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Preço 1 $00 Quinta [eira, 10 de Abril de 1958 Ano IV - N.° 160
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Proprietária, Administrador e fdiior
V. S. M O T T A P I N T O
R E D A C C Ã O E A D M I N I S T R A Ç Ã O - AV. D. NUNO ALVARES PEREIRA M O N T I J O -------------------
18 - T E L E F . 026 467
OGMPOSIÇáO B EIÍKIESSAO - TIPOGRAFIA «GB_íLFEXi ~ TEL.JSF. 026 236 — MONTUO
D I R E C T O R
Á L V A R O V A L E N T E
O PERFIL DUM ESTETAA personalidade literária
de M anuel Te ixe ira Gom es foi evocada na C asa do A lgarve, em Lisboa, pelo d istinto jornalista e escritor Dr. Urbano T ava res Rodrigues.
Nessa sessão, que decorreu numa atm osfera de e le vada com preensão e sim patia pela figura inconfundível do autor de «Londres M a ra vilhosa», algo ficou a enriquecer a biografia do escritor, dado o precioso trabalho daquele jovem e talentoso jornalista.
Numa linguagem rica de pormenores l i t e r á r io s , U r bano T . Rodrigues aprofundou a obra de Te ixe ira G o mes, naquilo que ela tem de mais atraente, de mais belo, para nos mostrar toda a gama de impressões colh idas por esse mago da beleza que o destino levou um dia a ex ilar-se em terras A fricanas.
Quando Norberto Lopes, que presidiu à sessão, escreveu a série de reportagens
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DÁ H O N R AP o r A m a r a l F r a z a o
«A honra — dizia G ira rd — é q u a l id a d e natural, mas desenvolve-se pela educação, mantém-se pelos princípios e f o r t i f ic a - s e pelo exemplo».
Com efeito, a honra é Virtude que faz parte in tegrante do indivíduo, da sua própria condição fisio lógica, Que nasce com ele, donde se infere sem dificuldade que o homem tem o dever de conservar um dom com que o dotou a natureza ao lançá-lo na vida, na soc ie dade, na associação dos outros homens.
Quer d izer: — não tem direito de alienar um bem que, por ser dele, nem por Iss° só a ele pertence, Visto que a honra individual, em , ace da natureza e da co lec tividade, é pequena partícula jdum grande todo que pere c e a essa mesma co le c tividade.
A honra individual é, por- an*o, a honra de nós todos, e toda a humanidade, pori arrojada que pareça
afirmação, por mais que >s convenções sociais da vida PÇtual, cheia de artifícios, de f Pocrisias, de más intenções, r fendam sobrepor-se à jrtude co lectiva dos povos.
^ °n ra , dever, velhos e (Continua n a p á g in a 5)
sobre a vida de Te ixe ira G om es, e que mais tarde reuniu nesse curioso iivro intitulado «O E x i la d o de Boug ie» , os p o r tu g u e s e s com eçaram a formar uma ideia mais serena e mais justa da discutida personalidade do antigo Presidente da
Por
Á L V A R O P E R E I R A
Repúb lica Portuguesa. O jo rnalista r e v e la r a então ao mundo as horas solitárias do cative iro , ainda que vo luntário, daquele que, mesmo no crepúsculo da glória, sabia manter ainda a mesma d ignidade de sempre e, a par dela, a mesma integridade de pensamento e a mestna coragem perante a solidão que o cercava. O homem sentia-se definhar, consumir, como planta a estiolar, mas a sua alma de consumado A rtista permanecia-lhe subm issa e tão fiel que dir-se-ia ser o único elo que o prendia à v ida, já que a própria vista, por fim , agonizava ante as v is õ e s deslumbrantes dos montes da Kabília .
E sse infatigável viajante, que percorreu as sete partidas do mundo, na ânsia de perscrutar a beleza entronizada nos seus monumentos, nas suas catedrais, nos seus templos divinos e profanos e também nas suas m aravilhosas paisagens, esse homem, dizíam os, jamais deixou de am ar a terra portuguesa, nomeadamente o seu A lga rve , e, a tal ponto, que essa deam bulação por terras
estranhas parecia que lhe com unicava um sentimento mais penetrante, mais v ivo , de forma a apurar nele o sentido estético do escritor.
Foi esse sentimento, im pregnado de autêntico fervor artístico, que o levou a dizer a Colum bano, numa das suas fam osas c a r ta s : «Tem os pois a «vida» como finalidade humana, e a «vontade» capaz de a transform ar. A «arte» a aform oseará e por isso convém cultivá-la como se fosse a verdadeira re lig ião da ven tura».
Urbano T a va re s Rodrigues, ao analisar a obra de T e i xeira G om es, não se limitou a descrever, o que já seria bastante, aliás, o im pressionismo subtil do ilustre autor de «N ove las E ró t ic a s » ; mas, sobretudo, procurou em prestar a esse poder impressio- náve l a cham a ardente duma observação rica de estudo, deveras aliciante, que muito valorizou o seu trabalho.
A través dela, o auditório sentiu que na obra de T e ixeira G om es perpassa sem pre o mesmo cântico de amor à vida, numa atracção que apaixona os sentidos e os deixa cativos de inefável en levo.
Foi esse am or que o fez testemunha im par do grande cenário artístico do mundo, deixando-se subjugar pelas suas m aravilhas e que mais tarde v ir ia a descrever nos seus livros fulgurantes de im aginação e de poder analítico.
Por isso mesmo, p rosseguiu U rbano T ava res Rod rigues, se algum dia v iesse a
(C o n tin u a n a p á g in a 5)
0 Governo não esquece os meios ruraisAinda há pouco o M in is
tro Ve iga de M acedo, no louvável intento de dotar os trabalhadores do campo de habitação condigna, enviou para a Assem bleia Nacional uma proposta de Le i que foi a p r o v a i e que perm itirá de futuro à sombra das C asas do Povo obviar, na medida do possível, a essa carência ; mas eis que uma noVa cam panha está em pleno andamento, ae form a a assegurar aos rurais, sócios das Casas do PoVo e aos seus fam iliares, p rotecção adequada na luta contra a doença, um dos grandes riscos que afligem toda a gente, mas que no caso dos econom icam ente mais débeis reveste um ca rácter por vezes angustiante
e sem rem édio — sem rem édio por falta dos meios necessários indispensáveis para a com bater.
Sabe-se como as Caixas de Prev id ênc ia — Se rv iço s M é dico — S o c i a i s— , zelam os interesses s a n i t á r io s dos seus sócios, trabalhadores do com ércio e da indústria. Sabe-se, igualm ente, que até agora as C asas do Povo tinham os seus serviços médicos e seus subsídios de farm ácia, em bora em re la ção aos prim eiros, montados de forma bem rudimentar.
Pensa o M in istro que o trabalhador rura l é uma pessoa de dignidade em tudo sem elhante à do trabalhador de qualquer sector, qualquer
(C ontin ua n a p á g in a 4)
O BEIJO DA PA5COA na R ú s s ia
Jír*elo I * r o f . J o s é M a n u e l L a n d e i r o
N ão há povo algum que seguindo a doutrina cristã, seja ele católico, protestante cu grego ortodoxo, que não comemore a paixão de C risto e a sua ressurreição, embora de diferentes m aneiras. Po r exemplo na Rússia , onde hoje se riega a existência de Deus e, portanto, a de Jesu s C risto , as cerim ónias da S e mana M a io r ou Sem ana Santa faziam-se com grandes pompas, com cenas p itorescas da vida relig iosa, próprias da época. Entre elas havia um ácto tradicional, meramente mundano, mas que marca bem o sentimento de fraternidade na re lig ião c iis tã , seja ela romana, protestante ou ortodoxa: O beijo da Páscoa!
N o Dom ingo de Páscoa, na Rússia , todas as pessoas que se encontravam nas ruas diziam umas às outras : — t() Cristo ressuscitou» e, depois, abraçavam -se e bei- javam-se em sinal de am izade e de paz. E ’ este o dia em que fazem as pazes os desavindos, E s te acto prati- cava-se inter-classes. A té mesmo o C zar — O Senhor
PORTUGAL PITORESCOVi l a Rea l
de S a njo
A n t ó n i o
A nossa gravura de hoje mostra o obelisco a D. José I, na praça daquela risonha vila algarvia.
O monumento é mode3to, mas e x pressivo.
Fica bem nesta referência semanal ao p i t o r e s c o da t e r r a portuguesa, pela graça e simplicidade da apresentação, pelo encanto p r o p o r c io n a d o ao largo do histórico burgo.
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de Todas as Rússias — , ao sair do ofício d ivino que se realizàva na capela do pa lá cio, no Sábado Sunto, à meia noite, dava o beijo da paz íi sentinela que se en contrasse de serv iço à porta do templo. O s donos das ca sas beijavam os criados, e o mesmo faziam estes aos seus patrões. O s cocheiros nas ruas desciam das alm ofadas dos seus carros e di- rigiam-se à prim eira pessoa que encontravam , depois de aparecer a a lelu ia, fosse ele grande senhor da corte ou humilde varredor da rua. M as era sobretudo nas ig re jas, quando soava a prim eira hora da Páscoa, que este antigo uso se m anifestava, tendo cada qual o direito de abraçar e beijar o viz inho ou a viz inha que se encontrava à direita. E ’ mesmo p rováve l que a d isposição dos lugares fosse prem editada, mas, em geral, o pensamento relig ioso doirwnava nesta cerim ónia, o a b ra ç o g e r a l , v in h a desde os princíp ios do c r is tianismo.
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N ão podemos deixar passar esta data sem a ass in a larm os, pelo que ela re p re senta quanto ao esforço da raça e quanto ao seu s ig n ificado naciona l.
A té mesmo porque ''.A P ro v ín c ia » se pub lica e v iv e num a reg ião que bastante co n tr ib u iu com o sacrifíc io dos seus filhos para esse esforço, honrando as t ra d ições r ib a te jan as e acrescen tando aos an a is do seu passado páginas de g ló ria e de orgulho.
Q uando P o rtu g a l e n f ile irou ao lado dos a liados na guerra de 1914-1918, no cum prim ento dos seus de veres in d ec lin á ve is , 0 R ib a tejo foi cham ado a dar o seu con tr ibu to patriótico , partind o depois a defender nos cam pos da F lan d res as cores da nossa Ban de ira .
P a ra a li foram e a li se bateram m uitos m o n tijen ses, co laborando hero ica m ente na defesa da causa em que os a liados estavam em penhados.
A o assina larm os hoje essa
FEIRA DON a ve lh a Scá lab is , que é
a acrópole do R ibate jo , v a i d ecorrer a já tra d ic io n a lís s im a F E I R A D O R I B A T E J O — 25 de M aio a 8 de ju n h o — : A r r a ia l de co lo r idos sem par. p av ilhões exu berantes de beleza, m ostrando um m undo de v a lo res; gados de tantas espécies e raças d iferen tes em p rim o res de apresentação, lições e ensinam entos se oferecem em m ú l t ip lo s a s p e c to s ; v iv a c id a d e e an im ação, ora
data, que nenhum português digno deve esquecer, p res tam os hom enagem aos que baquearam e aos que, re gressando aos lares, m ais tarde v ie ram a tom bar v í t i mas dos gases e dos efeitos dessa guerra .
E justam ente porqueM on- tijo para a l i env iou ós seus filhos, aqu i qu isem os recordar o facto e tam bém re lem b ra r que é tempo de g lo rifi car oesforçodos m ontijenses, colocando n u m a d a ssu a sp ra ças um pequeno m onum ento que seja o sím bolo desse esforço perante os vindoi- ros,
Po r tudo quanto acabamos de escrever, nos sen timos no d ever de cu m p r im e n t a r nesta data a D elegação da L ig a dos Com batentes da G ra n d e G u e rra , na nossa terra, com o repre sentante loca l dos que tom baram nos cam pos de bata lha e em sua consequência, para honra e g ló i ia deste rincSo, para honra e g ló ria da raça portuguesa.
R I B A T E J Osob o so l aca ric iad o r, ora sob m il lum es que c in tilam por sobre os tra jos garridos de gente da B o rd a de Agua, que frem e de v id a , cantando e dançando o baile do R i batejo.
C ená rio deslum bran te e apetecido será m ais um a vez o Cam po In fan te da C âm ara onde, no tran sco rre r dum a quinzena, a F E I R A D O R I B A T E J O re v iv e rá em cân ticos dos seus louvores.
* * *
D elegação de M o n H jo
Esta Delegação foi con vidada a fazer dois turnos, de duas hotas cada, ao C risto das T rinche iras, na capela da Esco la do Exército em Lisboa.
O primeiro turno realizou- -se no passudo dia 6 do corrente, das 15 às 17 horas, fazendo-se. representar a D e legação pelos sócios com batentes srs. M arce lino Rod rigues, F r a n c is c o A n tó n io C respo, M anuel da M a ia e A b ílio de Lim a, com o respectivo estandarte.
O segundo turno efectuou-se no dia 7 , das 13 às 15 horas, com a presença da Com issão Adm in istra tiva da Delegação, composta pelos também c o m b a te n te s srs. Em íd io Augusto Tob ias, L ú cio Lopes Jú n io r e Francisco M arques Catum .
I s t e n ú m e r o d e « A P r o
v í n c i a » fo i v i s a d o p e i a
C E N S U R A
S A N T A R É MH om ens do R ib a te jo fize
ram do certam e o seu en tretém do ano prás horas de ócio, porque para as ou tras têm tam bém o seu lu g a r m arcado. P e rt in a z mente, generosam ente, cada ano rem oçam de vontades e tentam en riquecer m ais a inda a sua F E IR A , E , lá estão sem pre, sem desfa le cim entos, a an im ar, a in su fla r fo rçar para e rgu er mais a inda esse com etim ento que tom ou já foros de acon tec im ento naciona l, pro jectado no estrangeiro .
F E I R A D O R IB A T E J O , v a le o entusiasm o único dum punhado de dedicações que tem em m ente exa lta r cada vez m ais e sem pre o seu R ib a te jo e v iv e como um a das suas belas tra d ições.
F E I R A D O R IB A T E J O , pela obra im ensa que vem rea lizando na va lo rização agro-pecuária de tão re q u in tado gosto, o rgu lho de q uan tos a conceberam e rea liz a ram , é um ve rd ad e iro modelo de exposições reg iona is de Po rtuga l.
Deixem-se de mais intrigas E acabem com umexericos» Deixem-se lá dessas brigas Que sâo boas prós geri cos.
Sejamos, sim, mais amigos, Mais irmãos, mais altruístas. Sejam todos mais bairristas E não sejam inimigos.
Grande parte das questões E J mesmo patacoada l São como os secos limões Que já não ressumam nada,,.
Sejam amigos da terra,— Oue nunca terá rival 1 — Deixem-se da «surda guerra» Oue chega a ser imoral.
Cada vez há mais progresso Nesta vila assim tão linda. Findemos com tal processo E será melhor ainda.
Termine a maledicência, Sejamos mais justiceiros. Haja pudor e decência, Sejamos mais verdadeiros.
Haja vergonha e decoro, Haja sempre mais juizo. Cantemos todos em coro Esse <Pado de Montijou...
H o m e m a o m a r
«A Provincia» - N.° 160 - 10/4/1958
Anúncio( 3 / P u b l i s a ç ã o )
Pelo Ju izo de Direito da cornarei de Montijo, e 1." secção, se faz saber, que se acha designado o dia 10 de Abril, pelas 10 horas, para a arrematação, em l . a praça e em hasta pública, à porta do Tribunal desta comarca, dos bens móveis penhorados, nos autos de Execução Sumária que Joaquim Jacinto, casado, ferroviário, residente na Vila do Barreiro, desta comarca, move contra o executado; J O S É DE J E S U S , comerciante, residente na dita Vila do Barreiro, desta comarca, para haver do dito executado a quantia exequenda de quatro mil escudos.
B e n s a a r r e m a t a r
Uma balança «Avery» número novecentos e vinte A, em estado de nova com o peso de quinze quilos, e uma medidora de azeite marca «Avery», número mil cento e seis, também em estado de nova.
Montijo, 8 de Março de 1958.
O Chefe de Secção,
a) A n iòn io P a ra ca n a
V E R IF IQ U E I :
O Ju iz de Direito,
a) I lid io B ord a lo Soares
B a rb e a r ia— ALUGA-SE ou trespassa-s£' Informa na Rua do Gaio, 1 1 '
Samouco.
INSECTICIDAS E FUNGICIDAS p a r a a d e fe sa das c u ltu r a s
■ P a r a a s v i n h a s :
C O S A NE n x e f r e m o l h á v e l d e
o r i g e m a l e m ã .
C O B R E -B E R K 0”,lude cobre inglês.
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O N T J O AGEM) A UTILITÁRIA
A n i v e r s á r i o s
_ No dia 4, completou 9 anos o menino Álvaro Manuel Dias de Carvalho, afilhado do nosso prezado assinante, sr. A’lvaro da Costa e Silva.
_ No dia 7, a menina Fédora Maria da Encarnação Gervásio, filha do nosso estimado assinante, 3r. José Marques Gervásio.
— No dia 7, completou 0 seu 52.° aniversário o sr. João Nunes je Carvalho, «O Carioca», nosso dedicado amigo e assinante.
— No dia 7, completou o seu 9Q.0 aniversário o sr. João J o a quim da Costa Carvalho, filho do nosso prezado assinante e amigo, sr. João Nunes de Carvalho.
— Ainda no dia 7, completou |2 ano3 o menino Jo rg e Manuel Severo Catalão, filho do nosso estimado assinante, sr. Teodoro da Silva Catalão.
— No dia 8, a s i . * D. Quitéria Paulo Saraiva, esposa do nosso dedicado assinante, sr. Silvano Saraiva.
— No dia 8, o sr. António Carlos Neto Canastreiro, filho do nosso e s t i m a d o assinante, sr. Francisco Soares Canastreiro J ú nior._No dia 8, o sr. Manuel Lopes
Correia, nosso pregado assinante e amigo. _ ,
_ No dia 8, o sr. Francisco Luis Paulino Muchacho, filho do noa-jo estimado assinante, sr. António Luis Ferreira Muchacho.
— E, ainda no dia 8, o sr. Aníbal Rosa Madeira, filho do nosso pre- :-ado assinante, sr. José Madeira.
— No dia 9, o sr. José 1'mbelino Mendes, genro dn nosso dedicado assinante, sr. Carlos dos Santos.
— No dia 11, completa o seu 69.° aniversário a sr.* D. Emília Lina de Carvalho Silva, esposa do nosso prezado assinante, sr. Eduardo Sequeira da Silva.
— No dia 11, completa o seu 15.° aniversário o menino Luís José Castanheira Rufino, filho do nosso estimado assinante, sr. Luís Jesus Rufino.
— No dia 12, a menina Fédora Leonor Marques Gervásio, sobrinha do nosso prezado assinante, sr. António Gonçalves da Silva.
— E no dia 12, a sr.a D. Gertrudes Fernandes Rebelo, esposa do n o sso estimado assinante, sr. Armando Rebelo.
N a s c i m e n t o
Teve o seu bom sucesso na última segunda feira, dia 7, com uma robusta criança do sexo feminino, a sr.“ D. Judite de Oliveira Gomes e Castro, esposa do nosso estimado amigo e assinante, sr. Manuel T e i xeira de Castro, conceituado proprietário da «Salsicharia Castro», instalada no Mercado Municipal desta vila.
Felicitando os pais da neófita, somos a desejar o mais ridente futuro à recém-nascida.
P e r d e u - s e— BRINCO de valor estimativo. Ciratifica-se a quem o entregar
"a Rua João Pedro Iça — 59 — MONTIJO.
V e n d e m - s eDuas moradias de ré* do chão,
uma com pequeno quintal, na rua •anlos Oliveira, nesta vila de Mon- iijo.
Informa-se nesta Redacção.
falão PrimaveraMaria de Je su s Gama
Machado Santos, 3 3-1.° m o n t i j o
no dia 22 de Morfo, encoitrando- '• ò diipuiç ão dativas i« .mas(iicatis
J ^tòoruniij B | rj0f ÍUM j , e morno.
I n f o r m a ç ã o d o
Secretariado Paroquiald e M o n t i j o
SOBRE CINEMA
5.“ feira, 10; «BOM DIA, CA TA RINA». P r i n c i p a l intérprete: Catarina Valente.
A p recia çã o estética : — Bom desempenho.
A p recia çã o m o r a l: — PARA TODOS.
E n r e d o : — Não temos no nosso Arquivo.
Estreado em 1956.Sábado, 1 2 ; « A C Ç Ã O IM E
DIATA ». País de origem - França. Género - Espionagem. Principais intérpretes : H enry Vidal, Barbar* Laage e Nieole Maurey.
E n r e d o : — Um agente da polícia é encarregado de resgatar documentos secretos roubados no aeroporto de Orly, A sua acção decorre em diversos países, nomeadamente na Itália onde termina com êxito.
A p recia çã o estética : — Bom desempenho. Realização cuidada.
A p recia çã o m o r a l: — Algumas cenas de crim e fazem que -e i eserye o f i lm e PARA ADULTOS-
Estreado no cinema Capitólio, em 2 de Dezembro de 1957.
Domingo, 13 ; «H ELENA E OS H O M E N S » . País de origem - - França. Género - Comédia. Principais in térpretes : Ingrid B e r gman, Jean Marais e Mel Ferrer.
E n r e d o : — Uma princesa polaca, viuva, sem dinheiro, tenta arranjar marido rico que lhe proporcione situação desafogada. E n controu vários homens que se apaixonam por ela e a envolvem na política. Por fim, consegue encontrar o seu eleito.
A p recia ção estética : — Realização aceitável. Interpretação boa.
A p recia çã o m o r a l: — Cenas livres e diálogo dúbio. F ilm e PARA A D U LTO S, COM R E S E R VAS.
Estreado no cinema Éden em 3 de Janeiro de 1958.
3.* feira, 15 ; «CAN TIN FLAS - SU P E R SÁ B IO ». Principal intérprete : Cantinflas.
A p recia çã o e s té t ic a : — Bom Desempenho.
A p recia çã o m o r a l: — PARA TODOS.
Estreado em 1958.E n r e d o : — Ainda não chegou
ao nosso Arquivo.
Festas Populare5 de 5. Pedro
Viação perigosa— No sábado último, dia 5, pe
las 23 horas, Maximino Francisco, de 34 anos. natural de Santiago do Cacém, solteiro, trabalhador, re sidente na Rua Damião de Pinho, n.° 61, desta vila, devido ao facto do sinistrado transitar fora da sua mão e dentro da faixa de rodagem, na área do Afonseiro, foi colhido gravemente pelo carro ligeira G. H. - 82, conduzido por Manuel Lopes Èzequiel, natural da 'Chamusca, casado, motorista, e residente na Rampa das Necessidades, 15-r/c, — da capital.
O acidente deu-se no momento em que este veículo cruzava com outro que seguia em sentido oposto, ao diminuir a sua intensidade de luz.
A vitima foi socorrida no Hospital sub-regional de Montijo, e transitou para o Hospital de S . José , encontrando-se deste então em estado de côma.
Da ocorrência, tomou conhecimento a Polícia de Viação e T r â n sito, de Montijo.
— Esta entidade policial, no in tuito de proteger a vida dos peões, recomenda-lhes que em harmonia com determinações em vigor, devem fazer o trânsito adentro das estradas pelo lado esquerdo, fazendo face aos veículos que venham em sentido contrário à sua marcha, de modo a desviarem-se a tempo de qualquer risco inesperado, caminhando sempre fora das faixas de rodagem.
— Continuam com o maior afã os trabalhos da Comissão das nossas Festas, agora a pouco mais de dois meses da sua realização.
Fo i aprovado por unanimidade o projecto do cartaz, do artista Jorge Xavier Morato, o qual tivemos ensejo de observar e achámos perfeitamente adequado.
Nos quinze a vinte dias próximos estará pronto a ser afixado, começando assim a propaganda habitual.
O programa está também em elaboração, faltando apenas leves pormenores para a sua definitiva apresentação em público.
Este ano haverá um dia dedicado a Vila Franca de Xira e outro dedicado a Alcácer do Sal, em homenagem a essas duas viias vizinhas e amigas.
De tudo iremos informando os nossos leitores, consoante o formos sabendo e nos for comunicado.
E x c u r s ã o d e E s t r e m o zA Sociedade Filarmónica Artís
tica Estrem ocense (Banda Municipal) prumove, por ocasião das nossas Festas Populares de S. Pedro, uma excursão a Montijo, em
N o v a s
comunicaçõesA c o n c e i t u a d a empresa «A
Transportadora Setubalense •>, de João Cândido Belo & C.“, L.da, com sede em Vila Fresca de Azei- tão, inicia no próximo dia 18 do corrente duas novas carreiras dos seus autocarros, as quais também de certo modo interessam à nossa terra.
A primeira vai do Barreiro a Coina (cruzamento), partindo do Barreiro às 13,15 e podendo estabelecer ligação com as que seguem para Cacilhas e Lisboa, e igualmente para Sesimbra e Setúbal. Efectuar-se-á todos os dias.A segunda vai da estação da Moita ao Rosário, partindo dali às 18,45, todos os dias, havendo aos domingos ainda outra carreira às 21,30.
E sempre um melhoramento para qualquer região o aumento dos transportes que a servem, pelo que nos regozijamos com o facto anunciado e felicitamos a empresa pelos seus porfiados esforços no sentido de corresponder às necessidades dos povos destes concelhos.
Concerfo MusicalE m V i l a F r a n c a d e X i r a
p e l a B a n d a D e m o c r á t i c a
2 d e J a n e i r o
A convite da Direcção do g lo rioso Ateneu Artístico Vilafranquense, desloca-se no dia 11 do próximo mês de Maio à ridente e n o t á v e l V i l a F r a n c a d e Xira, onde vai dar um concerto musical, — enquadrado no programa comemorativo do 68.° ano da existência da colectividade daquela vila, a Banda Democrática 2 de Janeiro, uma das mais honrosas agremiações musicais de Montijo.
Não esquece a nossa população os laços de amizade que unem as duas vilas ribatejanas, e nesta aura de confraternização dos elementos que constituem ambas as colectividades, decerto a representação musical da Banda Democrática, afirmará mais uma vez o seu valor, dando o necessário relevo à embaixada que o Montijo lhe confia.
«A P r o v i n c i ; . » , felicitando o Ateneu Vilafranquense pelo seu aniversário comemorativo, saúda os seus dirigentes pelo gesto de simpatia que vem envolver a nossa Banda e o bom nome desta laboriosa terra do Ribatejo.
29 de Junho , onde realizará um concerto oportunamente anunciado.
Reina o maior entusiasmo naquela cidade pela excursão projectada, estando aberta a inscrição em vários estabelecimentos e na sede da Banda. A inscrição é facilitada em três prestações, efectua- -se em autocarro e parte de Montijo na madrugada de 30.
Também em Montijo existe o maior entusiasmo por esta in iciativa, tudo s í preparando para uma condigna recepção.
Prova-se mais uma vez qual a projecção destas Festas, trazendo ao nosso convívio amigo nesses dias as embaixadas dos mais longínquos recantos de Portugal.
Que sejam benvindos os estremocenses!
Saberemos recebê los e abraçá- -los.
Banda Democrática 2 de Janeiro
Em « so iré e» a realizar na pró- xima segunda-feira, 14 do corren le, no Cinema-Teatro Joaquim de Almeida, desta vila, pelo Grupo Artístico M o n t i j e n s e , efectua-se ali um novo serão de variedades, em homenagem àquela honrosa colectividade musical da nossa terra.
Este espectáculo constitui a reaparição deste brilhante conjunto artístico, após o assinalado êxito obtido há semanas, no G r a n d e Salão Recreio do Povo, de Setúb.)!, em festival de beneficência patrocinado pelo E x .mo Governador Civil do Distrito.
Num programa inteiramente original de José Joaquim Caria e Humberto deSousa,desempenhado por ura valioso grupo de apreciados amadores de Montijo e actuação d i conceituado «Trio Montijense», far-se-á igualmente ouvir a categorizada Orquestra «Eldorado».
N e s t e e s p e c t á c u l o apresen- tar-se-á, em estreia, a engraçada comédia ern um acto e dois quadros, <lO P ai tam bém sofre», original do nosso prestimoso amigo sr. José Joaquim Caria.
Esta representação constituirá o linal da actuação deste distinto Grupo Arlislico, na presente tem porada.
Saudando a Banda Democrática pela homenagem que lhe vai ser dispensada, auspiciamos ao prestimoso Grupo Artístico Montijense mais uma noite de euforia, a juntar aos seus êxitos anteriores, que r e sultarão sempre em prestigio de Montijo.
S a r i l h o s G r a n d e sFoi atropelado há poucos dias o
menor Idalberlo Agostinho F e i teira, de 7 anos de idade, aqui residente com sua familia.
O atropelamento foi provocado por uma furgoneta de passagem, sendo a vítima transportada para o hospital de S. José, em Lisboa, onde chegou já morto.
Melhoramentos locais— Estão quase concluídas as
obras do novo jardim da Praça 5 de Outubro, que se ostenta agora no local do antigo Mercado.
O jardim ficou muito in te re s sante e um dos sítios mais aprazíveis de Montijo.
— Estão também em andamento as obras do jardim em frente ao novo Mercado, o qual concorre para o embelezamento da fachada que dá para a avenida D. Nuno A’lvares Pereira.
— Vão iniciar-se as obras de alargamento desta avenida, em frente da nossa Redacção, e da construção de mais uma placa ajardinada.
— E assim a nossa terra se vai aformozeando dia a dia, com o que todos rejubilamos.
F a r m ú c ia s d e S e r v i ç o
5.1- f e i r a , 10 — M o n t e p i o
6.’ - f e i r a , 11 — M o d e r n a
S á b a d o , 12 — H i g i e n e
Domingo, 13 — D i o g o
2,a - f e i r a , 14 — G i r a l d e s
3.® - f e i r a . 15 — M o n t e p i o
4.» - f e i r a , 16 — M o d e r n a
EspectáculosCINEMA T E A T R O
JOAQUIM DE ALMEIDA
5.“ feira, 10 : (Para 12 anos) Um grande f i lm e da Catarina Valente: «Bom, Dia Catarina»; cor por Eastmancolor.
Sábado, 12 ; (Para 17 anos) Um f ilm e cuja realização segue na esteira das melhores obras de Eddie Conistantine: «Acção Im ediata».
Domingo, 13 ; (Para 17 anos) Não se realiza matinée em virtude da corrida de toiros que se encontra anunciada. — Um romance maravilhoso: «Elena e os Homens»; com Ingrid Bergman, Jean Marais, Mel Ferrer, e Juliette Greco.
2.a feira, 14 ; (Para 12 anos) E spectáculo de homenagem à Banda Democrática 2 de Janeiro , com o «Grupo Artístico Montijense».
3.* feira, 1 5 ; (Para 12 anos) Um grande f ilm e de Cantinflas: «O S uper-Sábio» ; mais engraçado do que nunca.
fxcursões a FátimaD i a s 1 1 , 1 2 e 1 3 d e M a i o
Em luxuosos autocarros.Vendem-se 4 lugares a 150 es
cudos cada.Partida às 5 horas da manhã do
dia 11, da Baixa da B a n h e ira ; re gresso no dia 13, às 11 horas da noite. Visitam-se assim as terras mais turísticas do país.
Informa Manuel da Costa Rodrigues — Baixa da Banheira.
A ch a d o s e m p o d e r d o P . S. P.D E M O N T I J O
Eucontrarn-se depositados no Posto da Policia de Segurança Pública, desta vila, os seguintes objectos, que serão entregues a quem provar p ertencer-lhes :
Um a c a rte ira cm p lá stico , p a ra homc.m ; U m a cinta ; Uma so m b rin h a , p a ra sen h ora .
ÀGRADECIMfN10Saúl de Jesus Dia', Emília A n
tónio Fuste Dias e mais familia, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que por qualquer forma se manifestaram na altura do falecimento da sua querida filha e parente.
O b r a s d e A lv a ro V a le n te— «Eu», livro de sonetos,
esgotado; « D a q u i . . -fala R ibatejo», contos monográficos. 30 escudos; «Pedaços deste Ribatejo», folclore e costumes, 30 escudos; «A minha visita ao museu de S. Miguel de Ceide», folheto. 5 escudos; «Hino a Almada», em verso, 10 escudos; «Grades Eternas», estudos sociais, 15 escudos; «Vidas Trágicas», romance, 15 escudos; «Viagem de Maravilhas», reportagem, 20 escudos.
Pedidos à Redacção de «A Província».
4 A PROVINCIA i °-4-958
P E L A N O S S A
P R A Ç A D E T O I R O S «A Província»No próximo Domingo 13, pelas
17 horas, realiza-se na nossa Praça de Toiros uma deslumbrante corrida, em que toureiam Mestre Simão da Veiga e o Dr. Varela Cid, a cavalo, e em que tomam parte os novilheiros Armando Soares e Lorenzo Vega.
Os 8 novilhos toiros pertencem:4 à Sociedade de Campo Diamante, de Barata e Nechas, e 4 à Sociedade Agrícola e Pecuária de Santo Estêvam.
A lide será coadjuvada por ban
darilheiros portugueses e haverá dois grupos de forcados em com petência : o da Moita do Ribatejo e o de Alcochete.
Os preços são muito acessíveis: sombra, desde 3 5 J0 0 ; sol, desde Í5 S 0 0 ; e no sector para crianças, 3|00.
Abrilhantam a corrida as duas Bandas de Montijo.
Tudo se prepara, portanto, para mais uma tarde inolvidável da «Festa Brava».
O G O V E R N O
não esquece os meios rurais( C o n t i n u a ç ã o d a p r i m e i r a p á g i n a )
que seja a modalidade em que trabailie . D a í ter dedicado ao problem a da igualdade de tratamento clín ico e farm acêutico horas de absorvente esforço e meditação, já que existem aspectos ju rídicos e financeiros que re queriam uma força de Vontade que se não dobrasse a inúm eros costumes, in teresses criados e, porventura, obstáculos difíceis de a rre dar.
Agora com a assinatura do acordo celebrado entre a Ju n ta Centra l das C asas do Povo e a Federação das Caixas de P rev id ên c ia— Ser- ços M é d i c o — S o c i a i s — dá-se, sob o alto patrocínio do M in i s t r o , o prim eiro grande passo para generalizar aos 1'200 000 trabalhadores rurais e seus fam iliares, d e p e n d e n te s de 657 Casas do Po vo , os benefícios da cooperação e coordenação da assistência clin ica e farm acêutica.
Não pode negar-se que este acordo não tivesse chegado na hora própria, como de resto foi acentuado pelo Sr. D r. C id Proença, Vice- -presidente da Jun ta Centra l das C asas do PoVo.
Nem pode esquecer-se o espírito de solidariedade humana e cristã que está na base desse acordo, como foi acentuado pelo Dr. A lberto S á de O live ira , presidente da Federação das Caixas de Previdência .
A coordenação de esforços e m elhor eficiência na acção médico-social, resu ltante do acordo, foi sub linhada pelo M in istro Veiga de M acedo, após a assinatura do acordo.
D isse o M in istro que de 1950 até agora se gastaram cerca de 2.000.000 de contos com a acção médico-social— a s s is t ê n c ia c lín ica das Caixas de Previdência e C asas do Povo . E disse mais que a instituição para breve das Federações de Casas do
«Á Província»A S S IN A T U R A S
P a g a m e n to a d ia n ta d o
10 n ú m e ro s — 9S90 20 n ú m eros — 2 0 $ 0 052 n ú m ero s — 5 OÍSOO ( u m a n o ) Províncias Ultramarinas e Estrangeiro acresce o porte de correio.
PoVo «rasga para a assistência c lín ica e farm acêutica nas regiões rurais perspectivas consoladoras», acres centando que «a§ soluções da projectada reform a da Prev idência obedecem j á , não só ao propósito de permitir, de futuro, mais estreita ligação entre o desenvolvido sistema dos seguros sociais dos trabalhadores fabris e os ainda modestos esquemas da previdência dos rurais, mas também à ideia de aproxim ar, na medida do aconselhável e do conveniente, aquelas duas estru turas, bem como os benefícios delas de correntes.
A evolução da Prev idência está, pois, nas mãos hábeis de quem não esquece as pessoas que trabalham nos meios rurais.
M . C .
ESTREMOZ( C o n t in u a ç ã o da p á g in a 5)
teatro Bernardino Ribeiro.Reina grande entusiasmo entre
os componentes do Orfeão, especialmente entre os que fazem parte da cena, que aspiram a uma perfeita execução do papel que lhes está confiado.
A música do distinto maestro Cabecinha é de grande efeito m elódico, esperando-se que os espectáculos o b t e n h a m retumbantes êxitos.
A b a n d a M u n ic ip a l em M on iijo
A Direcção desta prestimosa colectividade está empenhada a levar a efeito a visita da sua Banda à importante Vila de Montijo, em29 de Junho, dia de S. Pedro.
Por esse motivo, o presidente da Direcção visitou Montijo, onde conferenciou com a Comissão das grandes Festas de S. Pedro, daquela Vila Ribatejana. — (C.)
l . ° F e s t i v a l d e M ú s i c a
P o r t u g u e s a
(Continuação da últim a p ág.)
na efeclivação do empreendimento.A orquestra ligeira da Emissora
Nacional, consideràvelmente aumentada, deu a sua colaboração ao festival, e os cantores que interpretaram as canções foram escolhidos, esclusivamente, pelos autores.
«A Província», não querendo ticar alheia a este acontecimento de grande projecção na vida artista do país, felicita os organizidores e quantos actuaram.
E O FUTEBOLNão há como situações . claras
para que os homens se entendam.. Chegam-nos rumores de des
contentamento c o n t r a o nosso modesto semanário por causa do Futebol.
Ainda que saibamos muito bem donde tudo isso parte, achamos conveniente dar algumas explicações públicas para elucidação dos nossos prezados leitores e dos interessados.
Ainda que o nosso modesto semanário não seja um jornal desportivo, entendemos sempre que deveríamos dedicar aos D esp ortos algumas colunas, e até por vezes uma página total.
Quando tomámos a direcção de «A Província» viemos encontrar seis ou sete redactores desportivos, aos quais fomos apresentados e com os quaii trocámos latas impressões, em reunião efectuada na nossa Redacção.
Com excepção do sr. Luciano Mocho, todos os outros, a pouco e pouco, se foram afastando sob vários pretextos, e até sem qualquer pretexto, depois de contínnas e constantes diligências para que nos não abandonassem.
Nestas circunstâncias, e para que não deixássemos de inserir os relatos dos encontros locais, solicitámos dum amigo nosso a fineza de no-los fazer, ao que aquiesceu.
Foi «João-di-cá» que durante uma época nos dispensou essa cohboração, pelo que muito gratos lhe ficámos.
«João-di-cá», porém, era incom petente, não percebia nada de futebol, numa palavra: não servia.
Procurámos outro amigo, e veio o «Repórter X».
Também não era competente, também não sabia, e por cima de tudo d esm o ra liza v a (como se a maior desmoralização não proviesse das actuações do «team» e dos seus re su lta d o s . . . ) .
Foi, enião, que resolvemos dirigir à E x .“ * Direcção do Clube Desportivo de Montijo o ofício qne a seguir transcrevemos :
M on iljo , 11 de M a rço d e 1958. E x .mo Sr.F ra n cisco A ugusto T obia s D ig .ma P resid en te d a D irecção doC L U B E D E S P O R T IV O D E M O N TIJO N ESTA
E x .m° Sr.
P reten d en d o «A Provincia» coord en a r, d e futuro, tod a a a ctivida de d e sse p restig io so C lu b e, e em e s p e c ia l esta b elecer n a s su a s co lu n a s reg u la rm ente os rela tos d os seus j o g os d e futebol, ten ho a honra de so licitar de V. E x .* , se
V e n d e m - s e— ARM AÇÕES e balcão de Mer
cearia e Retrosaria, Balança e Medidora exacta.
Trata-se na Rua Damião de P i nho, 49 — Montijo.
V e n d e m - s e— CHARRUAS automáticas re
versíveis, de 1 ferro, para tractores.Trata na Avenida João de Deus,
19 — Montijo.
d ig n e nom ea r p e sso a idón ea e d e vossa con fia n ça , p ara tal m issã o.
A gradecendo a V . E x .a a vossa boa anuência aos n o sso s d e se jo s, m e sub screvo com e s tim a e elev a d a con sid eraçã o,
SV/Jííii De V . E x .a Mt.“ Atento e O b g d .13
O D irector,
A’lvaro Valente
Embora esse ofício tenha a data de 11-3-58, nunca até hoje obteve qualquer resposta.
E is põrque, terminado o Campeonato da II Divisão, nada mais temos publicado acerca desta modalidade desportiva e local.
Continuamos e s p e r a n d o pela respesta, c o m o continuamos a afirmar que temos pelo C. D. M. a maior consideração é que pomos, como sempre, 'a s nossas colunas ao seu dispor.
Creio que assim^ entre pessoas de boa vontade e de boas intenções, é fácil e possívei o melhor entendimento.
Estaremos, pois, entendidos ?
Á 'v as-0 V s l ê n l é
Q^LataçãeTorneio da Primavera
Comentários à 1/ jornada
No pas»ado dia 29 de Março, levou a efeito a Associação de Natação de Lisboa, na piscina de Inverno do Algés, a 1.* jornada deste Torneio, a qual tem por fim manter os nadadores em actividade durante o Inverno.
A esta jornada concorreram nadadores do Algés, do Sporting, do Pedrouços e do Belenenses. Vamos fazer os nossos comentários às provas, por categorias :
IN IC IA D O S
Nesta categoria, o mais destacado foi Avelino Pereira, do Algés. com suas vitórias em 50 mts. l i vres e mariposa e ainda com a participação brilhante na estafeta de 4x33 mts. livres.
Herlander B ibeiio , do Algés, com o 2.° lugar em 50 mts. livres, confirmou as esperanças que nele se depositam. Em 50 mts. bruços o vencedor foi Américo Silva, do Belenenses, que mostrou qualidades. Carlos Filipe Fonseca, do Algés, em 50 mts. costas, nadando sem adversário à altura, fez bom tempo. É de esperar bastante dele esta época, em costas e mariposa,— estilo que nos 50 mts. ficou em 2.°.
’ ASPIRAN TES
Em 66 mts. bruços, o vencedor foi Vítor Caldeira, do Belenenses, que fez excelente prova e de quem muito há a esperar. Em 66 mts. costas Manuel Quintas, do Algés, foi o vencedor. Se treinar mais pode melhorar, pois não lhe faliam qualidades. Foi também o vencedor da prova de livres.
Destacaram-se ainda Fernando Ferreira, do Belenenses, e F ernando O l i v e i r a , do Pedrouços, pelas boas provas feitas.
JU N IO R E S E SEN IORBS
Nos 100 mts. costas, o vencedor foi Raúl Cerqueira, do Algés, que com o tempo feito confirmou a sua boa forma actual. Em 100 mts. mariposa, boas provas de Fonseca e Leonel, do Algés. e de P intassilgo, do Belenenses. Em 100 m etros livres, José Vicente de Moura foi o vencedor em bom tempo, apesar de ainda ter poucos trei nos. Também se salientou José de Freitas, do Belenenses. Em 100 mts. bruços, Peter Tonnies, do Algés, venceu bem e dentro do
seu habitual. Boas provas de Fonseca e Pintassilgo.
SE N H O R A S
Nesta categoria, a triunfadora da noite Ioi Teresa Montoya, do Algés, com excelentes provas ein 50 mts. livres e 33 mts. mariposa. Este ano vai dar que falar. Ás raparigas do Belenenses não deixaram de agradar, embora em plano inferior. As do Sporting revelaram falta de treino.
Na prova de 4x33 mis. livres (1 nadador de cada categoria) o Algés venceu fàcilmente.
No conjunto o festival foi agradável, e colectivamente o Algés venceu o maior número de provas. O Belenenses acusa já , e após poucos treinos, a boa orientação que o treinador Manuel Ferreira está a dar à equipa. O Sporting acusa falta de treino cuidado.
As outras duas jornadas deste torneio realizam-se no Estoril, nos dias 12 e 19 de Abril.
M a n u e l Lima
Pela
I M P R E N S A
D E P Ó S I T O G E R A L :
melhorest in t a s
para fingir em çç;@
Casa Arti, L.DA
Av. Manuel da Maia, 19 - Á
L I S B O A íelef. 49312
— Com seu N.° 53 completou o «Jornal do Algarve» (parece que foi ontem !) o primeiro ano da sua existência na Imprensa Portu guesa.
O «Jornal do Algarve», de que é proprietário e Director o distinto jornaiista Jo sé Barão, rápidamente ascendeu ao alto lugar que hoje ocupa, «defendendo a sua província, agitando r s seus problemas, criticando o que lem merecido crítica», sempre com elevação brilho.
Felicitamos, pois, na pessoa do seu Director o jornal algarvio que tanto se tem distinguido e quantos nele trabalham e colaboram, & zendo sinceros votos pelas sua* maiores prosperidades.
— «A Voz de Chaves», de que i Director e Editor Francisco Sub til, passou o seu 1.° aniversário no dia 27 de Março passado.
Cumprimentamos e desejamO’ longa vida ao prezado Colega, coo o qual gostosamente permutam^
— O nosso Colegá local «Gazeta do Sul» teve a gentileza de transcrever, num dos seus últimos números, a crónica do nosso DirectX intitulada «Parlapatões e Ald_ra" bões». Muito gratos pela deferên-
E s le n ú m e r o d s «A Pro*
v i n e i a » f o i v i s a d o
C E S U R A
i <M’ 95^ A PROVINCIA 5
0 PERFIL DUM K T ÍT À( C o n t i n u a ç ã o da p r i m e i r a p á g i n a )
fazer-se uma antologia europeia de roteiros de viagem , entre as suas mais formosas páginas haveriam de figurar trechos de Te ixe ira Gom es, como por exemplo, a sua descrição de A lham bra, v isão de uma cerebrina e opulenta lascívia, para a qual concorrem todos os sentidos em te n são , legitimando-se na própria beleza em que cris taliza, através dum estilo que, ao vigor e à sugestão vo ca bular, acrescenta ainda a se dução orfeica dos ritmos s ilábicos e acentuais : «Horas de luxúria aqui passaram como ainda outras não arderam ern lâmpada mais rendilhada ; quem as pudesse reviver em vocábulos que se queimassem como um puro óleo sem resíduos» 1
Mas esse artista extraordinário, cuja fama chegara a percorrer os grandes centros da cultura europeia, que conviveu com reis e princesas,
em baixadores e artistas de todo o mundo, cuja existência dir-se-ia deslizar numa auréola de esplendor e g lória, morreu só, sem um ente querido a seu lado, e sem o conforto, sequer, da língua pátria que ele primou por honrar através de todas as v ic iss itudes e desilusões.
A arte foi o seu único refúgio, e ta lvez até a sua derradeira e sp e ran ça : A esperança de sentir que, para lá da sua morte, alguma coisa ficava de si, de muito íntimo, que nem o tempo nem . as paixões conseguiam destruir. E é isso hoje, vo lv idos que são alguns anos após o seu passam ento, que dá particular realce à obra do in im itável autor do «C arnava l L i terário», cuja v ida , como disse joão de Barros, «surge a nossos olhos num halo de lím pida e perene glória».
Á l v a r o P e r e i r a
Do Minho ao Guadiana
N A V I L A D A M O I T APassamento de um Bom
Com grande acompanhamento, expressões de mágoa sincera, silêncio respeitoso, lá foi a ent> rrar, um dia destes, no cemitério do Alto de S . Sebastião, na Moita, com a idade de setenta e oito anos, o corpo do que em vida se chamou Dr. Alexandre Magno de Araújo Sequeira.
Porquê aquela manisfestação de p e s a r ? . . .
Porque o Dr. Alexandre Magno de Araújo Sequeira, nascido em Lisboa de uma fcmília ilustre, se tornou Moitense do coração e porque, como médico, para aqui veio há cerca de cinquenta *nos, aqui lutou com a morte e aqui ajudou muitos a entrar na vida.
Era a vila da Moita puucu mais do que um descampado, quando o Dr. Sequeira se apresentou para servir como médico do Montepio. Novo, elegante, distinto, activo, s a bedor, carinhoso, desinteresseiro, em breve conquistou a simpatia geral pelos dotes do seu coração.
Enquanto a idade e principalmente a saúde lho permitiram, nunca se fez rogado ou se fez demorar à cabeceira do doente pobre ou do rico, pois não trabalhava pensando em proventos.
Com verdadeiro espirito ds sacrifício, este sacerdote da medi-
D A H O N R A( C o n t i n u a ç ã o da p r i m e i r a p á g i n a )
irrisórios p reco nce itos» !, dizia famoso e acom odatício filósofo. Sem dúvida. Em boa Verdade, só há Virtude na gente humilde que sabe defender-se de todas as tentações. Nos felizes da vida, nos preferidos da fortuna, nâo admira que seja honesto,— quando o são. O p rivilégio da sua situação é que os obriga, por conveniência própria, a serem honrados ou a deixarem de o ser.
Mas há, entre nós, o péssimo habito de dizer mal de tudo e de todos, não às claras, o que seria até certo
ponto honesto e corajoso, mas aos ouvidos dos amigos e conhecidos, o que significa cobardia e maldade.
E certo que é assim que se form a o ambiente de que carecem , por antipatia pessoal ou outro motivo sele- lhante, mas sempre egoistas, os que pretendem d esacre ditar instituições, in iciativas ou indivíduos.
Colocam -se atrás uns dos outros para ferir, põem-se nos bicos dos pés para malsinar, para inutilizar pessoas de bem que só o interesse comum inspira na vida. que tantas Vezes lhes é ingrata.
Q uer d izer: — esses amigos dos diabos não respe itam a honra alheia nem a própria. O s interesses co le c tivos são letra morta, como letra morta são, muitas Vezes, a lealdade dos que trabalham e o prestígio que estes imprimem em organismos e instituições.
A m a r a l F r a z ã o
Telefone 02(5 576
'f)ata h(uu Cfjotnquuliiu
Fota MonHfense
cina muitas vezes se deslocou a lugares afastados: a pé, em carroça, de cavalaria, debaixo de todo o tempo e a toda a' hora, sabendo muito bem que a família do enfermo esperava, ansiosamente, não só pela sua ciência, mas também pelos remédios que não poderia comprar e lhe salvariam o ente querido e, quantas vezes ainda, por um pouco de pão para matar a fome.
E o dr. Sequeira, essa alma de eleição, esse verdadeiro filantropo, tudo fazia com um sorriso nos Sábios, primeiro lenitivo para o doente aflito.
Por isso morreu honrosamente pobre, quando fàcilmente poderia ter feito fortuna.
Outro que não eu, que daqui não sou e cá vivo há pouco tempo, pode fazer o elogio do Dr. S e queira, prestando essa homenagem póstuma que a sua forte personalidade bem merecia. Deixo pois esse honroso encargo a outro mairi competente e, vamos lá, com mais obrigação, visto que quem escreve estas linhas só conheceu o Dr. Alexandre Sequeira quando ele já ensaiava os primeiros passos para o descanso eterno.
Porém, de uma coisa me quero fazer e c o :
Não haverá na laboriosa vila da Moita (principalmente na sua população mais idosa, por directamente terem sentido a sua acção), meia dúzia de consciências agradecidas, que se constituam em comissão e avoquem a iniciativa de perpetuar, com um pequeno busto, a memória daquele que tão desinteressada e humanamente aqui consumiu os melhores anos da sua vida, espalhando o bem, e que por fim acabou por se definir como amigo incontroverso desta t e r r a — deixou até sobrepor ao grande amor que dedicava a sua extremosa esposa, essa outra afei- ç to à sua terra adoptiva, — expressando, como última vontade, o desejo de ser enterrado no S''u cemitério em vez de preterir descansar para sempre ao lado da sua carinhosa companheira ?
Não quero acreditar que não haja.
Sc cada filho da Moila — a quem o Dr. Sequeira tratou gratuitamente, a quem deu uma esmola, a quem fez um favor, a quem ajudou com o seu c o n s e lh o — contribuir cora uma importância, por módica que seja, eu quero crer que o busto a erigir, seria, em vez de bronze, de ouro. Mas que seja de bronze ou até de pedra; o que a gratidão
torna imperioso, é qu ■ »•.• ão >er- rnita que os vindouros de*x m de ter <onhecim>-nto ta pas a<ern >ela vida de um d‘>s H meus m ó s virtuosos que viv-u na sua ter
Que não fi|ue pois no rol lo esquecimento* imperdoáveis. e*s • dever e que se erga o busto do Dr. Sequeira em qualquer local da vila da Moita a escolher oportunamente, para que, ao passarem por ele, os adultos se estudem para se tornarem melhores e para que às crianças seja apontado eomo m odelo.
Lem bra-m e agora que em Ponte de Sor, no largo do município, existe um busto de um outro m édico, o Dr. Felicíssimo, de quem eu, que por lá passei, nunca teria ouvido falar nem teria conhecido a bela história, em tudo semelhante á do Dr. Sequeira, se o bom povo pontessorense não lhe tivesss perpetuado a memória com aquela prova de reconhecimento.
Neste Mundo de egoismos são tão poucos os verdadeiramente ilons, qne obr igação se torna que distingamos por qualquer forma os poucos que aparecem e con s tituem um exemplo sslutar. — (C.)
fsíremoz( A T R A S A D O )
Orgnextra T ip ica A len te ja n a e 08 60 A r d in a s A m erica n o s
— Visitam esta cidade, no próximo dia 9 de Abril, os 60 Ardinas Norte-Americanos, que vêm visitar o nosso País durante 5 dias. Além da visita à cidade, assistirão a um espectáculo no Teatro Bernardino Ribeiro, com a nossa Orquestra Típica Alentejana e o seu Rancho Folclórico.
Os 60 Ardinas Americanos visitarão também a Nazaré, Alcobaça e Coimbra, onde serão apresentadas exibições folclóricas.
O rfeão T om ás A lc a id e
O Orfeão Tomás Alcaide prossegue com grande actividade e entusiasmo os ensaios da sensacional Fantasia Musi<-al « A q u i . . . A l i . . . A lé m . . .» , da autoria das sr .as D. Maria Antónia Martinez,D. Guilhermina Avelar c D. Guiomar A’vila, com música do distinto Maestro Idalino Cabecinha.
Os espectáculos são dois, e realizam-se em 24 e 25 de Abril, no
(Continua na p á g in a 4)
M,° 9 9 Fo lh e t im d e «A P ro v ín c ia » 1 0 -4 -1 9 5 8
ÕíIdeia do fflvessoqPcz cAivarc J)alente
Voltava macambúzio, pensativo, curvado para o chão com quem leva coronho de respeito. Dir-se-ia que perdera a filosofia barata e sardónica do costume e a trocara por outra de ponderação e bom senso.
O filósofo mudara com a d ivagação matutina.A serra, muda e im pressiva, dera-lhe uma lição moral, de profunda
influência no raciocínio, e salvara-o do abismo onde ia precipitar-se.— Não. Nunca praticaria sem elhante crim e, agora que se aproxim ava
do fim e sentia a morte rondar-lhe o arcaboiço encarquilhado. F izera uma V|da inútil, que não lhe aproveitara nem aproveitara a n inguém ; mas, vol- Vendo os olhos à retaguarda, não encontrava um único acto reprováve l, uma acÇão de que se arrependesse.
Fora um vagabundo sem eira nem proveito, estragara o . anos às manadas de im becilidade, indiferente ao dia de amanhã e às consequências, •^nca, porém, prejudicara fosse quem fosse, e muito menos se metera por atldanhos onde a Ju s tiça o surpreendesse e o castigasse. Le ve s castigos no quartel, quando m ilitar, e mais não d is s e , . .
. — Não. Nunca praticaria sem elhante crim e, nem consentiria que o Jo a quim,—.já tão apalpado pela adversidade, o praticasse, inutilizando, assim , 0 ^turo e a existência,
Agora se arrependia do que lhe d issera e combinara.— O lha que bonito 1 — monologava. Fogo ao rastilho e t;ido aquilo pios
í̂es ! O trabalho de tantos meses e de tantos homens, — tu d j arrazado em Poucos m inutos! Paredes, portas, janelas, telhados, m adeiram entos,— tudo
reduzido a montão de ruínas enquanto o diabo esfrega um olho ! E , possivelm ente, o encarregado, o guarda, algum operário, — espatifados tambéin pia sua lo u cu ra .. .
— F’ pra q u ê ? Q ue se ganhava com is so ? Dali a dias, outras paredes, outras portas e janelas, outros m adeiram entos, novo encarregado, outro guarda, mais operários, e tal fábrica outra vez de p é !
E ele numa enxovia, desprezado por todos, — até pios queixosos deago ra ! --e levado ao banco dos réus, à penitenciária, ao d e g re d o ... O lha que bonito ! N á . . . Não quero chácheras !
A serra ensinara-o, nas suas recordações do passado, a ser sensato, a resignar-se, a meditar no alcance do que ia pôr em prática, a ter juizo. As coisas tinham que segu ir a linha que o Destino riscara, - boa ou má consoante depois o tempo e os homens o determ inassem.
— Q ue lhe im portava a fábrica, o sr. M ora is , a Erm elinda, a Rosaira, aZulm ira , a ti Tom asia, os am orios, toda aquela pangalhada que pusera a aldeia do a v e s s o ? Quem sabia lá se tudo aquilo era, afinal, a ordem natural dos factos, a que ninguém, nenhuma forç t humana, se podia opor, — tal como "um penedo que se desprendesse do alto da serra e v iesse por a li abaixo, num rodopio, até repousar na planície ?
E ra aquilo o Progresso, não e r a ? P o i’ que fosse, com tresentos mil ra io s ! Quem cá ficasse, que se am olasse 1 Q ueria morrer tranquilo, com a consciência segura do passado, sem elevações mas também sem nódoas que sujassem o seu nome e o da sua fam ília.
— Toda a vida um nome pob re ; mas toda a vida um nome lim po!Quando chegou à aldeia era já noite há muito. Doíam-lhe as pernas
por falta de tre ino ; o cansaço am olentava-lhe o co rpo ; arrastava-se e tro peçava nas quelhas e ca lh au s ; e, por vezes, parava à luz débil das es tre ias para se orientar e tomar alento.
No entanto, parecia que trouxera da serra outra a lm a ,— talvez uma parcela, uma fagulha, uma acendalha da vida pura que palp itava nas penedias e rechãs.
( C O N T I N U A )
6 A PROVINCIA 10-4.958
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{ r e c r e i o e d e s p o r t o0 Conjunto Amador «LUZB Dá RIBáLíâ
Fala para «Â Província» por intermédio do seu ensaiador Fernando Ferreira Costa
sps& sy- sp svsis- spsáesís sp& sts- sps& ssts y ^ s i^ r sps& zy sp sítssy-.
C I C L O D E T E A T R O
Pode dizer-se que a acção que ultimam ente temos dedicado em prol do teatro de am adores, muito especia lmente dos grupos cénicos das co lectividades de cultura e recreio , encontrou um eco de sim pajia e aplausos que muito nos satisfaz. É nosso dever inform ar 0 público am ante da A rte de Talm a, e ao mesmo tempo prestar justiça a quem, depois dum dia de trabalho, dedica parte da no ite aos estudos, ensaios, etc., de peças de teatro.
H á dias, casualm ente, encontrám os 0 sr. Fernando Ferre ira C o s t a , que bem conhecem os há uma vintena de anos, sem pre dedicado aos grupos dramáticos. D e pois duma chávena de café, Fernando C osta , confiden- ciou-nos em género de entrev ista :
F E R N A N D O F E R R E IR A C O ST A
— E ra um garoto, quando com ecei com esta doença do teatro popular, há perto de 30 anos, no G rupo D ra m ático «Estre la de Ouro», e com a sua extinção ingressei n o G . D . «Os Com batentes»,— nestes como simples am ador. M a is tarde, comecei por ensaiar grupos particulares, realizando espectáculos em v á r i a s colectividades, com o Sport L isboa e Lapa, A cadem ia 6 de Setem bro, V erd i, etc., sendo a «Nobre C ausa» , peça dedicada aos Bom beiros Portugueses, uma das mais representadas. É que entre mim e um dos autores, ligam-se laços de am izade de muitos anos.
— D e p o is . . .— S im , depois, como fun
cionário da Papelaria F e r nandes, constituímos 0 seu grupo dramático, em que le vám os à cena no clube E s te fân ia uma revista que só fez um a representação e que, dado os prejuízos ocasionados, por despesas de vária
ordem, para os quais um só espectáculo não c h e g a v a , faliu !
— Foi assim que nasceu 0 conjunto am ador «Luzes da R ibalta» ?
— Exactam ente ! Tom ei a sua orientação e entrámos em ensaios com a com édia musicada «Loucuras duma noite de Santo António», original do conhecido R e inaldo Ferre ira (N eo r X ) e m usicada pelo não menos c o n s a g r a d o e conhecido Francisco G o u ve ia . Em com plemento, para a estreia, que espero ser b reve, estamos preparando um fim de festa com variedades, destacando desde já alguns nomes de jovens possuídos de grande h a b ilid ad e : Argentina C o e lho, Ed ite N u n e s C osta ,
pessoas am igas pretendem a nossa deslocação, pois
R E IN A L D O F E R R E I R A (N eòr X )
que 0 nosso conjunto, além da parte propriam ente dita
M aria do C a r m o Le itão , M aria Tereza , Isaura M aria , Arm inda Santos, Jo rg e S a n tos, Ernesto M atos, M anuel Soares, Antero Branco e outros.
«A M o d a e o G u m e »para breve...
— D epois da vossa apresentação, diga-nos, sr. F e r nando C osta , qual 0 programa de trabalhos do conjunto ?
— S im plesm ente trabalhar mais e melhor, levando depois à cena as peças «A M oda e 0 C ium e», uma m ovim entada com édia da autoria de R . N . ; «3 V iu vas e2 So lte irões» , e «Portugal, Terra de H eró is» , de R e inaldo Ferre ira (N e o rX ) , além
de teatro, tem igualm ente a parte musical orientada e dirigida por Francisco G o u veia.
E assim term inou, em conversa amena entre duas chávenas de café, mais uma entrevista sobre o teatro de amadores que tanto sucesso tem alcançado nas cidades, v ilas, aldeias e lugares deste Portugal de in ic ia tivas particulares.
F R A N C IS C O G O U V E IA
de outras peças, que especialm ente e sco lh e m o s ...
— C onvites ?— Bastantes, meu amigo,
tanto para L isboa como para os arredores, onde várias
l.° FestiVâl de Música
PortuguesaSob a égide do Centro de P re
paração de Artistas da Rádio, do qual é director Mota Pereira, o qual tem a seu cargo a preparação de artistas para a rádio, realizou- -se no passado dia 21 de Março, no cinema Império, o 1 ." Festival de Música Portuguesa, para o qual deram a sua valiosa colaboração treze compositores que escreveram treze canções, absolutamente inéditas, e cu ja primeira audição foi neste dia.
Colaboraram neste festival os m aestros : António Melo, Artur Ribeiro, Belo Marques, Fernando Carvalho, F e r re r Trindade, F re derico Valério, João Nobre, Manuel Paião, Nobrega e Sousa, Re- ' sendo Dias, Tavares Belo, Teixeira da Silva, e Valdemar S i lv a ; os poemas eram da autoria de : Amadeu do Vale, Aurora Jardim , Eduardo Ramos, Je ró n im o B ra gança, Jo sé Galhardo, Maria P. Silva, e Silva Tavares.
O poeta Silva Tavares falou sobre o significado do festival, e o dr. Luís Oliveira Guimarães dissertou sobre a canção portuguesa. Os autores das músicas e poemas foram homenageados cotn medalhas de ouro, comemorativas.
Num dos intervalos foi descerrada uma lápida perpetuadora do acontecimento, o que documenta bem o entusiasmo posto pela gerência desta sala de espectáculos
(iContinua na página 4 )
O Grupo C én ico União M usica l, dirigido pela d istinta artista Carlo ta Cala- zans, vai fazer subir à cena naquela co lectividade a re v ista em dois actos «Lisboa Ba irrista», cuja estreia está marcada para o dia 12 do próximo mês.
A propósito desta estreia, quisemos ouvir aquela artista que, da m e l h o r vontade, aquiesceu a dar-nos as suas im pressões.
A ’ nossa prim eira pergunta, acerca das razões por que se tinha retirado do C lube E s t e f â n i a , Carlota Calazans, d iz-nos:
— A D i r e c ç ã o daquela co lectividade resolveu, por quaisquer razões que desconheço, acabar com o teatro musicado. D este modo,
vontade para o êxito da revista.
— Quisem os depois saber quem eram os autores da revista «L isboa Ba irrista», e a resposta veio em seguida
— A revista é um arranjo do meu colega Á lva ro Barradas, com música de jaime M endes, C arlos D ias e do saudoso M aestro Vasco Macedo.
Fo rm u lám os, entretanto, outra pergunta :
— já tem outros convites para leva r a revista a outras co lectividades do p a í s ?
— S im . E saliento dois: À Tuna de Torres Vedras e à encantadora v ila de Montijo, onde o produto deste espectáculo reverterá a favor da M isericó rd ia daquela vila.
Em nome dessa prestimosa
d iz a a r t is ta C A L A Z A N S , u u m k
Por -- João Calazansdesisti de levar à cerra a rev ista «Alm a até A lm eida», cujos ensaios iam já muito adiantados. Entretanto, re cebi um convite da Sociedade M usica l União para d irig ir o seu «Grupo C én ico», cujas actividades estavam extintas desde há muito. Esco lh i esta revista para dar in ício às actividades deste G rupo, e com mais oito elementos vindos do «Estefân ia», tenho a certeza de que triunfaremos, pois o elenco ficará extremam ente valorizado.
Seguidam ente disparám os a segunda pergunta.
— Q uais são os elementos com que conta para o seu espectáculo ? — E , como um «sputnik», a resposta vem prontam ente:
— Lucília Fernandes, M a ria Lu ísa P im entel, M aria Isabel, Eduardo M acarena , Delfim G a l v ã o , Arm ando Fausto, M aria Ade lina S a n tos, E lie te Cunha, M aria do Resgate Rodrigues, M aria Fernanda de C arva lho , Laura C a r v a l h o , M aria Isabel, Constança M aria , Susana Pereira, Fernando Duarte, Francisco Tom ás, Fernando Fernandes, etc..
— Está satisfe ita com a maneira como decorrem os ensaios ?
— S im . Todos os e lem entos, desde o contra-regra até às coristas, têm-se esforçado por que o espectáculo possa resultar. A p rove ito a oportunidade p a r a agradecer, através do vosso simpático jornal, a colaboração de todos, podendo contar desde já com a m inha melhor boa
instituição de beneficência agradecem os desde já à simpática artista o seu gesto altruista, digno de servir para exemplo a outras colectividades.
A inda a propósito deste generoso gesto, Carlo ta Calazans afirma-nos que o seu G rupo está disposto a levar o seu espectáculo a qualquer parte do país, seja ela a mais r e m o t a , onde haja pobres que necessitem de auxílio.
Seguidam ente, perguntámos-lhe quais eram os seus planos para o futuro ?
Um gentil sorriso acolhe a nossa in te rrogação :
— Para já, poderei dizer- -lhe que em breve criarei um «ciclo de teatro português com obras de autores portugueses, destinadas a serem representadas em todas as colectividades do país, e depois, o futuro o d irá . . .
Certam ente que Carlota Calazans t e r i a muito mais que d izer; todavia, não quisemos ocupar-lhe mais tempo e por essa razão nos limitámos a agradecer-lhe as suas am áveis palavras para ‘A P R O V ÍN C IA » , fazendo votos para que o seu G rupo Cénico obtenha muitos êxitos naquela A rte que nós todos, portugueses, queremos ver bem dignificada e da quf também um ilustre conterrâneo foi um grande valor 7" Joaqu im de A lm eida — cujo nome encima a actual bela casa de espectáculos da vila de M ontijo. Bem haja!
Bom teatro amador, são os nossos votos sinceros.