Post on 17-Apr-2015
PARTE IVPARTE IV
Violência Contra Violência Contra o Idosoo Idoso
Maus tratos: “uma ação única ou
repetida, ou ainda ausência de
uma ação devida, que causa
sofrimento ou angústia, e que
ocorre em uma relação em que
haja expectativa de confiança” (Action on Elder Abuse, apud Caderno de violência
contra a pessoa idosa, 2007).
Maus-tratos contra Idosos
... Toda ação ou omissão que prejudica o
bem-estar, a integridade física, psicológica ou
a liberdade e o direito ao pleno
desenvolvimento do idoso sendo praticados
por familiares ou pessoas que convivam no
espaço doméstico com o idoso. Pode ser
cometida dentro ou fora de casa (Caderno de
violência contra a pessoa idosa, 2007. p28)
Maus-tratos contra Idosos
Violência FísicaViolência Física
• É o uso da força física para compelir os
idosos a fazerem o que não desejam,
para feri-los, provocar dor, incapacidade
ou morte. Podem-se citar como exemplo
tapas, beliscões, contusões,
queimaduras, contenção.
Violência PsicológicaViolência Psicológica
Corresponde a agressões verbais ou gestuais
com o objetivo de aterrorizar, humilhar,
restringir a liberdade ou isolar do convívio social.
Violência SexualViolência Sexual
Ato ou jogo sexual utilizando pessoas
idosas. Esses abusos visam a obter
excitação, relação sexual ou práticas
eróticas por meio de aliciamento,
violência física ou ameaças, sem o
consentimento da pessoa idosa.
AbandonoAbandonoÉ uma forma de violência que se
manifesta pela ausência ou deserção dos
responsáveis governamentais,
institucionais ou familiares de prestarem
socorro a uma pessoa idosa que necessite
de proteção e assistência.
NegligênciaNegligência
Refere-se à recusa ou à omissão de
cuidados devidos e necessários aos
idosos por parte dos responsáveis
familiares ou institucionais.
Violência Financeira ou Econômica
Consiste na exploração imprópria
ou ilegal ou ao uso não consentido
pela pessoa idosa de seus recursos
financeiros e patrimoniais.
Violência Medicamentosa
É administração por familiares, cuidadores e
profissionais dos medicamentos prescritos,
de forma indevida, aumentando, diminuindo
ou excluindo as dosagens estabelecidas.
(Caderno de Violência Contra a Pessoa Idosa – 29)
No Brasil, os idosos passaram a partir de 2003 a
contar com um instrumento legal de proteção
contra a violência. Pela lei número 10.741 de 1º
de outubro de 2003 passou a vigorar o
Estatuto do Idoso que versa em seu artigo
quarto: “Nenhum idoso será objeto de qualquer
tipo de negligência, discriminação, violência,
crueldade e opressão, e todo atentado a seus
direitos, por ação ou omissão, será punido na
forma da lei”
PesquisasAnalise de 1.856 boletins de ocorrência
em SP, no período de 1991 a 1998,
apontou que a violência psicológica é
a forma de maus tratos mais frequente
registrada naquela delegacia, seguida da
violência física (Instituto Brasileiro de Ciências
Criminais , 2000).
No Brasil no ano de 2000 -
11,4% das mortes em indivíduos
com mais de 60 anos ocorreram
por causas externas. (Gawryszewski
et al., 2004)
Pesquisa realizada por Gaioli et al (2008) no município de Ribeirão
Preto-SP analisou os registros relacionados a maus tratos a idosos
encontrados nas delegacias de polícia no ano de 2005 utilizando
laudos de exames de corpo de delito.
constatou-se que 87% foram vitimas de maus-tratos no domicílio
e 13% foram vitima de outra forma de violência.
57% daqueles que sofreram violência não procuraram
atendimento médico
Quanto ao tipo de lesão que foi mais recorrente 36% foram vitima
de traumatismo
A percepção da violência
Pesquisa coordenada por Aguas (1996) revelou:
Argentina
90% dos idosos percebiam a violência
através de agressividade, insulto com
palavras, falta de respeito, indiferença e
abandono. Apenas 10% referiam questões
sociais e aspectos econômicos.
A percepção da violência
Chile
26,8% dos idosos apontaram já ter
sofrido alguma forma de violência e 3,2%
todas as formas de violência. Os que sofrera
maus-tratos psicológicos somaram 55,1%
da amostra.
A percepção da violência
Brasil
65%, consideravam maus-tratos a
forma preconceituosa como são tratados
pela sociedade em geral, as baixas
aposentadorias, o desrespeito que sofrem
nos transportes públicos e a falta de leitos
hospitalares para idosos. O nível micro só foi
relatado como abandono por parte das
famílias.
Em 2001, a organização Mundial de Saúde
coordenou um estudo multicêntrico em
oito países (Argentina, Áustria, Brasil,
Canadá, Índia, Quênia, Líbano e Suécia)
sobre a percepção que os idosos e
profissionais de saúde tinham sobre a
questão da violência.
No Brasil, este estudo foi realizado na cidade do Rio
de Janeiro e a violência estrutural aparece em
maior destaque descrita por fenômenos tais quais:
desrespeito dos motoristas de ônibus, a falência da
saúde pública, fazendo com que os aposentados
gastem o dinheiro com remédios e planos de saúde.
Este estudo também mostrou que uma das causas
da violência, na visão dos idosos e dos
profissionais de saúde, seria a ausência de
políticas públicas que garantam os direitos
dos cidadãos.
Fatores de riscoFatores de risco
Todo evento que se configura como um
obstáculo ao nível individual ou
ambiental e que potencializa a
vulnerabilidade do indivíduo a
resultados desenvolvimentais negativos
(Pesce, Assis, Santos e Carvalho, 2004)
Fatores de riscoFatores de risco
dependência econômica do cuidador da
pessoa idosa,
o abuso do álcool e/ou drogas pelo
familiar cuidador (Grossi e Souza, 2003).
Fragilidade,
Estado fisiológico e vulnerabilidade da
própria velhice,
Despreparo da família,
Condições sociais e econômicas precárias.
(Freitas et al., 2006)
Utilização do álcool pelo cuidador,
Falta de privacidade e autonomia por
parte dos idosos (Swageerty et al, 2006).
Ageismo - discriminação do idoso. (Couto e
Koller, 2005).
Fatores de Proteção
São fatores com potencial de minorar
eventuais efeitos negativos ou
disfuncionais na presença do risco. São
entendidos também como mediadores (Cowan, Cowan e Schulz, 1996)
Fatores de Proteção
Em relação às reações de enfrentamento dos
idosos diante de uma situação de violência
verificou-se muitos deles recorriam à religião ou
a outros parentes
(Silva, Oliveira, Joventino e Moraes, 2008).
Rede de ApoioRede de Apoio
Laços sociais reduzem os riscos de
depressão entre idosos e aumentam sua
auto-confiança (Garcia, et al. 2004).
Melhor habilidade em nível cognitivo
(Bourque, et. al. 2005)
Rede de ApoioRede de Apoio
A rede social influencia diretamente a
saúde e o bem estar porque fornece fontes
de auto-estima, de vínculos afetivos,
aumento da competência, reforço do senso
de pertença, fortalecimento da imagem
pessoal e promoção do senso de auto-
eficácia (Samuelson, 1996).
Mensagem final
(Augusto Cury, Dez leis para ser feliz da Editora Sextante, 2003)
“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à
falência.Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É
saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo
que injusta”.