OBESIDADE - Bruna Oneda | Exercício físico e saúde · OBESIDADE Prof a. Dr . Bruna Oneda ...

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OBESIDADE

Profa. Dra. Bruna Oneda

www.brunaoneda.com.br

professora@brunaoneda.com.br

Prevalência no Brasil

Estudo Nacional de Despesa Familiar e Pesquisa de Orçamentos Familiares

Prevalência no Brasil

Estudo Nacional de Despesa Familiar e Pesquisa de Orçamentos Familiares

Prevalência nos EUA

Prevalência de obesos em adultos de 20-74 anos ajustado por idade e sexo

Heart Disease and Stroke Statistics 2008- Update A Report from the American Heart Association

Statistics Commitee and Stroke Statistics Subcommitee

Diagnóstico em adultos

• Cálculo do índice de massa corpora

peso (kg)

altura2 (m)

Organização Mundial de Saúde, 1998

obesoIMC 30

sobre-pesoIMC 25 – 29,9

normalIMC 18,5 – 24,9

abaixo do pesoIMC < 18,5

Valores de Referência:

Diagnóstico – meninas até 5 anos

Percentis: Sobrepeso 85 e obesidade 97

ttp://www.who.int/childgrowth/standards/bmiforage/en/index.html

Diagnóstico – meninas 5 a 19 anos

ttp://www.who.int/childgrowth/standards/bmiforage/en/index.html

Percentis: Sobrepeso 85 e obesidade 97

Diagnóstico – meninos até 5 anos

ttp://www.who.int/childgrowth/standards/bmiforage/en/index.html

Percentis: Sobrepeso 85 e obesidade 97

Diagnóstico – meninos 5 a 19 anos

ttp://www.who.int/childgrowth/standards/bmiforage/en/index.html

Percentis: Sobrepeso 85 e obesidade 97

Fatores de influência

GENÉTICOS AMBIENTAIS

OBESIDADE

DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS

Menos de 5%

Influência genética

• Estudos com gêmeos sugerem que de 60% a 90%

da variação na adiposidade é genética.

• Os genes são estimados a contribuir em aprox 70%

da variação do IMC ao longo da vida

• Exercício vigoroso pode inibir a influência genética

para IMC

Bouchard C, Perusse L. Ann N Y Acad Sci.1993;699:26 –35; Fabsitz RR, Sholinsky P, Carmelli D. Am J

Epidemiol.1994;140:711–20; ;Williams PT; Blanche PJ; KraussRM, Circulation. 2005;112:350-56

Histórico familiar

• Criança que os 2 pais são obesos: 80% de

chances de desenvolver obesidade

• 1 dos pais obeso: 40%

• Nenhum dos pais obeso: 7%

Berheman & Kliegman, 1994

Influência do meio ambiente

Hábitos de alimentação da família

Alimentação do bebê

Hábitos de atividade física

Hábitos na escola

Fatores de risco

Bray, GA. Contemporary Diagnosis and Management of Obesity. Newtown, Pa: Hanbooks in Health Care Co; 1998

11 aos 60 anos:

-História familiar positiva de obesidade e diabetes

- Doença endócrina (síndrome ovário policístico)

- Multípara

- Abandono do tabagismo

- Casamento

- Medicações

1 a 10 anos:

História familiar positiva

- Alterações genéticas

- Distúrbio hipotalâmico

- Taxa metabólica baixa

- Mãe diabética

Fatores de risco

Bray, GA. Contemporary Diagnosis and Management of Obesity. Newtown, Pa: Hanbooks in Health Care Co; 1998

61 a 75 anos:

- Menopausa

- Declínio do GH

- Declínio da testosterona

- Abandono do tabagismo

- Medicações

Tecido adiposo

2 tipos:

• Marrom

• Branco

Tecido adiposo marrom

• Depósitos praticamente ausentes em

adultos, mas presentes em fetos e recém-

nascidos.

• Apresentam grande quantidade de

mitocôndrias mas não apresentam complexo

enzimático necessário para produzir ATP.

• Especializado na produção de calor

(termogênese) – utilizam energia

necessária pela oxidação dos ácidos

graxos

Tecido adiposo branco

• Localizado em diversas regiões do

organismo envolvendo e dentro dos órgãos

• Oferece proteção mecânica contra choques

externos, permite adequado deslizamento

entre vísceras e feixes musculares, sem

comprometer a integridade e funcionalidade

dos mesmos.

• Manutenção da temperatura corporal.

Fonseca-Alaniz MH, Takada J, Alonso-Vale MIC, Lima FB. Arq Bras Endocrinol e Metab 50(2): 216-229, 2006.

Tecido adiposo branco

• Capacidade de armazenar energia com

necessidade de pouca água, fornecendo

mais calorias por grama em comparação ao

carboidrato (9 kcal.g-1 vs. 4 kcal.g-1)

Fonseca-Alaniz MH, Takada J, Alonso-Vale MIC, Lima FB. Arq Bras Endocrinol e Metab 50(2): 216-229, 2006.

Tecido metabolicamente ativo

Leptina

• “Hormônio da saciedade”

•Concentração varia de acordo com a quantidade de

tecido adiposo.

• Na obesidade, os níveis de leptina estão aumentados.

• Efeitos no controle do apetite, controle da massa

corporal, reprodução, angiogênese, imunidade,

cicatrização e função cardiovascular.

Leptina

•Expressa e secretada de forma pulsátil pelo tecido adiposo e

placenta.

•Existem receptores em vários tecidos centrais e periféricos

•Centrais: áreas relacionadas ao controle de ingestão

alimentar e gasto energético – homeostase energética

•Periféricos: pode regular homeostase energética através de

ações diretas no metabolismo lipídico;

•Aumenta oxidação dos ácidos graxos no músculo

esquelético (ativação da AMPK) e também aumenta a

depleção de triacilgliceróis

Celularidade adiposa

• Aumento no número de células adiposas –

hiperplasia celular

• Aumento no volume das células – hipertrofia

celular

• Hipertrofia e hiperplasia não ocorrem de

forma linear. Variam de acordo com o

processo de maturação do tecido adiposo

Período pré-natal e perinatal

O último trimestre de gestação e os

primeiros meses pós natal: períodos em que

subnutrição e escesso de ingesta calórica

podem influenciar o desenvolvimento da

adiposidade e proteger ou promover no

futuro o sobrepeso e a obesidade

Entre 5 e 7 anos• Período crítico

• Esperado que IMC se eleve no 1° ano e decline até

aprox. 5 anos, quando novamente retorna a

crescer.

• O percentual de gordura também tende a crescer

(adiposity rebound)

• IMC e espessura das dobras de adolescentes e

adultos, se mostram > quando estes experimentam

aumento no peso e gordura corporal no período

pré-escolar mais precocemente e de maior

magnitude do que os que experimentam fenômeno

mais tarde

Período da puberdade

• Período mais crítico

• O risco de se tornar um adulto obeso

aumenta com a idade.

• 30% das mulheres e 10% dos homens

obesos apresentam excesso de peso

desde adolescência

DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA

Distribuição regional de gordura

X

ANDRÓIDE GINÓIDE

Distribuição regional de gordura

Obesidade central (Tipo andróide)

Maior risco à saúde

Predominância de gordura na região

abdominal.

Obesidade periférica (Tipo ginóide)

Menor risco á saúde

Predominância de gordura na região dos quadris.

Índice cintura quadril (ICQ)

circunferência da cintura

circunferência do quadril

BaixoICQ < 0,8ICQ < 0,9

ModeradoICQ 0,8 – 0,85ICQ 0,9 – 1

AltoICQ > 0,85ICQ > 1

RiscoMulheresHomens

Circunferência da cintura (CC)

homens CC > 102 cm

mulheres CC > 88

Valores de referência

Europeus

homens CC > 94 cm

mulheres CC > 80

População brasileira???

METABOLISMO ENERGÉTICO

Equilíbrio energético

Gasto energético

Efeito térmico dos alimentos:

Responsável por 8 a 15% do gasto energético diário

Gasto imediato e tardio

Taxa de metabolismo basal:

Responsável por 50 - 60% do gasto energético diário

Influenciada pelo gênero, idade e massa livre de

gorduras

Gasto energético

Taxa de metabolismo basal:

de 1kg de músculo = gasto em aprox. 21Kcal/Kg

Então:5Kg na massa muscular = 100Kcal/dia

= 4,7Kg em 1 ano.

Efeito Térmico dos Alimentos

Responsável por 8 a 15% do gasto energético diário

Gasto imediato: digestão, absorção e assimilação de

macronutrientes

Gasto tardio: aumento da ANS que aumenta a

concentração de insulina

Taxa de Metabolismo Basal

Responsável por 50 - 60% do gasto energético diário

Influenciada pelo gênero, idade e massa livre de

gorduras

Em repouso gasto é de 3,5 ml/min

Gasto energético com atividade física

Atividades cotidianas

Atividade Física Programada

Medida do gasto energético -

Espirometria

Consumo de 1L de O2 = 4,09 a 5,05 kcal de energia

OBESIDADE E COMPLICAÇÕES À

SAÚDE

Complicações à Saúde

OBESIDADE

Hipertensão

Doença

Cardíaca

Hiperlipidemia

Diabetes melito

tipo 2

Osteoartrite

Distúrbios de humor

Distúrbios do

sono

Distúrbios

alimentares

Gota

Doença da

vesícula bliar

Câncer

Bouchard, C, 2003

Relação da obesidade com doenças

crônicas

-Diabetes

-Colesterol

-Hipertensão

-Doenças cardiovasculares

OBESIDADE E DIABETES

Risco de diabetes ajustado para idade

de acordo com IMC

Homens Mulheres

Sharma AM & Chetty, VT. Acta Diabetol, 42: S3-S8, 2005

Ação das catecolaminas e da insulina

no tecido adiposo

Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina): potentes

ativadores da lipólise.

Agem nos adrenoreceptores β estimulando atividade

da lipase hormônio sensível

Agem como fator inibitório sobre adrenoreceptores α

que possuem ação anti-lipolítica

Insulina: Papel lipogênico

Promove estoque de triglicerídeos

Difusão de cels pancreáticas

Tecido adiposo visceral

Ácidos graxos livres

Resistência à insulina

Insulina

+

Neoglicogênese captação de glicose

Fígado Músculo

PâncreasTecido

adiposo

HIPERINSULINEMIA

Difusão de cels pancreáticas

Tecido adiposo visceral

Ácidos graxos livres

Resistência à insulina

Insulina

+

Neoglicogênese captação de glicose

Fígado Músculo

PâncreasTecido

adiposo

DIABETES TIPO 2

Ahima RS. The Journal of Clinical Investigation, v.121, n.6, 2011

História natural do DM2: obesidade resulta em aumento nas celulas ß e

secreção de insulina, o que compensa a resistência à insulina.

Depois de um tempo, a compensação das celulas ß falha em alguns

indivíduos, levando a intolerância à glicose.

LÍPIDES PLASMÁTICOS

Lípides plasmáticos

Triglicérides: lipídeos simples formados por ácido

graxos e glicerol

Desejado: <150mg/dL

Colesterol:

VLDL- lipoproteína de muito baixa densidade

LDL- lipoproteína de baixa densidade

HDL – lipoproteína de alta densidade

Gordura visceral

Ácidos graxos livres

Músculo

Glicemia

Hiperinsulinemia

Captação de

glicose

LDL

Triglicérides

VLDL

TG

CE

CECE

CE

TG

CETG

CE

TG

CE

LLP

HDL

Fígado

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Difusão de células

pancreáticas

Tecido adiposo visceral

Ácidos graxos livres

HIPERINSULINEMIA

Atividade simpática Reabsorção

de Na

Fator de

crescimento

vascular

HIPERTENSÃO ARTERIAL

DOENÇA CARDIOVASCULAR

Doença cardiovascular

Marcadores

IMC Relação cintura

quadril

Circunferência

cintura

IMC e risco de doença cardiovascular

obeso classe III

obeso classe II

obeso classe I

sobre-peso

Normal

abaixo do peso

IMC 40

IMC 35 – 39,9

IMC 30 – 34,9

IMC 25 – 29,9

IMC 18,5 – 24,9

Muito Grave

Grave

Moderado

Aumentado

Médio

Baixo

Organização Mundial de Saúde, 1998

IMC (Kg/m2) ClassificaçãoRisco

cardiovascular

4.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

IMC

Manson et Al, N. Engl. J. Med, 333: 677-85, 1995

IMC e risco de doença cardiovascular

CC e risco de doença cardiovascular

NIH Obes. Res. 6 (supll 2), 1998

extremamente

alto

extremamente

alto

40Obeso III

muito altomuito alto35 – 39,9Obeso II

muito altoalto30-34,9Obeso I

altoaumentado25 - 29Sobrepeso

----18, 5- 24,9Normal

----< 18,5Baixo peso

M > 88 cmM 88cmIMC, kg/m2

H > 102 cmH 102 cm

Risco relativo a peso normal e CC

SINDROME METABÓLICA

Síndrome metabólica

É um transtorno representado por um conjunto

de fatores de risco cardiovascular usualmente

relacionados à deposição central de gordura e à

resistência à insulina.

Síndrome metabólica

• Hipertensão arterial

• Resistência à insulina, intolerância à glicose/

diabete do tipo 2

• Obesidade visceral

• Dislipidemia

Obesidade abdominal por meio de

circunferência abdominal

Componentes da SM segundo NCEP-

ATP III

Homens >102

Mulheres >88

Triglicerídeos ≥ 150mg/dL

Componentes da SM segundo NCEP-

ATP III

HDL colesterol

Homens: <40mg/dL

Mulheres: <50mg/dL

Pressão arterial: ≥130mm Hg ou ≥85 mm Hg

Glicemia de jejum:≥110mg/dL

TRATAMENTO DA OBESIDADE

Tratamento

Dieta

Medicamento

Cirurgia

Exercício físico

DIETA

Dieta

Apresenta bons resultados a curto prazo

Difícil de ser mantida por longos períodos

A longo prazo tem efeitos reduzidos

Efeito negativo sobre o metabolismo basal

Redução de aproximadamente 500 a 1000 kcal da

ingestão diaria total

Dietas de baixo teor de gordura,

mediterrânea e baixo teor de carboidratos

Baixo teor de gordura: ingesta de 1500 kcal/dia para mulheres e 1800 kcal para homens – 30% das calorias de

gorduras, 10% gordura saturada, 300mg colesterol/dia

Mediterrânea: rica em vegetais, pouca carne vermelha 30-45 g de azeite de oliva e oleaginosas. Ingesta de 1500

kcal/dia para mulheres e 1800 kcal para homens – máx 35% das calorias de gorduras.

Baixo teor de carboidratos: 20g de carboidratos por 2 meses, com aumento gradual de no máx 120g/dia

Shai, I et al. The New England Journal of Medicine, 359,3: 229-241,2008

322 homens

40-65 anos

IMC:±31 kg/m2

Dietas de baixo teor de gordura, mediterrânea

e baixo teor de carboidratos

Shai, I et al. The New England Journal of Medicine, 2008; 359,3: 229-241.

Dietas de baixo teor de gordura, mediterrânea

e baixo teor de carboidratos

Shai, I et al. The New England Journal of Medicine, 2008; 359,3: 229-241.

RESTRIÇÃO ALIMENTAR

X

REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

DIETA + EXERCÍCIOS FÍSICOS

Efeito da Dieta + Exercícios físicos

Diminuição de peso maior

Diminuição de gordura maior

Manutenção da massa magra

Diminuição de gordura abdominal

Maior diminuição do risco cardiovascular

Ross et al.,J Appl Physiol, 1996; 81 (6) :2445-2455.

Efeito da Dieta + Exercícios físicos

apenas

dieta

Dieta +

ex aerobioDieta +

ex resistido

Reducao

rela

tiva d

e t

ecid

o a

dip

oso

subcuta

neo V

olu

me (

%)

Efeito da Dieta + Exercícios físicos

Ross et al.,J Appl Physiol, 1996; 81 (6) :2445-2455.

apenas

dieta

Dieta +

ex aerobioDieta +

ex resistido

Reducao

do t

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l

e s

ubcuta

neo

Volu

me (

%)

EXERCÍCIOS FÍSICOS

Características do exercício

Fatores determinantes para um programa de atividade

física para o controle da obesidade

- TIPO

- INTENSIDADE

- DURAÇÃO

- FREQUÊNCIA

Tipo de exercício

AERÓBIO RESISTIDO

EXERCÍCIOS AERÓBIOS

Exercícios aeróbios

OBJETIVOS:

- Provocar um desequilíbrio no balanço calórico (balanço

calórico negativo) – efeitos na composição corporal;

- Melhorar a capacidade respiratória;

- Atuar nos fatores de risco cardiovascular

Intensidade

Romjjn JA. et al. Am. J. Physiol, 1993; 265:E380-91

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

1.8

2

0 15 30 45 60 75 90 105 120

AG

L (

mm

ol.L

-1)

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

1.4

1.6

1.8

2

0 15 30 45 60 75 90 105 120

Tempo (min)

AG

L (

mm

ol.L

-1)

25% VO2max

65% VO2max

85% VO2max

25% VO2max

65% VO2max

85% VO2max

CAPTAÇÃO DE AGL

Intensidade

Todo exercício promove gasto energético.

A queima de gordura durante o exercício é exarcebada

Exercícios até 65% do

VO2 máx

Exercícios

prolongados

Exercício de alta intensidade e

intermitente e redução de gordura

Boutcher SH, Journal of Obesity, 2011

HIIE – Exercício intermitente: 8 seg de sprint e 12 seg de recuperação

SSE – 40 min 60% VO2 maáx

Exercícios aeróbios - intensidade

recomendada

FC treino = (FC máx - FC rep) x % + FC rep

Teste máx

220 - idade

Após 5´

repouso

50% à 70%

Frequência do exercício

Cinco Três Duas UmaCinco Três Duas Uma

5– 7 sessões por semana

Maior a freqüência semanal Maior gasto Energético

Duração do exercício

Duração - Gasto Energético

40 – 60 minutos

Menos de 15

minutos

Pouco

efeito

Mais de 60

minutos

Cansaço

Lesões

EXERCÍCIOS AERÓBIO E FATORES

DE RISCO CARDIOVASCULAR

Efeitos na gordura visceral

Lynch NA, et al.J Appl Physiol, 2001; 90(1):99-107

Modific

ação (

%)

peso

corporal

gordura

corporal

massa

gorda

gordura

subcutânea

gordura

visceral

Sem modificação no VO2 max

Com modificação no VO2 max

Exercício físico e pressão arterial

PA (principalmente em hipertensos)

Redução = dieta isolada

0

20

40

60

80

100

120

140

160

PA

mm

Hg

EXERCÍCIO

PAS

PAD

*

*

CONTROLE

Blumenthal et al. Arch. Inter. Med, 2000;160:1947-1958.

Exercício físico e sensibilidade à insulina

Resistência à insulina

0

2

4

6

8

10

12

14

0 200 400 600 800 1000

Insulina plasmática ( uU/ml)

Cap

itação

de g

lico

se (

mg

/kg

FF

M/m

in)

Antes da dieta

Depois da dieta

Antes do exercício

Depois do exercício Arciero et al., J. Appl. Physiol, 1999; 86(6): 1930-1935.

EXERCÍCIOS RESISTIDOS

Exercícios resistidos

OBJETIVOS:

-Provocar um desequilíbrio no balanço calórico (balanço

calórico negativo) – efeitos na composição corporal;

-Aumento da massa muscular

-Atuar nos fatores de risco cardiovascular

Objetivos do treinamento

Hipertrofia

Maior intensidade ± 70% de 1 RM

Poucas repetições

Resistência muscular

Menor intensidade: de 40 a 60% de 1RM

Muitas repetições

Que tipo de treinamento resistido é indicado ao obeso?

Treinamento resistido

• Massa muscular é inversamente associada

a todos os tipos de morte.

• Evidências que a partir da 5ª década da vida

é de aprox. 0,46Kg/ano.

• O gasto energético durante a sessão de

exercício aeróbio, parece ser maior

Strasser B & Schobersberger W. Journal of Obesity, 2011

Med Sci Sports Exerc, 2005; 37(2): 194-203.

48 mulheres 55±3 anos

2x/semana exercícios supervisionados:

1 dia exercícios resistidos periodizados (50 a 90% 1 RM)

1 dia exercícios isométricos

2 x/sem sem supervisão

Composição corporal

Mo

dif

icaçõ

es (

%)

Gordura

corporalCirc. abd

Exercício

Controle

Indice

cintura/quadril

Variáveis Pré treino Pós treino P

idade 66,8 ±3,7 0,12

Peso (kg) 70,4 ± 8,7 69,8 ± 8,3 <0,01

% de gordura 28,8 ± 12,1 25,4 ± 12,1 < 0,01

Massa magra (kg) 50,0 ± 10,1 52,0 ± 10,7 < 0,01

Massa gorda (kg) 20,4 ± 9,8 17,7 ± 9,3 < 0,01

Força de MS (kg) 59,0 ± 20,3 73,9 ± 24,2 < 0,01

Força de MI (kg) 117,6 36,5 166,6 47,5 < 0,01

Homens e mulheres de 61 a 77 anos

3x/semana

65-80% de 1RM

Composição corporal

Hunter GR. J Appl Physiol, 2000; 89 (3) 977-84.

Exercícios Resistidos

Precisam ser realizados regularmente

com intensidade suficiente para causar

hipertrofia

Cuidados:

* Articulações

* Indivíduos com doenças associadas

(HAS, DM)

Exercícios Resistidos

• Intensidade: moderada a alta (≥ 60% 1RM)

• Frequência: 2 a 3 dias na semana

• Duração: 30 a 60 min.

• Séries: 2 a 3

• Número de repetições: 8 a 12

• Número de exercícios: 8 -10

Prescrição de exercícios

Avaliação subjetiva do esforço: escala de Omni

6

7 Muito , muito leve

8

9 Muito leve

10

11 Regularmente leve

12

13 Algo pesado

14

15 Pesado

16

17 Muito Pesado

18

19 Muito, muito pesado

20 Exaustivo

ESCALA SUBJETIVA

DE ESFORÇO

ESCALA DE BORG

Prescrição de treinamento

PREVENÇÃO DO GANHO DE PESO (>3%)

Intensidade: de moderada a vigorosa

Volume: 150 a 250 min/sem

Gasto energético entre 1200 e 2000Kcal

Appropriate Physical Activity Intervention Strategies for

weigh Loss and Prevention of weigh Regain for adults –

American College os Sports medicine Position Stand, 2009

1h e 24 min/dia

5x/semana

PERDA DE PESO (>3%)

Volume: <150min/sem = resultado mínino

150 a 200min/sem = perda de peso modesta (2 a 3 Kg)

225 a 420 min/sem= reduz PP (5 a 7,5Kg) intensidade

moderada (150 min)

PREVENÇÃO DO REGANHO DE PESO (<3%)

Volume: maior é melhor

Aproximadamente 60 min de caminhada com intensidade

moderada por dia

EXERCÍCIOS RESISTIDOS

Isolado não promoveu perda de peso

Isolado ou associado a restrição dietética: aumento da

massa live de gordura

Pode aumentar a perda de peso associado com o exercício

aeróbio

Não evidências com a prevenção no REGANHO DE PESO e

nem sua relação com a DOSE

Exercícios Físicos

• Ausência de exercícios físicos: alto preditor

de aumento de peso com idade

• Baixo nível de atividade física (AF) recreativa

é associado a aumento de peso significativo

em 10 anos.

• Altos níveis de AF são necessários para

manutenção do peso