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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO
RELATÓRIO DAS REUNIÕES PARTICIPATIVAS REALIZADAS NAS
COMUNIDADES DA FLORESTA NACIONAL SARACÁ-TAQUERA, DE 23 A
28 DE NOVEMBRO DE 2011, SOBRE A REVISÃO DO PLANO DE MANEJO
DESTA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
NOVEMBRO DE 2011
REALIZAÇÃO
Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Serviço Florestal Brasileiro (SFB)
APOIO
Projeto BR 163 – Floresta, Desenvolvimento e Participação
Empresa Ecossis Soluções Ambientais (ECOSSIS)
Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá (ACOMTAGS)
Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná
(ARQMO)
EQUIPE DE REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
EQUIPE TÉCNICA
ICMBio: André Luiz Macedo; José Risonei Assis da Silva
SFB: Adriana Bariani, Cléo Gomes da Mota, Leuzabeth Silva, Marcelo Santos Melo,
Marcelo Arguelles, Maria Wanda de Alencar, Rodrigo Martins dos Santos
Cooperação Técnica Alemã (SFB/GIZ): Bernadette Weis
Empresa ECOSSIS: Juliana da Silva Rodrigues
REPRESENTAÇÃO DAS COMUNIDADES
ACOMTAGS: Emerson Carvalho da Silva
ARQMO: Antonio Carlos Printes
SISTEMATIZAÇÃO
Adriana Bariani; Bernadette Weis; Marcelo Melo; Leuzabeth Assunção Silva
REVISÃO
André Luiz Macedo
José Risonei Assis da Silva
LISTA DE SIGLAS
ACOMTAGS – Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá
ACOTJA - Associação Comunitária dos Trabalhadores Rurais do Jamary
ACPLASA – Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Médio Lago Sapucuá
AMTRUCAS - Associação dos Moradores e Trabalhadores Rurais da Comunidade do
Ajará
APRUS - Associação de Moradores da Comunidade da Serra
ARCMASA - Associação Comunitária do Maceno
ARQMO – Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município
de Oriximiná
CAR – Cadastro Ambiental Rural
CCDRU - Contrato de Concessão de Direito Real de Uso
CEQMO - Cooperativa Mista Extrativista dos Quilombolas do Município de Oriximiná
COPER Moura – Cooperativa de Prestação de Serviços da comunidade do Moura
COPERPLASA – Cooperativa Agropecuária dos Produtores do Lago Sapucuá
FLONA – Floresta Nacional
FOFA - Pontos Fortes, Oportunidades, Pontos Fracos e Ameaças
GIZ – Cooperação Técnica Alemã no Brasil
GPS – Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System)
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
ITERPA - Instituto de Terras do Pará
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MRN - Mineração Rio do Norte
PEAEX - Projeto Estadual Agroextrativista
PFNM – Produtos Florestais Não Madeireiros
REBIO – Reserva Biológica
SEMA – Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará
SEMMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente
SFB – Serviço Florestal Brasileiro
STTR – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais
UC – Unidade de Conservação
UMF – Unidade de Manejo Florestal
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS
4.1. ZONA DE USO E OCUPAÇÃO POPULACIONAL DA FLONA SARACÁ-
TAQUERA
4.2. DADOS SÓCIOECONÔMICOS DAS COMUNIDADES DA FLONA SARACÁ-
TAQUERA
4.3. MATRIZ FOFA - PONTOS FORTES, OPORTUNIDADES, PONTOS FRACOS E
AMEAÇAS REFERENTES A FLONA NA VISÃO DAS COMUNIDADES DA
FLONA SARACÁ-TAQUERA
4.4. ENCAMINHAMENTOS, PROPOSTAS E DELIBERAÇÕES DAS REUNIÕES
4.5. DADOS LEVANTADOS EM CAMPO
5. CONCLUSÃO
ANEXOS
1 - Dados socioeconômicos e Mapas Falados das comunidades do interior e entorno da
FLONA Saracá-Taquera
2 - Matriz FOFA - pontos fortes, oportunidades, pontos fracos e ameaças referentes a
FLONA Saracá-Taquera, e sua relação com as comunidades do interior e entorno da
FLONA
3 - Relatório das atividades de coleta de pontos com uso de GPS, em campo
4 - Listas de presença das reuniões ocorridas nas comunidades da FLONA Saracã-
Taquera
1. APRESENTAÇÃO
A Floresta Nacional (FLONA) Saracá-Taquera foi criada pelo Decreto 98.704,
de 27 de dezembro de 1989, com área estimada de 429.600 hectares. Esse Decreto
autorizou o desenvolvimento e continuidade de atividades de pesquisa e lavras minerais
que estivessem em curso ou que fossem consideradas áreas de reserva técnica, também
autorizou o IBAMA a celebrar convênios para a proteção e o manejo futuro dos
recursos renováveis, sob regime de produção sustentada, bem como realizar as
desapropriações necessárias para o cumprimento dos objetivos da FLONA (Plano de
Manejo da FLONA Saracá-Taquera, 2001).
A FLONA Saracá-Taquera é uma Unidade de Conservação de uso sustentável,
onde é permitido o uso racional dos recursos, desde que seja por meio do manejo
sustentável de uso múltiplo. Está localizada na região Norte do Brasil, no Estado do
Pará, abrangida pelos municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa, entre as
coordenadas geográficas 1°20’ e 1°55’ de latitude Sul e 56°00’ e 57°15’ de latitude
Oeste. Limita-se ao norte com a Reserva Biológica do Rio Trombetas, tendo como linha
divisória o rio Trombetas, a oeste com terras da união na bacia do rio Nhamundá, ao sul
com propriedades de terceiros, pela bacia do rio Nhamundá e lago Sapucuá e a leste
com propriedades de terceiros na bacia do rio Trombetas e do lago Sapucuá (Plano de
Manejo da FLONA Saracá-Taquera, 2001).
O Plano de Manejo dessa Unidade de Conservação foi publicado em 2001.
Neste plano consta que a maior parte da FLONA é ocupada por florestas primárias,
sendo o restante da área ocupada por outras formas de uso, tais como agropecuária,
concentrada na porção centro-sul da FLONA, hidrografia, mineração e áreas de solo
exposto. Ademais, cerca de 21% da área de entorno é ocupada por hidrografia, estradas,
ferrovia, aeroporto, porto e áreas agrícolas (Plano de Manejo da FLONA Saracá-
Taquera, 2001).
Por outro lado, no Plano ainda consta que “as operações de extração de bauxita
na FLONA Saracá-Taquera pela Mineração Rio do Norte foram iniciadas em 1979,
sendo realizadas todas as operações em Porto Trombetas, iniciando na mina, onde é
realizada a extração da bauxita, passando pela planta de beneficiamento, transporte
ferroviário, secagem ou estocagem na área do porto e embarque de navios.
A área de entorno da FLONA é utilizada, principalmente, por remanescentes
quilombolas e comunidades ribeirinhas, além de Porto Trombetas, incluindo o Porto e a
Vila que tem a finalidade de dar suporte às atividades da MRN e alocar os funcionários
e contratados da empresa. Dentre as comunidades que moram e utilizam o interior e
entorno desta Unidade de Conservação (UC), apenas os quilombolas foram
considerados na zona populacional no Plano de Manejo.
Nesse sentido, considerando que há comunidades tradicionais que moram e
outras que utilizam o interior e entorno da FLONA para moradia e desenvolvimento de
atividades produtivas voltadas ao consumo de subsistência e comercialização e, que,
estas não são contemplados no Plano de Manejo atual, o Ministério do Meio Ambiente,
por meio do ICMBio e do SFB, iniciou o processo de revisão do Plano de Manejo dessa
unidade.
Assim, esta revisão constou com a contratação da empresa ECOSSIS,
abrangendo vários estudos a partir de dados secundários, oficinas participativas com
pesquisadores e sociedade civil e reuniões participativas nas comunidades da FLONA,
visando identificar as áreas utilizadas pelas comunidades para moradia e para
desenvolvimento de atividades produtivas.
A empresa ECOSSIS iniciou suas atividades em 13 de junho de 2011, onde foi
definido um cronograma de atividades para revisão do Plano de Manejo. Entre o
período de 23 a 28 de novembro de 2011, foram realizadas reuniões participativas nas
comunidades da FLONA, visando identificar as áreas de uso e moradia das
comunidades, tanto no interior quanto no entorno da UC. As informações sobre as
reuniões estão constantes neste relatório e serão consideradas nas oficinas participativas
para definição de proposta de novo zoneamento da unidade a se considerado na revisão
do Plano de Manejo. Estas reuniões ocorrerão entre final de janeiro e início de fevereiro
de 2012.
2. OBJETIVOS
Definir zona populacional da FLONA Saracá-Taquera a ser acrescentada a
versão do Plano de Manejo.
Debater sobre a revisão do Plano de Manejo da FLONA, com ênfase na questão
sócioeconômica, a partir de Mapa Falado.
Verificar em campo e coletar pontos com GPS das áreas de uso das
comunidades do interior da FLONA.
3. METODOLOGIA
As reuniões foram realizadas por duas equipes, simultaneamente, sendo que
uma equipe estava em uma comunidade e a outra equipe em outra comunidade. Uma
terceira equipe estava em campo, no mesmo período das reuniões, verificando pontos
apontados pela comunidade com necessidade de confirmação.
As reuniões foram conduzidas por um facilitador, contando ainda com apoio de
dois ou três representantes do SFB e do ICMBio. A programação adotada nas reuniões
foi a constante no quadro 1. Para atender aos objetivos propostos as reuniões ocorreram
com aplicação da ferramenta Mapa Falado e Perguntas Orientadoras. O Mapa Falado
visou identificar a área da comunidade, incluindo sua sede, infraestrutura, áreas de uso,
atividades produtivas e limites com a FLONA Saracá-Taquera.
Quadro 1 – Programação das reuniões participativas nas comunidades da FLONA
Saracá-Taquera, sobre revisão do Plano de Manejo da Unidade de Conservação. Horário Atividade Observação
09:15 – 09:30 h
Abertura Breves falas de boas vindas de representante do
ICMBio e da comunidade onde estará sendo
realizada a reunião.
09:30 – 09:35 h Apresentação da agenda do dia Facilitador
09:35 – 12:00 h
Apresentação ICMBio
Esclarecimento da plenária
sobre a FLONA Saracá-Taquera, Plano de
Manejo, zoneamento da FLONA e processo de
revisão do Plano de Manejo
Apresentação Serviço Florestal
Brasileiro
Esclarecimento da plenária
Competências e Concessão Florestal
Trabalho em grupo Dividir grupos por comunidade e confeccionar
mapa falado de ocupação e uso.
12:00 - 13:30 h Intervalo para almoço
13:30 – 17:00 h
Trabalho em grupo Confecção de Mapa Falado de ocupação e uso
Aplicação da ferramenta Matriz
FOFA
Matriz FOFA - definição dos pontos forte,
oportunidades, pontos fracos e ameaças para as
comunidades em relação a FLONA e
Concessões Florestais
Apresentação em plenária dos
resultados dos grupos e
encerramento.
Apresentar neste momento informes das
agendas da revisão do Plano de Manejo,
incluindo OP e OPP.
As reuniões participativas ocorreram em onze comunidades da FLONA,
contando com representantes de 31 comunidades (Quadro 2).
Quadro 2 – Cronograma de reuniões participativas nas comunidades da FLONA Saracá-
Taquera, sobre revisão do Plano de Manejo da UC. DATA ATIVIDADE COMUNIDADES REPRESENTADAS
23/10/2011
Reunião na comunidade do
Castanhal
Ajará, Lero, Castanhal, São Pedro, Casinha e Macedônia
Reunião na comunidade
Boa Nova
Boa Nova, Saracá
24/10/2011 Reunião na comunidade do
Espírito Santo
Espírito Santo, São Francisco
25/10/2011
Reunião na comunidade do
Ajarazal
Ajarazal e Samauma I
Reunião na comunidade do
Carimum
Samaúma II e Carimum
26/10/2011
Reunião na comunidade do
Lago do batata
Acari, Batata I (Boa Esperança), Batata II (Bom Jesus)
Reunião na comunidade do
Moura
Moura
27/10/2011
Reunião na comunidade da
Tapagem
Mãe Cué, Sagrado Coração de Jesus e Tapagem
Reunião na comunidade do
Jamari
Quilombolas do Jamari, Palhal e Curuça-Mirim
Reunião na comunidade de
Redobra
Viravolta, Redobra, Uxi e São Tomé
Reunião na comunidade do
Jamary
Nascimento, Jamary e Serra
4. RESULTADOS
As reuniões participativas sobre revisão do Plano de Manejo da FLONA
Saracá-Taquera contaram com a presença de 450 pessoas, sendo 37 na reunião realizada
na comunidade do Castanhal, 40 na comunidade Boa Nova, 30 na comunidade do
Espírito Santo, 26 na comunidade do Ajarazal, 27 na comunidade do Carimum, 38 na
comunidade do Batata, 13 na comunidade do Moura, 64 na comunidade da Tapagem,
34 na comunidade quilombola do Jamari, 34 na comunidade do Redobra e 107 na
comunidade do Jamary - município de Terra Santa.
Para realização dessas reuniões estiveram presentes 2 técnicos do ICMBio, 07
técnicos do Serviço Florestal Brasileiro, 1 técnica cooperante do GIZ/SFB, 1
representante da empresa ECOSSIS, 1 representante das comunidades ribeirinhas da
ACOMTAGS e 1 representante das comunidades quilombolas.
4.1. ZONA DE USO E OCUPAÇÃO POPULACIONAL DA FLONA DE
SARACÁ-TAQUERA
4.1.1. Área de uso e ocupação populacional das comunidades ribeirinhas da
ACOMTAGS (lago Sapucua, igarapé Maria Pixi e rio Trombetas) e do lago do Batata
De acordo com informações repassadas na reunião e no levantamento de campo
feito por Rodrigo, verificou-se uma área de moradia ocupada pela comunidade Boa
Nova, na área zoneada no Plano de Manejo de 2001 como Zona Primitiva que fica
próxima à Unidade de Manejo Florestal (UMF 2) em Processo de Concessão Florestal,
tendo, inclusive, moradores no interior da Unidade de Manejo já licitada (UMF 2).
Adicionalmente, esta área foi identificada pelas comunidades Ajará, Lero, Boa Nova,
São Pedro, Castanhal, Macedônia, Casinha e Saracá como sendo área de uso
comunitário. Informaram que essas comunidades usam em torno de 3 km a partir do
limite da FLONA para o seu interior.
Adicionalmente, pelas informações repassadas, verifica-se que nas áreas das
comunidades Boa Nova, Castanhal, Lero, Ajará, São Francisco, Samaúma I, Samaúma
II, Carimum, Ajarazal, Acari, Batata I (Boa Esperança) e Batata II (Bom Jesus),
historicamente, há um número considerável de pessoas que vivem dentro da FLONA,
tiram de lá o seu sustento, praticam agricultura familiar, etc. Outras pessoas que moram
no entorno da FLONA nestas comunidades têm dentro da FLONA o seu terreno,
herdado do pai. Vale ressaltar que estas pessoas já nasceram nessas áreas e muitos estão
hoje com idade acima de 50 anos, estando, portanto, no local, antes da criação da
Unidade.
Por outro lado, essas pessoas hoje sofrem as consequencias de um Plano de
Manejo elaborado em 2002, no qual eles, disseram que “em momento algum foram
inclusos nos levantamentos e de repente informados de fora que estariam em local
proibido de moradia”. Assim, durante as reuniões o que mais foi exigido por essas
comunidades e que finalmente se faça justiça em transformar suas áreas, que existiam já
antes da criação da FLONA em zona populacional, a fim de que eles possam voltar a ter
o direito de tirar o sustento de suas famílias de forma legal.
A comunidade Boa Nova sugeriu ainda que fosse definida na revisão do Plano
de Manejo uma zona de amortecimento na FLONA Saracá-Taquera, que abrangesse a
área desta comunidade. A comunidade de São Pedro identificou 9 km a partir do lago
como área de uso comunitário, estando 3 km destes no interior da FLONA. Já os
moradores das comunidades do Lero e Ajará moram no interior da FLONA durante a
cheia, visto que a área da comunidade alaga nesse período.
As comunidades São Francisco e São Tomé identificaram que a área utilizada
pela comunidade no interior da FLONA deveria ser considerada como área de uso
comunitário.
4.1.2. Área de uso e ocupação populacional das comunidades quilombolas da FLONA
Saraca-Taquera
As comunidades do Moura, Tapagem, Sagrado Coração de Jesus e Mãe-Cué,
informaram que as famílias utilizam uma área após a zona populacional que designaram
como área de uso comunitário e que corresponde a mesma área em pretensão pelas
comunidades quilombolas para criação de Território Quilombola. Assim, as
comunidades quilombolas solicitaram que seja acrescentada à revisão do Plano de
Manejo a área de uso comunitário utilizada pelas comunidades, que, segundo alguns
representantes, distam 22 km do limite da FLONA para seu interior.
4.1.3. Área de uso e ocupacao populacional das comunidades do interior e entorno da
FLONA do município de Terra Santa
A comunidade do Jamary, no município de Terra Santa, foi definida por seus
representantes por estarem a mais de cinco gerações no interior da FLONA. As
comunidades da Serra e do Nascimento, apesar da maioria morar na cidade de Terra
Santa, utilizam área da FLONA para extrativismo, caça de subsistência e criação de
gado. A área da comunidade da Serra apresenta 40 lotes no interior da unidade, mas não
foi identificado na reunião se há moradores nesses lotes atualmente, mas sim que a
maioria mora em Terra Santa.
4.2. DADOS SÓCIOECONÔMICOS DAS COMUNIDADES DA FLONA
SARACÁ-TAQUERA
As reuniões ocorreram em 31 comunidades da FLONA Saracá-Taquera. Destas
comunidades, 15 fazem parte da área em que a ACOMTAGS detém o CCDRU, sob
condição resolutiva, junto ao ITERPA, do PEAEX Sapucuá e Trombetas, localizado à
margem direita do rio Trombetas, limitando-se ao norte com a margem direita do rio
Trombetas, ao Sul com o lago Sapucuá e igarapé Maria Pixi, à leste com o rio
Trombetas e à Oeste com o igarapé Maria Pixi e FLONA Saracá-Taquera.
As comunidades deste assentamento estão localizadas ao longo do lago
Sapucuá, no igarapé Maria Pixi e no rio Trombetas, iniciando na comunidade do Acari,
próximo a comunidade do Batata, seguindo o rio Trombetas, entrando no lago Sapucuá
e indo até os limites dos municípios de Oriximiná e Terra Santa. A partir dos limites
destes municípios inicia outro assentamento, no município de Terra Santa, o Projeto de
Assentamento Vira Volta.
Apesar da ACOMTAGS deter o CCDRU do assentamento, há nesta área
grandes latifundiários que o Governo Federal não indenizou e também não desapropriou
as terras antes de criar o assentamento. Assim, o PEAEX consistiu mais em um
programa de regularização da terra do que desapropriação para assentamento.
Das 31 comunidades, constantes neste relatório, fazem parte do assentamento as
seguintes: 1) lago Sapucuá: comunidades Ajará, Lero, Castanhal, São Pedro, Saracá,
Boa Nova e Casinha; 2) Igarapé Maria Pixi: Espírito Santo, São Francisco e São Tomé e
3) rio Trombetas: Samaúma I, Samaúna II, Acari, Carimum e Ajarazal. Por outro lado,
uma parte das famílias das comunidades Boa Nova, Lero, Castanhal, São Francisco,
Samaúna I, Samaúma II, Carimum, Ajarazal e Acari moram no interior da FLONA.
As comunidades do lago do Batata (Batata I - Boa Esperança e Batata II - Bom
Jesus) estão localizadas no interior da FLONA Saracá-Taquera e não fazem parte da
ACOMTAGS. A maioria das famílias dessas comunidades não está associada a
nenhuma organização.
As comunidades quilombolas da área do Alto Trombetas englobam as
comunidades do interior da FLONA (Moura, Tapagem, Mãe Cué, Sagrado Coração de
Jesus, Curuça-Mirim e Palhal), do interior e entorno da REBIO do Rio Trombetas
(Jamari, Juquiri, Juquirizinho e Juquiri Grande) e as comunidades de área quilombola
titulada (Boa Vista, Abui e Paraná do Abui). As comunidades quilombolas que moram
na área da FLONA enfrentam dificuldades no acesso a pesca no rio Trombetas, visto
que o rio Trombetas está totalmente no interior da REBIO do Rio Trombetas, no trecho
da Comunidade Mussurá até a Comunidade Cachoeira Porteira.
Segundo os participantes das reuniões foi informado que todas as 31
comunidades que estavam representadas nas reuniões utilizam a FLONA para coleta de
produtos extrativistas madeireiros e não madeireiros, pesca e caça, visto que moram no
interior e entorno da FLONA, fazendo parte do dia a dia dessas comunidades. Utilizam
a madeira para construção de casas, embarcações, caixões, curral e cerca na área da
comunidade. Os produtos não madeireiros usam principalmente para alimentação,
remédio, artesanato e produção de artefatos que precisam utilizar, como peneira,
paneiro, cipó para amarrar o curral, etc.
De acordo com essas informações repassadas por comunitários presentes nas
reuniões, da área da ACOMTAGS há 645 famílias no entorno e interior da FLONA
Saracá-Taquera, sendo 320 no lago Sapucuá, 124 no igarapé Maria Pixi e 201 no rio
Trombetas. Já, nas comunidades que moram no lago do Batata há 78 famílias e nas
comunidades quilombolas do Alto Trombetas que moram no interior e entorno da
FLONA, há em torno de 256 famílias. Nas comunidades de Terra Santa que moram e
usam a UC há em torno de 183 famílias (Tabelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6; Figura 1).
Da área do lago Sapucuá há 29 famílias que moram dentro da FLONA (Figura
2) e 21 que usam o interior da unidade para agricultura e pecuária. Destas famílias, 25
mudam-se para o interior da UC na época da cheia, visto que a área que moram na
comunidade e fora da UC é várzea. Assim, todas as 20 famílias da comunidade do Lero
e 05 famílias da comunidade Castanhal que trabalham com criação de gado moram na
época da cheia dentro da FLONA e na época da seca fora da unidade.
As comunidades Lero, Castanhal e Casinha usam o interior da FLONA para
plantio de culturas agrícolas, coleta de produtos extrativistas (madeireiro e não
madeireiro), criação de pequenos animais e pecuária. Por outro lado, as comunidade do
Ajará e São Pedro utilizam a unidade para retirada de produtos extrativistas madeireiros
e não madeireiros. Entre a FLONA e a comunidade de São Pedro há uma fazenda de
criação de gado do Sr. Toninho que dificulta o acesso à UC por parte dos comunitários.
Na comunidade da Casinha há uma família com uma área de pastagem dentro da
FLONA com aproximadamente 3000 cabeças de gado, enquanto que a produção da
comunidade é, em média, de 70. Há ainda de 7 a 10 casas próximo ao limite da unidade
com áreas de roçado e criação de gado.
Em relação às comunidades do lago Maria Pixi (Tabela 2) há 7 famílias da
comunidade São Francisco que moram dentro da FLONA (Figura 2) somente durante o
trabalho com roça e extrativismo. Usam a área da unidade para agricultura, extrativismo
(madeira e não madeireiros), pesca e caça e o entorno para agricultura, pesca, criação de
gado e extrativismo.
As comunidades ribeirinhas que moram ao longo do rio Trombetas, dentro da
FLONA, desenvolvem dentro da unidade criação de pequenos animais (Samaúma I,
Carimum, Samaúma II e Acari) e pecuária (Samaúma I e II). O último morador da
comunidade Carimum (Sr. Dejalma) está distante 500 metros da Unidade de Manejo
Florestal (UMF 2) em processo de Concessão Florestal. Já, a comunidade Samaúma II
está a uma distância de 6 km da UMF 2. As famílias desta comunidade utilizam a
madeira dos roçados para fazer carvão e vender, gerando ajuda importante na renda
familiar.
Nas comunidades do lago do Batata, 78 famílias moram dentro da FLONA e
usam a unidade para agricultura, extrativismo madeireiro e não madeireiro, pesca, caça
e criação de pequenos animais. A comunidade Batata II - Bom Jesus trabalha ainda com
criação de gado dentro da FLONA. Após os terrenos localizados ao redor do lago
Araça, as famílias desta comunidade utilizam em torno de 8 km para coleta de madeira,
produtos não-madeireiros e caça, inclusive dentro da UMF 2 em processo de Concessão
Florestal.
Das comunidades quilombolas há 237 famílias morando no interior da FLONA
(Figura 2). As famílias da comunidade Jamari moram na REBIO do Rio Trombetas e
usam a FLONA para desenvolver suas atividades produtivas. Porém, nas reuniões, não
foi informado se há e qual o número de famílias desta comunidade que usam a unidade.
As comunidades quilombolas do Moura, Tapagem, Sagrado Coração de Jesus e Mãe
Cué estão localizadas na frente do rio Trombetas. Esta parte do rio já faz parte da
REBIO do rio Trombetas, o que gera grande dificuldade das comunidades no uso dos
recursos para subsistência, já que na reserva biológica não é permitido.
As comunidades quilombolas do Moura, Tapagem, Sagrado Coração de Jesus,
Mãe Cué, Curuça-Mirim, Jamari e Palhal, possuem acordo com ICMBio para coleta de
castanha do Brasil na REBIO do Rio Trombetas. Estas comunidades são as únicas
comunidades da FLONA que estão no Plano de Manejo atual como zona populacional.
Há poucas famílias que trabalham com criação de gado nessas comunidades, sendo 1
família na comunidade Mãe Cué, 1 na comunidade Sagrado Coração de Jesus, 2 na
comunidade Tapagem e 1 na comunidade Moura.
As comunidades do município de Terra Santa possuem 53 famílias morando
dentro da FLONA (Figura 2), sendo a maior parte da comunidade do Jamary (27
famílias). Desta comunidade, segundo alguns comunitários, há pessoas que estão há
mais ou menos 5 gerações na área da comunidade que está dentro da unidade. Usam a
área da FLONA para agricultura, extração de produtos florestais madeireiros e não
madeireiros, criação de pequenos animais, caça e pesca.
As famílias das comunidades de Redobra e Vira Volta usam o interior da UC
para criação de boi, cavalo, galinha e pato, além de agricultura, coleta de produtos
extrativistas madeireiros e não madeireiros, pesca e caça de subsistência.
Em relação à comunidade do Uxi, pelas informações apresentadas na reunião,
indica-se que a mesma não utiliza o interior da FLONA e está localizada totalmente fora
da UC. Da mesma forma, não foi informado se há famílias da comunidade São Tomé
morando na FLONA, mas foi dito que as mesmas usam a unidade para coleta de
madeira, produtos não madeireiros e caça.
As comunidades do Nascimento e Serra, pelas informações repassadas, não
possuem muitas famílias morando na FLONA. Da comunidade Nascimento há 9 casas
na FLONA, pertencentes ao Pofiro, João, Sabino, Nazaré, Matias, Ronan, Pereguete,
Dilce e Titica, e não foi possível saber se estes estão morando nestas casas ou fora da
unidade. A maior parte da produção desta comunidade é proveniente da mandioca e
criação de gado. Em relação à comunidade da Serra, há 40 lotes na FLONA, sendo que
a maioria das famílias não está morando, mas sim fora da UC, principalmente em Terra
Santa. Usam a FLONA para roçado e criação de gado. A última moradora da
comunidade e que mora dentro é a Dona Dilza, que fica após o portão da MRN,
próximo ao Platô Jamary.
Tabela 1 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas no lago Sapucuá, FLONA Saracá-Taquera, PEAEX Sapucuá-Trombetas
Comunidade
N.
famílias
total
N. famílias
que moram
na FLONA
N. famílias que usa a
FLONA p/ agricultura e
pecuária, mas não mora
Atividades Produtivas na
FLONA
Atividades Produtivas
no entorno da FLONA Relação com a FLONA Organização social
Boa Nova 46 3 4
Agricultura, extrativismo,
madeira, pesca, caça,
pequenos animais
Agricultura,
extrativismo, pesca
A comunidade utiliza o entorno e interior da
FLONA para moradia e desenvolvimento de
atividades produtivas
ACOMTAGS
Saracá 30 1 16
Agricultura, extrativismo,
madeira, pesca, caça,
pequenos animais
Agricultura,
extrativismo, madeira,
pesca
16 famílias trabalham agricultura e 5 destas
criação de pequenos animais na FLONA. ACOMTAGS
Ajará 55 0 0 Extrativismo e madeira Extrativismo, pecuária
O limite da FLONA fica distante da
comunidade e próximo a este há mata e
pastagem. Há um ramal que dá acesso a UC.
Alguns fazem
parte da
ACOMTAGS
Lero 20 20 - durante o período de cheia apenas Agricultura, extrativismo,
madeira, pecuária
Extrativismo, pesca,
agricultura, pecuária,
e pequenos animais
Durante a cheia as famílias mudam-se para a
FLONA, pois a área da comunidade fica
alagada neste período.
ACOMTAGS,
ACPLASA e
STTR
Castanhal 62 a 70 5 - época da cheia apenas
Extrativismo, pesca,
madeira; Pecuária - na
época da cheia
Pecuária; extrativismo
- miri, madeira
O centro da comunidade está distante da
FLONA 6 km. Utilizam 3 km desta. Há um
ramal de acesso da comunidade até a FLONA.
ACPLASA,
COPERPLASA
São Pedro 19 0 0 Extrativismo, madeira Pecuária, madeira,
pesca
A área da comunidade está distante 6 km do
limite da FLONA. Há a fazenda do Toninho
entre a área da comunidade e a UC,
dificultando o acesso dos comunitários à área.
ARCMASA
Casinha 80 0 1 (3000 cabeças de
gado)
Agricultura, extrativismo,
madeira, pesca, gado
Agricultura,
extrativismo,
pecuária, pesca
A comunidade utiliza em torno de 5 km do
interior da FLONA. Há 1 área de roçado e de 7
a 10 casas próximas ao limite da FLONA.
Alguns fazem
parte da
ACOMTAGS
Tabela 2 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas no PEAEX Sapucuá-Trombetas – Maria Pixi, Oriximiná e Terra Santa - PA
Comunidade
N.
famílias
total
N. famílias
que moram
na FLONA
N. famílias usa a
FLONA p/ agricultura
e pecuária e não mora
Atividades Produtivas
na FLONA
Atividades Produtivas no
entorno da FLONA Relação com a FLONA
Organização
social
Espírito
Santo 35 0 0 Não usam a FLONA
Agricultura, extrativismo,
pesca
A comunidade está distante dos limites da
FLONA, logo, não utilizam a Unidade. ACOMTAGS
São
Francisco 72 7 0
Agricultura,
extrativismo,
madeira, caça
Agricultura, extrativismo,
pesca
Durante o período que estão trabalhando moram
dentro da FLONA. O Sr. Francisco possui um
sítio de trabalho próximo ao limite da FLONA.
Coordenador da
comunidade
São Tomé 17 0 não informado Extrativismo,
madeira, caça,
Agricultura (maniva,
mandioca), gado, pesca
Não foi informado na reunião se há famílias com
atividades agrícolas ou morando na FLONA.
Tabela 3 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas no lago do Batata, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná-PA.
Comunidade
N.
famílias
total
N. famílias
que moram
na FLONA
N. famílias que usa a
FLONA p/ agricultura
e pecuária e não mora
Atividades Produtivas
na FLONA
Atividades Produtivas no
entorno da FLONA Relação com a FLONA
Organização
social
Batata I -
Boa
Esperança
31 31 0
Agricultura,
extrativismo,
madeira, pesca, caça
Extrativismo, pesca Além da comunidade inteira morar e praticar
agricultura familiar na FLONA, as famílias
também dependem da mesma para o extrativismo
desde madeira, da qual produzem desde o berço
para as crianças até os caixões, muitas espécies
frutíferas para alimentação e plantas para fins
medicinais. Sua dependência da FLONA é
extrema, uma vez que sua vida toda ocorre lá.
Poucos fazem
parte da
ACOMTAGS
(poucos). Os
demais criaram
uma
Associação dos
“individuais”
que tem
problemas e é
desacreditada
pelos seus
membros.
Batata II -
Bom Jesus 47 47 0
Agricultura, pesca,
caça, madeira,
pequenos animais,
gado, extrativismo,
A comunidade inteira mora e pratica agricultura
familiar na FLONA e dependem da mesma para o
extrativismo, frutíferas para alimentação e plantas
para fins medicinais. Usam 8 km após os terrenos
do lago Araça, inclusive dentro da UMF 2 em
Concessão Florestal, para retirada de madeira,
PFNM e caça. Sua dependência da FLONA é
extrema, uma vez que sua vida toda ocorre lá.
Tabela 4 – Dados socioeconômicos das comunidades localizadas no rio Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná – PA, PEAEX Sapucuá-
Trombetas.
Comunidade
N.
famílias
total
N. famílias
que moram
na FLONA
N. famílias usa a
FLONA p/
agricultura e
pecuária e não mora
Atividades Produtivas
na FLONA
Atividades Produtivas no
entorno da FLONA Relação com a FLONA
Organização
social
Samaúma I 40 21 0
Agricultura, pecuária e
pequenos animais,
madeira, caça, pesca
Agricultura, pecuária e
criação de pequenos
animais, pesca
3 famílias tem parte do terreno dentro e no
entorno da FLONA e 18 famílias dentro da UC
ACOMTAGS -
um morador
Carimum 55 15 0
Agricultura, criação de
pequenos animais,
extrativismo, madeira,
caça
Agricultura, criação de
pequenos animais, pecuária
(boi e cavalo), pesca
O último morador da comunidade (Sr.
Dejalma) está a 500 metros da UMF 2 em
processo de Concessão Florestal. Uma parte da
área da comunidade está no entorno e outra
dentro da FLONA.
não informado
Ajarazal 38 13 0
Agricultura,
extrativismo, madeira,
caça, criação de gado e
pequenos animais
Agricultura, pesca,
extrativismo, gado e
pequenos animais
Todas as famílias da comunidade buscam parte
de sua subsistência do extrativismo (frutíferas
para alimentação, plantas medicinais - não tem
acesso a médicos, madeira que usam desde
construção de berço, casas para moradia até
caixão quando as pessoas morrem na própria
comunidade - a Prefeitura Municipal de
Oriximiná só providencia caixão para pessoas
que falecem na cidade.
ACOMTAGS
(1 morador). Os
demais fizeram
parte da
associação dos
“individuais”
que passa por
descrédito dos
membros
Samaúma II 36 19 0
Agricultura, pequenos
animais, pecuária,
extrativismo, madeira,
pesca, caça
Agricultura, criação de
pequenos animais, pecuária
(boi, cavalo, boi de carroça
e porco), madeira, pesca
A área da comunidade está a 6 km da UMF 2
em Concessão Florestal. Da madeira retirada
das áreas de roçado produzem carvão para
venda e importante reforço na renda familiar.
Associação de
Moradores do
Samúma II
Acarí 32 15 8
Agricultura, pesca,
caça, madeira,
pequenos animais,
extrativismo
Agricultura, extrativismo,
madeira (carvão), pesca,
caça
Além das famílias que moram ou trabalham
dentro da FLONA há 9 famílias que moram e
trabalham a agricultura no entorno. Todas as
32 famílias tem uma dependência extrema da
UC, desde extração de madeira, frutíferas para
alimentação a plantas medicinais - as famílias
são totalmente desprovidas de assistência
médica que só encontram em Oriximá.
A maioria é
individual, não
fazem parte de
nenhuma
associação.
Tabela 5 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas na zona populacional da Floresta Nacional Saracá-Taquera e Reserva Biológica
do Rio Trombetas (Jamari), área quilombola do Alto Trombetas, município de Oriximiná-Pará
Comunidade N. famílias
total
N. famílias
que moram
na FLONA
Atividades Produtivas na
FLONA
Atividades
Produtivas no
entorno da FLONA
Relação com a FLONA Organização social
Moura 125 105
Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça,
criação de pequenos animais, pecuária
A comunidade está na zona populacional da FLONA e utiliza
como área que designaram "área de uso comunitário" a área que
está em pretensão de criação de Território Quilombola
ARQMO, COPER
Moura
Tapagem 46 46
Agricultura, extrativismo,
criação de pequenos animais,
pesca, caça, gado (2 famílias)
Extrativismo,
agricultura, pesca,
caça
Uma parte da comunidade está dentro da FLONA e a outra no
Território Quilombola. A partir do rio a frente da comunidade é
área da Reserva Biológica do Rio Trombetas.
Associação Mãe
Domingas, STTR,
ARQMO, CEQMO
Mãe Cué 33 33
Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça,
criação de pequenos animais, pecuária (1)
Usam mais a área próxima ao lago Grande - VÁRZEA, mas na
cheia saem desta área. Utilizam após a zona populacional para
coleta de produtos florestais que designaram "área de uso
comunitário", correspondente a mesma área pretendida para
criação de Território Quilombola
Associação Mãe
Domingas,
ARQMO
Sagrado
Coração de
Jesus
24 24
Agricultura, extrativismo,
madeira, pesca, caça, criação
de gado (1 pessoa)
Extrativismo Há um criador de gado próximo ao igarapé da Água Fria. Toda a
comunidade mora no interior da FLONA.
Associação Mãe
Domingas
Curuça-
Mirim 18 19
Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça
Além das 18 famílias há 1 individual que possui 30 ha de campo
dentro da FLONA. Utilizam área da REBIO para coleta de
castanha do Brasil e palha do ubim. Coletam copaíba no platô
Monte Branco em concessão mineral pela MRN. Foi criada
recentemente uma
associação das
comunidades
quilombolas desta
região e muitos
aderiram
Jamari não
informado 0
Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça
As famílias dessa comunidade moram na REBIO do Rio
Trombetas e trabalham na FLONA com agricultura familiar, ao
longo do lago Matapí. Utilizam área da REBIO para coleta de
castanha do Brasil e palha do ubim. Coletam copaíba no platô
Monte Branco em concessão mineral pela MRN.
Palhal 10 10 Agricultura, extrativismo, madeira, pesca, caça
Utilizam área da REBIO do Rio Trombetas para coleta de
castanha do Brasil e palha do ubim. Coletam copaíba no platô
Monte Branco em concessão mineral pela MRN
Tabela 6 - Dados socioeconômicos das comunidades localizadas na parte Sul da FLONA Saracá-Taquera, município de Terra Santa-Pará
Comunidade N. famílias
total
N. famílias que
moram na
FLONA
N. famílias usa a
FLONA p/ agricultura
e pecuária e não mora
Atividades Produtivas na
FLONA
Atividades Produtivas
no entorno da FLONA Relação com a FLONA Organização social
Redobra 28 3 não informado
Agricultura, pecuária,
extrativismo, madeira,
pesca, caça, criação de
pequenos animais
Agricultura, madeira,
pesca, caça
Usam área da FLONA para pecuária (boi,
cavalo) e criação de pequenos animais (galinha,
pato), além de produtos florestais e moradia
Grupo de mulheres
produtoras de mel
Viravolta 13 13 não informado
Agricultura, pecuária,
extrativismo, madeira,
pesca, caça, criação de
pequenos animais
Agricultura, madeira,
pesca, caça
Usam área da FLONA para pecuária (boi,
cavalo) e criação de pequenos animais (galinha,
pato), além de produtos florestais e moradia
Grupo de mulheres
produtoras de mel
Uxi 15 0 0 Não usam a área
Agricultura, pequenos
animais, extrativismo,
madeira, caça
Tudo indica que a comunidade não utiliza área
da FLONA Não informado
Jamary 36 27 não informado
Agricultura, criação de
pequenos animais,
extrativismo, caça, pesca
Agricultura, criação de
pequenos animais,
pecuária, pesca, caça
Foi informado pelos comunitários que há
pessoas a mais de 5 gerações dentro da FLONA
na área da comunidade. Uma parte da
comunidade está no interior e a outra no
entorno da FLONA.
ACOTJA
(Associação
Comunitária dos
Trabalhadores
Rurais do Jamary)
Nascimento 42 9 não informado Agricultura
Agricultura, criação de
pequenos animais,
pecuária, pesca, caça
Não foi informado se as 9 casas dentro da
FLONA estão sendo utilizadas como moradia
ou se os moradores moram fora da FLONA. A
maior parte da produção da comunidade é
proveniente da mandioca e criação de gado.
Não há
Serra 49 não informado não informado
Agricultura, pecuária,
extrativismo, madeira,
pesca, caça
Agricultura, criação de
pequenos animais,
pecuária, pesca, caça
Há 40 lotes dentro da FLONA sem morador. A
maioria mora em Terra Santa e usa a UC para
roça e criação de gado. A última casa está após
o portão da MRN e pertence a Dona Dilza.
Associação dos
Moradores da Serra
Figura 1 – Número total de famílias por comunidade, segundo dados repassados por
moradores nas reuniões participativas sobre revisão do Plano de Manejo da FLONA
Saracá-Taquera, ocorridas de 23 a 28 de novembro de 2011 nas comunidades da
FLONA.
320
124
201
78
256
183
ACOMTAGS - lago Sapucua
ACOMTAGS - Maria Pixi
ACOMTAGS - rio Trombetas
lago do Batata
Comunidades quilombolas
Comunidades de Terra Santa
Figura 2 – Número total de famílias que moram no interior da FLONA, por
comunidade, segundo dados repassados por moradores nas reuniões participativas sobre
revisão do Plano de Manejo da FLONA Saracá-Taquera, ocorridas de 23 a 28 de
novembro de 2011 nas comunidades da FLONA.
297
83
78
237
52
ACOMTAGS - lago Sapucua
ACOMTAGS - Maria Pixi
ACOMTAGS - rio Trombetas
lago do Batata
Comunidades quilombolas
Comunidades de Terra Santa
4.3. MATRIZ FOFA - PONTOS FORTES, OPORTUNIDADES, PONTOS
FRACOS E AMEAÇAS REFERENTES A FLONA NA VISÃO DAS
COMUNIDADES DA FLONA SARACÁ-TAQUERA
Foi utilizada a ferramenta FOFA para avaliação dos pontos fortes, das
oportunidades, dos pontos fracos e das ameaças acerca da existência da FLONA Saracá-
Taquera, assim como do processo de concessão florestal para as comunidades do
interior e do entorno da UC. Dessa forma, percebeu-se a influência que a unidade exerce
sobre essas comunidades e suas expectativas, considerando a revisão do Plano de
Manejo. Estas informações detalhadas sobre a avaliação das comunidades podem ser
acessadas no Anexo 3.
4.3.1 Pontos Fortes apontados pelas comunidades da FLONA Saracá-Taquera referente
a criação da FLONA e ao processo de Concessão Florestal.
De maneira geral as comunidades avaliaram o estabelecimento da FLONA
como positiva, indicando a redução do desmatamento, o ensino acerca de questões
ecológicas e conservacionistas e o aumento da quantidade e diversidade de animais
silvestres. Da mesma forma, as pessoas que moram dentro e no entorno da FLONA se
sentem mais protegidas, especialmente com relação aos invasores de terra, uma vez que
as ações de fiscalização com a aplicação de multas e a realização de reuniões fizeram
com que fazendeiros e “grileiros” perdessem o interesse pelas terras da UC
Outro ponto que merece destaque é a criação do Conselho Consultivo, trazendo
parceria com diversas entidades, fortalecendo as atividades coletivas como os roçados
na forma de mutirão, entre outros. Além disso, houve a legalização de atividades
produtivas no interior da FLONA (extrativismo, agricultura de subsistência, etc.), o que
contribuiu para melhor diálogo entre as comunidades e os gestores da UC.
As comunidades já reconhecidas no Plano de Manejo da UC relataram maiores
benefícios diretos da relação com a FLONA e com a Mineração Rio do Norte. Para
estas comunidades o acesso as políticas públicas melhorou, uma vez que são
considerados como zona populacional.
4.3.2 Oportunidades apontadas pelas comunidades que podem ser geradas pela FLONA
Saracá-Taquera e pelo processo de Concessão Florestal.
A avaliação consideravelmente favorável acerca da existência da FLONA e do
processo de concessão florestal gerou expectativas positivas, uma vez que vislumbram
oportunidades de melhoria de vida para as comunidades do interior e do entorno da
FLONA.
Estas expectativas estão ligadas ao uso dos recursos naturais de forma ordenada
e sustentável, como o Manejo Florestal Comunitário, envolvendo desde o trabalho com
a madeira, aproveitamento de resíduos do manejo florestal sustentável e dos roçados, ao
artesanato com os diversos produtos não madeireiros (sementes, cipós, cascas, etc.),
além da reativação de projetos como os voltados à Castanha do Brasil.
Da mesma forma, pleiteiam a realização do manejo da fauna com a criação de
animais silvestres, incluindo a implantação de piscicultura.
O processamento local dos produtos primários foi consideravelmente citado
pelos comunitários, como o apoio aos marceneiros das comunidades com a instalação
de marcenaria, de um estaleiro para a recuperação e construção de embarcações, além
de beneficiamento local do tucumã nas comunidades de Viravolta e Redobra.
A grande riqueza relacionada a diversidade natural e cultural da região suscitou
dos comunitários o apoio ao desenvolvimento de atividades turísticas.
Para o desenvolvimento dessas atividades, as comunidades, de forma geral,
demandaram capacitações nas diversas áreas, tais como marcenaria, construção naval,
identificação botânica, técnico florestal, uso da flora e fauna, legislação ambiental, lixo,
saúde, regras gerais de uso da FLONA, entre outros.
Nesse sentido, o processo de Concessão Florestal se torna uma oportunidade
para o emprego da mão de obra local nas atividades florestais, o que gera a necessidade
de: 1) estabelecer uma relação equilibrada que traga capacitação para as diversas
atividades; 2) parceria para acesso aos produtos de utilização das comunidades,
principalmente itaúba e os Produtos Florestais Não Madeireiros constantes no edital e
contrato de Concessão Florestal) e 3) promover o replantio da floresta com itaúba.
Uma das formas identificadas, pelos comunitários, para facilitar o acesso ao uso
dos recursos é o Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) que pode ser
concedido pelo ICMBio para as comunidades do interior da FLONA.
Além das atividades ligadas ao uso dos produtos naturais, há as oportunidades
identificadas para agricultura. Os comunitários relatam que a melhoria nas práticas
agrícolas com diversidade das atividades, evita que os comunitários tenham que ir para
cidade “passar fome” ou avançar sobre novas áreas. Diante disso, demandam
capacitações em horticultura, criação de galinha, agricultura em geral, criação de
abelhas, confecção de móveis, corte e costura, entre outras.
Outra atividade recorrente, tanto no interior da UC como nas zonas de entorno,
é a criação de gado como subsistência/poupança. O Gado para esta população é
considerado como poupança, uma vez que eles visam a venda do mesmo no caso de
alguma doença na família, etc. Nesse sentido, pleiteiam a regularização da criação.
As expectativas com relação às atividades produtivas são complementadas com
o desejo de comercialização dos produtos de forma equilibrada e justa através de uma
COOPERATIVA.
Para a viabilidade das demandas os comunitários vêem nas parcerias com o
ICMBio e SFB, entre outros, o apoio necessário à viabilização desses projetos junto as
suas associações.
Outra questão importante, diz respeito aos recursos hídricos da FLONA. As
águas da FLONA são classificadas como tipo 2, permitindo que uma determinada carga
de sólidos em suspensão esteja presente na água. Essa percentagem torna a água dos
rios e igarapés impróprias para o consumo comunitário e, segundo os mesmos,
prejudica os peixes e outros animais. Diante desse caso e das reclamações das
comunidades, houve um esclarecimento por parte da chefia da FLONA que há uma
maneira de garantir a manutenção da qualidade da água, mudando sua categoria para
“tipo especial”. Então, as comunidades foram unânimes em pleitear na revisão do Plano
de Manejo da UC a mudança na classificação da água para “tipo especial”.
Entre as principais questões levantadas pelas comunidades, há a relação com o
ICMBio e IBAMA e o reconhecimento das comunidades para favorecer o acesso às
Políticas Públicas e aos benefícios proporcionados pela FLONA.
Nesse sentido, os comunitários vêem com urgência a ampliação da Zona
Populacional, assim como a Zona de Amortecimento como forma de
inclusão/reconhecimento das comunidades do interior e do entorno da FLONA na
Revisão do Plano de Manejo.
Assim, as comunidades entendem que poderão estreitar a comunicação com o
ICMBio para fiscalização entendendo os procedimentos adotados pelo Instituto e da
mesma forma atuando em conjunto na proteção da unidade. Dessa forma, os servidores
do Instituto (orientados e capacitados) também poderão vir a conhecer e cumprir os
acordos estabelecidos, evitando ações sem orientação ou por conta própria.
Essas atividades poderão ser contempladas/favorecidas com a criação de fundo
específico para as comunidades atingidas diretamente pelas atividades das concessões
para investir em educação, fiscalização e infra estrutura.
Com o reconhecimento e as futuras parcerias, as comunidades esperam ser
contempladas com serviços essenciais como, acesso a energia elétrica, acesso a
abastecimento de água potável (microssistemas potáveis). Além disso, aproveitar os
benefícios da concessão para complementação desses serviços como saúde, educação,
lazer, emprego e renda e projetos comunitários.
A reativação e formalização de acordos de pesca foram citados como atividades
que as comunidades da FLONA anseiam para melhoria da questão da pesca nas áreas da
comunidade e buscando conter a pesca predatória por pessoas de fora da comunidade.
4.3.3 Pontos fracos apontadas pelas comunidades em relação a FLONA Saracá-Taquera.
Considerando que os decretos de criação de Unidades de Conservação são
feitos sem conhecimento e participação das comunidades, os moradores da FLONA
Saracá-Taquera apontam como um ponto fraco o referido decreto,que não teve esse
contato anterior com as populações que já moravam na área antes de sua criação.
Os moradores do interior e entorno da FLONA questionaram que o Limite de
criação da FLONA diminuiu a área das comunidades, vindo, com isso, a proibição para
tirar madeira, caçar, tirar frutas, cipó, breu e outros produtos da unidade, bem como
abertura de estradas para acesso aos locais de trabalho das famílias dentro da UC que
tem roçados distantes ou para escoar produção. Isso, de acordo com os comunitários,
restringiu a renda por conta da criação da FLONA por não poderem mais realizar suas
atividades dentro da UC, inclusive agricultura e criação de gado que são as principais
atividades de composição da renda familiar. Acrescentaram ainda que áreas
historicamente utilizadas para agricultura e extrativismo ficaram proibidas, sendo
consideradas hoje ilegais.
Um ponto fraco predominante nas reuniões foi a falta de informação pelo
governo sobre o que pode e não pode ser feito na FLONA, como muitos disseram que
“o governo não educou/esclareceu antes de multar e foram aplicadas muitas multas aos
comunitários e ainda vieram dizer que não pode mais fazer roçado”.
Com a divisão do IBAMA a área de atuação governamental se limitou ao
interior da FLONA, prejudicando a fiscalização no entorno da mesma, especialmente
nas áreas que não foram reconhecidas na elaboração do Plano de Manejo em 2001.
Nesse contexto há ainda apreensões de peixes e outros recursos em épocas eleitorais que
não podem ser doados (acabam estragando, quando poderiam saciar a fome de muita
gente).
Segundo os comunitários há falta de maior integração entre IBAMA/ICMBio
para ficar claro qual a responsabilidade de cada um, alem de ter burocratizado processos
de licenciamento, já que diversas Instituições são envolvidas no processo.
Em relação à fiscalização citaram a falta de investimento para esta atividade, como
exemplo o projeto Pé de Pincha e pesca por pessoas de fora de comunidade. Isso
demonstra que os comunitários não tem clareza das responsabilidades e área de atuação
do ICMBio. Os Analistas Ambientais do ICMBio, gestores da FLONA, esclareceram
que o projeto Pé de Pincha é do IBAMA Amazonas e o ICMBio não está envolvido no
mesmo, uma vez que este acontece em áreas que não estão no controle do Instituto, bem
como áreas distantes a mais de 3 km do limite da UC.
Quanto a alternativas de geração de renda para as comunidades da FLONA foi
citado que a falta de projetos alternativos (econômico e social) e de assistência técnica
para as comunidades do interior e entorno da FLONA dificulta o dia a dia das famílias,
existindo, principalmente, muita conversa e pouco resultado.
Um ponto critico levantado nas reuniões foi o fato dos moradores não
constarem na Zona Populacional, dificultando que os mesmos acessem apoio de
políticas públicas, crédito para construção de casa e apoio para produção.
Apesar de estar relacionado a área da REBIO do rio Trombetas, um ponto fraco
apontado, principalmente nas reuniões com as comunidades quilombolas, foi o fato de
ocorrerem impedimentos para os moradores da área passarem no rio a partir das 18:00 h
até as 07:00 h, no período de agosto a dezembro, bem como impedimentos de andar nas
praias.
Em relação a empresas como MRN e concessionárias para realização de manejo
florestal, disseram ser uma grande problemática a falta de mão de obra técnica e
capacitada por parte das comunidades, servindo estes somente como mão de obra braçal
nas atividades com essas empresas.
Uma das questões apontadas refere-se ao não cumprimento de promessas e
acordos estabelecidos junto à Mineradora. Segundo os comunitários, a empresa não tem
estado presente em debates para a construção de propostas para a comunidade.
Os moradores avaliam alguns prejuízos relacionados a atividade de mineração,
que segundo os mesmos “espanta a onça do interior da FLONA e ela vem comer o
gado”. Mas isso não é consenso. Quando alguns participantes citaram este ponto fraco,
outros não concordaram, dizendo que as onças já comiam o gado antes da mineradora
vir para região.
Ocorreram relatos durante a reunião da entrada de empresas em áreas
comunitárias, sem a autorização dos moradores locais, para a realização de
levantamentos topográficos. O assédio por empresas madeireiras também foi
mencionado.
Preocupações sobre a qualidade da água afloraram quanto a esse aspecto. O
despejo de rejeitos da mineração poluem o Lago do Batata e também colocam em risco
os igarapés, como o Saracá. Outra causa de poluição ressaltada foi atribuída à Vila
Paraíso, especialmente o lixo e esgoto sanitário. Os participantes deixaram claro a
necessidade de palestras sobre conscientização para conservação dos rios e igarapés.
A passagem de navios foi apontada como causadora da morte de peixes-boi.
Nesse sentido, foi alertado para os comunitários pelo facilitador que teria que ser feito
um estudo para provar se de fato apenas os navios são os responsáveis pelos peixes-boi
que aparecem mortos, por terem sido feridos com grandes cortes, ou se isso também
pode ocorrer por causa de barcos menores.
Finalmente, foi ressaltado que a sinalização das boias de atracação de navios é
inadequada, o que vem causado acidentes com lanchas comunitárias e em alguns caso
resultando em morte.
4.3.4 Ameaças apontadas pelas comunidades em relação Flona Saracá-Taquera e o
processo de Concessão Florestal
Em relação a futuros prejuízos decorrentes da relação direta e indireta com a
FLONA foi citado o fato de empresas, tanto a MRN quanto as empresas que irão
realizar manejo florestal ou outras que virem a fazer acordos com a comunidade, não
cumprirem o acordado.
Especificamente sobre a concessão florestal mostraram uma ameaça se as
empresas descumprirem as regras do manejo, como abertura de estradas na área de
manejo de forma inadequada, chegando a poluir nascentes e igarapés; utilização dos rios
para transporte de madeira de forma inadequada, etc. Alem disso, a não ocorrência de
fiscalização adequada na área de manejo em concessão florestal pode ser uma ameaça
as comunidades e a FLONA.
Consideraram ainda uma ameaça para as comunidades do interior e entorno da
FLONA não serem beneficiadas pela empresa no processo de concessão florestal.
Já em relação à atividade de extração mineral citaram que, caso venha a ocorrer
acidentes nas áreas de mineração, como rompimento de barragens de rejeitos da
mineração, estes serão depositados nos lagos e igarapés, poluindo os mananciais,
resultando em diminuição dos peixes e aumento dos problemas de saúde para as
famílias que dependem desse recurso.
Esta ameaça é potencializada pelo fato das águas da FLONA serem atualmente
classificadas como tipo 2. Caso não seja alterada essa classificação para tipo especial na
revisão do Plano de Manejo da Unidade, as comunidades continuarão inseguras com o
fato de a qualquer momento terem suas águas impróprias para o uso.
O estabelecimento da área de uso para as comunidades é uma preocupação
recorrente, inclusive acerca da possibilidade da expansão das áreas de mineração ou
concessão sobre áreas já ocupadas pelas comunidades nas atividades de subsistência.
Nesse sentido, caso as comunidades da FLONA não sejam consideradas na
revisão do Plano de Manejo atual, consideram uma grave ameaça no que diz respeito
aos direitos de acessarem os recursos da FLONA de forma legal, prejudicando suas
atividades produtivas e de subsistência como agricultura, caça, pesca, extrativismo,
entre outras. O que resulta na falta de segurança da terra e do trabalho.
A preocupação com o risco de exaurir o recurso madeireiro na área em
concessão florestal ficou clara. Existe o temor de que haja o aumento da área da
concessão e avanço da atividade para a região de pretensão da criação do território
Quilombola. Novamente a poluição de rios e igarapés por resíduos de desabamentos da
mineração voltou a ser mencionada, bem como a preocupação com a diminuição dos
animais na área de retirada de madeira (manejo e mineração).
Os comunitários ressaltaram problemas ambientais decorrentes de atividades
econômicas, como a diminuição dos peixes nos lagos decorrente de a construção de
hidroelétricas; a exploração ilegal de madeira; poluição do ar; poluição do rio;
desmatamento desordenado e queimadas.
Uma preocupação comum é o não cumprimento do contrato por parte da
empresa (mineração, concessão florestal e outra empresa que vier) e, ao mesmo tempo,
verem-se prejudicados por danos como a diminuição da caça por causa da mineração.
Assim, pedem mais informações sobre a área de manejo, se haverá prejuízos, risco de
acidente e quais as punições legais em caso de descumprimentos.
Atualmente, as comunidades possuem uma boa relação com a equipe gestora da
FLONA. Nesse sentido, consideraram uma grande ameaça a possível substituição do
atual chefe por outro que não compreende a situação das comunidades, tendo em vista
as experiências anteriores.
4.4. ENCAMINHAMENTOS, PROPOSTAS E DELIBERAÇÕES DAS
REUNIÕES
Na reunião ocorrida na comunidade de Castanhal foi solicitado que a empresa
ECOSSIS não mantenha o mesmo erro cometido em anos atrás, quando da elaboração
do Plano de Manejo publicado em 2001, em que não foi considerado as comunidades do
lago Sapucuá no plano de Manejo da FLONA. Assim, solicitaram que nessa revisão seja
considerada a necessidade de criar uma zona populacional, uma zona de amortecimento
e uma zona de uso comunitário para manejo florestal sustentável;
Foi solicitado que seja enviado à SEMMA de Oriximiná o mapa do zoneamento
da FLONA que foi utilizado durante a reunião na comunidade de Castanhal;
As famílias da comunidade do Castanhal solicitaram apoio para
desenvolvimento de atividades produtivas de forma coletiva;
Na reunião realizada na comunidade de Castanhal, as pessoas presentes
avaliaram que esse tipo de esclarecimento deveria ocorrer mais vezes e que a reunião foi
muito importante e boa, já que esclareceu muitas dúvidas sobre Concessão Florestal,
sobre FLONA, manejo florestal, zoneamento e zona populacional;
Foi sugerido que a área de limite da FLONA seja sinalizada com placas visíveis
para que as comunidades possam identificar até onde vai o limite da unidade;
A comunidade do Espírito Santo solicitou apoio do ICMBio para fiscalização
dos rios e do igarapés da área Maria Pixi, já que há muito acesso de pessoas de fora da
comunidade para realizar pescaria. Risonei informou que só poderiam dar esse apoio se
tivesse uma zona de amortecimento no Plano de Manejo da FLONA que abrangesse a
área da comunidade. Considerando que estavam em minoria para representar as 4
comunidades da área Maria Pixi, os moradores da comunidade Espírito Santo ficaram
na dúvida se seria interessante solicitar a criação de uma zona de amortecimento na área
da FLONA que englobasse as áreas dessas comunidades. Assim, preferiram não
solicitar a criação de zona de amortecimento neste momento e solicitaram apoio para
realização de debates para criar acordos de pesca ou para tentar apoio na realização de
projetos de pesca para as comunidades da área Maria Pixi;
Na reunião ocorrida na comunidade Carimum foi sugerido que as comunidades
solicitem autorização do ICMBio para realização de limpeza do igarapé e abertura de
ramal para transporte de alunos para a escola, visto que o igarapé que dá acesso à escola
oferece perigo para as crianças das comunidades;
As comunidades do Carimum e Samaúma II solicitaram apoio do ICMBio para
fiscalização nos lagos e igarapés da comunidade, referente a pesca realizada por pessoas
de fora da comunidade;
As comunidades Carimum e Samaumá II informaram haver necessidade de
capacitação em associativismo e cooperativismo, bem como para entender melhor quais
os direitos e deveres das famílias que moram na área que a ACOMTAGS detém
CCDRU e que não são associadas, principalmente referente ao acesso a políticas
públicas para a agricultura familiar;
Segundo relatos dos comunitários do Ajarazal, os órgãos públicos federais,
estaduais e municipais não se fazem presentes nas comunidades, a não ser quando se
trata de aplicar alguma multa;
A comunidade do Ajarazal informou que as famílias não tem o costume de
interagir em reuniões onde é esperado expressar sua opinião;
As pessoas presentes na reunião ocorrida na Comunidade Ajarazal mostraram
um descrédito total quanto a qualquer órgão público.
Marcelo Arguelles se comprometeu em enviar cópia do contrato de concessão
florestal para Emerson e, posteriormente, Emerson providenciará cópias para todos os
comunitários terem acesso.
Foi solicitado que seja enviado para o coordenador da comunidade do Moura
(Manoel) um mapa parecido com o que foi apresentado nas reuniões, contendo
zoneamento da FLONA, áreas tituladas, comunidades, área de concessão florestal e área
de pretensão para criação de território quilombola;
Foi solicitado na reunião da comunidade da Tapagem que, após a finalização da
revisão do Plano de Manejo da FLONA, sejam realizadas novas reuniões para repasse
do que foi ou não acatado a partir das demandas das comunidades;
As comunidades quilombolas da Tapagem, Sagrado Coração de Jesus e Mãe
Cué propuseram que seja cobrado do ICMBio um retorno sobre a madeira que seria
repassada pela MRN para construção das casas pelo INCRA;
Risonei solicitou que o Secretário da SEMMA de Terra Santa verifique se a
SEMA/PA repassou documentação autorizando a SEMMA de Terra Santa a autorizar
roçado em áreas de entorno da FLONA, visto que foi informado na reunião que esta
secretaria está realizando essas autorizações, bem como cadastramento ambiental rural
(CAR). Risonei solicitou ainda que o Secretário, assim que tiver a documentação, envie
uma cópia ao ICMBio em Porto Trombetas;
A comunidade de Jamary propôs que seja solicitado da Mineração Rio do Norte
apoio para projetos sociais junto às comunidades, visto que a mineração iniciará
extração no platô Jamary próximo a área da comunidade;
Foi sugerido que as comunidades do Jamary, Serra e Nascimento criem uma
comissão ou conselho comunitário com representantes das comunidades para buscar
informações junto ao Conselho Consultivo da FLONA e repassar aos moradores das
comunidades;
Foi solicitado pelas comunidades Jamary, Serra e Nascimento que seja alterado a
classificação das águas da FLONA do tipo 2 (atual) para tipo especial, no intuito de que
seja exigida da MRN mais tecnologia no cuidado para não poluir a água dos rios,
igarapés e lagos da FLONA com resíduos da atividade mineral;
As comunidades Jamary, Serra e Nascimento solicitaram apoio para projetos
com uso de madeira pelas comunidades, como mini serraria, movelaria, marchetaria,
etc., bem como capacitação e apoio em organização comunitária, projetos de geração de
renda para as comunidades, entre outros;
Foi informado que o INCRA fez levantamento das comunidades que moram no
interior e entorno da FLONA Saracá-Taquera de 400 famílias para posterior criação do
assentamento Jamary e que até o momento não foi regularizado;
A comunidade do Jamary informou que há boatos de construção de uma guarita
sobre a ponte do igarapé Jamary, sendo que a comunidade disse que não aceita essa
construção;
Foi solicitado do Serviço Florestal Brasileiro a realização de capacitação para
comunidades via CENAFLOR/SFB. Marcelo Arguelles se comprometeu em verificar a
possibilidade;
Foi solicitado que o SFB empenhe-se em articular junto as Prefeituras
Municipais de Oriximiná e Terra Santa a inserção de representatividade das
comunidades do entorno da FLONA no Conselho Municipal de Meio Ambiente;
Foi informado que há Agente ambiental contratado pelo ICMBio utilizando
arma de fogo na sua atividade. André (Analista Ambiental presente na reunião) se
responsabilizou em repassar esta informação para o Chefe da FLONA;
Solicitaram que, quando o ICMBio ou o SFB forem realizar atividades na UC
que tenham que passar pelas áreas das comunidades ou nas áreas ocupadas por elas, que
produzam um pequeno panfleto para distribuir ou fixar em locais públicos e de fácil
acesso, informando sobre as ações a serem realizadas, para que possam ser facilmente
acessados.
4.4. DADOS LEVANTADOS EM CAMPO
Ao mesmo tempo em que ocorreram as reuniões participativas nas comunidades,
dois técnicos do SFB, acompanhados de comunitários moradores das comunidades,
realizaram um trabalho de campo para confirmar a incidência de áreas de ocupação ou
uso comunitário no interior da FLONA e nas unidades de manejo florestal (UMFs)
através do registro fotográfico e obtenção de coordenadas geográficas destas
ocorrências, visando subsidiar a revisão do Plano de Manejo da referida unidade de
conservação (UC).
Ferramentas como aparelhos de GPS e laptops com sistemas de informações
geográficas foram utilizados nesta tarefa, com apoio de cartas-imagens compostas de
localização das comunidades, UMFs, hidrografia, infra-estrutura, área de mineração,
limite da UC e zoneamento em vigor sobre imagem de satélite recente.
Estes mapas também embasaram as oficinas de mapeamento participativo (mapa
falado) junto a comunidade, com o intuito de auxiliá-los na indicação das áreas
utilizadas ou ocupadas por comunitários.
A partir deste diagnóstico os participantes indicaram um representante para
acompanhar a equipe de levantamento de campo até os locais indicados no mapa falado,
para serem cadastrados. Os dados coletados foram recolhidos e convertidos para o
formato shapefile, e plotados nos mapas da base do SFB. Os resultados constam do
relatório de levantamento de campo - anexo 3 deste relatório.
5. CONCLUSÃO
Considera-se de suma importância uma avaliação e definição do zoneamento da
FLONA Saracá-Taquera quanto a áreas de uso comunitário e populacional da unidade,
visto que, no Plano de Manejo atual da UC, publicado em 2002, muitas comunidades
tradicionais que já moravam no interior e entorno da FLONA não terem sido
reconhecidos na época.
Além disso, indica-se realização de um levantamento detalhado de campo para
identificar se as famílias residem no interior ou entrono da UC, seguido de posterior
cadastramento das casas e famílias, para ter um valor exato da quantidade de pessoas,
famílias e comunidades presentes no interior da Unidade, já que os dados apresentados
neste relatório são baseados em informações repassadas por moradores das
comunidades, gerando, com isso, dados estimados apenas.
Com isso, indica-se avaliar e considerar as informações repassadas pelos
comunitários da FLONA Saracá-Taquera durante as reuniões, em que identificaram nas
áreas das comunidades Boa Nova, Castanhal, Lero, Ajará, São Francisco, Samaúma I,
Samaúma II, Carimum, Ajarazal, Acari, Batata I (Boa Esperança) e Batata II (Bom
Jesus), um número considerável de pessoas que vivem dentro da FLONA, tirando o seu
sustento, praticando agricultura familiar, extrativismo, etc. Por outro lado, as famílias
das 31 comunidades representadas nas reuniões constantes nesse relatório tem a
FLONA como área de uso de várias atividades de subsistência, principalmente o uso de
produtos extrativistas madeireiros e não madeireiros.
ANEXO 1
Mapas Falados e dados socieconômicos das
comunidades do interior e entorno da FLONA
Saracá-Taquera
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Ajará, Lago
Sapucuá, Oriximiná-PA
Total de famílias na comunidade 55 famílias (210 famílias) e 57 casas
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Não há nenhuma família desta comunidade
morando no interior da FLONA
A comunidade do Ajará fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS detém o
CCDRU, limitando-se com as comunidades do Lero e São Pedro. Há na comunidade áreas de
capoeira, de mata e de pastagem. A linha limite da FLONA fica distante da área da comunidade.
Próximo a este limite localiza-se a mata da comunidade e algumas áreas de pastagem. Há ainda
na comunidade uma área denominada Serra, que é delimitada pela área que pertence à família,
onde todas as famílias podem utilizar como área de extrativismo. Utilizam o interior da FLONA
para retirada de produtos florestais não madeireiros e madeira. As casas ficam localizadas na
área da frente da comunidade, próximo ao lago Sapucuá. Os roçados são feitos nas áreas de
capoeira da comunidade. Há um ramal que limita as comunidades do Ajará e Lero que dá
acesso desde o lago Sapucuá até a FLONA.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na área da comunidade para consumo próprio
e venda
CONSUMO: mandioca, muruci, milho, banana,
abacaxi, mamão, laranja e feijão
VENDA: mandioca, muruci e milho
Criação de pequenos animais na comunidade Galinha, pato, picote, 3 famílias criam porco
Pecuária na área de comunidade 6 famílias criam gado
Artesanato Paneiros de cipó e tala de palmeira
Produtos extrativistas tirados da FLONA e
sua utilização
Castanha do Brasil (3 famílias); óleos de
andiroba e piqui (1 família);
Produtos extrativistas tirados da área da
comunidade
nenhum
Tipos de madeiras e uso das mesmas retiradas
do interior e fora da FLONA
Itaúba, marupá, abacatão e angelim: 8 famílias -
algumas retiram para venda
Espécies que são pescadas para subsistência e
venda
CONSUMO: tucunaré, tambaqui, pacu, aracu e
aratinga (maioria das famílias); VENDA:
tambaqui, tucunaré, surubim, araçu e pescada (4
famílias). 1 família recebe seguro do governo.
Espécies que são caçadas para subsistência Não informado
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
FLONA e na mata da comunidade
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas
FLONA
Local onde a comunidade prática a pesca no Lago Sapucuá
Locais onde a comunidade prática a caça Não informado
Locais de uso comunitário: 2 salões; 1 orelhão; sinal de celular; 3 microssistemas de captação
de água; 1 poço artesiano; energia elétrica, mas que funciona apenas 3 horas por dia, em dias
alternados; o lixo seco é queimado e o orgânico é jogado em buracos; o lixo escolar é separado
e levado para Oriximiná; uma igreja evangélica e uma católica; escola; barracão comunitário; 2
campos de futebol; 1 bar com sinuca; o local de lazer é o canal do Ajará, onde as famílias
utilizam como balneário para passar o dia.
Serviços existentes na comunidade: Quanto à saúde, de 5 em 5 anos, equipes vem até o local
realizar consultas com a população e, anualmente, equipes de vacinas visitam a comunidade.
Quando há caso de doença, freta-se um barco e a consulta é realizada na Emergência de
Oriximiná. O padre faz visitas 2 vezes ao ano e o Pastor da igreja evangélica mensalmente.
Organização social: AMTRUCAS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e ACOMTAGS. Há
também o puxirum, onde a maioria das famílias participam, ajudando um ao outro, geralmente
na hora de plantar os cultivos.
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade do Lero, Lago
Sapucuá, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 20 famílias, em torno de 62 pessoas e 27 casas
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Não há famílias morando dentro da FLONA
permanentemente, mas, durante a cheia, as
famílias moram e praticam seus roçados dentro
da FLONA, visto que a área da comunidade
alaga neste período
A comunidade do Lero fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS detém o
CCDRU, limitando-se com as comunidades do Ajará e São Pedro. Há na comunidade áreas de
pastagem, capoeira, mata (área bem pequena próximo ao limite da FLONA), campo e várzea.
Há área de pastagem no limite e interior da FLONA. A área de extração é limitada pelo lote
pertencente a família, sendo que alguns delimitam seu lote também dentro da FLONA para
quando quiserem extrair algum recurso de lá. Utilizam a FLONA para extração de produtos
florestais não madeireiros e madeira, além de campo e roça. A área da comunidade é dividida
em Santo Expedito (próximo a comunidade do Ajará) e Santa Rita (próximo a comunidade de
São Pedro). As casas das comunidades e a sede ficam localizadas próximo ao Lago Sapucuá. Os
roçados ficam localizados próximo as casas e próximo ao limite da FLONA, na área de
capoeira, tendo uma parte dessa capoeira no interior da FLONA.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na comunidade e no entorno da FLONA para
consumo próprio e venda
CONSUMO: mandioca, banana, abacaxi,
abacate, mamão, laranja, manga, feijão e milho
VENDA: mandioca
Criação de pequenos animais Porco: 2 famílias; galinha e pato (maioria)
Pecuária Gado: 3 famílias
Artesanato Paneiro de cipó e tala de palmeira
Produtos extrativistas tirados da comunidade Castanha do Brasil (3 famílias); andiroba
Tipos de madeiras e uso das mesmas retiradas
pela comunidade, dentro e fora da FLONA
Itaúba, marupá, abacatão e angelim. Confecção
de canoas e casas. Algumas famílias
sobrevivem com a extração e venda da madeira
Espécies que são pescadas para subsistência e
venda
CONSUMO: a maioria das famílias ; VENDA:
4 famílias; 3 recebem seguro do governo
Locais onde é praticado o extrativismo FLONA e área da comunidade - capoeira
Locais de onde toda comunidade tira madeira FLONA
Local onde a comunidade prática a pesca Na comunidade a pesca para a venda é
proibida, sendo permitida no lago Sapucuá
Locais de uso comunitário: salão comunitário; 2 microssistemas de captação de água; 6 poços
artesianos, sendo que 3 não funcionam; a energia é fornecida diariamente, por 3 horas, das
18:00 as 21:00 h; o lixo orgânico é depositado em um buraco feito pelas famílias e utilizado,
após, como adubo e o lixo seco é queimado; há uma igreja chamada Santo Expedito, onde a
maioria participa; apenas 2 famílias participam da Igreja evangélica da comunidade do Ajará. O
canal do Lero é utilizado como balneário pelas famílias no final de semana.
Serviços existentes na comunidade: há sinal de celular. Em relação a saúde, de 5 em 5 anos
uma equipe de saúde visita a comunidade afim de realizar consultas médicas e a equipe de
vacina faz a visita anualmente. Quando alguém adoece é fretado um barco para o deslocamento
até a emergência do município de Oriximiná. A comunidade do Lero não possui escola, sendo o
Ensino Fundamental realizado na comunidade vizinha do Ajará. O padre visita a comunidade 2
vezes ao ano, realizando missa e visitando as casas da comunidade. O pastor da Igreja
Evangélica é mais presente, fazendo visitas as casas da comunidade mensalmente.
Organização social: Alguns participam da ACOMTAGS, outros da ACPLASA, outros do
STTR, sendo que algumas famílias participam das 3 associações. Existe também o puxirum ou
mutirão comunitário, onde as famílias se organizam para fazer o plantio das roças.
Mapa Falado da Comunidade Ajará e Lero
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade São Pedro, Lago
Sapucuá, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 19 famílias permanentes e 10 não
permanentes
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Nenhuma família mora na FLONA
A comunidade de São Pedro fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS
detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades do Castanhal, Ajará e Lero e entre os
canais do Lero, do sustento e da serra do Lero. Apesar da área da ACOMTAGS fazer limite
com a FLONA, a área desta comunidade não chega na divisa da unidade. Na comunidade há
áreas de mata muito pequena, sendo uma área pequena para todas as famílias das comunidades;
campo; roçado e canal do Macedo, na área central da comunidade. Há dificuldade de extrair por
não ter mais recurso florestal disponível. A comunidade não ultrapassa a área do Toninho para
chegar na mata por ser muito distante. Há uma reserva (200 x 1000 m), que já foi trabalhada e
está abandonada, localizada entre algumas casas (Odair, Esmeraldo, Nico, Manoel Marinho e
Hélio). A comunidade mora a aproximadamente 6 km da FLONA. A principal atividade da
comunidade é pecuária. Mas nem toda área de campo da comunidade está desmatada para pasto.
A produção familiar da comunidade é feita individualmente por famílias, não há nada coletivo,
quem cria gado não planta nada, até a farinha é comprada. As casas de moradia estão
localizadas ao longo do canal do Maceno.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na comunidade para consumo próprio e venda
mandioca – base do sustento; abacaxi, cana,
cará, jerimum, milho, banana.
Criação de pequenos animais na comunidade Galinha e porco
Pecuária na comunidade Criação de gado na área da comunidade, fora
da FLONA
Artesanato Cipó ambé – usa para fazer cestos
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Apenas alguns da comunidade se arriscam a
passar pelas fazendas de criação de gado e
adentrar à FLONA para extrair cipó ambé,
cipó titica, breu, castanha do Pará, timbó
(vende para fazendeiro), bacaba e arumã
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Apenas alguns da comunidade se arriscam a
passar pelas fazendas de criação de gado e
adentrar à FLONA para extrair itauba
Espécies que são pescadas para subsistência Não informado
Espécies que são caçadas para subsistência Não informado
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
Nas áreas de mata e campo da comunidade e,
alguns poucos, na FLONA
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas
Nas áreas de mata da comunidade e alguns,
poucos, na FLONA
Local onde a comunidade prática a pesca Canal do Maceno, principalmente, por estar
mais protegido; canal do João, canal do Lero,
canal do Sustento e igarapés da comunidade
Locais onde a comunidade prática a caça Não informado
Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Quadra de chão, campo de
futebol, motosserra, cozinha comunitária, aparelho de som, televisão, caixa amplificadora,
motor de serrar mandioca, barco comunitário, caixa dágua, sede comunitária, cozinha
comunitária, Igreja católica no centro comunitário, motor elétrico que fornece energia só na
comunidade; tem agente de saúde comunitário; a festividade anual é a festa da padroeira; não
tem telefone e nem sinal para celular.
Organização social: Associação comunitária Maceno – Sapucuá (ARCMASA)
Mapa Falado da Comunidade São Pedro
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade da Casinha, Lago
Sapucuá, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 80 famílias
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Não há morador da comunidade dentro da
FLONA
A comunidade da Casinha fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS
detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades do Castanhal e Macedônia e Ilha do
Baiano e entre as cabeceiras da serra, do Medonio, dos Anjos, do Tauari, da Casa Velha e do
Sustento. Há na comunidade áreas de capoeira, floresta, castanhal, roçado, pastagem e
campinarana. Há pouca área de mata na comunidade, a maior parte é de capoeira. Os
castanhais ficam localizados nos quintais dos terrenos dos moradores, de onde coletam em
pequena quantidade. A comunidade utiliza em torno de 5 km do interior da FLONA a partir da
linha limite, coletando madeira e essências florestais. Há dentro desta área um roçado, a mais
ou menos 3 km da linha da FLONA e uma pequena área de pasto bem próximo ao limite da
unidade, após a cabeceira da Serra. O limite da FLONA fica no final da área de campinarana e
ao lado de uma área de roçado, próximo a cabeceira da Serra. As áreas de roçado ficam
localizadas próximo a cabeceira do Tauari, cabeceira da Serra - limite com a FLONA,
cabeceira do Medonio e cabeceira dos Anjos, sendo a maior parte próximo a área de
campinarana. As casas de moradia estão localizadas em toda a extensão das cabeceiras, tendo,
em torno de 7 a 10 casas bem próximas ao limite da FLONA com pastos em seus quintais. As
áreas de pastagens estão distribuídas em toda a área da comunidade, principalmente próximo as
casas.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para consumo
próprio e venda
CONSUMO: macaxeira, caju, acerola,
pupunha, graviola, açaí;
VENDA: mandioca (farinha), melancia,
jerimum, laranja, limão, tangerina, coco,
goiaba, cupuaçu, milho, abacaxi, banana,
maracujá
Pecuária Em média de 70 na área da comunidade e há
um fazendeiro na área da FLONA, com
aproximadamente 3000 cabeças de gado
Artesanato Tipiti; paneiro
Produtos extrativistas tirados da FLONA e
sua utilização
CONSUMO: uxi, cipó titica, cipó ambé,
bacaba, patuá, açaí, piquiá, breu
VENDA: andiroba, copaíba
Produtos extrativistas tirados da área da
comunidade
CONSUMO: palha
VENDA: castanha do Brasil
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Itaúba, aroeira/angelim pedra, mandioqueira,
cedro, marupá, maparajuba. Construção de
casa, canoa, móveis, cerca, chiqueiro e curral.
Espécies que são pescadas para subsistência e
venda
Traira, jaraqui, matrinxã, tambaqui, tucunaré,
pacu, pirapitinga, etc.
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
Na área da comunidade e no interior da
FLONA
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas
No interior da FLONA
Local onde a comunidade prática a pesca Nos igarapés, rios e cabeceiras da área da
comunidade e alguns igarapés da FLONA.
Locais de uso comunitário e Serviços existentes na comunidade: Microgerador (15
familias), microssistema de água (40 famílias), telefone celular, barracão comunitário, posto de
saúde não funcionando, 5 poços artesianos, Igreja católica e evangélica, campo de futebol.
Mapa Falado da Comunidade Casinha
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade do Castanhal, Lago
Sapucuá, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 62 famílias permanentes e 70, às vezes, num
total de aproximadamente 276 pessoas
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Nenhuma família desta comunidade mora no
interior da FLONA
A comunidade do Castanhal fica localizada no Lago Sapucuá, na área onde a ACOMTAGS
detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades de São Pedro, Macedônia e Casinha e pelo
canal do sustento e canal do Maceno. Há na comunidade áreas de roça, de pastagem e de
campos gerais. A área da comunidade é dividida em Ilha do cemitério, Comunidade Nossa
Senhora de Nazaré, ponta das pimentas, cabeceiras (gatinho, gato, Marques, Zebi, Curia - Ilha
das curicas, Ubin, Ponta, Mota, campo, Sumbar) e Paraná. A cabeceira do Maceno se limita
com a comunidade de São Pedro. A partir do centro comunitário, a uma distância de 9 km, é
considerada como área de uso da comunidade, a partir do lago. Destes, aproximadamente 3 km
estão dentro da FLONA. Há pretensão da comunidade em usar 12 km a partir do lago. Para ter
acesso a FLONA precisam passar por dentro do terreno do Toninho até o canal do Abuí, que
trabalha com fazenda e criação de gado. Assim, a comunidade tem pouco acesso a FLONA ou
quase nenhum. Há uma estrada e alguns ramais que vão desde a área da comunidade até o
interior da FLONA. A linha de transmissão de energia passa por dentro da mata, na área do
Toninho. Os criadores de gado moram 6 meses dentro da FLONA e 6 meses na várzea – área da
comunidade, devido a época da chuva que enche na área onde moram na comunidade. A
comunidade tem grande interesse em fazer Plano de Manejo da fauna do lago Sapucuá e manejo
florestal comunitário. Há necessidade de definição na FLONA, na área utilizada por esta
comunidade e outras próximas a esta, de uma área de uso comunitário.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na área da comunidade e no entorno da
FLONA para consumo próprio e venda
Mandioca, banana, abacaxi, batata, abacate,
cupuaçu, milho, macaxeira, laranja, SAF’s
(acerola, pupunha, cupuaçu, açaí, andiroba,
castanha, copaíba), limão, açaí, coco, pupunha.
A maioria é para sustento. O que mais vendem
é mandioca para Oriximiná a R$40,00 o saco
Pecuária Criação de gado: Raul, Jorge, Toninho (1100
ha), Juca (Justino) e Júnior
Artesanato Iniciaram fabricação de panela de barro e
artesanato de sementes (manga, tento, mucajá,
etc.), mas pararam por falta de apoio para
recurso e qualidade das peças. 2 famílias
fabricam tipiti e vendem.
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização, para consumo e venda
Leite de súcuba, andiroba, copaíba, casca de
preciosa, cumaru, uxi, bacaba, patauá, , buriti,
casca de carapanauba, piquiá, cipós titica e
ambé, breu, jutaicica, jucá, castanha do Pará
(possuem no quintal, tiram e vendem pequena
quantidade, em Oriximiná, a R$35,00 a caixa,
que corresponde a 2 latas)
Produtos extrativistas tirados da área da
comunidade
miri (somente no Campo Geral)
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Madeira branca e itauba (usadas na construção
de casa e embarcação)
Espécies que são pescadas para subsistência e
venda em Oriximiná e na comunidade
Tucunaré, aruanã, pirarucu, tambaqui, jaraqui.
O que mais vendem é o tucunaré. Pescam para
comercializar na época que é permitido.
Somente alguns são cadastrados na Z41 de
Oriximiná.
Espécies que são caçadas para subsistência Caçam para sustento, não informado quais
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
FLONA e campos gerais
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
FLONA e os criadores de gado também
retiram de suas áreas
Local onde a comunidade prática a pesca Cabeceiras, igarapés da área da comunidade e
da FLONA (igarapés do abuí e das pedras) e
lago Sapucuá
Locais onde a comunidade prática a caça Não informado
Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: 3 sedes comunitárias (1 no
centro da comunidade que pertence a comunidade de castanhal, 1 ao lado desta que pertence a
ACPLASA (Associação Comunitária dos Produtores do Lago Sapucuá) e 1 na área ao lado da
Escola que é a sede do clube de futebol Vasco da Gama, com times feminino e masculino);
Escola Municipal de ensino fundamental Amélia Ferrari; Igreja Católica de Nossa Senhora de
Nazaré; Não tem posto de saúde, mas uma agente comunitária de saúde que apenas orienta as
pessoas que moram na comunidade; campo de futebol; 5 microssistemas de energia (3 no centro
da comunidade, que abastecem as casas da frente, perto do rio; 1 na cabeceira do castanhal que
abastece a escola e 1 na cabeceira do Cumã); 5 microssistemas de água. Na cabeceira do Cumã
e do castanhal e do lado direito da comunidade não tem abastecimento de água, usam água de
cacimba ou poço. O lixo da Escola é levado para Oriximiná e o das casas é enterrado ou
queimado. A festividade anual da comunidade é de Nossa Senhora de Nazaré (inicia na segunda
quinzena de maio e encerra na primeira quinzena de junho). Querem estipular um dia para
comemorar a festa do clube Vasco da Gama da comunidade.
Organização social Coordenação da comunidade com vários
grupos: catequese, liturgia, limpeza, trabalho;
ACPLASA, COPERPLASA
Mapa Falado da Comunidade Castanhal
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Boa Nova, Lago
Sapucuá, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 46
Famílias que moram e trabalham a
agricultura na FLONA
Macelino e família 01 família
Roberto e mulher e dois filhos
adultos
01 família
Rodinaldo (também filho de
Roberto)
01 família
Total de famílias que moram e trabalham a agricultura na FLONA: 03
Famílias que trabalham agricultura e
pequena criação de animais na FLONA,
porém não moram no centro da comunidade
Jesus e Calixto 02 famílias
Jones 01 família
Maciel 01 família
Total de famílias que trabalham agricultura
e pequena criação de animais na FLONA,
porém não moram no centro da comunidade
04
Produtos da Agricultura Familiar
produzidos na FLONA e no entorno para
venda e consumo próprio
Mandioca, jerimum, feijão, melancia, macaxeira,
milho, arroz, abacaxi, caju, maracujá, etc.
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
1) A margem direita do Igarapé Araticum II até o
Platô Bacaba; 2) Entrando à partir da comunidade
sentido Igarapé Água Vermelha, sendo que eles
passam do igarapé até a margem esquerda do rio
Saracá e vão até atrás do quilômetro 28 da
rodovia (sua transitação neste caminho se dá
também por ser a menor distância para chegar na
Vila de Trombetas); 3) A margem esquerda do
Igarapé Araticum passando a propriedade
agrícola do Gomes
Produtos extrativistas tirados da FLONA e
sua utilização
Breu (para calafetação de barcos); sementes
(compradas pela MRN); castanha, andiroba,
cumarú, patauá, palha de buriti (para confecção
de tipití), cipó ambé (para confecção de paneiro),
arumã (para fazer peneiras), palha (para fazer
abanos e cobrir as casas)
Locais de onde toda comunidade tira
madeira para confecção de canoas e casas
de uso próprio
1) Ao lado direito do platô Bacaba atrás do
Igarapé Águas Vermelhas; 2) A margem esquerda
do Rio Araticum II; 3) Ao lado esquerdo do Rio
Araticum
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Itaúba (utilizada para ripão, estaca e esteios,
barcos e canoas); Quariquara (utilizada para
esteio); Cedro (utilizada para tábua para parede
de casa); Aroeira (utilizada para parede e perna
manca); Araracanga (tábua de assoalho e parede,
perna manca, etc.)
Local onde a comunidade prática a pesca No igarapé do Araticum
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Aracú, Pacú, Mafurá, Acará, etc.
Locais onde a comunidade prática a caça 1) Ao lado direito do platô Bacaba atrás do
Igarapé Águas Vermelhas; 2) Atrás do platô
Bacaba; 3) A margem esquerda do Igarapé
Araticum passando a propriedade agrícola do
Gomes
Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, veado, tatu, paca, porco, etc.
Mapa Falado da Comunidade Boa Nova
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Saracá, Lago
Sapucuá
Total de famílias da comunidade 30
Famílias que moram na FLONA 0
Famílias que trabalham agricultura e
pequena criação de animais na FLONA,
porém moram no centro da comunidade
5, sendo que historicamente existem 6 terrenos, 4 a
margem direita e 1 a margem esquerda do igarapé
Saracá. O terreno que fica mais adentro da FLONA
fica a 2 h de rabeta da comunidade e o primeiro
terreno somente metade fica dentro da UC e o
restante no entorno
Famílias que trabalham dentro da
FLONA
OBS:
Total de famílias que tiram sustento
com agricultura na FLONA: 11
famílias
Francisco e Xavier com famílias: 6 famílias
Raimundo da Silva e famílias: 2 famílias
João 1 família
Pedro Ramos 1 família
Ilson, sendo que ele tem parte do terreno na FLONA
e parte fora: 1 família
Produtos da Agricultura Familiar
produzidos na FLONA e no entorno
Roça de mandioca (farinha), milho, plantas
frutíferas, macaxeira, etc.
Locais onde toda comunidade prática o
extrativismo na FLONA
1) 1) Na área que fica entre a estrada de Terra Santa, a
picada da mina e a estrada que leva até a Vila de
Porto Trombetas, ao lado esquerdo do igarapé do
Saracá. 2) Na área que fica na margem direita do
igarapé do Saracá até a estrada que leva até a Vila de
Porto Trombetas;
Produtos extrativistas tirados da FLONA
e sua utilização
Breu (para calafetação de barcos); sementes
(compradas pela MRN); mel, açaí, bacaba, patauá,
tucumã; palha de buriti (para confecção de tipití),
cipó ambé (para confecção de paneiro), cipó timbó e
cipó titica (para fazer vassoura), arumã (para fazer
peneiras), palha (para fazer abanos e cobrir as casas)
Locais de onde a comunidade tira
madeira para confecção de canoas e
casas de uso próprio
Pela margem esquerda do igarapé Saracá entre os
igarapés São Sebastião e Patauá e pela margem
direita, entre os igarapés São Bento e Patauazinho,
nos fundos de suas respectivas áreas agrícolas
Tipos de madeiras e uso das mesmas
tiradas pela comunidade
Itaúba (utilizada para ripão, estaca e esteios, barcos e
canoas); cupiuba (utilizada para pernamanca, tábuas
para assoalhos e paredes); maçaranduba (utilizada
para estacas e postes); angelim Aroeira (utilizada
para tábuas, assoalho e parede); maramará (utilizada
para cercas e currais); mandioqueira (tábuas e
pernamanca); marupá (Forro, móveis e caixões);
breu sucuruba (forros e móveis)
Profissionais que trabalham com madeira
que moram na comunidade
Carpinteiros, marceneiros, construtores de barcos e
canoas e operadores de moto serra
Local onde a comunidade prática a pesca Nos diferentes igarapés ao longo do igarapé Saracá
Espécies que são pescadas para
subsistência
Tucunaré, Aracú, Pacú, Traíra, Acará, Piranha, etc.
Locais onde a comunidade prática a caça A margem esquerda do igarapé Saracá até o Rio
Mucura e a margem direita do igarapé Saracá até o
pico da UMF, nos fundos das áreas de uso agrícola
Espécies que são caçadas para
subsistência
Cutia, veado, tatu, paca, mutum, catitu, queixada
Mapa Falado da Comunidade Saracá
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade São Francisco,
Maria Pixi, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 72
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
7
Estas famílias moram na FLONA apenas
durante o trabalho com roça e extrativismo.
Fora deste período moram a 2 km de distância
do limite da unidade.
A comunidade do São Francisco fica localizada no igarapé Maria Pixi, na área onde a
ACOMTAGS detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades de São Tomé e Espírito
Santo e o município de Terra Santa. Na comunidade há área de campos gerais, floresta e roçado.
O último terreno de trabalho da comunidade é o Sítio "bom que dói" do Sr. João Francisco,
localizado entre o braço do Aramã e o braço do poço azul, sendo que a linha de transmissão de
energia passa no meio do terreno. Após o braço do poço azul há uma área utilizada pelo Sr.
Francisco e pela comunidade, onde tem capoeira e área de mata até o limite com a FLONA. No
interior da FLONA a comunidade coleta madeira e produtos extrativistas, até próximo a Serra
do Aramã e a estrada que dá acesso ao município de Terra Santa
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para consumo próprio
mandioca; milho; jerimum; macaxeira; cana-
de-açucar
Pecuária Alguns produzem apenas na área da
comunidade. No interior da FLONA não há
essa criação.
Artesanato Panela de barro; tipiti; paneiro; tupé; peneira
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Uxi; patauá; bacaba - para alimentação da
família; breu; jutaicica
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
itaúba; angelim; cupiuba
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré; pacu; piranha; tambaqui; pirapitinga
Espécies que são caçadas para subsistência Não informado
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
Na área da própria comunidade e no interior da
FLONA. O trabalho é realizado pela família.
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
No interior da FLONA
Local onde a comunidade prática a pesca Lago Maria Pixi
Locais onde a comunidade prática a caça Interior da FLONA
Locais de uso comunitário Barracão comunitário (4); Igreja católica de
São Francisco; microssistema (3) de água e
energia para todos da comunidade; a área do
Gonzalo - 18 casas (do outro lado do igarapé)
não tem abastecimento de energia
Serviços existentes na comunidade 1) Agente comunitária de saúde que reside na
comunidade; 2) lixo - alguns queimam outros
jogam no mato; 3) Celular - se tiver antena
funciona.
Organização social Há um Coordenador e vice coordenador da
comunidade e grupo de catequese.
Mapa Falado da Comunidade São Francisco
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Espírito Santo,
Maria Pixi, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 35
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Não utilizam área da FLONA.
A Comunidade do Espírito Santo está localizada no igarapé Maria Pixi, na área onde a
ACOMTAGS detém o CCDRU, limitando-se com as comunidades do São Francisco, São Tomé
e São Sebastião. Há na comunidade áreas de roça, floresta e castanhais. Como estão muito
distantes da FLONA, não possuem relação com a unidade e também não utilizam o interior da
mesma para uso comunitário. É uma comunidade extremamente pobre e solicitam apoio do
ICMBio para fiscalização dos rios e igarapés da comunidade. Sentem necessidade de realização
de acordos de pesca nos rios e igarapés de influência direta com a comunidade.
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para consumo próprio
e venda
Estão muito distantes da área da FLONA. Não
utilizam a área da unidade
Produtos extrativistas tirados da área da
comunidade
Pariri (fruto para fazer suco e venda da
semente para produção de mudas); castanha do
Brasil
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Não informado
Espécies que são pescadas para subsistência Não informado
Espécies que são caçadas para subsistência Não informado
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
Quintais da própria comunidade
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Não informado
Locais de uso comunitário Igreja católica Divina Espírito Santo; barracão
comunitário; salão de festa em construção; 2
campos de futebol (dois times – São Marcos e
Santos, onde jogam homens e mulheres);
microssistema de água e energia para todos; 2
motores de luz, separados pelas cabeceiras.
Mapa Falado da Comunidade Espírito Santo
Informações do Mapa Falado da comunidade São Tomé, igarapé Maria Pixi, FLONA
Saracá-Taquera, município de Terra Santa
Total de famílias na comunidade 17
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Nas duas reuniões onde compareceram não
indicaram que tem famílias que moram e têm
atividades na FLONA
Obs. Nesta comunidade existem problemas de
desmatamentos não autorizados e retirada
ilegal de madeira. A famílias estão muito
dispersas e moram em locais de difícil acesso.
É necessário fazer um levantamento de campo
para identificar se as famílias residem no
interior ou entorno da UC.
Famílias que trabalham agricultura e pequena
criação de animais na FLONA, porém não
moram no centro da comunidade
Nas duas reuniões onde compareceram não
indicaram que tem famílias que têm atividades
agrícolas na FLONA
Obs. Seria bom fazer contato com o Nei do
ICMBio, pois o mesmo parece ter mencionado
que existem problemas com esta comunidade
Serviços existentes na comunidade Igreja, barracão, escola
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para venda e consumo
próprio
Gado, maniva, mandioca
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
Na FLONA atrás da comunidade
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Palha, lenha, miriti, tucumã,
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Na FLONA atrás da comunidade
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Cupiuba, itauba, cedrinho, angelim,
mandioqueira, piquiaraná
Local onde a comunidade prática a pesca No igarapé Patauá
Espécies que são pescadas para subsistência Traíra, Arari, Tucunaré, Tambaqui, Jandia
Locais onde a comunidade prática a caça Na FLONA atrás da comunidade
Espécies que são caçadas para subsistência Tatu, macaco, cutia, porco do mato, catitu,
veado, queixada, paca, onça (não para comer,
porém eles dizem que matam, pois a onça é o
maior predador de seu gado)
Mapa Falado da Comunidade São Tomé
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade do Ajarazal, rio
Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 38
Famílias que moram e trabalham a agricultura na UC: 13 (verificar observação logo abaixo)
Observação: este número não está de acordo com os números levantados, via GPS por Cleo
Mota. No entanto, os comunitários presentes na oficina informaram que a primeira propriedade
que parcialmente está dentro da FLONA é da Maria Helena, informação esta confirmada via
GPS por Cleo. A comunidade expressou na época dúvidas quanto a três famílias (Moises,
Ernesto e Domilson) e com o levantamento por GPS feito por Cleo foi confirmado que tanto
Ernesto, quanto Domilson estão sim dentro da UC. Porém, o comunitário que acompanhou o
Cleo não informou sobre a existência da outra pessoa (Moises) próximo a propriedade do
Ernesto. As informações do mapa falado batem com as informações do GPS até a propriedade
da Lucenilda, sendo que após esta propriedade foi mostrado pelo comunitário para o Cleo
apenas mais uma propriedade de uma pessoa chamada “Moca”. Este nome não aparece nas
casas desenhadas no intervalo entre Lucenilda e Ernesto, podendo ser “Moca” o apelido de
algum dos enumerados pela comunidade neste espaço. Mas, segundo o mapa falado feito pelo
grupo entre Lucenilda e Ernesto existem 6 propriedades, já o comunitário mostrou apenas uma.
Na análise feita nos pontos GPS o que mais chamou atenção foi que a distância entre as
propriedades de Lucenilda, “Moca” e Ernesto são muito maiores (entre 800 e 1.000 metros),
quando na grande maioria das outras propriedades a distância é de aproximadamente 300
metros. Eu (Bernadette), tendo a crer que estas propriedades desenhadas pela comunidade
existem sim, porém são pouco trabalhadas, uma vez que lembro de ter conversado com um
comunitário que hoje, por saber que a atividade agrícola é proibida no terreno dele, optou por
estar trabalhando em uma propriedade privada próximo da comunidade (atravessando o Rio em
frente a comunidade Samaúma I), cuidando de gado. Mas ele contou que passa todos os finais
de semana em sua propriedade na comunidade Ajarazal, porém só começará a fazer o plantio
maior depois que for permitido por lei, uma vez que ele viu colegas da comunidade serem
multados por conta de terem feito roça em suas propriedades.
Produtos da Agricultura Familiar produzidos na FLONA e no entorno para venda e
consumo próprio: Mandioca, milho, cará, cana, maxixe, arroz, feijão, banana, abacaxi,
macaxeira, abobora, jerimum, melancia, batata (doce e a outra), manicuera, abacate, limão,
mamão, laranja, lima e outras frutíferas, etc. Pecuária: gado e animais de pequeno porte
Locais onde a comunidade prática o extrativismo: Atrás das propriedades rurais adentrando
mais na FLONA
Serviços existentes na comunidade: Igreja; escola até 5º ano (prédio em péssimas condições),
a operadora VIVO tem sinal; não tem poço em funcionamento, energia elétrica e telefone fixo.
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua utilização: Bacaba, patauá, açaí, andiroba,
palha para cobrir as casas, cipó ambé para fazer paneiros, vassouras e artesanato em geral, tala
da palha é usada para fazer abano, paneiro e tipiti, breu para calafetação de barcos, jutaícica
para fazer fogo, cacau, tucumã, uxi, piquiá, castanha, etc.
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso próprio
Nos terrenos; atrás das propriedades rurais
adentrando mais na FLONA
Profissões existentes na comunidade: Marceneiros, construtor de casas, carpinteiro,
motoserrista
Local onde a comunidade prática a pesca No lago do Ajarazal
Espécies que são pescadas para subsistência: tucunaré, Pacu, Baruca, Piranha, Jacundá,
Traíra, Surubim, Canamorgo, arauanã, matiri, tambaqui, matrichão, furacalça, mapará, etc.
Locais onde a comunidade prática a caça: Atrás das propriedades rurais adentrando mais na
FLONA; Na floresta que fica do outro lado do igarapé do Ajarazal
Espécies que são caçadas para subsistência: jacaré, paca, tatu, macaco, jabuti, catitu,
queixada, veado, anta, cutia, onça, quiti, tamanduá, mucura, jacumarú, tracajá, rola, pombo,
nambu, mutum, jacú, aracuã, saracura, tucano, arara, pato do mato, marreca, nanai, preguiça
Mapa Falado da Comunidade Ajarazal
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Samaúma I, rio
Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 40
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
3 famílias tem parte do terreno na FLONA e
18 famílias totalmente na FLONA
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para venda e consumo
próprio
Milho, arroz, feijão, macaxeira, mandioca,
jerimum, melancia, cupuaçu, manga, abiu,
café, açaí, goiaba, abacate, banana, ananás,
batata, cará, açaí.
Pecuária: gado, cavalo, porco, bode, carneiro,
galinha, picota, pato, peru.
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
Nos terrenos e por trás dos terrenos que ficam
dentro da FLONA seguindo o igarapé
Samaúma
Serviços existentes na comunidade Tem barracão, o celular tem cobertura na
região, tem um motor de energia, não tem
agente de saúde
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Breu para calafetação de barcos, palha preta e
inajá para cobrir casas, patauá, bacaba, cumarú
para remédio, cipó titica para paneiros e
vassouras, cipó ambé para paneiro e amarrar
casas e cercas, andiroba e jutaí-cica para
calafetação
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Nos terrenos e por trás dos terrenos que ficam
dentro da FLONA seguindo o igarapé
Samaúma
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Itaúba (estacas, canoas, batelão, bote, cascos ,
assoalho, forro), breu sucuruba (tábua para
parede), aroeira e mandioqueira (tábua para
casa), cupiuba (tabua para casa, pernamancas)
guariuba (canoa), tento (canoa), piquia
(canoa), cedrorana (canoa, tábua de casa,
móveis), tamborí (canoa, casas fora da água),
louro (tábuas e moveis), marupá (cobertura de
barco e casas)
Profissões existentes na comunidade Carpinteiros, construtores de canoas, pedreiro,
marceneiro, motosserristas,
Local onde a comunidade prática a pesca No igarapé Samaúma e no lago do Arajarazal
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Pacu, Baruca (um tipo de cará),
Jacundá, Traíra, arauanã, Juturana, aracú,
surubim, jandiá, cujuba (sendo estes últimos
três hoje pouco encontrados, mas antes tinha
muitos) tambaqui
Locais onde a comunidade prática a caça Nos terrenos e por trás dos terrenos que ficam
dentro da FLONA seguindo o igarapé
Samaúma
Espécies que são caçadas para subsistência Veado, queixada, jabuti, paca, cutia, tatu,
jacaré, mutum, jacamim, nambu, jacu, tucano,
macaco, etc.
Mapa Falado da Comunidade Samaúma I
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade do Carimum (São
Benedito), rio Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 55 famílias. No levantamento falaram 49
Famílias que moram e trabalham a agricultura na FLONA: 15 famílias moram na FLONA
(Djalma, Humberto, Rubnei, Rudinelli, Paulo Sérgio, Raimundo Maciel, Josimar (gato),
Aderaldo, Aldison (Pretico), Lindomar, Nerico, Eliel, Roberto, Antônio (dentro e fora),
Nelcimar (dentro e fora), mais ou menos 50 pessoas. Destas, 02 pessoas tem casa dentro e fora
da FLONA.
A Comunidade do Carimum está localizada no rio Trombetas, na área da FLONA, limitando-se
com as comunidades do Carimunzinho e Samaúma II e o rio Trombetas. Uma parte da
comunidade está localizada no interior da FLONA, onde há vários moradores. Há na área da
comunidade áreas de floresta, roçado, ilhas, lagos e igarapés. A área de roçado fica localizada
próximo as casas. As casas de moradia, tanto dentro quanto fora da FLONA estão localizadas
ao longo do lago e igarapés. O último morador (Sr. Dejalma) está a 500 m da UMF 2 em
processo de Concessão Florestal pelo Serviço Florestal Brasileiro. Após a casa dele há um
terreno ainda da comunidade que não há ninguém morando, mas que a comunidade disse ter
pretensão de construir uma casa nesse local.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar plantados
dentro e fora da FLONA – dependendo do
período e da quantidade, eles vendem e/ou
somente consomem
Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,
batata doce, banana, melancia, jerimum,
maxixe, cana de açúcar. Verduras: cheiro
verde, couve, coentro, alface e outros.
Criação de pequenos animais Galinha, porco, peru, bode, pato
Artesanato Fazem de palha e cipó coletados da FLONA:
Paneiro, peneira, abano, vassoura
Pecuária Fora da FLONA – Boi , cavalo
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização.
Coletam na FLONA para subsistência e
algumas vezes para venda
Castanha, uxi, tucumã, andiroba, cipó (titica),
palha (cobrir casa), mel de abelha, breu (para
calafetar canoas, barcos), piquiá, patauá, açaí,
bacaba, cacau, cupuaçu
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Utilizam para consumo – Itaúba (casa, barco,
canoa, remo); aroeira, marupá, mandioqueira,
maçaranduba (cerca, estaca), muiracatiara,
araracanga, sapucaia, tento, tamburi, louro.
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, charuto, aracu, mapará, traíra,
matrinxã, jaraqui, acari, etc.
Espécies que são caçadas para subsistência cutia, paca, queixada, catitu.
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
Interior da FLONA
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Interior da FLONA
Local onde a comunidade prática a pesca Lago e igarapés
Locais onde a comunidade prática a caça Interior da FLONA
Locais de uso comunitário Barracão comunitário, escola, cemitério
Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, pedreiro, motosserista, juquireiro,
marceneiro, cozinheira
Mapa Falado da Comunidade Carimum
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Samaúma II, rio
Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná-PA
Total de famílias na comunidade 36 famílias no geral
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Do total geral 19 Famílias moram na FLONA:
Rosiane, Joseane, Jonilton, Arlene, Maria
Gomes, Iraide; Iranei, Manoel Soares, Rosana
Mendes, Valter, Luzia, Maranhão, Branca,
Josias, Joacás, Rosinha, Maria Lúcia, José
Lino, Telma
A Comunidade Samaúma II está localizada no rio Trombetas, na FLONA, limitando-se com as
comunidades Carimunzinho e Acari. Na área da comunidade há o lago Samaúma II, área de
mata, de pastagem e de roçado. As casas de moradia são localizadas por toda a área da
comunidade, ao longo dos igarapés, lagos e rios, passando pelo limite da FLONA. A área da
comunidade está a uma distância de aproximadamente 6 km da Unidade de Manejo Florestal
(UMF 2) em processo de Concessão Florestal pelo Serviço Florestal Brasileiro.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para consumo próprio
e venda, dependendo do período e da
quantidade
Mandioca, macaxeira, milho, banana,
melancia, jerimum, maxixe, cana de açúcar,
manga, limão, pupunha, laranja, coco e
castanha e outros
Criação de pequenos animais Galinha, porco, bode, carneiro
Pecuária Dentro e Fora da FLONA: criação de boi,
cavalo, boi de carroça e porco
Artesanato Fazem de palha e cipó coletados do interior e
fora da FLONA: paneiro, peneira, abano,
vassoura, tipiti, brinquedos de madeira
(cômoda, cama, cadeira, etc.), móveis de
madeira.
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização, para subsistência e, algumas vezes,
para venda
Castanha do Brasil, uxi, tucumã, andiroba,
cipó titica , palha (cobrir casa), mel de abelha,
breu (para calafetar canoas, barcos), piquiá,
patauá, açaí, bacaba, cacau, cupuaçu
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade para consumo
Utilizam fora e dentro da FLONA, itaúba
(casa, barco, canoa, remo); aroeira, marupá,
maçaranduba (cerca, estaca), cariúba, vara de
morta, etc.
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, charuto, jaraqui, acari, baruca, cará
branco, pescada, pirapitinga, surumbi, etc.
Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, paca, queixada, veado, tatu, jabuti
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
Interior e entrono da FLONA e área da
comunidade fora da UC
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Interior da FLONA e área da comunidade
Local onde a comunidade prática a pesca Lago do Samaúma II, boca do Samaúma, rio
Trombetas e igarapé Grande
Locais onde a comunidade prática a caça Interior da FLONA, após a área do pica-pau
Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: a Escola é dentro da
FLONA (Nossa Senhora de Nazaré), barracão comunitário e Igreja.
Organização social: Associação de Moradores do Samaúma II (Coordenador - Pastor Josiel)
Profissões existentes na comunidade: Carpinteiro, pedreiro, motosserista, juquireiro,
marceneiro, motorista de carro e moto (sem carteira).
Mapa Falado da Comunidade Samaúma II
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Acari, Rio
Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 32
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
15
Famílias que trabalham agricultura e pequena
criação de animais na FLONA, porém não
moram no centro da comunidade
8
Famílias que moram e trabalham a agricultura
no entorno da FLONA
9
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para venda e consumo
próprio
Lavoura temporária:
Roça de mandioca (farinha), milho, banana,
cana, cará, arroz, feijão, batata doce, abacaxi;
Lavoura permanente:
Pupunha, cupuaçu, manga, abacate, laranja,
tangerina, graviola, açaí, coco, maracujá.
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
Atrás das propriedades de moradia e das
propriedades de trabalho agrícola
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Breu (para calafetação de barcos); bacaba,
andiroba, piquiá, patauá, palha de buriti (para
confecção de tipití), cipó ambé (para confecção
de paneiro), arumã (para fazer peneiras), palha
(para fazer abanos e cobrir as casas)
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Atrás das propriedades de moradia e das
propriedades de trabalho agrícola
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Observação: Os comunitários informaram
ainda que das madeiras tiradas dos terrenos
onde fazem a roça, os mesmos produzem
carvão, que vendem na cidade, fazendo esta
atividade parte importante de um reforço de
renda.
Itaúba (utilizada para casas, embarcações e
cercas); Marupá (utilizada para paredes de
casas, fazer caixões, etc.); Angelim para
paredes de casas, cercas, assoalhos, etc.;
Sucupira para quilha de barco; Cumaru para
quilha de barco.
Local onde a comunidade prática a pesca No rio Trombetas, no igarapé Patauá, no
igarapé Caraná, no igarapé Chicão, no lago
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Aracú, Pacú, Acará, Pescado,
Pirarucu, Jaraqui
Locais onde a comunidade prática a caça Atrás das propriedades de moradia e das
propriedades de trabalho agrícola
Espécies que são caçadas para subsistência Porco catitu, veado, cutia, paca, porco
queixada ou porcão.
Mapa Falado da Comunidade Acari
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Batata I (Boa
Esperança), Lago do Batata, FLONA Saracá-Taquera
Total de famílias na comunidade 31
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Todas
Total de casas na FLONA 31
Serviços existentes na comunidade 2 igrejas, algumas famílias têm poço
artesiano,, porém os mesmos estão com
problemas de água suja; não tem energia
elétrica, não tem escola, porém tem transporte
escolar para comunidade Flexal
Produtos da Agricultura Familiar produzidos na
FLONA e no entorno para venda e consumo
próprio
Mandioca, melancia, milho, batata, macaxeira,
abacaxi, banana, cebolinha, maxixe, jerimum,
laranjeiras, manga, caju, cará, tomate,
graviola, cupuaçu
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago
do Batata, entrando aproximadamente 4 km;
Na ilha onde fica a propriedade de José
Venâncio
Ao lado direito da cabeceira do cemitério,
passando o cemitério
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Breu (para calafetação de barcos); Cipó tititca
para vassoura, peneira, amarrar casas, cipó
timbó para vassouras e amarrar casas e palhas,
cipó ambé para paneiro, amarrar casas e
palhas, leite de sucuuba para remédio,
Copaíba, açaí, bacaba, pataua, castanha, buriti
para tiptit, jacitara para tipiti, arumã para
peneira
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago
do batata, entrando aproximadamente 4 km,
Na ilha onde fica a propriedade de José
Venâncio
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Observação:
Os comunitários informaram ainda que das
madeiras tiradas dos terrenos onde fazem a
roça, os mesmos produzem carvão, que
vendem na cidade, fazendo esta atividade parte
importante de um reforço de renda
Itaúba (esteio, embarcação, tábua, lenha, etc.);
Marupá para caixão, tábua para parede,
móveis, louro para taboa, aroeira para forro de
casa, assoalho, mandioqueira para tábua p
parede, Massaranduba para esteios, Sucupira
para quilha de barco, estrutura para caixa de
água, acariquara para poste e esteio, Taquari
para tábua para casas.
Profissões existentes na comunidade: Pedreiro, carpinteiro, eletricista, mecânicos,
soladores, marceneiros, motoserristas
Local onde a comunidade prática a pesca No lago do Batata e nas diferentes cabeceiras
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, piranha, aruanã, pescada, cará,
surubim, furacalça, tambaqui, pacú, peixe boi,
pirarucu, folhote, pirarara, tracajá
Locais onde a comunidade prática a caça: atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago do
Batata, entrando aproximadamente 4 km; na ilha onde fica a propriedade de José Venâncio; ao
lado direito da cabeceira do cemitério, passando o cemitério; na ilha maior - lago do Batata.
Espécies que são caçadas para subsistência: cutia, paca, queixada, caititu, anta, onça, tatu,
jacaré, veado, macaco (todos), mutum, nambu, jabuti, pato, carará, miuá, gavião, socó, coroca,
etc.
Mapa Falado da Comunidade Batata I (Boa
Esperança)
Informações do Mapa Falado e dados socioeconômicos da comunidade Batata II (Bom
Jesus), Lago do Batata, FLONA Saracá-Taquera
Total de famílias na comunidade 47
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Todas
Total de casas na FLONA 42
Serviços existentes na comunidade 2 igrejas, não tem poço artesiano; não tem
energia elétrica, não tem escola, porém tem
transporte escolar para comunidade Flexal
Observação:
A água do Rio é contaminada
Algumas famílias no verão podem acessar olho
d’água, porém no inverno, com a subida do rio,
estes ficam submersos.
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para venda e consumo
próprio
Mandioca, melancia, milho, batata doce,
macaxeira, abacaxi, arroz, feijão cará, cana,
ananás, cupuaçu, pupunha, cacau, etc.
3 famílias tem algumas cabeças de gado, a
maioria das famílias cria patos e galinhas.
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago
do Araçá, adentrando aproximadamente 8 km,
inclusive entrando na UMF;
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Breu (para calafetação de barcos); Cipó tititca
para vassoura, peneira, paneiro,
Copaíba, açaí, bacaba, pataua, andiroba, uxi,
palha para cobrir casa, Piquiá, etc.
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago
do Araçá, adentrando aproximadamente 8 km,
inclusive entrando na UMF;
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Itaúba (esteio, embarcação, tábua, lenha, etc.)
Todo tipo de madeira branca para construção
de casas, móveis e caixões;
Massaranduba e maramara para cercas
Observação:
Os comunitários informaram ainda que das
madeiras tiradas dos terrenos onde fazem a
roça, os mesmos produzem carvão, que
vendem na cidade, fazendo esta atividade parte
importante de um reforço de renda.
Local onde a comunidade prática a pesca No lago do Araça
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, cará, traíra, pacu, charuto, aruanã,
etc.
Locais onde a comunidade prática a caça Atrás dos terrenos que ficam ao redor do lago
do Araçá, adentrando aproximadamente 8 km,
inclusive entrando na UMF;
Espécies que são caçadas para subsistência Porco, paca, cutia, veado, anta, jacaré, jabuti,
inambu, mutum, jacu, etc.
Mapa Falado da Comunidade Batata II (Bom
Jesus)
Informações do Mapa Falado da comunidade do Moura - quilombolas do Alto Trombetas,
FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 125 Famílias no geral
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Do total geral 105 Famílias moram na FLONA
A comunidade do Moura está localizada no rio Trombetas, na área quilombola do Alto
Trombetas, no interior da FLONA Saracá-Taquera, limitando-se entre as comunidades Boa
Vista e Palhal. A área da comunidade está dentro da FLONA e possui zona populacional, área
de roçado, centro comunitário, ilhas (do Benzo, Grande, Cauxi, Minduca, Abelardo e Juca) e
praias (do açucar). A comunidade utiliza, além da zona populacional, uma área que designaram
no mapa falado como "área de uso comunitário", que se estende em toda a área de pretensão
para criação de Território Quilombola e onde está localizado o Platô Monte Branco em
Concessão Mineral pela MRN. O Centro Comunitário está localizado próximo ao rio Trombetas
e ao lado da ilha do Benzo. As casas de moradia estão localizadas próximas ao lago e igarapés,
na zona populacional da FLONA.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para consumo próprio
e venda, dependendo do período e da
quantidade
Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,
banana, melancia, cana de açúcar, arroz,
abacate, mamão, feijão, tangerina, pupunha,
laranja, limão, manga e outros.
Criação de pequenos animais Galinha, porco, peru, bode, pato, carneiro.
Pecuária boi , cavalo, vaca
Artesanato: fazem de palha e cipó da FLONA: paneiro, peneira, abano, vassoura, tipiti, remo,
barcos e canoas para brinquedos, colher de pau, panelas, pratos, potes e utensílios de barro.
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua utilização: para subsistência e, algumas
vezes, para venda - Castanha do Brasil (FLONA Saracá-Taquera e REBIO do Rio Trombetas),
uxi, andiroba, cipó (titica e ambé), palha (cobrir casa), mel de abelha, breu (para calafetar
canoas, barcos), piquiá, patauá, açaí, bacaba, casca de cariepé, barro, copaíba, sementes
(copaíba, cumaru, tento), bacuri, uxirana do igapó, pariri, etc.
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Utilizam para consumo – Itaúba (casa, barco,
canoa, remo); aroeira, marupá, maçaranduba
(cerca, estaca), tento, louro, cedro, acari,
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, aracu, matrinxã, acari, pirarucu,
pacu, pescada, apapá, acaratinga, piranha, etc.
Espécies que são caçadas para subsistência: cutia, paca, queixada, catitu, anta, veado, macaco,
tatu, mutum, jabuti, jacu, aracuã, nambu, tucano, arara e outros
Locais onde a comunidade prática o extrativismo: Na zona populacional e após essa zona, na
área que designaram com área de uso comunitário
Locais de onde a comunidade tira madeira para confecção de canoas e casas: zona populacional,
após os roçados, e após essa zona, na área que designaram com área de uso comunitário
Local onde a comunidade prática a pesca Rio Trombetas e igarapés da FLONA
Locais onde a comunidade prática a caça: na zona populacional e após essa zona, na área que
designaram com área de uso comunitário
Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: 2 igrejas - católica e
evangélica; barracão comunitário; microssistema de água centro comunitário (para algumas
famílias apenas); algumas famílias tem motor de luz particular e há um no centro comunitário.
O lixo queimam e jogam no mato. Para lazer, existem 3 campos de futebol, um igarapé e duas
sedes de festas. Festividades: Padroeira Nossa senhora do Perpetuo Socorro e festa da
consciência negra. Tem um agente de saúde e apoio da fundação esperança uma vez no mês.
Organização social ARQMO, COOPERMoura
Profissões existentes na comunidade: carpinteiro, pedreiro, motosserrista, juquireiro,
marceneiro, motorista de carro, soldador, eletricista, cozinheira, técnico em segurança, agente
de saúde, professor.
Mapa Falado da Comunidade Moura
Informações do Mapa Falado da comunidade da Tapagem - quilombolas do Alto
Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná - PA
Total de famílias na comunidade 46 Famílias
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
46 Famílias
A comunidade da Tapagem está localizada no rio Trombetas, no interior e entorno da FLONA
Saracá-Taquera, na área quilombola do Alto Trombetas, limitando-se entre as comunidades
Sagrado Coração de Jesus e Paraná do Abuí. A comunidade é dividida em área de várzea, lago
da tapagem, tapaginha, território quilombola, lago do Farias e área de uso comunitário na
FLONA, que designaram como sendo a área que as comunidades possuem pretensão para
criação de Território Quilombola. Durante o ano, vão, pelo menos, 4 vezes a esta área. As casas
de moradia estão localizadas na zona populacional da FLONA ao longo do lago da Tapagem e
os roçados são próximos as áreas de moradia.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar
produzidos na FLONA e no
entorno para consumo
Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará, banana,
melancia, cana de açúcar, arroz, abacate, mamão, feijão,
laranja, limão, manga, batata doce, jerimum, abobora, caju,
cupuaçu, maracujá, goiaba, coco, jambo, açaí.
Criação de pequenos animais Galinha, pato, carneiro
Pecuária Duas pessoas da comunidade criam gado, mas em pequena
quantidade
Artesanato Paneiro, tipiti, pulseira e colares (miçanga e semente),
ouriço da castanha (saboneteira, cinzeiro, etc.), rede,
trabalho em crochê das mulheres.
Produtos extrativistas tirados da
FLONA e sua utilização
Castanha, uxi, andiroba, cipó (titica e timbó), palha (cobrir
casa), mel de abelha, Breu (para calafetar canoas, barcos),
piquiá, patauá, copaíba, inajá, cumaru, ambé, tucuma, açaí.
Tipos de madeiras e uso das
mesmas tiradas pela comunidade
Itaúba ( casa, barco, canoa, remo); aroeira, marupá, tento,
louro, cedro, andiroba, sapucaia, carvalheiro, acapu,
angelim.
Espécies que são pescadas para
subsistência
Tucunaré, aracu, Acari, Pirarucu, pacu, traíra, surubim,
tamuatá, aruaná, cujuba
Espécies que são caçadas para
subsistência
cutia, paca, queixada, catitu, anta, viado, tatu, mutum,
jabuti, jacu, nambu
Locais onde a comunidade prática
o extrativismo
No Território Quilombola e na área de uso comunitário
Locais de onde toda comunidade
tira madeira para confecção de
canoas e casas de uso próprio
No Território Quilombola na área de uso comunitário - área
de pretensão para criação de Território Quilombola
Local onde a comunidade prática a
pesca
Igarapé da Tapagem ou saco das almas
Locais onde a comunidade prática
a caça
Na zona populacional e após esta zona, na área de uso
comunitário - área de pretensão para criação de Território
Quilombola
Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Igreja católica – São
Sebastião (padroeiro). Não tem escola, estudam na escola polo em Mãe Cué, um barracão
comunitário, motor de luz no centro comunitário e 2 particulares, não tem microssistema de
água, usam água diretamente do rio ou lago. Como lazer tem o igarapé, campo de futebol, sede
de festa que é o barracão comunitário.
Organização social: Associação Comunitária Mãe Domingas, ARQMO, CEQMO, STTRO.
Tem pessoas que recebem bolsa verde e bolsa família.
Profissões existentes na comunidade: artesão, carpinteiro, marceneiro, motoserrista, pedreiro
Mapa Falado da Comunidade Tapagem
Informações do Mapa Falado da comunidade Sagrado Coração de Jesus - quilombolas do
Alto Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná – PA
Total de famílias na comunidade 24 Famílias
Famílias que moram na FLONA 24 Famílias
A comunidade Sagrado Coração de Jesus está localizada no rio Trombetas, FLONA Saracá-
Taquera, entre as comunidades da Tapagem e Mãe Cué. Na comunidade há áreas de roçado,
pastagem, campo, mata e centro comunitário. As casas de moradia e o centro da comunidade
estão ao longo do rio Trombetas e do igarapé da Água Fria. As áreas de roça estão próximas as
áreas de moradia. Há um criador de gado (Joel) próximo ao igarapé da Água Fria.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar
produzidos na FLONA e no entorno para
consumo
Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,
banana, melancia, cana de açúcar, laranja, limão,
manga, batata doce, jerimum, abobora, cupuaçu,
abacate, maxixe.
Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco, carneiro
Pecuária Existem vacas.
Artesanato Paneiro, peneira, abano, vassoura, tipiti, remo,
cascos, canoas e botes, pulseiras e anéis de
sementes e de tucumá.
Produtos extrativistas tirados da FLONA e
sua utilização
Castanha, uxi, andiroba, cipó (titica e timbó),
palha (cobrir casa), mel de abelha, Breu (para
calafetar canoas, barcos), piquiá, patauá, copaíba,
cumaru, tucuma, açaí, bacaba, jutaí.
Tipos de madeiras e uso das mesmas
tiradas pela comunidade
Itaúba (casa, barco, canoa, remo); aroeira, marupá,
tento, louro, sucupira, pau-d'arco, mandioqueira,
uxi, amapá.
Espécies que são pescadas para
subsistência e venda
Tucunaré, aracu, pirarucu, pacu, surubim, aruaná,
apapá, pescada, matrinxã, jaraqui, tambaqui,
piraíba.
Espécies que são caçadas para subsistência cutia, paca, queixada, catitu, viado, mutum, jabuti,
jacamim, macaco, arara, aracuam
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
Após o divisor do Fernando, próximo ao Igarapé
da Água Fria e adentrando a mata após o igarapé
Locais de onde toda comunidade tira
madeira para confecção de canoas e casas
de uso próprio
Após o divisor do Fernando, próximo ao Igarapé
da Água Fria
Local onde a comunidade prática a pesca Laguinho, igarapé da Água Fria
Locais onde a comunidade prática a caça Nas proximidades dos igarapés e adentrando à área
de mata após o igarapé da Água Fria
Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Igreja católica e evangélica,
escola, barracão comunitário, motor de luz no centro comunitário e 5 particulares. O lixo jogam
na beira da estrada, queimam e enterram. Área de lazer – campo de futebol e igarapés.
Festividade do Santo: Sagrada Família. Tem pessoas que recebem bolsa verde e bolsa família.
Água para beber e fazer os alimentos é diretamente do rio.
Organização social Associação Mãe Domingas.
Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, motoserrista, pedreiro, artesão,
juquireiro, cozinheiras, pintor, costureira
Mapa Falado da Comunidade Sagrado Coração
de Jesus
Informações do Mapa Falado da comunidade Mãe Cué - quilombolas do Alto Trombetas,
FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná-PA
Total de famílias na comunidade 33 Famílias
Famílias que moram na FLONA 33 Famílias
A comunidade Mãe Cué está localizada no rio Trombetas, na área quilombola do Alto
Trombetas, no interior da FLONA, limitando-se com as comunidades Cuecé e Sagrado Coração
de Jesus. A área da comunidade se estende do igarapé da Terra Preta, ilha da Mãe Cué, Cuecé,
rio Trombetas, zona populacional (centro comunitário - área de várzea), lago Grande, igarapé da
Água Vermelha e termina no igarapé da Água Fria. A comunidade utiliza mais a parte do lago
Grande, mas na época da cheia, por ser área de várzea, saem desta área até passar este período.
Na comunidade há a área do centro comunitário, área de roçado, de pastagem, de várzea e de
mata. As casas de moradia estão ao longo do Lago Grande e do Centro Comunitário. A escola
está localizada ao longo do Igarapé da Água Fria. Há uma área de pastagem próximo ao lago
grande e de algumas casas. O centro comunitário fica entre o igarapé da Terra Preta e o lago
Grande. As áreas de roçado ficam entre o igarapé da Terra Preta, lago Grande e o igarapé da
Terra Vermelha e a área Cuecé. Foi considerado pela comunidade que os moradores utilizam
uma área após a zona populacional para coleta de produtos extrativistas para confecção de
artesanato e outros não madeireiros, além de madeira. Designaram esta área como sendo de uso
comunitário, distante em torno de 22 km após o limite da FLONA para o seu interior.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar
produzidos na FLONA e no entorno
para consumo
Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará, banana,
melancia, laranja, limão, batata doce, jerimum,
abacate, maxixe, pepino, caju, cupuaçu, feijão.
Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco
Pecuária Uma família – boi e vaca
Artesanato Paneiro, peneira, abano, vassoura, tipiti, remo, canoas
e barquinho de brinquedo, colher de pau, jamaxim,
capote para casa
Produtos extrativistas tirados da
FLONA e sua utilização
Castanha, uxi, óleo de andiroba e copaíba, cipó
(titica e ambé), palha (cobrir casa), breu (para
calafetar canoas, barcos), piquiá, patauá, tucuma,
açaí, bacaba, taperebá, maracujá do mato, pariri.
Tipos de madeiras e uso das mesmas
tiradas pela comunidade
Itaúba ( casa, barco, canoa, remo); aroeira, tento,
louro, sapucaia, mandioqueira, acari, gaivoteiro
Espécies que são pescadas para
subsistência e venda
Tucunaré, aracu, pacu, aruaná, apapá, pescada,
matrinxã, charuto, mapurá.
Espécies que são caçadas para
subsistência
Cutia, paca, queixada, catitu, viado, mutum, jabuti,
aracuã, anta, capivara, nambu.
Locais onde a comunidade prática o extrativismo: No interior da FLONA, do igarapé da água
fria até o igarapé da terra preta, na área após a zona populacional adentrando a mata
Locais de onde toda comunidade tira madeira para confecção de canoas e casas: No interior da
FLONA, na parte mais central dos igarapés da Água Fria, da Água Vermelha e da Terra Preta
Local onde a comunidade prática a pesca Lago Mãe Cué e lago grande
Locais onde a comunidade prática a caça: No lago Mãe Cué, na zona populacional próximo à
Escola e as proximidades da área de roçado perto da área de pastagem e do igarapé da Água
Vermelha e área de roçado próximo ao igarapé da Terra Preta.
Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Escola polo – reúnem mais
2 comunidades (Tapagem e Sagrado), educação infantil ao ensino fundamental. Igreja católica
(Espirito Santo) e evangélica. Tem grupo gerador que atende o centro comunitário, motor de luz
particular (5), um barracão comunitário. Lazer: dois campos de futebol, igarapé e praia. Lixo:
queimam ou enterram no buraco. Fazem parte da Associaçõe Mãe Domingas e da ARQMO.
Profissões existentes na comunidade: carpinteiro, motosserrista, pedreiro, artesão,
cozinheiras, pintor, costureira, marinheiro, professor
Mapa Falado da Comunidade Mãe Cué
Informações do Mapa Falado da comunidade Curuça-Mirim - quilombolas do Alto
Trombetas, FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná – PA, Rio Trombetas
Total de famílias na comunidade 18
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
18, sendo que além deles tem um individual
que tem 30 há de campo
Serviços existentes na comunidade Tem energia elétrica;
Tem igreja;
Tem microssistema que é abastecido com água
do lago;
Tem água encanada;
Tem casa de farinha comunitária
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na
Mandioca, milho, banana, melancia, feijão,
arroz, jerimum, caju, murici, abacate, abacaxi,
mamão, cupuaçu
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
1. Atrás das propriedades de moradia e das
propriedades de trabalho agrícola até o platô
Monte Branco1
2. Dentro da REBIO2
3. Ao longo do igarapé Jamari Grande
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Castanha, copaíba, cipó para paneiros,
vassouras e cestos, breu para calafetação de
barcos,, sementes para plantio, reflorestamento
e remédio, seiva de Jutaí para remedia, bacaba,
açaí, patauá, Piquiá, uxi, taperebá, caju-acú,
pariri, buriti, inajá, tucumã, cumaru para
remédio, ubim para cobertura de casas
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Ao longo do igarapé que fica a direita do lago
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Itaúba (utilizada para casas, canoas)
Louro para fazer casas, marupá para casas e
móveis, aroeira para casa e moveis,
Massaranduba para estacas e casas, sucuruba
para casas, acariuba para casas, cercas e postes
de energia, tento para cascos e casas
Local onde a comunidade prática a pesca No lago
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Pacu, Pirarucu, Tambaqui, acari,
filhote, charuto, branquinha e todos os outros
que são para consumo, tracajá e tartaruga
Observação: a comunidade tem um projeto de
piscicultura para criação de tambaqui
Locais onde a comunidade prática a caça
Espécies que são caçadas para subsistência
1 Quando vão tirar copaíba eles caminham 9 horas pelo ramal, ou então vão mais próximo de rabeta
através de um igarapé e de lá por uma picada chegam no Platô 2 Os quilombolas tem autorização do ICMBio através de um acordo para tirar castanha do brasil da
REBIO e eles relataram tirar também a palha do ubim, uma vez que é só lá que existe a palha “fêmea” que é adequada para cobrir casas
Mapa Falado da Comunidade Curuça Mirim
Informações do Mapa Falado da comunidade Jamari - quilombolas do Alto Trombetas,
FLONA Saracá-Taquera e Reserva Biológica do Rio Trombetas, Oriximiná – PA, Rio
Trombetas
Total de famílias na comunidade ?????
Famílias que moram e trabalham a
agricultura na FLONA
Uma parte das famílias da comunidade Jamari mora
na REBIO (Reserva Biológica) do Rio Trombetas e
outra parte na FLONA. Porém, trabalham na
FLONA com agricultura familiar, ficando a maior
parte das áreas agrícolas em torno do lago Matapí
Serviços existentes na comunidade Existe um gerador de energia; A escola polo para
todas as comunidades na redondeza fica no Jamari;
Tem barracão comunitário, Igreja e
Agente de saúde
Produtos da Agricultura Familiar
produzidos na FLONA
Mandioca, milho, abacaxi, cará e macaxeira
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
4. 1) Indo pela estrada do Monte Branco até o Platô
Monte Branco (para copaíba); 2) à partir do Platô
Monte Branco, saindo pelo igarapé do Moura; 3) o
longo do Igarapé do Jamari, entrando também no
igarapé que leva até a picada de acesso a estrada
Monte Branco; 4) dentro da REBIO3 ao redor do
lago do Juquiri grande e no Erepecu
Produtos extrativistas tirados da FLONA
e sua utilização
Breu (para calafetação de barcos); castanha, cipó,
açaí, bacaba, andiroba, cumaru, seiva de jutai,
jacitara e ambé, ubim. Muitos dos produtos são
usados para fins medicinais e os diversos cipós para
artesanatos como paneiro, peneira, tipiti, etc.
Locais de onde toda comunidade tira
madeira para confecção de canoas e casas
de uso próprio
1. 1) Atrás das áreas agrícolas em torno do lago
Matapí; 2) ao longo do igarapé do Jamari; 3) no
entorno do Lago Jamarizinho
Tipos de madeiras e uso das mesmas
tiradas pela comunidade
Louro, itaúba, breu sucuruba, cedro, aroeira,
sucupira, ucuúba, marupa, sapucaia, e
massaranduba. O uso das madeiras é para
construção de meios de transporte: casco, canoa,
remo e barco e para moradias
Local onde a comunidade prática a pesca 1. 1) No lago do Curuça; 2) lago do Juquiri Grande; 3)
lago do Apé; 4) lago do Palhalzinho; 4) lago do
Curuça; 5) lago do Jamarizinho; 6) lago do
cabeçudo; 7) rio Trombetas; 8) igarapé Jamari e 9)
lago Matapi
Espécies que são pescadas para
subsistência
Tucunaré, Pacu, Pirarucu, Pescada, Tambaqui,
Piranha, Surubim, Peixe-Boi, Tracajá e Tartaruga
Locais onde a comunidade prática a caça 1. 1) Atrás das áreas agrícolas em torno do lago
Matapí; 2) ao longo do igarapé do Jamari; 3) ao
redor do lago do Cabeçudo
Espécies que são caçadas para
subsistência
Cutia, paca, tatu, jabuti, mutum, veado, anta,
caetetu, queixada, macaco (guariba, prego, cuxiu,
coatá), pato do mato, marreca, inambu, jacu,
jacamim e cupido.
3 Os quilombolas tem autorização do ICMBio através de um acordo para tirar castanha do brasil da
REBIO e eles relataram tirar também a palha do ubim, uma vez que é só lá que existe a palha “fêmea” que é adequada para cobrir casas
Mapa Falado da Comunidade Jamari
Informações do Mapa Falado da comunidade Palhal - quilombolas do Alto Trombetas,
FLONA Saracá-Taquera, Oriximiná – PA, Rio Trombetas
Total de famílias na comunidade 10
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
10
Serviços existentes na comunidade Existe um gerador de energia que só serve para
uma casa
Não tem poço de água
Tem igreja
Tem barracão de festa
Tem transporte escolar para Jamari
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA
Roça de mandioca (farinha), feijão, milho,
melancia, banana, abacaxi, jerimum, frutíferas,
etc.
Pecuária: várias famílias produzem gado.
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
1. Atrás das propriedades de moradia e das
propriedades de trabalho agrícola até o igarapé
do Moura
2. Dentro da REBIO4
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Breu (para calafetação de barcos); castanha,
ubim para cobrir as casas, copaíba, cipó para
fazer paneiro, amarrar casas, curraisl cestas,
etc., Juta e Cica para remédio e perfume,
cumaru, Pataua, bacaba, açaí, etc.
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Atrás das propriedades de moradia e das
propriedades de trabalho agrícola
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Itaúba (utilizada para casas, canoas)
Cedro para fazer moveis e paredes, aroeira
para paredes, assoalhos, marupa para paredes,
assoalho e caixões e outras.
Profissões que existem na comunidade Motoserristas, marceneiro, carpinteiro,
pedreiro
Local onde a comunidade prática a pesca No lago do Palhal
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, Pacu, Pirarucu, Tambaqui, acari,
charuto, tracajá, etc
Locais onde a comunidade prática a caça Atrás das propriedades de moradia e das
propriedades de trabalho agrícola até o igarapé
do Moura
Espécies que são caçadas para subsistência Paca, tatu, veado, porco, cutia, macaco, anta,
jabuti, mutum, jacamim, pato, arara, etc.
4 Os quilombolas tem autorização do ICMBio através de um acordo para tirar castanha do brasil da
REBIO e eles relataram tirar também a palha do ubim, uma vez que é só lá que existe a palha “fêmea” que é adequada para cobrir casas
Mapa Falado da Comunidade Palhal
Informações do Mapa Falado das comunidades Viravolta (Assentamento Vira Volta) e
Redobra, FLONA Saracá-Taquera, Terra Santa
Total de famílias na comunidade Redobra 28
Viravolta 13
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Redobra 3
Viravolta 13 (toda comunidade)
Obs. Maiores informações foram levantadas no
dia pelo Rodrigo que foi até os respectivos
locais com GPS
Famílias que trabalham agricultura e pequena
criação de animais na FLONA, porém não
moram no centro da comunidade
Serviços existentes na comunidade Igreja, barracão, cozinha, poço (algumas
famílias tem em suas casas), banheiro, agente
de saúde
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para venda e consumo
Mandioca, milho, jerimum, mel, cana, abacaxi,
macaxeira, banana, cupuaçu, cará, batata, etc.
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
1. Atrás das propriedades que ficam no entorno
do Igarapé do Palhal no Redobra
2. Nos dois lados do igarapé do vira volta
3. Na área que divide as duas comunidades
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Açaí, palha (para cobertura de casas e para
vender na cidade), cipó ambé (para fazer
paneiro, amarrar paredes, jamanxin, balaio,
etc.) outros cipós para amarrar cercas, curral e
palha, tucumã que é vendido para
atravessadores a R$ 4,00 p quilo para levar
para Manaus, buriti também comprada por
atravessadores que produzem a polpa para
vender em Manaus,
Pecuária: boi, cavalo, galinha, pato
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
A maioria é tirada nos próprios terrenos,
quando não tem os comunitários adentram na
floresta na proximidades de suas propriedades
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Cupiuba e angelim (tabua, Flexal, pernamanca,
assoalho), itaúba (para armação da casa),
maramará murta (curral, varas), acarí para
esteio
Profissões existentes nas comunidades Carpinteiro, pedreiro, marceneiro, motoserrista
Local onde a comunidade prática a pesca 1. No igarapé do Palhal no Redobra
2. No ichi
3. No Piaruacá
Obs. Os igarapés pequenos são somente para
reprodução
Espécies que são pescadas para subsistência Tucunaré, pirapitinga, tambaqui, jacundá,
Caratinga, pacu, bocudo, surubim, etc.
Locais onde a comunidade prática a caça 1. Atrás das propriedades que ficam no entorno
do Igarapé do Palhal no Redobra
2. Nos dois lados do igarapé do vira volta
3. Na área que divide as duas comunidades
Espécies que são caçadas para subsistência Tatu, cutia, paca, catitu, veado, queixada,
jabuti, nambu, mutum, etc.
Os comunitários mencionaram que caçam
apenas às vezes.
Mapa Falado da Comunidade Viravolta e
Redobra
Informações do Mapa Falado da comunidade Uxi, Terra Santa - PA
Total de famílias na comunidade 15
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Tudo indica que a comunidade inteira fica fora
da FLONA
Famílias que trabalham agricultura e pequena
criação de animais na FLONA, porém não
moram no centro da comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para venda e consumo
próprio
Mandioca, macaxeira, milho, feijão, batata,
abacaxi, cana, banana, cará, melancia,
jerimum, maxixe, farinha, caju.
Pecuária: galinha, porco, pato e carneiro
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo na FLONA
Nas florestas que ficam na redondeza da
comunidade (tudo indica que não façam parte
da FLONA)
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Tucumã, bacaba, buriti, castanha, açaí, palha
preta, cipó, uxi.
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
Nas florestas que ficam na redondeza da
comunidade (tudo indica que não façam parte
da FLONA)
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Itaúba, angelim, marmara, marupá, cauré,
capiuba.
Local onde a comunidade prática a pesca 1. No entorno da cabeceira do Uxi
2. No igarapé Tracuá
Espécies que são pescadas para subsistência Tambaqui, aracu, pacu, uruanã, surubim,
pirarucu, branquinha, jalimã, baruca,
pirapitinga, tucunaré, piranha, jaraqui,
sardinha, mapará, apapá.
Locais onde a comunidade prática a caça Nas florestas que ficam na redondeza da
comunidade (tudo indica que não façam parte
da FLONA)
Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, anta, catitu, porco do mato, veado, tatu,
jabuti.
Mapa Falado da Comunidade Uxi
Informações do Mapa Falado da comunidade Jamary, FLONA Saracá-Taquera, Terra
Santa
Total de famílias na comunidade 36 Famílias
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Do total, 27 famílias moram na FLONA.
A comunidade do Jamary está localizada ao longo do igarapé do Jamary, tendo uma parte da
comunidade no interior da FLONA Saracá-Taquera e outra parte em seu entorno, próximo a
estrada que dá acesso ao município de Terra Santa e um pouco após a ponte (5 famílias).
Limita-se com a comunidade do Nascimento e os PA´s Jamary e Itaquera I. Foi citado pelos
comunitários que há pessoas dessa comunidade a mais ou menos cinco gerações morando no
interior da FLONA. A área de moradia e de roçado fica localizada ao longo do igarapé do
Jamary e do igarapé Teófilo. Na comunidade há área de roçado, de pecuária e de mata.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para consumo
próprio e venda, dependendo do período e da
quantidade
Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,
batata doce, banana, melancia, jerimum,
laranja, limão, cupuaçu, abacate, manga,
goiaba, maxixe, coco
Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco, carneiro
Pecuária boi, cavalo e vaca
Artesanato Paneiro, tipiti, abano, louças de barro, cestos de
tucumã.
Produtos extrativistas tirados da FLONA e
sua utilização
Castanha, uxi, andiroba, cipó (titica e ambé),
palha (cobrir casa e de Tucumã), piquiá,
tucuma, açaí, bacaba, cascas medicinais e de
buriti, jutaí, miri, maracujá do mato
Produtos extrativistas tirados da área da
comunidade
Piquiá, bacaba, andiroba, castanha, etc.
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Itaúba ( casa, barco, canoa, remo); aroeira,
marupá, louro, angelim, cupiúba, cedro,
carapanaúba, tamaquaré, murrão, sucuruba e
aquariquara.
Espécies que são pescadas para subsistência Peixe liso, matrinxã, aracu, jacundá, mafurá,
piaba, acará, arari, jiju.
Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, paca, queixada, catitu, viado, mutum,
jabuti, anta, nambu, tatu, macaco, jacu,
jacamim, jabuti.
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
No interior e entorno da FLONA, ao longo do
igarapé Jamary
Locais de onde toda comunidade tira madeira
para confecção de canoas e casas de uso
próprio
No interior da FLONA e bem próximo ao limite
da unidade
Local onde a comunidade prática a pesca Igarapé do Jamary
Locais onde a comunidade prática a caça No interior da FLONA, próximo a ponte da
MRN e ao longo do igarapé do Jamary
Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Não tem escola, bebem
água diretamente do rio, tem um campo de futebol como lazer. Associação comunitária dos
trabalhadores rurais de Jamary – ACOTJA. Estão em processo de reconstrução da comunidade.
Organização social ACOTJA
Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, motoserrista, pedreiro, artesão,
cozinheiras, motorista (carro e moto).
Mapa Falado da Comunidade Jamary
Informações do Mapa Falado da comunidade Nascimento (Assentamento Jamary),
FLONA Saracá-Taquera, Terra Santa - PA
Total de famílias na comunidade 42 Famílias
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
9 famílias possuem casa no interior da FLONA
(Pofiro, João, Sabino, Nazaré, Matias e Ronan,
Pereguete, Dilce e Titica). Não foi informado
se estão morando nestas casas ou fora da
FLONA.
A comunidade do Nascimento está localizada no entorno e interior da FLONA Saracá-Taquera,
entre a comunidade do Jamary e o assentamento PA Jamary que está em processo de
licenciamento pela SEMA – PA. Na área da comunidade há área de moradia, ramal do
Nascimento, área de roçado e mata. As casas de moradia estão localizadas ao longo do ramal do
Nascimento e do igarapé do Nascimento. A maior parte da produção da comunidade é
proveniente da mandioca e criação de gado.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar produzidos
na FLONA e no entorno para consumo próprio
e venda
Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, cará,
batata doce, banana, jerimum, laranja, limão,
abacate, goiaba, caju, cupuaçu, açaí, pupunha,
abiu, beribá, fruta pão, milho, feijão, fava, cana
de açúcar, tangerina.
Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco, cabra, carneiro, picote
Pecuária Existem famílias que tem – boi, cavalo
Artesanato Não tem
Produtos extrativistas tirados da FLONA e sua
utilização
Uxi, piquiá, jatobá, mel de abelha, breu, palha
e tucumã
Tipos de madeiras e uso das mesmas tiradas
pela comunidade
Itaúba, angelim, marupá, sucuruba
Espécies que são pescadas para subsistência Cará, aracu, traíra e jiju
Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, viado, mutum, jabuti, anta, nambu, tatu,
macaco, jacu, jabuti, porco do mato
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
Não informado
Locais de onde toda comunidade tira madeira Não informado
Local onde a comunidade prática a pesca Igarapé do Nascimento
Locais onde a comunidade prática a caça Não informado
Locais de uso comunitário
Serviços existentes na comunidade Barracão comunitário, não tem escola, utilizam
água do rio. Lazer – um campo de futebol,
igarapé. Associação: ASCONA – associação
da comunidade do Nascimento. Lixo:
queimam o lixo e tem um agente de saúde.
Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, pedreiro, mecânico, mateiro,
motorista (caminhão, moto), motosserrista.
Mapa Falado da Comunidade Nascimento
Informações do Mapa Falado da comunidade Serra, FLONA Saracá-Taquera, Terra
Santa - PA
Total de famílias na comunidade 49 Famílias
Famílias que moram e trabalham a agricultura
na FLONA
Há 40 lotes no interior da FLONA. Porém, não
há morador.
A comunidade da Serra está localizada no entorno e interior da FLONA Saracá-Taquera,
município de Terra Santa, limitando-se entre a comunidade do Jamary, AIBI e a estrada PA
254/Terra Santa - Faro. Na comunidade há área de moradia, de roçado, de pecuária e de mata.
As casas de moradia estão localizadas ao longo do ramal da comunidade da Serra, entre os
igarapés do Aibizinho e a área do Jamary. Existem quarenta lotes da comunidade dentro da
FLONA, mas sem morador. Mora apenas uma família na comunidade. A maioria das famílias
mora em Terra Santa e usa a FLONA para roçado e criação de gado. Devido o ramal da
comunidade não possuir condições de trafegabilidade, muitas famílias deixaram a comunidade e
moram em Terra Santa. Depois que o ramal foi reformado recentemente pela MRN, devido ter o
Platô Jamary no final do ramal, muitas famílias estão querendo voltar. A última moradora da
comunidade é a Dona Dilza que está dentro da FLONA, após o portão de entrada para o platô
Jamary. A área destinada à pecuária está localizada nas áreas de moradia, tanto fora quanto
dentro da FLONA, próximo ao portão da MRN.
Atividades produtivas da Comunidade
Produtos da Agricultura Familiar
produzidos na FLONA e no entorno para
consumo próprio e venda
Mandioca, macaxeira, milho, abacaxi, banana,
jerimum, laranja, limão, abacate, goiaba, caju,
cupuaçu, açaí, milho, feijão, arroz, manga,
limão/lima.
Criação de pequenos animais Galinha, pato, porco
Pecuária Existem famílias que criam boi, vaca, cavalo,
carneiro e bode
Artesanato Paneiro, Jamanxim e Esteira.
Produtos extrativistas tirados da FLONA e
sua utilização
Uxi, andiroba, cipó (titica e ambé), palha (cobrir
casa), piquiá, tucuma, açaí, bacaba, cascas
medicinais, copaíba, breu (para calafetar canoas,
barcos), patauá.
Tipos de madeiras e uso das mesmas
tiradas pela comunidade
Itaúba, angelim, sucuruba, cupiúba, cedro.
Espécies que são pescadas para
subsistência e venda
Cará, aracu, traíra, jiju e matrinxã
Espécies que são caçadas para subsistência Cutia, viado, mutum, jabuti, anta, nambu, tatu,
jabuti, porco do mato, paca
Locais onde a comunidade prática o
extrativismo
Entorno e interior da FLONA
Locais de onde toda comunidade tira
madeira para confecção de canoas e casas
de uso próprio
1) Entorno da FLONA, próximo ao limite da
unidade e 2) interior da FLONA, próximo ao
portão da MRN.
Local onde a comunidade prática a pesca Igarapés do Aibizão, Aibizinho e Jamary
Locais onde a comunidade prática a caça 1) Entorno da FLONA, próximo ao igarapé do
Jamary; 2) interior da FLONA, próximo as áreas
da comunidade Jamary e AIBI e 3) próximo ao
portão da MRN
Locais de uso comunitário e serviços existentes na comunidade: Barracão comunitário, não
tem escola, utilizam água do igarapé, não tem nenhum tipo de lazer. Lixo queimam.
Organização social Associação de Moradores da Comunidade da Serra
Profissões existentes na comunidade Carpinteiro, pedreiro, marceneiro, motosserrista,
motorista (caminhão, moto), cozinheiras
Mapa Falado da Comunidade Serra
ANEXO 2
Matriz FOFA - pontos fortes, oportunidades,
pontos fracos e ameaças, referentes a FLONA
Saracá-Taquera e sua relação com as
comunidades
Apresentação dos resultados da oficina participativa referentes a Matriz FOFA (Pontos Fortes, Oportunidades, Pontos Fracos e Ameaças) que a
FLONA, assim como o processo de Concessão Florestal, tem proporcionado ou pode proporcionar às comunidades.
Comunidades Pontos Fortes da
FLONA
Oportunidades da FLONA e da
Concessão Florestal
Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
Castanhal
Ajará
Lero
São Pedro
Casinha
Macedônia
- Impediu a invasão da
terra por grileiros e
fazendeiros.
- Protegeu a floresta
contra o desmatamento
ilegal.
- A criação do Conselho
Consultivo com a
participação de
lideranças comunitárias
de modo a atender a
demanda das
comunidades.
- Não extração ilegal de
madeira e
conseqüentemente os
madeireiros;
- Aumento da
quantidade e
diversidade de animais
silvestres;
- Projetos de educação
ambiental da Flona
contribuíram para a
conscientização
comunitária no preparo
das roças (queimadas,
uso da motosserra e,
- Trabalhar como guarda florestal na
FLONA mas com remuneração;
- Cooperativa Cooperplasa trabalhando
com Manejo Florestal comunitário na
FLONA;
- Utilizar recursos florestais de forma
sustentável (manejo florestal
comunitário, trazendo recurso
financeiro);
- Firmar parceria com o ICMBio e SFB
para apoio a projetos com as suas
associações;
- Realizar manejo da fauna, inclusive dos
peixes na área do lago Sapucuá;
- Capacitação e treinamento de
professores, alunos e comunidade sobre
flora, fauna, legislação ambiental, lixo,
saúde e o que e não pode FLONA;
- Firmar parceria com concessionários
para acesso aos produtos de utilização
das comunidades (itaúba e PFNM)
constantes no contrato de concessão;
- Contratação de mão de obra nas
atividades da concessão florestal.
- Limite que diminuiu a área das
comunidades;
- Proibição na área da FLONA para tirar
madeira, caçar, tirar frutas, cipó, breu e
outros produtos;
- Decretos dos limites sem conhecimento
e participação das comunidades;
- Falta de informação pelo governo sobre
o que pode e não pode ser feito na
FLONA.
- Empresas fazerem
acordos com a comunidade
e não cumprir;
- Proibição de caça para
subsistência;
- Concessionários
descumprirem a regra do
manejo, inclusive na
utilização dos rios para
transporte;
- Abertura de estradas na
área de manejo de forma
inadequada chegando a
poluir nascentes e
igarapés;
- Não ocorrer fiscalização
adequada na área de
manejo em concessão
florestal;
- Não definir os usos das
comunidades na FLONA;
- As comunidades não
terem direito de acessar os
recursos da FLONA.
Comunidades Pontos Fortes da
FLONA
Oportunidades da FLONA e da
Concessão Florestal
Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
etc.);
- Fortalecimento das
atividade coletivas e
processo dos roçados,
na forma de mutirão e
etc.;
- Parceria entre
associações
comunitárias e outras
instituições.
Boa Nova
Saracá
- Oportunidade de
conhecer a área e
interagir com ICMBio
com estas reuniões;
- Revisão do Plano de
Manejo da FLONA.
- Águas da FLONA serem classificadas
como “tipo especial”[1];
- Resolver os problemas existentes da
população na FLONA (não inclusão dos
mesmos na zona populacional);
- Fazer treinamento de motosserristas
para os comunitários com certificado, já
visando a empregabilidade dos mesmos
nas concessões[2];
- Incluir mão de obra comunitária para o
inventário;
- Incluir no novo PM maior Zona de
Amortecimento da FLONA no plano;
- Buscar com urgência a aprovação da
inclusão destas comunidades em maior
Zona Populacional;
- Legalizar e apoiar o extrativismo na
FLONA;
- Viabilizar capacitações para
aproveitamento de resíduos do MF, além
- Falta de maior integração entre
IBAMA/ICMBio para ficar claro quem
responde pelo que;
- Problemática de não ter mão de obra
técnica para comunidades, somente
oferta de mão de obra braçal pelo fato
dos comunitários não terem oferta de
capacitação;
- Pressão sobre os recursos pesqueiros e
quelônios.
- O governo não educou/esclareceu antes
de multar;
- Multas aplicadas aos comunitários;
- Os moradores não constam na Zona
Populacional (assim eles até hoje não
podem receber apoio de políticas
públicas);
- Áreas historicamente utilizadas para
agricultura e extrativismo com a criação
da FLONA ficaram proibidas;
- Não
aprovação/demarcação da
Zona Populacional;
- As concessionárias não
cumprirem os contratos;
Impactos gerados pela
extração da madeira influir
nos igarapés;
- Aumento da poluição dos
igarapés e lagos a partir de
acidentes nas áreas de
mineração;
- Poluição a partir dos
resíduos gerados pelas
máquinas;
- Eventuais problemas com
a possibilidade de
comunitários que pagam
sindicato perder sua
aposentadoria rural por
Comunidades Pontos Fortes da
FLONA
Oportunidades da FLONA e da
Concessão Florestal
Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
de autorizar o mesmo;
- Reativar os acordos de pesca;
- Estreitar comunicação com o ICMBio
para fiscalização e proteção;
- Construir flutuantes para a fiscalização
em conjunto com o ICMBio, Prefeitura e
comunitários;
- Utilizar recursos advindos das
concessões para investimento em
proteção;
- O SFB empenhar-se em articular junto
a prefeitura a inserção de
representatividade das comunidades do
entorno da FLONA no Conselho
Municipal de Meio Ambiente;
- Criar fundo específico para as
comunidades atingidas diretamente pelas
atividades das concessões para investir
em educação, fiscalização e
infraestrutura.;
- Utilizar o potencial turístico da área.
- Hoje poucas plantas podem ser
cultivadas e aproveitadas;
- Comunidade ficou com restrição de
renda por conta da criação da FLONA
(não podem mais realizar suas atividades
na FLONA);
- Falta de investimento em fiscalização
no projeto Pé de Pincha (Observação
feita pelo Chefe da FLONA, o projeto é
do IBAMA Amazonas e o ICMBio não
está envolvido no mesmo, uma vez que
este acontece em áreas que não estão no
controle do ICMBio);
- As comunidades não podem abrir
caminhos/estrada para comunitários
dentro da FLONA, mas quando é para
mineradora o IBAMA autoriza;
- Os jovens não fazem parte das
discussões sobre a FLONA.
causa de emprego com
carteira assinada[3];
- Atual chefe da FLONA
ser substituído por outro
que não compreende as
comunidades (situação).
[1] Esta oportunidade ocorreu depois da discussão sobre a necessidade de se ter uma maneira de cuidar melhor dos poluentes jogados pela mineradora nas
águas que desembocam nos rios que passam em frente das comunidades e o ICMBio não pode exigir uma qualidade de água superior (Classe Espceical)
devido as águas da FLONA serem classificadas como Classe 2..
[2] O Marcelo A. se comprometeu em verificar a possibilidade da realização dos cursos via CENAFLOR do SFB.
[3] Foi ressaltado que será importante eles verificarem isso direito via sindicato (STTR).
Comunidades Pontos Fortes da
FLONA
Oportunidades da FLONA e da
Concessão Florestal
Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
Ajarazal
Samaúma I
- A FLONA veio para
ensinar a população
local a preservar a
própria área;
- A FLONA veio para
impedir que outros de
fora desmatem
Transformar as áreas onde as famílias
moram na FLONA para Zona
Populacional para poder trabalhar a
agricultura de forma legal
- Tem pessoas (fiscais) de Organismos
Governamentais que vem só para proibir,
multar, etc.
- Vieram dizer que não pode mais fazer
roçado;
- Ficou mais burocrático para trabalhar;
- Ficou mais complicado porque diversas
Instituições são envolvidas para tirar
qualquer licenciamento;
- Empresas entram na comunidade sem
pedir licença, sem avisar e sem
autorização da comunidade (topografia).
O grupo reunido não
conseguiu encontrar
Ameaças da FLONA
Sobre as concessões florestais a comunidade Ajarazal não conseguiu compreender do que se trata, portanto, sequer entrou na avaliação por ela feita.
Carimum
Samauma II
- Ter uma fonte de água
saudável;
- Evitou a invasão de
madeireiro e venda
ilegal de madeira e
caça;
- Recursos: bacaba,
piquiá, patauá, cascas
medicinais, cipó, breu,
palha outros e caça para
alimentação;
- Muitas madeiras para
construção de casa e
embarcação;
- Poder ter agricultura –
mandioca, milho,
- Usar de forma controlada os produtos
da floresta;
- Aproveitar os benefícios da concessão
(saúde, educação, lazer, emprego e renda
e projetos comunitários);
- Criar área de uso comunitário dentro da
FLONA;
- Projetos coletivos com apoio de
instituições de manejo florestal, pesca e
animal;
- Apoio do ICMBio para fiscalização e
orientação.
- Pouca terra para criação de gado – pelo
menos 100 hectares seriam necessários;
- Houve diminuição da área da
comunidade para agricultura;
- Não poder ter estrada de acesso aos
trabalhos dos comunitários que tem
roçados distantes.
- Não ter a zona
populacional no PM;
- Não ter segurança da
terra e do trabalho;
- Garantia dos direitos dos
não associados da
ACOMTAGS;
- Não poder fazer casa de
alvenaria;
- Falta de demarcação da
área da concessão;
- Ausência dos benefícios
da reforma agrária;
- Não acessar os benefícios
por não pagar a
ACOMTAGS;
Comunidades Pontos Fortes da
FLONA
Oportunidades da FLONA e da
Concessão Florestal
Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
macaxeira, batata,
abacaxi e banana
- Ameaça de expulsão dos
não associados da
ACOMTAGS;
- Pesca e caça predatória;
- Grande consumo de
álcool.
Batata I (Boa
Esperança)
Batata II (Bom
Jesus)
Acari
- Quando vieram (antes
da criação da FLONA),
encontraram terra para
trabalhar;
- O solo é bom para o
cultivo agrícola;
- É uma fonte de
madeira para
embarcações;
- É a fonte de
alimentação dos
comunitários;
- Permite que os
moradores tenham
contato com a natureza
(lagos e água pura);
- Vieram benefícios
através da mineradora
para algumas famílias
na forma de empregos,
cadastro para vender na
feira e diferentes
projetos;
- A mineração custeia a
- Transformar as áreas onde as famílias
moram na FLONA para Zona
Populacional;
- Criar uma Zona de Amortecimento para
as comunidades no entorno poder contar
com o apoio do ICMBio;
- Alterar a classificação da água na
FLONA para classe especial para as
comunidades terem acesso a água potável
através dos rios;
- Com as concessões podem ser gerados
empregos;
- Ter apoio para agricultura para evitar
que os comunitários tenham que ir para
cidade passar fome;
- Instalar e apoiar um estaleiro para as
comunidades;
- Apoiar os marceneiros das comunidades
com a instalação de marcenaria;
- Ter acesso a energia elétrica;
- Ter acesso a abastecimento de água
potável (microssistemas potável);
- Ter assistência médica direta – cadastrar
os moradores;
- Por as comunidades não estarem na
Zona Populacional as mesmas não
podem acessar crédito para construção de
casa e ter apoio para produção;
- Os moradores não podem trabalhar de
forma legal, ficou mais complicado;
- Não se pode usar máquinas para
agricultura;
- Não é permitida a abertura de estradas
para escoar produção;
- Despejos de rejeito da mineração
poluem o lago do Batata;
- A passagem de navios mata Peixe-Boi
[1];
- A Vila Paraíso gera poluição;
- A sinalização das boias de atração de
navios é inadequada, o que já causa
acidentes com lanchas comunitárias com
morte;
- Antes da criação da FLONA a
mineradora fez uma indenização de
comunitários sem remanejamento das
famílias e sem oferta de alternativas de
geração de renda; além disso, foram
- A proposta de criação da
Zona Populacional não ser
aceita;
- As comunidades não
serem beneficiadas pela
empresa no processo de
concessão;
- Não ter benefícios
sustentáveis, nem
proporcionais ao lucro do
processo de concessão;
- Falta de organização dos
comunitários para
reivindicar os direitos;
- Se não houver melhoria
de água (mudança de
classificação para especial)
a população terá
problemas de saúde ainda
mais sérios.
Comunidades Pontos Fortes da
FLONA
Oportunidades da FLONA e da
Concessão Florestal
Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
combustível para os
jovens e adultos
poderem estudar em
Porto Trombetas (EJA);
- A FLONA protege a
madeira e caça ali
existente;
- Moradores
cadastrados pela
mineradora tem direito
a atendimento médico
em Porto Trombetas e
moradores não
cadastrados recebem
atendimento médico
emergencial quando
necessitam.
- Melhorar a educação das crianças
- Ter capacitação para os moradores nas
áreas de marcenaria, construção naval,
identificação botânica, técnico florestal;
feitas promessas pela empresa que nunca
foram cumpridas.
[1] Foi alertado para os comunitários pelo facilitador que teria que ser feito um estudo para provar se de fato apenas os navios são os responsáveis pelos
Peixe Bois que aparecem mortos, por terem sido feridos com grandes cortes, ou se isso também pode ocorrer por causa de barcos menores.
Curuça-Mirim
Jamari
Palhal
- A criação da FLONA
impediu a entrada de
fazendeiros, pescadores
(com geleiras) e
madeireiros;
- A FLONA veio para
orientar para formar
comunidade
(organização) titulação,
trouxe visão diferente;
- Diminuiu os conflitos
- Construção de acordos de pesca e
autorização de transporte de pescado para
subsistência[1];
- Capacitar/orientar os funcionários do
ICMBio para cumprirem os acordos;
- Prever no plano de utilização da
FLONA a utilização de madeira para
construção de casas na comunidade e
autorização para transporte de madeira
para construção de casas dos quilombolas
na cidade[2];
- Assedio de madeireiros/empresas;
- O fechamento de contratos prejudiciais
aos comunitários;
- A alteração da zona não ser considerada
na revisão do plano de manejo;
- O risco de contaminação dos igarapés
por conta da atividade de mineração.
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FLONA
Oportunidades da FLONA e da
Concessão Florestal
Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
entre as comunidades e
os gestores da reserva. -
Hoje há acordos;
- Com a criação da
FLONA já foi possível
construir infraestrutura
e casas com madeira;
- A comunidade teve
acesso a caça e pesca
para sua alimentação;
- A coleta de castanha
foi autorizada, antes
entrava-se a noite, pois
existia um acordo entre
o IBDF e patrões, hoje
os donos dos castanhais
são os comunitários;
- Hoje há parceria com
o ICMBio;
- As comunidades já
possuem associação
constituída, (falta o
registro no cartório)
Associação
Comunidade
Remanescentes
Quilombolas do Alto
Trombeta –
ACROQAT.
- Implantar plano de manejo florestal
comunitário de suo múltiplo;
- Capacitação/orientação sobre o manejo
florestal;
- Conseguir o CCDRU para as
comunidades quilombolas;
- Criação de peixe na FLONA
(regularização)
- Regularização da criação de gado como
subsistência/poupança[3]
- Mudança de classificação das águas da
FLONA para categoria especial;
- Os moradores quando trabalham fora e
vem na comunidade e na volta, ao levar
peixes para se alimentar durante a
semana são parados e tem o peixe, canoa
e rabeta apreendidos;
- Abuso de autoridade por partes de
policiais e fiscais do ICMBio
- Funcionários ou fiscais do
IBAMA/ICMBio agem por conta própria
e sem orientação do chefe;
- Agente ambiental contratado pelo
ICMBio utiliza arma na sua atividade[4].
Comunidades Pontos Fortes da
FLONA
Oportunidades da FLONA e da
Concessão Florestal
Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
[1] Neste caso foi citado que foi apreendido pelo uma pequena quantia de peixe, que um quilombola que mora em uma comunidade do Lago do Batata ia
levar para sua casa
[2] Os mesmos alegaram que existe esta necessidade deles construírem também sua casa na cidade, uma vez que os filhos que fazem segundo grau tem que
se mudar para cidade, pois nas comunidades não existe escola de segundo grau.
[3] Gado para esta população é considerado como poupança, uma vez que eles visam a venda do mesmo no caso de alguma doença na família, etc.
[4] Ficou o compromisso de repasse desta informação para o Chefe da FLONA por parte do analista ambiental presente no dia desta denuncia (André)
Moura
- Preservação dos
animais, rios e
igarapés;
- Conservação da
madeira;
- Evitou invasão de
pessoas de fora para
explorar madeira;
- Acesso as políticas
públicas por serem
considerados como
zona populacional.
- Projetos para uso controlado dos
recursos da Floresta da FLONA;
- Capacitação (cursos e treinamentos)
para trabalhar os produtos da floresta;
- Mão de obra para concessão florestal;
- Capacitação para trabalhar na área de
manejo da Concessão Florestal;
- Favorecer mais aproximação do
ICMBio com a comunidade;
- Palestra sobre preservação do meio
ambiente;
- Projetos para educação ambiental;
- Falta de aproximação do ICMBio com a
comunidade;
- Diminuição da área da comunidade;
- Invasão da FLONA nas áreas
quilombolas;
- Falta de palestra sobre conscientização
dos rios e igarapés.
- Acabar com a madeira da
área em concessão
florestal;
- Aumentar área da
concessão para dentro da
área de pretensão da
criação do território
Quilombola;
- Poluição de rios e
igarapés por resíduos de
desabamentos da
mineração;
- Diminuição dos animais
na área de retirada de
madeira (manejo e
mineração).
Tapagem
Mãe Cué
Sagrado
Coração de
Jesus
- Melhorou a
diminuição do
desmatamento da área;
- Com a FLONA
impediu a entrada de
pessoas estranhas;
- Os projetos de
artesanatos com ouriços
- Apoio a cooperativa;
- Manejo Comunitário;
- Legalizar a madeira do roçado pela
cooperativa (venda);
- Apoio para reativar os projetos
(artesanato de semente e castanha,
projeto de castanha) e que traga recursos
para a comunidade;
- Houve impedimentos para os
moradores da área passarem no rio a
partir das 18 h até as 07 h no período de
agosto a dezembro;
- Impedimentos de andar nas praias;
- Houve proibição de utilizar produtos da
floresta e dos rios;
- Proibição de criação de gados;
- Construção de
hidroelétricas que acabará
com os peixes dos lagos;
- Madeireira ilegal na área;
- Poluição do ar;
- Poluição do rio;
- Desmatamento
desordenado/queimadas.
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Oportunidades da FLONA e da
Concessão Florestal
Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
de castanha;
- Política do governo
como bolsa verde e
bolsa família;
- Preservação de alguns
animais como a
tartaruga, pirarucu e
peixe boi.
- Palestras sobre o meio ambiente;
- Treinamentos e oficinas para
comunidade (horta, criação de galinha,
agricultura em geral, piscicultura, criação
de abelhas, móveis; corte e costura);
- Vindas de apoio de políticas do governo
(projeto “minha casa, minha vida”,
crédito para as casas no assentamento,
etc.);
- Cobrar do ICMBio a concessão de uso
para as comunidades quilombolas;
- Ter documentos para tirar e transportar
os produtos da floresta (madeira e não
madeireiro).
- Diminuiu a área para aumentar a
comunidade.
Jamary
Serra
Nascimento
- Diminuiu o
desmatamento
- Fortaleceu a
preservação ambiental
da Fauna e da Flora
- Palestra educativa sobre área de manejo
- Palestra educativa sobre a questão dos 3
ha para roçado ou outra produtividade;
- Mais informações sobre as leis da
FLONA;
- Escola, posto de saúde e agente de
saúde na comunidade
- Treinamentos e projetos sobre formas
de uso da terra
- Apoio para produção de mudas e
extração de óleos vegetais
- Apoio para a criação de pequenos
animais e agricultura em geral
- Acesso a bolsa verde
- Apoio para implantação de piscicultura
- Falta de esclarecimento por parte dos
órgãos competentes sobre a legislação (o
que pode e o que não pode na FLONA);
- Falta de projetos alternativos
(econômico e social) na FLONA e
entorno.
- Falta de assistência técnica
- Pouca participação do poder público
(municipal, estadual e federal) junto as
comunidades
- Ausência da MRN nos debates e
propostas das comunidades
- Ausência de representatividade
permanente da comunidade
- A mineração poderá
poluir o rio;
- Ruptura das barragens da
mineradora;
- Extermínio dos peixes
- Não cumprimento do
contrato por parte da
empresa (mineração,
concessão florestal e outra
que vier)
- Acabar com a caça por
causa da exploração da
mineração
- Se não houver
informação sobre a área de
manejo haverá prejuízos
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Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
e criação de animais silvestres (acidente, punição da lei)
São Tomé
Viravolta
Uxi
Redobra
- Alimentos que a gente
tira de lá;
- As nossas casas que
fazemos do material da
FLONA;
- As frutas tucumã, uxi,
piquiá, bacaba, pataua;
- A palha, o cipó;
- As árvores, o vento a
sombra;
- A criação da FLONA
ajudou na preservação
da caça e pesca;
- Ajudou proteger
contra o desmatamento;
- A criação do Conselho
Consultivo;
- As parcerias com as
entidades que se
envolvem com a
FLONA;
- As pessoas que
moram dentro e no
entorno da FLONA se
sentem mais protegidos
dos grileiros ou dos
invasores de terra;
- Com a aplicação das
- Fazer replantio da floresta com Itaúba;
- A criação da zona de amortecimento
para poder aumentar a
atuação/cooperação do ICMBio;
- Aplicar parte do fundo proveniente do
Manejo Florestal das concessões na
melhoria de casas que estão na FLONA;
- Fazer projetos do FNDF para o entorno
da FLONA;
- Beneficiar o tucumã;
- A possibilidade de geração de emprego
através das concessionárias;
- Realizar capacitações para manejo
florestal madeireiro e não madeireiro
para as três comunidades;
- Mudar a classificação das águas da
FLONA para o tipo especial.
- As onças comem o gado;
- As apreensões de peixes e outros em
épocas eleitorais não podem ser doadas
(acabam estragando, quando poderiam
saciar a fome de muita gente);
- Existe muita conversa e pouco
resultado;
- Com a divisão do IBAMA a área de
atuação governamental se limitou ao
interior da FLONA, prejudicando a
fiscalização no entorno da FLONA;
- A atividade de mineração espanta a
onça do interior da FLONA e ela vem
comer o gado[1];
- O órgão responsável pela FLONA não
orientou os moradores locais para suas
atividades.
- A mineradora expandir
mais suas atividades até
expulsar todos os
moradores;
- Queimadas;
- Perder certas espécies
madeireiras com o
reflorestamento;
- Os lagos serem invadidos
por rejeito da atividade de
mineração;
- Pescadores vindos de
fora (geleiras, etc.).
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Oportunidades da FLONA e da
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Pontos Fracos da FLONA
Ameaças da FLONA e
Concessão Florestal
multas e as reuniões os
fazendeiros não se
interessam mais;
- Na FLONA tem as
melhores terras para
trabalhar agricultura
familiar.
[1] Quando alguns participantes citaram este ponto fraco, houve outros que não concordaram, dizendo que as onças já comiam o gado antes sequer da
mineradora vir para região
ANEXO 3
Relatório das atividades de coleta de pontos com
uso de GPS, em campo
ANEXO 4
Listas de Presença das reuniões ocorridas nas
comunidades da Floresta Nacional Saracá-
Taquera