Post on 12-Feb-2020
MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO
DCT - DSG CENTRO DE IMAGENS E INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO EXÉRCITO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FOTOGRAMETRIA E SENSORIAMENTO REMOTO
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DA ET-EDGV Defesa Fter NALINHA DE PRODUÇÃO CARTOGRÁFICA
WILTON PEREIRA GALVÃO
NILTON CÉSAR CARDOSO LIMA
3a Divisão de Levantamento
Av. Joaquim Nabuco, n˚ 1687, Bairro Guadalupe, Olinda-PE, CEP 53320-750
wiltonpg@dsg.eb.mil.brniltoncardosolima@gmail.com
BRASÍLIA-DF2015
MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO
DCT - DSG CENTRO DE IMAGENS E INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO EXÉRCITO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FOTOGRAMETRIA E SENSORIAMENTO REMOTO
WILTON PEREIRA GALVÃO
NILTON CÉSAR CARDOSO LIMA
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DA ET-EDGV Defesa Fter NALINHA DE PRODUÇÃO CARTOGRÁFICA
Trabalho apresentado como pré-requisito para a conclusão Curso deEspecialização em Fotogrametria eSensoriamento Remoto do Centrode Imagens e InformaçõesGeográficas do Exército.
Orientador: OSVALDO DA CRUZ MORETT NETO – MAJ QEM
BRASÍLIA-DF2015
WILTON PEREIRA GALVÃO
NILTON CÉSAR CARDOSO LIMA
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DA ET-EDGV Defesa Fter NALINHA DE PRODUÇÃO CARTOGRÁFICA
Data de Aprovação:_________________________
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________ORIENTADOR - OSVALDO DA CRUZ MORETT NETO – MAJ QEM
_______________________________________________________CO-ORIENTADOR - DANIEL LUIS ANDRADE E SILVA – CAP QEM
__________________________________________CO-ORIENTADOR - PHILIPE BORBA – TEN QEM
___________________________________________________________________RONALD ALEXANDRE MARTINS – MAJ QEM
Chefe do Curso de Especialização em Fotogrametria e Sensoriamento Remoto
Agradecemos primeiramente aDeus pelo dom da vida e peloSeu amor “de tal maneira”.Agradecemos aos familiares porsuportarem o nosso período deausência, e nos darem o apoioe incentivo necessário para arealização deste curso. Gratos somos ao orientador MajMorett e aos co-orientadoresCap Andrade e Ten Borba quejunto a todo o corpo docenteforam prestativos na arte deensinar. Agradecemos à DSG pelaoportunidade e confiança e aosintegrantes do CIGEX peloapoio.Por fim gratos somos pelocompanheirismo e dedicaçãodos colegas de turma naempreitada de estudos emissões.
RESUMO
O presente trabalho realizou um estudo comparativo entre as Especificações
Técnicas de Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-EDGV) na versão
2.1.3 e a na versão de Defesa da Força Terrestre. Com base nesse estudo foi
possível identificar e quantificar as atualizações realizadas na versão anterior,
avaliando os impactos da utilização da ET-EDGV Defesa FTer, ocorridos na
elaboração desta nova versão, assim como os impactos na linha de produção,
especialmente na fase de Reambulação. O trabalho demonstrou as análises
comparativas com seus respectivos resultados, enumerou algumas sugestões de
contribuições para o aperfeiçoamento das normas em estudos e apresentou estudos
de casos para avaliar os impactos positivos e/ou negativos ocasionados pela adoção
da nova modelagem.
Palavras-chave: ET-EDGV, Atualizações, Impacto, utilização, ET-ADGV,
Reambulação
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………..07
1.1 Histórico …….…....................................................................................................07
1.2 Contextualização...................................................................................................08
1.3 Objetivos do Trabalho ..................................….....................................................08
1.3.1 Objetivos Gerais …............................................................................................09
1.3.2 Objetivos Específicos …..............................................................................…...09
1.4 Justificativa ….......................................................................................................09
1.5 Organização do Trabalho......................................................................................09
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................10
2.1 Modelo Conceitual ................…………………………...........................................10
2.2 INDE ....................................................................................................................12
2.3 ET-EDGV v2.1.3 ............................................………............................................12
2.4 ET EDGV Defesa FTer..........................................................................................13
2.5 ET-ADGV v2.1.3 ...................................................................................................13
2.6 ET-ADGV Defesa FTer........................................…...............................................14
3. MÉTODOS …................................................................................................…......14
3.1 Procedimento Empregado....................................................................................14
3.1.1 Estudo Comparativo entre Especificações Técnicas ........................................15
3.1.2 Estudo de Casos dos Impactos das Atualizações ….........................................17
3.1.2.1 Na Construção da ADGV Defesa FTer ………………………..........................18
3.1.2.2 Na Fase de Reambulação ……………………....….........................................24
4. RESULTADOS .......................................................................................................26
4.1 Gráfico e Tabelas Demostrativas de Dados ………………..…………..…..............26
4.2 Análise dos Impactos ……………………………………………………………….....28
4.2.1 Impactos das atualizações na Construção da ET_ADGV Defesa FTer ….........28
4.2.1.1 Impactos Positivos ……………………………………………………………...…28
4.2.1.2 Impactos Negativos …………………………………………………………….....29
4.2.2 Impactos das atualizações na Reambulação …..………………………….....…..29
4.2.2.1 Impactos Positivos …………………………………………………………….......29
4.2.2.2 Impactos Negativos ……...……………………………………………………..…30
5. CONCLUSÕES FINAIS …...........................................……...................................33
5.1 Conclusões ….......................................................................................................33
5.2 Dificuldades Encontradas ….................................................................................33
5.3 Sugestão para Trabalhos Futuros …....................................................................34
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA …...........................................................................35
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Quadro Comparativo EDGV_2.13 X EDGV Defesa do apêndice A …..... 16
Tabela 2 – Quadro Comparativo ADGV_2.13 X ADGV Defesa do apêndice B …......17
Tabela 3 – Definições de Rodovias do T 34-700 1ª Parte ……………………………..26
Tabela 4 – Diferenças Quantitativas do Estudo Realizado ………………...…......…...29
Tabela 5 – Sugestões de Aperfeiçoamento do apêndice C ……….……………......... 30
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Modelagem do Mundo Real - Adaptação da Instrução de SIG – CIGEx...11
Figura 2 – Fluxograma do Trabalho …………………..............................................….15
Figura 3 – Recorte da EDGV_2.13 - relacionamento da classe Ponte ..................... 18
Figura 4 – Recorte da EDGV Defesa FTer – relacionamento da classe Ponte ….....19
Figura 5 – Recorte da ADGV_2.13 - relacionamento da classe Ponte …...................19
Figura 6 – Recorte da ADGV Defesa FTer - relacionamento da classe Ponte....... ... 20
Figura 7 – Recorte da EDGV_2.13 - classe Edificação………..............…................. 21
Figura 8 – Recorte da EDGV Defesa FTer - classe Edificação……........................... 22
Figura 9 – Recorte ilustrativo sobre a classe Ponte...........….......…...........................23
Figura 10 – Recorte da EDGV_2.13 sobre a classe edificação …............................ 23
Figura 11 – Representação da Vereda no Cerrado na EDGV_2.13 ………..….…......25
Figura 12 – Recorte da EDGV Defesa FTer sobre Cerrado adaptado ……….…........25
Figura 13 – Representação da Vereda no Cerrado na EDGV Defesa FTer..........…..26
Figura 14 – Recorte da EDGV_2.13 sobre Trecho_Rodoviário adaptado ….........….27
Figura 15 – Recorte da EDGV Defesa FTer sobre Trecho_Rodoviário adaptado.......28
Figura 16 – Ilustração Demostrativa da Vereda que ocorre no Cerrado ...……..........32
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Gráfico da Análise de Resultados …………………………………….....….29
APENDICÊS
APÊNDICE A – Quadro Comparativo EDGV_2.13 X EDGV Defesa FTer …........... 36
APÊNDICE B – Quadro Comparativo ADGV_2.13 X ADGV Defesa FTer …............44
APÊNDICE C_Dados de Comparações das Especificações Técnicas ….................63
7
INTRODUÇÃO
1.1 HISTÓRICO
A produção Cartográfica nacional até o final dos anos 80, era feita de forma
totalmente analógica, com a automação dos processos baseados em programas do
tipo CAD (Computer Aided Design), desenvolvidos para desenho e à edição de
documentos em geral. Com o avanço da tecnologia computacional durante o
processo de informatização da cartografia surgiu a preocupação em estabelecer
regras para a Cartografia Digital, os primeiros esforços de estruturação dos dados
espaciais vetoriais surgiram com as versões da Mapoteca Topográfica Digital (MTD)
e da Tabela da Base Cartográfica Digital (TBCD).
A a DSG e o IBGE por confeccionarem cartas com diferentes concepções
dificultando a sua compatibilização, sentiu-se a necessidade de se conceber um
padrão único de estrutura de dados geoespaciais. Com a sugestão da Sub-
Comissão de Normas da CONCAR em 1997, foi instalado o Comitê Especializado
para Estudo do Padrão de Intercâmbio de Dados Cartográficos Digitais (CEPAD),
assim surgiu o primeiro padrão voltado para o intercâmbio governamental.
Com a necessidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em obter uma
base cartográfica digital da Amazônia Legal para uso em SIG, deu origem à proposta
de convênio do MMA com a DSG e o IBGE, para se criar um padrão único de
obtenção da base cartográfica da Amazônia. Deste trabalho de desenvolvimento
resultou a proposta inicial de uma Estrutura de Dados Geoespaciais Vetoriais
(EDGV).
A proposta foi apresentada em reunião da plenária da CONCAR, que
deliberou pela sua aprovação e homologou esta versão como provisória, até que
uma versão mais abrangente fosse elaborada. Durante os anos de 2006, 2007 e
2008, foi realizado trabalhos para o aperfeiçoamento da versão 2005, contando com
a participação de especialistas de vários órgãos e instituições.
No ano de 2008, de posse desta especificação, os órgãos do SCN iniciaram
a produção dos dados geoespaciais na EDGV 2.0, e implementando
aperfeiçoamentos, consolidaram a versão 2.1. Em 2010 com a consolidação dos
referidos aperfeiçoamentos resultou na versão utilizada atualmente ET-EDGV_2.13.
8
1.2 Contextualização
No início do ano de 2013, fomentado pela necessidade de segurança aos
grandes eventos que seriam realizados no país, surge a necessidade de uma
modelagem conceitual e lógica para os dados do Mapeamento Topográfico para
Grandes Escalas e da geoinformação temática pertinente à Defesa e à Segurança.
Inicia a elaboração daquela que seria uma extensão da ET-EDGV 2.1.3, a ET-EDGV
Defesa da Força Terrestre, a qual surge agregando novas categorias, classes,
atributos e relacionamentos. Esta nova organização dos dados geográficos em
categorias de informação, por meio de um novo modelo conceitual, impacta na
elaboração/adequação imediata das especificações técnicas de aquisição (ET-
ADGV Defesa Fter), RDGV (Representação dos Dados Geoespaciais Vetoriais) e
CQDGV (Controle da Qualidade de Dados Geoespaciais Vetoriais) que corresponda
à nova estrutura, assim como impacta toda a linha de produção cartográfica.
Como assunto da grade curricular do curso de Especialização em
Fotogrametria e Sensoriamento Remoto, realizado no Centro de Imagens e
Informações Geográficas do Exército - CIGEx, a Reambulação é uma fase da
elaboração cartográfica, na qual são levantados a identificação, localização,
denominação e esclarecimentos de acidentes geográficos naturais e artificiais que
complementarão as cartas. Como técnica de aquisição e/ou comprovação voltada à
coleta de topônimos, dados e informações, neste contexto, a Reambulação se
apresenta como uma fase da produção cartográfica que reflete de imediato os
impactos sofridos pela adoção de uma nova estrutura de dados.
Com o exposto acima, o estudo visa demostrar, por meio de análise
comparativa das especificações e estudos de casos da aplicação da nova
modelagem, os impactos na elaboração de uma nova especificação de aquisição
assim como os impactos das atualizações na fase de Reambulação.
1.3 Objetivos do Trabalho
Ao término deste trabalho pretende-se atingir os seguintes objetivos
9
1.3.1 Objetivo geral
Realizar um Estudo Comparativo das Especificações Técnicas de
Estruturação (ET-EDGV) e Aquisição (ET-ADGV) dos Dados Geoespaciais Vetoriais
das versões 2.1.3 com as versões de Defesa da Força Terrestre.
1.3.2 Objetivos específicos
• Identificar e quantificar as categorias, classes, atributos e
relacionamentos que compõem as Especificações Técnicas em estudo;
• Discriminar as atualizações implementadas;
• Avaliar os impactos das atualizações na implementação da ET-ADGV
Defesa FTer e na linha de produção (especialmente na fase de Reambulação);
• Propor, diante das oportunidades de melhoria, sugestões de
contribuições para aperfeiçoamento das novas versões das Especificações
Técnicas.
1.4 Justificativa
Devido à necessidade de atender à demanda da Sociedade e da Força
Terrestre por produtos cartográficos, assim como confirmar a eficiência e efetividade
na sua linha de produção cartográfica e elaborações das especificações técnicas, a
DSG, além de investir capital intelectual e tecnologias nos procedimentos citados,
avalia os impactos dessas atualizações nas especificações técnicas. Este trabalho
tem por finalidade fornecer uma resposta à Diretoria, quanto aos impactos, em áreas
predeterminadas, ocasionados pela utilização da ET-EDGV Defesa FTer..
1.5 Organização do Trabalho
Este trabalho foi estruturado em 05(cinco) capítulos, com as respectivas
abordagens:
10
• Capítulo 1 - Introduz o assunto do trabalho, apresentando o histórico, a
contextualização, o objetivo geral, os objetivos específicos, a justificativa deste
trabalho e a sua estruturação.
• Capítulo 2 - Apresenta a Fundamentação Teórica, abrangendo
conceitos e conteúdos básicos para o entendimento e esclarecimento do trabalho.
• Capítulo 3 - Descreve os Métodos utilizados na comparação das
Especificações Técnicas em estudo, assim como apresenta os estudos de casos
construídos para verificação das avaliações dos impactos da atualização da
especificação técnica.
• Capítulo 4 - Demonstra os resultados alcançados com os
procedimentos empregados, através das análises dos dados e suas representações
por meio de gráficos demonstrativos dos mesmos.
• Capítulo 5 - Conclui o trabalho apresentando as considerações finais e
sugerindo contribuições para o aperfeiçoamento das Especificações Técnicas.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Modelo Conceitual
Segundo DSG (2010) “Um modelo de dados é um conjunto de conceitos que
podem ser usados para descrever a estrutura e as operações em banco de dados” e
ainda “... é necessário construir uma abstração dos objetos e fenômenos do mundo
real, de modo a obter uma forma de representação conveniente, embora
simplificada, que seja adequada às finalidades das aplicações do banco de dados”
Cabe entender abstração como a capacidade de representar
matematicamente objetos do mundo real, e o conjunto destas abstrações é
conhecido como modelagem. Neste procedimento, dados genéricos são colhidos e
moldados no que se chama de classe que podem ser agregadas a complexos. Uma
classe descreve um grupo de objetos com atributos, com relacionamentos comuns
com outros objetos.
11
Do processo de abstração dos objetos e fenômenos geográficos do mundo
ontológico, isto é, o universo das ideias, até implementação de linguagens de
programação para representar o universo estrutural (representados pela figura 1) ,
respostas para as seguintes perguntas se fazem necessárias.
(Banco de Dados Geográficos - http://www.dpi.inpe.br/livros/bdados/cap1.pdf)
1) Quais são as abstrações necessárias para representar os conceitos de
nosso universo ontológico ?;
2) E como medir o mundo real ?;
3) Quais são os tipos de dados e algoritmos necessários para representar o
universo formal ?;
4) E quais são as linguagens de programação para representar o universo
estrutural ?
Figura 1 – Modelagem do Mundo Real - Adaptação da Instrução de SIG no CIGEx
Necessário é o entendimento dos conceitos descritos acima, para que seja
possível visualizar e discernir quanto a complexidade, a riqueza e a dimensão do
desafio de se construir uma modelagem que possa refletir todas as verdades de
campo.
12
2.2 INDE
Conforme prevê o Decreto-lei nº 6.666, de 27/11/2008 (DOU de 28/11/2008,
p.57) que institui a INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais), esta é
definida como o
conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e procedimentos
de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessário para
facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o
compartilhamento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de
origem federal, estadual, distrital e municipal (BRASIL, 2008).
A instituição da INDE 2008, e o seu lançamento em abril de 2010, foram
marcos de grande relevância para a Diretoria do Serviço Geográfico (DSG), pois
este conjunto de procedimentos e padrões estabelecidos, validam e orientam os
esforços da DSG, com a colaboração de diferentes órgãos públicos em
concretizarem as padronizações por meio da elaboração das especificações
técnicas.
2.3 ET-EDGV v 2.1.3
A Especificação Técnica para Estruturação de Dados Geoespaciais
Vetoriais, conforme a sua versão 2.1.3, tem a função de “padronizar estruturas de
dados que viabilizem o compartilhamento de dados, a interoperabilidade e a
racionalização de recursos entre os produtores e usuários de dados e informação
cartográfica.” (CONCAR, 2007).
Homologada em 2010, esta especificação foi elaborada para atender ao
mapeamento sistemático nacional em pequenas escalas (de 1:25.000 ou menores),
porém com o avanço das geotecnologias e das demandas da sociedade, surgiu a
necessidade de normatização de produtos em escalas cadastrais.
13
2.4 ET-EDGV Defesa FTer
Segundo DSG (2013), a ET-EDGV Defesa FTer é uma especificação técnica
que visa estruturar dados geoespaciais vetoriais com a finalidade de atender as
demandas das atividades de planejamento da defesa e da segurança no espaço
geográfico brasileiro por parte do Exército. E com isso ditar regras que possibilitam o
compartilhamento e a interoperabilidade dos dados e consequentemente, a
racionalização de recursos, principalmente nas atividades de inteligência dentro da
Força Terrestre, como exemplo os grandes eventos.
Essa demanda de geoinformações, promovida pela realização dos grandes
eventos, deu origem ao avanço na riqueza de detalhes, fato este que trouxe a
necessidade de romper as fronteiras do mapeamento sistemático para alcançar
níveis cadastrais e temáticos.
2.5 ET-ADGV v2.13
Com a definição da Estrutura de Dados Geoespaciais Vetoriais (EDGV) pela
Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR), como uma das especificações
essenciais da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), coube à Diretoria
de Serviço Geográfico (DSG), elaborar a especificação técnica que regula e
padroniza a aquisição da geometria dos dados geoespaciais vetoriais e atributos
correlacionados.
Esta especificação substitui e torna sem efeito o Manual Técnico T34-700,
1ª parte, editado pela DSG e que regulava este assunto. A ET-ADGV versão 2.13,
define as regras de construção das geometrias dos dados geoespaciais vetoriais,
presentes na ET-EDGV v 2.1.3, assim como padroniza a atributação de todas as
feições.
14
2.6 ET-ADGV Defesa FTer
Com a elaboração da ET-EDGV Defesa FTer que estabelece um padrão
para os dados necessários à execução do planejamento e das ações de defesa e
segurança no Espaço Geográfico Brasileiro (EGB), surgiu a necessidade de elaborar
uma especificação técnica que regule a forma de adquirir a geometria dos dados
geoespaciais vetoriais e os atributos correlacionados.
Esta especificação padroniza e orienta o processo de aquisição da
geometria dos vários tipos de dados geoespaciais vetoriais no processo de
mapeamento topográfico em pequenas e em grandes escalas, presentes na 1a
Parte da ET-ADGV Defesa FTer. Esta padronização independe do insumo utilizado
(levantamento de campo, fotografias aéreas, imagens de sensores orbitais etc.),
visto que os processos de aquisição são similares. As regras para a construção do
atributo “geometria” de cada classe de objetos da Cartografia Temática de interesse
específico da Força Terrestre são tratadas na 2ª Parte da ET-ADGV Defesa FTer-1º
Parte, Versão 1.0, Fevereiro2015.
3. METODOLOGIA DO TRABALHO
3.1 Procedimentos Empregados
O trabalho caracteriza-se por empregar os seguintes procedimentos:
Estudo Comparativo entre as Especificações, onde foram comparadas todas
as classes e objetos da relação de Classes e Objetos (RCO) verificando cada
atributo e seus relacionamentos, resultando na construção do apêndice A (Quadro
Comparativo entre a EDGV v2.1.3 x EDGV Defesa FTer), apêndice B (Quadro
Comparativo entre a ADGV v2.1.3 x ADGV Defesa FTer); e apêndice C (Dados de
Comparações das Especificações Técnicas).
Estudos de Casos dos Impactos ocorridos pela adesão à ET-EDGV Defesa
FTer por ocasião da elaboração da ET-ADGV Defesa FTer, e na fase de
Reambulação, concluindo se os impactos foram positivos ou negativos. Nesta fase
foram selecionadas feições pré-determinadas para avaliar os procedimentos de
15
implementação na modelagem e suas consequências (aquisição e atributação) em
determinadas fases da produção cartográfica. A execução do trabalho seguiu o
fluxograma representado pela figura 2.
Figura 2 – Fluxograma do Trabalho
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
ET – EDGV Defesa FTET - EDGV v2.1.3
ADGV Defesa FTADGV v2.0
RESULTADOS
APÊNDICE A
APÊNDICE B
APÊNDICE C
ESTUDOS DE CASOS
IMPACTOS ET-ADGV Defesa FT
IMPACTOS REAMBULAÇÃO
GRÁFICOS E TABELAS
ANÁLISE DOS IMPACTOS
RESULTADOS1º Fase
2º Fase
3º Fase
16
3.1.1 Estudo Comparativo entre Especificações Técnicas
O estudo teve como objetivos identificar e descrever os dados/diferenças
quantitativas (número de categorias, classes e atributos) e os dados qualitativos
(novas classificações, definições e relacionamentos), assim como distinguir e
quantificar as categorias, classes, atributos e relacionamentos das versões das
especificações técnicas comparadas.
O extrato do apêndice A (Quadro Comparativo EDGV v 2.1.3 x EDGV
Defesa FTer), ilustrado na tabela 1, representa o comportamento de algumas
classes da categoria de Energia e Comunicação pertencentes ao mapeamento
topográfico em pequenas escalas nas versões comparadas. É apresentado para
cada classe a quantidade de atributos em cada versão (v 2.1.3 e Defesa FTer),
atributos que saíram e atributos novos, e, por fim, se a classe foi removida (CL S) ou
é uma classe nova (CL N)
Quantidade de Atributos - Extrato do Apêndice A
Classe Atrib2.1.3
AtribDefFT
Atributos que Sairam
AtributosNovos
ClS
ClN
1.1 Antena_Comunic 4 3 - nomeAbrev
1.2 Complexo_Comunic 3 4 - nomeAbrev - operacional- organização
1.3 Complexo_Gerador_Energia_Eletrica 3 4 - nomeAbrev - operacional- organização
1.4 Est_Gerad_ Energia_Eletrica 10 6 - destEnergElet- codigoEstacao- potencialFiscalizada- nomeAbrev
1.5 Grupo_Transformadores 3 2 - nomeAbrev
1.6 Hidreletrica 8 6her - codigoHidrelética- potencialFiscalizada- nomeAbrev
-tipoEst
17Subest_Trasm_Distrib_Energia_Eletrica 5 3 - tipoOperativo- nomeAbrev
1.8 Termeletrica 11 6her - tipoCombustivel- CombRenovavel- tipoMaqTermica- Geracao- potencialFiscalizada- nomeAbrev
- tipoEstGerad
Obs. Atrib = atributos
Tabela 1 – Quadro Comparativo EDGV_2.13 X EDGV Defesa FTer
17
O extrato do apêndice B (Quadro Comparativo ADGVv 2.1.3 x EDGV Defesa
FTer), na tabela 2, representa o comportamento de algumas classes da categoria de
Energia e Comunicação pertencentes aos construtores de geometria dos objetos do
mapeamento topográfico em pequenas escalas nas versões comparadas. É
apresentado para cada classe a quantidade de atributos obrigatórios, atributos que
saíram e os novos, assim como os relacionamentos que saíram e relacionamentos
novos, e por fim, se a classe foi removida (CL S) ou é uma classe nova (CL N).
Quantidade de Atributos - Extrato do Apêndice B
Tabela 2 – Quadro Comparativo ADGV_2.13 X EDGV Defesa FTer
3.1.2 Estudo de Casos dos Impactos das Atualizações
Os Estudos de Casos propostos neste trabalho visam avaliar se os
impactos ocorridos pela atualização da especificação técnica foram positivos ou
negativos no tocante ao nível de dificuldade na implementação da modelagem e
execução da fase de reambulação, levando em conta a otimização de
procedimentos, a redução do tempo de produção.
18
3.1.2.1 Impactos na Construção da ADGV Defesa FTer
Estudo de Caso 1 – TRA_Ponte
As figuras 3 e 4 a seguir, demonstram por meio de recortes de diagramas de
classe, as mudanças nos procedimentos de elaboração da ADGV Defesa FTer, por
ocasião da construção de novos relacionamentos espaciais padronizados pela
EDGV Defesa FTer. Observa-se que na ADGV 2.1.3 o objeto Ponte poderia ser
adquirido “coincidente/sobre” a um objeto Trecho_Rodoviário, agora na nova
modelagem o objeto Ponte “Toca” em um objeto Trecho_Rodoviário.
• NA EDGV v 2.13
Figura 3 – Recorte da EDGV_2.13 – relacionamento da classe Ponte
19
• EDGV Defesa FTer
Figura 4 – Recorte da EDGV Defesa FTer – relacionamento da classe Ponte
Recortes da especificação de aquisição expostos pelas figuras 5 e 6,
demostram o novo relacionamento entre as classes Trecho_Rodoviário e Ponte,
orientando a forma de aquisição dos objetos e nos permitindo concluir que em
função deste novo relacionamento haverá GANHO DE TEMPO por ocasião da
aquisição e na construção de complexos dos objetos envolvidos.
Na ADGV v 2.13, Observa-se que o relacionamento entre Trecho_Rodoviário
e Ponte é coincide/sobre
Figura 5 – Recorte da ADGV_2.13 – relacionamento da classe Ponte
20
Na ADGV Defesa FTer, Observa-se que o relacionamento entre
Trecho_Rodoviário e Ponte é toca
Figura 6 – Recorte da ADGV Defesa FTer – relacionamento da classe Ponte
O ganho de tempo de produção por ocasião da aquisição do objeto ponte, se
faz uma vez que a nova estrutura permite que o traçado do objeto ponte some aos
traçados dos trechos rodoviários na composição de uma rede rodoviária, ou seja,
não é mais necessário inserir um trecho rodoviário idêntico ao traçado da ponte.
Cabe ressaltar que o impacto positivo desta nova aquisição é refletido também de
forma positiva na reambulação, pois era obrigatório atributar o revestimento do
trecho rodoviário que era coincidente à ponte.
Uma vez que em loco muitas rodovias atravessam pontes com material de
construção (madeira, ferro) diferentes dos revestimentos das rodovias (leito natural,
asfalto, outros), a dúvida de atributação do trecho rodoviário coincidente a ponte era
gerada, fato que não ocorrera mais. As pontes sobre o Rio Preto na cidade Formosa
do Rio Preto, no Oeste da Bahia, detalhada na figura 7 a seguir, exemplifica o
enunciado acima.
21
Figura 7 – Recorte ilustrativo sobre a classe Ponte
Estudo de Caso 2 - Edificação
A figura 8 a seguir, demonstra como se comportam os relacionamentos
existentes entre algumas classes de edificações, objetos deste estudo de caso.
Observa-se no diagrama de classes da ET-EDGV v2.1.3 que a classe edificação não
possui relacionamentos com outras edificações que não pertencem à categoria
Localidades. Este fato resulta em um limitado poder de pesquisa e limitação na
construção de complexos.
22
EDGV 2.1.3
Figura 8 – Recorte da EDGV_2.13 sobre Edificação
As figuras 9 e 10 a seguir, colaboram no entendimento das mudanças
ocorridas pelos procedimentos de elaboração da ADGV Defesa FTer por ocasião da
construção de novos relacionamentos entre as classes que representam as
edificações.
Verifica-se através de novos relacionamentos que o modelo atual abrange
de forma mais ampla o conceito de herança (mecanismo que permite a reutilização
de códigos. É uma relação entre duas ou mais classes onde existe a Super Classe e
a Sub Classe, também conhecidas como classe pai e classe filho respectivamente).
É verificado na figura 8 a limitação na pesquisa do quantitativo de edificações, na
versão 2.1.3, que só era possível por classe (ex. Edif_religiosa).
Na modelagem força terrestre, a classe, Edificação surge como uma classe
pai de todas as edificações classificadas, isto significa dizer que os atributos serão
herdados da classe edificação (classe pai) para as demais edificações, o que
resultará em um maior Poder de Pesquisa, que é visto como um impacto positivo,
como exemplo ao atender a necessidade de uma informação de quantas edificações
há em determinada região.
23
Na EDGV v 2.1.3
Figura 09 – Recorte ilustrativo sobre “Poder de Pesquisa”
Na EDGV Defesa FTer
Figura 10 – Recorte da EDGV_2.13 sobre a classe Edificação
24
3.1.2.2 Na fase de Reambulação
Estudo de Caso 1 - Vereda
Buscando melhor entender o conceito, “A Vereda é um tipo de vegetação
com a palmeira arbórea (buriti) emergente, em meio a agrupamentos mais ou menos
densos de espécies arbustivo-herbáceas. As Veredas são circundadas por campos
típicos, geralmente úmidos, e os buritis não formam dossel (cobertura contínua
formada pela copa das árvores) como ocorre no Buritizal. A literatura indica três
zonas ligadas à topografia e à drenagem do solo: ‘borda’ (local de solo mais seco,
em trecho campestre onde podem ocorrer árvores isoladas); ‘meio’ (solo
medianamente úmido, tipicamente campestre); e ‘fundo’ (solo saturado com água,
brejoso, onde ocorrem os buritis, muitos arbustos e arvoretas adensadas).
Estas zonas têm flora diferenciada, as duas primeiras zonas correspondem à
faixa tipicamente campestre e o ‘fundo’ corresponde ao bosque sempre-verde,
caracterizado assim pela literatura. Em conjunto essas zonas definem uma savana.”
(http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_65_91120058
5234.html, acessado 28/10/15)
Durante os trabalhos de reambulação em campo do estado da Bahia, foi
observado que a ET-EDGV 2.1.3 não contemplava a fitofisionomia vereda, que é
vastamente encontrada no bioma Cerrado e nas áreas de transição para a Caatinga
e a Mata Atlântica.
Com o objetivo de não perder a informação sobre as veredas, foi adotado o
procedimento de classificá-las de modo a representar de melhor maneira sua
presença na natureza, para isso a vereda foi dividida em duas partes: 1 -
Classificada como campo, naquelas áreas aonde se predomina as gramíneas e o
terreno é bastante úmido, podendo ou não conter arbustos. 2 – Classificada como
cerrado arbóreo, naquela área central da vereda contendo a vegetação como o
buriti, envolvido em meio a agrupamentos mais ou menos densos de espécies
arbustiva, e ainda era descriminado no nome a fitofisionomia vereda, como
exemplifica a figura 11.
25
Figura 11 – Representação da Vereda no Cerrado na EDGV_2.13
Com a implementação da fitofisionomia vereda na ET-EDGV_Defesa FTer, a
mesma foi contemplada como uma forma única, não sendo diferenciada a sua parte
de campo de gramíneas da parte arbustiva, como vemos na figura 12 a seguir.
1.14.5 Cerrado
Classe Descrição Código Geometria
cerrado
Cerrado é caracterizada por dois estratos: um graminoso e outroarbóreo com indivíduos tortuosos e ramificação irregular. Ocorreprioritariamente no Brasil Central e em outras partes do País recebenomes locais como: “tabuleiro”, “agreste”, “chapada” no nordeste,“campina” ou “gerais” no norte de Minas Gerais, Tocantins e Bahia,“lavrado” em Roraima, dentre outras denominações. Apresenta quatrofisionomias/ Florestada (Cerradão), Arborizada (Campo Cerrado),Parque (Campo-Sujo-de-Cerrado) e Gramíneo-Lenhosa (Campo-Limpo-de- Cerrado), sendo a última, pelas características fisionômicas,contemplada na classe “Campo”. Também conhecida como savana.
1.14.5
atributo descrição domínio requisito
vereda
Indica se é do tipo vereda.Vereda é um tipo de formação vegetal do Cerrado que ocorre nasflorestas-galeria. Caracterizada pelos solos hidromórficos, podemapresentar buritis (Mauritia flexuosa), palmeira, em meio aagrupamentos de espécies arbustivo-herbáceas e são seguidas peloscampestres. São caracterizadas por uma topografia amena e úmida,mantendo parte da umidade em estratos de solo superficial e garantindoa umidade mesmo em períodos de seca, tornando-se um refúgio dafauna e flora, assim como local de abastecimento hídrico para osanimais. Recebem este nome por serem caminho para a fauna.
- 0..1
Figura 12 – Recorte da EDGV Defesa FTer sobre Cerrado adaptado
26
Verifica-se agora como ficaria a representação da vereda reambulada em
campo no exemplo a seguir:
Figura 13 - Representação da Vereda no Cerrado na EDGV Defesa FTer
Estudo de Caso 2 - Trecho_Rodoviário
Foi constatado que durante o processo de revisão e de ligação das folhas
reambuladas no estado da Bahia, a classe Trecho_Rodoviário é umas das classes
que mais causam debates devido as divergências e diferenças de interpretação, e
consequentemente resulta em muitos erros de ligação e no aumento do tempo de
produção. Vejamos na tabela abaixo como o T 34-700 1ª Parte aborda este assunto.
CLASSE DEFINIÇÃO
Auto-estrada Classe Especial - rodovia de revestimento sólido (asfalto, concreto ou
calçamento), com um mínimo de 4 faixas, apresentando separação física
entre as pistas de tráfego, representável em escala ou não.
Rodovia Pavimentada
Classe 1 - rodovia de revestimento sólido (asfalto, concreto ou calçamento),
com um número variável de faixas, sem separação física entre as pistas de
tráfego;
Rodovia Não Pavimentada
Classe 2 - rodovia transitável durante todo ano com revestimento solto ou
leve, conservado de modo a permitir o tráfego mesmo em época de chuvas,
com um número variável de faixas;
Rodovia Tráfego Periódico
Classe 3 - rodovia transitável somente em tempo bom e seco, com
revestimento solto ou sem revestimento, largura mínima de 3 m, com pouca
ou nenhuma conservação e de traçado irregular;
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Caminho Carroçável
Classe 4 - via transitável somente em tempo bom e seco, sem revestimento,
caracterizada pela inexistência de conservação permanente, largura média
inferior a 3 m, com piso e traçado irregulares, geralmente dificultando o
tráfego de veículos comuns a motor;
Trilha Picada Classe 5 - via sem revestimento ou conservação, com piso e traçado
irregulares, só permitindo o tráfego a pé ou de animais;
Tabela – 3 Definições de Rodovias do T 34-700 1ª Parte
O T34-700 1ª Parte, deixa claro esta divisão em Trilha_Picada,
Caminho_Carroçável e Rodovias, aonde as Rodovias eram distintas segundo a sua
pavimentação e periodicidade. Na ET-EDGV_2.13 ela foi implementada de acordo
com a adaptação apresentada na figura 14.
4.03 Trecho_Rodoviário (EDGV 2.13)
Código Classe Descrição
4.03 Trecho_rodoviário São as ligações rodoviárias entre dois pontos rodoviários.
atributo Descrição
4.03.3 tipoTrechoRod
Acesso
Segmento rodoviário que liga a rodovia principal a
determinado ponto de interesse, tais como: áreas urbanas,
portos, parques etc
Rodovia Via destinada ao tráfego de veículos sobre rodas.
Caminho_carroçável
Via transitável em tempo bom e seco, com piso e traçado
irregulares, geralmente dificultando o tráfego de veículos
comuns a motor.
Auto_estrada
Via de tráfego rápido, com todos os acessos controlados,
sem cruzamento de nível e destinada exclusivamente a
veículos motorizados, com revestimento sólido (asfalto,
concreto ou calçamento), com um mínimo de 4 faixas,
apresentando separação física entre as pistas de tráfego,
representável em escala ou não.
Figura 14 – Recorte da EDGV_2.13 sobre Trecho_Rodoviário adaptado
Como mostra a adaptação acima o atributo “tipoTrechoRod” apresenta as
opções: Acesso, Caminho_carroçável, Rodovia e Auto_estrada. A Trilha_picada era
uma classe distinta, com esta distribuição a maioria dos tipos de classe do T 34-700
1ª Parte estão dentro da Classe Trecho_Rodoviário ficando de fora somente a
Trilha_picada.
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No momento da aquisição da informação e classificação das vias de
rodagens, os reambuladores buscam a melhor forma de representar as verdades de
campo para classificá-las, de acordo com a padronização da ET-EDGV_2.13. A
identificação da Auto_estrada, Rodovia pavimentada, e Rodovia não pavimentada
respectivamente a Classe especial, Classe 1 e Classe 2, do que prevê o T 34-700 1ª
Parte, não geram duvidas na reambulação, porém a identificação das vias Classe 3
e Classe 4 (T 34-700) não fica clara no momento de sua classificação.
A ET-EDGV Defesa FTer apresenta Caminho_Carroçável como uma classe,
não mais como atributo do Trecho_Rodoviário como era na versão da EDGV_2.13,
no entanto não se torna clara a identificação das Classes 3 com a Classe 4, a figura
15 apresenta como a ET-EDGV Defesa FTer classificou o “tipoTrechoRod”.
Figura 15 – Recorte da EDGV Defesa FTer sobre Trecho_Rodoviário adaptado
4. RESULTADOS
4.1 Gráfico e Tabelas Demostrativas de Dados
1) O gráfico 1 exemplifica dados de resultado oriundo do estudo de
comparação utilizado para descrever e quantificar as classes e atributos
pertencentes a categoria Energia e Comunicações em ambas especificações
envolvidas no trabalho.
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Gráfico 1 – Gráfico da Análise de Resultados
2) A tabela 3 demonstra as diferenças quantitativas refentes ao estudocomparativo realizado entre as especificações técnicas.
Tabela – 4 Diferenças Quantitativas do Estudo Realizado
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3) A tabela 4 apresentada refere-se às sugestões de contribuições para o
aperfeiçoamento das especificações, assim como alguns apontamentos.
Nº CLASSE SUGESTÃO
01 Edif_Desenv_Social Sugestão = redistribuição do atributo “tipo”
02 Campo de “Vereda”? Sugestão = Vereda como classe
03 Pto_Est_Med_Fenomenos Sugestão = se relacionar com Trecho_Massa_Dagua
04 Dep_Abast_Agua Sugestão = Corrigir Codlist (Falar Ten Danilo)Codelist na EDGV 3.124 no Codelist 3.125
05 Queda_Dagua Sugestão = Inserir figura Queda_Dagua tipo linha na ADGV (Falar Ten Danilo)
06 Travessia_Pedestre Sugestão = Inserir atributo “situação espacial” no MTGE, na EDGV
07 Galeria_Bueiro, Galeria Sugestão Inserir as classes na ADGV
08 Ext_Mineral MapTopoGE_EDF_Hab_Indigena na ADGVSugestão = retirar frase perdida nos obrigatórios
09 Area_Pub_Civil Sugestão = Pintar classe do temático de azul noDiagrama de Casses
10 Ponto Rodoviário Sugestão = A classe deverá se relacionar com arruamento Linha e Área
11 Patrimônio publico Sugestão = inserir categoria na EDGV
12 Categorias e Classes Sugestão = Possuir a mesma numeração de identificação da EDGV e da ADGV
13 Estrada Rural Sugestão = Inserir atributo na EDGV
14 Área Pública Militar ADGV(Patrimônio Publico)-EDGV(Lim Pol Adm)Sugestão = Manter na mesma categoria
Nº CLASSE APONTAMENTOS
01 - Serra / Morro- Edificações
“nome” obrigatório (a cargo das metodologias)
02 Arquibancada Geometria Ponto. (retirada)
03 Todas as classes “operacional” obrigatório (metodologias)
04 Canal_Vala Se especializa em Canal ou Vala, faltou a vala
05 Trecho_Drenagem, Massa_Dagua,Trecho_Massa_Dagu
“nome” obrigatório (a cargo das metodologias)
06 Área_Industrial “nome” obrigatório (a cargo das metodologias)
07 Área_Úmida Relacionamento dentro de Trecho_Drenagem?
08 Área_Politica_Administrativa EDGV 2 atributos x ADGV 3 atributos
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10 Corredeira e Rio Será duplicado no trecho coincidente.Tabela 5 – Sugestões para Aperfeiçoamento das Especificações
4.2 Análise dos Impactos
4.2.1 Impactos das atualizações na Construção da ET_ADGV Defesa FTer
4.2.1.1 Impactos Positivos
Verificou-se, por ocasião do estudo comparativo entre as especificações
técnicas, que com a inclusão de novas classes para abranger o mapeamento
cadastral, a ET-EDGV Defesa FTer agregou 39,4% de classes a mais que a
estrutura anterior apesar deste aumento de classes foi constatado a redução de 3%
no quantitativo de atributos obrigatórios apresentados na ADGV Defesa FTer.
Foi verificado, através dos estudos de caso, que o novo modelo conceitual
proporciona, por meio de uma mais abrangente estrutura de herança, um alto poder
de pesquisa, demonstrando um grande impacto no ganho de tempo de pesquisa,
sobre todas as feições da estrutura, assim como agilidade por ocasião da
construção dos complexos.
4.2.1.2 Impactos Negativos
Tendo conhecimento de que as especificações se encontram em fase de
revisão e correção, cabe destacar a dificuldade ocorrida pela falta de
padronização / correspondência, no que diz respeito ao índice (número da
feição) e a localização das mesmas na especificação, fato observado durante o
processo de comparação. Em função destes detalhes a especificação se torna
menos didática.
32
4.2.2 - Impactos das atualizações na Fase de Reambulação
4.2.2.1 Impactos Positivos
A ET-EDGV_Defesa FTer sofreu mudanças na sua implementação, vários
atributos deixaram de ser obrigatórios, o que facilita os trabalhos de
adquisição de dados em campo (reambulação), devido as dificuldades de se
obter a informação, um bom exemplo é o cemitério pois é fácil encontrar pequenos
lugarejos com cemitérios rústicos e sem nome próprio, outra melhoria que podemos
citar é o Caminho_carroçável que veio como Classe, o que já é um ganho para o
reambulador pois foi desvinculado da classe Trecho_Rodoviário minimizando as
dúvidas. Outro exemplo é a vereda, que na ET_EDGV v2.1.3. não era contemplada
e agora na nova modelagem surge como um atributo “tipo” da vegetação de cerrado.
4.2.2.2 Impactos Negativos
Com o entendimento citado no estudo de caso sobre a fitofisionomia Vereda,
somado à experiência de reambulação, é constatado que este tipo de vegetação
pode ser composta de uma parte de campo e outra com uma formação arbustiva
mais ou menos densa (conforme figura 16) e se apresenta nas regiões de transições
de vários Biomas. A implementação da vereda (definição) como atributo “tipo”
apenas na classe Cerrado, apresenta-se como um impacto negativo na
reambulação, pois a vereda deveria surgir como atributo “tipo” nas Classes Campo,
Caatinga e Floresta.
Figura 16 – Ilustração Demonstrativa da Vereda que ocorre no Cerrado
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Algumas definições para a atributação do tipo de Trechos_rodoviários
causam dúvidas até mesmo entre os experientes reambuladores, levando a erros
de ligação entre as folhas, como resultados dos debates sobre a reambulação desta
classe, é constatado a necessidade de um atributo que retrate a verdade de campo
das vias rurais, percebe-se a falta do atributo tipo “Estrada_rural” no
“tipoTrechoRod”. O glossário do DNER, apresenta como definição, “ESTRADA
RURAL – Estrada que se destina principalmente a dar acesso a propriedades rurais
e para fins de escoamento de produção agrícola.” (DNER 700-GTTR).
Como uma possível solução para melhor representar os trechos rodoviários
que não se enquadram como Rodovias e nem como Caminhos_carroçavel, e buscar
uma melhor interoperabilidade entre os profissionais técnicos, sugere-se, devido a
grande relevância da feição em questão, que seja implementado a Estrada_rural no
“tipoTrechoRod”, ou até mesmo como uma classe distinta.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 Conclusões
Com base nos resultados obtidos neste trabalho interdisciplinar, podemos
concluir, através do estudo comparativo entre as especificações técnicas, que os
objetivos de identificar, quantificar e discriminar as atualizações foram alcançados e
descritos nos apêndices A, B e C. Conclui-se também como grande melhoria, a
redução significativa dos atributos obrigatórios apurado pelas comparações.
O trabalho também atingiu, por meio dos estudos de caso, o objetivo de
avaliar os impactos da adoção da ET-EDGV Defesa Fter, concluindo como impactos
positivos, o alto poder de pesquisa do novo banco e o ganho de tempo na aquisição
e atributação das feições em todas as fases de produção, principalmente nas fases
de aquisição e reambulação. E como pontos negativos a permanência de algumas
definições e relacionamentos de feições que geram dúvidas por ocasião da coleta de
informações de alguns objetos em loco.
Por fim, o trabalho conclui que a adoção citada vem a contribuir de forma
expressiva e eficiente no alcance das metas de produção cartográfica da DSG.
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5.2 Dificuldades Encontradas
Devido ao fato do banco de dados, estar em fase de construção, não foi
possível manipulá-lo para um melhor entendimento e percepção do seu real
potencial. A barreira desta dificuldade encontrada, foi em grande parte rompida pela
busca de um mais amplo entendimento do modelo conceitual.
5.3 Sugestão para Trabalhos Futuros
Sugere-se o planejamento e execução de reambulação em uma área pré-
determinada como teste, onde será aplicado, em loco, todo o potencial do novo
banco. Nesta ocasião será verificado se as classes conseguem abranger todas as
áreas de interesse da força, visando atender aos grandes eventos que possam
surgir e a integração com outros órgãos que utilizam dados geoespaciais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Bancos de Dados Geográficos – Cap 1
- http://www.dpi.inpe.br/livros/bdados/cap1.pdf
- CONCAR, Comissão Nacional De Cartografia, ET-EDGV versão 2.1.3, Outubro
2010
- DNER 700/100 Glossário de Termos Técnicos Rodoviários.
- DSG, Diretoria Do Serviço Geográfico, ET-ADGV versão 2.1.3, 2ªEdicão, 10 Junho
2011
- DSG, Diretoria Do Serviço Geográfico, ET-EDGV Defesa FTer - versão 1.0,
1ªParte-1ªEdição, Fevereiro 2015
- DSG, Diretoria Do Serviço Geográfico, ET-ADGV Defesa FTer - versão 1.0,
1ªEdição, Fevereiro 2015
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_65_91120058
5234.html> acessado 28/10/15
- <http://www.inde.gov.br/a-inde/historico.html>acessado 25/10/2005.
- Instrução de SIG, Brasília 24 de Março de 2013.
- T 34-700 1ª PARTE Convenções Cartográficas, 2ª Edição, 2002.
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