Post on 07-Nov-2018
AUTORES
Deny Sanábio¹Alexsandra Fernandes Caetano ²
Ana Flávia Aguiar³Fernando Eustáquio de Matos Junior³
Viviane Silva Guedes³Tamara Gonzaga Homem³
Graziele Eugênio³
Endereço da Central: Av. Raja Gabaglia, 1.626 - B. Luxemburgo/Belo Horizonte – MG CEP:30350-540Telefone: (31)3349-8000 e-mail: portal@emater.mg.gov.br
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a FAEMG através da pessoa do Pierre Santos Vilela no apoio para
realização desta pesquisa.A Coordenadora do Curso de Nutrição da UNI-BH Joana Ferreira do Amaral
PERFIL DO CONSUMIDOR DE FRUTAS DE BELO HORIZONTE
Deny Sanábio¹Alexsandra Fernandes Caetano ²
Ana Flávia Aguiar³Fernando Eustáquio de Matos Junior³
Viviane Silva Guedes³Tamara Gonzaga Homem³
Graziele Eugênio³
1 – INTRODUÇÃO
A fruticultura é uma atividade agrícola com características bastante peculiares,
tanto técnicas como mercadológicas, e vem sendo alvo de atenção por parte do
governo federal, estadual e municipal e por empresários, todos interessados nos
números, principalmente econômicos, que a atividade tem revelado ultimamente no
seu potencial para o País.
Com uma produção de 41 milhões de toneladas, segundo dados do IBGE, de
frutas tropicais, subtropicais e de clima temperado, "o Brasil tem grande potencial de
atender a demanda crescente do mercado interno de frutas frescas, que vem
aumentando 4,5% ao ano, e de frutas processadas, como: os sucos e néctares de frutas
que vem crescendo 14% ao ano". (Jornal da Fruta 01/2008)
¹ Coordenador Técnico Estadual de Fruticultura da EMATER–MG
² Coordenadora de Estatística da EMATER–MG
³ Alunos do Curso de Graduação em Nutrição da UNI–BH
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A demanda por frutas também está aliada à elevação da renda dos
consumidores, à urbanização e a melhores níveis de informação e educação.
Consumidores norte-americanos, por exemplo, pagam mais por produtos importados
desde que apresentem qualidade de acordo com os padrões exigidos. Para garantir
qualidade, é necessário melhorar o transporte, aprimorar a infra-estrutura dos portos e
adotar os selos de certificação. Também, no âmbito internacional, são necessárias
"mudanças", sobretudo a redução das barreiras tarifárias de exportação para a Europa
e da burocracia nas fronteiras com os países do Mercosul.
Dispersa em todo o território mineiro e envolvendo dezenas de espécies
cultivadas, dada a grande diversidade climática do Estado, a fruticultura se destaca
em várias mesorregiões, ora apresentando-se como opção para diversificação de
propriedades, ora como atividade principal.
Deve-se salientar, ainda, que a produção de frutas em Minas está concentrada
em três produtos, e que, diante desse quadro, qualquer fator que afete essas culturas
causa grande impacto aos indicadores mineiros do setor. Nos últimos dez anos,
banana, laranja e abacaxi vêm respondendo por algo em torno de 80 a 90% (em peso)
de toda a produção estadual.
Para contribuir com o crescimento sustentado do setor, é necessário
desenvolver uma série de ações em parceria com o setor público e privado, visando a
integração da cadeia para difundir as boas práticas agrícolas na produção; ações de
marketing nacional e internacional e promover a junção do setor agrícola com o in-
dustrial para realização de produtos processados com maior valor agregado, buscando
sempre a sustentabilidade.
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2- TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES
As transformações sociais, principalmente aquelas que afetam o hábito de
consumo da população, têm interferido muito nas relações entre os vários segmentos
das diversas cadeias produtivas. Neste sentido, as relações tendem a ampliar a
interdependência e a especialização do setor produtivo rural, visando atender as
exigências crescentes em quantidade (escala de produção) e qualidade intrínseca dos
produtos.
Os consumidores procuram, cada vez mais, atender as suas necessidades
alimentares com uma dieta equilibrada, na qual as frutas, os legumes e as verduras
(FLV) entram como importantes fornecedores de vitaminas e minerais.
Alguns fatores de mudança no perfil do consumidor maximizam a tendência
de aumento do consumo de FLV in natura ou minimamente processado:
•O envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, pois pessoas
mais velhas consomem mais frutas e hortaliças (naturalmente ou por recomendação
médica).
•O valor nutricional desses alimentos e seu efeito no organismo, fruto de novas
tendências de preocupação com a qualidade de vida (efeito-saúde).
•Personalização do consumo, potencializando a exploração e o surgimento de nichos
de mercado.
Entre os argumentos mais freqüentes, discute-se mundialmente a questão da
segurança alimentar, ou seja, o produto deve ser seguro para quem produz,
consome e para o meio ambiente.
Alteram-se, então, os paradigmas. Ao invés de produção em quantidade, o
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objetivo principal passa a ser produtos de qualidade. Essa tendência desafia as
estruturas tradicionais de distribuição no País ao mesmo tempo em que proporciona o
desenvolvimento de novos nichos de mercado e oportunidades de negócios
especializados dentro do setor.
Nas últimas duas décadas, as novas tendências de consumo alimentar
surgem e se disseminam rapidamente, de forma que um novo costume se transforme
em padrão em pouco tempo. Assim o consumidor assume papel decisório e até
impositivo, bastante ativo, sobre a distribuição, determinando o produto e seu padrão
de qualidade.
Tornam-se valores para o consumo produtos percebidos como naturais e de
melhor qualidade, que agreguem frescor, pureza, sabor e valor nutritivo. Para atender
a essas demandas, a cadeia deve investir na maior diversificação de produtos sob
medida ao consumidor (inclusive para várias faixas etárias), relevando a
apresentação, a forma de preparo e a praticidade.
Nesse cenário, a informação e o conhecimento são ferramentas de
fundamental importância para o desenvolvimento das cadeias produtivas. Conhecer
os mercados, as tendências e o comportamento do consumidor torna-se primordial
para o planejamento, a estruturação e o desenvolvimento dos negócios.
O desafio é, portanto, adequar os atuais pólos de produção do Estado às
novas exigências e realidades dos mercados interno e externo, a fim de que possamos
garantir a competitividade e a qualidade dos produtos mineiros. Não se trata,
inicialmente, de incentivar a ampliação de novas áreas de produção, mas, sim, de
aperfeiçoar e capacitar os produtores que desejam ter na atividade frutícola uma fonte
segura e perene de rendimentos. Na outra ponta, viabilizar as condições para que o
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fluxo de informações e de produtos na cadeia produtiva dentro do Estado seja
contínuo e transparente, como base para a ampliação dos mercados e a segurança dos
consumidores.
3 – OBJETIVOS
Traçar o perfil básico dos consumidores de frutas do município de Belo Horizonte, de
maneira que este resultado gere subsídios para os atacadistas e varejistas, feirantes e
para os produtores de frutas e suas associações, para que realizem bons negócios na
cadeia produtiva da fruticultura, e contribuir para um planejamento que possibilite
uma facilidade na comercialização da cadeia produtiva, na cadeia de varejistas e dos
consumidores, tendo em mente a sustentabilidade.
4 – MATERIAL E MÉTODOS
Com intuito de averiguar os hábitos dos mineiros belo-horizontinos, em relação ao
consumo de frutas e traçando assim o seu perfil, foi realizada uma pesquisa no
município de Belo Horizonte, iniciativa do Departamento Técnico da EMATER–MG,
por meio do coordenador Técnico Estadual de Fruticultura e da coordenadora
Técnica de Estatísticas e em parceria com os alunos do curso de graduação em
Nutrição da UNI–BH. A pesquisa contou com uma amostra aleatória de 800
indivíduos, sendo esses transeuntes no centro da cidade e presentes em sacolões e
supermercados, na região central de Belo Horizonte, em bairros e nas demais
regiões da cidade. Toda análise de resultados foi segmentada por sexo, escolaridade e
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renda.
O Departamento Técnico da EMATER–MG elaborou o questionário/formulário de
pesquisa e realizou treinamento, orientação e capacitação dos entrevistadores antes de
eles saírem a campo. O período de levantamento foi de 7 meses entre a aplicação do
questionário e a apuração e análise dos dados obtidos na pesquisa (agosto/2007 a
fevereiro/2008). Os métodos utilizados foram a análise descritiva dos dados.
5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
O conhecimento do perfil do consumidor é de fundamental importância para que os
produtores, associações de produtores, atacadistas, varejistas e feirantes possam
adequar sua oferta às necessidades específicas ao público a ser atendido.
Dos entrevistados, 65% são do sexo feminino e 35% do sexo masculino. Observamos
que a mulher ainda é a principal responsável por fazer as compras e decidir o que
chega à mesa da família.
A renda bruta dos entrevistados nos dá uma visão de que a fruta é consumida
e procurada pelas diversas classes sociais.
Gráfico1 - Distribuição da renda bruta dos belo-horizontinos
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47%
31%
12%
10%
menor que 2 salários mínimos de 2 a 4 salários mínimosde 4 a 6 salários mínimos acima de 6 salários mínimos
Dos consumidores entrevistados, 95% responderam sobre a variável renda
bruta. Destes, a renda é distribuída da seguinte forma: 47% recebem menos que 2
salários mínimos, 31% recebem de 2 a 4 salários mínimos, 12% recebem 4 a 6
salários mínimos e 10 % recebem acima de 6 salários mínimos.
Embora a maioria dos entrevistados sejam de baixo poder aquisitivo, com
renda média familiar menor ou igual a dois salários mínimos, observamos que
gastam em média de R$10,00 a R$20,00 por mês na compra de frutas, igual à
maioria dos consumidores de renda alta (4 a 6 salários), ver tabela 1.
O hábito dos entrevistados de renda média familiar baixa de consumir fruta,
provavelmente pode estar relacionado à saúde, pois, com o poder aquisitivo baixo,
preferem se prevenir de doenças, tendo uma alimentação mais saudável e adequada.
Tabela 1:Distribuição de renda média familiar x gasto médio por compra de frutas
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Renda Média X
Gasto Mensal Médio
R$ 5,00até
R$ 10,00
R$ 10,00 até
R$ 20,00
R$ 20,00 até
R$ 30,00
Acima de R$ 30,00
R$380,00 a R$760,00 36% 50% 10% 4%R$760,00 a R$1.500,00 27% 53% 19% 1%R$1.500,00 a R$2.500,00 15% 47% 30% 8%R$2.500,00 a R$4.000,00 11% 57% 20% 12%
Gráfico 2 - Distribuição da faixa etária
A maioria das pessoas entrevistadas
encontra-se na faixa etária entre 20 a
30 anos. Chamou-nos também a
atenção o fato de que 71% dos
entrevistados estão na faixa etária
entre 20 a 50 anos, faixa esta que faz
parte da população economicamente
ativa.
Gráfico 3 - Grau de escolaridade
Dos consumidores, 49% têm ensino médio (antigo 2º grau) e 28%, ensino superior
completo ou incompleto (3º grau). A maioria dos entrevistados tem condições de
obter informações de produtos da fruticultura de forma transparente, com nível de
esclarecimento e opinião sobre a importância da ingestão de frutas para obter uma
vida mais saudável.
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11%
29%
22%
20%
10%
8%
Até 20 anos
De 20 a 30 anos
De 30 a 40 anos
De 40 a 50 anos
De 50 a 60 anos
Acima de 60 anos
1%22%
49%
28%
Analfabeto 1º grau 2º grau 3º grau
Gráfico 4 - Local de compra das frutas
Os sacolões são os locais preferidos
pelos mineiros de Belo Horizonte
para comprar frutas; 78% fazem
suas compras neste local; 39%
costumam também comprar em
supermercados.
Alguns motivos possíveis para a
escolha de o sacolão ser mais
freqüentado do que o supermercado
podem estar relacionados com o maior número de sacolões na cidade, em relação ao
número de supermercados; a oferta de frutas mais variadas; a proximidade do
sacolão da residência do consumidor; a variedade de oferta de outros produtos no
sacolão e a praticidade.
As feiras livres vêm perdendo espaços gradativamente, aparecendo como
terceiro local mais qualificado e procurado pelos consumidores. Percebe-se que o
número de feiras existentes na cidade vem diminuindo com o passar dos anos,
provavelmente devido às dificuldades de acesso. Geralmente acontecem em ruas que
têm de ser interditadas, e isso traz um certo desconforto ao consumidor final, apesar
de terem clientes fidedignos e fiéis até hoje.
Como podemos ver no gráfico 5, a qualidade dos produtos, higiene e limpeza são
atributos que fazem a diferença na hora em que os consumidores vão escolher o local
para comprar as frutas, e o último atributo que atrai os consumidores é pesquisar
preço antes de comprar.
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5%
39%
78%
2%
1%
Feira Livre
Supermercado
Sacolão
MercadoMunicipal
Mercado Distrital
Gráfico 5 - Atributos que atraem o consumidor a escolher o local para comprar
suas frutas
Gráfico 6 - Ranking da escolha da fruta
As três características são
importantes para o consumidor
se decidir na hora de comprar
as frutas. Como era de se
esperar, a qualidade delas
ainda é mais importante para
os consumidores do que o seu
preço. Numa escala
descrescente, a qualidade está em primeiro lugar, em segundo, a apresentação visual
da fruta e, em terceiro, o preço. A diferença em percentual dos três atributos não foi
acentuada, ou seja, o consumidor observa todos os atributos na hora da compra.
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98%
86%81%
Qualidade Apresentação(visual) Preço
98%
97%
88%
84%
83%
73%
70%
64%
57%
48%
Qualidade dos Produtos
Higiene e Limpeza
Ofertas e Promoções
Qualidade do Atendimento
Variedade de Produtos
Produtos da Época
Proximidade
Forma de Exposição
Facilidade de Pagamento
Pesquisa de Preço
Gráfico 7 - Características que mais pesam na escolha das frutas
A percepção da qualidade dos
frutos é baseada em aspectos
visuais. Dos entrevistados, 44%
relataram o que mais pesa na
decisão ao escolher as frutas, é
verificar se ela se encontra fresca
e ou nova no local de venda. Já
39% levam em consideração não
estar machucadas, 34% observam
se as frutas estão firmes e sem batidas ou amassadas, e 31% consideram a aparência
visual boa e o preço do produto um diferencial para escolher as frutas. Podemos
perceber que a diferença dos pesos dos atributos não é expressiva, ou seja, os
consumidores observam todos atributos para escolher as frutas na aquisição.
Gráfico 8 - Freqüência de compras das frutas
Dos belo-horizontinos que
participaram das entrevistas, 64%
fazem compras de frutas
semanalmente, e 19%, duas vezes por
semana. Então, dos entrevistados,
83% fazem compras semanalmente,
que é muito positivo para o mercado
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44%
39%
34%
31%
31%
Estar Fresca eNova
Não estarmachucada
Firme eConsistente
Preços
Aparência
2% 15%
64%
19%
mensal quinzenalmente
semanal duas vezes na semana
da fruticultura. Provavelmente a explicação de tal fato se dá pela perecibilidade das
frutas.
Geralmente as compras são realizadas em sacolões, e o dia mais freqüentado é
o sábado, sendo o segundo dia a quarta-feira, conforme gráfico 9, que corrobora com
o mostrado no gráfico 8. A possível explicação de ser o sábado o dia mais preferido
para a realização da compra pode está relacionada com a folga do fim de semana, que
a maioria dos trabalhadores tem.
Gráfico 9 - Dia preferido para comprar fruta
Essa informação também indica aos produtores e a suas associações, bem como aos
atacadistas e varejistas, o tipo de produto, a oferta, assim como as variedades, e os
dias de maior procura de frutas pelos consumidores ofertadas durante o ano.
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10%8%
16%14%
11%
36%
5%
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Gráfico 10 - Consumo de suco de frutas
Percebemos que há consumo de suco
de frutas entre os mineiros de Belo
Horizonte. Dos entrevistados, 73%
disseram que têm o hábito de consumir
suco de frutas.
Gráfico 11 - Freqüência de Consumo de Suco de Frutas
Dos entrevistados que consomem
suco de frutas, 45% consomem
diariamente, 40%, três vezes na
semana, e 15%, mais de três vezes
na semana, porém não é consumido
todos os dias da semana.
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73%
27%
Sim Não
45%
40%
15%
Diariamente
3 vezes na semanamais de 3 vezes na semana
Mas, na hora das refeições, o líquido mais consumido ainda é o refrigerante.
Podemos observar que, apesar de 73% dos entrevistados afirmarem o hábito de beber
suco de frutas, na hora das refeições o líquido mais ingerido é o refrigerante, com
79% de preferência. Em seguida, os que ingerem água (12%), e os que ingerem suco
de frutas (7%), ver gráfico 12.
Esta preferência pelo refrigerante pode estar relacionada com os preços dos
sucos nos restaurantes, que geralmente são mais caros, ou, também, pode estar
relacionada com o tempo reduzido para o almoço – o preparo do suco geralmente
demora mais do que abrir uma garrafa de refrigerante – ou talvez a falta de
conhecimento sobre o valor nutricional do suco de frutas.
Gráfico 12- Tipos de líquidos que os entrevistados costumam beber durante as
refeições
Podemos concluir que apesar do consumo médio per capita de suco de frutas
no Brasil ser baixo, um pouco mais de 1,0 litro por pessoa/ano (Pierre,2005), há uma
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7% 2%
79%
12%
Suco de frutas Refresco Refrigerante Água
tendência de mudança de hábito dos consumidores mineiros, os quais estão
consumindo mais frutas por meio dos sucos.
Na tabela 2, pode ser observado que a fruta mais consumida pelos
entrevistados é a laranja, seguida da banana, maçã e mamão. Estas são as mais citadas
dos belo-horizontinos entrevistados, ou podemos dizer que são as preferidas destes
mineiros.
Tabela 2 - Frutas mais consumidas pelos entrevistados
Nesta pesquisa há um sinalização da importância dos técnicos em extensão
rural que trabalham com fruticultura, e dos fruticultores que têm essas atividades nas
propriedades rurais do município, como forma de diversificação de atividade ou até
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1,8%442,2%181,3%111,8%15Goiaba10ª
4,7%1166,2%515,4%442,6%21Melancia9ª
3,1%762,0%164,0%333,3%27Manga8ª
4,6%1124,9%405,2%433,5%29Uva7ª
4,3%1074,8%394,4%363,9%32Pêra6ª
6,3%1568,2%676,6%544,3%35Abacaxi5ª
8,9%21910,7%886,6%549,4%77Mamão4ª
17,2%42317,1%14017,7%14516,8%138Maça3ª
18,2%44814,6%12017,7%14522,3%183Banana2ª
19,7%48416,6%13617,9%14724,5%201Laranja1ª
%N%N%N%n
Total3ª fruta mais citada2ª fruta mais citada1ª fruta mais citadaFrutasClass.
mesmo como atividade principal na propriedade. Trabalhar como agentes de difusão,
mediadores no processo de planejamento, produção e, às vezes, até na
comercialização feita entre o produtor, varejista, atacadista e consumidor final,
visando agregar mais valores ao mercado interno, pois as frutas mais citadas são
produzidas no Estado de Minas Gerais. Ou mesmo aumentar o volume da área
plantada e a produtividade destas frutas e melhorar a logística na produção e
fornecimento destas frutas ao mercado, evitando, com isso, uma maior importação de
frutas de outros Estado.
Grafico 13 - As razões que motivam o consumo de frutas
A pesquisa constatou que 82% dos
consumidores entrevistados se
importam com o valor nutritivo das
frutas, e muitas vezes o consumo de
fruta é feito simplesmente devido ao
conhecimento do indivíduo de que o
consumo de frutas proporciona a
reposição de vitaminas, proteínas e
sais minerais.
Mais de 50% dos entrevistados consideram a praticidade um fator motivador
para consumo de frutas, 47% têm no preço a motivação para consumir mais frutas e
29% compram fruta para fazer dieta.
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82%
52%
47%
29%
Nutricional
Praticidade
Preço
Dieta paraemagrecimento
Gráfico 14 - Gasto médio em reais na compra por vez de frutas
A maioria dos entrevistados (48%) gasta de R$10,00 a R$20,00 com frutas na
compra do mês, 29% gastam de R$5,00 a R$10,00, ou seja, 77% gastam até R$20,00
com frutas, por vez que realizam as compras do mês.
CONCLUSÕES
O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, atrás apenas da China
e Índia. Apesar de participar apenas com 1% do mercado mundial de exportação de
frutas, esta tendência vem se alterando gradativamente em relação ao comércio
mundial de frutas e derivados, mas infelizmente o consumo per capita interno, tanto
no Brasil como no Estado de Minas Gerais de frutas e seus derivados, ainda é muito
baixo.
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29%
48%
17%
6%
De R$5,00 até R$10,00
De R$10,00 atéR$20,00
De R$20,00 atéR$30,00
Acim a deR$30,00
O conhecimento do perfil dos consumidores é fundamental para que os
produtores de frutas e formas organizativas, os atacadistas e os varejistas de frutas
possam adequar produção, oferta e demanda às necessidades específicas e à melhoria
da qualidade do produto produzido e ofertado, tendo como prioridade o melhor
atendimento aos consumidores.
PERFIL DOS ENTREVISTADOS
65% dos entrevistados são do sexo feminino.
47% dos entrevistados recebem até 2 salários mínimos.
A maioria dos entrevistados se encontra na faixa etária de 20 a 30 anos (29%).
No geral, 71% dos entrevistados estão na faixa etária de 20 a 50 anos.
Dos consumidores entrevistados, 49% têm ensino médio fundamental, 28%,
ensino superior completo ou incompleto.
A maioria tem condições de obter informações da importância do consumo de
frutas na alimentação.
Os sacolões foram os locais mais preferidos pelos belo-horizontinos
entrevistados para realizar as compras de frutas, seguidos dos supermercados e
feiras livres.
O atributo qualidade das frutas é mais importante que o atributo preço.
64% dos entrevistados fazem suas compras de frutas semanalmente e, como
melhor opção, no sábado, seguido da quarta-feira, sendo então estes os dias
preferidos.
O valor nutricional e a praticidade são os fatores que os consumidores mais
procuram, ao consumir frutas.
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A maioria dos consumidores tem o hábito de consumir suco de frutas, sendo o
suco de laranja o preferido.
Na hora das refeições, o líquido ingerido com 79% de preferência dos
entrevistados é o refrigerante.
A laranja, a banana, a maçã e o mamão são as frutas mais consumidas e
preferidas pelos consumidores.
77% dos entrevistados gastam até R$ 20,00 com frutas a cada compra.
A expectativa é de que o perfil básico dos consumidores tratado nesta pesquisa
contribua com subsídios para os atacadistas e varejistas, feirantes e para os produtores
de frutas e suas associações, para que realizem bons negócios na cadeia produtiva da
fruticultura, bem como no planejamento, facilitando o processo de comercialização
da cadeia produtiva, na cadeia de varejistas e dos consumidores, tendo em mente a
sustentabilidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O SETOR frutícola pelas lentes do consumidor. Revista FrutiFatos, Brasília,
Ministério da Integração, n. 4, p.3 – 22, Out. 2003.
MINAS GERAIS. Governo de Estado. Secretaria de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Plano Setorial da Fruticultura. Belo Horizonte: 2007.
RETROSPECTIVA da Fruticultura 2007–Ações no mercado interno e externo
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