Post on 09-Jan-2017
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Fórum Mundial de Ciência 2013 1o Encontro Preparatório 30 de agosto de 2012
O Dispêndio Privado em P&D
Pedro Wongtschowski
2 >
Agenda
Investimento privado em P&D - o Brasil e o mundo
Introdução
Suporte público ao investimento privado no Brasil
O futuro do investimento privado
3 >
Introdução
4 >
Inovação: vantagem competitiva
500.000
375.000
250.000
125.000
EUA
Japão
Coréia do Sul
EPO
China
Depósitos anuais de patentes nos principais escritórios do mundo
Fonte: 2011 World Intellectual Property Indicators, WIPO (2011)
1960 1970 1980 1990 2000 2010
0
Brasil
Ano Patentes
depositadas
2011 31.765
2010 28.141
2009 25.956
2008 26.841
2007 24.915
2006 23.179
2005 21.847
2004 20.422
2003 20.093
2002 20.230
2001 21.618
Depósitos de patentes no Brasil
Fonte: INPI
5 >
P&D industrial no processo de inovação
Ciência Inovação
Baseada em Idéias “Coisas”
Desenvolvida na Universidade Empresa
Avaliada por Comunidade Mercado
Recompensa o desenvolvedor Prêmios Vendas
Desenvolvida por Homo Cientificus Homo Economicus
Características da Ciência e da Inovação
Fonte: Knowledge Driven Entrepreneurship – The key to Social and Economic Transformation,
T. Anderson, M. Curley, P. Formica, Springer New York, 2010.
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O processo de inovação – O Vale da Morte
Invenção &
Prova de Conceito
Demonstração
&
Escalonamento
pré-competitivo
Desenvolvimento do produto
Pesquisa
básica
Exploração Comercial
Pesquisa aplicada
Inovação
Pesquisa básica
Invenção
Riscos tecnológicos
Investimentos
GAP de Financiamento
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O Quadrante de Pasteur
Quadrante de Pasteur
Quadrante de Edison
Quadrante de Bohr
Quadrante do Homem Comum
Considerações de uso?
Busca de entendimento fundamental?
Sim Não
Não
Sim
Fonte: Stokes, Donald E.; “O quadrante de Pasteur: A ciência básica e a inovação tecnológica”
Pesquisa Básica Inspirada pelo Uso
Pesquisa Aplicada Pura
Pesquisa Básica Pura
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Balança comercial por intensidade tecnológica - Brasil
Fonte: PROTEC - IEDI
-120
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Alta Tecnologia Média - Alta Tecnologia
Média - Baixa Tecnologia Baixa Tecnologia
Serviços Tecnológicos
Indústria e Serviços Tecnológicos
(US$ Bilhões)
Déficit tecnológico oculto na balança
comercial brasileira
Superávits totais decorrem da
exportação de bens não industriais
Redução do peso da indústria na
economia brasileira
Serviços tecnológicos: royalties &
licenças, computação & informação e
aluguel de equipamentos
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Indústria de transformação
Produtividade do trabalho brasileira comparada com a americana
(em %)
10
20
30
40
50
1970 1980 1990 2000 2010
37,0
37,3
24,0 24,4
16,0
Fonte: Nassif A., Feijó C., Araujo E. - Structural change and economic development:: is Brazil catching up or falling
behind? – Agosto/2012
10 >
Investimento privado em P&D – o Brasil e o mundo
11 >
Investimentos em P&D no mundo
Fonte: Global Investments in R&D – UNESCO Institute for Statistics (UIS) Fact Sheet, August, 2011, N° 15
Intensidade de investimento em P&D no mundo (% PIB)
2009
12 >
Demografia brasileira de pesquisadores
Fontes: Organization for Economic Co-operation and Development, Main Science and Technology Indicators, 2011/2
Brasil: Coordenação-Geral de Indicadores (CGIN) - ASCAV/SEXEC (MCTI)
Estado de São Paulo - FAPESP
Brasil 2010
Alemanha 2010
% d
e P
es
qu
isa
do
res n
as
Em
pre
sa
s
41% 40% 39% 36% 37% 38%
35% 33%
31% 28%
26%
45% 48% 48% 47% 49%
51% 54%
56% 58%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Estados Unidos Coreia
China Alemanha
Espanha Brasil
Estado de São Paulo
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Perfil tecnológico do Brasil segundo a OECD
% de empresas realizando
inovação não tecnológica
% de empresas com
produtos inovadores
Artigos científicos por
milhão de habitantes
Patentes da tríade
(EPO/USPTO/JPO) por
milhão de habitantes
Investimento total
em P&D (% PIB)
% da população entre 25-64
anos com terceiro grau
% de engenheiros
e cientistas com relação
aos novos graduados
Pesquisadores por mil
empregos totais
Investimento
Privado em P&D
(% PIB)
% de empresas com
atividade em P&D
Brasil
Média OECD
Fonte: OECD Science,Technology and Industry Outlook 2010
14 >
Dispêndios empresariais em P&D - Brasil
Fonte: IBGE
0,49%
0,51%
0,52%
0,53%
0,56%
0,55%
0,44%
0,46%
0,48%
0,50%
0,52%
0,54%
0,56%
0,58%
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Valor (R$ milhões)
% do PIB
15 >
Distribuição do gasto em P&D na indústria de transformação - 2005
Dispêndios em P&D – Indústria de Transformação
Brasil Espanha Coréia Alemanha EUA
Alimentos e Bebidas 4,2% 5,2% 1,5% 0,8% 2,0%
Refino de petróleo e nuclear 13,6% 1,7% 1,0% 0,2% 0,9%
Química (exclusive farmacêutica) 9,0% 6,6% 6,1% 8,6% 5,1%
Farmacêutica 4,0% 17,6% 2,1% 9,8% 21,9%
Máquinas e equipamentos 4,9% 10,8% 5,1% 12,0% 5,4%
Máquinas e materiais elétricos 5,2% 5,4% 2,2% 3,3% 1,5%
Eletrônica e equip. de comunicações 7,5% 4,3% 53,7% 9,5% 18,6%
Automotiva 23,8% 14,4% 16,9% 33,3% 10,1%
Outros equip. transporte 10,5% 12,9% 2,3% 6,5% 12,5%
Outros 17,3% 21,1% 9,1% 16,0% 22,0%
Fonte: Pacheco, 2009
16 >
Taxa de inovação na indústria
34,8
38,4
40,6
44,2
47,9
54,2
73,4
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Espanha
Brasil
França
Itália
Portugal
Irlanda
Alemanha
Fonte: IBGE. Pesquisa de Inovação Tecnológica, 2008; Eurostat
(http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/statistics/search_database).
Percentual de empresas da indústria de transformação que implementaram
produtos ou processos novos no período de 2006 a 2008
17 >
Suporte público ao investimento privado no Brasil
18 > Fontes: Apoio à Inovação – BNDES – XII Congressos ANPEI – Jun/12 – Fernando Tavares, BNDES
Apoio à inovação empresarial: 2011 - R$ 2,6 bilhões
2010 - R$ 1,4 bilhões
Linhas de financiamento para inovação
Programa FUNTEC: 2011 – 13 projetos – R$ 92,8 milhões
2010 – 11 projetos – R$ 88,6 milhões
19 > Fontes: FINEP 45 anos – XII Congresso ANPEI – Jun/12, FINEP
Linhas de financiamento para inovação
Programa PAISS: R$ 1 bilhão (2011-2014) – Açúcar & álcool
Programa Inova Petro: R$ 3,6 bilhões (2013 – 2017) – Petróleo & Gás
Programa TI Maior: R$ 486 milhões (2012 – 2015) – Softwares & Serviços de TI
Contratação em 2011
R$ 2,9 bilhões
(74,5% maior que 2010)
Demanda em carteira - mai/12
R$ 5,8 bilhões (167 projetos)
Crédito reembolsável:
2011 - R$ 1,7 bilhões
2010 - R$ 1,2 bilhões
Crédito não reembolsável:
2011 - R$ 1,5 bilhões
2010 - R$ 2,1 bilhões
20 >
Fonte: FINEP / Relatório de gestão 2011
Linhas de financiamento para inovação
FINEP - Evolução dos desembolsos das operações reembolsáveis
401
741
880
1.218
1.753
0
400
800
1200
1600
2000
2007 2008 2009 2010 2011
Valores em R$ milhões correntes
21 > Fonte: FINEP – Relatório de gestão 2011
Linhas de financiamento para inovação
Participação dos desembolsos da FINEP no dispêndio empresarial em P&D
22 >
Linhas de financiamento para inovação
Pesquisa Inovadora na Pequena Empresa – PIPE
Apoia o desenvolvimento de pesquisas inovadoras a serem realizadas por pequenas
empresas sediadas no Estado de São Paulo.
Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para
Inovação Tecnológica – PITE
Destina-se a financiar projetos de pesquisa em instituições acadêmicas ou institutos
de pesquisa, desenvolvidos em cooperação com pesquisadores de centros de
pesquisa de empresas e co-financiados por estas.
Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas – PAPPE
Programa do MCTI, realizado pela FINEP em parceria com as Fundações de Amparo à
Pesquisa Estaduais, aplicável a pesquisadores que atuem diretamente ou em
cooperação com empresas de base tecnológica.
23 >
Linhas de financiamento para inovação
Investimento em Inovação - FAPESP
Valor concedido em programas PIPE e PITE*
* Inclui CONSITEC
Fonte: Brito Cruz, C.H.
24 >
O futuro do investimento privado
25 >
O papel do empreendedorismo
Fontes: Rede de Anjos – XII Congresso ANPEI - Jun/12 www.anjosdobrasil.net
Empreendedorismo, Empresas de Base Tecnológica, Angel Investors, Venture Capital
26 >
Modelo de financiamento da inovação
Pesquisa fundamental
Pesquisa aplicada
Desenvolvimento da Tecnologia
(aumento de escala)
Comercialização Desenvolvimento
do mercado
Exploração Comercial
Indústria Indústria
Bancos
Venture Capital
Governo
Anjo
Intensidade de financiamento
Vale da Morte
Fonte: Adaptado a partir da referência “The funding gap – 2012 Sustainable Development Technology Canada”
Diferentes atores requeridos em cada estágio
Gap Pré–IPO
Políticas especiais
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FINEP – Evolução do Modelo Institucional B
en
efí
cio
s
Complexidade da Transformação
Agilidade Operacional e Capacidade Ampliada de Atuação
Modelo Atual
Agência de Fomento
• Regularização perante BC • Manutenção da operação dos instrumentos atuais • Transformação menos complexa
Agência de Fomento +
Gestora de Recursos
• Ampliação da atuação em fundos • Possibilidade de captação de no
mercado
Fontes: Ernst & Young Terco / FINEP 45 anos – XII Congresso ANPEI 12 - Jun/12 www.finep.gov.br
28 >
Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI)
Criada em 2009 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Objetivo principal é fazer da inovação um tema permanente da direção das empresas brasileiras
Meta: Dobrar o número de empresas inovadoras em quatro anos (2010-2013)
Diálogo permanente com o governo: BNDES / MCTI / FINEP / MDIC / ABDI / SEBRAE
Atração de Centros de P&D de empresas internacionais
Internacionalização de empresas brasileiras
Propriedade intelectual
Recursos Humanos – ênfase em engenharia, ciências duras e ensino técnico
Melhoria do marco regulatório da inovação
Apoio a projetos estruturantes e P&D de larga escala
Apoio ao P&D pré-competitivo
Inovação nas pequenas e médias empresas
Articulação entre inovação e comércio exterior
Programas setoriais de inovação
Agenda de 10 pontos da MEI
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Investidores -Anjo e fundos de capital semente no Brasil
Investidores-Anjo
Anjos do Brasil (DF, MS, RS, SP)
Astella Investimentos (SP)
Bahia Angels (BA)
C2i Anjos (PR)
Floripa Angels (SC)
Fractal Participações (SP)
Gávea Angels (RJ)
HBS Alumni Anjos do Brasil (SP)
Jacard Investimentos (SC)
SP Anjos (SP)
• 1o grupo organizado em 2004: Gávea Angels com origem no laboratório NEP
Gênesis da PUC - RJ
Fundos de capital semente
CONFRAPAR (PR, RJ, RS, SP)
CRIATEC (financiados pelo BNDES)
FIR Capital (MG)
Fundo Pitanga (SP)
Fundos SC (SC)
Inovar Semente (financiados pela FINEP)
Inseed Investimentos (SP)
Performa Investimentos (SP)
30 >
O país tem 400 incubadoras e 29 Parques Tecnológicos em operação com cerca de 7.000 empresas
residentes.
Estima-se que o Brasil tenha 5.300 investidores-anjo investindo R$ 450 milhões (EUA tem 350.000
investidores anjo, investindo US$ 20 bilhões).
O BNDES vai publicar edital do CRIATEC II, valor de R$ 170 milhões, para aporte em 36 empresas
inovadoras.
Os 23 fundos de Venture Capital apoiados pela FINEP têm patrimônio total de R$ 3,4 bilhões (dos
quais R$ 375 milhões supridos pela FINEP). Há 88 empresas apoiadas pelo fundo.
O programa PAPPE – Programa de Apoio à Pesquisa a Micro e Pequenas Empresas. Edital recente
investirá R$ 30 milhões (R$ 15 milhões FINEP, R$ 15 milhões FAPESP) com recursos de R$ 125.000
a R$ 500.000 para cada projeto.
O programa PIPE – Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas ( FAPESP para empresas de até 250
empregados). Valor a ser investido segundo edital recente: R$ 20 milhões. Auxílios de R$ 200.000
para Fase 1 (demonstração de viabilização tecnológica), R$ 1 milhão para Fase 2.
O Programa São Paulo Inova aplicará R$ 250 milhões em três linhas: FUNCET (empresas com
receita até R$ 3,6 milhões/ano), Incentivo à Inovação (receitas de R$ 3,6 milhões a R$ 90 milhões), e
Incentivo à Tecnologia (receitas de $ 360 mil a R$ 300 milhões), administrado pela Agência de
Desenvolvimento Paulista.
Fomentar empreendedores
31 >
Investimento privado em inovação - Sumário
Ausência de cultura de inovação (1)
Pouca competição
Baixa qualidade da administração
Precária gestão da inovação
Importação de tecnologia
Ambiente econômico adverso (1)
Instabilidade econômica
Câmbio, juros e carga tributária adversos
Infraestrutura deficitária
Baixa qualificação de mão-de-obra
Regulação pouco propícia à inovação
Instrumentos de apoio à inovação
insuficientes
Lei do Bem
Investimento pré-competitivo
Financiamentos insuficientes
Empresas de base tecnológica
Papel das incubadoras
Empreendedorismo
Angel investors / Venture capital
(1) Inspirado em Pacheco, 2009
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Fórum Mundial de Ciência 2013 1o Encontro Preparatório 30 de agosto de 2012
O Dispêndio Privado em P&D
Pedro Wongtschowski