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€ 1,00
Entrevista com a engenheira
Página 23
Mini-empresa ganha prémio
Páginas 9 e 15
Concurso karaoke - Página 3 Conviver à beira-mar - Página 4De Portugal à Bulgária - Página
5Memorial do convento - Página 6 Uma aventura que diz sim à Economia - Página 7
NIPES Páginas 7 e 17Tiro ao alvo - Página 8
Curso de Turismo - Páginas 10 e 11Curso de Marketing - Página 11Solidariedade - Página14
Lá e cá - Página 15 Peixe fresquinho - Pági-
na 16 E o Porto aqui tão perto … - Página 17 Dança contemporânea / Despor-to - Página 19 Sint(r)a com os Maias - Página 20 Viver no centro do Porto - Página 21
Obras de renovação Páginas 18 e 22
€ 1,00
“SÓ O TRABALHO CONJUNTO PODERÁ LEVAR AO SUCESSO REAL”
Páginas centrais
J U L H O 2 0 0 9 I N Ú M E R O X X I V
Rede ENEAS na Aurélia
ESTAÇÃO EXPERIMENTAL RECOLHE DADOS PARA MONITORIZAR A ATMOSFERA Os professores e alunos da ESAS participam num projecto que visa a obtenção de dados – cien-tificamente validados – no domínio da atmosfera. A partir de uma pequena estação experi-mental, instalada na escola medem-se e registam-se diariamente os dados relativos à tempe-ratura, nebulosidade, pressão atmosférica, precipitação, ozono e aerossóis. Os dados são enviados para a rede ENEAS e as avaliações finais seguem depois para as autarquias. A escola de mãos dadas com a Agenda 21. Texto e fotos por JV
E m conjunto com outras esco-
las secundárias, a Faculdade
de Engenharia da Universida-
de do Porto e um Instituto de
Investigação Holandês (ITC), a ESAS
participa na rede ENEAS (European
Network for Environmental Assessment
and Services).
À nossa Escola cabe a monitorização da
Atmosfera (MAEC – Monitorização
Ambiental no Ensino das Ciências),
embora o projecto contemple diferen-
tes áreas de investigação (hidrologia,
solos, cobertura de terrenos e fenolo-
gia). Uma opção que está de acordo
com os curricula aqui leccionados
( Cursos Científico-humanísticos).
Para a concretização deste projecto
foi facultada formação aos professores
na FEUP (Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto) e instalada
provisoriamente, uma pequena esta-
ção experimental.
A equipa de treze docentes envolvida
na ENEAS é multidisciplinar, pois cobre
as áreas de Ciências Naturais/Biologia,
Ciências Físico-Químicas e Geografia.
Uma mais-valia já que os saberes se
complementam e as dificuldades são,
em conjunto, superadas.
Etapas do processo
O projecto ENEAS tem diferentes
fases. Os dados recolhidos dia a dia,
são mensalmente colocados na Web
prevendo-se a sua análise e publicação
em projectos científicos e em cursos
no nosso país e em toda a U.E./E.E.A.
(Agência Europeia do Ambiente).
Investigar pela Agenda 21
O objectivo das escolas envolvidas na
rede ENEAS é a monitorização
ambiental dos concelhos em que se
encontram inseridas. Assim, as autar-
quias terão à sua disposição todos os
elementos obtidos.
Desta forma, as escolas e os professo-
res participantes constituir-se-ão em
agentes activos na avaliação ambien-
tal. Sendo verdadeiros pontos de
aquisição de dados ambientais.
Isso ocorrerá sem grandes investi-
mentos em recursos físicos e huma-
nos.
Em suma:
As pessoas, os lugares e as coisas
fundir-se-ão com os dados ENEAS
dando uma visão multimodal da
Europa e dos locais em que vive-
mos.
Contribuímos para a implemen-
tação do plano de acção da
Agenda 21 (Local e Escolar).
"Nunca duvide que um grupo de cidadãos comprometidos e preocupados possa mudar o mundo.
Na verdade, esta é a única forma de mudança que pode dar certo." Margaret Mead
Página 2•
Alunos do 10ºA fazendo as leituras Professoras verificando os registos Aluna do 11ºI registando as leituras
Página 3
U ma hora de viagem até
à UM para sermos rece-
bidos por professores e
alunos da Universidade
que mostraram a importância do
conhecimento da língua alemã.
Mais do que aumentar o nível
cultural dos estudantes, a língua
alemã é útil quando nos deslocá-
mos ao estrangeiro e na conquista
de melhores oportunidades profis-
sionais. Foi esta a explicação
dada por três alunos de diferen-
tes cursos e que já beneficiaram
do estudo do Alemão. Seguiu-se
um tempo de actividades livres e
uma visita à Biblioteca da UM.
Nervos para que vos quero?
Depois do almoço, às 14h, já com
os nervos a tomarem conta de nós,
preparámo-nos para a nossa pri-
meira actuação. Uma interpretação
da música ―Ich Lebe‖ de Christina
Stürmer. Depois das duas primeiras
escolas subimos ao palco. Fizemos
o que tínhamos ensaiado durante
semanas e, afinal, não havia razões
para estarmos nervosos. A actua-
ção tinha corrido bastante bem:
passámos à final. Pulámos de ale-
gria quando ouvimos ―Escola
Secundária Aurélia de Sousa‖.
Mas o nervosismo começou de
novo. A responsabilidade, na
segunda actuação, era agora
maior. Mas, mais uma vez conven-
cemos o público com a nossa ver-
são de ―Perfekte Welle‖ dos Juli. A
sensação que ficou era que tinha
corrido ainda melhor.
ALUNOS DA ESAS OBTÊM SEGUNDO LUGAR EM CONCURSO DE KARAOKE
Por de Diana Lima, 12º H
Continua na página 6
Os alunos do 12.º ano de Alemão foram à Universidade do Minho (UM) participar na 4.ª edição do Karaoke de Alemão. Trouxeram na mala o segundo lugar e uma mão cheia de recordações.
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1ª canção— Ich Lebe
2 ª canção— Perfekte Welle
Profª Catarina Cachapuz, Nuno, Joana Maria Patrícia, Joana Sofia, Tiago, Sílvia, Helena, Mª João, Mº Joana, Diana, Iolanda, profª Paula Magalhães, João e profª Olga Moutinho
Mª João, Helena, João, Diana, Joana, Sofia e Sílvia
Joana Mª Dia-na, Helena, Mª Joana, Mª João, Iolanda, Patrícia, João, Joana Sofia, Nuno e Tiago.
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CONVIVER E VIVER À BEIRA MAR Por Maria João Fernandes - 11ºA
C hama-se Projecto Viver à Beira-Mar, durou dois
anos que agora terminaram. Uma parceria com
Spjelkavik Ungdomsskole em Ålesund, na
Noruega, o Lycée de Bellevue, de Fort de Fran-
ce, na Martinica e Ahmet Ragip Uzumcu Ilkogretim Okulu,
Esmirna na Turquia. Com ele aprendi muito sobre culturas
que desconhecia. Desde hábitos e costumes, a gastrono-
mia e até festividades desses países, os diferentes modos
de vida dos diversos Cidadãos Europeus.
A maior vantagem foi ter feito amigos para toda a vida e
de quem me vou lembrar sempre que pensar no país de
origem de cada um deles. Considero os esforços, por todos
envidados, positivos e os resultados foram os melhores
possíveis. Todos os participantes ficaram satisfeitos. Admito
que ―os trabalhos de casa‖ realizados no âmbito do Clube
Europeu podem ter complicado um pouco a agenda escolar
- já muito preenchida dos alunos - mas, mesmo assim, não
é uma desvantagem, pois o nosso envolvimento contribuiu
para uma perfeita conclusão do projecto.
Ambiente acolhedor resultado de um trabalho em equipa
Toda a turma esteve envolvida no projecto marcado por
dois ritmos. O grupo nuclear dispôs de mais tempo: reuniu
todas as semanas ao longo dos últimos dois anos, férias
incluídas, contribuindo com ideias, concretizando e ava-
liando as actividades. Os restantes colegas da turma -
embora não tenham despendido tanto tempo -, não são
menos merecedores de respeito. Foram eles que facilita-
ram, e muito, o trabalho do grupo nuclear. Tiveram um
papel fundamental na recepção e integração dos partici-
pantes estrangeiros quando visitaram o nosso país, de 24 a
29 de Abril. Na verdade, foi a turma como um todo que
fez com que os visitantes se sentissem em casa num
ambiente jovem e alegre. Adorei conhecê-los sobretudo
porque foi um trabalho colectivo entre jovens europeus.
Como não viajei, o ponto alto da minha participação neste
projecto foi a organização da recepção dos nossos parcei-
ros. Interagimos com novas pessoas e foram todos muito
simpáticos. Tenho, agora, vontade de os visitar pessoal-
mente.
Trocar receitas e a memória das vivências
Fiquei particularmente satisfeita com todos os resultados
obtidos. Mas destaco o livro de receitas ―Favourite Fish
recipes by European teens‖. Reúne os costumes alimentares
de todos os participantes do projecto. Assim, podemos rea-
lizar as receitas típicas dos outros países. De certo modo,
continuamos envolvidos num projecto através da troca de
receitas para além de termos adquirido muitos conhecimen-
tos através da convivência e troca de ideias que continuará
para sempre.
Ter participado neste projecto foi uma experiência que
nunca mais vou esquecer. Uma mais-valia para todos nós. A
minha participação modificou a minha forma de ver o mun-
do e as pessoas que nele vivem, mas sobretudo sinto que
me modificou a mim, para melhor.
E m Abril deste ano, tive a oportunidade de partici-
par num projecto de intercâmbio escolar que
envolveu alunos portugueses, dinamarqueses e
búlgaros. Viajei até à capital da Bulgária, Sófia,
onde passei uma semana em casa de uma família búlga-
ra. Durante este período de tempo, vivi experiências
fantásticas que me enriqueceram como ser humano
mas também como cidadã e aluna europeia que sou:
conheci cidades como Plovdiv, visitei o Mosteiro de
Rila, comi banitza e geleia de rosas, contemplei túmu-
los trácios, teatros roma-
nos, igrejas ortodoxas e
aldeias erguidas segundo
o modelo soviético. Mas
também vi pobreza,
desemprego, doença,
solidão, intolerância, fé
e esperança. Acima de
tudo, a mobilidade facul-
tou-me uma visão mais
nítida do que é a União
Europeia: um conjunto
de países com culturas
muito diferentes e patri-
mónios riquíssimos. Mas
há problemas comuns
que só conseguem ser
resolvidos com base no
empenho, na união e na
entreajuda.
Cidadãos europeus
Nasci cidadã europeia. Enquanto aluna do Ensino Básico
conheci nas aulas de Geografia as vantagens de perten-
cer à União Europeia. Mas senti que não influenciavam
directamente a minha vida. Porém, quando se abriram
para mim as portas do Ensino Secundário, a minha visão
mudou. A partir desse momento percebi realmente o que
é estudar na União Europeia e, mais do que isso, o que é
fazer parte dela. Assim, hoje posso afirmar que a mobili-
dade é o maior benefício que a União Europeia traz.
A importância da mobilidade
Actualmente, os alunos têm que ser multifacetados e
ecléticos. Têm de se adaptar
às exigências do futuro merca-
do de trabalho e a aprender a
viver numa sociedade multi-
cultural e diversa em valores,
religiões, ideais políticos e
sociais. A mobilidade assume,
assim, um papel pedagógico na
medida em que lhes permite
ter um contacto mais próximo
e humano com a realidade
futura e presente.
A mobilidade é um factor
extremamente vantajoso, do
qual devemos usufruir o mais
possível pois ajuda-nos a enca-
rar o presente e o futuro de
forma mais confiante e segura.
Fornece o cimento necessário
para estreitar as relações
entre os cidadãos europeus e de cultivar a igualdade de
oportunidade e a tolerância.
A mobilidade dos estudantes
DE PORTUGAL À BULGÁRIA: DE MÃOS DADAS COM A UNIÃO EUROPEIA Por Iolanda Pinto, 12.º H Fotos de Fátima Van-Zeller e Iolanda
A Iolanda e a família que a recebeu em Sófia
Da esquerda para a direita : Iolanda Pinto, 12ºH, Joana Costa, 12º H, João Carvalho, 12ºH, Teresa Pawera, 12ºJ, Rudolf Pereira, 12ºJ, Daniel Tedim,12ºJ e Sílvia Melo, 12º H (no vídeo-projector)
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O bra obrigatória da disci-
plina de português, e,
ainda bem, pois a fama
que tem no mundo juve-
nil não é propícia à sua leitura. Fui
obrigado a lê-la. Obrigação que
rapidamente deu lugar a pura satis-
fação.
O meu primeiro contacto com a
obra foi complicado pela habitua-
ção à escrita de Saramago. Admito
que demorei meses a terminar de a
ler o que se justifica, para além da
preguiça, por factores relacionados
com a vida quotidiana e as suas
paralelas obrigações.
Porém, no final eu apenas tenho
que dizer, entre as poucas palavras
que me restam depois do deslum-
bramento que a obra me causou,
que esta é magnífica, superior a
qualquer outra que tenha lido.
Apesar da história em si não me ter
deslumbrado inicialmente (note-se
que a mistura entre ficção e reali-
dade não surtiu em mim um bom
efeito), o que é certo, é que o tom
mágico que ela emana dão-lhe um
valor inigualável.
Assim se justifica o Prémio Nobel
A mensagem é brilhante, além de
super interessante. Temos uma
forte crítica social e religiosa – a
maneira abastada como vive o rei e
o resto da corte em detrimento das
massas que sofrem na pele a sua
opulência. Note-se também a pon-
te histórica com os dias actuais de
Saramago e a luta contra o fascis-
mo de Salazar, contam-se as atro-
cidades dos autos-de-fé e o des-
cumprimento das regras da moral
religiosa por parte dos membros
das suas congregações. A aproxi-
mação ao povo, pobre, mas não
por isso menos ―culto‖, em que se
vêm filosofias e histórias engraça-
das que nos fazem pensar e que
rivalizam com a de muitos que, por
melhores condições deveriam ser
superiores. A questão primordial da
vontade do Homem como a sua
essência, o motor para se alcançar
o inalcançável; o amor, para uns
tão verdadeiro, puro e natural que
quase selvagem (Baltasar e Blimun-
da) e para outros contratual e falso
(D. João V e Rainha Mariana), são
outros temas abordados.
Mas é sobre a maneira como a
acção é descrita, os diálogos e
reflexões, o caminho remoinho
que toma a participação do narra-
dor e todos os pormenores da
escrita, que a obra adquire maior
valor. Esta obra é monstruosa, e
com ela consegui entender o que é
um prémio Nobel e sobretudo qual
a sua importância para o legado
cultural da Humanidade.
Acerca da obra de José Saramago
“MEMORIAL DO CONVENTO”: MAGNÍFICA E
INIGUALÁVEL Por Tiago Assis Vilarinho, 12.º G
Continuação da página 2
No concurso de Karaoke em Alemão
Restava esperar pela deliberação
do júri.
Mais importante do que
ganhar é participar O resultado final desta edição de
karaoke realizada no dia 9 de Mar-
ço foi diferente do que esperáva-
mos. Ao recebermos o prémio rela-
tivo ao segundo lugar, apercebemo
-nos de que foram mais valorizadas
as capacidades vocais do que as
coreografias ou mesmo a pronún-
cia. No entanto, este pequeno con-
tratempo não serviu para manchar
a nossa alegria e o orgulho nos
olhos das nossas professoras, que
nos acompanharam nesta aventura.
Contas feitas: atribuímos nota
positiva a esta experiência. A
expressão antiga de que é mais
importante do que ganhar é parti-
cipar ganhou, para nós, um novo
sentido. Dedicámos semanas a
ensaiar para este karaoke. Uma
actividade que envolveu as disci-
plinas de Alemão e Educação Física
e que prova o quão proveitoso é
trabalhar em equipa. É ainda de
louvar a iniciativa da UM, que dedi-
cou algum do seu tempo à divulga-
ção da língua e cultura alemãs e
que nos proporcionou um dia fan-
tástico. Só não repetimos na próxi-
ma edição esta experiencia por
este ser o nosso último ano no ensi-
no secundário.
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Q uando fomos desafiados a participar no
concurso, sentimo-nos assustados e
inseguros. Afinal somos alunos de ciên-
cias que mal sabíamos o que era o
P.V.P. (preço de venda ao público). Mas com
grande surpresa que fomos ganhando fase a fase
e quando chegamos à final mal podíamos acredi-
tar.
Muito tempo gasto a pensar nas jogadas, a discu-
tir probabilidades e a debater ideias. Valeu a
pena. Esta experiência teve um impacto positivo
nas nossas vidas. Agora, vemos a Economia e a
Gestão – áreas das quais nem gostávamos muito -
numa nova perspectiva. Apesar de sermos os
―marrões de ciências‖, apercebemo-nos que em
qualquer profissão precisamos de ter noções de
economia. Mas é sobretudo na nossa vida pessoal
onde temos que administrar os nossos bens que
mais impacto tem. Ainda mais agora que atraves-
samos uma crise económica. Também nos diverti-
mos muito. Fortalecemos laços de amizade e
aprendemos a trabalhar em grupo. Na nossa ida a
Vigo, para jogar a final e para a entrega de pré-
mios, foi também importante pelo contacto com
outra cultura.
Destacam-se ainda os almoços, à quinta-feira,
para decidirmos as jogadas. Muitas vezes
falávamos mais de futebol, música e filmes
do que propriamente de economia.
Para o ano há mais
Para todos os que ficaram com curiosidade
em relação ao jogo podem sempre tentar
para o ano. Mesmo que não percebam nada
de Economia, como nós. O importante é
tentar. E se não ganharem o jogo sempre
ganham experiência e horas de diversão.
Para já fica o agradecimento aos nossos pro-
fessores, em particular à Dr.ª Isabel Godi-
nho, aos nossos colegas, especialmente ao
João Reis que pertenceu à equipa que ven-
cedora do concurso o ano passado e cuja
ajuda foi fundamental dada a nossa inexpe-
riência. A escola também nos apoiou em
todos os momentos bem como as outras
equipas participantes da escola, uma vez
que não faltaram nas nossas discussões de
estratégias. Ajudas valiosas que se voltarão
a repetir.
Para saber mais: www.play.novaxove.com
UMA AVENTURA QUE DIZ SIM À ECONOMIA
O Concurso Play! Desafios para Novos Empreendedores juntou um total de 3032 participantes. Um jogo de simulação empresarial à dimensão ibérica promovido pela Escuela de Negócios Caixanova. A equipa Baluka disputou a final no dia 18 de Abril, em Vigo, para regressar onze dias depois e receber o prémio da sua prestação. Ficou em quarto lugar, mas foi a equipa mais nova a participar. Fica o relato desta aventura.
Pela equipa Baluka, 10.º A
Gonçalo Braga, Sara Araújo, Isabel Portugal, Vasco Almeida e Ana Rui Grilo
SABER COMO NOS
DEVEMOS COMPORTAR PARA
TER SAÚDE
Em visita à Feira da
Saúde estava o 7.º A
que encontrou motivos
para valorizar a inicia-
tiva. A Maria Miguel
Vaz realçou a impor-
tância de um stand do
Ministério da Saúde que
mostrava ―como utili-
zar os contraceptivos.‖
Já para o José Tiago -
que não deixou fugir a
parede da escalada - o
mais significativo foi
―saber como nos deve-
mos comportar para
termos saúde‖. As pala-
vras certas do jovem
aluno da Aurélia.
Promovida pela Junta
de Freguesia do Bon-
fim, esta edição da
Feira teve como tema
―As emergências
sociais‖.Por isso não
faltaram os Bombeiros
e a PSP que animaram
o jardim da central
praça Francisco Sá Car-
neiro, às Antas. Um
grande dia que come-
çou bem cedo (às 9 da
manhã) e terminou
cerca das 17. Muito
houve para aprender no
dia 28 de Maio.
Continua página 17
O NIPES* na Feira da Saúde
Texto de Paula Valdrez
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― Temos alunos a trabalhar com uma preci-
são tal que nada sai do alvo.‖ Quem o diz
é a professora Fátima Sarmento treinado-
ra da equipa da Aurélia de Sousa que pra-
tica Tiro ao Alvo. Contas feitas são 22 os alunos
inscritos e em maioria estão os nonos e décimos
primeiros anos de escolaridade.
É no âmbito do Desporto Escolar que encontrámos
esta modalidade desportiva: um projecto iniciado
há dois anos que começou ―a título experimental
e com poucas condições‖ esclarece a professora.
Mas ―a escola investiu‖ frisa a docente que treina
os alunos três vezes por semana.
O Tiro ao Alvo contempla duas vertentes, o tiro
com arco e o de precisão (feito com carabina), em
ambos os nossos alunos ―acertam nas miras com
imenso preciosismo‖ afiança a professora Fátima
Sarmento.
Cada vez melhor
Em contagem decrescente (falta um ano para se
dar conta do projecto) o empenho da professora e
alunos é cada vez maior. As escolas que têm este
desporto poderão funcionar como filiais do Clube
de Tiro de S. Pedro de Rates – sediado na Póvoa do
Varzim – um ―local lindíssimo em termos de espa-
ço e vegetação‖ palco de competições internacio-
nais da modalidade. Mas é também nestas instala-
ções que a maioria das competições escolares se
realiza. Uma vez por mês, com um calendário
definido logo no início dos anos escolares, ―os
alunos competem entre eles‖ , por escalões expli-
ca a treinadora Fátima Sarmento. Ao todo são
cerca de 140 alunos. ―Sendo uma actividade de
Desporto Escolar estamos associados por escolas‖.
É em Famalicão que está a sede do Tiro Escolar a
que pertence a ESAS mais outras duas escolas da
região.
Mas se nem sempre sobem ao podium os motivos não
faltam. ―A última prova é decisiva para a definição
dos primeiros lugares‖ mas como coincidem com os
calendários dos testes, os alunos estabelecem priori-
dades. ―Dou-lhes os parabéns por isso‖ diz a professo-
ra Fátima Sarmento. Garante que para o ano, com as
novas instalações desportivas, ―vamos ter melhores
condições de trabalho‖. Estão abertas as inscrições.
TIRO AO ALVO OU UM DESPORTO DE PRECISÃO QUE JÁ CONVENCEU OS NOSSOS ALUNOS Texto de Paula Valdrez
Resultados do grupo de equipa de Tiro ao Alvo Tiro com arco: Iniciados femininos - 1º lugar - Marta, 9ºA Iniciados masculinos - 2º lugar - João Artur, 9º C Juvenis femininos - 3º lugar - Joana Silva, 11º B Juvenis masculinos - 3º lugar - João Archer , 11º B Tiro de Precisão: Iniciados femininos 1ºlugar - Joana Beleza, 9º C Juvenis Femininos - 2ºLugar - Joana Silva, 11º B Júnior masculinos - 3º lugar - João Archer, 11º B Prémio de escola melhor classificada: Tiro com arco 1º lugar iniciados femininos 3º lugar iniciados masculinos Tiro de Precisão 2º lugar iniciados femininos 3º lugar iniciados masculinos 2ºlugar juvenis masculinos
Grupo de alunos do Tiro ao Alvo com a professora Fátima
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MINI-EMPRESA DA ESAS GANHA PRÉMIO NUM PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO Texo de Clara Falcão Foto de J V
A Editora Vozes, AE produz audio-
boocks, a Jane Doe, AE, cartei-
ras de senhora; Valk, AE, t-shirts
com o logótipo da empresa e a
Equus. AE presta serviços de equitação.
Estas são as mini-empresas criadas no
âmbito da Área de Projecto pelos alunos
do 12.º E. Sob a orientação da professora
Clara Falcão contaram ainda com o Dr.
José Brito (director do Millenium BCP e
voluntário na JÁ) num programa que foi
desenvolvido ao longo deste ano lectivo.
O trabalho de projecto começou com a
definição do objecto da empresa depois a
venda das acções da empresa, na eleição
do presidente e directores, concepção e
produção do produto a comercializar e nas
estratégias de marketing e, finalmente, na
liquidação da empresa. Todos os alunos
estiveram envolvidos. Uma oportunidade
de se prepararem para o mundo do traba-
lho e de desenvolverem as capacidades
criativas e empreendedoras, ultrapassando
obstáculos e vencendo desafios. Tudo atra-
vés da experiência de criação e direcção
da sua própria empresa.
No dia 12 de Março, os produtos foram
apresentados na Feira Ilimitada, realizada
no NorteShopping. Estiveram também pre-
sentes todas as mini-empresas criadas por
alunos de outras escolas do Grande Porto.
Foi a primeira etapa de avaliação do pro-
grama. A mini-empresa Editora Vozes, da
nossa escola, foi uma das 20 seleccionadas
a nível nacional participando depois na
competição Nacional realizada em 3 de
Junho. A empresa vencedora ( da Escola
Salesiana de Manique, Alcabideche) da
final nacional representará o país em
Roterdão, Holanda.
Fica para já um agradecimento ao Dr José
Brito, voluntário da JA Portugal que acom-
panhou o trabalho desenvolvido pela mini-
empresas, o nosso agradecimento.
Através de uma parceria com a Associação Aprender a Empreender, JA Portugal, participámos no programa “A Empresa”. A turma do 12.º E, na disciplina de Área de Projec-to, criou quatro mini-empresas. Uma oportunidade para os alunos se prepararem para o mundo do trabalho e desenvolve-rem a criatividade. Na bagagem trouxeram um prémio (“Responsabilidade Social”) na competição nacional.
COMO SE FAZ UMA EMPRESA VENCEDORA
A ―Editora Vozes‖ dispõe como
produto livros auditivos que resul-
tam da transformação de obras em
formato escrito para formato
áudio. Uma outra via, inovadora,
que permitirá o conhecimento da
obra. Ao colocar livros auditivos à
disposição do público, a ―Editora
Vozes‖ estará a criar uma nova
necessidade no consumidor, por se
tratar de um produto ainda pouco
explorado no mercado e conhecido
em Portugal. É ainda um bem eco-
lógico na medida em que conduz à
redução do abate de árvores para
a produção de livros; é um produto
socialmente responsável ao permi-
tir o acesso à obra por parte dos
invisuais, dos idosos com dificulda-
de de visão ou até daqueles que
preferem escutá-la a lê-la. A esco-
lha da primeira obra a ser gravada
foi uma tarefa difícil, até porque
teria que cativar e despertar o
interesse dos compradores. Foi
então eleito o livro ―Quatro Contos
Dispersos‖ de Sophia de Melo Brey-
ner, por ser aconselhável a qual-
quer faixa etária a partir dos 10
anos, e por ser escrita por tão
notável e reconhecida escritora
portuguesa que, tendo falecido há
pouco tempo, funciona como uma
pequena homenagem. Foi este o
produto que foi apresentado na
primeira feira regional, realizada
no mês de Março. A partir desse
data pensou-se em focar cada obra
em determinada faixa etária.
Optou-se pelo volume ―Fica Comi-
go Esta Noite‖ de Inês Pedrosa,
pelo seu carácter juvenil, e ―O
Estrangeiro‖ de Albert Camus que
se dirige a um público mais avan-
çado e experiente.
Continua na página 15
Pedro Catita, Nuno Renito, Mafalda Gama, na foto, e ainda, Maria Ana Cris-pim e Cátia Ribeiro (12ºE) venceram a competição na modalidade
―Responsabilidade Social‖
R ealizou-se nos dias 29 e 30
de Abril ―Os Dias Abertos do
Turismo‖. Um evento pro-
movido pelos professores do
10.º, 11.º e 12.º ano dos Cursos Pro-
fissionais de Turismo da Aurélia de
Sousa que contou com a presença de
diferentes convidados que trouxeram
uma mais valia aos nossos alunos.
Profissionais: cursos exigentes
A nova sala (C4) reorganizou-se para
dar lugar a uma exposição-mostra dos
trabalhos realizados pelos alunos do
Curso Profissional de Turismo. Na pre-
sença da Dr.ª Delfina Rodrigues – que
relembrou o desafio da aposta feita
pela escola nos cursos profissionais
como uma alternativa, ―não subalter-
na‖ mas ― com um grau de exigência
que a todos dignificasse‖- , a represen-
tante da DREN, responsável pelos pro-
fissionais da nossa escola, Dr.ª Ofélia
Frederico valorizou esta área de for-
mação. ―É um curso de futuro com
emprego imediato‖ afirmou, salientan-
do, numa perspectiva institucional, as
exigências organizacionais e pedagógi-
cas que a formação comporta. Por isso
não deixou de questionar os alunos do
12.º ano, que um a um, lhe apresenta-
ram os projectos que irão defender, no
final do curso, na Prova de Aptidão
Profissional (PAP). Em jeito de ensaio a
Dr.ª Ofélia pôs os alunos à prova obri-
gando-os a defenderem as suas ideias.
Apenas uma amostra do que poderão
esperar os jovens profissionais, numa
fase decisiva e exigente da formação .
Turismo: da escola ao trabalho
Os especialistas-convidados passaram
em revista todas as valências que
decorrem deste sector de actividade.
Ao longo dos dois dias falou-se de tudo.
Os contributos da oferta formativa
para o desenvolvimento pessoal e pro-
fissional dos alunos, com a Dr.ª Manue-
la Rios dos Serviços de Psicologia e a
professora Paula Valdrez de Área de
Integração e das potencialidades do
Turismo na região Norte, com o
Dr. Fernando Florim (do ISPGaia) e Dr.
Hélder Couto (director de Marketing do
Hotel Praia Golfe em Espinho). À Dr.ª
Carla Inácio (directora do Hotel Mélia
Porto-Gaia) coube apresentar os requi-
sitos do mercado exigidos ao profissio-
nal de Turismo, e a Drª Alexandra San-
tos ( do Sindicato Nac. Da Actividade
Turística de Tradutores e Interpretes)
falou da sua experiência no terreno
como guia-intérprete e das questões
laborais relacionadas com a profissão.
Para encerrar os trabalhos, o director
da Escola de Hotelaria e Turismo de
Lamego, Dr. Paulo Vaz - que interpe-
lou vários alunos – reforçou a ideia de
que nos Profissionais ―transformámos
as capacidades dos alunos em algo
útil‖. O lema é ―fazer coisas simples
extraordinariamente bem‖.
As intervenções da Dr.ª Rosa Lídia Mota
deram conta da prática escolar. Opi-
niões fundamentadas da coordenadora
do curso que também fez a síntese dos
painéis que contou ainda, num deles,
com Dr. Paulo Bessa, professor de uma
área técnica do Curso de Turismo.
Continua na página 11
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Dias Abertos
TÉCNICO DE TURISMO É UMA PROFISSÃO COM FUTURO
Dois dias em cheio para o Curso Profissional de Turismo. Uma iniciativa que trouxe à escola especialistas da área. Contributos valiosos para os alunos que ganharam mais uma oportunidade para aprender a “fazer coisas simples extraordinariamente bem” afirmou o Dr. Paulo Vaz. E todos concordam: o Turismo é um sector em expansão. A aposta certa, portanto. Texto e fotos: Paula Valdrez
A Dr.ª Ofélia Frederico (da DREN), Dr.ª Delfina Rodrigues e Dr.ª Lídia Mota na sessão de abertura dos Dias do Turismo
Página 10•
Um agradecimento ao Dr. Hélder Couto (à esquerda) e ao Dr. Fernando Florim(ao centro) que dinami-zaram o painel ―Turismo na Região Norte‖
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CURSO TÉCNICO DE MARKETING NUMA JORNADA EXEMPLAR
Os alunos do 10.ºano do Curso Profissional de Marke-ting mostraram aos colegas do 9.º ano o que podem aprender. Uma jornada onde puseram em prática as competências aprendidas. E convenceram.
― Um trabalho conjunto com os
nossos professores que, no
fim, nos deram os parabéns‖
diz com orgulho Patrícia Cere-
jo, aluna do curso. Tudo começou
com actividades de investigação nas
aulas de Gestão Empresarial do pro-
fessor José Soares, coordenador do
curso e de Marketing da professora
Angelina Mota. Depois, nas aulas de
TIC, com o professor Victor Sarmen-
to, as apresentações informáticas
foram ganhando corpo. No dia 5 de
Junho estava tudo pronto.
A importância de comunicar em
público foi um dos aspectos mais
valorizado pelos alunos do 10.º J.
Para o Francisco Pimentel fica tam-
bém a consciência de que há aspec-
tos a melhorar apesar da apresenta-
ção ter sido, por ele, ―bastante prepa-
rada em várias aulas e em casa‖ como
disse. Mas ― correu bastante bem‖
salienta o Miguel Subtil porque ―a tur-
ma se empenhou‖. Não restam dúvidas
pois reconhece a Inês Montenegro
―fomos todos bem aceites pelos cole-
gas do 9.º ano‖ porque, como acres-
centa a Ana Machado ― mostraram-se
motivados e interessados ao verem os
anúncios que apresentámos e as ques-
tões que colocámos.‖
À saída da jornada - que teve sessões
contínuas - os alunos mais jovens leva-
ram rebuçados e folhetos de divulgação
do curso também produzidos na turma.
É que nesta actividade dos profissionais
de Marketing estava em causa ―a nossa
imagem ― e a do curso, como explica o
Daniel Ribeiro. Trabalho em equipa
para ―dar a conhecer o nosso curso a
outros alunos e, quem sabe, até os aju-
darmos a escolher a sua área profissio-
nal.‖ É assim que se trabalha no Curso
Profissional de Marketing, na Aurélia de
Sousa.
(continuação página 10)
Curso Profissional de Turismo
ALUNOS MOSTRAM
O QUE VALEM
Papel principal , nos ―Dias abertos
do Turismo‖ coube aos alunos do
12.º ano. Já experientes no que
diz respeito à formação em con-
texto de trabalho (este ano reali-
zam um segundo estágio) partilha-
ram as suas vivências e os seus
saberes. Os olhares atentos e
curiosos dos colegas dos outros
anos ganharam com as experiên-
cias relatadas.
Também os alunos do 11.º ano
mostraram o que aprendem no
curso. Uma forma de sensibilizar
os colegas do 9.º ano que não fica-
ram indiferentes. Sala cheia para
ouvir falar do Curso Profissional de
Turismo. Uma actividade dinami-
zada pela Dr.ª Angelina Mota, nas
sessões destinadas à apresentação
da formação, despertando, assim o
interesse dos alunos do Básico para
esta modalidade de aprendizagem.
Todos ficaram a ganhar.
A Dr.ª Angelina Mota dinami-zou as sessões de apresenta-
ção aos 9.º anos.
A Inês, de Marketing, duran-te a apresentação de um anúncio publicitário.
Página 11
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À nova Directora aguardam-na
funções que, na sua essência
―não são muito diferentes‖ das
que tem desempenhado como
Presidente do Conselho Executivo, quer
dizer a ―lei diz rigorosamente isto‖,
esclarece a Dr.ª Delfina Rodrigues. O
―Director é o órgão de administração e
gestão da escola nas áreas pedagógica,
cultural, administrativa, financeira e
patrimonial‖. O que se pretende de
novo ―é reforçar as competências do
director‖. Por exemplo, o Presidente
do Conselho Executivo ―não era neces-
sariamente o Presidente do Conselho
Pedagógico, agora, explica, ―é obriga-
tório‖. Um órgão unipessoal ou ― uma
primeira figura‖ em cada escola ― a
quem possam ser assacadas responsabi-
lidades pelo serviço público que as
escolas prestam‖ como também ―pela
gestão dos recursos postos ao seu servi-
ço‖. A maior diferença é, assim, con-
clui a Dr.ª Delfina, ―criar um rosto, um
primeiro responsável.‖
Será o rosto da escola e a principal responsável. A Dr.ª Delfina Rodrigues – recém elei-ta Directora - fala dos desafios que a esperam. Um trabalho em equipa que garanta a qualidade e equidade numa escola de referência. Espera coesão. Promete dedicação e trabalho. Responsabilidades partilhadas numa escola rumo ao sucesso. Um lugar habi-tável que à comunidade escolar também cabe construir.
Entrevista à Directora
“SÓ O TRABALHO CONJUNTO PODERÁ LEVAR AO SUCESSO REAL”
Entrevista por : Ana Maria Pinheiro e Teresa Almeida do 11º H Fotos de : Bárbara Guimarães do 11º H Tratamento da informação: professora Paula Valdrez
Página 12•
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CUMPRIR UM DEVER
Mais do que uma motivação pessoal, a apresentação da
candidatura a Directora de escola ―foi mais uma decisão
partilhada‖ como disse a Dr.ª Delfina Rodrigues. A expe-
riência acumulada ao longo dos anos como Presidente do
Conselho Executivo e o facto de conhecer a conjuntura em
que a nossa escola vive ―especialmente com a situação de
obras‖ foram as razões apontadas para que ―uma série de
pessoas‖ entendessem que ―poderiam ser úteis‖. Mas
havia também ―uma espécie de desejo de estabilidade
para fazer esta transição‖ esclarece a recém eleita. A
decisão foi tomada. ―Assumi que me candidataria sentindo
-me assim a cumprir um dever‖ embora, anota a Dr.ª Del-
fina, ―não haja nisto nada de sacrificial‖.
Um trajecto longo que se inicia com ―um processo concur-
sal‖ esclarece a nossa entrevistada, citando a lei. Quem
determinou o calendário foi o Conselho Geral Transitório
(CGT). É a este órgão – do qual fazem parte
―representantes da comunidade escolar, das autarquias e
comunidade local‖ – que cabe a eleição do Director. Pelo
meio passou a apresentação do currículo vitae para deter-
minar se a candidata ―tem ou não qualificações‖ para
desempenhar o cargo, um programa de acção para o qua-
driénio e uma entrevista. A avaliação deste elementos é
feita por uma comissão e ― apresentada ao plenário‖ do
CGT. Contas feitas e temos a nossa Directora.
Reforçar o melhor que a escola tem feito O novo contexto aponta o caminho. Nos próximos anos
espera que ― a escola possa reforçar o que de melhor
tem conseguido fazer‖, isto é, que ―continue colecti-
vamente a lutar pela qualidade do serviço que presta‖.
Da professora Delfina pode esperar-se ―dedicação
total, trabalho e responsabilidade‖ como afirma para
que a Aurélia de Sousa seja considerada ―uma referên-
cia‖ pela ―qualidade e equidade que consiga garantir‖.
A Directora espera assim que a escola ―reforce o
melhor que tem feito em equipa e, que seja capaz de
encontrar soluções para as suas maiores fragilidades‖ -
as que já estão identificadas -, e ―as que em avalia-
ções sucessivas o possam vir a ser‖.
Rumo ao sucesso
No novo cargo, o director ―é coadjuvado por um subdi-
rector e, no nosso caso, por dois adjuntos‖ fica a pro-
messa, da Dr.ª Delfina Rodrigues de que ―vamos conti-
nuar a trabalhar em equipa‖. Por isso espera da comu-
nidade educativa ―coesão e responsabilidade‖ que é,
aliás, ―o que tem feito até aqui‖, Para que a escola se
afirme pela qualidade importa que ―cada um na sua
área de intervenção e acção‖ partilhe estes valores
pois ―só este trabalho conjunto é que poderá levar ao
sucesso real‖.
Desejos não faltam. ―Tenho vários‖ confessou a Direc-
tora. Julga importante que ―se preserve o clima esco-
lar‖, conseguido ao longo destes anos. É pela ―criação
de um clima escolar‖ que as escolas se tornam
―lugares habitáveis‖. Este desejo cabe-nos a nós con-
cretizar porque a Dr.ª Delfina Rodrigues também gos-
taria de ―leis boas e estáveis‖.
«Não antevejo profundas diferenças»
Página 13 Continua na última página
Já temos Directora! A Dr.ª Delfina Rodrigues tomou posse no dia 15 de Junho. A confirmação de uma carreira profissional sob o signo da Aurélia de Sousa.
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É a diferença
que nos torna iguais Por Cláudia Correia do 11.º C
S omos biliões de rostos neste planeta azul,
biliões de gestos e expressões. Biliões de sorri-
sos e lágrimas, biliões de corações e cérebros,
biliões de pequenos aglomerados de moléculas,
todos diferentes, todos únicos na sua individualidade.
Cada um, uma junção aleatória, uma ínfima probabili-
dade, um acaso de um destino desconhecido, e cada
um construído simultaneamente igual e diferente dos
restantes; (des)igual em direitos, em deveres, igual no
âmago da questão fundamental – ser humano – e dife-
rente em absolutamente tudo.
Ainda noutro dia caminhava calmamente pela rua,
quando não pude deixar de ouvir uma conversa entre
duas senhoras, já idosas, que comentavam sobre a
presença duma jovem anã num café em frente.
―Graças a Deus não sou diferente‖, dizia uma,―Cruzes,
como pode alguém ser assim?‖, respondia-lhe a outra.
Fiquei imediatamente siderada, sem palavras! Qual o
meu espanto quando me apercebi que a jovem anã
tinha ouvido tamanha insolência e se havia levantado
para se dirigir às idosas. ―Minha senhora, peço descul-
pa por ter escutado o seu desabafo, e peço desculpa,
também, por Deus, por alguém tão ignorante como a
senhora ter nascido. Eu sou diferente de si (e ainda
bem!) mas a senhora também é diferente de todos os
outros. Ninguém nasce igual, ninguém se faz igual,
somos todos peças de um puzzle gigante, únicas,
imprescindíveis, diferentes.‖
Permaneci em silêncio, sorrindo quase inconsciente-
mente. Também eu pensava assim. Desde o dia em que
soube o significado do meu nome, Cláudia (do latim
Claudius que significa ―diferente‖) jamais cessei de
lutar pela valorização da diferença, pelo tributo à
diversidade. Paremos para pensar, por exemplo, no
que aconteceria se todos fossemos exactamente iguais,
como cópias precisas uns dos outros… Eu cá ia-me
aborrecer imediatamente, só pelo facto de existir
alguém como eu: a falar e a rir como eu, a escrever e
a chorar como eu, a sorrir perante a adversidade como
eu.
Em conclusão, somos iguais na diferença, somos dife-
rentes na igualdade. Quem sempre sorri face à dife-
rença, sorri à vida, sorri à existência, sorri àquilo que
nos torna verdadeiramente humanos – a multiplicida-
de. Obrigada por ser assim!
Um dia solidário
com a AMI Por Cláudia Morgado do 12.º D
F oi o dia do peditório para a AMI. Para além de
ter ido bem acompanhada e de me divertir na
companhia de quem gosto, voltei para casa
com uma ideia positiva acerca da sociedade.
Pensava que, hoje em dia, com a crise económica em
que vivemos, seriam em maior número as pessoas que
não iriam colaborar e doar, mas estava enganada. Não
só muitas pessoas aderiam, como muitas delas deram
quantias acima dos cinco euros. Uma das senhoras que
ajudou respondeu ao meu ―Muito obrigado‖ com ―De
nada, é uma obrigação.‖ De facto, ainda existe muito
boa gente, disposta a contribuir por uma causa nobre.
Estávamos tão entusiasmados com a adesão que
ficámos lá mais um tempo depois de acabar o nosso
―turno‖. Saber que disponibilizei duas horas do meu
dia por uma causa nobre deixa-me satisfeita. Domingo
lá estarei novamente.
A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma.
John Ruskin
Página 14•
Cátia, João e Cláudia - 12ºD
Lá e cá
TURMAS COM MAIS DE 50 ALUNOS E SÃO RAROS OS CASOS DE INDISCIPLINA
Desta vez fomos à China. Lui é aluna do 12.º E, vive em Portugal há cerca de oito anos. Conta-nos como é na sua terra natal: o modo como está organizada a sociedade e o sistema escolar chinês. Um mundo diferente. Texto e foto J V
A Liu Liu Fang nasceu na China na
cidade Qing Tian da província de
Zhejiang, próximo de Shanghai. Aí
viveu cerca de doze anos e consi-
dera ter tido uma educação chinesa tradi-
cional. A sua cidade é conhecida pelo ―Hong
-Kong‖ da China, pois é alimentada pelas
remessas de emigrantes espalhados por
todo mundo e a sua população tem um
elevado nível de vida. Segundo palavras de
Liu, Qing Tian, é a cidade chinesa de onde
saem mais pessoas e entra mais dinheiro. O
cosmopolitismo é tal que é frequente assis-
tir-se ao uso do ―euro‖ nas trocas comer-
ciais em vez do tradicional ―Ren Ming Pin‖ –
o dinheiro do povo, a moeda local.
Liu está há cerca de oito em Portugal e não
pensa voltar para a China, mesmo que os
pais regressem.
Os pais de Liu têm dois filhos. Muito embora
nas regiões urbanas da China ainda seja
aplicada a política do filho único, os pais de
Liu tiveram a oportunidade de ter dois des-
cendentes. Isto porque o primeiro bebé foi
rapariga e o pai era oriundo do meio rural.
Na China continua a valorizar-se o nasci-
mento de rapazes em detrimento das meni-
nas, mas a situação está a levantar proble-
mas na altura de constituir família porque
há uma clara desvantagem entre sexos.
Actualmente, há cerca de uma mulher para
cada cinco homens.
Na escola: se alguém tiver comportamen-
tos incorrectos compromete os outros
As escolas, em território chinês, têm uma
organização diferente. Não há funcionários
auxiliares. Só professores e alunos. As tur-
mas têm de 50 a 60 alunos e funcionam
num todo, como um grupo interligado. Se
alguém tiver comportamentos incorrectos
compromete os outros. Por exemplo, se um
aluno não tiver concluído as tarefas deter-
minadas pelo professor, todos aguardam
até ele terminar, mas são raros os casos de
indisciplina.
A limpeza, a assiduidade e a pontualidade
são controladas por alunos escolhidos pelo
professor e é concedida uma bandeira de
honra à turma que tiver melhores procedi-
mentos.
A Liu atribui os bons comportamentos nas
escolas às orientações que são dadas na
disciplina ―Pensamento Moral‖ , logo que
entram na Primária, aos seis anos. No
secundário os alunos passam a ter a disci-
plina de ―Pensamento Político‖ que serve
para aprofundar os princípios do comunis-
mo e na faculdade já podem ingressar no
Partido Comunista. O que é um privilégio.
O sistema é muito rígido e muito rigoroso,
uma décima nas classificações pode obrigar
a uma descida vertiginosa, na lista ordena-
da que regula as entradas para o ensino
superior. Aqueles que não entram na facul-
dade vão para cursos profissionais.
É assim na China.
Continuação da página 9
COMO SE FAZ UMA EMPRESA VENCEDORA Para além disso foi também
fundamental para a esco-
lha dos livros o facto de se
tratar de escritores notá-
veis, nomeadamente
Camus que em 1957
ganhou o Prémio Nobel da
Literatura.
A ―Editora Vozes‖ tem um
canal de distribuição do
produto ultra-curto. O site
(www.editoravozesae.pt.v
u) é uma forma de dar a
conhecer o seu produto,
pois lá se encontra toda a
informação relativa à mini-
empresa e aos seus produ-
tos, podendo mesmo ser
possível adquiri-los por
este meio.
Na final nacional, a Editora
Vozes ganhou o prémio
“HP -Responsabilidade
Social”.
Aos alunos, Cátia Ribeiro,
Maria Ana Crispim, Mafalda
Carmo Gama, Nuno Ranito
e Pedro Catita, premiados
cada um com uma impres-
sora multifunções HP. Os
nossos parabéns pela sua
capacidade empreendedo-
ra. CF
Para ver a reportagem da
Feira Ilimitada de 12 de
Março:
http://www.dren.min-
edu.pt/crecursos/
Reportagem/
FeiraIlimitada.htm
Para saber mais sobre a o
programa e a JA Portugal:
http://
www.japortugal.org/
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HÁ PEIXE FRESQUINHO NA LOTA DE MATOSINHOS
De certeza que nem todos os que participaram na visita de estudo que levou as turmas do 11.º ano (I,F,G e H) e o 12.ºE à lota de Matosinhos gostam de peixe. Mas as surpresas do que viram não os deixou indiferentes. Assim foi no mês de Maio quando já era Primavera. Texto e foto JV
L onge vão os tempos em que se apre-
goava o peixe pelas ruas… Hoje
vamos a estabelecimentos em que as
condições de higiene são, na grande
maioria dos casos, irrepreensíveis onde os
funcionários e as funcionárias, equipados a
preceito, amanham e lavam o peixe.
Mas a modernização também chegou a lota.
Foi o que observámos na visita que fizemos à
lota de Matosinhos organizada pelas professo-
ras de Geografia do 11ºano, Manuela Violas e
Julieta Viegas..
Sentados na bancada assistimos, boquiaber-
tos, ao leilão do peixe. As caixas de amostra-
gem eram colocadas, por dois homens, sobre
um tapete rolante e os compradores munidos
com um pequeno comando - tal como nos
concursos televisivos -, arrematavam o peixe
ao preço que consideravam mais ajustado.
Como era tudo complicado tivemos até de
pedir ajuda.
Os pequenos comerciantes não vão à lota
A atenção deve estar concentrada em dois
painéis suspensos que apresentam as caracte-
rísticas do peixe, e a designação da embarca-
ção que os capturou. A valorização do peixe
depende da frescura, daí a necessidade de
conferir muita rapidez ao processo.
Mas se no sistema de venda há grandes
mudanças noutros aspectos as tradições man-
têm-se, ou seja, o pescador é o que menos
ganha com o peixe. São os grossistas, que
rematam grandes quantidades de pescado e
os estabelecimentos comerciais que ficam
com a maior proveito. Os pequenos comer-
ciantes não vão à lota.
Os compradores nem sempre se entendem
com os homens do mar e por vezes há desa-
venças, sendo necessário disponibilizar segu-
ranças, sobretudo, por alturas das festas
populares.
Peixe na NET não esconde a dureza da faina
Na lota de Matosinhos o peixe que não é ven-
dido, por falta de comprador, é enviado para
instituições de solidariedade social ou trans-
formado em farinha de peixe.
Dizem que no futuro a venda do peixe será
feita pela internet, pois prevê-se que dessa
forma se amplie o leque de compradores.
Muito ficámos a saber. Foi por isso que antes
de regressarmos à escola passeámos pelo cais
de pesca e apreciámos a reduzida dimensão
das numerosas embarcações que todos os dias
se fazem ao mar e constatar a dureza das
condições de vida de quem vive do mar.
As caixas de peixe são empilhadas, por cliente, depois de licitadas
NUNCA ESQUEÇAS
AS TUAS DÍVIDAS
AMBIENTAIS! Em Outubro de 2008 assinalou
-se o Dia da Dívida Ecológica.
Data a partir da qual a Huma-
nidade passou oficialmente a
viver acima dos seus meios:
consumimos mais do que o
total dos recursos produzi-
dos .
O conceito de Dívida Ecológi-
ca está intimamente ligado
ao valor da pegada ecológica.
A pegada ecológica constitui
uma forma de medir o impac-
te humano na Terra. Exprime
a área produtiva equivalente
- de terra e mar - necessária
para produzir os recursos
utilizados e para assimilar os
resíduos gerados por uma
dada unidade de população.
Hoje, a Humanidade usa num
só ano, aproximadamente,
30% mais do que a Natureza
pode regenerar nesse mesmo
ano. O excesso no consumo
de recursos leva à formação
da dívida ecológica global.
Só para exemplificar, se
todos os habitantes do nosso
planeta tivessem os mesmos
padrões de consumo, seriam
necessários 3 planetas para a
Terra os manter.
Estás à espera de quê?
Adaptado por JV de
www.agenda21local.info
Página 17
A grandiosidade, a capacidade de organização e
de controlo do espaço surpreendeu-nos a todos.
Aproveitando a oportunidade de a ESAS ficar
próxima da maior infra-estrutura portuária do
Norte de Portugal, as professoras de Geografia do 11ºano
organizaram uma visita de estudo ao Porto de Leixões com
o objectivo de observar a complexidade que envolve o
funcionamento de um porto de mar e reconhecer o seu
impacto na cadeia logística do transporte de mercadorias.
Leixões é um dos portos mais competitivos e polivalentes a
nível nacional já que passam por lá passam cerca de 3 mil
navios por ano. As cargas são de todo o tipo: desde têx-
teis, granitos, vinhos, madeira, automóveis, cereais, con-
tentores, sucata; ferro e aço, álcool e aguardente, açuca-
res, óleos e melaços até aos produtos petrolíferos.
Novo terminal de Cruzeiros
A novidade é que o projecto do novo terminal de Cruzeiros
deverá estar concluído em já em Março de 2011. Opera
365 dias por ano, com altos níveis de produtividade e com
reduzido tempo de permanência dos navios no cais, usu-
fruindo, para isso, de uma barra permanentemente aberta
ao tráfego portuário, sem restrições de acesso por efeito
das marés. Mas é bem visível o investimento no sentido da
modernização de todos os serviços e equipamentos, de
forma a simplificar procedimentos e aumentar a rapidez
do atendimento. A título de exemplo: os serviços dispõem
de um sistema de entrada que fotografa e reconhece auto-
maticamente o número de contentores e a matrícula dos
veículos, não sendo necessário parar.
Os rochedos de «Leixões»
As questões relacionadas com a segurança são levadas
muito a sério, no porto de mar de Leixões. Foi por isso
que a nossa visita foi feita dentro da camioneta com uma
guia a desdobrar-se em explicações.
Convém, no entanto, dizer que se trata de um porto artifi-
cial construído no final do século XIX, na foz do rio Leça e
que deve o seu nome a um conjunto de rochedos a que os
homens chamaram de «Leixões».
Visita de Estudo a Leixões
E O PORTO AQUI TÃO PERTO ... Portugal situa-se no cruzamento das principais rotas marítimas e precisa de aproveitar as potencialidades da costa para ganhar visibilidade a nível internacional. A dinâmica dos nossos portos marítimos é vital para estabelecermos ligações comerciais com o res-to do Mundo. Os alunos das turmas I, H, F e G do 11.º ano e da turma E do 12.º visita-ram o porto de mar orientados pelas professoras Manuela Violas, Julieta Viegas e Cecí-lia Nóvoa. Por JV
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Segundo o professor Humberto Rodrigues, do NIPES, a Feira ―serve para promover a qualidade de vida‖. Por isso nada
mais importante do que saber como vai a nossa saúde. No stand da Aurélia de Sousa foi possível ―calcular o índice
corporal ou o perímetro abdominal‖ explicou o professor de Educação Física. E nada melhor do que saltar à corda para
ajudar a ficar em forma. Apenas um dos muitos jogos a que pudemos assistir promovidos pela nossa escola que - em
conjunto com dezenas de organismos e instituições da freguesia do Bonfim - brindaram os visitantes com actividades
lúdico-educativas. Tratou-se assim de ―incrementar a ideia de que as pessoas devem ter uma vida activa‖ como frisou
a professora Fátima Sarmento já que, deste modo, ―adoptamos um estilo de vida saudável‖. Para bem de todos nós.
* Núcleo de Intervenção para a Promoção da Saúde
O NIPES* na Feira da Saúde Continuação página 7
Alunos do 7ºA com as professoras Fátima Santos e Graça Gouveia, no stand da Aurélia de Sousa, na Feira da Saúde
Página 18
Sobre
as
obra
s de r
enovação
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É de louvar toda e qualquer renovação de um parque
escolar, ou de um parque tecnológico, ou mesmo
de infantários, creches, ou lares da Terceira Idade.
Renovar é melhorar, tornar mais confortável, mais efi-
ciente, mais moderna uma estrutura de apoio ou de pro-
dução.
Inovar e renovar andam de mãos dadas e, sem inovação e
renovação não pode acontecer, por exemplo, o progresso
das ciências – da Medicina à Astronomia.
As obras em curso por todo o País, renovando de forma pro-
funda e sistemática o Parque Escolar Português no que res-
peita às Escolas do Terceiro Ciclo, merece os maiores louvo-
res mas, a par duma adequada alegria deve imperar um sen-
tido de pragmatismo, logo impõe-se para já algumas pergun-
tas. E como perguntar para sermos informados sobre um
bem comunitário não ofende ninguém de boa fé, aqui se
expõem as perguntas:
- a qualidade dos materiais aplicados é a melhor? Os
empreiteiros são de reconhecida competência, a todos os
níveis? Há a garantia segura que, no próximo inverno, ou
daqui a 2 ou 3 anos, não haverá infiltrações, tinta a des-
cascar, janelas empenadas a deixarem entrar correntes
de ar e água da chuva? Os Ministério da Educação e das
Finanças (e por acréscimo, os Contribuintes) têm garan-
tias escritas de que estas obras vão durar anos e anos sem
problemas e que, se problemas houver a sua solução será
imediata e da exclusiva responsabilidade do/s empreitei-
ro/s ?
Oxalá que sim, embora haja em Portugal a tradição perni-
ciosa e imoral das Obras Públicas ficarem, sistematicamen-
te, impudicamente, muito mais caras do que os orçamentos
publicitados, como rara é a obra que pouco tempo depois
de concluída, não aparece na televisão e na imprensa
escrita com imperfeições de planeamento e fragilidades
estruturais. Basta ver o programa da SIC, Nós por Cá.
Aguardemos com esperança, confiança e muitíssima fé.
Uma “escola-modelo”
No que respeita às obras a decorrer na nossa Escola, e face
ao caos instalado, damos por vezes connosco a idealizar-
mos mentalmente (sonharmos?), como teria sido tão dife-
rente, para melhor, pensamos nós, construir, de raiz, uma
nova Escola Secundária Aurélia de Sousa, com um grande
retrato em azulejo da pintora, madrinha da escola implan-
tado bem ao alto na fachada principal. Uma autêntica
“escola-modelo século XXI” !!
Mas, onde se iria implantar esta ―escola-modelo‖ sem a
deslocar para fora do tradicional perímetro geográfico da
antiga escola? Obviamente que em plena Praça Francisco Sá
Carneiro (Praça Velásquez, como é absurdamente sempre
citada). Na mesma zona da cidade, com Metro e autocarros
à porta, com uma área envolvente menos afogada em
cimento, com a nova avenida do Estádio do Dragão mesmo
ao lado, com o próprio jardim da praça Sá Carneiro mesmo
em frente para relaxarem antes ou depois das aulas.
E como seria viável uma transformação tão radical? Permu-
tando (talvez) com a Câmara os terrenos do chamado Mon-
te Aventino, (estrutura subaproveitada durante a semana).
A Câmara recebia em troca os valiosos terrenos da nossa
Escola agora ―mergulhada‖ num mar de cimento, e neles
construía as estruturas sociais de lazer e desporto que
entendesse serem mais úteis para a população.
Os nossos alunos e docentes eram contemplados com
uma nova escola a estrear… ―nova em folha‖. Entretanto
e enquanto as obras de construção da nova escola decor-
riam, os alunos continuariam a ter aulas na escola origi-
nal.
Para não prejudicar os utentes que utilizam as estruturas
do recinto do Monte Aventino elaborava-se um protocolo
com o Futebol Clube do Porto o que permitiria, a título
de ―serviço público temporário‖, a utilização das suas
instalações de desporto e ginástica aos utentes do pavi-
lhão camarário, em horários que não afectassem a práti-
ca desportiva dos atletas do clube.
Seria afinal uma permuta de terrenos com uma finalida-
de nobre e que iria beneficiar, indiscutivelmente toda a
cidade do Porto.
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Sobre as obras de renovação Por Quinto Barcelos*
(continua na página 22)
Expressão Artística 9º B - Parede da sala de aula antes das obras de renovação
Foto de Carlos Morais MEMÓRIAS PARA RECORDAR
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Por Luísa Leal - Prof. Coordenadora do Desporto Escolar
N um ano lectivo em que os alunos do Ensino Básico não tiveram acesso a instalações desportivas. Ass actividades internas – as anuais incluídas nos tempos lectivos e não lectivos – foram interrompidas. Só o
secundário teve Educação Física. Mas as actividades externas mantiveram-se. A nota é assim positiva. Nos treinos sema-nais, encontros e competições inter-escolas (locais e regio-nais) participaram a maioria dos alunos e, em alguns casos, o número dos inscritos nas diferentes actividades até foi supe-rior ao ano passado. Por isso, a coordenadora do Desporto Escolar, a professora Luísa Leal, realça a capacidade de adaptação e empenho dos responsáveis pelos três grupos-equipa – a professora Fátima Sarmento, com o Tiro ao Alvo, a professora Catarina Cahapuz, com as Actvidades Rítmicas Desportivas ( Dança Criativa) e o professor Jorge Guimarães, com o Xadrez – num ano lectivo estruturalmente diferente. A professora Luísa Leal congratula-se ainda com os resultados obtidos pelos alunos nas diferentes competições e encontros em que estiveram presentes. O interesse, por eles demons-trado, traduziu-se também na assiduidade e numa boa parti-cipação. O Desporto Escolar em grande.
T ambém a pretexto de come-
morar o Ano Internacional da
Astronomia, no dia 29 de
Abril, no Auditório da Escola
Artística Soares do Reis mostrou-se
como por cá se dança. Uma iniciativa
que serviu para marcar o Dia Interna-
cional da Dança. E foi assim que o gru-
po de Dança Contemporânea da ESAS
nos contou histórias. Com movimentos
variados os corpos das bailarinas – que
coreografaram as danças – levaram-nos
a imaginação até ao ―ponto, o big-
bang, a energia, as estrelas, o sistema
solar.‖ Tudo em “Eppur si mueve‖ com
naturais movimentos sob o olhar atento
de Galileu. A beleza em acção. Como é
dançar na Lua? ou os ―13 pedacinhos de
Lua‖. Um outro cenário que as jovens
alunas do Grupo de Dança Contemporâ-
nea conceberam para nos dizerem
como gostam de lá dançar. Tudo parti-
lhado por um público atento que se
deixou envolver pelos diferentes
momentos de um espectáculo que cru-
zou sons, cores e imagens. É assim o
fazer artístico.
Artes do espectáculo.
As vozes de Afonso Alves; João Montei-
ro e João Cabral (do 8.ºB) disseram, de
António Gedeão, ―Galileu, Galilei ‖
antecedendo o primeiro quadro de dan-
ça. À Catarina Pais Rodrigues (do 7.ºC)
coube um segundo momento de poesia.
Desta vez bisou Gedeão (―Máquina do
Mundo‖) e encantou com Alberto Caei-
ro em ―Aceita o Universo‖. Foi antes da
última peça apresentada pelo Grupo de
Dança Contemporânea da responsabili-
dade da professora de Educação Física,
Catarina Cachapuz. O poema ―A Lua‖
de Florbela Espanca veio a cena com a
Maria Inês (do 8.º C) e a Mariana Fer-
nandes (do 7.ºC) trouxe-nos uma outra
lua - ―Lua Adversa‖ – num texto de
Cecília Meireles. Não faltou o filme
―Para além da Terra‖ e as obras pictó-
ricas que nos lançaram para o Univer-
so. As alunas Leonor Freitas e Filipa
Sousa, da turma A do 9.º ano compuse-
ram os cartazes deste espectáculo que
teve inicio às 19 e terminou cerca de
uma hora depois.
As alunas Bítia Neves, Mariana Sá, (7.º
B), Sandra Sá (7.ºC), Ana Sofia Sar-
mento; Beatriz Araújo, Sara Ferreira;
Sara Deus, Tânia Giesta (8.ºB) Ana Rita
Ferreira; Maria Araújo, Mariana Barros,
Mariana Costa (8.ºC) e Maria José Tei-
xeira (12.ºD) dançaram. Dançaram. E
acordaram os nossos sentidos.
AS VARIAÇÕES DOS SENTIDOS EM NOME DA DANÇA CONTEMPORÂNEA
Os corpos das jovens do Grupo de Dança Contemporânea da Aurélia dançaram com (ou como?)
astros. Gestos expressivos a desafiarem as memórias que não esquecem Galileu. ciência e a
arte entrelaçadas. Foi em Abril, no Dia Internacional da Dança ou o despertar os sentidos.
Por Paula Valdrez
APESAR DA FALTA DE INSTALAÇÕES DESPORTIVAS O BALANÇO DO ANO ESCOLAR É POSITIVO
Expressão Artística 9º B - Parede da sala de aula
antes das obras Foto de Carlos Morais
MEMÓRIAS PARA RECORDAR
Sobre as obras de renovação Por Quinto Barcelos*
Visita de Estudo
SINT(R)A COM OS “MAIAS”
DE EÇA Palácio da Pena - Sintra
Por Elvira Pardinhas
P roporcionar o alargamento cultural, foi um dos
objectivos da visita de estudo realizada pelos
alunos das turmas A, B, C, D e G do 11.º ano da
ESAS. Organizada no âmbito das disciplinas de
Português e de Geografia a actividade funcionou também
como um momento síntese do estudo de "Os Maias – Epi-
sódios da Vida Romântica‖ de Eça de Queirós. É que, é
nesta cidade - Património Mundial - que decorre parte
da acção da obra queirosiana.
O magnífico dia de Sol contribuiu para a boa disposição
de todos e permitiu o passeio guiado pelos jardins
românticos. Uma oportunidade para realçar a importân-
cia do ordenamento do território, a preservação ambien-
tal e do espaço arquitectónico do Palácio, visto ao por-
menor, na visita que realizámos. E foi assim que, num
convívio saudável entre alunos e as professoras respon-
sáveis por esta actividade (Ana Amaro, Elvira Pardinhas,
Manuela Violas e Paula Queirós) acabámos a deambular
pelas ruelas da Vila de Sintra, de comprar as famosas
queijadas e tirar fotografias. Foi no dia 20 de Maio.
Alunos do 11ºA - Teresa Beires, João Almeida, Vítor, Inês Cardoso, Inês Carviçais, Pedro Martins, Mª João Cunha, Sér-
gio Silva e Ana Teles (da esquerda para a direita)
Professora de Geografia, Manuela Violas, com a Rita e a Gabriela do 11º G
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Página 20•
EDITORIAL por José Fernando Guimarães
A imagem
Q uando Andy Warhol, um dos
nomes maiores da pop art, a par
de Tom Wesselmann e Roy Lich-
tenstein — e de quem, no Porto,
o Museu de Arte Contemporânea de Serral-
ves mostrou uma notável exposição intitu-
lada Andy Warhol, A Factory — des-
sacraliza e des-significa a imagem pictóri-
ca, atribuindo-lhe o estatuto e o papel da
imagem publicitária, estava seguramente a
abrir, nos anos sessenta, alguns caminhos
para os tempos de hoje, os tempos do pós-
modernismo.
Mas o que é isso de pós-modernismo?
Usado tão frequentemente na linguagem
do quotidiano (trate-se da moda, da dan-
ça ou, até, da vida), o conceito de pós-
modernismo tem filosoficamente várias
acepções. Tomemos, por exemplo, a que
lhe atribui Gilles Lipovetsky em A era do
vazio. Depois de passar em revista a
sociedade actual, mostrando como o teci-
do social sofreu alterações que levam a
mudanças estruturais de ordem sócio-
cultural, económica e política, Lipovetsky
acerca-se da nossa época com os verbos
deslizar e planar — verbos dos desportos
radicais: surf, body-board, asa-delta.
Ora, não serão estes desportos radicais
outros tantos flashes, outros tantos feixes
fulgurantes de imagens que enredam e
seduzem, principalmente os jovens? Tal
como, num outro plano, a Coca-Cola ou o
hamburger, que Andy Warhol fixou
enquanto imagens, entre muitas outras, da
sociedade de consumo?
Época do deslizar, do planar da imagem,
esta época que é a nossa fica, por vezes, à
porta da escola, sem lá entrar. Há, pois,
que conferir ao audio-visual o papel que
dantes era atribuído apenas ao livro. Foto-
grafia, música, teatro, dança, cinema —
mas, também, diapositivo, diaporama,
vídeo são, tal como um texto, campos de
signos. Por isso, merecem o nosso trabalho
atento e meticuloso, sem facilidades nem
facilitismos. Um trabalho capaz de nos
inscrever na nossa época, levando-nos a
pensá-la — e, ao sermos motivados para
esse trabalho pelo audio-visual, motivarmos
também os nossos alunos, as suas aulas e a
sua escola.
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F oi já no final de um período em
que o tema ―As cidades portu-
guesas‖ preencheu o espaço
das aulas, na disciplina de Geo-
grafia, das turmas do 11.ºF e 12.ºE, que
decidimos sair da escola e observar a
realidade, confrontando os saberes acu-
mulados.
A Sociedade de Reabilitação Urbana
(SRU), contactada pela Directora de
Turma, profª Isabel Godinho, serviu para
nos orientar na visita de estudo pelo
centro do Porto. A sociedade tem como
objectivo intervir nas freguesias da Sé,
Miragaia, S. Nicolau, Vitória, Massarelos,
Bonfim, Cedofeita e Santo Ildefonso,
área que está sinalizado como espaço
crítico de recuperação e reconversão
urbanística.
É tempo de mudar de cenário
Sob o olhar atento de alunos e professo-
res percorremos ruas e ruelas. A cada
passo nos apercebemos do esforço her-
cúleo, a nível financeiro e organizacio-
nal, para levar a cabo a requalificação
dos imóveis. Encontrámos edifícios mui-
to antigos e muito degradados, com
acessos difíceis, pois o traçado de
alguns desses arruamentos é anterior ao
uso do automóvel. Nos casos em que
habitações não se encontram devolutas
é necessário realojar as famílias o que
aumenta a complexidade do programa
de intervenção .
O cenário decadente que nos acompa-
nhou pela maioria das artérias do miolo
urbano da Sé é resultado de duma
sucessão de factores que não se esgo-
tam evocando a especulação imobiliá-
ria, o congestionamento das artérias e a
lei do arrendamento urbano. O certo é
que, assistimos nas três últimas décadas
ao êxodo dos mais jovens e ao deambu-
lar de um população envelhecida e
carenciada que não conseguiu renovar
ou conservar as habitações.
Razões para viver no Centro Histórico
Mas parece que as coisas podem mudar
com o recurso a programas específicos
que financiam projectos de recuperação
urbana e à vontade de uma nova gera-
ção de jovens intelectuais que está a
ocupar aos poucos as zonas
―esquecidas‖ da cidade.
O que os está a fazer mudar de ideias?
Por um lado, o reconhecimento de que é
importante preservar a identidade dos
lugares, a sua história, o seu patrimó-
nio; por outro, é na ―baixa‖ que tudo
acontece, desde os eventos culturais aos
espaços atractivos de diversão nocturna.
Hoje, as preocupações ambientais for-
talecem as escolhas. Quem vive próximo
do centro, pode evitar o uso dos trans-
portes diários, poupando tempo, dinhei-
ro e, obviamente, o planeta.
Não esquecemos que a cidade do Porto
que queremos só existirá se os morado-
res encontrarem vantagens comparati-
vas, em qualidade e preço. É por isto
que a câmara municipal desenvolve pla-
nos de intervenção.
Este momento de crise, que atravessa-
mos, poderá ser uma excelente ocasião
para repensar os factos e recriar novas
realidades e oportunidades para a nossa
cidade.
QUANDO MODA É VIVER NA BAIXA DA CIDADE DO PORTO
As palavras “vai ser moda viver na Baixa do Porto” são música para os ouvidos daqueles que querem acreditar na recuperação do centro histórico do Porto. Foram o mote para sairmos da ESAS. Quando a vida urbana traz muitas vantagens mas encerra também graves problemas, a reabilitação urbana do Centro Histórico do Porto é uma resposta que urge. Texto e fotos de JV
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Sara, Filipe, Leonor, João Paulo, Filipa, Daniel (atrás), Débora, Nuno, Ana Rita, Raquel (atrás), Manuel, David e Tiago 11º F e 12ºE - Professoras Alexandrina Fernandes (Matemática) , Julieta Viegas (Geografia), Clementina Silva (Filosofia) e Isabel
Godinho (Economia - D.T.)
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(continuação da página 18)
OBRAS DE RENOVAÇÂO
O ano lectivo decorreria assim em moldes civilizados, com
condições de aprendizagem excelentes, sem ruídos, sem instalações
precárias. Não lhes seria vedada a prática de exercício físico normal
durante todo um ano. Alias é uma aberração pedagógica, e uma vio-
lência física e espiritual ter mais de 1.000 jovens, em fase de cresci-
mento sem actividades intensas de desporto que, como todos nós
sabemos estimula, inevitavelmente a actividade cerebral – sede do
nosso espírito e permite aliviar o stress e torna os jovens mais bem
dispostos e mais serenos.
Parabéns Aurélia!
Apesar do enorme desconforto que estas obras de
reabilitação causaram a toda a população escolar,
desconforto e muito sacrifício, é indiscutível que esta
Escola vai ficar muitíssimo mais moderna, mais apta a
servir bem uma população estudantil alargada e a
proporcionar um ensino mais avançado, pensamos
nós. Vamos todos acreditar que sim e contribuirmos
com um elevado conteúdo de exigência cívica e de
um ensino-aprendizagem de elevada qualidade. Para-
béns Aurélia!
(*) ex-professor da ESAS e Orientador Pedagógico
Afectam bastante sobretudo ao nível da con-
centração. O barulho é imenso, é muito com-
plicado estar atenta nas aulas. Tenho muito
mais vezes dores de cabeça. Receio pelo meu
rendimento escolar. Os professores não vão
ter isto em consideração, muito menos quem
corrigir os meus exames.
O barulho é muito incomodativo, na medida
em que me deixa com dores de cabeça que
não me permitem estudar regularmente quan-
do chego a casa.
A Escola é suposto ser um local de concentra-
ção e não o tem sido nos últimos tempos, nos
monoblocos. É impossível ouvir. Mesmo na
biblioteca em que deveríamos estudar em
silêncio e concentrados.
A dificuldade dos acessos à Escola em vários
sectores escolares, como a papelaria, bibliote-
ca, entre outros.
As más condições das casas de banho.
O barulho torna-se insuportável, o desconforto
é muito grande.
O pó causa-me alergias.
Em que medida as obras têm afectado, ou não, a tua vida escolar?
OPIN
IÕES
Alunos do 11ºH
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FICHA TÉCNICA: Coordenadores:
Profª Paula Valdrez Profª Julieta Viegas
Redacção e Tratamento da Informação:
Profª Paula Valdrez Paginação e Maquetagem:
Profª Julieta Viegas Apoio, financiamento e impressão:
AMA—Associação Mais Aurélia Repr.: Francisca Ferreira Www.amaurelia.com
Agradecimentos :
a todos os que, de alguma forma, contribuíram para as edições do JORNALESAS;
à Prof.ª Fátima Candeias por ter ajudado a rever alguns textos;
ao Prof. Carvalhal pelos conselhos ―gráficos‖.
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ANO NOVO NA NOVA ESCOLA: NÃO HÁ DÙVIDAS!
Saltamos as barreiras que nos separam e fomos saber como é. As dificuldades, os desafios e o agrado de quem coordena as obras na escola. A engenheira Catarina Costa conta-nos tudo. Do lado de lá das obras. Texto de Paula Valdrez Foto de Helena Lopes
“ Quando começarem as aulas,
no próximo ano lectivo, está
tudo em ordem‖. A garantia é
dada pela engenheira civil
Catarina Costa responsável pela equi-
pa de fiscalização e coordenação da
segurança em obra. Um desafio já
ganho não fosse o número de operá-
rios (variam conforme as necessidades
mas já atingius 170) a trabalhar de
segunda a sábado, até cerca das 20
horas. ―Se for necessário trabalhámos
de noite‖ esclarece a engenheira. A
nova escola a erguer-se pelas mãos de
quem sabe o que faz.
«Está tudo a correr bem»
Para uma escola que não está habitua-
da a conviver com obras, pela altera-
ção dos espaços e pela impossibilidade
de não se poderem utilizar outros
―está tudo a correr muito bem‖.
Quem o afirma é Catarina Costa, a
engenheira residente e coordenadora
de uma equipa com mais dois respon-
sáveis que fiscalizam tudo o que se
executa, ―desde a entrada do mate-
rial em obra (se está de acordo com o
que o definido em projecto) a correc-
ta colocação em obra (de acordo com
as especificações do material), a per-
feita execução dos trabalhos ( garan-
tindo a sua qualidade) até à segurança
de todos os trabalhadores e interve-
nientes.» Trata-se, como explica a
responsável, de criar ―as melhores
condições de trabalho para minimizar
todos os riscos que esta actividade
comporta.‖
Com obras aqui mesmo ao lado o rela-
cionamento com a comunidade escolar é
―muito bom‖ diz a engenheira Catarina.
Houve acções de sensibilização que
acautelaram as questões de segurança.
Notaram-se apenas algumas situações
pontuais ―da parte dos mais novitos‖
confidencia mas que ―perceberam que
não surtia efeito‖. Contas feitas conse-
guiu-se ―separar ao máximo o que é
obra e o que é escola‖.
As dificuldades de uma obra
A exiguidade do espaço ―é pequeno
para aqui andarmos‖ foi uma dificulda-
de, face à movimentação inerente de
um estaleiro de obra. Depois ―como
era necessário construir dois novos
edifícios‖ o espaço tornou-se ainda
mais diminuto. É que, explica a coor-
denadora da obra, ―tivemos de realizar
microestacas e estacas‖ ou seja, ―uma
técnica que implica perfurar até atin-
girmos solo firme de forma a conse-
guirmos a resistência necessária ―para
a partir daí se erguerem e apoiarem os
novos edifícios. Mas ―porque estamos
num vale com um nível freático eleva-
do‖ surgiram outras dificuldades. Nada
que a técnica não superasse pois
―conseguimos conciliar as situações
que foram surgindo‖.
Os prazos vão ser cumpridos.
Nova escola com mais espaço
A engenheira Catarina Costa (se fosse
arquitecta como sugerimos que imagi-
nasse) não mudava nada no projecto
que, quando chegou a si, já tinha passa-
do por várias revisões. ―São crianças e
jovens que precisam de espaço.‖ E os
novos espaços construídos são uma mais-
valia. Isto apesar de ser a escola mais
pequena de todas as seis que neste
momento se encontram em curso. ―Um
desafio‖ assegura sobretudo quando
―conseguimos garantir que as aulas
decorressem dentro da normalidade
possível‖. Em termos pessoais, para esta
engenheira de 26 anos, é ―uma grande
satisfação‖. Para a escola também.
Continua na última página
A Eng. Catarina entrevistada pela profª Paula Valdrez
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Continuação da página 13
Na nova escola
TODOS SEMPRE RESPONSÁVEIS PELA PRESERVAÇÃO DA ESCOLA,
BEM PÚBLICO
―As infra-estruturas serão seguramente melhores‖ afirma a Dr.ª Delfina Rodrigues.
Reconhece contudo que ―a avaliação rigorosa do impacto das obras‖ neste ano lectivo
―ainda não foi feita‖. Mas é certo que ―todos temos a percepção de que exigiu maiores
sacrifícios‖. Acrescenta que as obras na escola trouxeram trabalho acrescido que se
traduziu em ―mais dificuldades para manter o bom funcionamento das aulas‖. O barulho
e a falta de espaços são exemplos e por isso também lamenta que ―os alunos não
tenham podido ter aulas de Educação Física. ―Mas as compensações vão surgir.‖ Os
novos laboratórios garantem um melhor ensino experimental e o ―acesso mais fácil às
novas tecnologias‖ são algumas ―melhorias‖. Sinais positivos que não escondem necessi-
dades. ―É preciso estar alerta‖ diz a Directora, porque ―isto só não chega‖ garante. Não
são só as melhorias no espaço que garantem o sucesso escolar.
Exige-se, depois, ―o trabalho dos alunos, o seu esforço e até civismo‖ para preservar
a nova escola. Por isso é preciso ―uma grande sensibilização para que todos se responsa-
bilizem pela preservação deste bem público‖. É que conclui a Dr.ª Delfina Rodrigues as
obras são ―um contributo importante mas não suficiente‖.
Continuação da página 23
UMA ESCOLA AUTO-SUSTENTÁVEL
Tudo foi assegurado pela Parque Escolar. Uma escola auto-sustentável em defesa do
ambiente. Para além do conforto na renovação de ar e dos novos equipamentos que
podem potenciar o trabalho pedagógico (a internet wireless nas salas de aula) na escola
irão ser instalados, numa primeira fase, painéis solares para a rede de abastecimento de
água. Futuramente, fora do âmbito desta empreitada, serão colocados os painéis fotovol-
taicos. A intenção é, explicou a engenheira Catarina Costa, responsável pela equipa de
fiscalização e coordenação da segurança das obras, a escola poder vender energia à rede
pública e daí obter contrapartidas. Espaços verdes? Não vão faltar. ―As árvores serão
transplantadas‖ e haverá muita vegetação nova. Para uma escola que dará assim conta si.
Já falta pouco.
Expressão Artística 9º B - Parede da sala de
aula antes das obras de remodelação Foto de Carlos Morais
MEMÓRIAS PARA RECORDAR