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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
REFLETINDO SOBRE O USO DA PLATAFORMA MOODLE COMO
INSTRUMENTO PARA O APRENDIZADO DE INGLÊS
Vanderlei José tassi1
Profª Dra Michele Salles El Kadri2
RESUMO
O objetivo deste artigo é relatar o resultado da implementação de minha produção didática do
PDE realizada com alunos do 8º ano do Período Matutino no Col. Est. Ivanilde de Noronha.
Partindo da problematização da necessidade de incorporação de recursos tecnológicos no
ensino-aprendizagem de inglês, propus o uso da Plataforma Moodle, como instrumento
significativo, possibilitando ao aluno criar pontes e se tornar cidadão do mundo, capaz de
entender, interagir e se fazer presente em outras culturas. Levando-se em conta que as mídias
são bem atraentes para os jovens, a tecnologia tem o potencial para motivar os alunos na aula
de língua inglesa. Desse modo, procuro responder a pergunta: O uso da ferramenta Moodle
contribui para o interesse dos alunos na língua inglesa? Assim, meu objetivo geral foi intervir
nas aulas de Língua inglesa, fazendo uma experiência com a Plataforma Moodle,
apresentando-a como recurso auxiliar, para o ensino-aprendizagem da Língua inglesa, e mais
especificamente, verificar as potencialidades desta ferramenta, no sentido de motivar os
alunos para aprendizagem. Os resultados apontam que 53.57 por cento afirmaram que sim, e
aqueles que afirmaram que não parecem que o motivo, é a dificuldade – falta de letramento
digital e/ou acesso.
Palavras-chaves: Tecnologia - Motivação - Inglês
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é relatar a experiência de implementação da minha produção
Didática do PDE. A intervenção foi realizada no sentido de investigar os resultados obtidos
para o ensino-aprendizagem da língua Inglesa por meio do Moodle em escolas púbicas.
Partindo da problematização da necessidade de incorporação de recursos tecnológicos na
educação. Autores como MORAN, 2001, Prensky (2001), Paiva (2001) O`reilly (2005),
Sabattini (2007), e outros têm enfatizado os motivos e os benefícios para se trazer a
tecnologia para a escola.
A justificativa para realizar este trabalho é oriunda do fato de que vivemos em um
mundo em constante mudança e o processo de globalização acelera e expande os limites de
1 Professor PDE. Lotado no Colégio Estadual “Ivanilde de Noronha” Ensino Fundamental e Médio. Arapongas –
PR, 2014. 2 Orientadora: Professora do Departamento de LEM – Inglês, Universidade Estadual de Londrina, 2014.
interação dos indivíduos. Aprender inglês significa hoje, uma possibilidade de criar pontes e
se tornar cidadão do mundo, capaz de entender, interagir e se fazer presente em outras
culturas. Portanto, se torna necessário refletir sobre as maneiras de educar e entender o
ambiente da sala de aula e dos seus educandos, uma vez que encontramos um grande número
de alunos cada vez mais desmotivados e que, não veem a Língua Inglesa como disciplina
importante. Na busca de alternativas viáveis para melhorar o desenvolvimento das aulas de
inglês, propõe-se o uso de novas tecnologias, pois ela não conhece fronteiras, os alunos
gostam e é uma maneira de trabalhar a Língua Inglesa de forma prazerosa e agradável.
De acordo com Moran (1995) o aprendizado da língua estrangeira moderna – inglês –
tem o potencial de oportunizar aos educandos um engajamento com o mundo social que os
cercam (acadêmico, científico, tecnológico, humano), e o de possibilitar entrar em
contato com outras civilizações e culturas. E essa questão foi ampliada pelo uso das
tecnologias. Conciliado o ensino de inglês com as potencialidades das ferramentas
tecnologias, segundo o autor, significaram ampliar o engajamento do aluno no mundo social,
pois as tecnologias possibilitaram este contato mais rapidamente, modificando o modo de ver
ao seu arredor. Pois “a tecnologia modifica algumas dimensões da nossa inter-relação com o
mundo, da percepção, da realidade, da interação com o tempo e o espaço” (MORAN, 1995, p.
24-26).
Levando-se em conta que as mídias são bem atraentes para os jovens, e visto que na
sua maioria, tem acesso a elas. A tecnologia tem o potencial para motivar os alunos na aula de
língua inglesa. Desse modo, procuro responder a pergunta: (O uso da ferramenta Moodle
contribui para o interesse dos alunos na língua inglesa?), que me proponho a apresentar o
resultado desta pesquisa.
Assim, meu objetivo geral foi - intervir nas aulas de inglês com o uso da Plataforma
Moodle3 apresentando-a como recurso auxiliar para o ensino de Língua inglesa. Mais
especificamente, objetivo verificar as potencialidades do uso do Moodle para motivar os
alunos na aprendizagem desta Língua.
Desse modo, a proposta de trabalho se justificou pela necessidade de apresentar aos
alunos, subsídios para que sentissem interesse e reconhecessem a importância de aprenderem
a língua inglesa. O uso das tecnologias foi apontado como ferramenta que tem o potencial
para nortear o aprendizado de uma nova língua.
3 Para uma visão mais abrangente sobre a Plataforma Moodle, consultar Sabattini (2007).
Portanto, neste artigo, apresento o referencial teórico básico desta intervenção, o
contexto em que trabalhei e apresento os resultados obtidos.
2 REFERENCIAL TEÓRICO:
2.1 Tecnologia e educação
Segundo Sancho (2006), a introdução das tecnologias de informação e da
comunicação nas escolas é uma realidade, pois ela já faz parte de nosso cotidiano, do
cotidiano da sociedade. Pois de acordo com o autor, quando pensando no processo ensino
aprendizagem é preciso que o professor a utilize de maneira a enriquecer o seu trabalho para
que não sejam utilizados de maneira a “florear” velhas práticas pedagógicas, em que o
decorar, o copiar e o reproduzir são os fundamentos da didática de sala de aula.
Segundo Martín-Barreto (1998), vivemos num momento de severas mudanças
tecnológicas onde as dispersões de informações permitem cada vez mais compartilhar dados,
imagens, textos, mensagens, vídeos, sugerindo novas formas de se expressar criando novos
modos de ensinar e aprender através dos meios de comunicação e de informação, pois:
[…] os meios de comunicação e as tecnologias de informação significam para a escola, sobretudo um desafio cultural, que deixa visível a cada dia a
brecha cada vez maior entre a cultura a partir da qual os professores ensinam
e aquela outra a partir da qual os alunos aprendem (MARTÍN-BARBERO,
1998, p. 67).
O autor ressalta que os fenômenos midiáticos estão presentes em nossa sociedade e
poderia ser mais aproveitado nas escolas mediante as relações de construção de
conhecimento. Para essa construção de conhecimentos temos que entender esse cenário tão
midiático das novas estruturas sociais, bem como a evolução da sociedade, pois o ser humano,
“[...] à medida que foi evoluindo foi também criando novas formas de se comunicar ao
mesmo tempo em que fez da comunicação uma aliada na construção e organização da
sociedade em que vive” (DALLA COSTA, 2005, p.11-20 APUD SANCHO 2006, P. 11).
De acordo com Castells (1999), estamos vivendo um período de evolução social, por
termos tanto aparato tecnológico. Para ele:
Ao redor deste núcleo de tecnologias da informação, definido em um sentido
mais amplo, uma constelação de grandes avanços tecnológicos vem
ocorrendo, nas duas últimas décadas do século XX, no que se referem a
materiais avançados, fontes de energia, aplicações na medicina, técnicas de
produção (já existentes ou potenciais, tais como a nanotecnologia) e tecnologia de transportes, entre outros. Além disso, o processo atual de
transformação tecnológica expande-se exponencialmente em razão de sua
capacidade de criar uma interface entre campos tecnológicos mediante uma
linguagem digital comum na qual a informação é gerada, armazenada, recuperada, processada e transmitida. Vivemos em um mundo que, segundo
Nicholas Negroponte, se tornou digital (CASTELLS, 1999, p. 49).
Segundo Castells (1999), estamos passando por um período de mudanças (século XX
e início do XXI) um espaço de tempo que esta criando novos paradigmas com características
tecnológicas e essas tecnologias estão mudando, não somente o modo de conceber as
informações, mas a questão cultural da sociedade.
Com toda essa mudança cultural da sociedade, Brito e Purificação (2003) salientam
que toda e qualquer cultura das mídias que os alunos trazem para o ambiente escolar deve ser
analisada e questionada para a sua inserção no ambiente escolar, pois todas as experiências
são validas quando se fala em mídias. Para o educador o desafio é ajudar a tornar a
informação significativa e importante e compreendê-la de forma mais profunda (MORAN,
2001). Neste sentido, corrobora-se com Moran (2001, p. 29) quando enfatiza que:
Ensinar e aprender exige hoje muito mais flexibilidade espaço temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de
pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a
extensão da informação, a variedade das formas de acesso, com o aprofundamento de sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos
engessados. Temos informações demais e dificuldade em escolher quais são
significativas para nós e em conseguir integrá-las dentro de nossa mente e da
nossa vida.
Segundo os PCNs (BRASIL 2008), é importante destacar que para termos um maior
êxito na inclusão digital devemos oportunizar o educando com o uso de tecnologias, de modo
que ele não somente a veja como um instrumento de aprendizado, mas como um meio
socializador que o insira na sua comunidade e no mundo globalizado em que vive.
Salientamos, porém, que um projeto de inclusão poderá aumentar o sentimento de exclusão se considerar o usuário apenas como um consumidor
dessa linguagem em vez de lhe abrir oportunidade de compreensão do seu
papel também de produtor dessa linguagem. (BRASIL, 2008, p. 95).
Ainda de acordo com os PCNs (BRASIL 2008), temos que pensar em um ensino de
Língua Estrangeira que contribua favoravelmente para o crescimento intelectual do educando,
não o excluindo devido a sua realidade econômica e cultural.
Segundo Araújo (2007), vivemos em uma era em que o computador está presente em
quase todos os lares brasileiros. Com a popularização do meio de comunicação internet, a
navegação se tornou um espaço de práticas sociais. Ainda segundo Araújo (2007), esse espaço
tem chamado a atenção de alguns cientistas como linguistas (MARCUSCHI; XAVIER,
2004), pedagogo (PEREIRA, 2004), psicólogo (WALLACE, 2001), antropólogos e
sociólogos (MAYANS, 2002) tentando compreender esse meio de comunicação digital.
Ainda para Araújo (2007), a internet gera novas formas de trabalhar a linguagem,
criando novos gêneros. E com o crescimento desta gerando uma constelação de gêneros, já
que existem vários tipos de bate-papos, cujas funções sociais variam muito.
Segundo os PCNs (BRASIL, 2002, p. 19), “a discussão sobre a incorporação das
novas tecnologias na prática de sala de aula é muitas vezes acompanhada pela crença de que
elas podem substituir os professores em muitas circunstâncias. Existe o medo dá máquina
como se ela tivesse vida própria” (BRASIL, 2002). Os autores supracitados Araújo (2007),
afirmam que não há risco de que as máquinas substituam os professores, visto que os
educandos principalmente no Ensino Fundamental e Médio não tem maturidade suficiente,
nem disciplina para aprender com auxilio de uma máquina somente.
Desse modo Marcuschi (2005) salienta que os gêneros textuais emergentes em
ambientes virtuais são relativamente variados e na sua maioria similar a outros ambientes,
tanto na escrita quanto na oralidade. Gêneros eletrônicos são polêmicos e causam impacto na
linguagem e vida social. Com sua versatilidade a internet compete com ações comunicativas
como do papel e do som.
O autor também ressalta que a internet faz sucesso pelo fato de ser uma nova
tecnologia e reunir em um só lugar várias expressões e veicular com extrema rapidez.
Segundo o autor, o que as tecnologias digitais podem ajudar ou atrapalhar o ser humano,
principalmente falando de participação em “e-mail”, “bate-papo virtual” (chat), “aula-chat”,
“listas de discussão”, “blog” e outras expressões da denominada “e-comunicação”, pois o
conteúdo e o uso da língua envolvida nessas discussões podem tanto ajudar o indivíduo
quanto atrapalhar. Por isso, ele ressalta que devemos analisar quais os efeitos das novas
tecnologias na linguagem e o papel da linguagem nessas tecnologias, para termos convicção
que essa possa ser um meio de ensino para auxiliar os educandos na sua tarefa de aquisição de
conhecimento, criando no educando uma cultura que as tecnologias podem ser usadas em seu
favor, unindo o útil ao agradável.
Autores têm enfatizado os motivos e os benefícios para se trazer a tecnologia para a
escola. De acordo com Prensky (2001), com o avanso da tecnologia nas salas de aula é para o
apoio, já que “o papel da tecnologia é apoiar o paradigma de ensino novo. Isto é, o papel da
tecnologia - e seu único papel - deve ser o de apoiar os alunos ensinando-se (coma orientação
de seus professores.)” (PRENSKY 2001, p. s/n).
De acordo com Prensky (2001), as ferramentas disponíveis na internet orientam os
alunos de forma que eles possam compreender o seu uso e selecionar o melhor conteúdo para
que o estudo faça sentido e ele tire suas conclusões e o professor seja o seu guia, dando lhes
um norte. Ao usar as tecnologias os alunos estão ensinando a si mesmos e “o papel do
professor não deve ser um uma tecnológico, mas um intelectual - para proporcionar aos
alunos com o contexto, garantia de qualidade, e ajuda individualizada”. (PRENSKY 2001, p.
s/n).
O papel da pedagogia “nova” é de ajudar os alunos a instruir-se com o apoio do
professor para a realização de um bom trabalho “ensino/apredizagem” e o papel da tecnologia
na educação não é uma pedagogia totalmente nova, mas esta deixando os educadores meio
confusos ao seu uso em sala de aula. O autor declara que:
Levou um tempo, mas eu acho que eu finalmente chegar a uma declaração
única, abrangente e acionável do papel da tecnologia na sala de aula. Isso é fundamental, porque muitos educadores estão se tornando confusos e
frustrados por uma miríade de abordagens e formas de falar sobre o papel da
tecnologia. (PRENSKY 2001, p. s/n).
O autor acrescenta que essa pedagogia embora não seja nova para alguns professores,
ela está transitando entre antigos e novos paradigmas e se tornando aceita de modo geral.
De acordo com Paiva (2001) com o advento das novas tecnologias o processo
ensino/aprendizagem tornou-se mais interessante visto que com o uso das mesmas traz uma
gama de recursos para o aprimoramento das atividades para o ensino e com a Língua
Estrangeira não é diferente, pois temos a possibilidade de usar novas formas de práticas
pedagógicas de ensino bem como a possibilidade de interação entre os educandos.
Ainda segundo a autora, quando falamos em novas tecnologias no processo
ensino/aprendizagem, estamos falando principalmente na Internet e em suas diversas
possibilidades de uso como, por exemplo, um uso de uma Plataforma Moodle para a aquisição
de habilidades que enfoquem o aprendizado da Língua Estrangeira. Habilidades como leitura,
interpretação, compreensão, escrita, oralidade - salienta Paiva (2001) - são desenvolvidas num
processo de produzir e aprender conhecimento através de experiências que visam às
contribuições e as vivências que contribuem para o melhoramento da consciência social e da
sociedade que o cerca.
Segundo Paiva (2006), a formação mediada pelas tecnologias da informação e da
comunicação (TICs) oferece oportunidades de interação comunicativa, reflexão sobre o uso
da Língua Inglesa no mundo contemporâneo, reflexão sobre a formação continuada em
serviço e permite a construção do conhecimento de maneira conjunta, com o outro, através
das ferramentas da comunicação e interação. A pesquisa voltada para o ensino-aprendizagem
de LE através das novas tecnologias vem trabalhando com experiências de produção conjunta
de processos aplicáveis ao ensino para as necessidades locais dos professores devido à
ausência de projetos dessa natureza e de materiais didáticos para o ensino de Língua
Estrangeira nas escolas públicas.
Ainda segundo Paiva (2006), vivemos em um mundo em constantes mudanças.
Mudanças nas formas de trabalhar, vestir, mover-se, e nas tecnologias e na educação não
poderiam ser diferentes, pois os alunos trazem todas essas mudanças para a sala de aula.
Mudanças que obrigam o professor a mudar também. A popularização das tecnologias
digitais fez com que as pessoas tivessem mais rapidamente acesso as informações e com isso
a escola com seus métados tradicionais não esta sendo um lugar “legal” para ficar e obter
informações (estudar).
Em relação às tecnologias, Prensky (2001) salienta que as pessoas convivem num
mundo digital com acesso a computadores, videogames, tocadores de música digitais,
câmeras de vídeo, telefones celulares e outras tecnologias digitais e desde pequeninos ganham
seus brinquedos tecnologicos. Passam quase toda infância plugados a algum tipo de
tecnologia e passam a pensar diferente de seus antepassados pelo processo que eles foram
criados. Para isso eles foram designados de Nativos Digitais.
As pessoas que nasceram antes da era digital tentam se enquadrar ao sistema e são
definidas segundo Prensky (2001, p. s.n), “como Imigrantes Digitais e aprendem - como todos
os imigrantes, alguns mais do que outros - para se adaptarem ao seu ambiente, eles sempre
mantem, em algum grau, o seu "sotaque", isto é, o seu pé no passado”. Mesmo com o novo
aprendizado o imigrante tem certo receio de “mexer” com as tecnologias, pois tem medo de
estragar, e no caso especifico da internet, entrar em sites com virus, etc.
Os nativos digitais pensam mais rapidamente, segundo o autor, pois para eles a escola
tornou-se um lugar obsoleto, sem atrativos, pois seus professores, na maioria, são imigrantes
digitais e persistem em trabalhar mais no tradicional, que para eles não é atrativo, quer
aprender de formar diferentes, com uma linguagem diferente. Para isso devemos criar
atrativos, como salienta Prensky (2001, p. s/n) “precisamos inventar metodologias digitais
para todas as disciplinas, em todos os níveis, com os nossos alunos para nos guiar”.
Precisamos encontrar maneiras e com o apoio das partes envolvidas para solucionarmos a
questão da tecnologia digital em nossas escolas.
Conforme Moran (2009) a vantagem do uso da ferramenta internet é que ela motiva os
alunos pela sua imensa possibilidade de pesquisa oferecida e se essas possibilidades forem
trabalhadas como instrumento de aproximação, de confiança, de comunicação autêntica entre
professor e aluno, a motivação aumenta.
Ainda segundo o autor, se trabalharmos com a internet com o intuito de pesquisar,
comunicar, divulgar, proporcionará mais prazer às aulas, pois os alunos que só se comunicam
com outros alunos de inglês do seu cotidianamente, com as tecnologias têm a possibilidade de
interação real e uma interação que ultrapassam os muros da sala de aula tradicional e
possibilitando o contato com pessoas de diversas partes do mundo, o que é fundamental para
o ensino de língua inglesa.
Neste processo de globalização e do avanço tecnológico surge em conformidade com
Xavier (2005), o termo Hipertexto, um formato de texto que ele mesmo conceitua como “um
formato de texto sobre o qual os discursos doravante deverão se (hiper) textualizar.”, ou:
Por hipertexto entendo ser uma forma híbrida, dinâmica e flexível de linguagem que dialoga com outras interfaces semióticas, adiciona e
acondicionam à sua superfície outras formas de textualidade. (XAVIER,
2005 p. 171)
Com o advento das novas tecnologias da comunicação, a inserção de hipertextos nos
ambientes comunicacionais bem como educacionais, traz consigo o conceito de leitura que
embasado nas palavras de Freire (1989, p.11), é definido que “a leitura de mundo precede a
leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade de
leitura daquele”. A partir desta definimos que o leitor compreende o mundo ou o hipertexto
não por leituras isoladas, mas sim por uma leitura contextualizada, pois este novo gênero
também é constituído por sons, imagens, gráficos trazendo uma leitura mais significativa, ou
seja:
[...] na esteira da leitura do mundo pela palavra, vemos emergir uma tecnologia de linguagem [...] que não é apenas composta por palavras, mas
junto com elas encontramos sons, gráficos, diagramas, todos lançados sobre
uma mesma superfície perceptual, amalgamados uns sobre os outros formando um todo significativo e de onde os sentidos são complexicamente
disponibilizados aos navegantes do oceano digital. (XAVIER, 2005, p.171)
De acordo com Silva (2005), com suas amplas possibilidades, o hipertexto por ser
pluritextual, ou seja, com possibilidade de serem textos verbais e não verbais ao mesmo
tempo, causa em seu leitor um envolvimento ou apenas dá uma visão geral, pois o leitor não
fica apenas em decodificações de palavras, tendo que observar tudo, fazendo um
posicionamento diante do texto para que tenha uma significação de mundo.
Entretanto, a autora comenta que o ensino de língua inglesa baseado no hipertexto
como ferramenta torna-se de grande valia, visto que envolve aspectos defendidos pelos PCN-
LE, tais como: socialização do discente, formação crítico-reflexivo, posicionamento diante do
mundo, aprimoramento da capacidade leitora e produtora de discursos, e em ambiente digital,
o blog, internet, Moodle como gênero virtual é o local em que o aluno pode desenvolver todas
essas capacidades apresentadas acima.
Contudo, ela argumenta que com a evolução da internet possibilitou a professores e
alunos de língua estrangeira ou não o contato com produção cultural de outros países com
seus idiomas em salas de chat, listas de discussão, fóruns, homepages, páginas com conteúdos
didáticos específicos para as diversas línguas tais como enciclopédias, jornais, revistas e
outros sites que oferecem atividades para a aprendizagem.
Segundo O`reilly (2005), com o aprimoramento da internet, ela vem ganhando mais a
atenção dos professores de língua estrangeira, pois as ferramentas da web 2.0 como Moodle,
Blogs, Wikis, Podcasting, RSS, entre outros contribuem para o aprimoramento dos estudos
com essa troca de informações entre internautas. Tim O‟Reilly, criador do termo web 2.0
postou em seu Blog uma definição sobre o termo. Nas palavras do autor:
Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um
entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre
outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os
efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas (O‟REILLY, 2005, p. s/n).
Ferramentas criadas para uso comum, porém utilizadas como recursos adicionais no
ensino de língua estrangeira. O ensino on-line utilizando recursos de áudio, imagens, vídeos
em uma única tarefa, proporcionando aos alunos uma participação mais ativa no processo de
construção de conhecimento. Segundo Valente e Mattar (2007), a web 2.0 contribuiu no
processo de montagem do conteúdo dos sites criando uma “sociedade de autores”. O aluno
assume outro papel na aprendizagem. Os autores ressaltam que:
[...] o aluno passa também a ser, além de leitor, autor e produtor de material didático, e inclusive editor e colaborador, para uma audiência que ultrapassa
os limites da sala de aula, ou mesmo do ambiente de aprendizagem. A
habilidade para acessar e publicar conteúdo com facilidade nos força a repensar o que esperamos de nossos alunos, e inclusive o que significa
ensinar e aprender. (VALENTE e MATTAR 2007, p. s/n).
O autor comenta que com essa transformação, professores usam ferramentas como o
Moodle, Blog, Wiki, Podcasting e o RSS feeds, entre outros recursos da web 2.0 para
produzir material para os seus educandos. Portanto com o uso de uma tecnologia que vem a
favorecer o ensino, dando lhes várias alternativas para a sua melhor compreensão
desenvolvendo habilidades nos educando de forma colaborativa com os seus colegas e
professor, transforma em uma ferramenta inovadora, para o ensino.
2.2 A ferramenta Moodle
Uma ferramenta que tem sido recentemente enfatizada como potencializadora da
aprendizagem é a ferramenta Moodle. De acordo com a Wikipédia, a Plataforma Moodle é a
abreviação de “Modular Object Dynamic learning Environment”, um softwere live, de apoio à
aprendizagem, executado num ambiente virtual. A expressão designa ainda o Learning
Management System (Sistema de gestão da aprendizagem) em trabalho colaborativo baseado
nesse programa, acessível através da Internet ou de rede social. Em linguagem coloquial, em
lingua inglesa o verbo "to moodle" descreve o processo de navegar despretensiosamente por
algo, enquanto fazem-se outras coisas ao mesmo tempo. Utilizado principalmente num
contexto de e-learning ou b-learning, o programa permite a criação de cursos "on-line",
páginas de disciplinas, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem, estando
disponível em 75 línguas diferentes. Conta com 25.000 websites registados, em 175 países.
O conceito foi criado em 2001, pelo educador e cientista computacional Martin
Dougiamas. Voltado para programadores e acadêmicos da educação, constitui-se em um
sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on-
line, em ambientes virtuais voltados para a aprendizagem colaborativa. Permite, de maneira
simplificada, a um estudante ou a um professor integrar-se, estudando ou lecionando, num
curso on-line à sua escolha. A plataforma Moodle apresenta como pontos fortes, quando
utilizado para o ensino:
Aumento da motivação dos alunos;
Maior facilidade na produção e distribuição de conteúdos;
Partilha de conteúdos entre instituições;
Gestão total do ambiente virtual de aprendizagem;
Realização de avaliações de alunos;
Suporte tecnológico para a disponibilização de conteúdos de acordo com um
modelo pedagógico e design institucional;
Controlo de acessos;
Atribuição de notas.
A plataforma Moodle tem o potencial de ampliar o desenvolvimento de compreensão e
escrita segundo Dougiamas (1998), esse suporte estimula várias situações de comunicação
entre os participantes. Segundo este autor, o Moodle se diferencia de outras plataformas pelo
fato de sua interface ter sido desenhada com base no modelo social de aprendizagem, ou seja,
centrado no aluno. Neste sentido, várias propostas vêm tentando utilizar ferramentas
tecnológicas nas aulas de LI. A Plataforma Moodle tem sido uma dessas ferramentas.
Segundo Franco (2009), a quantidade e a qualidade das aprendizagens desenvolvidas a partir
de um Moodle dependem as condições institucionais e profissionais, mas também das
condições de prontidão e envolvimento dos atores envolvidos no processo educativo.
De acordo com Santos (2011), a percepção dos alunos em relação à ferramenta
Moodle é aproveitar e potencializar a flexibilidade proporcionada pelo ambiente de
aprendizagem e com isso apontar, identificar e fazer as modificações em prol do processo de
aprendizagem. A autora demonstra que a utilização da tecnologia Moodle como instrumento
no processo do ensino e aprendizagem é fato que se (re) afirma em contextos de diversas
áreas, do ensino básico ao superior. Em sua experiência, ela trabalha com alunos pós-
graduando de língua estrangeira para ver as possibilidades de interação e dinamicidade. Para
ela esses fatores motivam, proporcionam aos alunos realizar um ensino inovador, visto que
suas atividades são realizadas no prazo e bem elaboradas, porem há divergências quanto ao
uso da Plataforma, talvez pela falta de desenvolvimento da aplicabilidade do recurso que por
sua vez acaba demonstrando muita insegurança e, consequentemente, dificuldades para
desenvolver e movimentar o processo de aprendizagem na plataforma.
Neste sentido, Tagata (2012) aponta que o ensino em uma abordagem tão inovadora
por si só não garante uma aprendizagem se usada com critérios de sala de aula, pois “o
potencial do Moodle para a colaboração depende, portanto, de suas formas de utilização e das
concepções epistemológicas, crenças e princípios pedagógicos subjacentes à sua utilização”
(p. 83). Contudo, se usada de forma correta ele se torna um espaço de aprendizagem
democrático, pois possibilita ao professor levar em conta as diferenças individuais no
aprendizado de cada aluno. De acordo com o autor, o uso da Plataforma no ensino da
disciplina de Língua Inglesa contribui para desenvolver um senso de inclusão social e o
letramento crítico dos alunos, pois quando o aluno passa a compreender, ouvir, escrever, falar
de uma maneira mais crítica e isso aprimorado com o apoio do Moodle de maneira paralela ao
conteúdo de sala de aula, possibilitando seu crescimento enquanto cidadão.
A partir das potencialidades oferecidas pelo Moodle (fóruns de discussão, diários,
glossários, tarefas, chats, questionários, etc...), Franco (2010) considera a plataforma como
adequada para o uso pedagógico, como um componente on-line para o ensino-aprendizagem
do inglês através da interação entre os participantes (alunos e professor). Segundo ele, fatores
como a boa navegabilidade, design e interatividade também contribuíram para a escolha do
Moodle como instrumento de ensino aprendizagem, pois ela tem formato simples, permitindo
que o aluno enfoque mais no conteúdo, interagindo com seus colegas, descrevendo seus
comentários, etc.
Ainda segundo Franco (2010), o professor poderá criar um curso on-line ou um
componente on-line para complementar um curso presencial, ou seja, exemplificar, informar
mais os seus alunos com esse recurso. Recurso usado para o ensino-aprendizagem de leitura
instrumental em inglês e esse recurso permite ao aluno a interação (alunos e professor) e com
ele mesmo observando suas produções e a partir disso construir novos conhecimentos ou
refletindo sobre o que já fez.
Segundo Paiva (2001), a língua inglesa é a língua comercial do mundo e, portanto a
linguagem da internet e seu aprendizado tornam-se cada vez mais necessário, e também cada
vez mais acessível às pessoas. Sobre essa perspectiva o ensino com apoio das ferramentas
tecnológicas disponibilizadas no ambiente Moodle contribui para maior interação no ensino
presencial, motivando-o para uma melhor interação.
O uso da plataforma Moodle pode colaborar para um ensino mais próximo do sugerido
pelos documentos oficiais. O ensino de língua estrangeira moderna proposta nas Diretrizes
Curriculares do Governo do Estado do Paraná, para os anos finais do ensino fundamental,
prevê a formação de um estudante capaz de reconhecer e compreender a diversidade
linguística e cultural com o objetivo de se apossar discursivamente e de apoderar-se das
possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. (PARANÁ,
2008, p.53). Para que isso aconteça, faz-se necessário superar a visão de ensino de língua
estrangeira apenas como meio para se atingir fins comunicativos, mas “que contribua para
reduzir desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam.” (PARANÁ,
2008, p.49).
Os fundamentos teórico-metodológicos que referenciam as Diretrizes Curriculares da
rede pública de educação básica do Estado do Paraná de língua estrangeira moderna são
orientados pela pedagogia crítica, cuja abordagem “valoriza a escola como espaço social
democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, como
instrumento de compreensão das relações sociais para a transformação da realidade”
(PARANÁ, 2008, p.52). Dessa forma, a escolarização preocupa-se não apenas com o saber
como resultado, mas com o processo de sua produção e as tendências de sua transformação.
“A Escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que
sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas (PARANÁ, 2008,
p.52).” Utilizar tecnologia nas aulas de língua inglesa pode colaborar para estas questões.
Assim, o ensino de Língua Estrangeira deve ser norteado para um propósito maior de
educação, buscando relações entre língua, texto, sociedade, as tecnologias e as estruturas. “E a
aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades significativas, as quais
explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com o
que o cerca”. (PARANÁ, 2008, p. 64).
3 METODOLOGIA
O presente projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Ivanilde de Noronha –
Ensino Fundamental e Médio, na cidade de Arapongas, Paraná, com alunos do 8º ano do
ensino fundamental regular, no primeiro semestre de 2014.
Segundo o PPP (2012) o Colégio Estadual Ivanilde de Noronha – Ensino Fundamental
e Médio de 20 de dezembro de 1957, esta situado na Rua Rouxinol, nº 2008 no bairro Vila
Aparecida no município de Arapongas – Paraná. O Colégio oferece durante o ano letivo
turmas do Ensino Fundamental, Ensino Médio, CELEM, Sala de Apoio (6º e 9º anos) e
Programa de Complementação Curricular em contraturno.
Por estar localizado em uma região onde as pessoas mais humildes vivem e grande
parte dos alunos situa-se na faixa socioeconômica médio-baixa ou baixa, sendo que a renda
familiar da maioria é de 1 a 3 salários mínimos. As pessoas envolvidas neste processo de
ensino aprendizagem, sendo nossos alunos filhos de pais da classe trabalhadora, passam um
período na escola e o outro em casa, e como seus pais, e na maioria, não cobram as atividades
de seus filhos, direto ou indiretamente, isto reflete no processo pedagógico, isto porque, sem
querer cair no senso comum, à realidade conferiu a esta escola múltiplas ações de resolução
de problemas sociais e econômicos, ficando o conteúdo das disciplinas renegado há um tempo
insuficiente para atender todas as necessidades que incidem no processo escolar. Mesmo
sendo filhos da classe trabalhadora em sua maioria tem acesso a computadores, seja em casa,
Lan House, casa de parentes, amigos, etc. e isso fez com que eles tivessem bastante interesse
pelas mídias.
Neste trabalho, foram utilizadas as seguintes estratégias para a orientação do uso das
tecnologias no ensino de língua para facilitar a aprendizagem:
- selecionou se temas, textos, vídeos e músicas a serem trabalhados;
- criou atividades na Plataforma Moodle;
- propus uma atividade inicial que leve o aluno a compreender e familiarizar-se com o
uso do computador como ferramenta de aprendizagem. Essa estratégia consistiu em
desenvolver nos estudantes a habilidade para manusear os computadores de forma que
pudessem acessar a Plataforma Moodle e através dela fazer atividades que possam
melhorar os seus conhecimentos.
4 A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
Com o intuito de melhorar o aprendizado da língua inglesa foi produzido um material
pedagógico fundamentados em alguns autores (como por exemplo, Moran (2001), Prensky
(2001), Paiva (2001) O`reilly (2005), Sabattini (2007), e outros) para produzir ações
pedagógicas mais significativas para os educandos.
A proposta do material teve como objetivo o uso da Plataforma Moodle (Modular
Object-Oriented Dynamic Learning Environment) como auxílio para o ensino-aprendizagem
da língua inglesa, pois o uso dessa tecnologia auxiliaria na sua formação intelectual e como
cidadão.
Como a ideia era tornar a aprendizagem mais dinâmica para o aluno foram elaboradas
algumas ações como, por exemplo: o uso de tecnologias como o computador, a internet, a
Plataforma Moodle e inserido na plataforma o material pedagógico, visando o
desenvolvimento de estratégias de Reading, speaking, listening e writing; trabalhando com
filmes, músicas, jogos, textos, para que os alunos consigam engajar-se em atividades lúdicas,
significativas e contextualizadas, dando a oportunidade de construir o seu próprio caminho de
maneira mais independente, garantindo a inteligibilidade, observando o seu conhecimento
prévio, que é importante na construção de significados.
Uma das ações de implementação foi uma enquete com os alunos testando o
conhecimento de cada um, sobre o uso de computador, da internet. Precisava conhecer as
reais condições da turma, que tivesse maior possibilidade para atuar no Projeto. Após, escolhi
a turma, que tinha mais acesso a internet, em casa, ou em outros lugares, para a execução de
atividades complementares, que seriam feitas fora da escola.
Outra ação foi à entrevista e explanação do projeto, feita para os alunos do 8º ano do
ensino fundamental, turma B do Colégio Estadual Ivanilde de Noronha em Arapongas-PR. O
interesse dos alunos no projeto foi bom, pois estávamos falando de duas coisas de interesse
deles: Aprender e tecnologias. Participaram os 28 alunos matriculados na turma. A proposta
teve início no terceiro período do PDE, ocorrendo os encontros, duas vezes por semana,
somando num total de trinta e oito aulas.
A primeira atividade desenvolvida foi à apresentação da Plataforma Moodle para os
alunos. Para essa apresentação foi utilizada o data show onde foi explicado cada parte, o que
significa e suas funcionalidades. Após a apresentação da Plataforma Moodle, os alunos foram
instruídos a acessar a o endereço eletrônico www.moodle.uel.br para que pudessem fazer a
sua inscrição no projeto. Uma vez estando na plataforma os alunos fizeram a suas inscrições
no curso “A Plataforma Moodle como Instrumento para o Aprendizado de Inglês” e
começaram a por em prática o que tinham aprendido, explorando a plataforma. A inscrição na
plataforma está vinculada a um endereço de e-mail e essa foi uma dificuldade encontrada,
pois boa parte dos alunos não se lembrava da senha ou mesmo não tinham e-mail. Então para
efetuar a sua inscrição de cada aluno, foi preciso criar um e-mail para os que não tinham, e
depois fazer a inscrição. Alguns sentiram muita dificuldade e precisaram da ajuda do
professor para realizar esta etapa.
Um dos propósitos desta implementação, foi de refletir sobre as novas tecnologias e a
contribuição do computador e internet como ferramentas no auxílio da aprendizagem de
inglês. Foi detectado que uma pequena parte dos alunos, apresentou dificuldades no uso do
computador e da Internet, e requeriam uma atenção especial, pois não possuem computador
em casa e nem tem acesso a esses recursos, em outros lugares. Contudo, apesar dessa
realidade, é importante que professores não percam a oportunidade de aproveitar esses
recursos, para melhorar o interesse dos alunos e criar nova modalidade de comunicação e
interação entre eles. Após as inscrições e conhecimento das ferramentas do Moodle, os alunos
iniciaram as atividades do curso na plataforma. Também, neste momento foi lhes apresentado
o que seria trabalhado. Para que os alunos tivessem interesse nas atividades foram escolhidos
temas atuais e interessantes e que fazem parte do seu dia a dia como: Transito, Leis e as
Penalidades de Transito, Animais em extinção para que as discussões fossem mais
interessantes e tivesse a participação de todos.
Após a efetivação de suas inscrições e o conhecimento prévio das ferramentas do
Moodle, os alunos fizeram suas apresentações, falando um pouco de si e de suas expectativas
com o curso, e interagiram dando as boas vindas aos colegas de curso.
Como foi produzida uma unidade didática, as atividades de cada tema foram
distribuídas nas ferramentas disponíveis na Plataforma Moodle tais como: Fórum Geral,
Fórum de discussão, Tarefa, Chat, Quiz. Cada tema foi disponibilizado dentro de uma página
que ficava no início de cada unidade contento todo conteúdo de cada temática e as orientações
para cada atividade.
A primeira atividade foi desenvolvida dentro da Plataforma Moodle e da temática foi o
„Fórum de Discussão‟ e „fórum geral‟ onde os alunos puderam discutir as questões sobre o
tema, dando a suas respostas e comentando as respostas dos demais colegas. Dentro de cada
tema foi possível discutir a partir da pergunta dada, clicando em responder e em comentar as
respostas dos colegas. Cada aluno pôde dar a sua opinião a respeito do tema e contribuir para
o seu aprendizado.
A segunda atividade foi „Tarefa‟ onde os alunos puderam concretizar atividade de
vocabulário, compreensão de texto e tiras, listen, músicas, vídeos, etc. O uso de atividades de
vocabulário facilitou a compreensão dos textos, tiras, vídeos, músicas. Nessas atividades os
alunos fizeram uso da língua em situações contextualizadas, isto é, puderam desenvolver a sua
capacidade de leitura e interpretação de texto, propiciando discussões, buscando outras
informações relevantes, como por exemplo: outros exemplos de Transito, Leis e as
Penalidades de Transito, Animais em extinção, pesquisados na Internet.
A terceira atividade foi o „Chat‟. Essa atividade permitiu que os alunos pudessem
debater cada assunto “ao vivo”, dando suas opiniões e comentando as dos colegas.
A quarta atividade foi o „Quiz‟. No Quiz cada aluno teve a oportunidade de rever o
conteúdo trabalhado em cada temática e responder as questões propostas e ver o número
acertos e erros. Na sequência, tentar refazer o questionário e revendo o conteúdo.
4.1 Análise
O objeto do trabalho é verificar as potencialidades do uso do Moodle, para motivar os
alunos na aprendizagem de Língua Inglesa de acordo com minhas reflexões sobre a proposta e
também, de acordo com a percepção dos alunos.
Ao analisar o questionário aberto aplicado, as respostas dos alunos nos permite
verificar se, de acordo com eles, os recursos do Moodle utilizados nesta implementação teve o
potencial de motivar a aprendizagem. Pela resposta dos alunos à pergunta “O uso do Moodle
nas aulas de inglês motivou seu aprendizado?”, 15 de 28 responderam que sim,
11responderam que não e 2 alunos não responderam a essa questão.
Entre aqueles que responderam que sim, alguns atribuem o aumento da motivação ao
fato da proposta utilizar vídeos e músicas (alunos 3, 9, 12), pelo assunto ser interessante
(aluno 4), pelo fato do curso ser interessante e “novo” (aluno 5), pelas tarefas e pesquisas na
web (aluno 9), pela facilidade de compreender o vocabulário (alunos 11, 13), pela facilidade
da Plataforma Moodle e a descontração que é permitida através dela (alunos 9, 12), pela
facilidade de ter todo o material para estudar e consultar e fazer pesquisas no mesmo lugar (
alunos 14, 15) , além de aprender inglês associado a informática (alunos 1, 15) , o
aprendizado e a interatividade com os colegas (alunos 1, 2, 6), e pelo fato de ser interessante
(aluno 2). Contudo, estes mesmos alunos apontaram problemas relacionados às dificuldades
com os computadores da escola (alunos 1, 2, 4, 10, 11). Essas respostas dos alunos estão
demonstradas na tabela abaixo.
1 - Sim, aprendi muitas coisas e acho bem legal, uma coisa é que os computadores da
escola não funcionam muito bem, mais de resto eu amei, e se pudesse até faria outros e o
que eu mais gostei foi fazer as atividades junto com os amigos.
2 - Sim, eu achei muito legal, esse curso a distancia. A única coisa e que os
computadores da escola não funcionaram muito bem, gostei muito desse curso, portanto esse
curso pode continuar o resto do ano.
3 - Sim, através dos vídeos, músicas, consegui aprender mais.
4 - O assunto sobre o trânsito foi muito interessante e tirei muitas duvidas. Mas a
plataforma Moodle eu não gostei muito pelo ato de usar computadores e eles escola não
funcionaram muito bem, mas quando dentro da plataforma, me incentivo muito a fazer
tudo e as tarefa estavam legais. Mais os computadores da escola não funcionavam direito
mais o aprendizado a distancia é interessante.
5 - Sim, além de ter aprendido muito ela é educativo também. Achei o curso muito
interessante, porque era uma ciosa nova.
6 - Sim, me motivou a gostar mais de Inglês, apendi mais e achei muito legal junto dos
colegas e amigos de classe no mundo virtual, achei muito interessante o aprendizado a
distancia.
7 - Sim, por que as aulas são muito boas e legais.
8 - Sim, de certa for me ajudou bastante a aprender a matéria de Inglês e é um modo
divertido de aprender.
9 - Sim, pelos vídeos, tarefas e pesquisas aprendi muitas coisas e eu melhorei meu
aprendizado.
10 - Eu acho que ajudo bastante no aprendizado, mais infelizmente não consegui fazer
todas as atividades postadas, pois o computador da escola não estava funcionando direito e eu
não tenho computador em casa.
11 - Sim, porque é mais fácil se agente usar para traduzir as palavras em inglês e
melhor, só há um problema é que os computadores não funcionam direito.
12 - Sim muito! EU aprendi muitas coisas, foi divertido ver os vídeos e
principalmente o da Bessie. A plataforma é muito boa e legal, foi uma maravilha participar
de seu projeto no Moodle até deu uma distraída.
13 – Sim, porque ela me ajudou a entender melhor a matéria de inglês.
14 - Sim, pois já temos tudo em um lugar só traduzir, a matéria, os conteúdos,
dicionário. Isso melhora é mais fácil.
15 – Sim, eu gostei de fazer as atividades no Moodle pela facilidade de acesso a
fontes de pesquisas e aprendi além de inglês algumas coisas de informática.
Dentre aqueles os que responderam o questionário, 11 alunos responderam
negativamente. Entre esses, as razões pelas quais eles responderam negativamente parece se
justificar na:
a) falta de letramento digital dos próprios alunos (alunos 1, 2, 3, 4, 8) – isso porque,
pressupondo que ser Letrado digital implica realizar práticas de leitura e escrita diferentes das
formas tradicionais, o aluno tem que assumir mudanças nos modos de ler e escrever os
códigos e sinais verbais e não verbais, já que o seu suporte é a tela de um computador, uma
página de uma plataforma na internet.
b) pelo fato da falta de acesso ao uso das tecnológicas (alunos 6, 7): apesar de
estarmos vivendo em uma era digital, há famílias que ainda não tem acesso as tecnologias.
c) pelo fato de que não entendem ou não gostam de inglês (alunos 3, 5, 9); Alguns
justificaram que sua dificuldade estava relacionada com o fato de não gostar da língua inglesa,
ou pela dificuldade que eles têm em entender a língua.
d) os que preferem estudar através de livros, quadro e giz (alunos 2, 3, 4, 10); temos
ainda os que preferem estudar do modo tradicional, pois se sentem mais à vontade quando
foleiam livros, copiam de quadros, se sentindo mais envolvidos pelo aprendizado.
e) pela falta de interesse pela língua (aluno 11); talvez, pelas condições em que vive
alguns alunos, a falta de valorização cultural, leve-os a não compreensão da importância de
aquisição de uma nova cultura e por isso, o desinteresse pelo o aprendizado de outra cultura.
Contudo a implementação oportunizou para os alunos os computadores, internet, a
Plataforma Moodle, mas a falta de letramento digital, acesso, não entender ou gostar de inglês
ou de tecnologias levou alguns alunos a resistência com a proposta. Os excertos abaixo
exemplificam estes posicionamentos.
1 - Não, porque ele foi complicado de fazer, mas fiz quase metade e consegui
aprender. Eu achei muito interessante que nos aprendemos coisas novas pela plataforma
Moodle.
2 - Não, porque eu não tenho facilidade para mexer com computador e eu acho
que o uso da plataforma Moodle não levou ninguém a nada. (eu acho que deveríamos usar o
caderno e tarefas no quadro).
3 - Não, porque eu não sou boa em inglês, não tenho facilidade para mexer com
computador e eu acho que devemos usar o caderno.
4 - Não, eu tentei colocar as respostas no Moodle, mas não consegui por todas,
prefiro tarefas no quadro que é bem melhor para aprender.
5 - Não, porque eu não tenho facilidade em inglês.
6- Não, porque eu não consegui aprender muito. Às vezes não entrava no Moodle e
meu computador estragou e as tarefas acumulavam. (acesso)
7 - Não, porque eu não consegui acessar todas as vezes que eu precisava, por isso
não aprendi muito.
8 - Não, porque a plataforma Moodle não facilitou o modo de aprendizado.
9 - Não, porque eu não entendo nada em inglês.
10 - Não, porque eu prefiro usar o livro ao invés da plataforma Moodle.
11 - Não, pois eu não me interessei pela plataforma e não fiz nada.
Além disso, o trecho abaixo do meu diário parece colaborar com a ideia de que, a
maioria dos alunos se sentiu motivados com a experiência:
Apesar de algumas dificuldades no decorrer da implementação acredito que a
Plataforma Moodle contribuiu para o crescimento dos alunos, pois dentre os que
participaram ouvi várias vezes “Professor, eu decorei o vídeo, muito legal esse vídeo”,
ouvi também “professor, posta mais atividades, que eu já fiz as últimas postadas”, E ouvi
também no dia que disse a turma que havia acabado a implementação “Professor, posta mais
atividades no Moodle” e eu disse que a partir daquele momento não teria mais aula usando o
Moodle, pois o material que havia preparado havia chegado ao fim. E disseram “Ahhh, que
pena”. Acredito que esses elementos sejam evidências da contribuição da Plataforma Moodle
para o aprendizado e motivação dos alunos em estudar.
Além disso, podemos também notar essa questão da motivação por meio dos gráficos
da plataforma Moodle. A plataforma Moodle, com seus gráficos mostrou-se uma valiosa fonte
de informações: ela funciona como um banco de dados, que oferece ao professor a
possibilidade de verificar e avaliar os comportamentos emitidos pelos alunos e realizar
automaticamente, a comparação entre diferentes usuários.
O desenvolvimento de análise estatística (Figura 1) pode contribuir para a
identificação do desempenho comparando o rendimento dos alunos. Dos 26 participantes 13
conseguiram entender e responder corretamente todas as questões das atividades propostas, 4
conseguiram compreender entre 80 e 85 por cento, 4 conseguiram compreender 70 por cento,
4 conseguiram compreender 50 por cento, 2 conseguiram compreender entre 30 e 35 por
cento, das atividades e 4 dos participantes não fizeram as atividades propostas.
Fonte Moodle UEL (2014)
Acompanhando o desenvolvimento através de gráficos individuais, por aluno, ou
gráficos da turma de frequência, pode-se perceber como os alunos se interessaram mais do
que em aulas tradicionais.
O desenvolvimento de análise estatística (Figura 2) pode contribuir para a
identificação do desempenho, comparando a frequência e assiduidade a o rendimento dos
alunos. Podemos observar no gráfico abaixo que a maior frequência dos alunos foi no
momento em que, as atividades estavam acabando ou começando uma nova atividade. Nota-
se que, o maior pico de acesso foi no começo de maio, quando estava encerrando o primeiro
tema da implementação, pois nesse momento, foram abertas todas as atividades para serem
concluídas, pois eles ainda não tinham muita habilidade para manusear o Moodle. Observa
que, após esse aprendizado inicial, há uma regularidade de acessos, provando que os alunos
conseguiram estabelecer uma regularidade no cumprimento das atividades.
Fonte Moodle UEL (2014)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação passa por um momento que é imprescindível o uso das novas
metodologias com o apoio da tecnologia, principalmente, as desenvolvidas com o
computador. Na perspectiva de se criar um novo contexto para o ensino-aprendizagem de
Língua Inglesa, e para isto, apresentei a Plataforma Moodle com recurso auxiliar, para o
ensino desta disciplina, proporcionando aos alunos a oportunidade de relacionar inglês e
tecnologia na própria aprendizagem.
Buscou-se nesta pesquisa, apontar algumas possibilidades para o uso da Plataforma
Moodle na educação, em especial na disciplina de Língua Inglesa do ensino fundamental das
séries finais, ficando evidente a necessidade de direcionar este recurso como ferramenta que
será inserida no contexto educacional.
Durante as atividades realizadas, pode-se destacar de positivo a interação entre alunos,
visto que os recursos utilizados deram resultados produtivos nas aulas, desenvolvendo a
criatividade e expectativa na melhoria da avaliação em Língua Inglesa, sem dizer que a
Plataforma Moodle proporcionou conversação entre os alunos do curso, permitindo assim,
que pudessem se conhecer melhor, trocando experiências, discutindo a cerca de diversos
assuntos, fazendo trabalhos em grupos, com o objetivo de alcançar melhorias no ensino-
aprendizagem.
Um dos pontos negativos no transcorrer da implementação do projeto, foi o baixo
nível de conhecimento de informática, por parte de alguns alunos, problemas com e-mail,
como a falta de senha, dificuldades de inscrever-se na Plataforma Moodle e depois, perder a
senha, e o pior de todos, foram os problemas que surgiram no laboratório de informática, com
relação ao acesso a internet. Houve momentos, em que a conexão com a rede não é viável e o
sistema deixa de operar, “fica fora do ar”.
Com o desenvolver das atividades alguns problemas foram resolvidos, como a criação
de e-mail para os que não tinham; inscrição na Plataforma Moodle e arquivamento de
“usuário e senha”, para eventuais perdas, ou esquecimento. Quanto à informática no
desenvolver das atividades, as dificuldades foram sanadas e a questão do laboratório de
informática foi proposta (pedido), várias vezes, a sua manutenção e quando os técnicos
arrumaram, acabavam de sair, e os computadores voltavam a dar defeito, quanto ao acesso à
internet. Com um baixo número de computadores funcionando, boa parte das atividades foi
desenvolvida em casa.
Diante desses relatos, infelizmente não foi possível desenvolver na totalidade as
atividades por parte de alguns alunos, o que não chegou a prejudicar o andamento do projeto.
Contudo, podemos responder a “pergunta da pesquisa” O uso da ferramenta Moodle
contribui para o interesse – motivação - dos alunos na língua inglesa? Baseado no
questionário – 53.57 por cento afirmaram que sim, e aqueles que afirmaram que não parecem
que o motivo, é a dificuldade – falta de letramento digital e/ou acesso.
Diante das evidências, pude perceber durante a implementação do material
pedagógico, os alunos que responderam negativamente, têm grande dificuldade com o uso de
computadores, pois eles são alunos de 8º ano oriundos de uma comunidade pobre e o acesso
destes alunos as tecnologias são mais para passatempo. Acessam seus e-mails, facebook que
foi criado por outra pessoa. Esta falta de acessibilidade ao computador e a web, foi com
certeza, o motivo da falta de interesse dos alunos. Sanadas as dificuldades com as tecnologias,
disseram que o aprendizado, através da Plataforma Moodle “é bastante proveitoso”, já que
puderam aprender além da língua inglesa, “um pouco, com usar os computadores” (acesso,
Word, copiar e salvar imagens, vídeos, e outros).
Como sugestão fica a necessidade de contínua manutenção dos recursos tecnológicos,
principalmente de computadores e internet, para que a comunidade escolar (principalmente,
professores e alunos) se possam utilizar os recursos tecnológicos.
Por meio desta pesquisa, refletiu-se sobre a importância da internet como uma
ferramenta imprescindível ao ensino-aprendizagem de Língua Inglesa. Cabe aos sujeitos
envolvidos na manutenção dos equipamentos, promoverem iniciativas que busquem
solucionar os problemas, para que haja uma aplicabilidade pedagógica das tecnologias,
envolvendo professores e alunos da Plataforma Moodle nas práticas docentes, favorecendo a
inclusão digital na educação. A inclusão digital necessita de avanços, de pesquisas, de
capacitação na área educativa, para que possamos ter uma educação qualificada, inovadora e
tecnológica.
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