender melhor o ambiente sob os seus diversos aspectos, favorece o despertar da curiosidade intelectual, estimula o sentido crítico e permite compreender o real, mediante a aquisição de autonomia na capacidade de discernir. Deste ponto de vista, há que repeti-lo, é essencial que cada criança, esteja onde estiver, possa ter acesso, de forma adequada, às metodologias científicas de modo a tornar-se para toda a vida "amiga da ciência". Em nível do ensino secundário e superior, a formação inicial deve fornecer a todos os alunos instrumentos, conceitos e
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referências resultantes dos avanços das ciências e dos paradigmas do nosso tempo.
Contudo, como o conhecimento é múltiplo e evolui infinitamente, torna-se cada vez mais inútil tentar conhecer tudo e, depois do ensino básico, a omnidisciplinaridade é um engodo. A especialização, porém, mesmo para futuros pesquisadores, não deve excluir a cultura geral. "Um espírito verdadeiramente formado, hoje em dia tem necessidade de uma cultura geral vasta e da possibilidade de trabalhar em profundidade determinado número de assuntos. Deve-se, do princípio ao fim do ensino, cultivar simultaneamente, estas duas tendências". A cultura geral, enquanto abertura de outras linguagens e outros conhecimentos permite, antes de tudo, comunicar-se. Fechado na sua própria ciência, o especialista corre o risco de se desinteressar pelo o que fazem os outros. Sentirá dificuldade em cooperar, quaisquer que sejam as circunstâncias. Por outro lado, a formação cultural, cimento das sociedades no tempo e no espaço, implica a abertura a outros campos do conhecimento, e deste modo, podem operar-se fecundas sinergias entre as disciplinas. Especialmente em matéria de pesquisa, determinados avanços do conhecimento dão-se nos pontos de interseção das diversas áreas disciplinares.
Aprender para conhecer supõe, antes de tudo, aprender a aprender, exercitando a atenção, a memória e o pensamento. Desde a infância, sobretudo nas sociedades dominadas pela imagem televisiva, o jovem deve aprender a prestar atenção às coisas e às pessoas. A sucessão muito rápida de informações mediatizadas, o "zapping" tão frequente, prejudicam de fato o processo de descoberta, que implica duração e aprofundamento de apreensão. Esta aprendizagem da atenção pode revestir formas diversas e tirar partido de várias ocasiões da vida (jogos, estágios em empresas, viagens, trabalhos práticos de ciências...).
Por outro lado o exercício da memória é um antídoto necessário contra a submersão pelas informações instantâneas difundidas pelos meios de comunicação social. Seria perigoso imaginar que a memória pode vir a tornar-se inútil, devido a enorme capacidade de armazenamento e difusão das informações de que dispomos daqui em diante. É preciso ser, sem dúvida, seletivo na escolha dos dados a aprender "de cor" mas, propriamente, a faculdade humana de memorização associativa, que não é redutível a um automatismo, deve ser cultivada cuidadosamente. Todos os especialistas concordam em que a memória deve ser treinada desde a infância, e que é errado suprimir da prática escolar certos exercícios tradicionais, considerados como fastidiosos.
Finalmente, o exercício do pensamento ao qual a criança é iniciada, em primeiro lugar, pelos pais e depois pelos professores, deve comportar avanços e recuos entre o concreto e o abstrato. Também se devem combinar, tanto no ensino como na pesquisa dois métodos apresentados, muitas vezes,
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como antagônicos: o método dedutivo por um lado e o indutivo por outro. De acordo com as disciplinas ensinadas, um pode ser mais pertinente do que o outro, mas na maior parte das vezes o encadeamento do pensamento necessita da combinação dos dois.
O processo de aprendizagem do conhecimento nunca está acabado, e pode enriquecer-se com qualquer experiência. Neste sentido, liga-se cada vez mais à experiência do trabalho, à medida que este se torna menos rotineiro. A educação primária pode ser considerada bem sucedida se conseguir transmitir às pessoas o impulso e as bases que façam com que continuem a aprender ao longo de toda a vida, no trabalho, mas também fora dele.
Aprender a fazer
Aprender a conhecer e aprender a fazer são, em larga medida, indissociáveis. Mas a segunda aprendizagem esta mais estreitamente ligada à questão da formação profissional: como ensinar o aluno a pôr em pratica os seus conhecimentos e, também, como adaptar a educação ao trabalho futuro quando não se pode prever qual será a sua evolução? É a esta última questão que a Comissão tentará dar resposta mais particularmente.
Convém distinguir, a este propósito, o caso das economias industriais onde domina, o trabalho assalariado do das outras economias onde domina, ainda em grande escala, o trabalho independente ou informal. De fato, nas sociedades assalariadas que se desenvolveram ao longo do século XX, a partir do modelo industrial, a substituição do trabalho humano pelas máquinas tornou-se cada vez mais imaterial e acentuou o caráter cognitivo das tarefas, mesmo nas indústria, assim como a importância dos serviços na atividade econômica. O futuro dessas economias depende, aliás, da sua capacidade de transformar o progresso dos conhecimentos em inovações geradoras de novas empresas e de novos empregos. Aprender a fazer não pode, pois, continuar a ter o significado simples de preparar alguém para uma tarefa uma tarefa material bem determinada, para fazê-lo fabricar no fabrico de alguma coisa. Como consequência, as aprendizagens devem evoluir e não podem mais serem consideradas como simples transmissão de práticas mais ou menos rotineiras, embora estas continuem a ter um valor formativo que não é de desprezar.
As tarefas puramente físicas são substituídas por tarefas de produção mais intelectuais, mais mentais, como o comando de máquinas, a sua manutenção e vigilância, ou por tarefas de concepção, de estudo, de organização à medida que as máquinas se tornam, também, mais "inteligentes" e que trabalho se "desmaterializa".
Se juntarmos a essas novas exigências a busca de um compromisso pessoal do trabalhador, considerando como agente de mudança, torna-se evidente que as qualidades muito subjetivas, inatas ou adquiridas, muitas vezes
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denominadas "saber ser" pelos dirigentes empresariais, se juntam ao saber e ao saber fazer para compor a competência exigida - o que mostra bem a ligação que a educação deve manter, como aliás sublinhou a Comissão, entre os diversos aspectos da aprendizagem. Qualidades como a capacidade de comunicar, de trabalhar com os outros, de gerir e resolver conflitos, tornam-se cada vez mais importantes. E esta tendência torna-se ainda mais forte, devido ao desenvolvimento do setor de serviços.
As consequências sobre a aprendizagem da "desmaterialização" das economias avançadas são particularmente impressionantes se observar a evolução quantitativa e qualitativa dos serviços. Este setor, muito diversificado, define-se sobre tudo pela negativa, não são nem industriais nem agrícola e que, apesar da sua diversidade, têm em comum o fato de não produzirem um bem material.
Muitos serviços definem-se, sobretudo, em função da relação interpessoal a que dão origem. Podem encontrar-se exemplos disso tanto no setor mercantil que prolifera, alimentando-se da complexidade crescente das economias (especialidades muito variadas, serviços de acompanhamento e de aconselhamento tecnológico, serviços financeiros, contabilísticos ou de gestão), como no setor não comercial mais tradicional (serviços sociais, ensino, saúde, etc.). Em ambos os casos, as atividades de informação e comunicação são primordiais; dá-se prioridade à coleta e tratamento personalizado de informações específicas para determinado projeto. Neste tipo de serviços, a qualidade de relação entre prestador e usuário depende, também muito, deste último. Compreende-se, pois, que o trabalho em questão já não possa ser feito da mesma maneira que quando se trata de trabalhar a terra ou de fabricar um tecido. A relação com a matéria e a técnica deve ser completada com aptidão pra as relações interpessoais. O desenvolvimento dos serviços exige, pois, cultivar qualidades humanas que a formações tradicionais não transmitem, necessariamente e que correspondem à capacidade de estabelecer relações estáveis e eficazes entre as pessoas.
Finalmente é provável que nas organizações ultratecnicistas do futuro os déficits relacionais possam criar graves disfunções exigindo qualificações de novo tipo, com base mais comportamental do que intelectual. O que pode ser uma oportunidade para os não diplomados, ou com deficiente preparação em nível superior. A intuição, o jeito, a capacidade de julgar, a capacidade de manter unida uma equipe não são de fato qualidades, necessariamente, reservadas as pessoas com altos estudos. Como e onde ensinar estas qualidades mais ou menos inatas? Não se podem deduzir simplesmente os conteúdos de formação, das capacidades ou aptidões requeridas. O mesmo problema põe-se, também, quanto à formação profissional, nos países em desenvolvimento.
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Nas economias em desenvolvimento, onde a atividade assalariada não é dominante, a natureza do trabalho é muito diferente. Em muitos países da África subsaariana e alguns países da América Latina e da Ásia, efetivamente, só uma pequena parte da população tem emprego e recebe salário, pois a grande maioria participa na economia nacional de subsistência. Não existe, rigorosamente falando, referencial de emprego; as competências são, muitas vezes, de tipo tradicional. Por outro lado, a aprendizagem não se destina, apenas, a um só trabalho mas tem como objetivo mais amplo preparar para uma participação formal ou informal no desenvolvimento. Trata-se, frequentemente, mais de uma qualificação social do que uma qualificação profissional.
Noutros países em desenvolvimento existe, ao lado da agricultura e de um reduzido setor formal, um setor de economia ao mesmo tempo moderno e informal, por vezes bastante dinâmico, à base de artesanato, de comercio e de finanças que revela a existência de uma capacidade empreendedora bem adaptada às condições locais.
Em ambos os casos, após numerosas pesquisas levadas a cabo em países em desenvolvimento, apercebemos-nos que encaram o futuro como estando estreitamente ligado à aquisição da cultura científica que lhes dará acesso à tecnologia moderna, sem negligenciar com isso as capacidades específicas de inovação e criação ligadas ao contexto local.
Existe uma questão comum aos países desenvolvidos e em desenvolvimento: como aprender a comportar-se, eficazmente, numa situação de incerteza, como participar na criação do futuro?
Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros
Sem dúvida, esta aprendizagem representa, hoje em dia, um dos maiores desafios da educação. O mundo atual é, muitas vezes, um mundo de violência que se opõe à esperança posta por alguns no progresso da humanidade. A história humana sempre foi conflituosa, mas há elementos novos que acentuam o problema e, especialmente, o extraordinário potencial de autodestruição criado pela humanidade no decorrer do século XX. A opinião pública, através dos meios de comunicação social, torna-se observadora impotente e até refém dos que criam ou mantém conflitos. Até agora, a educação não pôde fazer grande coisa para modificar esta situação real. Poderemos conceber uma educação capaz de evitar os conflitos, ou de os resolver de maneira pacífica, desenvolvendo o conhecimento dos outros, das suas culturas, da sua espiritualidade?
É de louvar a ideia de ensinar a não-violência na escola, mesmo que apenas constitua um instrumento, entre outros, para lutar contra os preconceitos geradores de conflitos. A tarefa é árdua porque, muito naturalmente, os seres humanos têm tendência a supervalorizar as suas qualidades e as do grupo que a
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pertencem, e a alimentar preconceitos desfavoráveis em relação aos outros. Por outro lado, o clima geral de concorrência que caracteriza, atualmente, a atividade econômica no interior de cada país, e sobretudo, em nível internacional, têm a tendência de dar prioridade ao espírito de competição e ao sucesso individual. De fato, esta competição resulta, atualmente em uma guerra econômica implacável e numa tensão entre os mais favorecidos e os pobres, que divide as nações do mundo e exacerba as rivalidades históricas. É de lamentar que a educação contribua, por vezes, para alimentar este clima, devido a uma má interpretação da idéia de emulação.
Que fazer para mudar a situação? A experiência mostra que, para reduzir o risco, não basta pôr em contato e em comunicação membros de grupos de diferentes (através de escolas comuns a várias etnias ou religiões, por exemplo). Se, no seu espaço comum, estes diferentes grupos já entram em competição ou se o seu estatuto é desigual, um contato deste gênero pode, pelo contrário, agravar ainda mais as tensões latentes e degenerar em conflitos. Pelo contrário, se este contato se fizer num contexto igualitário, e se existirem objetivos e projetos em comuns, os preconceitos e a hostilidade latente podem desaparecer e dar lugar a uma cooperação mais serena e até amizade.
Parece, pois, que a educação deve utilizar duas vias complementares. Num primeiro nível, a descoberta progressiva do outro. Num segundo nível, e ao longo de toda vida, a participação em projetos comuns, que parece ser um método eficaz para evitar ou resolver conflitos latentes.
A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta. Desde tenra idade a escola deve, pois, aproveitar todas as ocasiões para esta dupla aprendizagem. Algumas disciplinas estão mais adaptadas a este fim, em particular a geografia humana a partir do ensino básico e as línguas e literaturas estrangeiras mais tarde.
Passando à descoberta do outro, necessariamente, pela descoberta de si mesmo, e por dar à criança e ao adolescente uma visão ajustada do mundo, a educação, seja ela dada pela família, pela comunidade ou pela a escola, deve antes de mais ajudá-los a descobrir a si mesmos. Só então poderão, verdadeiramente, pôr-se no lugar dos outros e compreender as suas reações. Desenvolver esta atitude de empatia, na escola é muito útil para os comportamentos sociais ao longo de toda a vida. Ensinando, por exemplo, aos jovens a adotar a perspectiva de outros grupos étnicos ou religiosos podem evitar incompreensões geradoras de ódio e violência entre adultos. Assim, o ensino das histórias das religiões ou dos costumes pode servir de referência útil para futuros comportamentos.
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A educação formal deve, pois, reservar tempo e ocasiões suficientes em seus programas para iniciar os jovens em projetos de cooperação, logo desde da infância, no campo das atividades desportivas e culturais, evidentemente, mas também estimulando a sua participação em atividades sociais: renovação de bairros, ajuda aos mais desfavorecidos, ações humanitárias, serviços de solidariedade entre gerações... As outras organizações educativas e associações devem, neste campo, continuar o trabalho iniciado pela escola. Por outro lado, na prática letiva diária, a participação de professores e alunos em projetos comuns podem dar origem à aprendizagem de métodos de resolução de conflitos e constituir uma referência para a vida futura dos alunos, enriquecendo a relação professor/alunos.
Por fim os métodos de estudo não devem ir contra este reconhecimento do outro. Os professores que, por dogmatismo, matam a curiosidade ou o espírito crítico dos seus alunos, em vez de o desenvolver, podem ser mais prejudiciais do que úteis. Esquecendo que funcionam como modelos, como esta sua atitude, arriscam-se a enfraquecer por toda vida nos alunos a capacidade de abertura à alteridade e de enfrentar as inevitáveis tensões entre pessoas, grupos e nações. O confronto através do diálogo e da troca de argumentos é um dos instrumentos indispensáveis à educação do século XXI.
Aprender a ser
Desde a sua primeira reunião, a Comissão reafirmou, energicamente, um princípio fundamental: a educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa - espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todo ser humano deve ser preparado, especialmente graças à educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.
O relatório Aprender a ser (1972) exprimia, no preâmbulo, o temor da desumanização do mundo relacionada com a evolução técnica. A evolução das sociedades desde então e, sobretudo, o enorme desenvolvimento do poder mediático veio acentuar este temor e tornar mais legítima ainda a injunção que lhe serve de fundamento. É possível que no século XXI estes fenômenos adquiram ainda mais amplitude. Mais do que preparar as crianças para uma dada sociedade, o problema será, então, fornecer-lhes constantemente forças e referências intelectuais que lhes permitam compreender o mundo que as rodeia e comportar-se nele como autores responsáveis e justos. Mais do que nunca a educação parece ter, como papel essencial, conferir a todos seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver seus talentos e permanecerem, tanto quanto possível, donos do seu próprio destino.
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Este imperativo não é apenas a natureza individualista: a experiência recente mostra que o que poderia aparecer, somente, como uma forma de defesa do indivíduo perante um sistema alienante ou tido como hostil, é também por vezes, a melhor oportunidade de progresso para as sociedades. A diversidade das personalidades, a autonomia e o espírito de iniciativa, até mesmo o gosto pela provocação, são os suportes da criatividade e da inovação. Para reduzir a violência ou lutar contra os diferentes flagelos que afetam a sociedade os métodos inéditos retirados de experiências no terreno já deram prova da sua eficácia.
Num mundo em mudança, de que um dos principais motores parece ser a inovação tanto social como econômica, deve ser dada a importância especial a imaginação e à criatividade; claras manifestações da liberdade humana elas podem vir a ser ameaçadas por uma certa estandardização dos comportamentos individuais. O século XXI necessita desta diversidade de talentos e de personalidades, mas ainda de pessoas excepcionais, igualmente essenciais em qualquer civilização. Convém, pois, oferecer às crianças e aos jovens todas as ocasiões possíveis de descoberta e experimentação - estética, artística, desportiva, científica, cultural e social -, que venham completar a apresentação atraente daquilo que, nestes domínios, foram capazes de criar as gerações que os procederam ou suas contemporâneas. Na escola, a arte e a poesia deveriam ocupar um lugar mais importante do que aquele que lhes é concedido, em muitos países, por um ensino tornado mais utilitarista do que cultural. A preocupação em desenvolver a imaginação e a criatividade deveria, também, revalorizar a cultura oral e os conhecimentos retirados da experiência da criança ou do adulto.
Assim a Comissão adere plenamente ao postulado do relatório Aprender a ser. "O desenvolvimento tem por objeto a realização completa do homem, em volta a sua riqueza e na complexidade das suas expressões e dos seus compromissos: indivíduo, membro de uma família e de uma coletividade, cidadão e produtor, inventor de técnicas e criador de sonhos". Este desenvolvimento do ser humano, que se desenrola desde o nascimento até à morte, é um processo dialético que começa pelo conhecimento de si mesmo para se abrir, em seguida, à relação com o outro. Neste sentido, a educação é antes de mais nada uma viagem interior, cujas as etapas correspondem às da maturação contínua da personalidade. Na hipótese de uma experiência profissional de sucesso, a educação como meio para tal realização é, ao mesmo tempo, um processo individualizado e uma construção social interativa.
É escusado dizer que os quatro pilares da educação, acabados de escrever, não se apóiam, exclusivamente, numa fase da vida ou num único lugar. Como se verá no capítulo seguinte, os tempos e as áreas da educação devem ser repensados, completar-se e interpenetrar-se de maneira a que cada pessoa, ao longo de toda a sua vida, possa tirar o melhor partido de um ambiente educativo em constante ampliação.
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Pistas e recomendações
A educação ao longo de toda vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser. Sabe-se que não há respostas prontas, já que se vive numa realidade complexa, globalizada, informatizada, e predominantemente competitiva. Lança-se apenas pistas e recomendações que podem sinalizar indagações sobre opapel da escola e sobretudo, a dinâmica da sala de aula, a prática do professor.
Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa: aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.
Aprender a fazer, a fim de adquirir, não somente uma qualificação profissional mas, de uma maneira mais ampla, competências que tornem a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Mas também aprender a fazer, no âmbito das diversas experiências sociais ou de trabalho que se oferecem aos jovens e adolescentes, quer espontaneamente, fruto do contexto local ou nacional, quer formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino alternado com o trabalho.
Aprender a viver juntos desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências - realizar projetos comuns e preparar-se para gerir conflitos - no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.
Aprender a ser, para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à altura de agir com cada vez maior capacidade de autonomia, de discernimento e de responsabilidade pessoal. Para isso, não negligenciar na educação nenhuma das potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se.
Numa altura em que os sistemas educativos formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em detrimento de outras formas de aprendizagem, importa conceber a educação como um todo. Esta perspectiva deve, no futuro, inspirar e orientar as reformas educativas, tanto em nível da elaboração de programas como da definição de novas políticas pedagógicas, bem como uma proposta pedagógica numa perspectiva de autonomia da escola.
A relação teórico-prática, o aprender a pensar, o saber- fazer, o saber- conhecer e o saber-conviver, vistos como mecanismos fundantes da competência humana e de habilidades profissionais; Uma relação que articule teoria e pratica, como momentos entrelaçados, construindo
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É preciso refletir e compreender os princípios e os conceitos do novo paradigma curricular expressos na LDB 9394/96, nas Diretrizes e nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Sem essa compreensão corre-se o risco de perpetuar o ensino enciclopédico e sem sentido. Para isso foram elaborados dois quadros. O Quadro 1, faz um paralelo entre o Paradigma Curricular Fragmentado e o Paradigma Curricular Integrado. O Quadro 2, faz uma intervenção pedagógica entre os quatro pilares da educação e sua efetivação em sala de aula. Demonstra os pontos que precisam ser discutidos e refletidos para que a realidade do ensino pautado na transmissão de conhecimento seja finalmente substituído pela construção ativa do conhecimento.
QUADRO 1 (Prof. Márcio) Horário: 10 h. 50 min. às 11 h. 20 min.
Compreensão do Novo Paradigma
************** Paradigma Curricular Fragmentado
Paradigma Curricular Integrado
Princípios Filosóficos
Direito de Ensinar
Direito de Aprender
A Estética da sensibilidade, a Política da Igualdade e a Ética da Identidade estarão presentes em todos os trabalhos.
Conteúdo Um fim em si mesmo Um meio para desenvolver competências
Fragmentado por disciplinas;
Ensino de regras, fatos,
Globalizado pelo trabalho interdisciplinar e pela
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Conhecimento
definições, acúmulo de informações desvinculadas da vida dos alunos;
Caráter mais enciclopédico;
Privilegia a memória e a padronização.
contextualização;
Privilegia a construção de conceitos e o entendimento;
Teoria e prática aplicadas ao cotidiano do aluno;
Ênfase está na produção e sistematização do sentido.
Currículo Fracionado, estático e linear
Integrado, vivo e em rede, proporcionando a oportunidade de conhecer, fazer, relacionar, aplicar e transformar.
Organização Curricular
Por disciplinas
Por áreas do conhecimento;
Por eixo organizador;
Por tema gerador;
Por conjunto de competências.
Sala de aula Espaço de transmissão e recepção do conhecimento.
Espaço privilegiado de reflexão, de situações de aprendizagem vivas e enriquecedoras.
Atividades Rotineiras que favorecem a padronização da resolução.
Pesquisa = cópia
Centradas em projetos de trabalho e na resolução de problemas para desenvolver competências; Pesquisa = buscar informações em várias fontes para a resolução de uma determinada situação-problema com espontaneidade e criatividade.
Professor
Mero transmissor do conhecimento;
Determina o conteúdo a ser trabalhado sem levar em conta as
Facilitador da aprendizagem do aluno;
Facilitador da construção de sentidos;
Gerenciador da informação;
Reflexivo;
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necessidades que surgem em sala de aula.
Avalia e ressignifica sua prática pedagógica.
Incentivador da estética da sensibilidade, zela pela política da igualdade e pela ética da identidade.
Aluno
Passivo, receptáculo do conhecimento;
Não sabe porquê e para quê estuda determinados conteúdos.
Ativo e participativo na construção do seu conhecimento.
Avaliação
Classificatória e excludente;
Gera dados que possibilitam apenas avaliar a capacidade do aluno em reter informações.
Formativa e diagnóstica do ensino e da aprendizagem;
Aponta dificuldades e possibilita a intervenção pedagógica;
Gera dados que possibilitem avaliar o desenvolvimento das competências.
Livro Didático
Um fim em sim mesmo;
Atividades previsíveis e padronizadas.
Um entre vários recursos didáticos (jornais, revistas, vídeos, computador, CD-ROMS)
Numa sala de aula como o Paradigma Curricular Integrado, a autoridade é conquistada, enquanto na outra é simplesmente outorgada. A obrigação é alternada pela satisfação; a arrogância, pela humildade; a solidão, pela cooperação; a especialização, pela generalidade; o grupo homogêneo, pelo heterogêneo; a reprodução, pela produção do conhecimento. Todos se percebem e gradativamente se tornam parceiros e, nela, a interdisciplinaridade pode ser aprendida e pode ser ensinado, o que pressupõe um ato de perceber-se interdisciplinar.. (FAZENDA, 1994, p. 86-87).
QUADRO 2 (Prof. Márcio)
Princípios Nas Diretrizes Na EscolaCriatividade;
Curiosidade;
Aprender a Fazer;
Atitude frente a todas as formas de expressão;
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Estética da Sensibilidade
Afetividade;
Reconhecimento da Diversidade;
Valorização da Qualidade;
Busca de Aprimoramento;
Acolher a diversidade dos alunos;
Oportunizar a troca de significados;
Crítica às formas estereotipadas e reducionista de expressar a realidade;
Crítica às manifestações que banalizam os afetos e brutalizam as relações interpessoais.
Política da Igualdade
Reconhecimento dos direitos humanos;
Exercício dos direitos e deveres de cidadania;
Equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável;
Combate a todas as formas de preconceito e discriminação;
Respeito pelo Estado de Direito mas a igualdade é um valor público por ser interesse de todos e não exclusivamente do governo.
Aprender a conhecer e a conviver;
Ensino através de conteúdos e temas como: direitos das pessoas, responsabilidade e solidariedade, relações pessoais e práticas sociais;
Responsabilidade da liderança dos adultos responsáveis pela coesão da escola;
Igualdade de oportunidades e de diversidade de tratamento dos alunos e professores;
Toda decisão administrativa e pedagógica deve se comprometer com a aprendizagem dos alunos.
Ética da Identidade
Buscar reconciliar no coração humano o mundo da moral e o mundo da matéria, o privado e o público;
Humanismo;
Responsabilidade e solidariedade;
Reconhecimento da identidade própria e do outro;
Autonomia;
Aprender a ser;
Educação é um processo de construção de identidades;
As identidades se constituem pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade;
Escola é lugar de conviver e de educar para a construção da identidade dos alunos;
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Convivência e mediação de todas as linguagens.
O fim mais importante da educação para a identidade è a autonomia.
Note:
“O professor, como qualquer outro profissional, lida com situações que não se repetem nem podem ser cristalizadas no tempo. Portanto, precisa permanentemente fazer ajustes entre o que planeja ou prevê e aquilo que acontece na interação com os alunos. Boa parte dos ajustes tem que ser feitos em tempo real ou em intervalos relativamente curtos, minutos e horas na maioria dos casos – dias ou semanas, na hipótese mais otimista – sob o risco de passar a oportunidade de intervenção no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, os resultados do ensino são previsíveis apenas em parte. O contexto no qual se efetuam é complexo e indeterminado, dificultando uma antecipação dos resultados do trabalho pedagógico”. (BRASIL, 2002, p. 35).
Para refletir (Todos os coordenadores pedagógicos)
Como educar nossos jovens para que constituam
indivíduos competentes, criativos, com personalidade própria, com
ética, que saibam se posicionar frente as dificuldades, decidir o que é
melhor para si e para outros e viver em coletividade?
Que conteúdo e que metodologias darão conta dessa
tarefa?
Sabe-se mundialmente que há um descompasso entre o
conteúdo ensinado e o conteúdo aprendido. Que a forma como
ensinamos privilegia a memorização, o acúmulo da informação
pela informação, sem dar a ela um sentido e uma aplicabilidade real.
O que fazer para amenizar?
3º Tema: Análise do Simulado Prova Brasil – 2010 (Prof. Márcio)
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1 de Março de 2011
Horário: 9 h. 50 min. às 10 h. 20 min.
Secretaria Municipal de Educação - SEMED Matrícula 875%
Participação 90,51Simulado Prova Brasil - 2010 - Escolas
Municipais 9º Ano Presente 792 Transf./Des. 162Resultado Geral Resultado Aluno
Nº Desc. Objetivo do descritor Acertos % acertos Acertos Quant. %
1 D 17Localizar números racionais na reta numérica 617,0 77,90 1 2 0,25
2 D 28Resolver problema que envolva porcentagem. 131,0 16,54 2 11 1,39
3 D 15
Resolver situação-problema envolvendo relações entre diferentes unidades de medidas: km, hm, dam, m, dm, cm e mm. 193,0 24,37 3 37 4,67
4 D 26
Calcular a média aritmética simples e reconhecê-la como indicador de tendência dos dados.
293,0 36,99
4 48 6,06
5 D 36
Resolver situação-problema por meio de análise das informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos. 462,0 58,33 5 88 11,11
6 D 06
Reconhecer ângulos como mudança de direção e giros, identificando ângulos retos e não-retos.
210,0 26,52
6 101 12,75
7 D 34
Identificar um sistema de equações do 1º grau que expressa um problema, usando o sistema monetário brasileiro. 495,0 62,50 7 96 12,12
8 D 35
Resolver um sistema de equações do 1º grau, identificando as representações algébricas do sistema. 509,0 64,27 8 116 14,65
9 D25
Resolver situação-problema com números racionais que envolvam as operações de adição, subtração, multiplicação, divisão, porcentagem e números decimais. 228,0 28,79 9 80 10,10
10 D 13
Resolver problema envolvendo a soma dos ângulos internos de um triângulo e as relações com os ângulos externos. 363,0 45,83 10 59 7,45
11 D 08
Resolver problema utilizando propriedades dos polígonos (soma de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo de medida dos ângulos internos nos polígonos). 355,0 44,82 11 61 7,70
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1 de Março de 2011
12 D 22
Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes representações, dízima periódica e sua fração geratriz. 370,0 46,72 12 36 4,55
13 D 37
Associar informações apresentadas em textos e tabelas para resolver situações-problema envolvendo operações simples. 387,0 48,86 13 23 2,90
14 D 21
Representar um número em notação científica, base 10 por meio de textos contextualizados. 229,0 28,91 14 9 1,14
15 D 10
Utilizar relações métricas no triângulo retângulo para resolver problemas significativos. 313,0 39,52 15 12 1,52
16 D 31Resolver problema que envolva equações do 2º grau. 223,0 28,16 16 6 0,76
17 D 32
Identificar a expressão/equação algébrica que expressa uma regularidade observada em sequência de números e letras. 312,0 39,39 17 1 0,13
18 D 30Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica. 209,0 26,39 18 4 0,51
19 D 20
Resolver problema com números inteiros envolvendo operações com números grandes (adição, subtração, multiplicação e divisão). 186,0 23,48 19 1 0,13
20 D 11
Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações, bem como demonstrações gráficas nas relações setor/gráfico/ângulo. 208,0 26,26 20 1 0,13
Síntese do Resultado da Escola Indicadores Total % ** Total %
Total de Acertos 6293 39,678 ** 792 100,00Média Aritmética de Acertos / Nota
Média da turma 3,97 3,97 ** ** 3,97Indicador de Rendimento da Escola -
2009 0,83 ** ** ** **Projeção do Ideb/2010 - Indicador de
Rendimento X Nota Padronizada 3,29 ** ** ** **
4º Tema: Conselho de Classe – 2011 (Profª Cárita, Profª Luciana e Profª
Juliana)
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1 de Março de 2011
Horário: 10 h. 20 min. às 10 h. 50 min.
Embasamento Legal Lei de n º 9394/96
Art. 13
Os docentes incumbir-se-ão de:
I. Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino;
II. Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
III. Zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV. Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos com menor
rendimento;
V. Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
VI. Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
É uma reunião onde supervisores, orientadores, professores e alunos discutem
acerca da aprendizagem, seus desempenhos e avaliações. No Conselho de
Classe, mais do que saber se o aluno será aprovado ou não, objetiva-se encontrar
os pontos de dificuldade tanto do aluno quanto da própria instituição de ensino
na figura de seus professores e organização escolar. Desta forma, busca-se a
reformulação nas práticas escolares a partir das reflexões realizadas na discussão
em conselho de classe.
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Objetivos
O Conselho de Classe é uma oportunidade de reunir os professores
com o objetivo de refletir sobre a aprendizagem dos alunos e o processo de
ensino. Seu objetivo é favorecer uma avaliação mais completa do estudante e do
próprio trabalho docente, proporcionando um espaço de reflexão sobre o
trabalho que está sendo realizado e possibilitando a tomada de decisão para um
novo fazer pedagógico, favorecendo mudanças para estratégias mais adequadas
à aprendizagem de cada turma e/ou aluno.
No Conselho de Classe, mais do que decidir se os alunos serão
aprovados ou não, objetiva-se encontrar os pontos de dificuldade tanto dos
alunos quanto da própria instituição de ensino na figura de seus professores e
organização escolar.
Nele deve haver uma discussão coletiva onde serão apontadas
dificuldades de alunos, professores e instituição de ensino, a fim de buscar
melhorias para o processo ensino-aprendizagem. Ele é um espaço democrático
de construção de alternativas para o desenvolvimento da instituição de ensino e
das estratégias para o atendimento aos que nela estudam.
Requisitos
O Conselho de Classe, enquanto instrumento de avaliação, requer
que os alunos estejam sendo constantemente observados pelos professores e
demais especialistas que compõem os profissionais da instituição de ensino.
Para isso, a avaliação deve ser cotidiana, pois todo o dia, toda a semana, até o
final do semestre ou ano, cada aluno deve estar sendo percebido pelos
professores que trabalham com ele. Ao observar, diagnosticar e registrar,
saberes estão sendo extraídos sobre cada aluno de forma a enquadrá-lo dentro de
uma determinada categoria de desenvolvimento que define alvos a serem
alcançados por todos.
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A equipe pedagógica deve ter em mente os alvos educacionais a
serem desenvolvidos e avaliados no processo de aprendizagem dos alunos.
Esses alvos devem abranger atitudes de participação, respeito e
responsabilidade; construção de conhecimento e apreensão de conteúdos e
conceitos; e formação do caráter e da cidadania.
Nesta prática avaliativa, cada aluno deve ser visto individualmente,
em suas singularidades de comportamentos, aprendizagens e histórias
particulares.
O Conselho de Classe, para cumprir sua função, exige dos
professores um olhar cotidiano detalhado sobre cada indivíduo para que, durante
a reunião, possam contar, explicar, lembrar e definir, a partir daquilo que
observaram e obtiveram como informação sobre a aprendizagem, o
desenvolvimento e a história de vida de cada aluno, assim como o tipo de
progressão adequada para cada um deles.
A equipe pedagógica deve ter em mente que o processo de avaliar
possui, basicamente, três passos:
• Conhecer o nível de desempenho inicial do aluno (constatação da realidade);
• Analisar o progresso do aluno comparando seu nível inicial de desempenho
com o nível atual, considerando o que é essencial e importante de ser aprendido
e desenvolvido ao longo do processo educativo (qualificação da aprendizagem);
• Tomar decisões que possibilitem atingir os resultados esperados.
Fundamendal é ter consciência de que só se pode avaliar o que foi ensinado e
que a evolução do aluno, seu progresso entre o nível inicial e atual, é o que
importa.
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Desta forma, é necessário que enquanto os alunos têm seu desenvolvimento
avaliado, os professores também reflitam sobre a necessidade de reformular as
práticas educativas a fim de levar sugestões para somar às reflexões que serão
realizadas durante o Conselho de Classe.
Organização
Quem participa
Professores, orientadores, supervisores e, em determinados casos, alunos e/ou
seus representantes.
Vantagens
• Viabiliza avaliações mais completas sobre a aprendizagem e o
desenvolvimento dos alunos; • Facilita a compreensão dos fatos com a
exposição de diversos pontos de vista; • Permite a avaliação da
eficácia dos métodos utilizados; •
Possibilita a análise do currículo;
• Promove a troca de ideias para tomada de decisões rumo à melhoria do
processo ensino-aprendizagem;
• Favorece a integração entre professores.
Como planejar
Preparar a pauta da reunião listando os itens que precisam ser comentados e
discutidos. Todos os participantes devem ter direito à palavra para enriquecer o
diagnóstico dos problemas, suas causas e soluções.
O que esperar
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Chegar a um consenso da equipe em relação:
• às avaliações de desenvolvimento dos alunos, considerando as singularidades
de comportamentos, aprendizagens e histórias de vida de cada um;
• às intervenções necessárias para melhorar o processo ensino-aprendizagem das
turmas e dos alunos, individualmente.
Resultado
• Promover uma visão mais correta, adequada e abrangente do papel da
avaliação no processo ensino-aprendizagem;
• Valorizar a observação do progresso individual dos alunos aula a aula, bem
como seu comportamento cognitivo, afetivo e social durante as aulas;
• Reconhecer o valor da história de vida dos alunos, tanto no que se refere a seu
passado distante quanto próximo (período a ser avaliado);
• Incentivar a auto-análise e auto-avaliação dos profissionais de ensino;
• Prever mudanças tanto na prática diária de cada docente como também no
currículo e na dinâmica escolar, sempre que necessário;
• Traçar metas para que as mudanças sugeridas sejam efetivamente realizadas.
Recomendações Pedagógicas:
Desenvolver competências para que o aluno possa continuar
aprendendo ao longo da vida;
As competências e habilidades devem ser voltadas para um
indivíduo com personalidade própria e ao mesmo tempo
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coletivo, solidário, tolerante e que seja flexível frente as
mudanças;
Temos primeiramente nos desenvolver olhando nossa prática
educacional, revendo e ressignificando os conteúdos, as
estratégias, a organização da sala de aula, da escola, a
relevância dos temas abordados, os recursos didáticos
adotados, buscando diminuir o vazio que se estabelece entre o
conteúdo ensinado e as exigências da vida moderna para o
desenvolvimento de nossos jovens;
A proposta pedagógica da escola deve ser uma constante
busca do saber, transformando-o em matéria prima e
adequando-o às condições reais de nossos jovens.
Transformando o conhecimento em competências e formando
o cidadão para o milênio;
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Referências
ANAPOLIS. CME. Resolução 16/2007, fixa normas para o Ensino Fundamental
do Sistema Municipal de Educação e dá outras providências. Anápolis – GO,
2007.
BRASIL. MEC/CNE. Parecer 009/2002 e Resolução CNE/CP 01/2002, que
institui as Diretrizes Curriculares para a Formação Inicial de Professores da
Educação Básica, em cursos de nível superior. Brasília, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da
Educação, 2002a.
______. PCN + Ensino Médio: Orientações educacionais complementares aos
Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências humanas e suas tecnologias.
Brasília: Ministério da Educação, 2002b.
FAZENDA, Ivani C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4. ed.
Campinas: Papirus, 1994.
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DELORS, Jacques. Educação: Um tesouro a descobrir. 2 ed. São Paulo:
Cortez, 2000.
JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de
Janeiro: Imago, 1976. 220 p.
SEVERINO, Antônio Joaquim. O conhecimento pedagógico e a
interdisciplinaridade: o saber como intencionalização da prática. In: Fazenda,
Ivani C. Arantes (org.). Didática e interdisciplinaridade. Campinas – SP:
Papirus, 1998. p. 31-44.
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Obrigado pela sua presença e paciência! Tenha uma excelente tarde!!!