Post on 09-Jan-2017
Informaçõespara paissobre a avaliação na escola e sobre a passagem para o nível secundário I(Parte do cantão de l íngua alemã)
Versão actualizada Agosto de 2008
Direcção da Ins t rução Púb l ica do cantão de Berna
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Prezados Pais
Como são avaliados alunos e alunas nas
nossas escolas? Quem faz essa ava-
l iação e porquê? O que é que se entende
por decisão de orientação escolar? O
que é que se decide e quem decide?
Como funciona o processo de passagem
do nível primário ao nível secundário I , o
que é um relatório de passagem e quem
toma a decisão sobre a passagem?
Em resumo: O que é que os pais devem
saber sobre o percurso escolar dos
f i lhos?
Esta brochura responde-vos a todas
estas perguntas. Foi elaborada para os
Senhores, na vossa qualidade de pais,
ou seja encarregados de educação de
alunas e alunos das escolas oficiais do
cantão de Berna. Se necessitarem de
mais informações, dir i jam-se, por favor,
à professora ou ao professor dos vossos
f i lhos, ou à direcção da escola.
Direcção da Instrução Pública
do cantão de Berna
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Os objectivos do ensino
Os objectivos do ensino são a condição
essencial para todo o ensino esco-
lar de qualidade. O programa esco-
lar do cantão de Berna estabelece as
linhas directrizes sob a forma de objec-
tivos gerais. Compete aos professores
e às professoras a definição, a par tir
destes objectivos gerais, dos objectivos
de aprendizagem para os grupos con-
cretos de alunas e alunos em termos
de sequências e de unidades de ensi-
no. São eles quem determina, de acordo
com o nível escolar e a disciplina, quais
as competências que alunos e alunas
devem possuir para atingirem os objec-
tivos fixados.
Há várias formas de avaliação para con-
trolar se alunos e alunas atingiram os
níveis do ensino (ver o capítulo seguin-
te). Estas avaliações servem de base
para as decisões de orientação esco-
lar. A decisão central é tomada no final
do 6° ano escolar, quando se trata de
orientar o aluno, a aluna para a „Real“
ou para a escola secundária.
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A avaliação de alunas e alunos
A avaliação das competências e do
comportamento de alunas e alunos é
feita quotidianamente pelo professor
ou professora da turma. Ela é útil ao
desenvolvimento pessoal e ao desen-
volvimento do aproveitamento esco-
lar e deve ser vivida como um apoio ao
estudo.
A avaliação tem uma dimensão
formativa e está orientada para os
objectivos de aprendizagem; é global,
isto é, autocrítica e orientada para o
futuro, e transparente.
• Dimensão formativa: A avaliação
encoraja a aprendizagem e o
desenvolvimento das crianças e dos
jovens.
• Orientada para os objectivos de
aprendizagem: A avaliação serve para
comparar o que foi aprendido com os
objectivos a atingir.
• Autocrítica: A avaliação dá a
possibilidade às crianças e aos jovens
de fazerem uma auto-avaliação.
• Orientada para o futuro: As
avaliações fornecem a base para
decisões a tomar quanto ao percurso
escolar futuro das crianças e dos
jovens.
• Transparente: As avaliações informam
os pais, ou seja os encarregados de
educação de um modo diferenciado e
completo sobre os progressos e sobre
o desenvolvimento dos filhos.
As formas de avaliação de alunas e alunos
• A observação e avaliação contínua.
Alunas e alunos são observados e avalia-
dos regularmente pelos professores. As
experiências e os resultados devem ser-
vir para que se possa responder suces-
sivamente às seguintes perguntas: Como
evolui o nível de conhecimentos no que
respeita aos objectivos concretos da
aprendizagem? Como evolui o compor-
tamento na escola, que traços caracte-
rísticos e que pontos for tes e fracos se
manifestam com mais força? Os resulta-
dos destes testes e observações servem
para que os professores possam tomar
as medidas de apoio correspondentes
e possam dar informações e conselhos
concretos.
• A auto-avaliação. Ao fazerem uma
auto-avaliação alunos e alunas avaliam
os seus próprios conhecimentos, o seu
modo de trabalhar, de aprender e o seu
comportamento social relativamente aos
objectivos de aprendizagem estabeleci-
dos. A auto-avaliação estimula e for tifi-
ca as capacidades de auto-apreciação.
Há várias formas de auto-avaliação: con-
versa em grupo ou individual ; avaliação
retrospectiva do trimestre, do semestre
ou do ano; reacção ao trabalho realizado
no âmbito do plano semanal, do atelier
ou de um projecto. As auto-avaliações
são decididas pelos professores, mas
têm lugar pelo menos uma vez por ano.
São analisadas, num sentido de estímulo,
em conversas com alunas e alunos.
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• A conversa com os pais. Conver-
sas com os pais são um elemento cen-
tral para a criação de um clima de con-
fiança e de colaboração entre a escola
e os pais e têm lugar pelo menos uma
vez por ano. Devem estimular o con-
tacto entre os pais (ou os encarrega-
dos de educação) e os professores. Per-
mitem uma troca de informações sobre
os filhos e informar os pais sobre o seu
comportamento social na escola. Pos-
sibilitam a comparação da auto-ava-
liação do aluno com a avaliação do cor-
po docente e a apreciação feita pelos
pais. Facilitam uma reacção directa a
situações problemáticas ou conflitos e
a busca de soluções comuns. As con-
versas com os pais oferecem também a
possibilidade de discutir a avaliação das
competências e das decisões de orien-
tação escolar assim como a avaliação do
comportamento social.
Na escola primária a avaliação tem lugar
no final do primeiro semestre sob a for-
ma de uma conversa entre o professor
ou a professora e os pais. Na 6a classe
essa conversa com os pais é ao mesmo
tempo a conversa sobre a passagem
para o nível escolar seguinte (Pág.8).
No nível secundário I essa conversa
deve ter lugar quando todos os impli-
cados o acharem conviente – quando
devem ser preparadas decisões a tomar
sobre a escolha de uma profissão ou
sobre a frequência de uma escola para
prosseguimento dos estudos. Em caso
de conflitos ou de acontecimentos exce-
pcionais a escola pode organizar outras
conversas com os pais. Os pais ou os
encarregados de educação têm o direito
de renunciar a tais conversas, comuni-
cando-o por escrito.
• O relatório de avaliação. No final do
ano escolar no nível primário e no final
de cada semestre no nível secundário I
os pais ou os encarregados de educação
recebem uma apreciação escrita sob a
forma de relatório de avaliação. Este
relatório é constituído, por um lado pela
avaliação dos conhecimentos do aluno
e por outro pela avaliação da sua atitu-
de face ao trabalho e à aprendizagem.
O relatório avalia as competências em
função dos objectivos de aprendizagem
nas várias disciplinas. A par tir do 3° ano
escolar a avaliação das competências é
feita também por meio de notas.
No 1° e no 2° ano escolar a avaliação é
feita por meio de apreciações segundo a
escala seguinte:
muito bom suficiente insufi-
bom ciente
A par tir do 3° ano escolar a avaliação
das competências traduz-se por notas
que vão de 1 a 6 (com meios pontos) em
cada disciplina e está concebida como
uma avaliação global.
A avaliação: quadro sinóptico
1° semestre 2° semestre
Nível 1°+2° ano Conversa com os pais Relatório de avaliação
primário escolar (sem notas)
3°- 5° ano Conversa com os pais Relatório de avaliação
escolar (com notas)
6° ano Relatório de passagem Decisão sobre a passagem
escolar Ficha de passagem Relatório de avaliação
Conversa sobre a passagem (com notas)
Nível 7°- 9° ano Relatório de avaliação Relatório de avaliação
secundário I escolar (com notas) (com notas)
Conversa com os pais
(momento adequado a escolher)
Uma observação e avaliação corrente por par te do professor ou da professora e a
auto-avaliação de alunas e alunos têm lugar ao longo de todo o percurso escolar.
São os professores a decidir quando tem lugar a auto-avaliação.
As notas tem o seguinte significado:
6 Muito bom
5 Bom Os objectivos da aprendizagem foram atingidos.
4 Suficiente
3 Insuficiente
2 Fraco Os objectivos da aprendizagem não foram atingidos.
1 Muito fraco
6
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As decisões de orientação
Os relatórios de avaliação do corpo
docente, as auto-avaliações de alunos e
alunas e as conversas com os pais ser-
vem de base para as decisões a tomar
sobre o percurso escolar a seguir.
O que é uma decisão de orientação
escolar?
Uma decisão sobre o percurso escolar
tem lugar quando, depois de uma ava-
liação global, se pergunta qual o melhor
caminho para uma determinada aluna
ou para um determinado aluno.
• Na escola primária esta decisão
é tomada a par tir da avaliação
das competências – isto é, do
aproveitamento – em todas as
disciplinas. A avaliação da atitude face
ao trabalho e à aprendizagem completa
a apreciação do trabalho do aluno ou da
aluna
• Na escola secundária I são avaliados
igualmente os conhecimentos em todas
as disciplinas obrigatórias. A isto vem
juntar-se a avaliação da atitude do
aluno ou da aluna face ao trabalho e à
aprendizagem.
Em geral alunas e alunos passam para
o ano ou para o semestre seguinte da
escola ou do nível frequentado até ao
momento. Excepções a esta regra são,
por exemplo, o trabalho com objecti-
vos de ensino individuais reduzidos ou
alargados (para crianças /jovens com
dificuldades de aprendizagem ou com
aptidões especiais), o encaminhamen-
to para uma classe especial, a repe-
tição de um ano ou o saltar um ano. No
nível secundário I são possíveis tam-
bém como decisões de orientação esco-
lar a mudança de nível nas disciplinas
de alemão, francês ou matemática, a
admissão ( ou não) à preparação para
a escola média e a admissão ao ensino
liceal no 9° escolar.
Quando são tomadas decisões de ori-
entação escolar?
Decisões de orientação escolar são
tomadas
• no ciclo primário em regra no final do
ano escolar,
• no ciclo secundário I no final de cada
semestre.
Quem toma as decisões de orientação
escolar?
As decisões de orientação escolar são
tomadas pela direcção da escola com
base nas propostas do corpo docen-
te e são comunicadas por escrito aos
pais ou aos encarregados de educação
no âmbito do relatório de avaliação. Em
todas as decisões os pais são infor-
mados igualmente sobre os trâmites
legais, por tanto sobre a possibilida-
de de recurso. (Ver dossiê com a docu-
mentação)
O procedimento varia consoante o tipo
de decisão de orientação escolar e é
adaptado a cada situação especial. Os
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pais ou os encarregados de educação,
são de qualquer modo ouvidos e a sua
opinião é tida em conta na decisão.
O sistema de passagem do nível primário ao secundário I
Nível primário e nível secundário I
Enquanto antigamente as expressões
«escola primária» e «escola
secundária» designavam, a par tir do
5° ano escolar, diferentes cursos –
frequentava-se ou a escola primária
ou a secundária –, expressões
semelhantes são utilizadas hoje com
um novo sentido:
• Nível primário designa os anos
escolares do 1° ao 6°. No nível primário
todas as crianças frequentam o mesmo
tipo de ensino.
• Nível secundário I designa
os anos escolares do 7° ao 9°,
independentemente do caminho
iniciado e do nível ou tipo de escola
frequentado.
No nível secundário I alunas e alunos
frequentam ou uma turma com menor
nível de exigências, a chamada „Realk-
lasse“, ou uma turma secundária ou
ainda uma turma em que se encontram
alunos desses dois tipos de ensino.
Cabe a cada comuna decidir sobre um
ensino comum ou separado para alu-
nos e alunas dos diferentes níveis de
ensino. Alguns centros de nível pós-pri-
mário oferecem ainda aos alunos a pos-
sibilidade de frequentarem um ensino
especial de nível secundário, durante o
qual se preparam para a passagem para
uma escola média de nível mais eleva-
do.
A passagem para a escola secundária
tem lugar em regra depois do 6° ano
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escolar. Uma mudança depois do
primeiro ano da „Real“, por tanto depois
do 7° ano, também é possível. Nas
escolas em que há alunas e alunos
tanto da „Real“ como da secundária
são possíveis, em princípio, subidas
e descidas de nível no final de cada
semestre.
A escola secundária I tem exigências
mais elevadas do que a „Real“, acei-
tando alunas e alunos que estarão pro-
vavelmente à altura dessas mesmas
exigências O ensino liceal começa no
9° ano da escola secundária para os
jovens que foram propostos para esse
tipo de ensino.
As chamadas disposições de promoção
depois da passagem para o nível secun-
dário I determinam se uma aluna ou um
aluno pode ficar na escola secundária
ou na „Real“.
Isto significa que alunas e alunos da
escola secundária ou da escola secun-
dária especial só podem ter notas
abaixo de 4 no máximo em três disci-
plinas obrigatórias para poderem pas-
sar incondicionalmente para o semestre
seguinte. Só podem ter uma negativa
numa das disciplinas de alemão, fran-
cês ou matemática. Em caso contrário
a passagem para o semestre seguinte é
apenas provisória. Se estas disposições
de promoção não forem cumpridas
durante dois semestres consecutivos,
a aluna ou o aluno em questão passa
para o tipo de escola de nível imediata-
mente inferior ou repete o ano.
Alunas e alunos da „Real“ têm de ter na
maior par te das disciplinas obrigatórias
um 4 ou mais para passarem incondi-
cionalmente para o semestre seguinte.
A passagem para a escola secun-
dária tem lugar em regra depois do 6°
ano escolar. Também é possível uma
mudança depois do 1° ano da “Real” ,
por tanto depois do 7° ano.
O processo de passagem
No final do 1° semestre do 6° ano esco-
lar o corpo docente avalia, no qua-
dro do processo de passagem, qual o
nível em que cada aluna e cada alu-
no pode ser integrado no nível secun-
dário I. Este sistema tem como finalida-
de a integração das crianças no tipo de
escola e no nível das disciplinas em que
melhor possam ser apoiadas e estimu-
ladas de acordo com as suas capacida-
des e com o seu provável desenvolvi-
mento. A decisão é tomada com base no
relatório de passagem, no parecer do
professor ou da professora e da orien-
tação desejada pelos pais e pelo aluno.
O relatório de avaliação do 5° ano tam-
bém é útil para a avaliação do desenvol-
vimento futuro do aluno.
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Apoio para a observação a fazer
pelos pais
Com vista à futura formação, as per-
guntas seguintes podem ajudar os pais
ou os encarregados de educação na
observação e avaliação dos filhos:
• O seu filho / a sua filha gosta de
aprender?
• Consegue concentrar-se bem?
• Tem uma cer ta perseverança?
• Percebe depressa de que tipo de
exercício se trata?
• Raciocina bem quando se trata de
resolver um exercício?
• Lança-se também para exercícios
mais complexos?
• Trabalha de maneira autónoma?
• Trabalha com cuidado?
• Faz os trabalhos de casa sem que
seja necessário mandar?
Os testes de orientação
Durante a 6a classe os professores rea-
lizam os chamados testes de orien-
tação, os quais têm lugar sem aviso
prévio especial durante o ensino obri-
gatório. Estes testes são planeados,
realizados e avaliados em conjunto com
os outros professores responsáveis da
região. Deste modo é possível compa-
rar e classificar mais objectivamente os
resultados em várias turmas. Os testes
de orientação servem também aos pro-
fessores para examinarem os seus pró-
prios critérios de avaliação. No pro-
cesso de passagem par ticipam todos
alunos e alunas.
O relatório de passagem
O director ou a directora da turma redi-
ge um relatório, tendo em consideração
a opinião dos outros professores e das
outras professoras que ensinam tam-
bém nessa turma. Esse relatório infor-
ma sobre os conhecimentos nas disci-
plinas de alemão, francês e matemática
assim como sobre o modo de trabalhar
e de aprender no último semestre. É
com base nesta avaliação e na apre-
ciação do desenvolvimento provável da
criança que é feita a proposta de passa-
gem para o 7° ano.
O auto de passagem
O auto de passagem é constituído por
três diferentes tomadas de posição
• a proposta quanto à atribuição da
classe feita pela professora ou pelo
professor;
• o desejo de atribuição da classe
expresso pelo aluno ou pela aluna;
• o desejo de atribuição da classe
expresso pelos pais ou pelos encar-
regados de educação.
A conversa sobre a passagem
Os pais ou os encarregados de edu-
cação, recebem até fins de Janeiro do
6° ano escolar do filho ou filha o rela-
tório e o auto relativos à passagem de
ano para uma tomada de posição. É
depois disso que tem lugar a conver-
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Information für Elternzur Beur teilung in der Volksschule
und zum Über trit t in die Sekundarstufe IPortugiesisch 239700
für den deutschsprachigen KantonsteilDownload: www.erz.be.ch /beur teilung04
sa entre o professor ou professora e os
pais, a qual constituí o centro de todo o
processo. Nesse encontro tomam par-
te os pais ou os encarregados de edu-
cação, a aluna ou o aluno e o professor
ou professora da turma.
Esta conversa tem como objectivo for-
mular uma proposta comum de atri-
buição de turma. Depois deste encontro
o professor completa o auto de passa-
gem com a proposta correspondente
para a direcção da escola.
Não se chegando a um acordo quanto à
proposta, realiza-se mais um encontro,
no qual par ticipa a direcção da escola.
Tanto os pais como os encarregados de
educação, como o professor ou profes-
sor podem trazer mais pessoas. Não se
chegando a um acordo, são enviadas à
direcção da escola tanto a proposta do
professor como a dos pais.
A decisão sobre a passagem
A decisão sobre a passagem é toma-
da pela direcção da escola responsável
pelo 6° ano com base no auto de passa-
gem. Nas escolas onde há toda a pale-
ta de tipos de ensino – „Real“, escola
secundária e ensino especial da esco-
la secundária, a passagem nas discipli-
nas de alemão, francês e matemática é
feita por disciplina. Quem tiver em pelo
menos duas destas três disciplinas o
nível da escola secundária ou da esco-
la secundária especial, é inscrito nesse
nível e considerado como aluna ou alu-
no do tipo de ensino correspondente.
O semestre de estágio
O primeiro semestre do 7° ano é con-
siderado um semestre de estágio para
alunas e alunos da escola secundária
regular e especial. No final do seme-
stre, a direcção da escola responsável
toma a decisão final segundo proposta
do corpo docente
Regulamentação especial
No cantão de Berna a passagem para
o nível secundário I está em princípio
uniformemente regulamentada. Para
alunos e alunas de língua estrangeira,
crianças que tenham chegado há pouco
tempo ou outras que, por razões de
saúde, não tenham podido frequentar
a escola durante muito tempo, são
possíveis regulamentações especiais.