Ludicidade Aula 04 Conteúdo: O Jogo em Piaget. Vygotsky, Wallon e a formação humana. Objetivos: ...

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• Conteúdo: O Jogo em Piaget. Vygotsky, Wallon e a formação humana.

• Objetivos: Compreender a importância do lúdico no processo

de ensino aprendizagem e no exercício profissional.

Evidenciar a importância da atividade lúdica e a sua utilização na escola

• PROFESSOR: Alexandre Freitas Marchiori Faculdade Pitágoras 2013-1

Protagonismo infantilProtagonismo infantil [...] protagonismo às crianças,

considerando-as como coprodutoras de cultura e de conhecimento, substituindo a visão que as concebe como seres passivos por uma representação de sujeito ativo, que possui interesses, expectativas e necessidades específicas de sua geração.

[...] o desafio para a efetivação dessa perspectiva é de natureza didático-metodológica, ou seja, está circunscrito nas possibilidades de materialização de uma práxis pedagógica que dê voz e vez às crianças nos processos de ensino-aprendizagem empreendidos pela escola.

ResenhaResenhaSíntese do texto: do que o autor fala?Quais argumentos ele utiliza para

defender sua ideia?Como ele desenvolve seu pensamento e

provoca o leitor?Quais conceitos ele apresenta no texto?Qual a conclusão do autor?Qual seu posicionamento diante do

texto?É possível pensar essa infância da

educação?Obs: o texto da Kramer pode ajudar...

Sujeito EpistêmicoSujeito Epistêmico Também chamado de sujeito cognoscente

ou do conhecimento, o conceito diz respeito às estruturas mentais comuns a todos os seres humanos, que conferem a possibilidade de aprender fazendo relações entre diferentes informações (classificação, comparação, dedução etc.). Tais estruturas se desenvolvem do início ao fim da vida por meio da ação dos indivíduos sobre o meio, num processo de interação com o objeto de conhecimento e com as outras pessoas, o que possibilita a construção de níveis de saber cada vez mais complexos (Piaget).

Fonte: Ver. Nova Escola, p. 65, dez. 2010.

Adaptação e equilibraçãoAdaptação e equilibração Utilizados como sinônimos pelo

pesquisador suíço, os termos se referem ao processo de ampliação de conhecimentos, resultado de duas etapas indissociáveis: a assimilação (interação com o meio, como forma de compreender um novo conteúdo) e a acomodação (um processo interno de construção de novas estruturas mentais que possibilitarão atingir um patamar superior de conhecimento). (Piaget).

Fonte: Revista Nova Escola, p. 91, abr. 2011.

1º A - Zona de 1º A - Zona de Desenvolvimento Proximal - Desenvolvimento Proximal -

ZDPZDP É a distância entre as práticas que uma criança já domina e as atividades nas quais ela ainda depende de ajuda. Para Vygotsky, é no caminho entre esses dois pontos que ela pode se desenvolver mentalmente por meio da interação e da troca de experiências. Não basta, portanto, determinar o que um aluno já aprendeu para avaliar seu desempenho. (Vygotsky).

Fonte: Revista Nova Escola, p. 88, mai. 2011.

O jogo em VygotskyO jogo em Vygotsky Esse autor russo teve um curto período de

vida (1896-1934), morreu aos 37 anos, de tuberculose. Embora tenha vivido pouco, ele deixou um grande legado para a Psicologia e para a Educação.

Vygotsky é um autor interacionista, pois concebe que o desenvolvimento humano ocorre na convergência dos fatores internos, biológicos e genéticos, com os fatores externos, sociais e culturais.

No início do desenvolvimento infantil, a linguagem se apresenta em uma fase pré-intelectual, ela não tem a função de signo, e o pensamento é caracterizado pela inteligência prática, em um universo não representado.

Dentre os diferentes tipos de jogos, Vygotsky atribui uma ênfase especial aos jogos de faz de conta. Para esse autor, eles contribuem para o desenvolvimento da criança em um duplo sentido: ajudam a separar objeto de significado e criam uma zona de desenvolvimento proximal (ZDP).

Ao brincar de faz de conta, o pensamento infantil opera no campo das representações, desprendendo-se do “aqui e agora”.

O jogo em WallonO jogo em Wallon Henri Wallon (1879-1962), francês, cuja

trajetória acadêmica revelou sólida formação em Filosofia, Medicina, Psiquiatria, áreas que configuraram seu interesse em Psicologia, é considerado referência nos estudos da infância.

Em toda a sua vasta obra, Wallon destina apenas um capítulo do livro “A evolução psicológica da criança” (1981) para tratar especificamente do jogo. No entanto, ao focalizar o movimento infantil e as suas relações com o desenvolvimento global da criança, suas análises nos ajudam a compreender a importância da ação, que se manifesta nos gestos e na postura, para o progresso do ato mental e enfatiza a importância dos jogos na promoção desse ato.

[...] a atividade infantil é lúdica por natureza, em decorrência do estágio de maturação do seu sistema nervoso central. Para esse autor, toda atividade em estado nascente é lúdica, no sentido de ser espontânea, ou seja, não está integrada e subordinada à convenções socialmente estabelecidas. Esse lúdico expressa, portanto, tanto liberdade como imaturidade.

Ao analisar o jogo no desenvolvimento infantil, Wallon (1981) subdivide-o em quatro grupos: jogos funcionais, jogos de ficção, de aquisição e de fabricação.

• Os jogos funcionais – Sentidos – corpo• Os jogos de ficção – simulacro – símbolo• Os jogos de aquisição - “[...] a criança é

toda olhos, ouvidos, boca, nariz e epiderme” – imitação

• Os jogos de fabricação – exploração e conhecimento

• Só há jogo se existir a satisfação de subtrair momentaneamente o exercício duma função às imposições ou às limitações que normalmente ela experimenta de atividades de certo modo mais responsáveis. A desintegração passageira supõe a integração habitual (WALLON, 1981, p. 81).

O jogo em PiagetO jogo em Piaget• Jean Piaget (1896-1980), suíço, biólogo por

formação e epistemólogo por vocação, é autor de uma obra prodigiosa. Suas publicações incluem mais de 50 livros e, aproximadamente, 500 artigos. Por isso, ele é considerado um dos mais destacados autores do século XX. Fundador da chamada Epistemologia Genética, o reconhecimento internacional do pensamento de Piaget permanece uma referência necessária até os dias de hoje (p. 38).

• Em seu livro “A Formação do Símbolo” (1971), Piaget descreve a evolução do jogo na criança numa perspectiva rumo à equilibração, processo cíclico que envolve a acomodação e a assimilação e que caracteriza as atitudes inteligentes (p. 39).

[...] três tipos de estruturas, assim definidas: jogos de exercício, simbólicos e de regras (p. 39).

[...] é possível afirmar que, para Piaget, os jogos não são tratados como objeto de estudo, mas sim como objeto de conhecimento (p. 39).

[...] uma intenção construtivista de intervenção, quando se trata do processo de ensino-aprendizagem orientado pelos pressupostos estabelecidos por Piaget (p. 39).

Jogar, então, é uma das atividades em que a criança pode agir e produzir seus próprios conhecimentos (p. 40).

Jogo de exercícioJogo de exercício Os jogos de exercício, que são

os primeiros que aparecem na vida do bebê – assim como os jogos funcionais analisados por Wallon –, constituem-se na repetição de gestos ou movimentos por simples prazer funcional (p. 40).

A extinção espontânea por saturação

Jogo simbólicoJogo simbólico O jogo simbólico, diferentemente do jogo

de exercício, pressupõe uma estrutura representativa, isto é, uma capacidade de simbolizar, de representar um objeto ausente ou uma situação fictícia. O jogo simbólico caracteriza-se pela presença do outro, como objeto social e cultural, que regula a ação (p. 41).

No processo de socialização, o simbolismo caminha para a reprodução objetiva da realidade.

Por volta de 7/8 a 11/12 anos, verifica-se um declínio evidente do simbolismo em detrimento dos jogos de regras e as construções simbólicas, tornando-se cada vez menos evidentes e próximas ao trabalho adaptado (p. 42).

Jogo de regrasJogo de regras A terceira estrutura de jogos analisada por Piaget,

em sua obra “O julgamento moral na criança” (1994), é a dos jogos de regras, que constitui a atividade lúdica do ser socializado.

Para Piaget, isso só é possível a partir de uma idade na qual a criança possa considerar o outro e respeitá-lo (p. 42).

O jogo de regras supõe, ao mesmo tempo, ação (motora e mental) e objeto (seja ele o jogo, seja o outro, seja ambos). A regra institucionalizada (como aparece nos jogos tradicionais) ou espontânea (proposta na relação entre os pares), supõe sempre relações sociais e interindividuais, pois é “[...] uma regularidade imposta pelo grupo, e de tal sorte que a sua violação representa um falta” (PIAGET, 1971, p. 148) (p. 43).

O jogo e a educação infantilO jogo e a educação infantilTizuko M. Kishimoto (2011).Tizuko M. Kishimoto (2011).

Questões disparadoras:- Por que é difícil a elaboração de

uma definição do termo jogo?- Apresente uma definição de

brinquedo.- Comente sobre a intenção

pedagógica na utilização dos jogos.- O que é um brinquedo educativo?- Como reunir o brincar e o educar?