Lusiadas hugo e carlos

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Os Lusíadas

de Luís de Camões

Reflexões do Poeta

Canto IReflexão do Poeta

Canto VReflexão do Poeta

Os Lusíadas

O recado que trazem é de amigos,Mas debaixo o veneno vem coberto;Que os pensamentos eram de inimigos,Segundo foi o engano descoberto.Oh! grandes e gravíssimos perigos,Oh! caminho de vida nunca certo,Que aonde a gente põe sua esperança,Tenha a vida tão pouca segurança!

No mar tanta tormenta, e tanto dano,Tantas vezes a morte apercebida!Na terra tanta guerra, tanto engano,Tanta necessidade avorrecida!Onde pode acolher-se um fraco humano,Onde terá segura a curta vida,Que não se arme, e se indigne o Céu serenoContra um bicho da terra tão pequeno?

Reflexão do poeta

105

106

Canto I

Os LusíadasCanto I

Canto I (105-106)

Os perigos que espreitam o ser humano (o herói), tão pequeno diante das forças poderosas da natureza (tempestades, o mar, o vento...), do poder da guerra e dos traiçoeiros enganos dos inimigos.

Os Lusíadas

Análise das Estrofes

Canto I

Antítese

Os LusíadasO recado que trazem é de amigos,Mas debaixo o veneno vem coberto;

Que os pensamentos eram de inimigos,Segundo foi o engano descoberto.Oh! grandes e gravíssimos perigos,Oh! caminho de vida nunca certo,Que aonde a gente põe sua esperança,Tenha a vida tão pouca segurança!

É a isto que o poeta se refere no poema, que chegou alguém e fez-se amigo deles, mas conseguiram perceber que afinal essa pessoa só vinha para os enganar, sendo desmascarado.

105

De acordo com Os Lusíadas, Baco opunha-se a Marte e Vénus em relação à “caminhada” dos portugueses até à Índia. Sendo assim, Baco preparou uma cilada, mandando um piloto por ele industriado dizer aos portugueses para seguirem outro caminho que os levaria ao perigoso porto de Quíloa. Mas Vénus intervém, fazendo a armada retomar o seu caminho até Mombaça.

Frases Exclamativas

Interjeições

Anáfora

Os LusíadasO recado que trazem é de amigos,Mas debaixo o veneno vem coberto;

Que os pensamentos eram de inimigos,Segundo foi o engano descoberto.Oh! grandes e gravíssimos perigos,Oh! caminho de vida nunca certo,Que aonde a gente põe sua esperança,Tenha a vida tão pouca segurança!

Estes dois versos transmitem a ideia de que os caminhos da vida são perigosos e incertos.

105

Nunca podemos ter cem por cento de esperança e certezas porque os perigos e o caminho de vida incerta faz com que a vida seja pouco segura.

Paralelismo anafórico sintáctico

Anáfora

Repetição

Personificação do céu

Metáfora

Os Lusíadas106 No mar tanta tormenta, e tanto dano,

Tantas vezes a morte apercebida!Na terra tanta guerra, tanto engano,Tanta necessidade avorrecida!Onde pode acolher-se um fraco humano,Onde terá segura a curta vida,Que não se arme, e se indigne o Céu serenoContra um bicho da terra tão pequeno?

Se tanto no mar como na terra existem perigos, tormentas, guerras e necessidade que podem causar a morte do Homem…

… então, como é que o Homem sendo tão fraco e tão pequeno pode estar seguro perante estas adversidades todas.

Interrogação retórica

Se nem no mar nem na terra

estão seguros, onde estarão?

Canto IReflexão do Poeta

Canto VReflexão do Poeta

Os Lusíadas

Quão doce é o louvor e a justa glóriaDos próprios feitos, quando são soados!Qualquer nobre trabalha que em memóriaVença ou iguale os grandes já passados .As envejas da ilustre e alheia história Fazem mil vezes feitos já sublimados.Quem valerosas obras exercita,Louvor alheio muito o esperta e incita.

92

Reflexão do poeta

Canto V

Dá a terra Lusitana Cipiões, Césares, Alexandres e dá Augustos;Mas não lhes dá, contudo, aqueles dõesCuja falta os faz duros e robustos.Octávio, entre as maiores opressõesCompunha versos doutos e venustos;Não dirá Fúlvia, certo, que é mentira,Quando a deixava António por Glafira.

95

Os Lusíadas

Enfim, não houve forte CapitãoQue não fosse também douto e ciente,Da Lácia, Grega ou Bárbara naçãoSenão da portuguesa tão somente.Sem vergonha o não digo, que a razãoDe algum não ser por versos excelente,É não se ver prezado o verso e rima,Porque quem não sabe arte, não a estima.

97

Canto V

Os LusíadasCanto I

Canto V (92-100)

“O sujeito poético põe em destaque a importância das letras e lamenta que os portugueses nem sempre saibam aliar a força e a coragem ao saber e à eloquência”

Os Lusíadas

Análise das Estrofes

Canto I

Os Lusíadas

Quão doce é o louvor e a justa glóriaDos próprios feitos, quando são soados!Qualquer nobre trabalha que em memóriaVença ou iguale os grandes já passados .As envejas da ilustre e alheia história Fazem mil vezes feitos já sublimados.Quem valerosas obras exercita,Louvor alheio muito o esperta e incita.

92

Canto V

Sabe sempre bem e é sempre “doce” quando a glória é atingida com suor e justiça.

Para que seja relembrado um dia mais tarde, tem que trabalhar muito, para superar os grandes exemplos do passado.

A inveja dos feitos dos antepassados promove a sua continuação no presente( e para serem invejados, têm de ser conhecidos…)

O louvor vai ser um incentivo para quem quer e procura fazer obras valorosas.

Portugal tem heróis tão ilustres como os

estrangeiros aqui referidos.

Os LusíadasCanto V

A terra portuguesa é fértil em heróis, mas faltam-lhes dons e qualidades, sendo essa falta substituída pela dureza e frieza que os classifica como pessoas.

Dá a terra Lusitana Cipiões, Césares, Alexandres e dá Augustos;Mas não lhes dá, contudo, aqueles dõesCuja falta os faz duros e robustos.Octávio, entre as maiores opressõesCompunha versos doutos e venustos;Não dirá Fúlvia, certo, que é mentira,Quando a deixava António por Glafira.

95

Os Lusíadas

Enfim, não houve forte CapitãoQue não fosse também douto e ciente,Da Lácia, Grega ou Bárbara naçãoSenão da portuguesa tão somente.Sem vergonha o não digo, que a razãoDe algum não ser por versos excelente,É não se ver prezado o verso e rima,Porque quem não sabe arte, não a estima.

97

Canto V

Os chefes da antiguidade eram guerreiros (épicos) mas também cultos, conhecedores das letras.

Forte critica à sociedade portuguesa, por não saber nada de arte, ser um povo ignorante.

FimTrabalho realizado por:-Carlos Brandão-Hugo Silva