PLANEAR CIDADES SAUDÁVEIS

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COMO PODEMOS PLANEAR «CIDADES SAUDÁVEIS» QUE NÃO O SEJAM SÓ NO PAPEL OU NO DISCURSO? 17 OUTUBRO 2014 | VISEU

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COMO PODEMOS PLANEAR «CIDADES SAUDÁVEIS» QUE NÃO O SEJAM SÓ NO PAPEL OU NO DISCURSO?17 OUTUBRO 2014 | VISEU

JOSÉ CARLOS MOTA DOCENTE E INVESTIGADOR DO DCSPT - UNIVERSIDADE DE AVEIROjcmota@ua.pt

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1.O QUE SÃO CIDADES SAUDÁVEIS?

UMA VISÃO HOLÍSTICA E PONDERADA…CIDADES SAUDÁVEIS, UMA QUESTÃO NA ORDEM DO DIA?

CIDADES SAUDÁVEIS, UMA QUESTÃO NA ORDEM DO DIA?

AMBIENTE FÍSICO DE QUALIDADE

CIDADE SAUDÁVEL (OMS)

NECESSIDADES BÁSICAS DA POPULAÇÃO ASSEGURADAS

SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE ACESSÍVEIS A TODOS

SALUBRIDADE, CONFORTO, ATRACTIBILIDADE E ACESSÍVEL PARA TODOS

ALIMENTAÇÃO, HABITAÇÃO, APOIO SOCIAL, EDUCAÇÃO, TRANSPORTE E…

CUIDADOS DE SAÚDE, PROXIMIDADE, PREVENTIVA

VISÃO HOLÍSTICA E PARTICIPADA

O QUE SÃO CIDADES SAUDÁVEIS?

SENTIDO COMUNIDADE

É MAIS DO QUE UMA CIDADE COM BONS INDICADORES DE SAÚDE!

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2.AS NOSSAS CIDADES SÃO SAUDÁVEIS?

2.1.CIDADES DO AUTOMÓVEL

Existem hoje mais de 4 milhões de automóveis (o dobro do que tínhamos há vinte anos) que produzem diariamente mais de 60% das deslocações, três vezes mais do que tínhamos há 20 anos, uma parte delas de curta duração

uma parte significativa das deslocações em transporte individual (40%) realizam-se em menos de cinco minutos

2.1.CIDADES DO AUTOMÓVEL

houve uma redução muito significativa do andar a pé (16%, menos 55% que em 1991) e de transporte colectivo (17%, menos 1/3 em igual período).

2.2.CIDADES ONDE SE ANDA MENOS A PÉ

CIDADES VAZIAS

2.3.

Scandal of Europe's 11m empty homes (The Guardian, 23 February 2014Em Portugal há 735,000 edifícios

devolutos ou abandonados – um aumento de 35% desde 2001 (Censos 2011)

CIDADES DA SOLIDÃO2.4.

«Cerca de 400 mil idosos vivem sós e outros 804 mil vivem em companhia exclusiva de outros idosos - um fenómeno que aumentou 28% ao longo da última década». Na maioria, mulheres. (DN, 3/02/2012) LINK

CIDADES DA POBREZA E DAS DESIGUALDADES2.5.

«Um em cada quatro portugueses está

em risco de pobreza e quem recebe o

salário mínimo ganha menos 12 euros

do que em 1974 (descontando a

inflação)»

«país é o 6.º da União Europeia com maiores desigualdades de rendimentos entre os mais ricos e os mais pobres»

CIDADES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS2.6.

«Fecho de serviços públicos está “a destruir limiares

mínimos de vida colectiva”» João Ferrão (ProReitor

da UA, ex- SEOT), Público (22/09/2014)

CIDADES COM CRIANÇAS OBESAS2.7.

«Em Portugal, o excesso de peso afecta 28,7%dos rapazes, 27,1% das raparigas, 63,8% dos homens e 54,6% das mulheres, enquanto a obesidade atinge 8,9% dos rapazes, 10,6% das raparigas, 20,9% dos homens e 23,4% das mulheres»

(Público, 30/05/2014)

CIDADES COM CORAÇÃO DOENTE2.8.

«A hipertensão arterial (HTA) atinge aproximadamente 40% dos portugueses (cerca de 4 milhões). O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte e de incapacidade no adulto em Portugal»Retrato da Saúde 2013

35 pessoas morrem por dia de doenças cardiovasculares (DCV)

CIDADES POLUÍDAS2.9.

As partículas de PM10 provêm das emissões da indústria, do TRÁFEGO e do aquecimento doméstico e podem causar asma, problemas cardiovasculares, cancro do pulmão e morte prematura»MEMORANDO COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 25/09/2014

3.TEMOS PLANEADO AS NOSSAS CIDADES PARA SEREM MAIS SAUDÁVEIS?

CIDADES DOS SERVIÇOS PÚBLICOS3.1.

Reorganização ou poupança?

ESTADO

(Público, 29/05/2014)

«Administração muito centralizada, muito verticalizada, muito sectorializada, muito pouco democrática» (João Ferrão, Público, 22/09/2014)

Segunda mais baixa %

de despesa pública

Sub-nacional em ‘países

não micro’ da EU(Grécia, Portugal, Irlanda)

Regiões: 4,45%, Municípios:

10,11%, Freguesias: 0,14%

«A TROIKA não conseguiu impor uma verdadeira reforma no Poder Local, para além da redução do número de freguesias»(…)«falta democratizar mais o poder local, pôr as populações a participar mais» e criar «um sistema eleitoral diferente, tanto a nível local, como nacional», recomendando «mais listas de independentes na sua gestão» e «mais poder e maior capacidade económica»(Fernando Ruivo, DN

3.2.PODER LOCAL

3.2.INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

Em média cada PDM demora seis anos a ser aprovado. Há PDM que demoram 10 anos até serem aprovados.

«Existe um preconceito ideológico relativo à intervenção pública no ordenamento do território, mesmo que não passe pela intervenção directa – investimento – mas pela dinamização dos actores. Portanto, os planos tornam-se ineficazes» (Jorge Carvalho, RTP2)

3.2.INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

Projectos importantes, mas muitas vezes sem um enquadramento estratégico que lhes dê coerência ou amplie os seus resultados

4.COMO PODEMOS PLANEAR CIDADES MAIS SAUDÁVEIS?

PARCERIAS ENTRE ACTORES

4.1.MÉTODO

AMBIÇÃO METODOLÓGICA NECESSÁRIA À SUA CONCRETIZAÇÃO

COMPROMISSO POLÍTICO

LIDERANÇA

MUDANÇA INSTITUCIONAL

PRECISAMOS DE UM ESTADO INTERVENTIVO(fazendo e ajudando a fazer)

4.2.COLOCAR NA AGENDA

CIDADES SAUDÁVEIS

2014-2020 DE FORMA PERSISTENTE E CONTINUADA

NOVAS LIDERANÇAS

CONDUZAM SEM IMPOR O RUMO

MOBILIZADORAS (ESTIMULEM O ENVOLVIMENTO)

COLABORATIVAS (CONSTRUAM COM …)

EXIGENTES (OBJECTIVOS, PRINCÍPIOS E RESULTADOS)

GEREM EMPATIA (SAIBAM OUVIR)

ACTUEM EM DIFERENTES PALCOS (REGIONAL, NACIONAL E EUROPEU)

LIDERANÇAS DO PASSADO

‘AUTARCAS EMPREITEIROS’

CRIEM COMPROMISSOS

LIDERANÇAS UNIPESSOAIS

4.3.OS DILEMAS DAS NOVAS METODOLOGIAS

LIDERANÇAS QUE AJUDAM OS GRUPOS A AGIR COLECTIVAMENTE DE MODO MAIS INTELIGENTE

4.3.MAIS INTELIGÊNCIA COLECTIVA

http://cci.mit.edu/malone/

http://vimeo.com/37389182

THOMAS MALONE, MIT (2011)

ESTUDO MIT CONCLUIU QUE A IC

está fracamente correlacionado com a média e máxima inteligência do grupo;não está correlacionada com a satiafação do grupo, motivação coesão;está significativamente correlacionada com:

PERCEPÇÃO SOCIAL (capacidade dos membros lerem as expressões e emoçõesdos outros);IGUALDADE DE PARTICIPAÇÃO NA CONVERSAÇÃO;PROPORÇÃO DE MULHERES NO GRUPO (relacionado com o 1.º);

FREQUENTEMENTE, O QUE REALMENTE IMPORTA NÃO É SÓ INTELIGÊNCIA INDIDIVUAL DAS PESSOAS MAS A INTELIGÊNCIA COLECTIVA DOS GRUPOS

4.4.QUADRO DE REFERÊNCIA

DIMENSÕES DO AMBIENTE FÍSICO DE QUALIDADE

RESPOSTA ÀS NECESSIDADES BÁSICAS DA POPULAÇÃO

PROVISÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE ACESSÍVEIS A TODOS

CONCEPÇÃO: TOP-DOWN OU BOTTOM-UP

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4.5.NOVOS INSTRUMENTOS

APRENDER A EXPERIMENTAR

«Incredible! Plant Veg, Grow a Revolution» foi produzido por Pam Warhurst co-fundadora do «Incredible Edible Todmorden» e por Joanna Dobson da empresa Urban Pollinators suportados por uma bem activa campanha de crowdfundig.

AGIR NO CURTO PRAZO, COM INICIATIVAS DE BAIXO CUSTO

4.5.NOVOS INSTRUMENTOS

4.5.

MOBILIDADE SUAVE – GRUPO ALVO – POPULAÇÃO JOVEM

NOVOS INSTRUMENTOS

JOSÉ CARLOS MOTA – DOCENTE E INVESTIGADOR DO DCSPT - UNIVERSIDADE DE AVEIROjcmota@ua.pt | josecarlosmota@gmail.com | https://www.facebook.com/josecarlosmota

SUGESTÕES DE REFLEXÃO

http://estadosocial.blogs.sapo.pthttp://cidadescomaspessoas.blogs.sapo.pt/http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/

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