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OS CINCO SENTIDOS E A ARQUITETURA
PROJETO DE UMA LIVRARIA
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO RENATA MENDES DE CARVALHO GUEDESORIENTADOR: PROF° JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA CÉSAR
OS CINCO SENTIDOS EA ARQUITETURA
PROJETO DE UMA LIVRARIA
Trabalho Final de Graduação apresentado como requisito para a
conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
Paulo, FAUUSP.
Orientador: Prof. João Carlos de Oliveira César
SÃO PAULO2° SEMESTRE DE 2012
RENATA MENDES DE CARVALHO GUEDES
Dedico esse trabalho aos meus pais, Renato e Nilda, ao meu irmão, Paulo, e aos meus companheiros de faculdade que contrubuíram expressivamente durante o curso e, principalmente, durante a elaboração desse trabalho.
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ÍND
ICE
ÍNDICE
1.0 INTRODUÇÃO 9
2.0 OS CINCO SENTIDOS 10
2.1 AUDIÇÃO 10
2.2 VISÃO 11
2.3 TATO 12
2.4 OLFATO 13
2.5 PALADAR 14
3.0 SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO 16
4.0 PERCEPÇÃO E ARQUITETURA 17
5.0 ESTUDO PRELIMINAR 18
5.1 ESCOLHA DO TEMA 18
5.2 REFERÊNCIAS 18
5.3 PROGRAMA 20
5.4 TERRENO 20
5.5 PROCESSO CRIATIVO 22
5.6 PARTIDO 27
6.0 PROJETO 28
7.0 BIBLIOGRAFIA 69
8.0 CRÉDITO DAS IMAGENS 70
9
1.0
INTR
OD
UÇ
ÃO
A arquitetura trabalha com diversas áreas do conhecimento, sendo ligada a exatas e humanas, além de trabalhar aspectos relacionadas à arte, como esté! ca, harmonia e cria! vidade. Carlos Lemos defi ne a arquitetura da seguinte maneira:
“Arquitetura seria, então, toda e qualquer intervenção no meio ambiente criando novos espaços, quase sempre com determinada intenção plás! ca, para atender a necessidades imediatas ou a expecta! va programas [...]”¹
Nessa defi nição é importante realçar o fato de a arquitetura ser caracterizada pela criação de espaços. Bruno Zevi, por sua vez, em Saber ver a arquitetura, dedica um capítulo inteiro ao espaço, in! tulado O espaço, protagonista da arquitetura. O autor afi rma que o elemento espaço é o que dis! ngue a arquitetura de outras formas de arte.
... “o que a [arquitetura] dis! ngue das outras a! vidades ar# s! cas – está no fato de agir com um vocabulário tridimensional
que inclui o homem.”²
Ainda no referido livro, Zevi discute o conteúdo da arquitetura. Cita Geoff rey Sco% , o qual afi rma que o arquiteto trabalha o espaço com o mesmo intuito com que o escultor modela o barro, qual seja, provocar “um determinado estado de espírito no que ‘entram’ nele”. Após a discussão, Zevi chega à seguinte conclusão quanto ao conteúdo da arquitetura:
“[...] na realidade da imaginação arquitetônica e na realidade dos edi& cios, existe o conteúdo: são os homens que vivem os espaços, são as ações que neles se exteriorizam, é a vida & sica, psicológica, espiritual que decorre neles. O conteúdo da arquitetura
é o seu conteúdo social.”³
Porém, o homem, embora seja o grande protagonista e usuário desse espaço, é muitas vezes esquecido no momento de planejá-lo. O espaço é construído pelas pessoas e para as pessoas, pensado no sen! do de adequá-lo à sua percepção e u! lização. Dessa forma, a sa! sfação do homem é o obje! vo do planejamento espacial.
Com essa ideia em mente, foi realizada uma pesquisa sobre a percepção, a sensação e os cinco sen! dos. A percepção refere-se
“ao produto dos processos psicológicos nos quais signifi cado, relações, contexto, julgamento, experiência passada e memória desempenham um papel”.4
Para que a percepção ocorra é preciso que aconteça o processo inicial, denominado sensação, de detecção do espaço, o qual coloca o ser humano em contato com o ambiente. Tal processo é desencadeado por meio de ferramentas, os sen! dos.
NOTAS
¹ LEMOS, Carlos A. C. O que é Arquitetura. São Paulo, Brasiliense, 2003. pag 41.
² ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo, Editora Mar! ns Fontes, 2002. pag 17.
³ ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo, Editora Mar! ns Fontes, 2002. pag186.
4 ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São
Paulo, Editora Mar! ns Fontes, 2002. pag 189.
1.0 INTRODUÇÃO
10
2.0
OS
CIN
CO
SEN
TID
OS
2.1 AUDIÇÃO
Os sons que ouvimos são consequências de padrões de perturbações sucessivas de pressão que acionam nossa membrana ! mpânica. Essas vibrações passam pela orelha média, cons! tuída pelos ossículos audi! vos (martelo, bigorna e estribo) e depois pela orelha interna, onde encontramos os canais semicirculares, imagem 2.1.1. Ao fi nal desse percurso, que amplifi ca o som, encontram-se os nervos audi! vos, os quais levam a informação ao cérebro.
As ondas que a! ngem nosso sistema audi! vo vêm de diferentes direções, e o sistema consegue iden! fi car a distância e a direção desse som. A área de alcance para a audição é restringida somente pela distância, diferentemente da visão, que tem uma restrição lateral, superior e inferior. Devido a essa diferença, Pallasman¹ defi ne a visão como direcional e isoladora, enquanto o som é defi nido como onidirecional e criador de uma sensação de interioridade.
Tomemos como exemplo uma pessoa andando e o sapato produzindo um ruído. Tal ruído ao a! ngir super# cies do espaço retorna aos ouvidos, o que auxilia na compreensão da escala desse espaço.
Os cinco sen! dos têm papel fundamental para a percepção do espaço, pois são responsáveis por interligar o meio externo ao sistema cogni! vo do ser humano Estudos acadêmicos relacionados aos sen! dos são recentes, todavia a história mostra que ao longo dos anos houve momentos em que os cinco sen! dos ganharam destaque, principalmente, por meio da arte.
O conjunto de tapeçarias A Dama e o Unicórnio, datado do fi nal do século XV, ilustra essa afi rmação. A obra é composta por seis tapetes que abordam, cada um, o contato do ser humano com o mundo através de um sen! do específi co – exceto o sexto, Mon Seul Désir (Meu Único Desejo), que trata da fortuna.
O livro O cheiro das coisas, embora cite diversos avanços cien$ fi cos que estão sendo realizados na área de forma geral, traz uma análise enfá! ca do sen! do do olfato. Infelizmente, os estudos ainda são poucos, principalmente quando falamos do olfato e do paladar. Isso ocorre devido à grande complexidade que ambos envolvem, uma vez que estão fortemente conectados. O sen! do mais estudado é a visão, dada sua importância primi! va de sobrevivência. Em segundo lugar, estão o tato e a audição, que vêm ganhando destaque na sociedade desde o início das campanhas sobre acessibilidade universal.
2.0 OS CINCO SENTIDOS
2.0.1 - A Dama e o Unicórnio
2.1.1 - Ouvido
11
2.0
OS
CIN
CO
SEN
TID
OS
“Cada prédio ou espaço tem seu som caracterís! co de in! midade ou monumentalidade, convite ou rejeição, hospitalidade ou hos! lidade. Um espaço é tão entendido e apreciado por meio de seus ecos como por meio de sua forma visual, mas o produto mental da percepção geralmente permanece como uma experiência inconsciente de fundo.”²
Na Arquitetura atual, apenas o ruído, considerado um som desarmônico e indesejável, é trabalhado. Geralmente o edi" cio é projetado de forma que
impeça ao ruído exterior a! ngir o espaço
interno. Isso acontece principalmente em
edi" cios projetados para abrigar escolas,
teatros, escritório; enfi m, a! vidades
que exigem concentração. Contudo,
existem projetos que consideram um
determinado som ou ruído elemento
determinador do desenho.
O primeiro exemplo é o da Casa
da Cascata, de Frank Lloyd Wright,
projetada próxima a uma cachoeira que
gera um som, talvez não desejável para
outros edi" cios, que ajudou a integrar o
edi" cio à natureza. O segundo exemplo
é um projeto do escritório nArchitects
para uma instalação temporária,
chamada de Windshape (moldados do
vento), na cidade de Lacoste, na França,
durante o verão de 2006. A instalação
acompanha o percurso de subida até
o edi" cio que abrigava exposições.
A instalação é composta por tubos
plás! cos que, conforme o vento passa
por eles, é modifi cado, gerando um som
parecido com o de um assobio.
2.2 VISÃO
A visão é o sistema sensorial
melhor compreendido. Isso se deve em
parte ao fácil acesso às partes anatômicas
do sistema e em parte ao valor dado
a ele em virtude da importância na
evolução e sobrevivência do homem.
Fazem parte do sistema o olho, o nervo
óp! co e o sistema nervoso central.
A imagem 2.2.1 indica as estruturas
principais do olho e a 2.2.2 indica o
sistema nervoso ligado à visão.
2.1.2 - Windshape
2.1.3 - Casa da Cascata
12
2.0
OS
CIN
CO
SEN
TID
OS
Há fenômenos visuais de muita importância para a maneira como percebemos o espaço. Um deles é o campo visual. Temos um alcance de 124°, de uma lateral à outra, 42° de visão monocular de cada lado e uma área cega de 152°, como mostra imagem 2.2.3. Outro fenômeno é a acuidade visual referente
à capacidade de dis! nguir as diferentes partes dentro do campo visual, bem como à de resolver detalhes fi nos.
A arquitetura como forma de manifestação cultural refl ete a valorização da visão. Pallasmaa faz uma observação interessante sobre a importância da visão para a arquitetura atual:
“A predileção pelos olhos nunca foi tão evidente na arte da arquitetura como nos úl! mos 30 anos, nos quais tem predominado um ! po de obra que busca imagens visuais surpreendentes e memoráveis. Em vez de uma experiência
plás! ca e espacial embasada na existência humana”.³
Entretanto, essa predileção tem levado a resultados muito interessantes, principalmente quando falamos sobre a ilusão da visão. A imagem 2.2.4 mostra um exemplo de como podemos iludir a visão através dos planos que compõem o espaço. Outro exemplo, mais simples, é a Igreja projetada por Barragan, Capuchinas Sacramentarias del Purismo Corazon de Maria, na Cidade do México. A imagem da cruz vista no altar não é a cruz real, mas uma sombra. Assim, a cruz se movimenta ao longo do dia e do ano, de acordo com a direção do sol.
2.3 TATO
A pele, com cerca de 1.8m² de área, é considerada o órgão sensorial e protetor do corpo humano. Nela se encontram terminações nervosas que podem ser es! muladas de diversas
2.2.1 - Olho
2.2.2 - Sistema nervoso da visão
2.2.3 - Alcance visual
2.2.4 - Ilusão visual
2.2.5 - Capuchinas Sacramentarias del Purismo
13
maneiras; pressão, temperatura e dor são três sensações que a pele é capaz de sen� r. Porém, a pele é um órgão bastante irregular, sendo sua sensibilidade variada, como vemos no homúnculo (pequeno homem) na imagem 2.3.1.
O tato tem ganhado muita importância nos úl� mos anos devido à campanha de acessibilidade para defi cientes visuais. O sistema Braile, de leitura para cegos, trabalha com o tato da mão, umas das áreas mais sensíveis do corpo, como observamos na fi gura do homúnculo. O sistema em vias públicas, que u� liza sinalizações com relevos, também trabalha com o tato, pois ao pisarmos nessa sinalização sen� mos a diferença da super� cie.
Outra caracterís� ca importante relacionada ao tato é a cinestesia. A cinestesia refere-se à percepção de posição e movimento, a qual auxilia na exploração do espaço. O es� mulo que gera a cinestesia não está ligado somente à pele, mas com a interação dela com os músculos. A variação de tensão aciona terminações nervosas da pele e do músculo.
Um projeto interessante que
trabalha com a ideia de tato diferente do usual é o Jardim dos Sen� dos, na cidade de Curi� ba. Há a intenção de incen� var as pessoas a u� lizarem outros sen� dos além da visão. No percurso do jardim há diferentes plantas com texturas e odores diversos. Além das plantas, encontramos diferentes � pos de piso, como areia, pedra, terra e seixos que acionam o sen� do do tato durante o caminhar.
2.4 OLFATO
O olfato é um sen� do muito importante para os animais, mas não goza de semelhante relevância para os homens, pois, ao longo da evolução, deixou de ser essencial à manutenção de nossa espécie. Para o cérebro humano decifrar um odor, uma composição química volá� l deve a� ngir os receptores olfa� vos, presentes na mucosa olfa� va. O ser humano tem apenas 10 milhões dessas células, enquanto um cão tem cerca de 20 vezes mais.
O que pode levar ao pouco conhecimento desse sen� do é a ín� ma relação que temos com ele, pois se fecharmos os olhos, deixaremos de enxergar, se tamparmos as orelhas, deixaremos de ouvir; mas a respiração não pode ser cessada, pois é essencial à nossa sobrevivência. Essa relação é tão ín� ma e tão primi� va que a memória olfa� va está relacionada com a lembrança, não só de acontecimentos, mas principalmente de emoções.
Esse sen� do é capaz de nos proporcionar diversas sensações esté� cas, tanto boas como ruins. Patrick Süskind, escritor alemão, descreveu em seu livro O Perfume o ambiente olfa� vo na França do século XVIII;
“... nas cidades reinava fedor que difi cilmente pode ser concebido pelas pessoas de hoje. As ruas fediam a esterco, os pá� os a urina, as escadarias a madeira podre e os excrementos de ratos, as cozinhas a vegetais estragados e a gordura de carneiro; as salas abafadas fediam a poeira velha, os quartos a lençóis engordurados, os pegajosos leitos 2
.0 O
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INC
O S
ENTI
DO
S
2.3.2 - Jardim das sensações
2.3.1 - Homúnculo
14
de pena e ao cheiro penetrante e doce dos penicos”. 4
Os ar� stas Usman Huque e Josephine Ple� s descreveram o meio urbano atual através de uma instalação interessante que provoca lembranças de espaços urbanos com cheiros bastante marcantes. A instalação, in� tulada Scents of Space (Perfumes do Espaço), libera diferentes cheiros quando pessoas a adentram. Aromas que lembram, por exemplo, uma cafeteria, uma lavanderia e até mesmo um posto de gasolina são expelidos no ar.
O escopo dessa obra é mostrar como cada a� vidade tem relação com um odor específi co. Schmid, autor de A Ideia de Conforto, defende que deve haver uma coerência entre o odor e a tarefa a ser realizada em um determinado ambiente. Sen� r cheiro de comida em uma lavanderia é incoerente e pode causar desconforto, pois isso cria um confl ito nos sen� dos das pessoas ali presentes.
Outro aspecto a ser considerado quando falamos de odor são os odores desagradáveis, mas que informam algum � po de perigo, como o gás de cozinha, que sofre a adição de gás sul� drico, cujo cheiro assemelha-se ao de ovo podre, a fi m de que seja percebido rapidamente em caso de vazamento, possibilitando a rápida evacuação do local. Um incêndio também é detectado pelo olfato, desencadeando uma reação de urgência. Schmid ressalta a importância
da escolha dos materiais na construção tendo em vista um possível incêndio. O autor cita diversos materiais, como PVC, que ao entrar em combustão libera diversos gases prejudiciais à saúde
2.5 PALADAR
O paladar, assim como o olfato, é es� mulado por substâncias químicas. Esse sen� do é o mais primi� vo entre os cinco, sendo complementado pelo olfato e pela visão. O paladar humano só consegue dis� nguir quatro � pos de sabores, os chamados primários, que são o doce, o azedo, o salgado e o amargo. Quando tomamos um suco de laranja e depois um de uva, adoçados, por exemplo, sen� mos somente o sabor doce , sendo a dis� nção entre as frutas realizada pelo olfato, e não pelo paladar.
Para que as informações cheguem ao nosso cérebro é preciso que substâncias químicas es� mulem o que é chamado de botões gusta� vos. Eles geralmente se encontram em grupos, formando as papilas gusta� vas. Esses botões são atendidos por diversos nervos, mas ainda não se sabe exatamente qual o caminho que eles percorrem.
A relação entre o paladar e a arquitetura é muito su� l, diferentemente dos outros sen� dos, que criam uma interação de forma direta. Pallasma descreve essa
2.0
OS
CIN
CO
SEN
TID
OS
2.4.1 - Scentes of space
15
relação da seguinte maneira:
“A visão também se transfere ao tato; certas cores e detalhes delicados evocam sensações orais. Uma super� cie de pedra
polida de cor delicada é sen� da
subliminarmente pela língua. Nossa
experiência sensorial do mundo
se origina na sensação interna da
boca, e o mundo tende a retornar
às suas origens orais.”5
O exemplo mais claro da relação
entre visão e paladar é a casa da bruxa
da história infan� l João e Maria, dos
Irmãos Grimm. A casa, feita inteiramente
de doces, desperta nos personagens,
e mesmo nos leitores e espectadores,
um desejo sinestésico, que conjuga
esses dois sen� dos, capaz de dar “água
na boca”. A imagem 2.5.1 foi re� rada
de um episódio que conta a história
de João e Maria do seriado Once
Upon a Time, Warner Brothers.
NOTAS
¹ PALLASMA, Juhani. Os olhos da pele. A
arquitetura e os sen� dos. Porto Alegre, Bookman,
2011. pag 46.
² PALLASMA, Juhani. Os olhos da pele. A
arquitetura e os sen� dos. Porto Alegre, Bookman,
2011. pag 48
³ PALLASMA, Juhani. Os olhos da pele. A
arquitetura e os sen� dos. Porto Alegre, Bookman,
2011. pag 29
4 SCHIFFMAN, Harvey R. Sensação e percepção.
Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Cien! fi cos Editora
S.A., 2005. pag 343.
5 PALLASMA, Juhani. Os olhos da pele. A
arquitetura e os sen� dos. Porto Alegre, Bookman,
2011. pag 56
2.0
OS
CIN
CO
SEN
TID
OS
2.5.1 - Casa da bruxa
16
3.0
SEN
SAÇ
ÃO
E P
ERC
EPÇ
ÃO
3.0 SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
Quando os cinco sen! dos são acionados temos o que é chamado de sensação; o ambiente a! va os sen! dos e o organismo reage transferindo essas informações para o cérebro. No momento em que as informações começam a ser analisadas por processos ligados a psicologia inicia-se a percepção. Por isso, a percepção varia conforme as experiências anteriores, tanto recentes como an! gas.
Daniel Kahneman, em Thinking, fast and slow (Pensamento, rápido e devagar), realizou diversas pesquisas sobre o funcionamento do cérebro humano. Nesse livro ele defende a existência de dois sistemas, o rápido, que está relacionado com o emocional e intui! vo, e o lento, pois a informação demanda mais tempo para ser compreendida.
O espaço é também uma informação a ser processada e percebida; pode ser de fácil percepção, a! vando o sistema rápido, ou pode ser de complexa percepção. Se o espaço for de di" cil entendimento, com fl uxo e circulação complexos, o segundo sistema é acionado, demandando maior atenção e esforço. Isso infl uencia de forma direta na percepção e no comportamento da pessoa dentro desse espaço.
Um exemplo é o estresse causado em grandes cidades devido à enorme quan! dade de informação visual e audi! va a ser processada. A lei da cidade limpa representa uma tenta! va de controlar esses dados visuais com obje! vo de facilitar o entendimento e a circulação na cidade. Um edi" cio de linguagem simples e repe! ! va, como o Aeroporto Madrid-Barajás - projeto do escritório RSPH, de Richard Rogers -, exige da pessoa um único esforço para compreendê-lo, pois ao andar ao longo do edi" cio o espaço se repete sem muitas informações a serem processadas.
Porém, a repe! ção visual pode vir a cons! tuir um problema muito
comum a edi" cios como o Aeroporto de Madrid, que é a monotonia causada pela falta de mudança no espaço. O Museu das Ciências Principie Felipe em Valência, do Arquiteto San! ago Calatrava, é um exemplo de como isso pode acontecer. Para contornar esse problema, no aeroporto foram u! lizadas diferentes cores no elemento, pilar e viga, que se repetem, criando um arco-íris dentro do edi" cio, de modo a auxiliar na iden! fi cação dos setores de embarque e, como já dito, acabar com a possibilidade de uma monotonia.
3.0.1 - Aeroporto Madrid-Barajas
3.0.2 - Museu das ciências Principe Felipe
17
4.0
PER
CEP
ÇÃ
O E
AR
QU
ITET
UR
A
Os estudos da percepção na arquitetura ainda são escassos no Brasil, mas no exterior esses estudos vêm se desenvolvendo há cerca de três décadas, quando a predileção pelo sistema visual diminuiu. Um dos principais estudiosos sobre o assunto é o arquiteto fi nlandês Juhani Pallasmaa, autor do
livro Os olhos da pele. Ele sustenta
que “toda experiência comovente
com a arquitetura é mul" ssensorial”.
Um dos exemplos é a Casa da
Cascata de Frank Lloyd Wright:
“[...], uma obra de
arquitetura gera um todo indivisível
de impressões. O encontro ao
vivo com a Casa da Cascata, de
Frank Lloyd Wright, funde em
uma experiência totalizante e
única a fl oresta do entorno com
os volumes, as super$ cies, as
texturas e as cores da casa, e até
mesmo os aromas da fl oresta
e os sons do rio. Uma obra de
arquitetura não é experimentada
NOTAS
¹ PALLASMA, Juhani. Os olhos da pele. A
arquitetura e os sen" dos. Porto Alegre, Bookman,
2011. pag 42.
como uma coletânea de imagens
visuais isoladas, e sim a sua
presença material e espiritual
totalmente corporifi cada. Uma
obra de arquitetura incorpora
e infunde estruturas tanto
$ sicas quanto mentais.”¹
Seguindo a mesma linha de
pensamento, os autores do livro
Light Colour Sound, Sensory Eff ects in
Contempory Architecture, afi rmam que
apesar da cor e da luz serem percebidas
com os olhos e o som com as orelhas,
todos os cinco sen" dos reagem a
esses es& mulos. Ainda nesse livro, há
diversos exemplos onde observamos
o emprego inteligente da luz, cor e
som. Há um único projeto brasileiro
citado no livro, Club Nox, em Recife,
Pernambuco. O projeto, realizado pelo
escritório Metro Arquitetura, levou em
consideração o som, que é o elemento
principal de uma discoteca, e trabalhou
com uma iluminação com led de
diversas cores que ascendem e apagam
conforme o ritmo da música.
4.0 PERCEPÇÃO E ARQUITETURA
4.0.1 - Club nox
18
5.0
EST
UD
O P
REL
IMIN
AR
5.0 ESTUDO PRELIMINAR
5.1 ESCOLHA DO TEMA
Regina Blessa aponta cinco questões básicas para orientar a criação de uma atmosfera que agrade o consumidor dentro de uma loja: como o consumidor vê o ponto-de-venda, como se sente nele, como é atendido, como espera encontrar os produtos e qual a impressão que vai levar. Dessas cinco diretrizes, somente a que diz respeito ao atendimento não tem ligação direta com a arquitetura. As demais devem ser âmbitos abordados pelo projeto arquitetônico.
Como será apresentada a seguir, uma loja trabalha principalmente com a ideia do sen! mento da pessoa no espaço, a fi m de proporcionar um tempo aprazível e interessante. Se esse obje! vo é a! ngido e o consumidor tem um momento de compra como uma experiência relaxante e prazerosa, a tendência é ele voltar à loja, não só para compras, mas para passeios, gerando compras por impulso.
Essa ins! gante infl uência de questões de planejamento arquitetônico do espaço nos fi ns econômicos de um estabelecimento é que nos levou a realizar esse estudo. Todo o projeto foi pensado no sen! do de verifi car como o ser humano – nesse caso na condição de cliente -, usaria e perceberia o espaço.
A escolha do livro como produto principal a ser vendido se deu devido ao fator lúdico que o livro traz consigo. Ao ler um livro, somos levados a uma viagem através das sensações, transportados a lugares e tempos diferentes. Essa ideia de livro como um objeto lúdico é que abre as portas para um projeto cuja intenção é trabalhar com os cinco sen! dos.
Outro fator decisivo na escolha do programa livraria é a tendência atual de se criar espaços onde as pessoas possam testar o produto ali vendido, as famosas lojas conceito. Muito embora não haja livrarias planejadas segundo o modelo de loja conceito, provavelmente essas não fugirão dessa tendência.
5.2 REFERÊNCIAS
O estudo de referências foi realizado com o intuito de analisar o programa necessário para o funcionamento de uma livraria e as áreas mínimas necessárias para cada a! vidade. A seguir são apresentadas três livrarias de porte semelhante ao pretendido do projeto.
5.2.1 SHOPPING ÁTICA - PAULOBRUNA
19
5.0
EST
UD
O P
REL
IMIN
AR
5.2.2 LIVRARIA CULTURA - FERNANDO BRANDÃO
5.2.3 ACADEMIC BOOKSTORE - ALVAR AALTO
20
5.4 TERRENO
Feitos os estudos de referências, foi possível determinar uma área mínima necessária para a livraria a ser projetada. O edi! cio que hoje abriga a Livraria Fnac em
Pinheiros é o que tem a área mais próxima
do que foi imaginado para o projeto:
área construída de aproximadamente
7mil m². Todavia, o terreno que ela
ocupa é de apenas 1.500m².
A primeira condição prevista para
a escolha do terreno foi a existência de
uma praça ou uma área verde signifi ca# va
diante dele. Com isso surgiu a opção do
primeiro terreno, na Rua Lisboa, em
Pinheiros, São Paulo, na frente da Praça
5.0
EST
UD
O P
REL
IMIN
AR
5.3 PROGRAMA
Após o estudo de referências, foi
possível fechar um programa com os
itens necessários de uma livraria. A parte
in# tulada “apoio” é similar à todos os
projetos apresentados. Já as demais áreas
variam de acordo com o foco da livraria,
o local onde está localizada e o interesse
do público na região. Como o projeto
atende a ideia de loja conceito, todos os
itens receberam espaços semelhantes
para exposição dos produtos.
A seguir é apresentada uma
tabela com o programa adotado.
Terreno na Rua Lsiboa
Terreno na Av. Moema
21
5.0
EST
UD
O P
REL
IMIN
AR
Benedito Calixto. Porém, por ser ocupado atualmente por um estacionamento, fi caria com apenas 1.200m² de área.
Esse total criaria uma difi culdade
inconveniente para o trabalho.
Já o segundo chegaria a 1.600
m². O terreno, de esquina da Al. Iraé
com a Av. Moema, na frente da Praça
Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo,
seria a unifi cação de diversos lotes onde
atualmente funciona comércio local. O
único problema seria a intensidade do
tráfego, já intenso, que um comércio
desse porte levaria para o local.
O terreno escolhido, fi nalmente,
levou em consideração os seguintes
critérios: proximidade a áreas verdes,
área maior a 3.500 m² (metade da livraria
FNAC), local com alta movimentação
de pedestre e tráfego reduzido.
Enfi m, foi escolhido um terreno que
atualmente abriga um estacionamento,
no bairro do Itaim Bibi, na cidade de São
Paulo, com uma das frentes voltadas
para entrada do Parque do Povo, entrada
na Av. Horário Láfer, número 855.
22
A região onde o terreno está localizado é de média densidade e de uso misto. Além do comércio de bairro, que atende aos moradores dos edi� cios
residenciais, existe um comércio que
atende às demandas da Av. Faria Lima
e Av. Juscelino Kubitschek. Trata-
se de vias onde estão concentrados
inúmeros escritórios de diversos
setores da a� vidade econômica.
De acordo com a Lei n° 13.884
de Uso e Ocupação do Solo, o terreno
está inserido na ZM-2/13, Zona Mista
de Densidade Média, impondo as
caracterís� cas a seguir: coefi ciente
de aproveitamento igual a 2,0, taxa
de ocupação igual a 0,5 e taxa de
permeabilidade igual a 0,15. Não há
limite de gabarito de altura máxima.
Ainda de acordo com a Leis
de Uso e Ocupação do Solo, a via
Henrique Chamma é classifi cada com
uma via estrutural N3, o que obriga
o projeto a ter uma vaga de carga e
descarga para cada 1.000 m² de área
construída computável, além de uma
vaga de estacionamento para cada 35m²
construído. Um item não obrigatório,
mas que constará no projeto, é a área
para embarque e desembarque.
5.5 PROCESSO CRIATIVO
O resultado apresentado nesse
caderno foi a� ngido após diversos
estudos realizados desde o início
do ano. Esse capítulo é des� nado à
apresentação dos desenhos feitos
até o fechamento do par� do.
5.0
EST
UD
O P
REL
IMIN
AR
5.5.1 ESTUDOS ANTERIORES A
ESCOLHA DO TERRENO
23
5.0
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REL
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5.5.2 ESTUDOS DE VIABILIDADE DOS TERRENOS ANTERIORES
24
5.5.3 ESTUDOS PARA O TERRENOESCOLHIDO
5.0
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5.0
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27
5.6 PARTIDO
A principal ideia foi trabalhar com faixas visualmente impactantes, por isso foi escolhido uma espessura de 50 cm para esses elementos. O trabalho com faixas cria possibilidades de jogos diversos de sombra e luz, uma das caracterís! cas do espaço que trabalha com os sen! dos, alterando a percepção do espaço em cada situação. Outra caracterís! ca marcante defi nida no par! do foi o jogo de alturas que no início era mais su! l, mas para enfa! zar os planos, tanto ver! cais como horizontais, foi decidido por gabaritos maiores na fachada sul.
Sendo o terreno muito próximo do Rio Pinheiros, decidiu-se por rebaixar o seu nível, o que consegue proteger parte do ambiente de odores desagradáveis vindo do rio. O rebaixamento foi de 1,2m, pois essa altura possibilita duas percepções diferentes: em pé a pessoa vê claramente todo o nível natural do terreno; sentada, o horizonte se restringe ao nível -1,2m que ela se encontra.
A parte do edi# cio com maior gabarito foi reservada para o setor de serviço, porque assim esse setor fi caria dividido por andar, sem necessidade de se criar um andar apenas para tal a! vidade. A localização da entrada de serviço, assim como do estacionamento, foi decidida de acordo com o tráfego local.
Na Av. Horácio Lafer há um retorno, como indicado no mapa, o que possibilita o acesso não só dos carros que vêm do sul, pela Av. Henrique Chama, mas os que vêm do norte, pela R. Brg. Haroldo Veloso. Já na R. Prof. Geraldo Ataliba, sul, o tráfego é menos intenso, fator facilitador para entrada e saída de caminhões. Por essa razão comporta a entrada de serviço, assim como carga e descarga.
5.0
EST
UD
O P
REL
IMIN
AR
28
6.0
PR
OJE
TO
PROJETO EM NÚMEROS
A taxa de ocupação foi aproximadamente 0,5 como pede a legislação. O resultado foi 0,01 maior podendo ser estudado formas de diminuir a área de projeção do edi! cio. Já
a coefi ciente de aproveitamento é de no
máximo 2,0 para a região onde se encontra
o terreno, sendo no projeto igual 1,4.
O número não a# ngido foi o de
vagas de estacionamento, uma vez
que a legislação pede 1 vaga para cada
35m² construídos, o que daria mais
de 3500 vagas, pois o total de área
construída é igual a 10.195,05m².
A seguir encontra-se a tabela de
área:
6.0 PROJETO
29
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA DE COBERTURAESC 1:500
31
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 6ESC 1:500
33
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 5ESC 1:500
35
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 4ESC 1:500
37
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 3ESC 1:500
39
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 2ESC 1:500
41
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 1ESC 1:500
43
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA SUBSOLOESC 1:500
46
6.0
PR
OJE
TO
CORTE A, B E CESC 1:500
47
6.0
PR
OJE
TO
CORTE DESC 1:500
48
6.0
PR
OJE
TO
CORTE EESC 1:500
49
6.0
PR
OJE
TO
CORTE FESC 1:500
50
6.0
PR
OJE
TO
51
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 1 - LAYOUTESC 1:500
52
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 2 - LAYOUTESC 1:500
53
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 3 - LAYOUTESC 1:500
54
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 4 - LAYOUTESC 1:500
55
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 5 - LAYOUTESC 1:500
56
6.0
PR
OJE
TO
PLANTA NÍVEL 6 - LAYOUTESC 1:500
57
6.0
PR
OJE
TO
AMPLIAÇÃO SEÇÃO ARTES - PLANTAESC 1:200
58
AMPLIAÇÃO SEÇÃO ARTES - CORTE AESC 1:200
6.0
PR
OJE
TO
59
AMPLIAÇÃO SEÇÃO ARTES - CORTE BESC 1:200
6.0
PR
OJE
TO
Perspec� va seção artes
Perspec� va restaurante
Perspec� va restaurante/bar
60
6.0
PR
OJE
TO
Perspec� va café
Perspec� va corredor
61
AMPLIAÇÃO CORREDORESC 1:200
6.0
PR
OJE
TO
Perspec� va seção literatura
Perspec� va espelho d’água visto do interior do edi� cio
Perspec� va seção infan� l
62
6.0
PR
OJE
TO
63
AMPLIAÇÃO SEÇÃO INFANTIL - PLANTAESC 1:200
6.0
PR
OJE
TO
64
AMPLIAÇÃO SEÇÃO INFANTIL - CORTE AESC 1:200
6.0
PR
OJE
TO
65
AMPLIAÇÃO SEÇÃO INFANTIL - CORTE BESC 1:200
6.0
PR
OJE
TO
66
AMPLIAÇÃO SEÇÃO MÚSICA - PLANTAESC 1:200
6.0
PR
OJE
TO
67
6.0
PR
OJE
TO
AMPLIAÇÃO SEÇÃO MÚSICA - CORTE ESC 1:200
Perspec� va seção música/cd
68
AMPLIAÇÃO SEÇÃO REVISTA - PLANTAESC 1:200
Perspec� va seção revistas
69
AMPLIAÇÃO SEÇÃO REVISTAS - CORTES A/B ESC 1:200
70
MATERIAIS ESCOLHIDOS6
.0 P
RO
JETO
Pas lha vidro l,
acabamento bilhoso
Placa Hunter Douglas,
acabamento ace nado
Escada em concreto
aparente
Cor na d’água
Pas lha vidro l,
acabamento bilhoso
Placa de concreto,
acabamento opaco e
rús co
Pintura Coral,
acabamento opaco
Pas lha vidro l,
acabamento
brilhoso
Pintura Terracor,
acabamento opaco
e texturizado
Pintura Terracor,
acabamento opaco
e texturizado
Estrutura em laje cubeta
Piso em mosaico portugues,
texturizado, em contraste com concreto,
acabamento liso
A escolha do material
foi realizada levando em
consideração, primeiramente, o
contraste entre texturas e brilhos.
Um exemplo é o contrate entre o
brilho da pas lha e a opacidade
da placa de concreto.
Após essa defi nição, foi
escolhido o ma z de cada material,
de acordo com a disponibilidade
de cada marca.
Os materiais escolhidos
são mostrados a baixo:
71
VEGETAÇÃO SUGERIDA
6.0
PR
OJE
TO
A vegetação tem papel importante no projeto, pois com ela é possível trabalhar o olfato e também, a ideia de que na natureza todos os sen! dos fi cam mais aguçados.
A seguir são sugeridas vegetações com caracterís! cas específi cas, como perfume e permeabilidade de luz.
ArbBerberis thunbergii Chi
Arbusto de meia sombra, coloração voltada para o vinho
Fraxinus angus! folia
Árvore que a! nge até 20 metros de altura, de meia sombra
Árvores do gênero
Citrus que possuem aromea agradável, chegam a 10 metros de altura e possuem frutos
Jasminum
Arbusto fechado, fl ores brancas e chega a 2 metros de altura
Árvores do gênero Populus
chegam a 25 metros de altura, com alta permeabilidade de luz, raiz profunda
L. dentata (LAVANDA)Arbusto fechado com perfume agradável
73
ADAS, Eduardo. GALVÃO, Joní. Super apresentações. Como vender ideias e
conquistar audiências. São Paulo, Panda Book, 2011.
ÁLVAREZ, Ana Maria. BAHAMÓN, Alejandro. Light Colour Sound. Sensory
Eff ects in Contemporary Architecture.
Barcelona, Pacmer Ediciones S.A., 2010
ANTUNES, Bianca. Fernando Brandão: Livraria Cultura. São Paulo, C4, 2008
BERTUCCI, Janete Lara de Oliveira.
Metodologia Básica para Elaboração de Trabalhos de Conclusão de Cursos. São
Paulo, Editora Atlas S.S., 2011.
BLESSA, Regina. Merchandising no ponto de venda. São Paulo, Ed. Atlas
S.A., 2010.
DELAHAYE, Elisabeth. The Lady and the Unicorn. Paris, Réunion dês musées
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GURGEL, Miriam. Projetando espaços.
Guia de arquitetura de interiores para
áreas comerciais. São Paulo, Editora
Senac, 2005.
LEMOS, Carlos A. C. O que é Arquitetura. São Paulo, Brasiliense,
2003.
MALNIC, Be# na. O cheiro das coisas.
O sen" do do olfato: paladar, emoções e
comportamentos. Rio de Janeiro, Editora
Vieira & Lent, 2008.
MESHER, Lynne. Diseño de espacios comerciales. Barcelona, Editora Gustavo
Gili, 2011.
PALLASMA, Juhani. Os olhos da pele. A
arquitetura e os sen" dos. Porto Alegre,
Bookman, 2011.
SAMARA, Timothy. Grid: construção e descontrução. São Paulo, Cosac Naify,
2007.
SCHIFFMAN, Harvey R. Sensação e percepção. Rio de Janeiro, Livros
Técnicos e Cien$ fi cos Editora S.A., 2005
SCHIMID, Aloísio Leoni. A ideia de conforto. Refl exões sobre o ambiente.
Curi" ba, Editora Pacto Ambiental, 2005.
UGAYA, Eurico. Como montar ou renovar sua loja. São Paulo, Editora
Senac, 1993.
VARGAS, Heliana C. Espaço terciário. O lugar, a arquitetura e a imagem do
comércio. São Paulo, Editora Senac,
2001.
ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo, Editora Mar" ns Fontes, 2002.
7.0 BIBLIOGRAFIA
7.0
BIB
LIO
GR
AFI
A
74
Capa: Mariana Yovanovich
2.0.1 - Tapeçaria, site: h! p://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Lady_and_the_Unicorn_1.jpg .
2.1.1 - Ouvido, Barros, Fischer & Associados. Resumão – Sen" dos (Série de medicina, n° 6). 4° Edição, São Paulo, janeiro de 2010.
2.1.2 - Falling Water: h! p://www.archdaily.com/60022/ad-classics-fallingwater-frank-lloyd-wright/ .
2.1.3 - Windshape: h! p://www.archdaily.com/4608/windshape-narchitects/ .
2.2.1 - Olho, SCHIFFMAN, Harvey R. Sensação e percepção. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Cien# fi cos Editora S.A., 2005.
2.2.2 - Cérebro, SCHIFFMAN, Harvey R. Sensação e percepção. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Cien# fi cos Editora S.A., 2005.
2.2.3 - Ângulo de visão, SCHIFFMAN, Harvey R. Sensação e percepção. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Cien# fi cos Editora S.A., 2005.
2.2.4 - Ilusão, SCHIFFMAN, Harvey R. Sensação e percepção. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Cien# fi cos Editora S.A., 2005.
2.2.5 - Barragan: h! p://architecturalmoleskine.blogspot.com.br/2011/09/luis-barragan-chapel-of-capuchinas.html .
2.3.1 - Homúnculo, SCHIFFMAN, Harvey R. Sensação e percepção. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Cien# fi cos Editora S.A., 2005.
2.3.2 - Jardim dos sen" dos: h! p://blogs.
8.0 CRÉDITO DAS IMAGENS8
.0 C
RÉD
ITO
DA
S IM
AG
ENS
jovempan.uol.com.br/meioambiente/jardim-das-sensacoes/.
2.4.1 - Scents of Space, SCHIFFMAN, Harvey R. Sensação e percepção. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Cien# fi cos Editora S.A., 2005.
2.5.1 - Casa da bruxa: h! p://insideafi refl y.wordpress.com/2012/01/22/review-once-upon-a-" me-episodio-1-09-true-north/ .
3.0.1 - Aeroporto: h! p://www.metalica.com.br/aeroporto-internacional-de-madrid-barajas-mad .
3.0.2 - Museu: Acervo pessoal.
4.0.1 - Club nox: h! p://www.metro.arq.br/ .
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5.2.2 - Livraria Cultura h! p://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/160/ar" go55255-1.asp .
5.2.3 - Academic Bookstoreh! p://www.greatbuildings.com/buildings/Academic_Bookshop.html