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LIFE+ Higro | Relatório de Progresso | Agosto de 2011 | CIBIO-UP / CIMO-IPB
Caracterização ecológica e biológica dos mosaicos de habitats nas áreas de intervenção
* * *
Equipa técnica responsável pelo relatório:
• CIBIO/ICETA-UP: F. Barreto Caldas, Paulo Alves, João Gonçalves, Yvonne Cerqueira, Duarte Silva, Renato Henriques (UM)
• CIMO-IPB: Tiago Monteiro-Henriques, Annalisa Bellu (Supervisão: Carlos Aguiar)
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO [CIBIOCIMO] 9
2 CARACTERIZAÇÃO ECOLÓGICA DOS MOSAICOS EM ESTUDO 11
2.1 Habitats [CIMO] 11
2.2 Flora [CIBIO‐CIMO] 11
2.3 Fauna (invertebrados) [CIBIO] 14
3 CARTOGRAFIA DOS PRINCIPAIS VALORES NATURAIS 17
3.1 Descrição geral das áreas selecionadas para caracterização 17 3.1.1 SIC “Serra de Arga” [CIBIO] 17 3.1.2 SIC “Alvão‐Marão” [CIBIO] 20 3.1.3 SIC "Serra de Montemuro" [CIMO] 27
3.2 Padrões gerais de distribuição regional de habitats e espécies 36
3.3 Padrões locais de distribuição e abundância de habitats e espécies 37
4 PRÓXIMAS ETAPAS: METODOLOGIAS E PROTOCOLOS 43
4.1 Próximas etapas [CIBIO ‐ CIMO] 43
4.2 Seleção de parcelas e Plano Operacional [CIBIO] 44
4.3 Cartografias de habitats e modelos digitais do terreno [CIBIO] 44
4.4 Caracterização e análise diacrónica dos usos e das práticas de pastoreio [CIBIO] 47
4.5 Avaliação da eficácia relativa das intervenções – Implementação‐piloto na Serra de Montemuro [CIMO] 48
4.5.1 Estratégia de amostragem 48 4.5.2 Marcação das transecções no terreno 50 4.5.3 Localização dos quadrados 51 4.5.4 Protocolo de amostragem nos quadrados 51 4.5.5 Número de estações de amostragem e respetivos tratamentos 52 4.5.6 Cronograma 52 4.5.7 Resultados preliminares 53
5 BIBLIOGRAFIA 55
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ANEXO I – CATÁLOGO DA FLORA VASCULAR DAS ÁREAS CARACTERIZADAS NO RELATÓRIO 56
ANEXO II – GRÁFICOS DA VARIAÇÃO DA ABUNDÂNCIA DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS NA TRANSECÇÃO MÉDIA – SIC “SERRA DE MONTEMURO” 61
ANEXO III – CATÁLOGO PROVISÓRIO DA FAUNA DAS ÁREAS CARACTERIZADAS NO RELATÓRIO 90
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 – Habitats naturais alvo do projeto e outros habitats do Anexo I presentes nas áreas do projeto. 12
Quadro 2 – Espécies RELAPE da flora vascular consideradas no âmbito do projeto. 13
Quadro 3 – Tipos de habitats (Anexo I) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas nos três SIC analisados. 37
Quadro 4 - Espécies RELAPE (flora) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas nos três SIC analisados. 37
Quadro 5 – Área estimada de ocupação dos tipos de habitats (Anexo I) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Serra de Arga”. 38
Quadro 6 – Área estimada de ocupação dos tipos de habitats (Anexo I) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão”. 39
Quadro 7 – Área estimada de ocupação dos tipos de habitats (Anexo I) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro”. 40
Quadro 8 – Área estimada de ocupação das espécies RELAPE (flora) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Serra de Arga”. 41
Quadro 9 – Área estimada de ocupação das espécies RELAPE (flora) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão”. 42
Quadro 10 - Cronograma das atividades científicas previstas até final de 2011. 43
Quadro 11 - Dimensões mínimas cartografáveis segundo Bunce et al. (2008, 2011). 45
Quadro 12 – Cronograma decorrente da implementação-piloto. 52
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Os três SIC que constituem a área do projeto, no contexto da região norte de Portugal continental. 10
Figura 2 – Localização das áreas selecionadas no contexto do SIC “Serra de Arga” e área envolvente. 17
Figura 3 – Áreas selecionadas no SIC “Serra de Arga” (P1-P5) e respectivas unidades homogéneas. 18
Figura 4 – Localização das áreas selecionadas no contexto do SIC “Alvão-Marão” e área envolvente. 21
Figura 5 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P1-P4) e respectivas unidades homogéneas. 22
Figura 6 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P5) e respectivas unidades homogéneas. 23
Figura 7 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P6) e respectivas unidades homogéneas. 23
Figura 8 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P7). 24
Figura 9 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P8) e respectivas unidades homogéneas. 24
Figura 10 – Localização das áreas selecionadas no contexto do SIC “Serra de Montemuro” e área envolvente. 28
Figura 11 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P1) e respectivas unidades homogéneas. 29
Figura 12 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P2) e respectivas unidades homogéneas. 30
Figura 13 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P3) e respectivas unidades homogéneas. 31
7
Figura 14 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P4) e respectivas unidades homogéneas. 32
Figura 15 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P5) e respectivas unidades homogéneas. 33
Figura 16 - À esquerda: aspecto do dispositivo de captura de imagem. À direita: exemplo de fotografia aérea recolhida com o dispositivo, permitindo distinguir facilmente a vegetação arbustiva da vegetação herbácea circundante. 46
Figura 17 - Exemplo de um modelo digital do terreno (DEM; à esquerda) e do correspondente ortofotomapa (à direita) recolhidos com o dispositivo ilustrado na Figura 16. 47
Figura 18 – Esquema de uma estação de amostragem. 49
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1 INTRODUÇÃO [CIBIO-CIMO]
O presente relatório foi elaborado conjuntamente pelas equipas do CIBIO/ICETA-UP e do CIMO/IPB, sintetizando os resultados dos trabalhos realizados até 31 de Agosto de 2011, no âmbito do suporte científico às Ações A.1, A.2 e E.4 do projeto Life+ “HIGRO” (contrato LIFE09 NAT/PT/000043), promovido pela Quercus-ANCN.
Em três capítulos, o relatório descreve, sequencialmente:
(i) as principais características ecológicas e biológicas dos mosaicos de habitats naturais objecto do projeto, nomeadamente no que se refere aos habitats presentes, às biocenoses associadas e às espécies de flora (vascular) e de fauna (odonatos, lepidópteros e aracnídeos) com maior significado para conservação (Capítulo 2);
(ii) os padrões de distribuição geográfica dos principais habitats naturais e das mais importantes espécies de flora e fauna nos três Sítios de Importância Comunitária (SIC; Figura 1) que constituem a área objecto do projeto (Capítulo 3);
(iii) as metodologias e protocolos a empregar nas tarefas subsequentes à componente científica do projeto, a maioria das quais já em curso, no que se refere aos objectivos de cartografia de habitats, de seleção das parcelas a intervencionar, de caracterização de usos e práticas de pastoreio e de avaliação da eficácia das intervenções materiais a realizar no âmbito projeto (Capítulo 4).
A finalização das tarefas em curso será realizada em paralelo com a elaboração do Plano Operacional (Ação A.2), tendo em vista a elaboração e celebração dos contratos de compensação (Ação B.1) e a implementação das ações materiais (C.1-C.4) previstas no projeto. De igual modo, apresenta-se uma implementação-piloto para o SIC "Serra de Montemuro", onde se aferiram os protocolos de amostragem/ monitorização a empregar na avaliação da eficácia das intervenções (Ação E.4). Os resultados dos trabalhos em curso serão apresentados sob a forma de uma adenda ao presente relatório.
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Figura 1 – Os três SIC que constituem a área do projeto, no contexto da região norte de Portugal continental.
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2 CARACTERIZAÇÃO ECOLÓGICA DOS MOSAICOS EM ESTUDO
2.1 Habitats [CIMO]
O projeto Life+ “HIGRO” tem como alvo dois habitats naturais prioritários: os urzais-tojais meso-higrófilos e higrófilos (4020*) e os cervunais (6230*). Estes habitats naturais são típicos de pequenas depressões húmidas, onde existe acumulação de água durante grande parte do ano.
As depressões húmidas apresentam mosaicos intrincados de vegetação que dependem maioritariamente da duração da inundação (acumulação de água). Assim, nas zonas onde existe água à superfície do solo durante todo o ano ou grande parte dele, encontram-se comunidades vegetais hidrófilas. Nas zonas onde a duração da inundação é menor encontram-se comunidades higrófilas (que são alvo do presente projeto). As comunidades higrófilas contactam com as comunidades mesófilas, estas mais secas, que ocupam os locais que rapidamente exportam a água que lhes chega por precipitação ou por drenagem superficial e subsuperficial dos territórios vizinhos. Também as variações interanuais da precipitação, a perturbação humana, o pH, a mineralização da matéria orgânica (que está dependente da precipitação e da temperatura), entre outros fatores, influenciam a distribuição das espécies vegetais presentes nestes gradientes.
No Quadro 1 encontram-se listados e sucintamente descritos os habitats naturais prioritários alvo do projeto, bem como os habitats naturais que se encontram em mosaico com os primeiros.
2.2 Flora [CIBIO-CIMO]
O conceito de “flora RELAPE” surgiu em Portugal no contexto da Conservação da Natureza para colmatar uma lacuna existente em termos de proteção de espécies de flora com interesse para conservação. A ausência de um livro vermelho de flora vascular para Portugal Continental restringe a lista de espécies com interesse para conservação àquelas listadas nos anexo B-II, B-IV e B-V do Decreto-Lei Nº 49/05 de 24 de Fevereiro, correspondentes à transposição para a legislação portuguesa da Diretiva Habitats. O acrónimo RELAPE refere-se às espécies de flora raras, endémicas, localizadas, ameaçadas ou em perigo de extinção e possui uma abrangência muito lata que permite a inclusão de espécies por diversos motivos.
No Quadro 2 encontram-se listadas as espécies florísticas RELAPE consideradas para efeito do projeto, bem como uma descrição dos motivos que conduziram à sua seleção.
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Quadro 1 – Habitats naturais alvo do projeto e outros habitats do Anexo I presentes nas áreas do projeto.
Habitat Designação Designação portuguesa Correspondência fitossociológica Bioindicadores Designação reduzida no âmbito do
presente relatório
Habitas naturais alvo
4020* Charnecas húmidas atlânticas
temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix
Urzais-tojais meso-higrófilos e higrófilos.
Daboecion cantabricae p.p., Ericenion umbellatae p.p.min. e Genistion micrantho-anglicae
(classe Calluno-Ulicetea)
Erica tetralix, Calluna vulgaris, Ulex minor, Genista anglica, G. micrantha (pt1)
Genista ancistrocarpa, G. berberidea, G. triacanthos, Erica ciliaris (pt2)
Urzais-tojais higrófilos
6230* Formações herbáceas de Nardus, ricas em espécies, em substratos siliciosos
das zonas montanas (e das zonas submontanas da Europa continental)
Cervunais Alianças Campanulo herminii-Nardion strictae e Violion caninae
p.p.min. (classe Nardetea)
Danthonia decumbens, Juncus squarrosus, Nardus stricta, Potentilla
erecta
Cervunais
Outros habitats do Anexo I presentes em mosaico com os habitats alvo
3130 Águas estagnadas, oligotróficas a
mesotróficas, com vegetação da Littorelletea uniflorae e/ou da Isoeto-
Nanojuncetea
Águas paradas, oligotróficas a mesotróficas, com vegetação de
Littorelletea uniflorae e/ou de Isoeto- Nanojuncetea
Hyperico elodis-Sparganion e/ou Isoeto-Nanojuncetea (p.p.)
Antinoria agrostidea, Hypericum elodes, Baldellia alpestris e/ou Ranunculus
ololeucos (pt2)
Comunidades de charcas e canais
4030 Charnecas secas europeias Matos baixos de ericáceas e/ou tojos, mesófilos ou xerófilos, de
substratos duros
Calluno-Ulicetea p.p.max., Ulici-Cistion p.p.min. (classe Cisto-
Lavanduletea)
Erica umbellata, E. australis subsp. pl., Halimium lasianthum subsp. alyssoides,
Pterospartum tridentatum subsp. pl., Ulex micranthus e/ou U. minor (pt2)
Matos mesófilos
6410 Pradarias com Molinia em solos calcários, turfosos e argilo-limosos
(Molinion caeruleae)
Prados de Molinia caerulea e juncais não nitrófilos
Molinietalia caeruleae (classe Molinio-Arrhenatheretea)
Molinia caerulea (pt1) Juncus acutiflorus, J. conglomeratus e/ou
Juncus effusus (pt2)
Prados de Molinia (pt1) e juncais
(pt2) 6510 Prados de feno pobres de baixa altitude
(Alopecurus pratensis, Sanguisorba officinalis)
Lameiros meso-higrófilos de feno Aliança Arrhenatherion (classe Molinio-Arrhenatheretea)
Arrhenatherum elatius subsp. bulbosum, Agrostis castellana, A. capillaris, A. x
fouilladei (A. castellana x A. capillaris) ou Festuca rothmaleri.
(Ausência de Cynosurus cristatus e de Gaudinia fragilis)
Prados meso-higrófilos
Turfeiras Anagallis tenella, Arnica montana subsp. atlantica, Carex panicea, Eriophorum
angustifolium, Juncus bulbosus, Sphagnum subsecundum agg. e S.
subnitens (pt2)
Turfeiras Ordem Caricetalia nigrae (classe Scheuchzerio-Caricetea nigrae) e
aliança Ericion tetralicis p.p. (classe Oxycocco-Sphagnetea)
Turfeiras de transição e turfeiras ondulantes
7140
Quadro 2 – Espécies RELAPE da flora vascular consideradas no âmbito do projeto.
Táxon Rara Endémica Localizada Ameaçadas Perigo de extinção
- Endemismo do Sudoeste Europeu
Prados húmidos e turfeiras em zonas montanhosas
Anexo V da Diretiva Habitats
- Arnica montana subsp. atlantica
- Endemismo da parte atlântica do norte de Portugal e Galiza
- - - Genista berberidea
- Endemismo do N da Península Ibérica
Matos e prados húmidos em zonas montanhosas
- - Genista micrantha
- - Matos e prados higrófilos das zonas atlânticas
- - Gentiana pneumonanthe
- - Prados húmidos e turfeiras em zonas montanhosas
- - Menyanthes trifoliata
- Endemismo Sudoeste Europeu
- Anexo V da Diretiva Habitats
- Narcissus bulbocodium
- Endemismo Sudoeste Europeu
Prados húmidos em zonas atlânticas montanhosas
- - Serratula tinctoria subsp. seoanei
Das espécies listadas como espécies RELAPE, nenhuma se pode enquadrar no conceito de “rara” ou de “em perigo de extinção”.
Arnica montana subsp. atlantica ocorre de forma localizada em zonas montanhosas, principalmente nos habitats 6410pt2 e 7140pt2. Encontra-se listada no anexo B-V do Decreto-Lei Nº 49/05, de 24 de Fevereiro, que condiciona a sua colheita na natureza.
Gentiana pneumonanthe ocorre em matos higrófilos (habitat 4020*) e cervunais (habitat 6230*) nas zonas atlânticas de Portugal Continental.
Genista berberidea é um endemismo estrito no norte de Portugal e da Galiza, não ocorrendo em zonas interiores. As suas populações encontram-se em regressão, sendo que a única polução com uma dimensão apreciável é a da serra de Arga. Esta espécie é característica do habitat 4020pt2*.
Genista micrantha é um endemismo do norte da Península Ibéria (não estando presente a NE), que ocorre em matos 4020pt2* e em prados húmidos (6230*, 6410).
Serratula tinctoria subsp. seoanei ocorre em matos higrófilos (habitat 4020*) e cervunais (habitat 6230*) nas zonas atlânticas montanhosas.
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Narcissus bulbocodium encontra-se listado no anexo B-V do Decreto-Lei Nº 49/05 de 24 de Fevereiro, podendo a sua colheita na natureza ser objecto de gestão.
Menyanthes trifoliata ocorre em turfeiras de zonas montanhosas, principalmente nos habitats 6410pt2 e 7140pt2.
2.3 Fauna (invertebrados) [CIBIO]
Os matos higrófilos e cervunais são habitats muito importantes em termos de conservação não só pelo seu papel como refúgio de biodiversidade florística mas igualmente devido à sua importância para a fauna. Estes dois habitats estão quase sempre associados a mosaicos turfófilos alimentados por uma linha de água, o que facilita a presença de diversas espécies de vertebrados e invertebrados. Entre os invertebrados, alguns grupos merecem particular destaque pela sua biodiversidade ou pelo seu papel ecológico.
Entre os lepidópteros, algumas espécies assumem um significado particular devido ao seu carácter emblemático em termos de conservação. Um das mais típicas espécies de borboletas que tem como habitat preferencial os matos higrófilos e cervunais europeus é a Maculinea alcon (Denis and Schiffermuller, 1775) que é um alvo de programas de conservação em muito países europeus. A Maculinea alcon é um licenídeo raro e ameaçado de extinção em Portugal, encontrando-se nalgumas das serras do norte de Portugal sendo que os núcleos mais importantes dessa espécie estão localizados no Sítio Natura 2000 Alvão-Marão. Esta espécie realiza as suas posturas nas flores de Gentiana pneumonanthe, da qual se alimenta durante parte da fase larvar. A Maculinea alcon necessita da presença de algumas espécies de formigas (Myrmica sp.), pois quando a lagarta desce ao solo, é adoptada pelas formigas que a levam até ao interior do seu ninho. Durante os meses seguintes alimenta-se das larvas de formiga, eclodindo em meados de Julho. Esta espécie é capaz de sobreviver em pequenas unidades de habitat adequado (<1 ha), mesmo com baixas densidades da Gentiana pneumonanthe desde que as formigas que ajudam a completar o seu ciclo de vida estejam presentes. Contudo, como a Gentiana pneumonanthe é uma espécie perene de vida longa (até cerca de 30 anos), demora muito tempo a responder a alterações ambientais que possam afectar a sua regeneração tais como a dessecação e a eutrofização. A manutenção das condições ideais para o crescimento da Gentiana pneumonanthe é essencial para a viabilidade a longo prazo das populações de Maculinea alcon.
Os Odonata (libélulas e libelinhas) estão entre os insectos mais importantes encontrado nos cervunais e matos higrófilos, apesar de passarem grande parte do seu ciclo de vida nos habitats ribeirinhos associados às comunidades turfófilas. Os estudos realizados neste grupo de artrópodes são essenciais na avaliação ecológica dos ecossistemas aquáticos e são cada vez mais usados na avaliação da qualidade da água. As turfeiras e habitats associados das zonas montanhosas do norte de Portugal
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são extremamente diversas em Odonata, apesar de não possuírem espécies com relevância especial para a conservação. Algumas das espécies que podem ser encontradas nestes habitats são Calopteryx virgo (Linnaeus, 1758) ssp. meridionalis (Selys,1873), Cordulegaster boltonii (Donovan, 1807), Enallagma cyathigerum (Charpentier, 1840) e Onychogomphus uncatus (Charpentier, 1840).
Em relação aos aracnídeos, existe um deficit de informação relativo à autoecologia e sinecologia das espécies características deste tipo de habitats devido à ausência deste tipo de estudos no território continental português.
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3 CARTOGRAFIA DOS PRINCIPAIS VALORES NATURAIS
3.1 Descrição geral das áreas selecionadas para caracterização
3.1.1 SIC “Serra de Arga” [CIBIO]
No SIC “Serra de Arga”, foram selecionadas preliminarmente cinco áreas (P1-P5) para caracterização (Figura 2 e Figura 3), numa área total de 78.7 hectares. Segue-se uma breve descrição dos principais aspectos ecológicos e biológicos de cada uma dessas áreas.
Figura 2 – Localização das áreas selecionadas no contexto do SIC “Serra de Arga” e área envolvente.
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Figura 3 – Áreas selecionadas no SIC “Serra de Arga” (P1-P5) e respectivas unidades homogéneas.
P1
Esta área encontra-se dividida em cinco unidades homogéneas, ocupando uma área total de 42.1 hectares. A unidade P1.1 possui uma grande área do habitat 4020pt2*, que no entanto se encontra degradado, tendo como principais espécies indicadoras Erica ciliaris e Genista berberidea. O habitat 6230* encontra-se ausente, sendo substituído por uma comunidade dominada por Agrostis x fouilladei. A unidade P1.2 possui também uma grande área de habitat 4020pt2* (bem conservado), e ainda uma pequena área do habitat 6230* (degradado). Os bioindicadores do habitat 4020pt2 são Erica ciliaris, Erica tetralix e Genista berberidea, e no caso do habitat 6230* são Nardus stricta e Serratula tinctoria subsp. seoanei. O habitat 6230* encontra-se muito degradado, sendo substituído em muitos locais por uma comunidade dominada por Agrostis x fouilladei. As unidades P1.3, P1.4 e P1.5 possuem algumas áreas bem conservadas do habitat 4020*, enquanto o habitat 6230* se encontra aqui mal conservado. Ocorrem nestas unidades os habitats 3130pt2 e 7140pt2, ambos em mau estado de conservação. O habitat 6230* encontra-se muito degradado, sendo substituído em muitos locais por uma comunidade dominada por Agrostis x fouilladei. Na área P1 encontram-se presentes as espécies RELAPE Genista berberidea, Gentiana pneumonanthe, Serratula tinctoria subsp. seoanei e Arnica montana subsp. atlantica. Esta área encontra-se sujeita a diversas pressões, sendo de destacar como
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principais o fogo, o sobre-pastoreio e a eutrofização, que têm afectado principalmente os cervunais (habitat 6230*).
P2
A área P2 da Serra de Arga encontra-se dividida em quatro unidades homogéneas,
P3
A área P3 da Serra de Arga é bastante homogénea, ocupando uma área de 2.8
P4
A área P4 da Serra de Arga encontra-se dividida em três unidades homogéneas,
ocupando uma área total de 24.4 hectares. A unidade P2.1 possui os dois habitats 4020pt2 e 6230*, ambos degradados. Os bioindicadores presentes são Erica ciliaris, Erica tetralix e Genista berberidea (habitat 4020pt2*), e Nardus stricta (habitat 6230*). O habitat 6230* encontra-se muito degradado, sendo substituído em muitos locais comunidades dominadas por Agrostis x fouilladei e/ou Chamaemelum nobile, sendo esta última comunidade um indicador específico de sobre-pastoreio. Ocorre igualmente, nas zonas marginais mais secas, o habitat 4030pt2. Na unidade P2.2 não ocorre o habitat 4020*, ocorrendo nas zonas mais secas o habitat 4030pt2. O habitat 6230* encontra-se mal conservado, tendo como espécie indicadora Nardus stricta. Os prados nesta unidade são dominados por comunidades de Agrostis x fouilladei e/ou Chamaemelum nobile. Nas unidades 2.3 e 2.4 ocorrem os habitats 4020pt2* e 6230*, estando o primeiro bem conservado. Na unidade 2.4 ocorrem frequentemente comunidades de Agrostis x fouilladei e/ou Chamaemelum nobile, que substituem os cervunais em situações de sobre-pastoreio. As espécies RELAPE presentes nesta área (P2) são Gentiana pneumonanthe e Genista berberidea. Esta área é a que mais está sujeita a pastoreio neste SIC, com uma densidade excessiva de cabeças de gado.
hectares. Encontram-se representados os habitats 4020pt2* e 6230*, estando o mato higrófilo bem conservado e o cervunal degradado. Ocorrem igualmente o habitat 7140pt2, 7150 e as comunidades de Agrostis x fouilladei. Os bioindicadores presentes são Erica ciliaris, Erica tetralix e Genista berberidea (habitat 4020pt2*), e Nardus stricta (habitat 6230*). Na área P3 encontram-se representadas as espécies RELAPE Genista berberidea, Gentiana pneumonanthe e Arnica montana subsp. atlantica. A principal pressão sobre esta área é o uso recorrente do fogo.
ocupando uma área total de 2.5 hectares. A unidade P4.1 inclui o habitat 4020pt2* (mal conservado), tendo como bioindicadores Erica tetralix e Erica ciliaris. A unidade P4.2 possui o habitat 4020* bem conservado, ocorrendo como bioindicadores as duas espécies do género Erica e Genista berberidea. Nestas duas unidades ocorrem comunidades pratenses dominadas por Agrostis x fouilladei. Na unidade P4.3, o habitat 4020* encontra-se mal conservado, sendo a maior parte da parcela ocupada por comunidade dominadas por Agrostis x fouilladei e/ou Pteridium aquilinum. Ocorre
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também, de forma pontual, o habitat 3130pt2. Nesta área (P4) encontram-se presentes as espécies RELAPE Genista berberidea e Gentiana pneumonanthe. Esta área encontra-se sujeita a varias pressões, sendo as principais o fogo e o sobre-pastoreio.
P5
A área P5 da Serra de Arga ocupando uma área de 6.9 hectares, tendo sido dividida
3.1.2 SIC “Alvão-Marão” [CIBIO]
No SIC “Alvão-Marão”, foram selecionadas preliminarmente seis áreas (P1-P6) para
em duas subunidades homogéneas. Na unidade 5.1 ocorrem os habitats 4020pt2* e 6230* sendo o bioindicadores Erica ciliaris e Nardus stricta, respectivamente. Na unidade 5.2 está apenas representado o habitat 4020pt2*, tendo como bioindicador Erica ciliaris. Este habitat encontra-se aqui muito bem conservado e bem representado, estando em matriz com uma comunidade dominada por Agrostis curtisii. A principal ameaça a esta área é constituída pelo fogo.
Figura 4 a Figura 9caracterização ( ), numa área total de 32.6 hectares. Segue-se uma breve descrição dos principais aspectos ecológicos e biológicos de cada uma dessas áreas.
20
Figura 4 – Localização das áreas selecionadas no contexto do SIC “Alvão-Marão” e área envolvente.
21
Figura 5 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P1-P4) e respectivas unidades homogéneas.
22
Figura 6 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P5) e respectivas unidades homogéneas.
Figura 7 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P6) e respectivas unidades homogéneas.
23
Figura 8 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P7).
Figura 9 – Áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão” (P8) e respectivas unidades homogéneas.
24
P1
A área P1, situada nas imediações de Afonsim, é uma área complexa com 17.7 hectares, e foi dividida em cinco unidades. O habitat 4020pt1* encontra-se degradado em quase todas as unidades, com exceção da unidade P1.4, onde se encontra excepcionalmente bem representado. Os bioindicadores deste habitat presentes nesta área são Erica tetralix e Genista micrantha. O habitat 6230* encontra-se mal conservado na maioria das unidades, com a mesma exceção da unidade P1.4, tendo como bioindicadores Nardus stricta, Juncus squarrosus e Agrostis hesperica. Nas unidades P1.3 e P1.5 ocorre também o habitat 6410pt2. A unidade P1.5 é igualmente ocupada pelo habitat 4030pt3 e por outras comunidades arbustivas dominadas por Ulex minor e Halimium lasianthum subsp. alyssoides. A unidade P1.3 é dominada pela mesma comunidade, em mosaico com um comunidade herbácea dominada por Agrostis x fouilladei e Pteridium aquilinum. A única espécie RELAPE presente nesta área (P1) é Gentiana pneumonanthe. As principais ameaças aos habitats 4020pt1* e 6230* nesta área são a ausência de pastoreio, a drenagem e o fogo.
P2
A área P2 é uma área pequena (0.7 hectares) e homogénea, dominada por um habitat pratense não turfófilo, o habitat 6510. Contudo, esta área apresenta condições para vir a albergar os habitats 6230* e 4020pt1*, se ocorrer uma extensificação do maneio. Aliás, o habitat 6230* encontra-se representado de forma incipiente nesta parcela.
P3
A área P3 da Serra do Alvão encontra-se divida em três unidades, ocupando uma área total de 10.2 hectares. As unidades P3.1 e P3.2 albergam os habitats 4020pt1* e 6230*, ambos bem representados. Os urzais-tojais possuem como bioindicador Erica tetralix, enquanto no caso dos cervunais os bioindicadores são Nardus stricta, Juncus squarrosus e Agrostis hesperica. Na unidade P3.3, os habitats 4020* e 6230* encontram-se mal representados, sendo substituídos por comunidades arbustivas dominadas por Ulex minor e Halimium lasianthum subsp. alyssoides em mosaico com comunidades herbáceas dominada por Agrostis x fouilladei . As espécies RELAPE presentes nesta área (P3) são Gentiana pneumonanthe e Narcissus bulbocodium. As principais ameaças aos habitats alvo são as mesma que na área P1, ou seja a ausência de pastoreio, a drenagem e o fogo.
P4
A área P4 possui dimensão reduzida (1.1 hectares) e não se encontra dividida em subunidades, estando apenas representado o habitat 4020pt1*, mas de forma degradada. O bioindicador dos matos higrófilos é Erica tetralix, sendo a restante área ocupada por comunidades dominadas por Ulex minor e Halimium lasianthum subsp.
25
alyssoides em mosaico com comunidades dominada por Agrostis x fouilladei . Esta área não possui espécies RELAPE, tendo como ameaças as mesmas que foram citadas para as áreas P1 e P3.
P5
A área P5 encontra-se dividida em duas unidades homogéneas, ocupando uma área de 1.9 hectares. O habitat 4020pt1* encontra-se bem representado nas duas unidades, tendo como bioindicadores Erica tetralix e Genista micrantha. O habitat 6230* também se encontra representado nas duas unidades, com destaque para a 5.2. Encontra-se representado nas duas unidades o habitat 6410pt2. Os bioindicadores do cervunal nesta área são Juncus squarrosus, Nardus stricta e Agrostis hesperica. A única espécie RELAPE presente nesta área (P5) é Gentiana pneumonanthe. As principais ameaças aos habitats presentes nas unidades são o fogo e a ausência de pastoreio.
P6
A área P6 encontra-se dividida em três unidades homogéneas, que em conjunto ocupam uma área de 1.0 hectare. Os habitats 4020pt1* e 6230* encontram-se muito mal representados nas unidades P6.3 e P6.1. Os bioindicadores do cervunal nesta área são Juncus squarrosus e Nardus stricta, sendo Erica tetralix o bioindicador do urzal higrófilo. A unidade 6.3 alberga ainda os habitats 4030 e 6410pt2, enquanto na unidade P6.1 a comunidade mais representada é dominada por Agrostis x fouilladei. Em contrapartida, o habitat 4020pt1* encontra-se excepcionalmente bem representado na unidade P6.2. A única espécie RELAPE presente nesta área é Gentiana pneumonanthe, e a principal ameaça nesta área é o fogo.
P7
A área P7 não se encontra dividida em subunidades, ocupando uma área de 1.7 hectares. Os habitats 4020pt1* e 6230 encontram-se muito bem representados e bem conservados. Os indicadores de urzal higrófilo são Erica tetralix e Genista micrantha, enquanto os indicadores de cervunal são Nardus stricta, Juncus squarrosus, e Agrostis hesperica. Esta unidade homogénea alberga igualmente o habitat 7140pt2. A única espécie RELAPE presente nesta área é Gentiana pneumonanthe, e a ameaça detectada nesta área é o fogo.
P8
A área P8, situada nas imediações de Tourencinho é uma área muito complexa com 14,3 hectares, e foi dividida em dez subunidades. As subunidades P8.1, P8.2 e P8.3 são bastante semelhantes e possuem o habitat 4020pt1* bem representado, sendo os bioindicadores Genista micrantha e Erica tetralix. O habitat 6230 encontra-se mal
26
representado nestas duas subunidades sendo substituído pela comunidade de Agrostis x foulladei. Os bioindicadores de 6230* são Nardus stricta e Juncus squarrosus. Na subunidade P8.3 ocorre o habitat 6410pt1 com presença de Sphagnum enquanto nas subunidades P8.1 e P8.2 ocorre o habitat 4030pt3. Nas subunidades P8.4, P8.5, P8.6 os habitats 4020pt1* e 6230* encontram-se mal representados e mal conservados. Nas subunidades P8.7 e P8.8, os habitats 4020pt1 e 6230* encontram-se bem conservados mas mal representados. Nas subunidades P8.9 e P8.10 encontram-se bem conservados os habitats 4020pt1* e 6230*, sendo o habitat 4020pt1* mais abundante na subunidade P8.9 e o habitat 6230* mais abundante na subunidade P8.10. As principais ameaças nesta área são o fogo, a eutrofização da água (principalmente na P8.3) e a drenagem.
3.1.3 SIC "Serra de Montemuro" [CIMO]
No SIC “Serra de Montemuro”, foram selecionadas preliminarmente cinco áreas (P1-P5) para caracterização (Figura 10 a Figura 15) numa área total de 110 hectares. Segue-se uma breve descrição dos principais aspectos ecológicos e biológicos de cada uma dessas áreas.
27
Figura 10 – Localização das áreas selecionadas no contexto do SIC “Serra de Montemuro” e área envolvente.
28
Figura 11 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P1) e respectivas unidades homogéneas.
29
Figura 12 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P2) e respectivas unidades homogéneas.
30
Figura 13 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P3) e respectivas unidades homogéneas.
31
Figura 14 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P4) e respectivas unidades homogéneas.
32
Figura 15 - Áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro” (P5) e respectivas unidades homogéneas.
33
De seguida descrevem-se, sucintamente, as cinco parcelas selecionadas preliminarmente para o SIC “Serra de Montemuro”, bem como as unidades homogéneas reconhecidas em cada parcela. A quantificação dos habitats naturais presentes é apresentada no Quadro 7.
P1
A área P1 da Serra de Montemuro corresponde ao lugar Alagoa de D. João (Lagoa de D. João), freguesia da Panchorra, concelho de Resende.
A unidade P1.1 é dominada por urzais-tojais higrófilos (4020*pt1) relativamente empobrecidos (dominados maioritariamente por Ulex minor e Calluna vulgaris), com presença elevada de prados de Molinia caerulea (6410pt1), juncais (6410pt2), cervunais (6230*) e comunidades típicas de charcas e canais (3130). Na unidade P1.2 dominam os prados de Molinia caerulea (6410pt1) e os cervunais (6230*), ocorrendo frequentemente urzais-tojais higrófilos (4020*pt1). A unidade P1.3 é dominada por urzais-tojais que, nas zonas marginais e mais elevadas, se enriquecem com espécies mesófilas tendendo para matos mesófilos (4030), abundantes nas imediações da referida unidade. Estão igualmente presentes nesta unidade, cervunais (6230*) e comunidades dominadas por Agrostis x fouilladei eventualmente enquadráveis no habitat natural 6510. A unidade P1.4 corresponde a áreas alagadas durante a grande parte do ano (a lagoa), sendo dominada por comunidades de charcas e canais (3130). Ocorrem igualmente juncais (6410pt2) e pequenas manchas de Sphagnum spp. enquadráveis no habitat natural 7140.
Estão representadas as seguintes espécies RELAPE por ordem de abundância: Narcissus bulbocodium, Arnica montana subsp. atlantica, Genista micrantha, Gentiana pneumonanthe e Serratula tinctoria subsp. seoanei.
P2
A área P2 da Serra de Montemuro encontra-se no baldio de Faifa, na freguesia de Ester, concelho de Castro Daire.
A unidade P2.1 é dominada por cervunais (6230*), prados de Molinia caerulea (6410pt1), com presença muito esporádica de pequenas manchas, algo empobrecidas, de urzais-tojais higrófilos (4020*pt1), juncais (6410pt2) e comunidades típicas das charcas e canais (3130). Na unidade P2.2 dominam os urzais-tojais higrófilos (4020*pt1), embora frequentemente empobrecidos, dominados por Calluna vulgaris e/ou Ulex minor, estando ausente, ou ocorrendo muito pontualmente a Genista anglica. Nas zonas mais elevadas e afastadas do nível freático (zonas marginais das áreas selecionadas) os urzais-tojais enriquecem-se com espécies mesófilas (e.g. Agrostis x fouilladei, Halimium lasianthum subsp. alyssoides, Pterospartum tridentatum subsp. cantabricum etc., vide subcapítulo 4.5 e Anexo II) e tendem para tojais mesófilos
34
(4030), que abundam nas imediações da referida unidade. Nesta unidade ocorrem pontualmente manchas de cervunal (6230*) e pequenas zonas alagadas durante grande parte do ano onde dominam as comunidades típicas de charcas e canais (3130), juncais (6410pt2) e, nas margens ou zonas com menor profundidade de água, turfeiras (7140).
Estão representadas as seguintes espécies RELAPE por ordem de abundância: Narcissus bulbocodium e Gentiana pneumonanthe.
P3
A área P3 da Serra de Montemuro corresponde aos lugares de Mestras e Veiga, freguesia de Gosende, concelho de Castro Daire.
A unidade P3.1 é dominada por prados de Molinia caerulea (6410pt1) e cervunais (6230*), ocorrendo pontualmente urzais-tojais higrófilos (4020*pt1), juncais (6410pt2) e comunidades típicas de charcas e canais (3130). A unidade P3.2 é dominada por cervunais (6230*) e por prados meso-higrófilos (6510), com presença esporádica de urzais-tojais higrófilos (4020*pt1), juncais (6410pt2) e comunidades típicas de charcas e canais (3130). Na unidade P3.3 dominam os urzais-tojais higrófilos (4020*pt1), podendo ocorrer manchas de cervunal (6230*), e pontualmente juncais (6410pt2) e comunidades típicas de charcas e canais (3130). A unidade P3.4 corresponde às zonas alagadas durante a grande parte do ano, dominando as comunidades típicas de charcas e canais (3130), juncais (6410pt2) e, nas margens ou zonas com menor profundidade de água, turfeiras (7140). Pequenas manchas dominadas por Sphagnum sp., Juncus spp., Arnica montana subsp. atlantica, podem estar presentes nas unidades homogéneas anteriores mas têm maior expressão na unidade P3.4. Na unidade P3.5 dominam matos mesófilos/higrófilos (de Ulex minor, Erica arborea, Cytisus spp.) e outras comunidades arbóreo-arbustivas dominadas por Frangula alnus e Salix atrocinerea, que corresponderão a etapas seriais ulteriores aos cervunais e urzais-tojais, uma vez que ocorrem pontualmente espécies típicas destes últimos habitats naturais (Nardus stricta, Genista anglica, Juncus squarrosus e Potentilla erecta).
Estão representadas as seguintes espécies RELAPE por ordem de abundância: Arnica montana subsp. atlantica, Narcissus bulbocodium, Gentiana pneumonanthe e Serratula tinctoria subsp. seoanei.
P4
A área P4 da Serra de Montemuro encontra-se na freguesia de Gosende, concelho de Castro Daire, correspondendo em grande parte ao baldio de Gosende.
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A unidade P4.1 é dominada por cervunais (6230*) e por prados de Molinia caerulea (6410pt1), podendo ocorrer pontualmente urzais-tojais higrófilos (4020*pt1) e juncais (6410pt2). Na unidade P4.2 dominam os urzais-tojais higrófilos (4020*pt1), ocorrendo também manchas de cervunal (6230*), e pontualmente juncais (6410pt2) e comunidades típicas de charcas e canais (3130). A unidade P4.3 é dominada por cervunais (6230*) e por prados meso-higrófilos (6510) com ocorrência pontual de urzais-tojais higrófilos (4020*pt1) e juncais (6410pt2). Na unidade P4.4 dominam as comunidades de charcas e canais (3130) e os juncais (6410pt2), ocorrendo turfeiras (7140) nas margens ou zonas com menor profundidade de água.
Estão representadas as seguintes espécies RELAPE por ordem de abundância: Arnica montana subsp. atlantica, Narcissus bulbocodium e Gentiana pneumonanthe.
P5
A área P5 da Serra de Montemuro corresponde maioritariamente a um baldio pertencente à povoação de Campo Benfeito, situado no lugar de Lagoais, freguesia de Gosende, concelho de Castro Daire.
A unidade P5.1 é dominada por cervunais (6230*) e por prados de Molinia caerulea (6410pt1), com presença de urzais-tojais higrófilos (4020*pt1), juncais (6410pt2). Na unidade P5.2 dominam os urzais-tojais higrófilos (4020*pt1) e os cervunais (6230*), com presença pontual de turfeiras (7140) e juncais (6410pt2). Na unidade P5.3 dominam os urzais-tojais higrófilos (4020*pt1) e as comunidades típicas de charcas e canais, com ocorrência esporádica de cervunais (6230*), juncais (6410pt2) e turfeiras (7140). A unidade P5.4 é dominada por os urzais-tojais higrófilos (4020*pt1), embora frequentemente empobrecidos, dominados maioritariamente por Ulex minor, ocorrendo pontualmente a Genista anglica, sendo frequentes Nardus stricta e espécie RELAPE (Arnica montana subsp. atlantica e Gentiana pneumonanthe). Nas zonas marginais da unidade P5.4, mais elevadas e afastadas do nível freático, os urzais-tojais enriquecem-se com espécies mesófilas e tendem para tojais mesófilos (4030), que abundam nas imediações da referida unidade. A unidade P5.5 corresponde a um núcleo de Erica tetralix, detetado pelo Eng. Paulo Monteiro no âmbito das visitas de campo realizadas para o presente projeto (não se conhecem, até ao presente momento, outras populações vivas no SIC "Serra de Montemuro").
Estão representadas as seguintes espécies RELAPE por ordem de abundância: Arnica montana subsp. atlantica, Serratula tinctoria subsp. seoanei, Narcissus bulbocodium, Gentiana pneumonanthe e Menyanthes trifoliata.
3.2 Padrões gerais de distribuição regional de habitats e espécies
O Quadro 3 apresentam-se os habitats naturais presentes nos três SIC em causa, destacando-se os que são alvo do projeto (4020* e 6230*).
36
Quadro 3 – Tipos de habitats (Anexo I) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas nos três SIC analisados.
Habitat Descrição Serra de Arga Alvão-Marão Serra de Montemuro (PTCON0039) (PTCON0003)
(PTCON0025) � � 3130 Charcas e canais �� � � 4020* Urzais-tojais higrófilos �
4030 Matos mesófilos � � �
� � 6230* Cervunais �
� 6410 Prados-juncais � �
� 6510 Prados mesófilos � �
� � �� 7140 Turfeiras
No caso das espécies RELAPE, apenas Gentiana pneumonanthe é comum aos três SIC, sendo regularmente acompanhada por outras espécies RELAPE nas várias áreas analisadas nos três SIC (Quadro 4).
Quadro 4 - Espécies RELAPE (flora) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas nos três SIC analisados.
Serra de Arga Alvão-Marão Serra de Montemuro Espécie (PTCON0039) (PTCON0003) (PTCON0025) Arnica montana subsp. atlantica
� �
� Genista berberidea � Genista micrantha
� � Gentiana pneumonanthe �
� Menyanthes trifoliata
� Narcissus bulbocodium �
Serratula tinctoria subsp. seoanei
� �
3.3 Padrões locais de distribuição e abundância de habitats e espécies
No caso da área de ocupação dos diversos habitats nos três SIC (Quadro 5, Quadro 6, Quadro 7), destaca-se claramente o habitat 4020* como aquele que ocupa atualmente uma maior área no conjunto das áreas analisadas. Este predomínio dos urzais-tojais higrófilos poderá evidenciar o resultado da menor pressão atual de pastoreio.
37
Quadro 5 – Área estimada de ocupação dos tipos de habitats (Anexo I) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Serra de Arga”.
Área de habitat (m2) 2Sítio Área UH Área da UH (m )
3130 4020* 6230* 7140 7150
0.0 P1.1 92911.4 0.0 32519.0 0.0 0.0 0.0 P1.2 114560.1 0.0 51552.0 1145.6 0.0 0.0 P1.3 145207.9 0.0 50822.8 21781.2 10890.6 P1 0.0 P1.4 39843.9 0.0 13945.4 5976.6 2988.3
P1.5 28630.6 0.0 10020.7 4294.6 2147.3 0.0
P2.1 24390.8 0.0 8536.8 3658.6 0.0 0.0
P2.2 25197.5 0.0 0.0 755.9 0.0 0.0
P2.3 46559.8 0.0 25607.9 6984.0 0.0 0.0 P2
P2.4 148226.6 0.0 37056.7 22234.0 0.0 0.0
P3 - 28361.6 0.0 15598.9 4254.2 850.8 283.6
P4.1 4634.0 0.0 1158.5 0.0 0.0 0.0
P4.2 6910.8 0.0 3800.9 0.0 0.0 0.0 Ser
ra d
e A
rga
(PTC
ON
0039
)
P4 0.0 P4.3 12956.1 64.8 971.7 1943.4 388.7 0.0 P5.1 6367.5 0.0 3502.1 478.2 0.0
P5 0.0 P5.2 62575.2 0.0 40673.9 0.0 0.0
Total SIC (m2) 787333.8 64.8 295767.3 73506.3 283.6 17265.7
Total SIC (ha) 78.7334 0.00648 29.57673 7.35063 0.02836 1.72657
38
Quadro 6 – Área estimada de ocupação dos tipos de habitats (Anexo I) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão”.
Área de habitat (m2) 2Sítio Área UH Área da UH (m )
4020* 6230* 6410 6510
P1.1 17196.6 7738.5 2579.5 0.0 0.0 P1.2 8722.1 0.0 0.0 0.0 0.0 P1.3 52396.2 3929.7 3929.7 262.0 0.0
P1.4 8707.4 5659.8 1306.1 0.0 0.0 P1
P1.5 89482.0 13422.3 447.4 447.4 0.0
P2 7114.3 0.0 213.4 0.0 6758.6
P3.1 11691.6 5261.2 1753.7 0.0 0.0
P3.2 16303.9 8967.1 489.1 0.0 0.0 P3
P3.3 73755.5 2212.7 2212.7 0.0 0.0
P4 11261.3 2815.3 0.0 0.0 0.0
P5.1 3153.1 1734.2 473.0 788.3 0.0
P5.2 6235.7 2806.0 935.3 187.1 0.0
P6.1 1557.4 1168.0 0.0 0.0 0.0
P6.2 6392.7 191.8 191.8 191.8 0.0 P6 P6.3 2082.0 62.5 62.5 10.4 0.0
Alvã
o-M
arão
(PTC
ON
0003
)
P7 16954.4 4238.6 7629.5 0.0 0.0
P8.1 4889.8 2689.4 146.7 0.0 0.0 P8
P8.2 3781.0 1701.5 113.4 0.0 0.0
P8.3 2044.5 306.7 61.3 153.3 0.0
P8.4 6063.8 909.6 181.9 0.0 0.0
P8.5 1253.9 37.6 37.6 0.0 0.0
P8.6 4290.4 128.7 128.7 643.6 0.0
P8.7 5146.2 771.9 771.9 0.0 0.0
P8.8 4905.7 735.9 735.9 0.0 0.0
P.89 11366.7 1705.0 1705.0 0.0 0.0
P8.10 27994.2 6998.6 12597.4 0.0 0.0
Total SIC (m2) 404742.4 76192.6 38703.5 2683.9 6758.6
Total SIC (ha) 40.4742 7.61926 3.87035 0.26839 0.67586
39
40
Quadro 7 – Área estimada de ocupação dos tipos de habitats (Anexo I) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Serra de Montemuro”.
Área de habitat (m2) Sítio Área UH
Área da UH (m2) 4020*pt1 6230* 3130pt2 4030 6410pt1 6410pt2 6510 7140pt2
P1.1 347186.9 243030.8 34718.7 10415.6 0.0 24303.1 17359.3 0.0 3471.9 P1.2 136563.6 20484.5 40969.1 1365.6 4096.9 61453.6 1365.6 0.0 1365.6 P1.3 110679.2 66407.5 11067.9 0.0 11067.9 0.0 0.0 16601.9 0.0
P1
P1.4 11229.9 0.0 112.3 9545.4 0.0 112.3 561.5 0.0 561.5 P2.1 30949.5 1547.5 17022.2 309.5 0.0 10832.3 309.5 0.0 309.5 P2 P2.2 80534.7 48320.8 8053.5 402.7 4026.7 0.0 402.7 16106.9 402.7 P3.1 76583.7 7658.4 26804.3 765.8 0.0 38291.9 3829.2 0.0 382.9 P3.2 16604.9 1660.5 6642.0 166.0 0.0 830.2 166.0 6642.0 0.0 P3.3 50386.8 35270.8 10077.4 503.9 0.0 2519.3 2015.5 0.0 251.9 P3.4 2665.2 26.7 0.0 1732.4 0.0 266.5 399.8 0.0 133.3
P3
P3.5 16581.8 829.1 829.1 0.0 6632.7 0.0 0.0 3316.4 0.0 P4.1 38517.3 5777.6 15406.9 1155.5 0.0 13481.1 1925.9 0.0 385.2 P4.2 113174.8 67904.9 28293.7 5658.7 0.0 5658.7 5658.7 0.0 3395.2 P4.3 10167.3 1016.7 4066.9 101.7 0.0 508.4 508.4 4066.9 0.0
P4
P4.4 12551.5 627.6 0.0 10041.2 0.0 627.6 1255.2 0.0 627.6 P5.1 10358.5 2071.7 3625.5 517.9 0.0 3625.5 725.1 0.0 103.6 P5.2 22468.2 13480.9 4493.6 674.0 0.0 449.4 1123.4 0.0 2246.8 P5.3 4189.2 1675.7 628.4 1256.8 0.0 125.7 418.9 0.0 209.5 P5.4 13016.3 7809.8 1952.4 0.0 2603.3 0.0 0.0 0.0 0.0
Ser
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e M
onte
mur
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TCO
N00
25)
P5
P5.5 25.2 25.2 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Total SIC (m2) 525626.6 214763.9 44612.8 28427.5 163085.5 38024.7 46734.1 13847.1
Total SIC (ha) 52.6 21.5 4.5 2.8 16.3 3.8 4.7 1.4
espécies vegetais RELAPENo caso da área potencial de ocupação das nos SIC “Serra de Arga” (Quadro 8) e “Alvão-Marão” (Quadro 9), destaca-se claramente o SIC "Serra de Arga" como aquele que fornece atualmente melhores condições para a ocorrência das espécies consideradas, bem como a Gentiana pneumonanthe como a espécie RELAPE mais frequente.
Quadro 8 – Área estimada de ocupação das espécies RELAPE (flora) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Serra de Arga”.
Sítio Área UH Área da UH (m
Espécies presentes Percentagem de ocupação - flora RELAPE
Cobertura - flora RELAPE (m
2) GENPNE GENBER SERSEO ARNMON
2) P1.1 92911.4 7.5% X X 6968.4 P1
P1.2 114560.1 15.0% X X X X 17184.0
P1.3 145207.9 15.0% X X X 21781.2
Ser
ra d
e A
rga
(PTC
ON
0039
)
P1.4 39843.9 15.0% X X X 5976.6
P1.5 28630.6 15.0% X X X 4294.6
P2.1 24390.8 1.0% X X 243.9 P2
P2.2 25197.5 1.0% X X 252.0
P2.3 46559.8 3.0% X X 1396.8
P2.4 148226.6 1.0% X X 1482.3
P3 28361.6 7.5% X X X 2127.1
P4 P4.1 4634.0 1.0% X 46.3
P4.2 6910.8 25.0% X X 1727.7
P4.3 12956.1 1.0% X 129.6
Total SIC (m2) 63610.4
Total SIC (ha) 6.36104
Abreviaturas: ARNMON (Arnica montana subsp. atlantica), GENBER (Genista berberidea), GENPNE (Gentiana pneumonanthe), SERSEO (Serratula tinctoria subap. seoanei).
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Quadro 9 – Área estimada de ocupação das espécies RELAPE (flora) com presença confirmada em cada uma das áreas selecionadas no SIC “Alvão-Marão”.
Sítio Área UH Área da UH (m
Percentagem de ocupação - flora
RELAPE
Espécies presentes Cobertura - flora RELAPE (m2 2) )
GENPNE NARBUL
P1 P1.4 8707.4 3.0% X 261.2
Alvã
o-M
arão
(PTC
ON
0003
)
P1.5 89482.0 1.0% X 894.8
P3 P3.2 16303.9 1.0% X X 163.0
P3.3 73755.5 1.0% X 737.6
P5 5.2 7316.3 1.0% X 73.2
5.3 3153.1 1.0% X 31.5
P6 P6.3 6392.7 1.0% X 63.9
P7 16954.4 1.0% X X 169.5
Total SIC (m2 2394.7 )
Total SIC (ha) 0.2394
Abreviaturas: GENPNE (Gentiana pneumonanthe), NARBUL (Narcissus bulbocodium).
Para o SIC “Serra de Montemuro” podem encontrar-se, no Anexo II, estimativas precisas da cobertura de espécies RELAPE (para a parcela de Faifa), decorrentes já dos trabalhos de amostragem descritos no capítulo 4.5.
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4 PRÓXIMAS ETAPAS: METODOLOGIAS E PROTOCOLOS
4.1 Próximas etapas [CIBIO - CIMO]
As próximas etapas da componente científica do projeto consistem na realização de estudos complementares de caracterização detalhada dos sistemas em análise, através da aplicação de um conjunto diversificado de protocolos, conforme se descreve nos vários pontos desta secção.
Tais estudos complementares incidirão, em particular, sobre:
(i) a seleção das áreas e parcelas para intervenção em cada Sítio; (ii) a cartografia detalhada de habitats e a caracterização da topografia local para
as áreas selecionadas; (iii) a caracterização biológica inicial das parcelas a selecionar para intervenção (e
das correspondentes parcelas-controlo); (iv) a caracterização diacrónica das práticas de pastoreio; (v) o acompanhamento técnico das intervenções; e (vi) a monitorização das parcelas intervencionadas e a avaliação da eficácia das
intervenções considerando os objectivos do projeto.
Quadro 10 explicita o cronograma das atividades previstas até final do ano de 2011. O
Quadro 10 - Cronograma das atividades científicas previstas até final de 2011.
Tarefas Setembro Outubro Novembro Dezembro 1. Seleção de parcelas e Plano Operacional X 2. Cartografia e topografia X X 3. Caracterização biológica inicial X X 4. Práticas de pastoreio X X 5. Acompanhamento das intervenções X X 6. Início da monitorização X X
Foi já iniciada na Serra de Montemuro uma implementação-piloto de dez estações de amostragem com vista à caracterização inicial da vegetação e preparação dos ensaios científicos para a avaliação da eficácia das intervenções (restauro da hidrologia natural, roça mecânica e exclusão dos usos atuais (roça e/ou pastoreio). O desenho, bem como alguns resultados preliminares são apresentados no subcapítulo 4.5.
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4.2 Seleção de parcelas e Plano Operacional [CIBIO]
A seleção das áreas a caracterizar em cada Sítio foi feita com base na identificação e delimitação prévia de um conjunto de áreas candidatas, definidas em função da presença dos habitats objecto de intervenção.
No entanto, a quantidade limitada de recursos disponíveis para contratualização, assim como a realidade socioeconómica e as práticas de pastoreio constatadas em cada território, conduziram à necessidade de selecionar um subconjunto destas áreas que serão alvo de caracterização geral, contratualização, intervenção e monitorização. Assim, serão selecionadas três áreas, uma em cada SIC, para onde serão maioritariamente canalizados os esforços e recursos do projeto. Estas áreas serão selecionadas em função da sua dimensão e da sua diversidade ecológica. Estima-se também que as intervenções nestas áreas poderão ter maior probabilidade de sucesso pela continuidade das atividades após o termo do projeto.
Em cada uma destas áreas será selecionado um conjunto de parcelas específicas onde serão implementadas as ações materiais do projeto (B e C). Essas parcelas serão selecionadas em função de vários critérios, entre os quais:
- a presença (dominância) dos habitats alvo do projeto; - a evidência de práticas recentes de pastoreio e ações de gestão associadas
(ex.º fogo); - o estado de degradação dos habitats; e - a dispersão espacial e ecológica do conjunto de parcelas.
O conjunto das parcelas selecionadas assegurará a necessária diversidade de situações que permita a avaliação posterior da eficácia das intervenções sob condições iniciais distintas. Esta diversidade deverá ser considerada na elaboração do Plano Operacional, em que as diversas intervenções preconizadas deverão incidir sobre situações iniciais distintas em termos de dominância e estado de conservação/degradação.
4.3 Cartografias de habitats e modelos digitais do terreno [CIBIO]
A cartografia detalhada de habitats e a elaboração de modelos digitais do terreno serão efectuadas através da colheita de imagem aérea com recurso a dispositivos fotográficos aerotransportados. Atualmente é possível, com recurso a métodos de obtenção de fotografia aérea de baixo custo, conjugados com análise fotogramétrica e
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informação geodésica, obter resultados bastante satisfatórios de altimetria e ortofotomapas. A utilização de fotografia aérea de baixa altitude tem a grande desvantagem de reduzir a área fotografada por levantamento. Contudo, permite levantar pequenas áreas (contíguas ou não), tipicamente com dimensão hectométrica, com uma resolução espacial bastante elevada, impossível de obter com os métodos de fotografia aérea clássicos.
A cartografia de habitats será feita com recurso à interpretação visual prévia de fotografias aéreas, a realizar em sistema de informação geográfica. Será utilizada a legenda dos tipos de habitats do Anexo I da Directiva “Habitats”, em particular a tipologia definida pelo Plano Sectorial da Rede Natura 2000 (ver secção 1.1 do presente relatório). Atendendo aos objectivos desta tarefa no contexto do projecto, será utilizadas as dimensões mínimas cartografáveis aconselhadas por Bunce et al. (2008, 2011) para a cartografia de habitats à escala da paisagem (Quadro 11).
Quadro 11 - Dimensões mínimas cartografáveis segundo Bunce et al. (2008, 2011).
Elementos Dimensões mínimas Exemplos 2 Áreas contínuas de habitat 4020* Parcelas Área mínima: 400m
Largura mínima: 5m Áreas contínuas de habitat 6230* Áreas contínuas de mosaico 4020*+6230*
Linhas Comprimento mínimo: 30m Habitat 3130 (canais ou leitos de cursos de água) (Largura máxima: 5m)
Pontos Todos os elementos que não cumpram os requisitos anteriores e constituam habitats do Anexo I
Pequenas extensões de habitat 4010 Pequenas extensões de habitat 6410 Pequenas extensões de habitat 7150
As fotografias aéreas serão obtidas através de um sistema desenhado e concebido por Henriques (2006), que consiste na utilização de um papagaio de grande tração que sustenta no ar um suporte com uma câmara digital acoplada (Figura 16). Este sistema é vantajoso na medida em que permite obter imagens aéreas verticais ou oblíquas, com boa resolução, de forma relativamente fácil, a baixo custo e sem necessidade de um planeamento prévio extensivo. Contudo, apresenta algumas limitações, especialmente no que toca às condições meteorológicas: é necessário vento com velocidade entre 8 a 35 Km/h. As imagens que se obtêm não estão georreferenciadas nem ortorretificadas sendo, por isso, necessário que sejam registadas coordenadas precisas, recorrendo a GPS diferencial, de pontos de controlo (GCPs) ou de referência, pré-existentes no local e/ou instalados propositadamente para o efeito durante o levantamento. Estes pontos serão utilizados para georreferenciar os modelos digitais de terreno e os ortofotomapas, obtidos a partir das fotografias aéreas.
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Figura 16 - À esquerda: aspecto do dispositivo de captura de imagem. À direita: exemplo de fotografia aérea recolhida com o dispositivo, permitindo distinguir facilmente a vegetação
arbustiva da vegetação herbácea circundante.
Serão recolhidas fotografias a partir de duas alturas distintas (em relação ao solo). As fotografias recolhidas a maiores alturas (entre 150 a 250 metros) terão uma resolução espacial aproximada de 3 a 7 cm/pixel e suportarão a cartografia de habitats para a totalidade da superfície das áreas selecionadas. As fotografias recolhidas a menores alturas (entre 40 a 100 metros) terão uma resolução espacial aproximada de 1 a 2.5 cm/pixel e serão utilizadas para uma caracterização detalhada da dinâmica da vegetação nas estações de intervenção e amostragem (ver secção 4.5).
Os modelos digitais do terreno serão produzidos com base nas imagens aéreas, entretanto recolhidas, por processos fotogramétricos. O modelo digital do terreno (DEM, ou “Digital Elevation Model”) será calibrado com GCPs obtidos por um levantamento topográfico de elevada precisão (com recurso a GPS diferencial). A conjugação do DEM com a informação fotográfica e a informação geodésica permitirá a obtenção de ortofotomapas de grande resolução espacial, passíveis de serem manipulados e analisados em ambiente SIG (Figura 17).
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Figura 17 - Exemplo de um modelo digital do terreno (DEM; à esquerda) e do correspondente ortofotomapa (à direita) recolhidos com o dispositivo ilustrado na Figura 16.
4.4 Caracterização e análise diacrónica dos usos e das práticas de pastoreio [CIBIO]
A caracterização dos usos e das práticas de pastoreio nas áreas de intervenção será feita em dois momentos e com recurso a metodologias e fontes de informação complementares.
À escala regional, será feita a caracterização das principais dinâmicas recentes, com recurso a cartografia de incêndios e de ocupação do solo, e a dados estatísticos de vários censos nacionais. A Cartografia Nacional de Áreas Ardidas (1990-2009) e a cartografia “Corine Land Cover” (1990-2006) fornecerão informação sofre as principais transformações dos padrões de ocupação e uso do solo. No que se refere a dados estatísticos, serão utilizados dados dos Recenseamentos Gerais da População e dos Recenseamentos Gerais da Agricultura, entre outros, para identificar as principais tendências demográficas e socioeconómicas em cada um dos territórios.
À escala local, serão realizadas entrevistas a pastores, proprietários e outros informantes no sentido de identificar alterações locais nos padrões de uso do espaço serrano pelas populações, não só no que se refere ao pastoreio, mas também a outros usos pretéritos (ex.º roça de matos, recolha de lenha) e a novos usos (ex.º recreio, produção de energia). Numa primeira fase, serão realizadas entrevistas semiestruturadas a habitantes locais previamente selecionados. As entrevistas semiestruturadas serão focadas na evolução histórica de cada zona de estudo e na percepção dos residentes sobre a paisagem e a sua evolução. A informação compilada servirá de base à elaboração do questionário, que terá como objectivo identificar as alterações das práticas de pastoreio e de outros usos do solo (roça de matos), bem como no uso do fogo como ferramenta de gestão da paisagem.
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48
4.5 Avaliação da eficácia relativa das intervenções – Implementação-piloto na Serra de Montemuro [CIMO]
No SIC "Serra de Montemuro" foi realizada uma implementação piloto, com o intuito de aperfeiçoar e ajustar a metodologia inicialmente idealizada, do ponto de vista prático.
A execução prática no campo foi bem sucedida e apresenta-se, nos subcapítulos seguintes: a estratégia de amostragem, a metodologia para a marcação das transecções no terreno, a metodologia para a colocação dos quadrados, o protocolo de amostragem nos quadrados, o número de estações de amostragem e respetivos tratamentos. Por fim apresentam-se alguns resultados preliminares de 10 estações de amostragens colocadas na parcela P2 (Faifa) do SIC "Serra de Montemuro".
4.5.1 Estratégia de amostragem
A estratégia de amostragem que aqui se apresenta pretendeu permitir:
i) a realização simultânea das várias tarefas propostas;
ii) flexibilidade que permita a adaptação às diferentes áreas a amostrar;
iii) permitir a análise local dos dados, bem como comparações entre as diferentes áreas e regiões.
Na Figura 18 apresenta-se o desenho de uma estação de amostragem proposta.
Quadrado 1x1 m2 (vegetação aquática)
Quadrado 1x1 m2 (vegetação higrófila)
Quadrado 1x1 m2 (vegetação mesófila)
Transecção permanente a marcar no terreno, nos pontoas A e B.
Tabique a instalar no terreno (apenas no caso de se pretender a elevação do nível freático)
VEGETAÇÃMESÓFILA
VEGETAÇÃO HIGRÓFILA
VEGETAÇÃO AQUÁTICA
O
A B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
n.º de ordem
lado
esq
uerd
o (ju
sant
e)
lado
dire
ito (m
onta
nte)
Figura 18 – Esquema de uma estação de amostragem.
4.5.2 Marcação das transecções no terreno
O comprimento das transecções permanentes está dependente da largura da vegetação higrófila a estudar. Assim, de acordo com a Figura 18:
1) O ponto A da transecção será ancorado na margem do talvegue onde será colocada uma estaca de ferro.
2) O ponto B será marcado (também com estaca de ferro) na zona onde se observe o termo da vegetação higrófila e o início da vegetação mesófila, esta última exclusivamente dominada por elementos mesófilos tais como Ulex minor, Halimium lasianthum subsp. alyssoides, Cytisus sp., Pterospartum tridentatum subsp. cantabricum etc. A transecção permanente corresponde ao segmento AB.
3) Para todos os pontos marcados no terreno será retirada uma coordenada GPS com a máxima precisão possível (nunca inferior a 3 m) e recolhidas as distâncias entre os mesmos (recorrendo a fita métrica apropriada).
4) A seleção das áreas onde se implantarão as estações de amostragem é crucial. As estações serão colocadas com o segmento AB perpendicular ao talvegue respetivo, do seguinte modo:
4.1) Para microtopografias relativamente planas, cartografar-se-ão os talvegues e gerar-se-ão pontos aleatórios ao longo dos mesmos, tantos quantos necessários. Definir-se-ão as zonas onde se pretenda elevar o nível freático. Para as restantes zonas, as estações (ver 2.4) serão colocadas nos pontos gerados aleatoriamente rejeitando-se os locais que não cumpram uma das seguintes premissas: 1) O declive ao longo do segmento AB deverá ser constante; 2) O segmento AB tem de possuir no mínimo 30 m; 3) A estação tem de distar no mínimo 10 m de outra estação de amostragem; 4) O local selecionado não deve apresentar sinais de perturbação recente.
4.2) Para microtopografias mais complexas, deverão ser selecionados a priori as áreas da depressão húmida com declive constante entre a vegetação aquática e a vegetação mesófila. Por fim, seguir-se-á o procedimento explicitado no ponto anterior.
4.3) É importante reduzir a priori as áreas onde se poderão gerar aleatoriamente transecções, àquelas áreas de elevada riqueza fitocenótica onde estejam presentes ambas as comunidades com interesse para o projeto (tojais higrófilos e cervunais), ou, alternativamente, rejeitar as transecções onde ambas as comunidades em causa não estejam representadas.
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4.5.3 Localização dos quadrados
Para cada estação de amostragem, os quadrados/áreas (utilizados para a estimativa da cobertura das espécies presentes) serão posicionados do seguinte modo:
2 11) 2 quadrados com 1x1 m com um vértice no ponto A (Figura 18). Os valores de cada quadrado deverão ser guardados separadamente documentando a sua posição.
22) 3 quadrados com 1x1 m , de acordo com a Figura 18, que contacta com o ponto B.
23) 10 quadrados com 1x1 m contactando o primeiro no ponto A e sendo os restantes distribuídos uniformemente (equidistantes) até ao ponto B (Figura 18).
4.5.4 Protocolo de amostragem nos quadrados
1) Para as áreas e quadrados referidos nos pontos anteriores será amostrada a cobertura de todas as espécies vegetais vasculares presentes, bem como a abundância (n.º de indivíduos ou entidades individualizáveis) das espécies RELAPE com interesse conservacionista.
2) Nas comunidade herbáceas e camefíticas, a cobertura estimar-se-á visualmente, seguindo rigorosamente o seguinte procedimento:
22.1) Colocação sobre o terreno de um quadrado normalizado com 1x1 m subdividido em grelha com 20 cm de largura.
2.2) Em cada colocação do quadrado normalizado, procede-se ao levantamento da cobertura de cada espécie presente (biomassa viva) em percentagem (%), recorrendo à quadrícula de 20x20 cm2 para precisar a percentagem de cobertura de cada espécie (sabendo que a cada quadrícula de 20x20 cm2 corresponde uma cobertura de 4% do quadrado de 1x1 m2). Por fim será ainda estimada a área não coberta por material vegetal vivo. Serão contados os indivíduos das espécies RELAPE presentes.
1 A forma da área a amostrar, no caso da vegetação aquática, é reconfigurável, podendo usar‐se quadrados menores que 1 m2 no caso da largura da linha de água ser inferior a 1m. No caso da largura e profundidade da linha de água serem consideráveis, pode equacionar‐se a utilização de mais quadrados de 1x1 m até à margem, em especial caso se perceba que a profundidade da linha de água determina diferenças na vegetação aquática presente. No caso de vegetação ribeirinha arbórea, a área a amostrar será de 50 a 100 m2 (van der Maarel 2005) e a estimativa da cobertura (em percentagem) realizada visualmente sem recurso ao quadrado normalizado.
51
3) Será recolhida informação sobre a localização do quadrado amostrado (e.g. número de ordem, estação de amostragem, posição relativa nas áreas dedicadas ao estudo da vegetação aquática e mesófila).
4.5.5 Número de estações de amostragem e respetivos tratamentos
Por cada maciço montanhoso deverá ser escolhida uma área de grande dimensão e elevada riqueza fitocenótica, onde deverão ser colocadas 10 estações de amostragem, da seguinte forma:
1) Em locais onde não haja elevação do nível freático:
3 estações de amostragem que não serão sujeitas a nenhum tipo de tratamento (controlo), além dos usos atuais (e.g. pastoreio).
2 estações de amostragem que serão vedadas (tratamento: exclusão do uso atual – e.g. pastoreio e/ou roça). As vedações terão 3x3 m (para transecções com comprimentos superiores a 40 m) e serão executadas com rede ovelheira (com 1,20 m de altura) que será fixada com grampos a estacas de madeira. Para transecções inferiores a 40 m, poder-se-á equacionar uma única vedação de 3 m de largura e com o comprimento da transecção.
2 estações de amostragem que serão roçadas (tratamento: roça mecânica e uso atual).
2) Em locais onde haja elevação do nível freático:
3 estações de amostragem a 5, 12.5 e 20 m do tabique de madeira a colocar no terreno.
4.5.6 Cronograma
Tendo em conta a implementação-piloto, apresenta-se, no Quadro 12, um cronograma dos trabalhos relativos aos ensaios propostos pela implementação-piloto.
Quadro 12 – Cronograma decorrente da implementação-piloto.
2011 2012 2013 Levantamento florístico em todas as estações de amostragem.
Levantamento florístico em todas as estações de amostragem.
Julho/Agosto
A partir de Setembro até à primavera do ano seguinte
Roça das parcelas. Instalação das vedações. Roça das parcelas. Instalação de tabiques.
52
4.5.7 Resultados preliminares
No Anexo II apresentam-se os primeiros gráficos com a variação da cobertura das espécies ao longo da transecção média.
A amostragem fina realizada em cada transecção permitiu evidenciar quais as espécies que apresentam maior percentagem de cobertura ao longo da transecção média, bem como variam as percentagens de cobertura das espécies ao longo do gradiente.
Os gráficos obtidos permitem corroborar a sistematização/modelo que usualmente se adota ao estudar este tipo de vegetação e que se pode sintetizar do seguinte modo:
1) Primeira área de vegetação hidrófila (circa 0 m), dominada por Juncus spp. (6410pt2), pontualmente dominada por Sphagnum sp. e Juncus bulbosus (7140), ou por Ranunculus ololeucos (3130pt2) e outras plantas aquáticas nas zonas com água mais profunda).
2) Segunda faixa de vegetação hidro-higrófila (0 a 10 m) dominada por Molinia caerulea, acompanhada com Peucedanum lancifolium, Succisa pratensis e ainda Juncus sp. (6410pt1).
3) Terceira faixa de vegetação higrófila (10 a 40 m) dominada por Nardus stricta, Juncus squarrosus e Festuca cf. rothmaleri (6230*), em mosaico com comunidades dominadas por Calluna vulgaris já com presença de Ulex minor (4020*) (com relação muito provavelmente serial).
4) Quarta faixa de vegetação higro-mesófila (30 a 60 m), onde domina Ulex minor ainda acompanhado por espécies higrófilas (Juncus squarrosus, Festuca cf. rothmaleri, Danthonia decumbens, Nardus stricta), às quais se adicionam algumas espécies mesófilas (Agrostis x fouilladei, Arenaria montana etc.) (ainda enquadráveis nos habitats naturais 4020* e 6230*).
5) Quinta faixa de vegetação mesófila (50 a 60 m), onde dominam espécies mesófilas tais como Agrostis x fouilladei, Ulex minor, Halimium lasianthum subsp. alyssoides, Cytisus sp. etc. (4030 e 6510).
No total foram identificadas 56 espécies. 21 das espécies ocorreram apenas pontualmente (no máximo, em apenas 3 das 150 quadrados). De todas as espécies presentes, apenas a Potentilla erecta parece apresentar uma distribuição relativamente uniforme ao longo do gradiente hidro-higrófilo. No Anexo II apresentam-se dois gráficos para cada uma das espécies. No primeiro observa-se a variação da percentagem de cobertura média ao longo da transecção média. No segundo apresentam-se os diagramas de caixa com a variação da percentagem de
53
cobertura (apenas quando a espécie está presente no quadrado) ao longo do gradiente (onde P_HIDRO corresponde à vegetação hidrófila, P_01 a P_10 à vegetação higrófila e P_MESO à vegetação mesófila). No topo deste último gráfico apresenta-se o número de parcelas em que a espécie foi encontrada/o número total de parcelas correspondentes à posição do gradiente em causa.
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5 BIBLIOGRAFIA
Bunce RGH et al. [19 outros] (2008). A standardized procedure for surveillance and monitoring European habitats and provision of spatial data. Landscape Ecology 23: 11-25.
Bunce RGH, MMB Bogers, P Roche, M Walczak, IR Geijzendorffer & RHG Jongman (2011). Manual for Habitat and Vegetation Surveillance and Monitoring: Temperate, Mediterranean and Desert Biomes. First edition. Wageningen, Alterra, Alterra report 2154. 106 pp.
Henriques R (2006). Monitorização da zona costeira tendo em vista a sua vulnerabilidade – aplicação à zona costeira do NW de Portugal. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, 525 pp.
van der Maarel E (2005). Vegetation ecology - an overview. In: Vegetation Ecology, ed. E. van der Maarel, 1-51. Oxford: Blackwell Publishing.
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ANEXO I – CATÁLOGO DA FLORA VASCULAR DAS ÁREAS CARACTERIZADAS NO RELATÓRIO
PTERIDOPHYTA BLECHNACEAE Blechnum spicant (L.) Roth subsp. spicant var. spicant HYPOLEPIDACEAE Pteridium aquilinum (L.) Kuhn var. aquilinum SPERMATOPHYTA GYMNOSPERMAE PINACEAE Pinus pinaster Aiton Pinus sylvestris L. Larix kaempferi (Lamb.) Carr. ANGIOSPERMAE MAGNOLIOPSIDA (Dicotiledóneas) ASTERACEAE Carduus carpetanus Boiss. & Reut.Centaurea langei Nyman BETULACEAE Betula celtiberica Rothm. & Vasc. CAMPANULACEAE Jasione montana L. var. montana Wahlenbergia hederacea (L.) Reichenb. CARYOPHYLLACEAE Arenaria montana subsp. montana L. Cerastium fontanum Baumg. subsp. vulgare (Hartm.) Greuter & Burdet Spergularia capillacea (Kindb.) Willk. Spergularia purpurea (Pers.) D. Don
56
CISTACEAE Halimium lasianthum subsp. alyssoides (Lam.) Greuter COMPOSITAE Arnica montana L. subsp. atlantica A. Bolós Chamaemelum nobile (L.) All. Cirsium filipendulum Lange Hieracium pilosella L. Hypochaeris glabra L. Hypochaeris radicata L. Serratula tinctoria L. subsp. seoanei (Willk.) Laínz CONVOLVULACEAE Cuscuta approximata Bab. subsp. approximata Cuscuta epithymum (L.) L. subsp. kotschyi (Desmoulins) Arcangeli CRASSULACEAE Sedum brevifolium DC. DIPSACACEAE Succisa pratensis Moench DROSERACEAE Drosera intermedia Hayne ERICACEAE Calluna vulgaris (L.) Hull Erica arborea L. Erica australis L. subsp. aragonensis (Willk.) Cout. Erica ciliaris Loefl. ex L. Erica cinerea L. Erica tetralix L. Erica umbellata Loefl. ex L. GENTIANACEAE Gentiana pneumonanthe L. GUTTIFERAE Hypericum humifusum L. Hypericum nummularium L. LABIATAE Ajuga pyramidalis L. subsp. meonantha (Hoffmanns. & Link) R. Fern. Prunella vulgaris L. subsp. vulgaris Scutellaria minor Hudson
57
LEGUMINOSAE Cytisus grandiflorus (Brot.) DC. subsp. grandiflorus Cytisus multiflorus (L'Hér.) Sweet Genista berberidea Lange Genista micrantha Ortega Lotus pedunculatus Cav. Lotus corniculatus L. subsp. carpetanus (Lacaita) Rivas Mart. Pterospartum tridentatum (L.) Willk. subsp. cantabricum (Spach) Talavera & P.E. Gibbs Trifolium dubium Sibth. Trifolium repens L. var. repens Ulex europaeus L. subsp. latebracteatus (Mariz) Rothm. Ulex minor Roth MENYANTHACEAE Menyanthes trifoliata L. PLANTAGINACEAE Plantago coronopus L. subsp. coronopus Plantago lanceolata L. POLYGALACEAE Polygala vulgaris L. POLYGONACEAE Rumex acetosella L. subsp. angiocarpus (Murb.) Murb. RANUNCULACEAE Ranunculus bulbosus L. subsp. aleae (Willk.) Rouy & Foucaud var. adscendens (Brot.) Pinto da Silva Ranunculus bulbosus L. subsp. aleae (Willk.) Rouy & Foucaud var. gallaecicus (Freyn ex Willk.) G. López Ranunculus ololeucos Lloyd ROSACEAE Potentilla erecta (L.) Raeusch. RUBIACEAE Galium saxatile L SALICACEAE Salix atrocinerea Brot. SCROPHULARIACEAE Digitalis purpurea L. subsp. purpúrea Pedicularis sylvatica subsp. lusitânica (Hoffmannseg. & Link) Cout. Rhinanthus minor L.
58
Veronica officinalis L. UMBELLIFERAE Carum verticillatum (L.) Koch Peucedanum lancifolium Hoffmanns. & Link ex Lange VIOLACEAE Viola palustris L. subsp. palustris LILIOPSIDA (Monocotiledóneas) AMARYLLIDACEAE Narcissus bulbocodium L. CYPERACEAE Carex binervis Sm. Carex echinata Murray Carex elata subsp. reuteriana (Boiss.) Luceño & Aedo GRAMINEAE Agrostis capillaris L. Agrostis curtisii Kerguélen Agrostis x fouilladei Fourn. Agrostis hesperica Romero Garcia, Blanca & Morales Torres Agrostis truncatula Parl. subsp. commista Castroviejo & Charpin Agrostis truncatula Parl. subsp. truncatula Anthoxanthum aristatum Boiss. subsp. aristatum Anthoxanthum odoratum L. Brachypodium rupestre (Host) Roemer & Schultes Dactylis glomerata subsp. lusitanica Stebbins & Zohary Danthonia decumbens (L.) DC. Festuca iberica (Hack.) K. Richt. Festuca rothmaleri (Litard.) Markgr.-Dann. Holcus lanatus L. Molineriella laevis (Brot.) Rouy Molinia caerulea (L.) Moench Nardus stricta L. Pseudarrhenatherum longifolium (Thore) Rouy Vulpia muralis (Kunth) Nees IRIDACEAE Crocus serotinus Salisb. subsp. clusii (J. Gay) B. Mathew JUNCACEAE Juncus acutiflorus Ehrh. ex Hoffm. subsp. acutiflorus
59
60
Juncus bulbosus L. Juncus effusus L. var. effusus Juncus squarrosus L. LILIACEAE Asphodelus macrocarpus Parl. subsp. macrocarpus var. arrondeaui (Lloyd) Z. Díaz & Valdés Merendera pyrenaica P. Fourn.
ANEXO II – GRÁFICOS DA VARIAÇÃO DA ABUNDÂNCIA DAS ESPÉCIES AMOSTRADAS NA TRANSECÇÃO MÉDIA – SIC “SERRA DE MONTEMURO”
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
Agrostis truncatula truncatula
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
4
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 1/10 1/10 3/10 1/10 3/30
61
0 10 20 30 40 50 60
05
1015
2025
30
Agrostis x fouilladei
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
010
2030
4050
6070
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
5/20 2/10 2/10 2/10 2/10 3/10 6/10 9/10 10/10 9/10 10/10 29/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
Ajuga pyramidalis meonantha
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 2/10 1/10 0/10 0/10 0/30
62
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
Anthoxanthum aristatum aristatum
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.70
0.75
0.80
0.85
0.90
0.95
1.00
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 2/30
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
Arenaria montana montana
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
02
46
810
12
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 2/10 2/10 4/10 3/10 14/30
63
0 10 20 30 40 50 60
05
1015
Calluna vulgaris
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
020
4060
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
9/20 4/10 5/10 9/10 5/10 5/10 5/10 1/10 2/10 0/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
00.
005
0.01
00.
015
Carduus carpetanus
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/30
64
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
Carex binervis
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
05
1015
20
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
1/20 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 1/10 0/10 3/10 0/10 1/10 1/30
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
Carex elata reuterana
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
02
46
810
1214
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
7/20 2/10 4/10 2/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 0/30
65
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
Centaurea langei
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 3/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
000.
0010
0.00
200.
0030
Crocus serotinus clusii
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.06
0.08
0.10
0.12
0.14
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/30
66
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
Cuscuta approximata approximata
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
2.0
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
Cytisus grandiflorus grandiflorus
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 2/30
67
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.02
0.04
0.06
0.08
0.10
0.12
Cytisus multiflorus
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
Dactylis glomerata lusitanica
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
4
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 7/30
68
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
Danthonia decumbens
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
4
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 1/10 1/10 3/10 3/10 6/10 4/10 5/10 3/10 3/10 3/30
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
Erica arborea
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
34
56
7
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
69
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
Erica australis aragonensis
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.0
1.1
1.2
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 2/30
0 10 20 30 40 50 60
05
1015
2025
Festuca rothmaleri
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
010
2030
4050
6070
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
5/20 4/10 6/10 7/10 8/10 8/10 8/10 8/10 3/10 0/10 1/10 6/30
70
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
Galium saxatile
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
02
46
8
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 3/10 3/10 3/10 5/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
Gentiana pneumonanthe
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 1/10 2/10 3/10 3/10 2/10 4/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
71
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.5
1.0
1.5
Halimium lasianthum alyssoides
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
05
1015
20
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 8/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
000.
0010
0.00
200.
0030
Hieracium pilosella
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.06
0.08
0.10
0.12
0.14
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/30
72
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
Hypericum nummularium
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
1.5
2.0
2.5
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
Hypochaeris glabra
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 10/30
73
0 10 20 30 40 50 60
0.00
00.
002
0.00
40.
006
Jasione montana montana
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.15
0.20
0.25
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
00.
010
0.02
00.
030
Juncus acutiflorus acutiflorus
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
1/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
74
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
Juncus bulbosus
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
05
1015
20
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
5/20 3/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
05
1015
20
Juncus squarrosus
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
010
2030
4050
60
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
17/20 10/10 9/10 10/10 10/10 10/10 7/10 3/10 0/10 1/10 0/10 1/30
75
0 10 20 30 40 50 60
0.00
00.
010
0.02
00.
030
Lotus corniculatus carpetanus
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.40
0.42
0.44
0.46
0.48
0.50
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 2/30
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
Lotus pedunculatus
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
45
67
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
2/20 1/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
76
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.02
0.04
0.06
Merendera pyrenaica
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 1/10 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 3/10 3/10 1/10 2/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.02
0.04
0.06
0.08
0.10
Molineriella laevis
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/30
77
0 10 20 30 40 50 60
05
1015
2025
30
Molinia caerulea
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
020
4060
80
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
15/20 7/10 7/10 6/10 4/10 1/10 2/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
0.06
Narcissus bulbocodium
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
1/20 0/10 3/10 3/10 1/10 1/10 1/10 1/10 1/10 1/10 0/10 0/30
78
0 10 20 30 40 50 60
24
68
1012
14
Nardus stricta
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
010
2030
4050
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
11/20 6/10 8/10 7/10 7/10 6/10 4/10 3/10 4/10 5/10 4/10 9/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.02
0.04
0.06
0.08
Pedicularis sylvatica lusitanica
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
1/20 1/10 3/10 3/10 2/10 4/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
79
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
Peucedanum lancifolium
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
45
6
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
13/20 7/10 2/10 2/10 2/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
Polygala vulgaris
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
4
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 1/10 2/10 2/10 2/10 6/10 5/10 4/10 6/10 12/30
80
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
Polytrichum piliferum
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
05
1015
20
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
3/20 0/10 3/10 3/10 4/10 5/10 2/10 2/10 0/10 1/10 1/10 3/30
0 10 20 30 40 50 60
02
46
8
Potentilla erecta
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
010
2030
40
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
15/20 7/10 9/10 9/10 9/10 8/10 9/10 7/10 3/10 6/10 4/10 7/30
81
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.02
0.04
0.06
0.08
0.10
Pseudarrhenatherum longifolium
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
Pteridium aquilinum aquilinum
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
02
46
810
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 1/10 6/30
82
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.02
0.04
0.06
Pterospartum tridentatum cantabricum
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.5
1.0
1.5
2.0
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 2/30
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
Ranunculus bulbosus aleae adscendens
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
9/20 5/10 6/10 6/10 5/10 4/10 0/10 0/10 1/10 1/10 1/10 1/30
83
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
Ranunculus ololeucos
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
4
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
4/20 1/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
Rumex acetosella angiocarpus
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
4
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 1/10 1/10 7/30
84
0 10 20 30 40 50 60
0.00
00.
005
0.01
00.
015
0.02
0
Salix atrocinerea
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.15
0.20
0.25
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
0.00
00.
002
0.00
40.
006
0.00
80.
010
Sedum brevifolium
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.06
0.08
0.10
0.12
0.14
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
85
0 10 20 30 40 50 60
0.00
00.
005
0.01
00.
015
0.02
0
Spergularia purpurea
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 2/30
0 10 20 30 40 50 60
01
23
45
6
Sphagnum sp.
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
05
1015
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
18/20 7/10 4/10 3/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
86
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
Succisa pratensis
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
4
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
13/20 5/10 2/10 0/10 1/10 0/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.5
1.0
1.5
Trifolium repens
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
05
1015
20
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 11/30
87
0 10 20 30 40 50 60
010
2030
4050
60
Ulex minor
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
020
4060
80
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
0/20 1/10 2/10 4/10 1/10 5/10 10/10 10/10 10/10 10/10 10/10 30/30
0 10 20 30 40 50 60
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
Wahlenbergia hederacea
Distância média na transecção (m)
Perc
enta
gem
de
cobe
rtura
méd
ia (%
)
P_HIDRO P_01 P_02 P_03 P_04 P_05 P_06 P_07 P_08 P_09 P_10 P_MESO
01
23
45
6
Perc
enta
gem
no
quad
rado
(%)
(qua
ndo
pres
ente
)
1/20 0/10 1/10 0/10 1/10 1/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/10 0/30
88
89
90
ANEXO III – CATÁLOGO PROVISÓRIO DA FAUNA DAS ÁREAS CARACTERIZADAS NO RELATÓRIO
Classe Ordem Família Nome comum Espécie
Amphibia Anura Hylidae Rela Hyla arborea
Arachnida Araneae Eresidae Aranha-joaninha Eresus kollari
Insecta Coleoptera Chrysomelidae Escaravelho-das-flores
Exosoma lusitanica
Insecta Coleoptera Coccinellidae Joaninha-dos-7-pontos
Coccinella septempunctata
Insecta Hemiptera Cercopidae Cigarrinha-espumadora
Cercopis sanguinolenta
Insecta Hymenoptera Tenthredinidae Vespa-porta-serras
Macrophya montana
Insecta Hymenoptera Vespidae Polistes sp.
Insecta Lepidoptera Arctiidae Arctia caja
Insecta Lepidoptera Arctiidae Coscinia striata
Insecta Lepidoptera Crambidae Chrysoteuchia culmella
Insecta Lepidoptera Geometridae Epirrhoe rivata
Insecta Lepidoptera Geometridae Púrpura-amarela Lythria cruentaria
Insecta Lepidoptera Geometridae Odezia atrata
Insecta Lepidoptera Geometridae Sacraria Rhodometra sacraria
Insecta Lepidoptera Hesperiidae Hesperídeo-laranja-grande
Ochlodes sylvanus
91
Insecta Lepidoptera Hesperiidae Axadrezada-menor
Pyrgus malvoides
Insecta Lepidoptera Hesperiidae Hesperídeo-laranja-dourado
Thymelicus acteon
Insecta Lepidoptera Hesperiidae Hesperídeo-laranja-antenas-vermelhas
Thymelicus sylvestris
Insecta Lepidoptera Lasiocampidae Malacosoma castrensis
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Aricia-do-sul Aricia cramera
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Azul-celeste Celastrina argiolus
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Azulinha Lampides boeticus
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Cinzentinha Leptotes pirithous
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Acobreada-grande
Lycaena alciphron
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Acobreada Lycaena phlaeas
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Acobreada-da-água
Lycaena tityrus
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Borboleta-azul-das-turfeiras
Phengaris alcon
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Azul-comum Polyommatus icarus
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Semiargus Polyommatus semiargus
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Spini Satyrium spini
Insecta Lepidoptera Lymantriidae Euproctis chrysorrhoea
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Pavão-diurno Aglais io
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Grande-laranja-com-manchas-prateadas e
Argynnis adippe
92
vermelhas
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Pandora Argynnis pandora
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Boloria-do-ponto-preto-grande
Boloria selene
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Grande-castanha-com-bandas
Brintesia circe
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Arcania Coenonympha arcania
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Nêspera-ibérica Coenonympha glycerion
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Nêspera Coenonympha pamphilus
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Aurinia Euphydryas aurinia
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Semele Hipparchia semele
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Prateada Issoria lathonia
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Maera Lasiommata maera
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Megera Lasiommata megera
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Reducta Limenitis reducta
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Loba Maniola jurtina
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Branca-preta-comum
Melanargia lachesis
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Melitaea athalia
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Laranja-quadrada
Melitaea deione
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Laranja-pequena Melitaea parthenoides
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Laranja-malhada Melitaea phoebe
93
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Antiopa Nymphalis antiopa
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Malhadinha Pararge aegeria
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Coma Polygonia c-album
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Pirónia Pyronia tithonus
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Almirante-Vermelho
Vanessa atalanta
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Bela-Dama Vanessa cardui
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Bela-Dama Americana
Vanessa virginensis
Insecta Lepidoptera Papilionidae Borboleta-Zebra Iphiclides feisthamelii
Insecta Lepidoptera Pieridae Branca-ponta-laranja
Anthocharis cardamines
Insecta Lepidoptera Pieridae Maravilha Colias croceus
Insecta Lepidoptera Pieridae Borboleta-limão Gonepteryx rhamni
Insecta Lepidoptera Pieridae Branca-redonda Leptidea sinapis
Insecta Lepidoptera Pieridae Branca-com-veias-verdes
Pieris napi
Insecta Lepidoptera Pieridae Borboleta-pequena-da-couve
Pieris rapae
Insecta Lepidoptera Pieridae Borboleta-branca-e-verde
Pontia daplidice
Insecta Lepidoptera Zygaenidae Zigaena-dos-cinco-pontos
Zygaena trifolli
Insecta Megaloptera Sialidae Sialis fulginosa
Insecta Odonata Calopterygidae Caloptérix- Calopteryx virgo
94
virgem
Insecta Odonata Coenagrionidae Ninfa-cor-de-fogo
Pyrrhosoma nymphula
Insecta Odonata Cordulegastridae Libélula-anelada Cordelugaster boltonii
Insecta Odonata Lestidae Lestes dryas
Insecta Odonata Libellulidae Libélula-escarlate
Crocothemis erythraea
Insecta Odonata Libellulidae Simpétrum cor-de-sangue
Sympetrum sanguineum
Insecta Odonata Libellulidae Simpétrum-estriado
Sympetrum striolatum
Insecta Orthoptera Acrididae Arcyptera tornosi
Insecta Orthoptera Acrididae Chorthippus binotatus
Insecta Orthoptera Acrididae Chorthippus parallelus
Insecta Orthoptera Gryllidae Gryllus campestris
Reptilia Squamata Lacertidae Lagarto-de-água Lacerta schreiberi
Reptilia Squamata Scincidae Cobra-de-pernas-tridáctila
Chalcides striatus
Insecta Lepidoptera Arctiidae Coscinia striata
Insecta Lepidoptera Hesperiidae Axadrezada-menor
Pyrgus malvoides
Insecta Lepidoptera Lycaenidae Acobreada Lycaena phlaeas
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Nêspera Coenonympha pamphilus
Insecta Lepidoptera Nymphalidae Branca-preta-do-ocidente
Melanargia occitanica
95
Insecta Lepidoptera Pieridae Maravilha Colias croceus
Insecta Lepidoptera Pieridae Borboleta-pequena-da-couve
Pieris rapae
Insecta Orthoptera Gryllidae Gryllus campestris