Post on 29-Jun-2015
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Orações coordenadas e subordinadas
A oração é uma unidade sintáctica constituída por um predicado e os elementos que com ele estabelecem relações gramaticais, seja de modo directo seja indirecto (relações se sujeito, de predicado, de complemento directo, de complemento indirecto e de complemento oblíquo).
Tradicionalmente, designa os constituintes frásicos coordenados contidos em frases complexas.
CoordenaçãoA coordenação resulta da junção de unidades linguísticas idênticas a nível categorial e/oufuncional.
Oração coordenada: é cada uma das orações que tem idêntico estatuto gramatical na relação entre si. Idênticas categorialmente, estão, em geral, ligadas por um conjunção coordenativa, embora possam dela prescindir, como sucede nas assindéticas.
Orações coordenadas
Sindéticas
Coordenação copulativa (relação de adição) A Sara já chegou e trouxe a prenda.
Coordenação disjuntiva (relação de alternativa)O Diogo está em casa ou saiu com os
amigos.
Coordenação adversativa (relação de contraste)A viagem seduzia-o mas ele preferiu
ficar.
Coordenação conclusiva (relação de conclusão)Esforçaste-te bastante, portanto tiveste
sucesso.Coordenação explicativa (exprime uma explicação ou justificação)
Apaga a luz, pois vais dormir.
Orações justapostas
assindéticasCheguei a casa, vi televisão, conversei
com os meus pais, fui dormir.
por justaposiçãoA mãe chegou: a casa estava toda
desarrumada.
SubordinaçãoÉ, em geral, definida em termos de dependência sintáctica e da natureza da oração, que permite
diferentes tipos de relações hierárquicos entre subordinante e subordinada.
Oração subordinante: é a oração que tem na sua dependência uma ou mais orações subordinadas. Não desempenha, enquanto tal, nenhuma função sintáctica numa unidade sintáctica mais complexa.
Uma oração pode ser, simultaneamente, subordinada e subordinante (em níveis estruturais diversos).
Oração subordinada: é a que depende de uma outra oração em que encaixa, apresentando-se como um elemento constitutivo obrigatório ou facultativo, que pode desempenhar funções sintácticas de sujeito, de complemento, de predicativo do sujeito ou de modificador (da frase, do grupo verbal ou de nome) e de complemento do verbo.
__________________________________________________________________________________Segundo o tipo de encaixe ou de dependência e o tipo de função sintáctica da subordinada,
encontramos:
Subordinada
Exemplos
Substantiva O Pedro disse que vinha cedo.Adjectiva Aquele teu amigo que me apresentaste é muito perspicaz.Adverbial Se chegar a tempo, vou à festa.
Orações subordinadas
Orações subordinadas
substantivas
( é a que tem uma função semelhante
à exercida por um grupo nominal)
Completiva
(completa a estrutura argumental)O Luís disse que desejava cantar.
Relativa sem antecedente
(desempenha uma função sintáctica
de argumento ou de modificador)
Quem vai ao mar perde o lugar.
Orações subordinadas adjectivas
( é a que tem função sintáctica
semelhante à exercida por um
adjectivo, podendo, por exemplo,
funcionar como modificador restritivo
do nome ou apositivo do nome)
Relativa com
antecedente
Restritiva
(restringe)
Os poemas que foram escritos por
Neruda são património da
Humanidade.
Explicativa
(não restringe)
O escritor, que nasceu no Brasil,
ganhou o prémio Nobel.
Orações subordinadas adverbiais
(é a que ocorre com função
semelhante à do advérbio,
funcionando como modificador da
frase ou do grupo verbal)
Causal (revela causa ou motivo)Como a Maria estava doente, o
João não quis sair.
Final (evidencia uma finalidade) Vieram para ver o filme.
Temporal (estabelece uma
referência temporal)
Quando os marinheiros partiram,
os seus familiares desesperaram.
Concessiva (traduz uma concessão)A Maria, embora tenha fome, não
é capaz de comer.
Condicional (enuncia uma condição)Se comesse chocolate, ficaria com
alergia.
Estruturas de correlação
(estabelecem uma relação de
subordinação e uma relação
semântica. São, por isso, distintas das
adverbiais.)
Comparativa (indica comparação)Ela dança tão bem como canta.
Consecutiva (exprime consequência) Correu tão depressa que tropeçou.
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Oração e flexão verbal
Atendendo à flexão verbal, a oração pode designar-se como finita ou não finita, senda esta traduzida pelo recurso a formas nominais do verbo.
Oração finita
(é a que no grupo verbal contém uma forma verbal finita. Esta forma, que
ocorre no verbo principal, copulativo ou auxiliar, exclui as formas do infinitivo,
gerúndio e particípio.
A Maria saltou à corda.
Oração não finita
(é a que tem como núcleo do grupo
verbal uma das formas verbais de
infinito (flexionado ou não), gerúndio
e particípio. Estas formas podem
ocorrer no verbo principal, copulativo
ou auxiliar.)
Oração não finita gerundiva
(é a que tem como núcleo uma forma
verbal no gerúndio.)
Tendo vendido a casa, o Pedro
decidiu mudar de cidade.
Oração não finita infinitiva
(é a que tem como núcleo uma forma
verbal no infinito (flexionado ou não
flexionado).)
Eles foram condenados por terem
roubado um banco.
Oração não finita participial
(é a que tem como núcleo uma forma
verbal participial (não podendo ser
um verbo auxiliar).)
Feitas as contas, o balanço é
positivo.