PERFIL DO CONSUMIDOR DE FRUTAS DE BELO HORIZONTE · A fruticultura é uma atividade agrícola com...

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AUTORES Deny Sanábio¹ Alexsandra Fernandes Caetano ² Ana Flávia Aguiar³ Fernando Eu stáquio de Matos Junior³ Viviane Silva Guedes³ Tamara Gonzaga Homem³ Graziele Eugênio³ Endereço da Central: Av. Raja Gabaglia, 1.626 - B. Luxemburgo/Belo Horizonte – MG CEP:30350-540 Telefone: (31)3349-8000 e-mail: [email protected]

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AUTORES

Deny Sanábio¹Alexsandra Fernandes Caetano ²

Ana Flávia Aguiar³Fernando Eustáquio de Matos Junior³

Viviane Silva Guedes³Tamara Gonzaga Homem³

Graziele Eugênio³

Endereço da Central: Av. Raja Gabaglia, 1.626 - B. Luxemburgo/Belo Horizonte – MG CEP:30350-540Telefone: (31)3349-8000 e-mail: [email protected]

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a FAEMG através da pessoa do Pierre Santos Vilela no apoio para

realização desta pesquisa.A Coordenadora do Curso de Nutrição da UNI-BH Joana Ferreira do Amaral

PERFIL DO CONSUMIDOR DE FRUTAS DE BELO HORIZONTE

Deny Sanábio¹Alexsandra Fernandes Caetano ²

Ana Flávia Aguiar³Fernando Eustáquio de Matos Junior³

Viviane Silva Guedes³Tamara Gonzaga Homem³

Graziele Eugênio³

1 – INTRODUÇÃO

A fruticultura é uma atividade agrícola com características bastante peculiares,

tanto técnicas como mercadológicas, e vem sendo alvo de atenção por parte do

governo federal, estadual e municipal e por empresários, todos interessados nos

números, principalmente econômicos, que a atividade tem revelado ultimamente no

seu potencial para o País.

Com uma produção de 41 milhões de toneladas, segundo dados do IBGE, de

frutas tropicais, subtropicais e de clima temperado, "o Brasil tem grande potencial de

atender a demanda crescente do mercado interno de frutas frescas, que vem

aumentando 4,5% ao ano, e de frutas processadas, como: os sucos e néctares de frutas

que vem crescendo 14% ao ano". (Jornal da Fruta 01/2008)

¹ Coordenador Técnico Estadual de Fruticultura da EMATER–MG

² Coordenadora de Estatística da EMATER–MG

³ Alunos do Curso de Graduação em Nutrição da UNI–BH

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A demanda por frutas também está aliada à elevação da renda dos

consumidores, à urbanização e a melhores níveis de informação e educação.

Consumidores norte-americanos, por exemplo, pagam mais por produtos importados

desde que apresentem qualidade de acordo com os padrões exigidos. Para garantir

qualidade, é necessário melhorar o transporte, aprimorar a infra-estrutura dos portos e

adotar os selos de certificação. Também, no âmbito internacional, são necessárias

"mudanças", sobretudo a redução das barreiras tarifárias de exportação para a Europa

e da burocracia nas fronteiras com os países do Mercosul.

Dispersa em todo o território mineiro e envolvendo dezenas de espécies

cultivadas, dada a grande diversidade climática do Estado, a fruticultura se destaca

em várias mesorregiões, ora apresentando-se como opção para diversificação de

propriedades, ora como atividade principal.

Deve-se salientar, ainda, que a produção de frutas em Minas está concentrada

em três produtos, e que, diante desse quadro, qualquer fator que afete essas culturas

causa grande impacto aos indicadores mineiros do setor. Nos últimos dez anos,

banana, laranja e abacaxi vêm respondendo por algo em torno de 80 a 90% (em peso)

de toda a produção estadual.

Para contribuir com o crescimento sustentado do setor, é necessário

desenvolver uma série de ações em parceria com o setor público e privado, visando a

integração da cadeia para difundir as boas práticas agrícolas na produção; ações de

marketing nacional e internacional e promover a junção do setor agrícola com o in-

dustrial para realização de produtos processados com maior valor agregado, buscando

sempre a sustentabilidade.

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2- TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES

As transformações sociais, principalmente aquelas que afetam o hábito de

consumo da população, têm interferido muito nas relações entre os vários segmentos

das diversas cadeias produtivas. Neste sentido, as relações tendem a ampliar a

interdependência e a especialização do setor produtivo rural, visando atender as

exigências crescentes em quantidade (escala de produção) e qualidade intrínseca dos

produtos.

Os consumidores procuram, cada vez mais, atender as suas necessidades

alimentares com uma dieta equilibrada, na qual as frutas, os legumes e as verduras

(FLV) entram como importantes fornecedores de vitaminas e minerais.

Alguns fatores de mudança no perfil do consumidor maximizam a tendência

de aumento do consumo de FLV in natura ou minimamente processado:

•O envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, pois pessoas

mais velhas consomem mais frutas e hortaliças (naturalmente ou por recomendação

médica).

•O valor nutricional desses alimentos e seu efeito no organismo, fruto de novas

tendências de preocupação com a qualidade de vida (efeito-saúde).

•Personalização do consumo, potencializando a exploração e o surgimento de nichos

de mercado.

Entre os argumentos mais freqüentes, discute-se mundialmente a questão da

segurança alimentar, ou seja, o produto deve ser seguro para quem produz,

consome e para o meio ambiente.

Alteram-se, então, os paradigmas. Ao invés de produção em quantidade, o

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objetivo principal passa a ser produtos de qualidade. Essa tendência desafia as

estruturas tradicionais de distribuição no País ao mesmo tempo em que proporciona o

desenvolvimento de novos nichos de mercado e oportunidades de negócios

especializados dentro do setor.

Nas últimas duas décadas, as novas tendências de consumo alimentar

surgem e se disseminam rapidamente, de forma que um novo costume se transforme

em padrão em pouco tempo. Assim o consumidor assume papel decisório e até

impositivo, bastante ativo, sobre a distribuição, determinando o produto e seu padrão

de qualidade.

Tornam-se valores para o consumo produtos percebidos como naturais e de

melhor qualidade, que agreguem frescor, pureza, sabor e valor nutritivo. Para atender

a essas demandas, a cadeia deve investir na maior diversificação de produtos sob

medida ao consumidor (inclusive para várias faixas etárias), relevando a

apresentação, a forma de preparo e a praticidade.

Nesse cenário, a informação e o conhecimento são ferramentas de

fundamental importância para o desenvolvimento das cadeias produtivas. Conhecer

os mercados, as tendências e o comportamento do consumidor torna-se primordial

para o planejamento, a estruturação e o desenvolvimento dos negócios.

O desafio é, portanto, adequar os atuais pólos de produção do Estado às

novas exigências e realidades dos mercados interno e externo, a fim de que possamos

garantir a competitividade e a qualidade dos produtos mineiros. Não se trata,

inicialmente, de incentivar a ampliação de novas áreas de produção, mas, sim, de

aperfeiçoar e capacitar os produtores que desejam ter na atividade frutícola uma fonte

segura e perene de rendimentos. Na outra ponta, viabilizar as condições para que o

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fluxo de informações e de produtos na cadeia produtiva dentro do Estado seja

contínuo e transparente, como base para a ampliação dos mercados e a segurança dos

consumidores.

3 – OBJETIVOS

Traçar o perfil básico dos consumidores de frutas do município de Belo Horizonte, de

maneira que este resultado gere subsídios para os atacadistas e varejistas, feirantes e

para os produtores de frutas e suas associações, para que realizem bons negócios na

cadeia produtiva da fruticultura, e contribuir para um planejamento que possibilite

uma facilidade na comercialização da cadeia produtiva, na cadeia de varejistas e dos

consumidores, tendo em mente a sustentabilidade.

4 – MATERIAL E MÉTODOS

Com intuito de averiguar os hábitos dos mineiros belo-horizontinos, em relação ao

consumo de frutas e traçando assim o seu perfil, foi realizada uma pesquisa no

município de Belo Horizonte, iniciativa do Departamento Técnico da EMATER–MG,

por meio do coordenador Técnico Estadual de Fruticultura e da coordenadora

Técnica de Estatísticas e em parceria com os alunos do curso de graduação em

Nutrição da UNI–BH. A pesquisa contou com uma amostra aleatória de 800

indivíduos, sendo esses transeuntes no centro da cidade e presentes em sacolões e

supermercados, na região central de Belo Horizonte, em bairros e nas demais

regiões da cidade. Toda análise de resultados foi segmentada por sexo, escolaridade e

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renda.

O Departamento Técnico da EMATER–MG elaborou o questionário/formulário de

pesquisa e realizou treinamento, orientação e capacitação dos entrevistadores antes de

eles saírem a campo. O período de levantamento foi de 7 meses entre a aplicação do

questionário e a apuração e análise dos dados obtidos na pesquisa (agosto/2007 a

fevereiro/2008). Os métodos utilizados foram a análise descritiva dos dados.

5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

O conhecimento do perfil do consumidor é de fundamental importância para que os

produtores, associações de produtores, atacadistas, varejistas e feirantes possam

adequar sua oferta às necessidades específicas ao público a ser atendido.

Dos entrevistados, 65% são do sexo feminino e 35% do sexo masculino. Observamos

que a mulher ainda é a principal responsável por fazer as compras e decidir o que

chega à mesa da família.

A renda bruta dos entrevistados nos dá uma visão de que a fruta é consumida

e procurada pelas diversas classes sociais.

Gráfico1 - Distribuição da renda bruta dos belo-horizontinos

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47%

31%

12%

10%

menor que 2 salários mínimos de 2 a 4 salários mínimosde 4 a 6 salários mínimos acima de 6 salários mínimos

Dos consumidores entrevistados, 95% responderam sobre a variável renda

bruta. Destes, a renda é distribuída da seguinte forma: 47% recebem menos que 2

salários mínimos, 31% recebem de 2 a 4 salários mínimos, 12% recebem 4 a 6

salários mínimos e 10 % recebem acima de 6 salários mínimos.

Embora a maioria dos entrevistados sejam de baixo poder aquisitivo, com

renda média familiar menor ou igual a dois salários mínimos, observamos que

gastam em média de R$10,00 a R$20,00 por mês na compra de frutas, igual à

maioria dos consumidores de renda alta (4 a 6 salários), ver tabela 1.

O hábito dos entrevistados de renda média familiar baixa de consumir fruta,

provavelmente pode estar relacionado à saúde, pois, com o poder aquisitivo baixo,

preferem se prevenir de doenças, tendo uma alimentação mais saudável e adequada.

Tabela 1:Distribuição de renda média familiar x gasto médio por compra de frutas

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Renda Média X

Gasto Mensal Médio

R$ 5,00até

R$ 10,00

R$ 10,00 até

R$ 20,00

R$ 20,00 até

R$ 30,00

Acima de R$ 30,00

R$380,00 a R$760,00 36% 50% 10% 4%R$760,00 a R$1.500,00 27% 53% 19% 1%R$1.500,00 a R$2.500,00 15% 47% 30% 8%R$2.500,00 a R$4.000,00 11% 57% 20% 12%

Gráfico 2 - Distribuição da faixa etária

A maioria das pessoas entrevistadas

encontra-se na faixa etária entre 20 a

30 anos. Chamou-nos também a

atenção o fato de que 71% dos

entrevistados estão na faixa etária

entre 20 a 50 anos, faixa esta que faz

parte da população economicamente

ativa.

Gráfico 3 - Grau de escolaridade

Dos consumidores, 49% têm ensino médio (antigo 2º grau) e 28%, ensino superior

completo ou incompleto (3º grau). A maioria dos entrevistados tem condições de

obter informações de produtos da fruticultura de forma transparente, com nível de

esclarecimento e opinião sobre a importância da ingestão de frutas para obter uma

vida mais saudável.

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11%

29%

22%

20%

10%

8%

Até 20 anos

De 20 a 30 anos

De 30 a 40 anos

De 40 a 50 anos

De 50 a 60 anos

Acima de 60 anos

1%22%

49%

28%

Analfabeto 1º grau 2º grau 3º grau

Gráfico 4 - Local de compra das frutas

Os sacolões são os locais preferidos

pelos mineiros de Belo Horizonte

para comprar frutas; 78% fazem

suas compras neste local; 39%

costumam também comprar em

supermercados.

Alguns motivos possíveis para a

escolha de o sacolão ser mais

freqüentado do que o supermercado

podem estar relacionados com o maior número de sacolões na cidade, em relação ao

número de supermercados; a oferta de frutas mais variadas; a proximidade do

sacolão da residência do consumidor; a variedade de oferta de outros produtos no

sacolão e a praticidade.

As feiras livres vêm perdendo espaços gradativamente, aparecendo como

terceiro local mais qualificado e procurado pelos consumidores. Percebe-se que o

número de feiras existentes na cidade vem diminuindo com o passar dos anos,

provavelmente devido às dificuldades de acesso. Geralmente acontecem em ruas que

têm de ser interditadas, e isso traz um certo desconforto ao consumidor final, apesar

de terem clientes fidedignos e fiéis até hoje.

Como podemos ver no gráfico 5, a qualidade dos produtos, higiene e limpeza são

atributos que fazem a diferença na hora em que os consumidores vão escolher o local

para comprar as frutas, e o último atributo que atrai os consumidores é pesquisar

preço antes de comprar.

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5%

39%

78%

2%

1%

Feira Livre

Supermercado

Sacolão

MercadoMunicipal

Mercado Distrital

Gráfico 5 - Atributos que atraem o consumidor a escolher o local para comprar

suas frutas

Gráfico 6 - Ranking da escolha da fruta

As três características são

importantes para o consumidor

se decidir na hora de comprar

as frutas. Como era de se

esperar, a qualidade delas

ainda é mais importante para

os consumidores do que o seu

preço. Numa escala

descrescente, a qualidade está em primeiro lugar, em segundo, a apresentação visual

da fruta e, em terceiro, o preço. A diferença em percentual dos três atributos não foi

acentuada, ou seja, o consumidor observa todos os atributos na hora da compra.

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98%

86%81%

Qualidade Apresentação(visual) Preço

98%

97%

88%

84%

83%

73%

70%

64%

57%

48%

Qualidade dos Produtos

Higiene e Limpeza

Ofertas e Promoções

Qualidade do Atendimento

Variedade de Produtos

Produtos da Época

Proximidade

Forma de Exposição

Facilidade de Pagamento

Pesquisa de Preço

Gráfico 7 - Características que mais pesam na escolha das frutas

A percepção da qualidade dos

frutos é baseada em aspectos

visuais. Dos entrevistados, 44%

relataram o que mais pesa na

decisão ao escolher as frutas, é

verificar se ela se encontra fresca

e ou nova no local de venda. Já

39% levam em consideração não

estar machucadas, 34% observam

se as frutas estão firmes e sem batidas ou amassadas, e 31% consideram a aparência

visual boa e o preço do produto um diferencial para escolher as frutas. Podemos

perceber que a diferença dos pesos dos atributos não é expressiva, ou seja, os

consumidores observam todos atributos para escolher as frutas na aquisição.

Gráfico 8 - Freqüência de compras das frutas

Dos belo-horizontinos que

participaram das entrevistas, 64%

fazem compras de frutas

semanalmente, e 19%, duas vezes por

semana. Então, dos entrevistados,

83% fazem compras semanalmente,

que é muito positivo para o mercado

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44%

39%

34%

31%

31%

Estar Fresca eNova

Não estarmachucada

Firme eConsistente

Preços

Aparência

2% 15%

64%

19%

mensal quinzenalmente

semanal duas vezes na semana

da fruticultura. Provavelmente a explicação de tal fato se dá pela perecibilidade das

frutas.

Geralmente as compras são realizadas em sacolões, e o dia mais freqüentado é

o sábado, sendo o segundo dia a quarta-feira, conforme gráfico 9, que corrobora com

o mostrado no gráfico 8. A possível explicação de ser o sábado o dia mais preferido

para a realização da compra pode está relacionada com a folga do fim de semana, que

a maioria dos trabalhadores tem.

Gráfico 9 - Dia preferido para comprar fruta

Essa informação também indica aos produtores e a suas associações, bem como aos

atacadistas e varejistas, o tipo de produto, a oferta, assim como as variedades, e os

dias de maior procura de frutas pelos consumidores ofertadas durante o ano.

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10%8%

16%14%

11%

36%

5%

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

Gráfico 10 - Consumo de suco de frutas

Percebemos que há consumo de suco

de frutas entre os mineiros de Belo

Horizonte. Dos entrevistados, 73%

disseram que têm o hábito de consumir

suco de frutas.

Gráfico 11 - Freqüência de Consumo de Suco de Frutas

Dos entrevistados que consomem

suco de frutas, 45% consomem

diariamente, 40%, três vezes na

semana, e 15%, mais de três vezes

na semana, porém não é consumido

todos os dias da semana.

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73%

27%

Sim Não

45%

40%

15%

Diariamente

3 vezes na semanamais de 3 vezes na semana

Mas, na hora das refeições, o líquido mais consumido ainda é o refrigerante.

Podemos observar que, apesar de 73% dos entrevistados afirmarem o hábito de beber

suco de frutas, na hora das refeições o líquido mais ingerido é o refrigerante, com

79% de preferência. Em seguida, os que ingerem água (12%), e os que ingerem suco

de frutas (7%), ver gráfico 12.

Esta preferência pelo refrigerante pode estar relacionada com os preços dos

sucos nos restaurantes, que geralmente são mais caros, ou, também, pode estar

relacionada com o tempo reduzido para o almoço – o preparo do suco geralmente

demora mais do que abrir uma garrafa de refrigerante – ou talvez a falta de

conhecimento sobre o valor nutricional do suco de frutas.

Gráfico 12- Tipos de líquidos que os entrevistados costumam beber durante as

refeições

Podemos concluir que apesar do consumo médio per capita de suco de frutas

no Brasil ser baixo, um pouco mais de 1,0 litro por pessoa/ano (Pierre,2005), há uma

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7% 2%

79%

12%

Suco de frutas Refresco Refrigerante Água

tendência de mudança de hábito dos consumidores mineiros, os quais estão

consumindo mais frutas por meio dos sucos.

Na tabela 2, pode ser observado que a fruta mais consumida pelos

entrevistados é a laranja, seguida da banana, maçã e mamão. Estas são as mais citadas

dos belo-horizontinos entrevistados, ou podemos dizer que são as preferidas destes

mineiros.

Tabela 2 - Frutas mais consumidas pelos entrevistados

Nesta pesquisa há um sinalização da importância dos técnicos em extensão

rural que trabalham com fruticultura, e dos fruticultores que têm essas atividades nas

propriedades rurais do município, como forma de diversificação de atividade ou até

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1,8%442,2%181,3%111,8%15Goiaba10ª

4,7%1166,2%515,4%442,6%21Melancia9ª

3,1%762,0%164,0%333,3%27Manga8ª

4,6%1124,9%405,2%433,5%29Uva7ª

4,3%1074,8%394,4%363,9%32Pêra6ª

6,3%1568,2%676,6%544,3%35Abacaxi5ª

8,9%21910,7%886,6%549,4%77Mamão4ª

17,2%42317,1%14017,7%14516,8%138Maça3ª

18,2%44814,6%12017,7%14522,3%183Banana2ª

19,7%48416,6%13617,9%14724,5%201Laranja1ª

%N%N%N%n

Total3ª fruta mais citada2ª fruta mais citada1ª fruta mais citadaFrutasClass.

mesmo como atividade principal na propriedade. Trabalhar como agentes de difusão,

mediadores no processo de planejamento, produção e, às vezes, até na

comercialização feita entre o produtor, varejista, atacadista e consumidor final,

visando agregar mais valores ao mercado interno, pois as frutas mais citadas são

produzidas no Estado de Minas Gerais. Ou mesmo aumentar o volume da área

plantada e a produtividade destas frutas e melhorar a logística na produção e

fornecimento destas frutas ao mercado, evitando, com isso, uma maior importação de

frutas de outros Estado.

Grafico 13 - As razões que motivam o consumo de frutas

A pesquisa constatou que 82% dos

consumidores entrevistados se

importam com o valor nutritivo das

frutas, e muitas vezes o consumo de

fruta é feito simplesmente devido ao

conhecimento do indivíduo de que o

consumo de frutas proporciona a

reposição de vitaminas, proteínas e

sais minerais.

Mais de 50% dos entrevistados consideram a praticidade um fator motivador

para consumo de frutas, 47% têm no preço a motivação para consumir mais frutas e

29% compram fruta para fazer dieta.

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82%

52%

47%

29%

Nutricional

Praticidade

Preço

Dieta paraemagrecimento

Gráfico 14 - Gasto médio em reais na compra por vez de frutas

A maioria dos entrevistados (48%) gasta de R$10,00 a R$20,00 com frutas na

compra do mês, 29% gastam de R$5,00 a R$10,00, ou seja, 77% gastam até R$20,00

com frutas, por vez que realizam as compras do mês.

CONCLUSÕES

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, atrás apenas da China

e Índia. Apesar de participar apenas com 1% do mercado mundial de exportação de

frutas, esta tendência vem se alterando gradativamente em relação ao comércio

mundial de frutas e derivados, mas infelizmente o consumo per capita interno, tanto

no Brasil como no Estado de Minas Gerais de frutas e seus derivados, ainda é muito

baixo.

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29%

48%

17%

6%

De R$5,00 até R$10,00

De R$10,00 atéR$20,00

De R$20,00 atéR$30,00

Acim a deR$30,00

O conhecimento do perfil dos consumidores é fundamental para que os

produtores de frutas e formas organizativas, os atacadistas e os varejistas de frutas

possam adequar produção, oferta e demanda às necessidades específicas e à melhoria

da qualidade do produto produzido e ofertado, tendo como prioridade o melhor

atendimento aos consumidores.

PERFIL DOS ENTREVISTADOS

65% dos entrevistados são do sexo feminino.

47% dos entrevistados recebem até 2 salários mínimos.

A maioria dos entrevistados se encontra na faixa etária de 20 a 30 anos (29%).

No geral, 71% dos entrevistados estão na faixa etária de 20 a 50 anos.

Dos consumidores entrevistados, 49% têm ensino médio fundamental, 28%,

ensino superior completo ou incompleto.

A maioria tem condições de obter informações da importância do consumo de

frutas na alimentação.

Os sacolões foram os locais mais preferidos pelos belo-horizontinos

entrevistados para realizar as compras de frutas, seguidos dos supermercados e

feiras livres.

O atributo qualidade das frutas é mais importante que o atributo preço.

64% dos entrevistados fazem suas compras de frutas semanalmente e, como

melhor opção, no sábado, seguido da quarta-feira, sendo então estes os dias

preferidos.

O valor nutricional e a praticidade são os fatores que os consumidores mais

procuram, ao consumir frutas.

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A maioria dos consumidores tem o hábito de consumir suco de frutas, sendo o

suco de laranja o preferido.

Na hora das refeições, o líquido ingerido com 79% de preferência dos

entrevistados é o refrigerante.

A laranja, a banana, a maçã e o mamão são as frutas mais consumidas e

preferidas pelos consumidores.

77% dos entrevistados gastam até R$ 20,00 com frutas a cada compra.

A expectativa é de que o perfil básico dos consumidores tratado nesta pesquisa

contribua com subsídios para os atacadistas e varejistas, feirantes e para os produtores

de frutas e suas associações, para que realizem bons negócios na cadeia produtiva da

fruticultura, bem como no planejamento, facilitando o processo de comercialização

da cadeia produtiva, na cadeia de varejistas e dos consumidores, tendo em mente a

sustentabilidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

O SETOR frutícola pelas lentes do consumidor. Revista FrutiFatos, Brasília,

Ministério da Integração, n. 4, p.3 – 22, Out. 2003.

MINAS GERAIS. Governo de Estado. Secretaria de Agricultura, Pecuária e

Abastecimento. Plano Setorial da Fruticultura. Belo Horizonte: 2007.

RETROSPECTIVA da Fruticultura 2007–Ações no mercado interno e externo

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