Post on 03-Dec-2018
O ENSINO DE GEOGRAFIA E A VIVÊNCIA DA EQUIPE PIBID
NA ESCOLA POLIVALENTE, CAMPINA GRANDE-PB
DANIELA SANTANA OLIVEIRA
JOSÉ NIVALDO DA SILVA
NATHÁLIA ROCHA MORAIS
JOSANDRA ARAÚJO B. DE MELO
O ENSINO DE GEOGRAFIA E A VIVÊNCIA DA EQUIPE PIBID NA ESCOLA
POLIVALENTE, CAMPINA GRANDE-PB
INTRODUÇÃO
• O processo de ensino- aprendizagem é contínuo e dinâmico exigindo,
portanto, do profissional atuante na área um processo de reciclagem que
acompanhe as transformações da sociedade. Este trabalho é produto da
atuação de bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID/CAPES/UEPB) na Escola Polivalente no município de
Campina Grande/PB, cuja atuação considerou a realidade de constantes
transformações no espaço bem como a necessidade de aliar conhecimento
informal e conhecimento formal no sentido de tornar a disciplina de
Geografia mais atraente ao discente.
OBJETIVO:
• Contribuir com o processo de desmistificação da disciplina de
Geografia como um conhecimento enciclopédico e sem utilidade;
• Fortalecer a parceria entre universidades e escolas públicas através de
programas educacionais, como o Programa de Bolsas de Iniciação à
Docência (Pibid/ Capes/ Uepb), buscando promover não apenas a
formação de profissionais melhor qualificados à docência, mas
contribuir para o processo de reciclagem do profissional atuante nas
salas de aula.
METODOLOGIA:
Caracterização do público alvo
• Esta pesquisa foi realizada no espaço da Escola Polivalente, Campina
Grande-PB, e as atividades de intervenção/colaboração se
desenvolveram em turmas do 1º e 2º ano do ensino médio (Fig.: 01/
Fonte: IBGE, 2007)
MÉTODO
• Para avaliação acerca da percepção dos alunos em relação a disciplina
de Geografia foi aplicado um questionário com questões abertas,
simples e objetivas através das quais os educandos puderam expressar
livremente sua opinião.
• Foram aplicados dois questionários
um deles no início das atividades na
Escola, e outro seis meses após
o início das atividades de intervenção/
Colaboração da equipe na turma do 2º ano.
RESULTADOS & DISCUSSÕES:
Primeiro Momento
• O público alvo dessa pesquisa foi a turma do 2º ano C do Ensino Médio da
E.E.E.F.M. Senador Argemiro de Figueiredo Polivalente, Campina
Grande - PB,
• A turma era composta por 12 alunos e se caracterizava por possuir a
maioria dos estudantes fora da faixa etária adequada,
• A primeira pergunta do questionário referia-se ao nível de identificação
com a disciplina, onde a maioria afirmou não gostar de Geografia, as
justificativas apontavam a utilização de mapas, a pouca simpatia pelos
conteúdos ou mesmo a falta de importância atribuída a estes, que para os
discentes não teriam relação alguma com sua realidade de vivência
• Em uma das perguntas questionou-se o papel desta disciplina na grade
curricular, as respostas mais frequentes foram:
“Nas escolas públicas, desempenha um nível baixo, pois poucos professores tornam as aulas interessantes. O que deveria ser ao contrario, pois o estudo da geografia deve auxiliar para o ENEM.”
“Para que sabemos como é o mundo, por exemplo, os climas, relevos, os solos etc.”
RESULTADOS & DISCUSSÕES:
Segundo Momento
• Após a vivência num período de seis
meses da turma com o grupo do
PIBID, outro questionário foi
aplicado com a finalidade de extrair
a opinião dos discentes em relação
ao trabalho do grupo. Assim como
no questionário feito antes da
atuação dos bolsistas, essa pesquisa
segue o mesmo modelo de perguntas
abertas para que os alunos tivessem
espontaneidade para responder.
• A primeira pergunta discorreu acerca das intervenções/colaborações da
equipe PIBID no sentido de tornar a disciplina mais interessante, a maioria
afirmou que as contribuições foram significativas e bastante positivas e
que, conseqüentemente, a Geografia se tornou mais atraente, conforme
uma das respostas:
“Sim, tivemos aulas mais dinâmicas e diferentes que deu para melhorar todo o conteúdo e deixando mais visível para o nosso
conhecimento.”
• Seqüencialmente investigou-se se
os conteúdos estudados em sala de
aula tinham relação com o
cotidiano dos alunos, todos
afirmaram que pelo menos um dos
conteúdos ministrados teve alguma
afinidade com a sua vivência,
conforme resposta abaixo:
“Porque tudo estudado tem a ver com nosso mundo, nossa vida, clima, a população, a energia,
as fontes renováveis e não renováveis, as cidades e a urbanização, as indústrias formadas aqui no Brasil.”
• Por fim foi solicitado que fosse comentada a participação da equipe do
PIBID nas aulas de Geografia, observa-se algumas respostas:
“Quero parabenizar a todos, achei muito importante essa atitude que nos abriu uma visão da Geografia de uma forma mais visível e
transparente, sem dúvida foram bastante proveitosas e levamos o conhecimento pro resto de nossas vidas.”
“Bom porque não é por causa que vocês „são novos e entendem os alunos‟ Eu acho que é isso que o professor fala, mas não importa, se é novo se diz que entende, e velho porque é mais experiente, e sim o modo que ensina. Tem que ser explicado bem direito e cloro, sem enrolação.”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Evidenciou-se que a prática docente exige, uma reestruturação teórica e
metodológica;
• No que se trata da Geografia como disciplina escolar, necessita-se
aprimorar o contato entre os conteúdos científicos da academia à
realidade do estudante: trabalhar a relação entre as escalas geográficas;
• Verificou-se a partir das respostas que os alunos consideram a disciplina
“complicada de entender” e “cansativa”, contudo a matéria não desperta
nos educandos o receio de reprovação;
• Identifica-se uma carência por esclarecer entre os alunos a real finalidade
da ciência geográfica, enfim há a necessidade de realizar um trabalho de
desmistificação da imagem criada em torno da Geografia, para que não se
atribua a essa disciplina nada além do que ela realmente significa;
• O ensino de Geografia continua tendendo a ser descritivo, numa
perspectiva tradicional;
• A forma como os assuntos foram ministrados em sala de aula pela equipe
PIBID conseguiu atingir o propósito de relacioná-los com a realidade
local e fazer com que esses estudantes identifiquem os fenômenos
geográficos em seu dia-dia;
• Constata-se que a utilização de novas ferramentas metodológicas
promove impactos no processo de ensino-aprendizagem e na relação
professor-aluno;
• Projetos como o PIBID, que trazem para a sala de aula a experiência de
graduandos totalmente sintonizados com as novidades da ciência
geográfica e de sua metodologia de ensino, possibilitam que a realidade
da sala de aula seja transformada consideravelmente.
• No Endereço abaixo é possível verificar as ações realizadas pela
equipe do PIBID na Escola Polivalente:
http://geografianopibid.wordpress.com/atividades-desenvolvidas/escola-
polivalente
REFERÊNCIAS
• BARRETTO, Elba Siqueira de Sá. Políticas e práticas de formação de
professores da educação básica no Brasil: um panorama nacional. RBPAE, Rio
Grande do Sul, vol. 27, n. 1, 39-52, jan./abr. 2011.
• CAVALCANTI, Lana de Souza. Ensino de Geografia e Diversidade: construção de
conhecimentos geográficos escolares e atribuição de significados pelos diversos
sujeitos do processo de ensino. In.: CASTELLA, Sônia. Educação geográfica:
teorias e práticas docentes. 2 Ed. São Paulo: Contexto, 2007.
• KAERCHER, Nestor André. Ler e escrever a Geografia para dizer a sua palavra e
construir o seu espaço. In.: SCHAFFER, Neiva, Otero [et. al.]. Ensinar e aprender
Geografia. Porto Alegre: AGB- seção Porto Alegre, 1998 (p.11-21).
• ____________. O gato comeu a Geografia crítica? Alguns obstáculos a superar no
ensino-aprendizagem. In.: PONTUSCHKA, Nídia Nacib. Geografia em
perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2010 (p. 221-231).
• LACOSTE, Yves. A Geografia – Isso Serve, Em Primeiro Lugar, Para Fazer A
Guerra. 17ª Edição. Campinas, SP: Papirus, 2010.
• OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Situação e tendências da Geografia. In.:
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de [e. al]. Para onde vai o ensino de
Geografia?. 9 Ed. São Paulo: Contexto, 2005 (p.24-29).