Mot Aula9 Mot Aula11

Post on 27-Oct-2015

61 views 0 download

Transcript of Mot Aula9 Mot Aula11

GEM30 - Máquinas Térmicas

Prof. João Marcelo Vedovoto E-mail: jmvedovoto@mecanica.ufu.br

Sala: 305 – Laboratório de Mecânica dos Fluidos – 5P

Uberlândia, 04 de Setembro de 2013.

Qualidade de ignição Número de cetano - revisão

• O número de cetano mede a qualidade de ignição do óleo diesel e tem influência direta na partida do motor, no funcionamento sob carga e nas emissões;

• A autoignição está relacionada a fragmentação de moléculas, e em motores diesel, a fragmentação fácil das moléculas de combustível é desejável porque intensifica a combustão;

• O número de cetano aumenta com tendência de fragmentação, em oposição à octanagem

Qualidade de ignição Número de cetano

• A figura abaixo representa a relação entre a estrutura e o comprimento da cadeia carbônica, com a temperatura de auto-ignição

Qualidade de ignição Número de cetano

• Fisicamente, número de cetano é o tempo decorrido entre o início da injeção de combustível e o início da combustão, e é também denominado como “atraso de ignição”.

• Como visto, quanto maior o número de cetano, menor o atraso de ignição (melhor qualidade de ignição) e maior a resistência à “batida diesel”.

• Contrariamente, com um menor número de cetano, o atraso é maior, e consequentemente a batida diesel é mais provável de acontecer;

Qualidade de ignição Número de cetano

• Combustíveis com número de cetano adequado apresentam melhor partida a frio, menor erosão nos pistões, menor tendência a depósitos na CC, menor consumo e emissões mais controladas;

• Emissões:

– CO, que se origina de altas temperaturas e mistura rica;

– HC, que se originam em baixas temperaturas e mistura rica;

– Nox, cuja formação é favorecida pelas altas temperaturas de combustão, presença de oxigênio e particulados;

– Particulados, gerados em altas temperaturas e misturas ricas (localizadas)

Qualidade de ignição Número de cetano

Número de cetano e sua influência na combustão

• Em geral, as especificações de NC no mundo estão na faixa de 40 a 55;

• Atrasos menores fazem com que a taxa de entrega de calor na combustão seja mais progressiva, fazendo com que o gradiente de subida de pressão na câmara seja também mais lenta, diminuindo o ruído gerado pelo motor.

• Outra maneira de se reduzir o atraso na ignição é através do uso de sistemas “common rail”, os quais permitem o artifício de pré-pulsos.

Compostos oxigenados

• Álcoois:

– Essencialmente com cadeias de 1-5 carbonos;

• Metanol: obtido de gás de síntese CO+H2, gás natural, carvão. Com baixa solubilidade em gasolinas, utiliza-se com algum solvente como o etanol;

• Etanol: Obtido através da fermentação natural de açucares, ou pela hidrólise enzimática de celulose;

• Mistura Acetona-Butanol-Etanol – ABE: Usado na Europa e obtido da fermentação anaeróbica de diversos componentes, tais como raízes, celulose, grãos, tubérculos com alto teor de açucares

• Éteres:

– Melhor miscibilidade, em função da maior semelhança molecular com a gasolina;

• MTBE: obtido através da reação do metanol com isobuteno;

• ETBE: obtido através da reação do etanol com isobuteno;

• TAME: obtido de maneira similar ao MTBE e ETBE, porém mais pesado.

Compostos oxigenados

Compostos oxigenados Principais propriedades

• Apesar de seu baixo poder calorífico, o calor de mistura é alto, pois a pequena razão ar-combustível exige a adição de maior volume de combustível para o mesmo volume de ar aspirado;

• Como são utilizados principalmente em misturas com gasolinas comerciais, deve-se levar em conta a mudança na relação ar-combustível da mistura;

• Por exemplo, a gasolina, no Brasil recebe 22-25% e etanol anidro e sua relação ar-combustível fica em torno de 13,3kg de ar para 1kg de combustível.

Compostos oxigenados Principais propriedades

• Comparado a hidrocarbonetos, os oxigenados possuem banda de inflamabilidade muito maior, melhorando a dispersão cíclica da combustão nos motores.

• Apesar deste ganho, tornam-se facilmente inflamáveis, mesmo em misturas muito ricas críticos em termos de segurança;

• O alto calor de vaporização permite um maior enchimento dos motores, isto é, durante a dinâmica de vaporização das gotículas no ciclo de admissão do motor, mais calor é retirado do ar.

• O ar então é “resfriado”, aumentando a massa específica, e assim aumentando a eficiência volumétrica, gerando mais energia.

Compostos oxigenados Principais propriedades

Octanagem

• Como a detonação é função da temperatura na câmara de combustão, o resfriamento causado pelo alto calor latente de vaporização diminui esta tendência, fazendo com que a octanagem suba.

Óleos vegetais

Óleos vegetais

• A estrutura básica dos óleos e gorduras são os triglicerídios, que dependendo do comprimento da cadeia carbônica do ácido graxo podem ser líquido ou sólido (gorduras);

• Podem ser saturados ou insaturados (duplas cadeias carbônicas). A medida que as insaturações aumentam, a viscosidade e o ponto de fusão diminuem;

• O uso de óleos vegetais puros, ou em misturas com óleo diesel geram uma variedade de problemas práticos devido a sua combustão incompleta, a saber:

– Dificuldade de partida a frio;

– Formação de depósitos de coque nos bicos injetores limpezas frequentes

Óleos vegetais

• O uso de óleos vegetais puros, ou em misturas com óleo diesel geram uma variedade de problemas práticos devido a sua combustão incompleta, a saber (continuação):

– Formação excessiva de depósitos nos cilindros que dificultam trocas térmicas e aumentam a participação de hidrocarbonetos não queimados ou parcialmente queimados nos gases de escapamento

– Diluição do combustível não queimado ao óleo lubrificante, reduzindo o período de troca da carga e de filtros;

– Entupimento dos canais de lubrificação pela formação de polímeros em suas extensões

Biodiesel

Biodiesel

• O biodiesel é obtido pela alteração da estrutura química das gorduras de origem animal e vegetal por um processo de transesterificação ou pela esterificação direta de seus ácidos graxos, produzindo ésteres de cadeias menores;

Biodiesel

• Os processos de transesterificação e de esterificação ocorrem na presença de álcoois que, por conveniência, costumam ser de cadeias curta (metanol ou etanol) e de catalisadores;

• A alta viscosidade dos óleos vegetais, que também são ésteres, está intimamente relacionada com a presença do glicerol em sua molécula e a alta massa específica ao tamanho desta molécula (aproximadamente 50 átomos de carbono);

• A transesterificação retira o glicerol do restante da molécula do óleo vegetal, o que reduz significativamente sua viscosidade, e separa os radicais ácidos diminuindo o tamanho da cadeia molecular a praticamente um terço.

– Viscosidade cinemática do óleo vegetal de colza (20C):~71,5 cSt;

– Viscosidade cinemática do biodiesel de colza (20C):~7,0 cSt;

– Viscosidade cinemática do óleo diesel (20C):~3,7 cSt.

Vantagens do Biodiesel

• Em geral, nenhuma modificação é necessária no motor para usar biodiesel. O menor poder calorífico é compensado pela maior massa específica;

• São perfeitamente miscíveis ao óleo diesel;

• Os números de cetano dos ésteres de óleos vegetais são, em geral, mais elevados que o do óleo diesel comercial;

• Como é um composto oxigenado, potencializa a redução de produção de CO e de material particulado no escapamento, promovendo facilidades para uso de catalisadores;

Vantagens do Biodiesel

• Os teores de enxofre e de aromáticos praticamente nulos tornam os ésteres muito indicados aos desenvolvimentos recentes de sistemas de pós tratamento dos gases de escapamento;

• As lubricidades características dos biodieseis são, invariavelmente mais elevadas que as do óleo diesel, reduzindo desgastes nos componentes de sistemas de injeção

• O ponto de fulgor é mais elevado que o do óleo diesel, o que lhe atribui a condição de combustível seguro.

Precauções de uso do Biodiesel

• Alguns tipos de tintas são “atacados” por biodiesel;

• Alguns elastômeros não tem afinidade química com o biodiesel;

• É comum observar formação de depósitos na região da válvula de admissão;

• O óleo lubrificante diluído com biodiesel tem suas capacidades dispersantes e detergentes reduzidas;

• Alguns tipos são altamente higroscópicos (ex: biodiesel de mamona)

Precauções de uso do Biodiesel

• Os biodieseis se oxidam e degradam rapidamente. Isto é bom do ponto de vista ambiental, mas dificulta seu armazenamento. É necessário o uso de aditivos antioxidante como por exemplo a hidroquina;

• O processo de transesterificação gera grandes quantidades de glicerina (~10% da massa do biodiesel produzido)

GEM30 - Máquinas Térmicas

Prof. João Marcelo Vedovoto E-mail: jmvedovoto@mecanica.ufu.br

Sala: 305 – Laboratório de Mecânica dos Fluidos – 5P

Uberlândia, 06 de Setembro de 2013.

Introdução

• Serão apresentados:

– Sistemas de preparação da mistura ar-combustível;

– Sistema de ignição

Introdução

• Em motores de ignição comandada é queimada uma mistura de ar-combustível:

• Mistura pobre:

– É fornecido menos combustível do que o necessário para a mistura estequiométrica;

– Motor apresenta menor potência.

• Mistura rica:

– É fornecido mais combustível do que o necessário para mistura estequiométrica;

– O excedente de combustível não pode ser queimado;

– Ocasiona maior consumo e produção de hidrocarbonetos não queimados nos gases de escape (poluentes).

Introdução

• Na prática, prevalece a maior potência:

– Mistura “levemente” rica;

• Motores a gasolina podem funcionar desde os limites da relação A/F=9, até A/F=19;

• Para se obter:

– Menor consumo A/F=16;

– Maior potência A/F=13;

Introdução

• O sistema que fornece a mistura A/F ao motor deve ser capaz de:

– Criar diferentes riquezas da mistura;

– Fornecer diferentes vazões;

• Existem basicamente dois sistemas para dosagem da mistura:

– Carburadores;

– Sistemas de injeção.

Introdução

• Carburadores:

– Passa uma certa quantidade de ar aspirado pelo motor em movimento;

– Então uma certa quantidade de gasolina é sugada e misturada nesta corrente de ar.

• Sistemas de injeção:

– Mede-se a quantidade de ar que entra no motor;

– Uma quantidade proporcional de gasolina é injetada, ou no duto de admissão de ar, ou diretamente no dentro do cilindro.

Introdução

• Os combustíveis dos motores de ignição comandada:

– Derivados do petróleo: gasolina;

– Biocombustíveis: etanol.

• Propriedades importantes dos combustíveis:

– Temperatura de ebulição (volatilidade):

• O combustível deve vaporizado antes de ser queimado;

• É importante que o combustível seja vaporizado em uma manhã fria de inverno e não evapore no depósito durante as altas temperaturas do verão;

• Portanto a composição da gasolina varia de país para país e de estação para estação.

Introdução

• Propriedades importantes dos combustíveis:

– Índice de octano ou octanagem:

• O combustível da mistura deve suportar altas pressões e temperaturas sem explodir por si só;

• Uma gasolina com alta octanagem não produz mais potência;

• O motor que deve ser projetado para ter uma taxa de compressão maior e, consequentemente, maior potência;

• Normalmente, o índice de octano requerido por um dado motor aumenta com o passar do tempo (10 a 20 mil quilômetros);

– Melhoria da vedação e depósito de resíduos nas paredes dos cilindros, aumentam a taxa de compressão e dificultam a transferência de calor.

Carburador

• A parte principal de um carburador é o duto convergente-divergente, denominado: tubo de Venturi;

Carburador

• Como a área de passagem diminuí, o escoamento de ar é acelerado (conservação de massa) e há uma queda de pressão;

• Essa queda de pressão é que succiona a gasolina para o duto de admissão;

• Um carburador elementar é composto por:

– Cuba: uma quantidade de gasolina é mantida à um determinado nível por meio de uma bóia e uma válvula de agulha;

– Pulverizador: localizado no ponto mais estreito do Venturi, é o duto onde o combustível é introduzido junto ao ar;

– Calibre ou “gicleur”: formado por um orifício calibrado, de forma a impor uma maior queda de pressão com o aumento da vazão de combustível;

– Válvula borboleta: dosar a vazão da mistura, ligada ao acelerador.

Carburador

• Um carburador elementar é composto por:

Carburador

• A vazão de gasolina depende da queda de pressão do ar no Venturi;

• Mas aumenta mais rapidamente que a vazão de ar:

– Origina misturas mais ricas com o aumento da vazão de ar;

• Com um carburador elementar não se consegue obter uma mistura constante A/F;

• E para diferentes condições de funcionamento, o motor necessita de diferentes valores de mistura;

Carburador

• Quando um motor trabalha a frio:

– É preciso fornecer-lhe mais gasolina que o normal, mistura rica, já que não tem calor para a vaporização;

– Com mais gasolina, os componentes mais voláteis evaporam, mesmo a baixa temperatura;

– A gasolina líquida que entra nos cilindros, pode passar pelos segmentos dos pistões e misturar com o óleo lubrificante, ou ser expelida junto com os gases de escape;

Carburador

• Quando um motor trabalha a frio:

– A medida que o motor aquece, uma maior proporção de gasolina é vaporizada e não há mais necessidade de uma mistura rica;

• Quando o motor trabalha em marcha lenta:

– Também é necessária uma mistura rica;

– Como a válvula do acelerador está, praticamente, fechada, a pressão existente no coletor de admissão é muito baixa;

– No escape a pressão é um pouco maior;

• Quando se requer o máximo de potência do motor:

– A limitação é a quantidade de ar que ele pode admitir;

– Se o carburador ou o injetor fornecesse a mistura totalmente vaporizada, esta iria ocupar um volume significativo no cilindro, e menos ar seria admitido no motor;

– Resultando em perda de potência;

Carburador

• Quando se requer o máximo de potência do motor:

– Nessas condições, grande parte da gasolina que passa pela válvula de admissão é líquida e vaporiza-se durante o processo de compressão, ou mesmo, durante a combustão;

– Quando a válvula do acelerador está totalmente aberta é que se dá o fenômeno da detonação;

• É uma situação bastante destrutiva, que se minimiza não deixando entrar gasolina líquida nos cilindros;

• A gasolina ao ser vaporizada baixa a temperatura das paredes do cilindro;

• Quando se requer o máximo de potência do motor:

– Motores com injeção multiponto são menos propensos ao fenômeno da detonação, pois a gasolina é injetada próximo aos cilindros a uma temperatura mais baixa;

– Dessa forma motores com MPI permitem uma maior taxa de compressão e tem maior rendimento e potência;

Carburador

• Quando se requer velocidade constante, não máxima, o fator predominante é a economia de combustível:

– Deve-se admitir uma mistura pobre;

• Desaceleração:

– Não interessa que haja combustão;

– Somente ar, não misturado com gasolina, deve ser aspirado;

– Se alguma gasolina entrar no cilindro, nessa condição, ele não queimará;

Carburador

• Antes das normas sobre controle de poluição serem tão severas, o uso dos carburadores era quase universal;

• Este componente tinha a função de corrigir a mistura A/F de acordo com as especificações requeridas, descritas anteriormente;

• Porém para melhorar a otimização dos catalizadores é necessário uma mistura mais próxima da estequiométrica:

– Surgimento dos sistemas de injeção.

Carburador

• Arranque a frio: enriquecer a mistura;

– Consegue através do fechamento da válvula “choke” ou limitadora de ar, afogador;

– Com essa válvula fechada a pressão baixa muito no Venturi do carburador;

– Resulta em um aumento da vazão de gasolina;

– Esta válvula é comandada por um botão ou pela temperatura do motor:

• Uma mola termostática fecha a válvula quando o motor está frio e abre progressivamente com a elevação da temperatura dos gases de escape ou do fluido de arrefecimento;

Carburador

• Arranque a frio, afogador:

Carburador

• Marcha lenta ou circuito mínimo: enriquecer a mistura:

– Quando a válvula borboleta está fechada, o ar que passa não é suficiente para reduzir a pressão no Venturi;

– Um circuito auxiliar de fornecimento de gasolina deve ser usado, chamado de “circuito de marcha lenta”;

– O combustível é fornecido perto da posição onde a borboleta permite a passagem do ar necessário para o ponto morto;

Carburador

• Carburador SU, a função também é corrigir a mistura A/F;

– O Venturi não é fixo, chamado de “Venturi variável”;

– Tem um êmbolo que produz a variação de área do duto;

– Solidária com o êmbolo, existe uma agulha que trabalha em uma sede (assento) circular;

– A seção transversal da agulha é variável;

– Permitindo maior ou menor vazão de combustível.

Carburador

• Carburador SU, a função também é corrigir a mistura A/F;

– A posição do êmbolo é determinada:

• Pelo peso e força da mola;

• Diferença de pressões na sua parte inferior e superior;

– Não precisa do circuito de marcha lenta, a largura da agulha, mais o fato do êmbolo descer é suficiente para produzir a mistura requerida;

Carburador

• Carburador SU:

– O enriquecimento de aceleração é também conseguido automaticamente;

– Limitando a velocidade de subida do êmbolo, usando um amortecedor hidráulico;

– Quando a borboleta abre rapidamente, uma baixa pressão estabelece na zona da agulha, aumentando a vazão de gasolina antes do êmbolo subir;

– O enriquecimento a baixas temperaturas consegue-se baixando a sede da agulha;

– Assim uma área maior existirá entre a agulha e a sede, resultando em maior vazão de combustível.

Carburador

Carburador

• Vantagens:

– Sistemas baratos;

– Confiáveis;

– Praticamente universais, podem ser usados em diferentes motores sem modificações;

• Desvantagens:

– Possui uma restrição no duto (Venturi), a qual diminui a potência máxima;

– Incapaz de produzir uma mistura A/F com suficiente precisão;

Carburador

• O problema da restrição resolve-se:

– Aumentando o diâmetro do tubo, o que leva a deficiência de funcionamento a baixas cargas;

– Carburadores de corpo duplo ou Venturis duplo:

• Um lado funciona para baixas cargas e o outro é acionado quando se aperta mais o acelerador;

Carburador

• O problema da restrição resolve-se:

– Normalmente é preciso fornecer a mistura A/F para um conjunto de cilindros e isto é feito por um único carburador;

– Aceleração, frenagem ou curvas resulta que a gasolina líquida possa ser desviada para algum cilindro em detrimento dos demais;

• Estes mesmos problemas podem alterar o nível da cuba do carburador, gerando um descontrole da mistura;

• Outro problema é o arranque a quente:

– Com o coletor de admissão aquecidos transmite calor para o carburador, vaporizando a gasolina presente;

– Como os vapores de gasolina são mais densos que o ar, ao serem produzidos, enchem todo o volume do coletor de admissão, deslocando o ar que ali se encontrava;

Carburador

• Quando se tenta religar o motor, toda a gasolina vaporizada, que não se encontra misturada com ar e não queima, tem que ser aspirada pelo motor, sem este funcionar;

• Outra desvantagem é a regulação da mistura com a altitude e pressão atmosférica:

– Quando um motor funciona em menor pressão, a mistura fica mais rica, em virtude dos carburadores medirem a vazão volumétrica e não mássica;

– Alguns carburadores apresentam sistemas de compensação de altitude, mecânicos ou eletrônicos.

Sistemas de injeção

Sistema de injeção

• A injeção de combustível dentro da câmara de combustão dos motores:

– Dispensa a restrição dos carburadores;

– A gasolina (não vaporizada) não ocupa lugar, deixando mais ar entrar no motor;

– A taxa de compressão pode ser aumentada em virtude da gasolina ao ser injetada baixar a temperatura da mistura;

• Apareceu o sistema de injeção direta;

– O primeiro foi desenvolvido pela Bosch que equipou o primeiro carro de série a gasolina com injeção:

• Mercedes-Benz 300SL de 1954;

– Logo a injeção direta deu lugar a injeção indireta, que é como se conhece hoje;

Sistema de injeção

• Os sistema de injeção prometem, simultaneamente:

– Aumentar a potência;

– Baixa o consumo;

– Melhorar a resposta do motor;

– Diminuir a emissão de poluentes.

• Os carburadores não desapareceram por completo, pois os sistemas de injeção são:

– Complexos;

– Muita manutenção;

– Custo.

Sistema de injeção

• Nos sistemas clássicos de injeção indireta o combustível é injetado perto das válvulas de admissão de cada um dos cilindros;

Sistema de injeção

• A injeção pode ser contínua ou pulsante;

• Tem o nome genérico de injeção multiponto:

– MPI: Multi Point Injection;

Sistema de injeção

• Existem sistemas onde só um injetor ocupa o lugar do carburador – injeção monoponto:

– SPI: Single Point Injection ou TBI: Throttle Body Injection;

• Injeção Multiponto

Sistema de injeção

• Os bicos injetores podem produzir um spray

– Mais atomizado: tem mais facilidade para vaporizar;

– Menos atomizado: tem que ser orientado para um local quente, tal como a traseira da cabeça da válvula de admissão, o que proporciona a vaporização integral da gasolina injetada.

Sistema de injeção

• Os sistemas de injeção tem que medir a vazão mássica de ar e injetar uma quantidade proporcional de gasolina;

• A massa de ar pode ser medida:

– Por um sensor que possui um prato que se movimenta em um duto de seção crescente;

• Na sua posição de repouso, o prato, tapa completamente a entrada e vai se deslocando com a vazão crescente de ar;

• K-Jetronic;

• L-Jetronic.

Sistema de injeção

Sistema de injeção

• Outros sistemas medem a rotação do motor e a posição da válvula borboleta do acelerador;

• Medem a vazão de ar através de um Venturi;

• Todos esses sistemas podem gerar:

– Uma dada pressão de alimentação para os injetores (injeção continua);

– Impulsos de fluxo de duração variável (injeção intermitente);

Sistema de injeção

• Posteriormente, alguns sistemas eletrônicos passaram a medir a vazão de ar pelo método do fio quente:

– Um filamento, de reduzidas dimensões, é mantido em uma certa temperatura;

– O aumento da vazão de ar, implica em uma maior potência elétrica fornecida para o filamento, para que esse se mantenha a dada temperatura;

– O controlador eletrônico converte essa potência em um sinal que é interpretado como uma vazão de ar;

– Determinando a quantidade de ar a ser injetada.

Sistema de injeção

• Existem também os métodos indiretos:

– Em que são medidas a pressão no coletor de admissão e a velocidade do motor;

– Com esses dados é calcula a vazão mássica;

– E, posteriormente, é calculada a vazão de gasolina que deve ser enviada para o injetor

– Este método é conhecido como “medição por velocidade-densidade”;

Sistema de injeção

• Vantagens do sistema de injeção MPI:

– Ótimo controle de riqueza da mistura;

– Maior potência máxima;

– Ótima resposta as solicitações de aceleração;

– Baixo consumo.

• A maior potência se deve:

– A inexistência do Venturi;

– O não aquecimento do coletor de admissão;

– A liberdade de projeto do sistema de admissão, permitindo uma taxa de compressão maior;

• Desvantagens do sistema MPI:

– Custo elevado;

– Um sistema baseado em eletrônica, “delicado”;

– Tem que ser projetado para um determinado motor;

Sistema de injeção

• Injeção eletrônica analógica:

– Após a medição da vazão de ar e de outras variáveis do motor, um circuito eletrônico determina a quantidade de combustível que deve ser injetada;

– Envia essa instrução ao injetor, por meio de impulsos elétricos;

– Abrindo uma eletroválvula e injetando a quantidade exata de gasolina;

• Os injetores eletromagnéticos podem usar pressões bem menores do que os comandados pela pressão da gasolina;

• As informações fundamentais para o controlador eletrônico são:

– Vazão de ar

– Velocidade do motor;

– Temperatura do sistema de arrefecimento;

– Posição e velocidade de abertura da válvula borboleta;

Sistema de injeção

• O sistema eletrônico:

Sistema de injeção

• Uma bomba (2) de gasolina é instalada dentro ou abaixo do reservatório de gasolina;

• A duração do impulso de injeção é calculada pelo controlador (5);

• A partir dos dados de:

– Medidor de vazão (16)

– Posição da borboleta (15)

– Velocidade do motor (24)

– Sensor de temperatura (19)

– Sonda Lambda (18)

Sistema de injeção

• Este sistema ainda conta com:

– Válvula de ar (21) para a marcha lenta;

– Injetor auxiliar (12) para partida a frio;

• Vantagens dos sistemas eletrônicos frente ao mecânico:

– Reduzido número de peças móveis;

– Menor ruído;

– Não necessidade de precisão na fabricação dos componentes;

– Maior controle sobre as condições de operação.

• Com o desenvolvimento dos circuitos integrados, novos sistemas surgiram com:

– Um quarto dos componentes dos antigos;

– Maior confiabilidade;

– Maior flexibilidade de manipulação dos dados;

Sistema de injeção

• Funcionamento:

– O medidor de vazão, indica a quantidade de ar por unidade de tempo;

– O controlador eletrônico tem que calcular a quantidade de gasolina a ser injetada por ciclo;

• Para que o controlador tenha a informação que necessita é necessário entrar com a velocidade do motor nos cálculos;

• Sempre que o virabrequim da meia volta é gerado um impulso elétrico;

Sistema de injeção

• Entre cada dois impulsos elétricos um capacitor (condensador) é carregado e o valor da tensão elétrica (voltagem) no fim da meia volta dá a indicação do inverso da velocidade do motor;

• Multiplicando essa quantidade pelo valor da vazão de ar, chega-se a quantidade de ar admitida por cada cilindro;

• Esses cálculos até a produção do impulso de injeção são feitos com operações nos circuitos integrados;

• As correções, como por exemplo, baixa temperatura, são introduzidas mais tarde no cálculo da duração de injeção.

Injeção eletrônica digital

• Para controlar as emissões de poluentes, segundo a legislação atual, é necessário obter precisão inferior a 1% no teor da mistura para todas as faixas de carga e rotação do motor;

• A forma de se chegar a precisões dessa ordem é calcular e medir o valor exato de combustível a ser injetado;

• Para isso, em vez de serem calculados, os valores A/F são introduzidos na memória do controlador;

• Essa estratégia requer:

– Uma elevada quantidade de dados armazenados em um sistema eletrônico;

– Um sistema de tratamento dessas informações.

• Assim surgiram os sistemas eletrônicos digitais de injeção;

• As quantidades exatas de combustível que devem ser injetadas em diferentes condições de carga e velocidade.

Injeção eletrônica digital

• As quantidades exatas de combustível a ser injetada são determinadas com o motor em uma bancada de testes;

• São guardadas na memória do controlador em forma de tabela com duas entradas;

• Quando o motor está em funcionamento os sensores medem a carga e a velocidade;

• Enviam essa informação para o controlador eletrônico que as compara com valores memorizados;

• Se coincidir com um par de valores previamente ensaiados, a quantidade a injetar será lida diretamente da memória e a injeção decorrerá normalmente;

• Se o par de valores não coincidir com um par memorizado, será efetuada uma interpolação entre os valores memorizados mais próximos, calculando-se a exata massa de gasolina a ser injetada.

Injeção eletrônica digital

• A carga do motor pode ser calculada por instrumentos que medem a pressão do coletor de admissão, a posição da válvula borboleta, ou a vazão de ar;

• Este sinal é analógico e é convertido em digital por meio de um conversor analógico-digital, A/D;

• Os sinais analógicos são simples sinais de tensão elétrica;

Injeção eletrônica digital

• Por exemplo, a carga do motor é medida por um sensor de fio quente:

– Quando não tem ar circulando este sistema de medição apresenta uma tensão de 0 V;

– Quando o máximo de vazão de ar (máximas carga e velocidade) é obtido a tensão máxima é, por exemplo, 5 V;

– Entre estes extremos existe uma variação contínua de possíveis valores, relativos a valores intermediários de vazões de ar;

– No conversor esta tensão é convertida em um valor digital, i.e., em um número inteiro;

Injeção eletrônica digital

• Por exemplo, a carga do motor é medida por um sensor de fio quente:

– 0 V corresponde o valor 0;

– 5 V corresponde o valor 255, se usar um controlador de 8 bits;

– Existem, portanto, 256 diferentes valores nos quais a carga pode ser expressa.

Injeção eletrônica digital

• A memória onde estão guardada as informações sobre a massa de gasolina a injetar chama-se “mapa”;

Injeção eletrônica digital

• Cada coluna representa uma velocidade e cada linha uma carga;

– Com 16 colunas de velocidade e 8 linhas de carga, tem-se 128 diferentes valores memorizados nessa matriz

– Estes valores são obtidos na bancada de testes, a partir das 256 posições do conversor A/D;

• Atualmente (2011), existem controladores com memórias de:

– 16 bits guardam 65.536 valores;

– 32 bits 4,3 x 109 valores distintos;

Injeção eletrônica digital

• Existem algoritmos que “aprendem” com o funcionamento do motor, por exemplo:

– A formulação da gasolina não é constante, varia com a temperatura, de marca para marca, aditivada...

– Dessa forma a relação A/F estequiométrica também varia, fazendo com que o mapa, desenvolvido para uma determinada gasolina, não fiquem mais corretos;

– Os controladores, conseguem verificar a composição da gasolina e ajustar o mapa, isso é feito para cada abastecimento do motor.

Injeção eletrônica digital

• Vantagens, relativamente aos analógicos, os sistemas digitais permitem um controle muito mais apertado da mistura A/F:

– Beneficiando baixas emissões de poluentes, baixo consumo e alto torque;

• Principalmente em condições de baixas temperaturas e aceleração;

• Injeção Monoponto

Injeção monoponto

• A injeção direta de gasolina, foram usadas com o intuito de aumentar a potência do motor;

• A partir da década de 70 foi um meio de permitir a redução de poluentes emitidos;

• Na diminuição de emissões de poluentes, o sistema de controle é mais importante do que o local da injeção de gasolina;

• Daí os construtores optaram pela eliminação dos vários injetores reduzindo os custos.

Injeção monoponto

• A injeção passou a ser feita em um só ponto, no local do carburador:

– Surgiu à injeção monoponto (SPI);

• Com o sistema SPI perde-se a rapidez de resposta dos sistemas MPI:

– A gasolina passa a ser injetada longe das válvulas de admissão;

– A distribuição da gasolina pelos cilindros poderá ser incorretamente efetuada com o motor frio.

– A preparação da mistura poderá ser mais eficaz com o sistema SPI, além de ter menor custo.

Injeção monoponto

• Pode-se ver um esquema detalhado de um sistema de injeção monoponto:

– O injetor (5) está posicionado a montante da válvula borboleta com o seu sensor (9);

– Recebe a gasolina a partir da bomba (2), filtro (3) e limitador de pressão (4);

– A duração do impulso de injeção é calculada pelo controlador (7);

Injeção monoponto

• Pode-se ver um esquema detalhado de um sistema de injeção monoponto:

– A partir dos valores de temperatura do ar (6) e do motor (13), posição da borboleta (9) e da riqueza da mistura (sonda λ, 12);

– O sistema de marcha lenta é controlado por um atuador (8) da borboleta.

Injeção monoponto

• Vantagens

– Como a injeção se dá longe das válvulas, tem espaço e tempo suficiente para que a atomização, vaporização e homogeneização da mistura ar-gasolina e, com isso, melhorar a combustão, permitindo o uso de misturas pobres;

– Baixo custo frente ao MPI.

Injeção direta

• Alguns motores atuais (2011) a gasolina apresentam uma nova solução de produção de mistura:

– A injeção direta.

• O combustível é injetado diretamente na câmara de combustão, fazendo o motor funcionar em dois modos:

– Mistura homogênea: a cargas elevadas, o combustível é injetado simultaneamente com a entrada de ar pela válvula de admissão, de modo a produzir uma mistura homogênea e estequiométrica.

Injeção direta

• Estratificação da carga:

– As cargas baixas o combustível é injetado durante o tempo de compressão, de modo a formar uma mistura heterogênea;

– Na zona da ignição (perto da vela) tem uma mistura aproximadamente estequiométrica;

– Porém o restante do volume terá uma mistura pobre ou somente ar;

– Deste modo consegue-se diminuir a carga do motor sem utilizar a borboleta, ou seja, sem diminuição drástica de rendimento, comum aos motores a gasolina em carga parcial.

Resumo CARBURADORES

SIMPLES

DUPLO

TRIPLO

QUADRUPLO

DIRETO OU POR ESTÁGIOS

Corpo Simples

Corpo Duplo

Corpo Triplo

Corpo Quadruplo

Injeção eletrônica x Carburador

• Melhor atomização do combustível (injeção sob pressão);

• Redução do efeito “retorno de chama” no coletor de admissão;

• Controle da mistura (relação ar/combustível);

• Redução da emissão de gases poluentes pelo motor;

• Eliminação de ajuste de marcha lenta e mistura;

• Maior economia de combustível;

• Eliminação do afogador;

• Facilidade de partidas a frio do motor;

• Melhor dirigibilidade.

Sistema de injeção analógico

• Não possui memória;

• Não possui códigos de defeitos;

• Não possui compensação do sistema por “sonda lambda”;

• Seus componentes eletrônicos não podem ser diagnosticados através de um Scanner.

Sistema digital

• Possui processamento e memória;

• Foi incluído o sistema de diagnóstico;

• Memória de código de defeitos;

• Luz de anomalia;

• Comunicação com – Scanner.

• Inclui o sensor de oxigênio (sonda lambda) que analisa a mistura queimada pelo motor e retorna um sinal elétrico, enviado para a ECU que serve para compensação do sistema.

Bico injetor

• Dispositivo eletromagnético;

• O volume de combustível injetado é proporcional ao tempo de abertura da válvula;

• O volume de combustível injetado depende do tempo durante o qual o solenóide mantém o injetor aberto;

• Este tempo, por sua vez, depende do sinal que o solenóide recebe do modulo de injeção eletrônica.

GEM30 - Máquinas Térmicas

Prof. João Marcelo Vedovoto E-mail: jmvedovoto@mecanica.ufu.br

Sala: 305 – Laboratório de Mecânica dos Fluidos – 5P

Uberlândia, 13 de Setembro de 2013.

Admissão de combustivel nos motores diesel

Bomba injetora ou injeção eletrônica

Bomba injetora

Controla a quantidade de óleo injetada no cilindro;

Acoplada ao motor através de engrenagem;

Controla a pressão e volume de combustível a ser

injetado no cilindro.

Motores diesel eletrônicos

• Da mesma forma que os motores que operam com ciclo Otto, que tiveram o sistema de alimentação carburado substituídos por injeção eletrônica ,os motores a diesel trocaram suas famosas bombas injetores pelo mesmo sistema, o exemplo mais conhecido é Common Rail.

• Diferentemente do sistema por bomba injetora no sistema Common Rail (CR) os bicos injetores não estão ligados a uma bomba injetora através de um tubo para cada cilindro mas, sim, acoplados a um único tubo ou galeria de combustível, semelhante aos sistemas de injeção multiponto para ciclo Otto. Daí o nome de Common Rail.

Motores diesel eletrônicos

• A alta pressão é gerada por uma bomba acoplada ao motor que fornece o combustível com a pressão necessária para o tubo e o injetor, que, apesar de abrir passagem ao combustível por pressão, isto só ocorre quando a unidade de comando assim determinar através de sinal elétrico.

• Desta forma, a pressão de injeção de combustível pode variar independente da rotação do motor e da própria quantidade de combustível a ser fornecida para o motor nos seus diversos regimes de trabalho.

Motores diesel eletrônicos

• Assim podemos dizer que tanto a pressão como a quantidade de combustível são determinadas de forma independente pela unidade de comando e, para estas determinações, a unidade recebe informações de diversos sensores, cada um com sua determinada função.

• O sistema de injeção eletrônica faz com que o motor trabalhe com um bom desempenho, emitindo pouco poluente e um consumo de combustível otimizado. Além do que, tal sistema com as vários sensores e caixa de comando, pode ajudar a prevenir uma pane fazendo o sistema alertar quando algo der errado.

Motores diesel eletrônicos

• A caixa de comando em conjunto com os sensores faz com que o sistema de injeção seja ideal para o diesel, pois através da leitura dos sensores a caixa aciona os atuadores, sendo os mesmo os principais reguladores de pressão de combustível nos injetores.

• Entre as informações, quando se pensa em sistema eletrônico de alimentação para um motor, precisamos partir de pontos básicos:

Motores diesel eletrônicos

• Rotação do motor

• Massa de ar

• Ponto morto do cilindro 1(devido ao fato de o motor diesel possuir a injeção diretamente na câmara de combustão)

• Sensor de fase

• Pressão no tubo distribuidor(rail)

• Posição do acelerador

• outros

Motores diesel eletrônicos

Common Rail Bosch

Motores diesel eletrônicos

Common Rail Bosch

Motores diesel eletrônicos

Common Rail Bosch

Motores diesel eletrônicos

Common Rail Bosch

Motores diesel eletrônicos

Common Rail Bosch

sensores

Módulo

Sensores

• Todas as variáveis do motor como: temperatura do líquido de arrefecimento, temperatura do ar, pressão absoluta do coletor, posição da borboleta de aceleração, rotação, fase, concentração de oxigênio no escapamento, etc. são capturadas pelos diversos sensores e enviadas para a unidade de comando.

• Os sensores são componentes eletroeletrônicos que transformam sinais mecânicos em sinais elétricos para a unidade de comando.

Sensor de temperatura

do ar admitido

• O sinal do sensor de temperatura do ar normalmente é utilizado pela unidade de comando para corrigir a leitura da massa de ar, em função da sua densidade (quanto menor a temperatura, mais denso é o ar).

Medidor de massa de ar

• O medidor de massa de ar está instalado entre o filtro de ar e a borboleta de aceleração e tem a função de medir a corrente de ar aspirada. Através dessa informação, a unidade de comando calculará o exato volume de combustível para as diferentes condições de funcionamento do motor.

Sensor posição da

borboleta de aceleração

• O potenciômetro da borboleta de aceleração está fixado no corpo da borboleta e é acionado através do eixo da borboleta de aceleração. Este dispositivo informa para a unidade de comando todas as posições da borboleta de aceleração.

• Desta maneira, a unidade de comando obtém informações mais precisas sobre os diferentes regimes de funcionamento do motor, utilizando-as para influenciar também na quantidade de combustível pulverizado.

Sensor de pressão

absoluta do coletor

• O sensor de pressão absoluta do coletor de admissão, também chamado de sensor MAP, tem por função informar a unidade de comando sobre as diversas variáveis da pressão do coletor de admissão, pressão esta chamada absoluta uma vez que se considera a pressão atmosférica.

• Informam à unidade de comando em que condições de aspiração e pressão o motor está funcionando, para receber o volume exato de combustível.

Sensor oxigênio ou sonda lambda

• A Sonda Lambda detecta, continuamente, a composição do gás de escape. Quando o sinal de saída da Sonda Lambda muda, a unidade de comando instrui o sistema de mistura ar/combustível para alterar a sua proporção.

Medidor de fluxo de ar

• Este tipo de sensor também pode ser chamado de medidor volumétrico, pois mede o volume de ar admitido pelo motor. Com essa informação, a unidade de comando multiplica o volume pela densidade do ar ( que varia conforme a temperatura e a pressão do coletor ) e obtém-se a massa de ar admitido, restando somente, a unidade calcular o tempo de injeção.

Unidade de comando-ECU

• A unidade de comando tem como função determinar a quantidade de combustível a ser injetada, com base nas informações que recebe de todos os componentes do sistema. Assim, a quantidade de combustível injetada é dosada pela unidade de comando através do tempo de abertura das válvulas de injeção.

Unidade de comando-ECU

Sistemas de ignição

Sistema de ignição

• Nos motores de ignição comandada a combustão da mistura é iniciada pela ação de uma faísca elétrica de alta tensão entre dois eletrodos situados no interior da câmara de combustão;

• Nos motores clássicos a faísca é produzida:

– Por um interruptor exterior ao cilindro que gera um impulso elétrico quando aberto;

– E por um circuito em que este impulso é amplificado, recorrendo a um transformador de corrente;

Sistema de ignição

• Nos automóveis somente se utiliza a corrente contínua, sendo o circuito denominado “ignição por bateria”;

• Em motos e aviões costuma-se usar corrente alternada, e a ignição é dada por “magneto”:

– São sistemas mais compactos;

– Produzem maiores faíscas a altas rotações;

– Porém não se tem a possibilidade do avanço da ignição.

Sistema de bateria convencional

• Um alternador alimenta a bateria do veículo;

• Mantendo a tensão constante, geralmente (12 V);

• A corrente passa por um interruptor, denominado platinado, e pelo primário do transformador (bobina);

• Às extremidades do platinado estão ligadas em paralelo a um capacitor (condensador);

• Esta é a constituição do circuito primário.

Sistema de bateria convencional

• Sempre que o platinado é aberto a corrente é interrompida neste circuito;

• Quando o platinado é fechado, da origem a um impulso elétrico de elevada tensão na bobina;

• Este impulso é enviado a vela do cilindro, através de um distribuidor, onde ocorre a faísca;

• O platinado, vela e distribuidor formam o circuito secundário;

Sistema de bateria convencional

Sistema de bateria convencional

Sistema de bateria convencional

• Sempre que o platinado interrompe o circuito primário, há tendência para que uma faísca salte entre os seus terminais:

– Para que isso não aconteça, usa-se um capacitor, que armazena a energia excedente;

– Não permitindo a formação da faísca e origine uma violenta variação de tensão;

Sistema de bateria convencional

• O avanço da ignição, ou avanço da faísca depende, principalmente da velocidade do motor:

– O avanço deve aumentar com a velocidade do motor;

• Usa-se um dispositivo centrifugo:

– Velocidade lenta a esquerda

– Velocidade rápida a direita;

Ignição eletrônica analógica

• O sistema convencional de ignição por platinado apresenta certas deficiências:

– Limitação da tensão máxima do circuito secundário a velocidades altas;

– Desgaste do platinado.

• Surgiram, então, os sistemas com transistores;

– Elevada capacidade de resposta;

– Sem elementos móveis.

Ignição eletrônica analógica

• Sistema transistorado com platinado:

– O transistor recebe a corrente da bateria, através da bobina;

– Envia uma pequena parte para o platinado;

– A abertura do platinado origina que o transistor interrompa o circuito de corrente da bobina;

– Quando fecha o circuito, cria o pico de tensão no secundário;

– O restante do circuito é semelhante ao convencional, com exceção do capacitor, que não é utilizado:

• A corrente que passa no platinado é reduzida.

Ignição eletrônica analógica

• Sistema transistorado com platinado:

Ignição eletrônica analógica

• Sistema transistorado sem platinado:

– Os platinados são substituídos por um pequeno gerador magnético de impulsos situado no eixo do distribuidor;

– Cria uma corrente quando está alinhado com um pólo do estator;

– Esta corrente comanda o transistor, originando um pico de alta tensão na bobina;

– Amplificadores e outros componentes eletrônicos são usados para otimizar a produção da faísca;

Ignição eletrônica analógica

• Sistema transistorado sem platinado:

– A falta de potência da faísca pode ser causada por:

• Combustão incompleta e tardias;

• Ou mesmo, inexistência da combustão durante alguns ciclos;

– Para que misturas pobres possam ser queimadas é preciso de faíscas de elevada tensão e de longa duração;

– Como a potência das faíscas reduz a vida útil das velas, a sua potência pode ser encurtada:

• Usa-se múltiplos impulsos ;

Ignição eletrônica digital

• Os sistemas transistorados de ignição eliminaram alguns problemas dos sistemas tradicionais, porém, ainda não atingiram as demandas de baixa emissão de poluição e potência requeridas;

• Para que o motor funcione com o máximo de rendimento é necessário que o avanço da ignição seja o maior possível em cada situação:

– Sem o surgimento da auto-detonação, “knock”;

Ignição eletrônica digital

• Os sistemas mecânicos convencionais tem leis lineares de variação do avanço em relação a velocidade do motor;

• Não sendo possível otimizar o funcionamento para todas as circunstâncias:

– Principalmente em motores com grandes efeitos fluidodinâmicos;

– Nesses motores a eficiência volumétrica varia muito com relação a velocidade, além de outros parâmetros;

Ignição eletrônica digital

Ignição eletrônica digital

• Para otimizar o funcionamento do motor:

– Mede-se em cada posição de velocidade e carga o avanço ótimo da ignição;

– E guarda-se essas informações em uma memória (mapa):

Ignição eletrônica digital

• O motor tem um sistema de posição sobre um disco dentado:

– Mede a velocidade do motor;

• Essa velocidade é enviada para uma CPU (controlador eletrônico);

• Com mais outros dados, a CPU, calcula o avanço da ignição;

• Envia um sinal para a bobina, que produz a faísca;

Ignição-resumo

• O principal componente é a bobina de ignição, através do fenômeno da indução consegue elevar a baixa tensão disponível no sistema elétrico do automóvel em uma tensão alta o suficiente para vencer a resistência encontrada dentro da câmara de combustão devido a alta pressão.

• O distribuidor direciona a corrente para a vela do cilindro que se encontra no momento da explosão, para isso trabalha sincronizado com o motor.

• Os cabos de ignição são responsáveis por conduzir a alta tensão produzida na bobina até as velas sem perda, passando ou não pelo distribuidor.

Ignição-resumo

• O platinado é uma chave liga/desliga que fica posicionado de modo que sua abertura dispare a faísca na bobina, fica localizado dentro do distribuidor em contato ao seu eixo que possui um ressalto. Esse componente esta obsoleto, por ter um desgaste elevado.

• A bobina impulsora substitui o platinado, é um gerador de sinal indutivo, ou seja não entra em contato com o eixo garantindo maior durabilidade.

• A vela conduz a alta tensão para dentro da câmara de combustão através do eletrodo central produzindo a faísca.

Ignição-resumo

• Nos sistemas mais modernos o sistema de ignição foi incorporado à central de injeção eletrônica, onde é controlado e modificado momento do disparo da bobina de acordo com os mapas de ignição contidas na central.

Efeitos da detonação

Sensores de detonação

Velas e efeitos de aquecimento

Curiosidade: Uma das primeiras patentes é atribuída a Nikola Tesla

Velas e efeitos de aquecimento

Velas e efeitos de aquecimento

Velas e efeitos de aquecimento

Ignição

Processo de ignição em motores ICE

• Basicamente 3 estágios:

– Período de atraso – ignição e início da chama;

– Aumento rápido de pressão;

– After burning – fim da combustão;

Processo de ignição em motores ICE