Línguas Estrangeiras: o ensino em um contexto cultural

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Universidade Presbiteriana MackenzieCurso de Letras

Metodologia de Ensino de Língua InglesaAmanda Alves da Cruz

Giovanna Macedo de AraújoMarina Sales Brandão Alves

Abril 2015

Resenha do Livro

HANNA, Vera L. Harabagi. Línguas estrangeiras: o ensino em um contexto cultural. São Paulo: Editora Mackenzie. 2012.

(Coleção Conexão Inicial; v.2)

Introdução

Formando professores num contexto teórico e funcional atual

O mundo falado e escrito é interpretado de maneiras diferentes

levando em consideração o ambiente sócio cultural, o contexto. É de

grande valor que haja diversas metodologias, adequando-as nesses

diferentes contextos e situações.

Os professores devem utilizar bases teóricas de diferentes autores

para inserção de novas temáticas, autores estes relacionados a

estudos culturais do ensino de línguas.

Deve ser de conhecimento geral que este terceiro milênio está passando por mudanças radicais linguísticas, que atingem não só

uma parte da população, mas sim a todos.

Linguistas aplicados e professores comprovam a partir de diversas experiências que a abordagem comunicativa tem sido um ótimo meio de ensino. Mostrando que saber como usar as

estruturas é muito importante para que haja o maior conhecimento da língua estudada.

Saber usar a língua para diferentes propósitos

Perceber que há varias formas de se comunicar sem errar, abordando o fato da pluralidade cultural, globalização cultural, entre outros.

Aquele que aprende uma língua estrangeira deve utilizar os diferentes recursos da tecnologia digital para aprender as diferentes maneiras que essa língua é falada.

Segunda Hanna(2012), a teoria realiza-se na prática, aquele que explora as diversas informações para educar, acaba sendo diferenciado e valorizado pelo seu interesse em fazer um trabalho único e autêntico.

Capítulo 4

Interação e criatividade num ambiente comunicativo

p. 57-67

A melhor maneira de se aprender a interagir é por meio da própria interação

O aprendizado por meio da interação pode ser

desenvolvido quando o professor desenvolve as quatro

habilidades básicas (ouvir, falar, ler e escrever) de

maneira criativa a partir de uma troca de pensamentos

e opiniões entre o grupo de alunos.

Algumas práticas que são utilizadas para que

as técnicas de interação sejam efetivas,

segundo Brown apud Hanna, são:

• “empreender constantemente trabalhos em pares ou em grupos;

• receber informações em linguagem autêntica em contextos do mundo real;

• produzir linguagem para uma comunicação significativa e genuína;

• realizar atividades em classe que preparem os alunos para a linguagem verdadeira usada ‘lá fora’;

• praticar comunicação oral espontânea por meio de conversas verdadeiras;

• escrever para audiências reais, não imaginadas.”(HANNA, p.57-58, 2012)

Ao utilizar o método da interação, o papel do professor

em uma sala de aula é o de mediador, em que ele

conduz uma aula centrada no aluno. E da mesma

maneira, é necessário ressaltar que para que se

desenvolva uma competência comunicativa efetiva é

necessário que os elementos gramaticais, discursivos,

sociolinguísticos, pragmáticos e estratégicos sejam bem

desenvolvidos.

Texto autêntico, material autêntico, autenticidade

O texto autêntico é aquele que foi produzido

com um fim social, ou seja, não foi produzido

com o propósito de ser um texto pedagógico

e sim, algo construído de maneira natural

Texto autêntico, material autêntico, autenticidade Alguns exemplos de textos autênticos:

notícias de jornal, filmes, crônicas, textos

publicitários, fotografia, música,

entre outros.

Ao utilizar textos autênticos, a

competência léxico-gramatical e

sociolinguística é mais desenvolvida,

pois os aspectos sociais e culturais

entram em contato direto com o aluno.

O uso de textos autênticos a partir de uma aula

interativa faz com que os alunos se sintam mais

incentivados e dispostos a aprender uma língua

estrangeira. Segundo Kramsch apud Hanna, essa

abordagem de ensino é uma reação contra a falta

de naturalidade encontrado em textos com fins

pedagógicos.

Os textos autênticos e a contextualização sociocultural

Os textos autênticos ajudam os alunos não só a

entenderem o código lexical ou gramatical, mas

também o contexto em que ele está inserido,

como a realidade social, política e ideológica de

uma determinada cultura.

A aplicação de material autêntico integrado

às tecnologias de informação e comunicação,

TIC, aumentam o potencial de

comunicabilidade, sociabilidade e

conhecimento cultural.

(HANNA,2012)

Os projetos de trabalho

Além dos textos autênticos, é

importante desenvolver em sala de

aula projetos de trabalho em grupos.

A partir dessa abordagem de ensino são

apresentados problemas e os alunos

possuem autonomia para decidir como eles

irão solucionar ou desenvolver projetos.

O aluno aprende a partir da experiência de

trabalho em um grupo cooperativo.

A abordagem comunicativa: construção social do método

Método – implica variação reduzida de

procedimentos

Abordagem – proporciona imensa variedade

de procedimentos

A abordagem comunicativa facilita um

aprendizado autônomo fazendo com o

entrosamento das regras gramaticais,

sociolinguísticas, estratégicas e do discurso levem

ao desenvolvimento da competência

comunicativa, ou seja, aproximam o ensino da

“vida real”, proporcionando um aprendizado de

longa duração. (HANNA, 2012)

A era pós-método

• Na era pós-método o professor é um agente

autônomo que não se restringe as práticas

acadêmicas e administrativas, em contra partida,

cria sua própria abordagem de ensino.

• Não existe método ideal

A formulação de pós método por Kumaravadivelu

(HANNA, p.68-69, 2012) consiste em 3

parâmetros pedagógicos:

• Particularidade

• Praticabilidade

• Possibilidade

Particularidade: Refere-se a um

grupo particular de professores

ensinando a um grupo específico

de alunos com um determinado

fim.

Praticabilidade: É o pensamento

reflexivo por parte dos professores

a respeito do que ocorre em sala

de aula e seus desdobramentos.

Possibilidade: É conhecer a ideologia

e a identidade do aluno a partir das

experiências sociais, políticas e

econômicas em que esses alunos

foram criados.

O professor é autônomo, utiliza

conteúdos que refletem a cultura

local. Ele não se prende somente ao

conteúdo gramatical necessário, mas

também insere o conhecimento

social.

CONCLUSÃO – CAPÍTULO 4

O professor deve conduzir uma aula centrada no aluno

através da interação e utilizar textos autênticos a partir

de uma Abordagem Comunicativa propondo o estudo de

cultura e projetos em grupo. O professor também não

deve se prender a um método, ao contrário, ele precisa

ter autonomia para desenvolver sua própria

abordagem de ensino.

Capítulo 5

Algumas questões comunicacionais para o terceiro milênio p. 71- 78

A necessidade de aprender línguas num

mundo globalizado tem sido essencial nas

questões econômicas, culturais e na área de

prestação de serviços. É característica desse

século ter a tecnologia como gerador de

novos fluxos comunicacionais em processos

globais.

Devido ao processo de globalização o mundo se

expressa preferencialmente em língua inglesa.

Fatores que influenciaram o mundo pela preferência da

língua inglesa:

• Londonização – Século XIX

• Americanização – Século XX

A partir de mudanças na tecnologia da

comunicação, o globish, que não é a língua

inglesa propriamente dita, mas inventado e falado

por aqueles que não tem o inglês como língua

materna, tem sido o dialeto mundial do terceiro

milênio. Ou seja, é uma língua criada com uma

única finalidade, a comunicação entre falantes que

não partilham da mesma língua materna.

Globalização, cultura e línguas: glocalização, o global e o local

Glocalização é a mistura do global com especificidades locais de

particulares culturas. A partir da aversão de alguns países com

coisas que eram gerais e não peculiares foi inventado esse

neologismo que ao mesmo tempo apresenta a autonomia da

história, da cultura e a diversidade existente, e exclui a ideia que

a globalização levaria a uma homogeneização cultural.

Pessoas que utilizam o inglês

400 milhões de pessoas o utilizam como primeira língua.

400 milhões de pessoas o utilizam como segunda língua.

600 milhões de pessoas o empregam como língua estrangeira.

Localismos – “novos ingleses”É a língua local sobreposta a língua inglesa:

• Chinglish (na China)

• Japlish (no Japão)

• Konglish (na Coreia do Sul)

• Singlish (em Cingapura)

• Spanglish (no México)

“... o globish não corresponde a

uma língua, mas a um meio de

comunicação utilizado por não

nativos.”

(HANNA, p.76, 2012)

O ciberespaço e o ensino de línguas

É indispensável a aplicação de

materiais autênticos integrados às

tecnologias de informação no ensino

de língua estrangeira.

O ensino de línguas assistido por computador

“Apresentar o ensino de línguas assistido por

computadores é referir a um campo específico e

pesquisa (...) preocupados na teoria e na prática

com as implicações que os avanços constantes

nas mídias digitais exercem nesse aprendizado.”

(HANNA, p.78, 2012)

O Ensino de Línguas por Computadores atravessou

três fases distintas:

1ª fase: Behaviorista

O computador funcionava como um tutor; o aluno

recebia vários exercícios com explicações

gramaticais; recebia também exercícios repetitivos de

vocabulário e tradução.

2ª fase: Comunicativa

Além de tutor, estimulador das atividades,

das discussões e do pensamento crítico;

começa a incluir aos programas de

aprendizado jogos interativos.

3ª fase: Comunicação Mediada por Computador

(CMC)

Além de utilizar a comunicação escrita e o

discurso oral, utiliza o contexto de audiência real,

como a interação com falantes nativos através da

troca de e-mails; interação dentro e fora da sala

de aula, parte integrante da comunicação

eletrônica.

A web proporciona o exercício da

mundialização – conhecimento de

línguas e culturas.

Exemplos: Pizza Hut, China in Box

Conclusão – Capítulo 5

O ensino de línguas deve ser integrado à cultura, dando

importância à diversidade plural dos povos e a

peculiaridade local de cada lugar. Assim também, deve

ser incorporado ao ensino o uso de tecnologias, como o

computador que abre um espaço para o conhecimento

além dos livros a respeito da cultura local e global.

CONCLUSÃO GERALPode-se concluir que um ensino de língua estrangeira precisa ser centrado

nos alunos a partir de uma interação entre professor e aprendizes, utilizando-

se uma Abordagem Comunicativa desenvolvida de maneira autônoma pelo

próprio professor. Outro ponto que deve ser destacado é o uso de cultura,

elementos globais e locais no ensino da língua para que o aluno não aprenda

somente o léxico e o gramatical, mas sim o contexto social de cada língua.

Como um auxilio para o professor, a comunicação entre conhecimento de

língua e cultura pode ser estabelecido com o auxilio do computador e da web.

Desta forma, o ensino pode ser mais efetivo e dinâmico tanto para o

professor quanto para o aluno.

BibliografiaHanna, Vera Lucia, Línguas estrangeiras: o ensino em um contexto cultural. São Paulo: Editora Mackenzie, 2012 – (Coleção conexão inicial ; v.2)