Post on 19-Jun-2015
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Projetando um novo app usando User-Centered Design
● Usabilidade.● Modelo mental● User-Centered Design● Objetivos dos usuários e funcionalidades● Quem são os usuários?● Personas● Cognitive Walkthrough com Personas
Apresentação
Fernando Camargo:
● Graduando do curso de Eng. de Computação na UFG
● OCJP 6
● Desenvolve para Java EE, Android, Grails e front-end web
● Desenvolvedor na Fibonacci Soluções Ágeis
● Artigos “Construindo Frameworks” na Easy Java Magazine e “Desenvolvimento seguro com Apache Shiro” (parte 1 e 2) na Java Magazine
Usabilidade
● Facilidade com que os usuários utilizarão seu app.
● Sem isso, não importa o quão incríveis são as funcionalidades. Se o usuário não conseguir usá-las, tudo será em vão.
● O que parece fácil para uma pessoa (você) pode ser difícil para outra pessoa (o usuário).
● O usuário não é estúpido, a usabilidade de seu app é ruim.
● Como alcançá-la?
Modelo mental
● Quando usamos algo, criamos um modelo mental sobre como aquilo funciona.
● A partir desse modelo, tentamos prever o comportamento dos objetos.
● Para atingir uma boa usabilidade, o app deve facilitar a criação do modelo mental do usuário e ser consistente, tendo um comportamento esperado pelo usuário.
● Cada usuário possui diferentes experiências na interação com softwares. Como auxiliá-los?
Modelo mental
● Mantenha consistência de comportamento.
● Siga os padrões de design da plataforma alvo!
● Se seu app faz algo equivalente a um objeto real, projete-o para se comportar de forma parecida com esse objeto. Exemplo: livros e leitores de ebook.
● Dê retorno visual para as ações do usuário, para que ele perceba se está indo na direção certa.
● Faça com que a interface dê dicas ao usuário. Exemplo: mais conteúdo disponível.
Exemplo: livros e leitores de ebook
Google Play Books
Exemplo: mais conteúdo disponível
Google Play
User-Centered Design
● Devemos ter o processo de design focado nos usuários.
● Conjunto de técnicas disponíveis para atingir esse objetivo.
● Aqui, apresentaremos apenas algumas delas.
● Primeiro passo: focar nos objetivos dos usuários antes de pensar nas funcionalidades.
Objetivos dos usuários
● O usuário não quer usar seu app, ele quer cumprir objetivos que serão auxiliados pelo seu app.
● Ele testará seu app com isso em mente: esse app me ajuda a cumprir meus objetivos?
● Não confunda objetivos com funcionalidades. O objetivo do usuário não é marcar um compromisso em um calendário, é organizar seus compromissos para lembrar sobre eles.
O problema do app que faz tudo
● Um app que tem funcionalidades demais apenas confundirá o usuário e terá problemas de usabilidade.
● Foque em quais objetivos dos usuários seu app ajudará a cumprir.
● Cuidado com usuário que pedem determinada funcionalidade. Tente entender o objetivo por trás dela e veja se seu app foi criado para atendê-lo.
● Tão importante quanto decidir o que o app deve fazer, é decidir o que ele NÃO deve fazer.
Exemplo: agendador de compromissos
Objetivos dos usuários:
✔ Organizar seus compromissos por data e hora.
✔ Ser lembrado de seus compromissos.
✔ Visualizar facilmente seus compromissos para se planejar.
Exemplo: agendador de compromissos
Funcionalidades:
✔ Possuir diversas visões de calendário onde estarão marcados os compromissos do usuário.
✔ Permitir que o usuário adicione, edite e delete um compromisso.
✔ Permitir que o usuário adicione um lembrete para o compromisso.
✔ Avisar o usuário sobre os compromissos de acordo com o lembrete registrado.
Objetivo x Funcionalidade
● Cada funcionalidade deve ser ligada a um objetivo do usuário. Evite criar funcionalidades desnecessárias.
Quem são os usuários?
Quando criamos um app a ser publicado para uso público (Google Play, AppStore, etc.), nós não conhecemos nossos usuários.
Por isso, surgem os seguintes erros:
✗ Criá-lo para nós mesmos, como se nós fôssemos os usuários finais.
✗ Criá-lo para “todo mundo”.
O erro de criarmos para nós mesmos
● Nós estamos acostumados a interagir com softwares. Naturalmente teremos mais facilidade do que alguém que não está acostumado.
● Nós o fizemos, naturalmente saberemos como usá-lo e teremos a falsa impressão de que tem boa usabilidade.
● Não somos os usuários finais. Formamos um modelo mental totalmente diferente dos usuários finais.
O erro de criarmos para todo mundo
● É impossível criar um design que possua boa usabilidade para “todo mundo”.
● Pessoas formam modelos mentais diferentes de acordo com sua experiência de vida.
● É melhor funcionar muito bem para um seleto grupo de usuários do que funcionar mal para todo mundo.
● Devemos selecionar o grupo de usuários importante para nosso app.
Selecionando um público-alvo
Imaginemos um app que visa aumentar a produtividade. Quais tipos de pessoas devem ser nosso público-alvo?
● Estudantes (pré-vestibular, universitários, de concursos...)
● Free lancers
● Empresários
O que fazer agora?
Saber o publico-alvo não é o suficiente. Ainda não temos contato com nossos usuários. Então como trazê-los para o foco do design?
Podemos usar uma das técnicas de User-Centered Design:
Personas
Personas
● Técnica que consiste em criar personagens que representem bem o público-alvo do software.
● Esses personagens são usados para descrever objetivos, habilidades, experiência técnica e o contexto de uso dos usuários.
● Se possível, devem ser criadas a partir de pesquisas com usuários, de forma a criar personas de acordo com um padrão encontrado. Caso não seja possível, pode-se criar personas provisórias baseadas apenas no que se sabe sobre os prováveis usuários.
Personas: por que usá-las?
● Ter o design focado em usuário não é fácil.
● Usuários são complicados e variados. E nem sempre conseguimos manter contato contínuo com eles.
● Com personas, podemos fazer suposições sobre os usuários mais explícitas.
● Coloca o foco em usuários específicos, ao invés de “todo mundo”.
● Limita nossas escolhas aos grupos de usuários representados, nos ajudando a tomar melhores decisões.
Personas: onde usá-las?
● Decisões sobre funcionalidades do produto.
● Design de navegação, interação e visual.
● Testar o produto do ponto de vista das personas, tentando pensar como elas pensariam.
● Ter uma forma de se comunicar com a equipe sobre um tipo específico de usuário usando a persona em seu lugar.
Personas: composição
● Nome
● Foto
● Slogan. Uma frase que descreva bem a persona.
● Informações comuns (idade, ocupação, onde vive, nível de habilidade com tecnologia...)
● Objetivos a serem alcançados
● Pontos de frustração
● Pontos importantes sobre a persona (uma espécie de resumo)
● Descrição detalhada sobre ela.
● Cenários de uso do app
Personas: composição
Devemos notas algumas coisas:
● Precisamos personificar a persona, trazer ela à vida, como se fosse uma pessoa real.
● Precisamos dos objetivos finais dela. Por exemplo: o objetivo de um aluno pré-vestibular é passar no vestibular. Ele usaria um app para aumentar sua produtividade, mas esse não é o objetivo final dele.
● Os cenários definem a forma e o local de uso do app. Por exemplo: ele pode ser usado no ônibus, onde poderá interromper o uso a qualquer momento.
Personas: processo de criação
Existem duas opções:
● Através de uma pesquisa com os usuários (nem sempre é possível), onde se encontra padrões entre eles e usa-os para formar as personas.
● Através de conhecimento prévio sobre o tipo de pessoa. Por exemplo, conseguimos imaginar como é a vida de um estudante universitário.
Personas: categorias
Um projeto médio comumente deve ter entre 3 e 7 personas. Elas são divididas entre as seguintes categorias:
● Primária
● Secundária
● Suplementar
● Negativas
Entre outras de menor uso.
Personas: categoria primária
● São as personas que representam o grupo de usuários mais importante.
● Devem possuir uma UI específica para elas. Portanto, deve representar bem as outras personas.
● Quanto menor número de personas primárias, melhor. Um projeto pequeno deve ter uma, um médio deve ter duas e um grande, três.
Personas: categoria secundária
● São personas cujas necessidades podem, na maioria das vezes, ser alcançadas focando nas primárias.
● Porém, podem ter algumas necessidades específicas que não são prioridade para as primárias.
● Podem ser necessárias pequenas adições na interface, mas essas não podem interferir negativamente nas primárias.
Personas: exemplo de primária
Fora dos slides.
Personas: exemplo de secundária
Fora dos slides.
Cognitive Walkthrough com Personas
● É uma exploração passo-a-passo de um serviço/software para ver quão bem um tipo particular de pessoa consegue completar um ou mais objetivos.
● Usamos personas para fazer esse passo-a-passo de forma que “entramos no personagem” e tentamos pensar como elas.
● Pode ajudar a encontrar problemas de usabilidade, acessibilidade, entre outros.
Bibliografia e fontes de estudo
● http://wiki.fluidproject.org/display/fluid/Design+Handbook
● Smashing Android UI, Juhani Lehtimaki. Smashing Magazine Book Series. 2012.
Dúvidas?