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INOVAÇÃO, APRENDIZAGEM E COOPERAÇÃO EM SERVIÇOS: O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE TURISMO EM FLORIANÓPOLIS
Equipe de pesquisa
Coordenação Renato Ramos Campos (coordenador)
Jeanine Batschauer (coordenação, pesquisa e redação)
Equipe técnica
Shandi Cardoso (pesquisadora) Nathan Gunther (apoio técnico)
Michelle Mattos (tabulação)
Florianópolis Novembro de 2006
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LISTA DE FIGURAS E QUADROS Figura 01: APL de Turismo em Florianópolis .......................................................... 16 Quadro 01: Agentes de infra-estrutura física do APL de Turismo de Florianópolis
– 2006 ........................................................................................................................
20
Quadro 02: Estrutura institucional do APL de Turismo de Florianópolis/SC -2006 24
Quadro 03: Estrutura de conhecimento do APL de Turismo de Florianópolis/SC. –
2006 ...........................................................................................................................
32
Quadro 04: Inovações realizadas pelos agentes econômicos do arranjo.................... 46
Quadro 05: Objetivo da atividade de cooperação declarada pelas empresas
segundo o agente com as quais cooperou .................................................................
51
3
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Movimento estimado de turistas em Florianópolis/SC 1986-2006 ......... 10
Tabela 2: Total de postos formais de trabalho (PFT) no setor de serviços e nas
atividades relacionadas aos serviços turísticos no município de Florianópolis -
1995-2004 ...............................................................................................................
12
Tabela 3: Caracterização da demanda turística de Florianópolis 1993 – 1999 ....... 13
Tabela 4: Caracterização da demanda turística de Florianópolis 2000 – 2006 ....... 14
Tabela 5: Meios de hospedagem utilizados pelos turistas, nacionais e
estrangeiros, em Florianópolis 1990-2006 ..............................................................
15
Tabela 6: Número de hotéis e pousadas por região em Florianópolis/SC .............. 18
Tabela 7: Número de restaurantes especializados em frutos do mar por região em
Florianópolis/SC .....................................................................................................
18
Tabela 8: Número de agências de viagem e turismo por categoria em
Florianópolis/SC .....................................................................................................
19
Tabela 9: Meios de transporte utilizados em Florianópolis/SC – 2006 ................. 20
Tabela 10: Amostra segundo o tipo e o tamanho de estabelecimentos em
Florianópolis/SC -2006 ...........................................................................................
35
Tabela 11: Ano de fundação dos estabelecimentos prestadores de serviços
turísticos em Florianópolis/SC -2006 .....................................................................
36
Tabela 12: Tipo de atividade (natureza) dos estabelecimentos em
Florianópolis/SC – 2006 .........................................................................................
37
Tabela 13: Características das instalações/equipamentos dos meios de
hospedagem em Florianópolis/SC -2006 ................................................................
38
Tabela 14: Número de hotéis com nível para a realização de eventos em
Florianópolis/SC .....................................................................................................
38
Tabela 15: Características das instalações/equipamentos dos restaurantes em
Florianópolis/SC .....................................................................................................
39
Tabela 16: Principais serviços oferecidos pelas agências de turismo e de viagem
em Florianópolis/SC – 2006 ..................................................................................
40
Tabela 17: Relações comerciais freqüentes e rotineiras dos meios de hospedagem
em Florianópolis/SC -2006 .....................................................................................
41
Tabela 18: Relações comerciais freqüentes e rotineiras dos restaurantes em
Florianópolis/SC .....................................................................................................
42
4
Tabela 19: Relações comerciais freqüentes e rotineiras das agências de turismo e
de viagem em Florianópolis/SC – 2006 ..................................................................
43
Tabela 20: Introdução de inovações em serviços, processos e organizacionais por
segmento da atividade no APL de Turismo em Florianópolis/SC -2006 ...............
45
Tabela 21: Tipo de atividade inovativa realizada rotineiramente pelos
empreendimentos turísticos de Florianópolis/SC no ano de 2005 ..........................
47
Tabela 22: Índice de importância atribuído às fontes de informações para a
inovação pelos prestadores de serviços turísticos de Florianópolis/SC -2006 ........
48
Tabela 23: Numero de empresas do APL de Turismo em Florianópolis que
realizaram atividades de cooperação, segundo o grau de freqüência da atividade
declarada pela empresa, durante os três últimos anos, 2003 a 2005 .......................
50
Tabela 24: Avaliação pelas empresas dos resultados obtidos com atividades de
cooperação com agentes locais em Florianópolis/SC-2006 ....................................
52
Tabela 25: Índice de importância atribuído pelos agentes econômicos quanto à
contribuição das instituições locais - Arranjo de turismo de Florianópolis/SC
2006..........................................................................................................................
55
Tabela 26: Participação das empresas em programas públicos realizados pelas
instituições no local..................................................................................................
56
Tabela 27: Índice de importância atribuído pelas empresas às vantagens de
localização no APL de turismo em Florianópolis....................................................
60
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7 2. O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM FLORIANÓPOLIS .......... 8 2.1 Características da demanda turística em Florianópolis ..................................... 16 3. A CONFIGURAÇÃO DO APL DE TURISMO EM FLORIANÓPOLIS ... 17 3.1 Os agentes econômicos ..................................................................................... 17 3.1.1 Serviços de hospedagem ............................................................................. 17 3.1.2 Serviços de alimentação ............................................................................... 18 3.1.3 Serviços complementares: as agências prestadoras de serviços turísticos .................................................................................................................
19
3.2 Infra-estrutura de acesso e comunicações ......................................................... 19 3.3 Os atrativos turísticos e os equipamentos ......................................................... 21 3.4 Estrutura institucional local .............................................................................. 24 3.4.1 Agentes de preservação e regulação ........................................................... 25 3.4.2 Agentes de planejamento e promoção ........................................................ 26 3.4.3 Agentes de representação e associativos .................................................... 28 3.5 Estrutura de conhecimento ................................................................................ 31 3.6 Uma visão geral do arranjo de turismo de Florianópolis .................................. 33 4. A DINÂMICA ECONÔMICA DA ATIVIDADE TURÍSTICA: ESPECIALIZAÇÃO E COMPLEMENTARIDADE NO APL ........................ 34
4.1 Especialização do arranjo e diversificação dos serviços de turismo .............. 36 4.2 Complementaridade dos serviços no arranjo .................................................... 41 5. INOVAÇÃO E APRENDIZAGEM ................................................................ 43 6. AS RELAÇÕES DE COOPERAÇÃO NO LOCAL ..................................... 49 6.1 As relações de cooperação entre as empresas.................................................... 49 6.2 As relações de cooperação entre as empresas e as instituições.......................... 53 6.3 As características da coordenação local............................................................. 57 7. VANTAGENS DE LOCALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE: POTENCIALIDADES E RESTRIÇÕES À ATIVIDADE TURÍSTICA ........
59
7.1 As vantagens da localização das empresas no APL de turismo em Florianópolis e as características sistêmicas de competitividade............................
59
7.2 A qualificação da demanda, os esforços para promover o turismo de eventos e a possibilidade de desenvolvimento de outros tipos de turismo.....................................................................................................................
63
7.2.1 Regulação e preservação dos recursos naturais e culturais...................... 64 7.2.2 A integração das ações de planejamento turístico..................................... 66 7.2.3. O sistema de ensino local e a qualificação dos recursos humanos.......... 66 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 68 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 70 ANEXOS ................................................................................................................ 75 ANEXO A - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA DEFINIÇAO DA AMOSTRA ..............................................................................
76
ANEXO B – QUESTIONÁRIO PARA AGÊNCIAS DE VIAGEM ................ 82
6
ANEXO C – QUESTIONÁRIO PARA MEIOS DE HOSPEDAGEM ............ 97 ANEXO D – QUESTIONÁRIO PARA RESTAURANTES ............................. 111 ANEXO E - ROTEIRO DE ENTREVISTA – ASSOCIAÇÕES ...................... 124 ANEXO F- ROTEIRO DE ENTREVISTA – INSTITUIÇÕES DE ENSINO 125 ANEXO G - ROTEIRO DE ENTREVISTA – INSTITUIÇÕES PÚBLICAS MUNICIPAIS, ESTADUAIS, FEDERAIS DE TURISMO...............................
126
7
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho analisa a atividade turística no município de Florianópolis sob o
enfoque de arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais, buscando a compreensão das
interações entre os diversos agentes localizados em um mesmo território para a construção e
desenvolvimento de suas capacitações e os impactos sobre as condições locais de
competitividade.
Destacam-se, portanto, as características locais das estruturas produtivas, de
conhecimento e de coordenação e as interações que ocorrem no interior destas estruturas. Tais
estruturas são delimitadas geograficamente criando espaços nos quais a proximidade entre os
agentes e o ambiente de normas e valores comuns facilita a circulação de informações
gerando capacitações que se enraízam no território dando-lhe especificidade.
As atividades econômicas envolvidas no turismo são, principalmente, a prestação de
serviços como alimentação, hospedagem, lazer, transportes. Estes serviços, quando
demandados para fins turísticos, o são em um período de tempo relativamente curto e
dependem não apenas das características e qualidades dos ativos físicos necessários à
prestação do serviço, mas, sobretudo, dos atrativos turísticos próprios do local, como as
características naturais, de lazer, culturais, entre outras. É o conjunto de atrativos que
“unifica” ou “articula” as prestações dos diversos serviços em torno de uma finalidade e que
cria o que pode ser denominado de roteiro turístico. Estes atrativos, na maioria das vezes, são
um “bem público”, o que faz com que os agentes procuram intensificar o seu uso sem arcar
com o custo de sua manutenção, exigindo para sua preservação uma ação coordenada de
natureza pública e privada.
Estas especificidades da atividade econômica para fins turísticos têm implicações
para a análise da sua competitividade. Os padrões de concorrência específicos de cada uma
das atividades, e a complementaridade na prestação dos serviços, tornam-se elementos
importantes de competitividade. A competitividade vai depender também das características
do atrativo turístico, tornando o local capaz de competir com outros espaços que também
possuem atrativos. A natureza de bem público do atrativo torna importante para a
competitividade as relações entre as dimensões privada e pública para sua manutenção.
Por conseguinte, a importância do território no qual estão enraizados os atrativos, a
complementaridade na oferta dos serviços, a natureza de bem público dos atrativos sugerem
que a proximidade entre os agentes e sua articulação com os consumidores e a presença de
formas locais de coordenação são elementos essenciais aos processos competitivos. Nestas
8
condições, a oferta de serviços para fins turísticos caracteriza um sistema fortemente
integrado aos recursos do território que depende em grande parte da capacidade local de
coordenação. O presente estudo procura compreender tais condições e está estruturado nas
seguintes seções: a seção na seqüência descreve o surgimento da atividade em Florianópolis.
A terceira seção apresenta a configuração do arranjo, caracterizando seus principais agentes
econômicos, institucionais, e de ensino, a infra-estrutura de acesso e os atrativos e
equipamentos turísticos. A seção quatro analisa a dinâmica econômica da atividade turística, a
especialização dessa atividade no local e as relações de complementaridade na oferta de
serviços. Na seção cinco, analisam-se as características da inovação e dos processos de
aprendizagem. Na sexta seção, destacam-se as relações de cooperação no âmbito do arranjo, a
ação das instituições e as características da coordenação local. A sétima seção discute as
vantagens locais e as possibilidades de desenvolvimento do arranjo. Na oitava seção,
apresentam-se as considerações finais do estudo.
2. O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM FLORIANÓPOLIS
O desenvolvimento do turismo em Florianópolis é a evolução de uma atividade
inicialmente de lazer que gradativamente transforma-se em atividade econômica com
significado para a economia local. A criação de uma malha rodoviária desde a década de 40
permitiu o acesso aos espaços mais distantes do centro urbano que se caracterizavam como
rurais e de pesca e se transformaram nas atuais áreas balneárias. A infra-estrutura hoteleira era
restrita ao centro urbano e refletia o desenvolvimento das atividades econômicas como o
comércio e, em especial, a função de capital do estado.
Estas características se alteraram em meados da década de 70 e durante toda a década
de 80. O crescimento em poucos anos do fluxo de turistas, ao lado do crescimento das
atividades de administração pública, quer pela instalação de novos órgãos como a Eletrosul,
quer pelo avanço significativo de empreendimentos públicos iniciados em décadas anteriores,
como a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, e as melhorias nas condições de
acesso rodoviárias modificaram significativamente a atividade turística local. Esse movimento
foi acompanhado por uma intensa valorização imobiliária, a ocupação desordenada das áreas
balneárias, principalmente no Norte da Ilha, o crescimento da importância da atividade como
complementação de renda das famílias residentes nessas regiões, sobretudo por meio do
aluguel de acomodações, e o crescimento dos investimentos em hotéis e restaurantes
9
inicialmente na zona central da cidade e posteriormente difundindo-se para as áreas
balneárias.
O desenvolvimento do turismo em Florianópolis se confunde, portanto, com o rápido
crescimento urbano, relativamente desordenado, com os problemas daí decorrentes para o
meio ambiente e para os diversos serviços públicos como educação e saúde, abastecimento de
água, energia elétrica e infra-estrutura rodoviária. Deve-se ressaltar que em Florianópolis esse
crescimento urbano foi liderado principalmente pela ampliação das atividades da
administração pública, pelo comércio e pela construção civil.
A forma de crescimento da atividade no local em resposta ao grande aumento do
fluxo de turistas foi caracterizada por: a) um comportamento empresarial no qual o lucro
obtido no período de alta temporada era suficientemente satisfatório para absorver os custos
fixos ao longo do ano, b) a crescente “informalidade”, dada a possibilidade de
complementação de renda e as reduzidas barreiras à entrada nestes serviços, c) a ausência de
mecanismos reguladores da atividade turística local e urbana.
Logo, é no decorrer das décadas de 70 e 80 que o município de Florianópolis se
afirma como uma área de atração turística, tornando-se conhecido no Brasil e no exterior pelo
realce não só de suas belezas naturais, mas também pelo bom nível de qualidade de vida e
condições de segurança, em comparação com outros centros turísticos.
O êxito na divulgação dos atrativos manteve o fluxo de demanda no decorrer da
década de 90 com modificações na origem dos turistas. Observando este movimento desde
1986, é crescente o número de turistas nacionais até 1991, a partir deste ano, o fluxo inicia
uma queda, que só é revertida seis anos depois. O ano de 1997 marca um novo ciclo de
crescimento no número de turistas nacionais que se mantém até 2001. O fluxo de turistas
estrangeiros tem um movimento inverso, uma queda até 1991, e a partir de 1992, cresce por
um período curto de tempo (Tabela 1).
De 1994 em diante, é marcado por uma grande irregularidade. Três aspectos devem
ser considerados nesse movimento: o primeiro é que nos anos 90 a quantidade de turistas
atinge um patamar muito mais alto do que nas décadas anteriores, e o segundo é que tanto a
mudança no perfil dos turistas em relação a sua origem, quanto às taxas anuais de
crescimento, adquirem grande irregularidade.
O terceiro aspecto é a queda da receita média por turista. Esses aspectos se refletem
numa situação de acentuada flutuação na taxa de crescimento anual da receita, que, ao longo
da década de 90 até os dias de hoje, apresenta períodos de instabilidade, intercalando
momentos de crescimento (1993/108% e 1997/78%) e recessão (1991/-39%, 1998/-36%,
10
2002/-48% e 2003/-34%). Esta grande irregularidade na taxa de crescimento anual da receita
foi acompanhada pela redução recente do gasto médio por turista desde 1998, mais
acentuadamente nos anos de 2002 a 2004.
Tabela 1: Movimento estimado de turistas em Florianópolis/SC 1986-2006
Ano Nº de
turistas nacionais
Nº de turistas
estrangeiros
Nº de turistas estrangeiros e
nacionais
Tx de crescimento
anual turístico
Receita Estimada em
US$
Taxa de crescimento da receita
Receita por
turista
1986 131.790 67.710 199.500 - 35.578.516,09 - 178,34 1987 126.811 82.034 208.845 5% 129.962.213,00 265% 622,29 1988 180.786 39.015 219.801 5% 46.089.083,10 -65% 209,69 1989 * * 0 - 152.051.181,19 230% - 1990 243.820 58.837 302.657 - 138.715.090,77 -9% 458,32 1991 269.133 61.456 330.589 9% 84.920.325,01 -39% 256,88 1992 201.901 149.797 351.698 6% 84.462.434,18 -1% 240,16 1993 238.282 178.332 416.614 18% 176.091.054,78 108% 422,67 1994 170.679 186.196 356.875 -14% 164.771.909,66 -6% 461,71 1995 172.623 83.105 255.728 -28% 109.863.451,84 -33% 429,61 1996 215.835 84.815 300.650 18% 120.961.916,81 10% 402,33 1997 270.189 154.591 424.780 41% 215.508.608,92 78% 507,34 1998 277.166 87.143 364.309 -14% 138.901.218,73 -36% 381,27 1999 287.859 147.631 435.490 20% 129.520.526,02 -7% 297,41 2000 335.132 171.109 506.241 16% 144.917.799,97 12% 286,26 2001 319.901 232.987 552.888 9% 163.149.590,98 13% 295,09 2002 295.464 75.163 370.627 -33% 84.634.776,20 -48% 228,36 2003 233.425 74.769 308.194 -17% 56.000.054,43 -34% 181,70 2004 492.114 89.328 581.442 89% 113.323.983,55 102% 194,90 2005 453.516 120.582 574.098 -1% 169.090.856,43 49% 294,53 2006 487.960 100.799 588.759 3% 167.860.967,32 -1% 285,11
Fonte: Elaboração própria com base nos dados da Santur (1986-2006)
Em tais condições, multiplicaram-se os pequenos empreendimentos frente às
reduzidas barreiras à entrada nesta atividade, intensificando a concorrência no local, o uso
intensivo de mão-de-obra temporária, a multiplicação de empreendimentos operando apenas
no período de alta temporada e a ausência de investimentos em segmentos da atividade
turística como os de agências receptivas.
Mas a manutenção do fluxo dos turistas estimulou também outros empreendimentos
que caracterizam uma forte diferenciação em relação às atividades antes mencionadas. Trata-
se dos investimentos do segmento hoteleiro no centro da cidade, com destaque para a
instalação de importantes redes nacionais e internacionais de hotéis como Othon, Blue Tree
Tours, Intercity, Costa Empreendimentos e Sagre’s hotéis entre outros. Quanto ao capital
internacional, ressalta-se a presença da francesa Accor que, em Florianópolis, possui três
hotéis.
11
Outro conjunto importante de investimentos está associado à instalação de grandes
hotéis localizados nas praias da Ilha. Alguns do quais voltados também para o segmento de
eventos e não apenas o de lazer. Entre os hotéis estabelecidos nas praias, cabe salientar dois
de grande porte que contam com uma grande área física e de infra-estrutura: o Costão do
Santinho Resort e o Jurerê Beach Village. Nesse contexto, situam-se também
empreendimentos como o de Jurerê Internacional, condomínio de lazer, que mesmo existente
desde 1978, amplia e se consolida no decorrer das décadas de 80 e 90.
Em comparação com os demais roteiros turísticos de Santa Catarina que envolvem o
turismo de lazer no litoral, Florianópolis destacou-se como principal destino no Sul do país
em função da sua diversidade de atrativos naturais e da infra-estrutura de hospedagem,
gastronomia, centros de eventos e shoppings existentes. Além dessas características, a
localização estratégica do município em relação ao Mercosul e aos grandes mercados
emissores nacionais (RS, PR, SP), e a proximidade com os municípios de Balneário
Camboriú, Itapema, Porto Belo e Bombinhas, integrantes da chamada Rota do Sol, foram
fatores determinantes na atração de turistas para o local.
Em resumo, o turismo em Florianópolis desenvolveu-se como atividade econômica,
no decorrer das décadas de 70 e 80, adquirindo nos anos 90 a sua configuração atual. A
segunda metade da década de 90 marca o início de um processo, ainda em desenvolvimento,
de diversificação do turismo de lazer para o turismo de eventos. A Tabela 2 mostra a
consolidação do turismo como atividade econômica no município de Florianópolis, através do
significado do emprego nas atividades turísticas em relação ao emprego total e ao emprego no
setor de serviços.
Tomando-se por base as informações da RAIS/MTe que registra apenas os postos de
trabalho formais, e considerando um conjunto de atividades econômicas voltadas para o
atendimento da demanda turística, mesmo que não o sejam exclusivamente dirigidas para o
turismo, obtém-se uma razoável aproximação da representatividade do turismo para o
Município, sob o ponto de vista do emprego.
Quanto ao total dos postos formais de trabalho do município, a participação dos
postos formais relacionados aos serviços turísticos é crescente desde 1995, ao mesmo tempo
em que amplia a sua participação dentro do setor de serviços. Se, por um lado, estes dados
não incluem o trabalho informal podendo, portanto, estar subestimados, por outro lado, nem
todas as atividades consideradas nos serviços turísticos referem-se exclusivamente ao
atendimento da demanda turística.
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Tabela 2: Total de postos formais de trabalho (PFT) no setor de serviços e nas atividades relacionadas aos serviços turísticos no município de Florianópolis - 1995-2004
Ano (1) Total de PFT
(2) Total de PFT no setor de serviços
(3) Total de PFT nos serviços
turísticos1
(4) PFT no setor de serviço em relação ao total dos PFT
(2/1) %
(5) PFT nos serviços turísticos
sem relação ao PFT no setor de serviços
(3/2) %
(6) PFT nos serviços turísticos em relação ao total
dos PFT (3/1) %
1995 156.918 51.555 11.058 33 21 7
1996 155.396 46.574 11.615 30 25 7
1997 156.325 50.745 12.392 32 24 8
1998 157.889 50.385 12.670 32 25 8
1999 164.534 55.823 14.416 34 26 9
2000 167.647 57.999 15.283 35 26 9
2001 171.380 59.634 16.359 35 27 10
2002 179.146 62.232 17.490 35 28 10
2003 182.630 65.978 18.675 36 28 10
2004 196.583 71.517 19.449 36 27 10 Fonte: Elaboração própria com base nos dados da RAIS/MTE (1995-2004)
O censo realizado em 2004 pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares
de Florianópolis mostrou a existência de 5.222 trabalhadores permanentes nos meios de
hospedagem e 9.206 nos serviços de alimentação (5.230 nos restaurantes, 3.387 em bares e
lanchonetes, 376 em casas noturnas, 48 em drive-in e 165 em sorveterias e cafeterias). Nos
meios de hospedagem, os empregados temporários somavam 4.500 e nos serviços de
alimentação, 2.500. Nestes dois segmentos, quais sejam, meios de hospedagem e alimentação,
o total de trabalhadores permanentes e temporários foi de 21.428.
2.1 Características da demanda turística em Florianópolis.
As Tabelas 3 e 4 foram construídas com base nos dados divulgados pela
Santur/Gerência de Planejamento, cuja pesquisa realizada anualmente nos meses de janeiro e
fevereiro com turistas nacionais e estrangeiros, tem por finalidade identificar o 1 As atividades consideradas como de serviços relacionados ao turismo com base na Pesquisa Anual de Serviços (PAS) do IBGE, segundo as classes de atividades do CNAE foram as seguintes: 55115 - Estabelecimentos hoteleiros, com restaurante; 55123 - Estabelecimentos hoteleiros, sem restaurante; 55131 - Estabelecimentos hoteleiros; 55190 - Outros tipos de alojamento; 55212 - Restaurantes e estabelecimentos de bebidas, com serviço; 55220 - Lanchonetes e similares; 55239 - Cantinas (serviços de alimentação privativos); 55247 - Fornecimento de comida preparada; 55298 - Outros serviços de alimentação; 60232 - Transporte rodoviário de passageiros, regular, urbano; 60240 - Transporte rodoviário de passageiros, regular, não urbano; 60259 - Transporte rodoviário de passageiros, não regular; 61212 - Transporte por navegação interior de passageiros; 62103 - Transporte aéreo, regular; 62200 - Transporte aéreo, não regular; 63304 - Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem; 70203 - Aluguel de imóveis; 70319 - Corretagem e avaliação de imóveis; 70327 - Administração de imóveis por conta de terceiros; 71102-Aluguel de automóveis; 74403 – Publicidade; 74500 - Seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra; 92118 - Produção de filmes cinematográficos e fitas de vídeo; 92126 - Distribuição de filmes e de vídeos; 92134 - Projeção de filmes e de vídeos; 92215 - Atividades de rádio; 92223 - Atividades de televisão; 92312 - Atividades de teatro, música e outras atividades artísticas e literatura; 92320 - Gestão de salas de espetáculos; 92398 - Outras atividades de espetáculos, não especificadas anteriormente; 92401 - Atividades de agências de notícias; 92614 - Atividades desportivas; 92622 - Outras atividades relacionadas ao lazer.
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comportamento dos turistas nacionais e estrangeiros, desde a década de 90 até hoje, em
especial quanto aos seus gastos e motivação para viajar, e a sua permanência nos meios de
hospedagem de Florianópolis.
Tabela 3: Caracterização da demanda turística de Florianópolis 1993 – 1999 Demanda turística 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999
Taxa de ocupação da rede hoteleira (%)
74,55 66,79 59,98 59,16 71,82 69,22 78
9,24 10,12 10,53 9,53 10,41 10,22 11,11
15,94 14,75 12,81 12,54 12,96 13,26 12,48
12,59 12,43 11,27 10,37 11,34 10,95 11,57
Permanência média em hotéis (dias) 4,49 5,97 8,39 7,09 5,28 7,37 7
RS 31,53 34,49 57,03 44,27 43,04 25,89 43,34
SP 18,15 20,86 10,66 17,6 7,28 13,06 20,27
PR 15,29 16,84 8,24 14,08 14,81 15,68 11,98
SC 11,15 13,1 18,09 12,61 20,31 26,6 7,05
RJ 8,6 6,68 3,23 3,81 7,41 5,94 4,7
Argentina 93,62 92,16 84,23 84,32 84,6 77,47 83,04
Uruguai 3,83 3,19 5,63 6,72 6,7 9,09 4,78
Paraguai 1,96 3,02 3,73 2,46 7,11 4,78
Chile 2,13 0,49 4,7 1,49 3,13 1,98 2,17
94,47 94,09 92,58 88,2 93,66 93,78 95,47
5,53 7,42 7,42 11,8 6,34 6,22 4,53
70,77 78,59 83,82 83,33 86,77 69,59 78,57
25,44 16,38 4,41 3,56 4,14 4,25 3,61
2,03 1,28 1,79 0,67 1,3 0,9 0,49
0,54 1,07 0,74 1,33 1,14 2,96 1,32
1,22 2,68 9,24 11,11 6,66 22,3 16,02
Motivo da viagem (%)Turismo
Negócios
Principais atrativos turisticos (%)
Atrativos naturais
Atrativos históricos culturais
Manifestações populares
Eventos
Outros
Principais mercados emissores (%)
nacionais
estrangeiros
Turistas
Permanência média em todos os meios de hospedagem (dias)
nacionais
estrangeiros
MÉDIA
Fonte: Elaboração própria com base nos dados da Santur (1993-1999) -(dados coletados nos meses de janeiro e fevereiro)
Quanto aos turistas que procuram Florianópolis, os dados da Tabela 3 indicam que,
nos anos 90, os principais pólos emissores foram os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo
e Paraná. Com respeito aos turistas estrangeiros, pode-se observar que os argentinos
formavam o maior contingente de visitantes, permanecendo na cidade cerca de doze a treze
dias, caracterizando um tempo médio de permanência relativamente alto em comparação com
os turistas nacionais, que ficavam em torno de dez dias.
Em 2002, pode-se notar, de acordo com a Tabela 4, uma significativa redução dos
turistas provenientes da Argentina em decorrência da crise econômica ocorrida naquele
período, mas a partir de 2004 há sinais de recuperação que ficam evidentes a partir de 2005
com o aumento do fluxo de turistas para o Brasil, em particular para Florianópolis. Ao longo
dos anos de 2000 a 2006, pode-se verificar uma intensificação do fluxo de turistas nacionais
principalmente dos estados vizinhos, Rio Grande do Sul e Paraná.
14
Tabela 4: Caracterização da demanda turística de Florianópolis 2000 – 2006 Demanda turística 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Taxa de ocupação da rede hoteleira (%)
88,20 80,40 53,53 52,28 73,81 72,46 66,75
9,72 9,24 10,35 11,18 8,98 11,06 9,13
11,60 11,81 13,43 13,10 11,53 12,99 12,76
10,35 10,32 10,97 11,64 9,37 11,45 9,75
Permanência média em hotéis (dias) 7,00 7,00 6,82 7,45 6,47 7,34 5,59
RS 37,08 35,37 38,86 40,96 34,97 42,71 37,72
SP 21,03 20,05 20,79 19,31 24,45 14,82 14,24
PR 17,83 18,78 16,51 13,17 18,44 11,76 12,99
SC 9,27 12,56 11,09 7,70 4,51 13,76 22,69
RJ 4,63 3,46 4,28 5,92 5,31 5,88 4,54
Argentina 86,34 87,38 68,60 70,38 72,12 76,99 63,64
Uruguai 7,01 6,78 19,45 8,71 6,06 7,96 8,33
Paraguai 0,88 4,26 6,83 8,01 5,45 3,54 6,06
Chile 2,80 1,37 1,37 4,88 4,85 3,10 15,91
94,27 97,87 96,28 91,25 94,27 92,37 83,58
5,76 2,13 3,72 8,75 5,73 7,66 16,42
81,91 85,12 75,83 71,60 73,96 73,52 70,17
3,62 3,25 2,18 6,14 3,87 5,39 2,81
0,23 0,13 0,38 0,22 0,37 0,91 0,87
1,13 0,38 0,90 3,03 2,23 2,58 5,13
13,11 11,18 20,71 19,01 19,57 17,60 18,02
Manifestações populares
Eventos
Outros
Turismo
Negócios
Atrativos naturais
Atrativos históricos culturais
MÉDIA
nacionais
estrangeiros
Turistas
nacionais
estrangeirosPermanência média em todos os
meios de hospedagem (dias)
Principais mercados emissores (%)
Motivo da viagem (%)
Principais atrativos turisticos (%)
Fonte: Elaboração própria com base nos dados da Santur (2000-2006) -(dados coletados nos meses de janeiro e fevereiro)
Os dados mostram uma relativa estabilidade na taxa de ocupação da rede hoteleira, no
decorrer da década de 90 girava em torno de 68,5% para 69,6% nos anos 2000. A média de
permanência em hotéis, em número de dias, também não apresentou grandes variações, tanto
nos anos 90 quanto em 2000, os turistas ficavam em média uma semana no local.
A elevada permanência média em todos os meios de hospedagem, em dias, nesse
período indica que houve uma maior procura por alternativas de hospedagem, como casas ou
apartamentos para alugar, pousadas e principalmente casa de amigos e parentes (Tabela 5).
Em Florianópolis, a intensa procura por imóveis localizados próximos as praias, na
alta temporada, estimula a realização de investimentos na área de hospedagem como a
construção de segundas residências que funcionam temporariamente como alojamentos
turísticos. O aluguel de imóveis particulares representa uma importante fonte complementar
de renda à população, e hoje, esse tipo de alternativa de hospedagem compete com a rede
hoteleira local.
Como os dados das tabelas refletem o comportamento dos turistas nos meses de alta
temporada, verifica-se que, apesar das novas opções turísticas existentes em Florianópolis, a
principal razão de visitação são as praias distribuídas por todas as regiões da Ilha e a sua
diversidade de recursos naturais. Os dados da Santur não medem as novas possibilidades de
lazer que o local pode oferecer integrado à natureza, como trilhas ecológicas, esportes
radicais, dentre outros.
15
Tabela 5: Meios de hospedagem utilizados pelos turistas, nacionais e estrangeiros, em Florianópolis 1990-2006
Meios de hospedagem utilizados (%)
Demanda turística Hotel Pousada / Hospedaria/ Pensão
/ Albergues Casa própria
Casa de amigos
e parentes
Casa ou apto
de aluguel
Camping
1990 33,80 2,10 5,10 27,20 11,40 20,30 1991 34,30 2,60 8,30 23,80 26,90 4,10 1992 36,20 1,50 3,40 22,70 29,40 6,70 1993 28,10 4,00 5,50 19,70 36,40 6,20 1994 23,80 2,60 4,90 13,90 50,50 4,90 1995 17,00 9,00 3,80 28,10 37,20 3,80 1996 20,50 9,60 5,50 30,50 30,90 3,00 1997 24,40 10,30 3,30 23,80 35,90 2,30 1998 21,80 6,60 4,10 29,30 35,60 2,50 1999 21,50 9,20 6,70 23,30 36,10 3,20 Pousada Hosp/
Pensão Albergues
2000 21,07 6,91 0,65 1,65 5,14 26,86 34,83 2,89 2001 17,68 7,36 0,33 0,60 6,76 21,75 42,91 2,61 2002 18,14 8,75 0,91 0,77 8,33 31,31 29,27 2,52 2003 24,26 12,38 0,68 0,93 7,12 26,80 27,24 0,59 2004 18,03 11,93 1,20 0,86 7,81 29,79 27,55 2,83 2005 15,89 12,03 2,33 1,17 7,90 34,20 24,33 2,15 2006 22,21 11,94 2,18 1,16 10,91 30,42 19,00 2,18 Fonte: Elaboração própria com base nos dados da Santur (1990-2006) -(dados coletados nos meses de janeiro e fevereiro)
Durante a alta temporada, são poucos os turistas que viajam a negócios porque, em
geral, são os meses que coincidem com o período de férias. Quanto ao turismo cultural,
destaca-se que a má conservação dos museus, a escassez de bons espetáculos associada à falta
de divulgação e preservação dos fortes e fortalezas são fatores que podem prejudicar a
visitação aos atrativos histórico-culturais existentes no local.
Atualmente, o que se pode observar é que a atividade turística de lazer no local
começa a ceder espaço para o turismo de negócios e eventos. Com a ampliação de
equipamentos turísticos no local, como abertura de dois novos centros de convenções e a
crescente expansão da rede hoteleira, Florianópolis vem, cada vez mais, tornando-se uma
opção para a realização de eventos no Sul do país, pois é um dos poucos roteiros com
capacidade de integrar o turismo de lazer com o de negócios.
16
3. A CONFIGURAÇÃO DO APL DE TURISMO EM FLORIANÓPOLIS
Sob o enfoque de Arranjos Produtivos Locais, a análise da dinâmica econômica e
social local implica a identificação dos agentes e de suas interações em determinado território.
Considerando a atividade econômica de prestação de serviços turísticos com as características
antes observadas, é possível agrupar os diversos agentes segundo suas funções no arranjo,
compondo subsistemas no âmbito do sistema produtivo local. O desenho abaixo procura
esquematizar estes grupos de agentes e suas principais relações.
Figura 01: APL de Turismo em Florianópolis Fonte: Elaboração Própria.
Com base nestas funções e relações, identificam-se os principais componentes do
arranjo local de turismo em Florianópolis.
ATIVIDADE ECONÔMICA - SERVIÇOS DE TURISMO:
Alimentação, hospedagem, transportes, serviços complementares, fornecedores.
(A)
INFRA-ESTRUTURA FISICA, e (B)
EQUIPAMENTOS.
REGULAÇÃO e PROMOÇAO (C)
ATRATIVOS NATURAIS, CULTURAIS, HISTÓRICOS. (E)
ATIVIDADES TURÍSTICAS:
PACOTES, ROTEIROS. (E)
REPRESENTAÇÃO
E ASSOCIATIVISMO
(C)
PESQUISA, ENSINO E TREINAMENTO.
(D)
Demanda, Origem,
Permanência.
“Tipos” de Turismo
17
3.1 Os agentes econômicos
Consideraram-se neste grupo os agentes econômicos que exploram a atividade
turística segundo o tipo de serviço oferecido: a) Alimentação: restaurantes, bares e
lanchonetes; b) Hospedagem: hotéis, pousadas, campings, resorts, albergues; c) Transporte:
aéreo, marítimo e rodoviário; d) Serviços complementares: Agências de viagem, imobiliárias,
agências promotoras de eventos, locação de veículos, passeios marítimos; e e) Fornecedores
dos agentes prestadores de serviços turísticos.
A análise da dinâmica econômica nesta pesquisa privilegiou um conjunto de agentes
considerados centrais no funcionamento do APL, de maneira a incluir os principais em cada
um dos segmentos mencionados. No de hospedagem, foram pesquisados os hotéis e as
pousadas, no caso da alimentação, foram os restaurantes de frutos do mar, no caso dos
serviços complementares, as agências de viagem.
A amplitude dos serviços rodoviários, que possuem uma dinâmica própria bastante
independente da atividade turística, não foi objeto específico de pesquisa, bem como os
fornecedores dos agentes prestadores de serviços turísticos, frente ao seu tamanho e
diversidade, aliados à dificuldade de sua identificação.
3.1.1 Serviços de hospedagem
Com base em Censo realizado em 2004 pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes,
Bares e Similares de Florianópolis, foram encontrados: 174 hotéis, 225 pousadas, 13
campings, 46 albergues e 6 motéis oferecendo 10.4000 UHS e 28.500 leitos. A Tabela 6 a
seguir especifica os hotéis e pousadas por sua localização. No caso dos hotéis, a lista
fornecida relacionava 168 hotéis e 200 pousadas.
18
Tabela 6: Número de hotéis e pousadas por região em Florianópolis/SC Total de Hotéis Total de Pousadas
Estabelecimentos Unid. Habitacionais Estabelecimentos2 REGIÃO
Nº % Nº % Nº %
1. CENTRO 27 16,07 2.470 29,19 N.D. N.D. 2. NORTE 109 64,09 4.728 55,87 109 54,5
Canasvieiras 43 25,60 1.267 14,97 Ponta das Canas3 23 13,69 1.158 13,68
Ingleses4 35 20,83 1.916 22,64 Jurerê 8 4,76 387 4,57 3. SUL 5 2,98 190 2,25 65 32,5
4. LESTE 14 8,33 454 5,37 24 12 5. CONTINENTE 13 7,74 620 7,33 ND. N.D. Outras localidades 2 1
TOTAL 168 100,00 8.462 100,00 200 100,00 Não identificados 6 25
TOTAL 174 225 Fonte: SHRBS (2006). 3.1.2 Serviços de alimentação
O censo realizado pelo SHRBS para os serviços de alimentação indicava os seguintes
números: 523 restaurantes, 1.129 bares/lanchonetes, 47 casas noturnas, 24 drive-in e 55
cafeterias/sorveterias.. A tabela 7 especifica os restaurantes por sua localização levando em
conta apenas 208 que estavam localizados em área turística e que foram identificados como
especializados em frutos do mar e, portanto, relacionados à atividade gastronômica típica do
turismo do APL.
Tabela 7: Número de restaurantes especializados em frutos do mar por região em Florianópolis/SC
LOCALIZAÇÃO Nº de restaurantes (%)
Centro 19 9,14
Norte 90 43,27
Sul 22 10,57
Leste 70 33,65
Outras Localidades 7 3,36
TOTAL 208 100,00
Não identificados 315
TOTAL 523 Fonte: Elaboração própria com base em cadastros da SHRBS (2006). 2 Dentro da categoria pousada não se encontrou o número de unidades habitacionais, contudo, sabe-se que este tipo de estabelecimento detém de 0 a 40 unidades habitacionais. 3 Ponta das Canas engloba mais duas praias: Cachoeira do Bom Jesus e Praia Brava. 4 Dentro de Ingleses também estão incluídas as praias do Santinho e Rio Vermelho.
19
3.1.3 Serviços complementares: as agências prestadoras de serviços turísticos
Neste segmento foram considerados os agentes prestadores de importantes serviços
para a atividade turística, ou seja, que exercem funções de oferta do produto turístico, como
os pacotes, o agenciamento de passagem, ou ainda serviços receptivos que viabilizam ao
turista o acesso ao atrativo como operadoras de mergulho e de roteiros de aventura ou de
ecoturismo. Com base nos cadastros da Embratur com 171 estabelecimentos, foi possível
localizar um total de 77 agências divididas em categorias conforme a tabela que segue:
Tabela 8: Número de agências de viagem e turismo por categoria em Florianópolis/SC
CATEGORIA Nº DE AGÊNCIAS (%)
Geral 64 37,43 Aventura 2 1,17 Educativo 1 0,58
Ecoturismo 2 1,17 Intercâmbio 4 2,34
Operadoras de Mergulho 4 2,34
Outras Categorias 94 54,97
TOTAL 171 100,00 Fonte: Elaboração própria com base em cadastros da EMBRATUR (2006).
Portanto, excluindo-se os serviços de transportes, e os fornecedores da cadeia de
prestação de serviços turísticos, a pesquisa procurou concentrar-se no núcleo principal e nos
segmentos de empreendimentos mais formalizados dos serviços de hospedagem e
alimentação. No caso dos agentes que prestam serviços turísticos, a pesquisa incluiu as
agências de viagens e operadores de serviços turísticos receptivos no arranjo.
3.2 Infra-estrutura de acesso e comunicações
Foram considerados neste grupo os agentes responsáveis pela infra-estrutura física
que viabiliza ou potencializa a atividade turística, como os agentes que atuam como
implantadores e mantenedores de equipamentos que, sem serem necessariamente específicos
para esta atividade, tornam possível sua utilização, ou que potencializam a demanda por
serviços turísticos. Podem ser ordenados em dois grupos, segundo o tipo do equipamento: a)
gerenciadores da infra-estrutura viária: a malha viária urbana, rodovias de acesso, aeroportos,
20
portos, rodoviárias, marinas, e b) gerenciadores de infra-estrutura urbana, saneamento, energia
e comunicações.
INFRA-ESTRUTURA AGENTES Rodoviária Departamento de Estradas e Rodagens (SC 401, SC
402, SC 403, SC 404, SC 405 e SC 406) Departamento Nacional de Infra-Estrutura de
Transportes (BR 101) Secretaria Municipal dos Transportes e Terminais
(Transporte Coletivo) Aérea Aeroporto Hercílio Luz
Urbana, Saneamento e Energia IPUF – Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis
CASAN – Companhia Catarinense de Águas e Saneamento de Santa Catarina
CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina SCGÁS – Companhia de Gás de Santa Catarina
Quadro 01: Agentes de Infra-Estrutura Física do APL de Florianópolis - 2006 Fonte: Adaptado de PMF (2006)
Com relação à infra-estrutura rodoviária, destaca-se a duplicação do eixo norte e sul
da BR 101 que favoreceu uma maior integração da Ilha de Santa Catarina aos principais pólos
emissores de turistas (Rio Grande do Sul, Paraná, Argentina, dentre outros). Os dados revelam
a importância do investimento na malha rodoviária, pois mostram que o automóvel é ainda o
meio de transporte mais utilizado.
Tabela 9: Meios de transporte utilizados em Florianópolis/SC - 2006
MEIOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS (%) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Avião 23,71 20,40 11,08 17,37 11,99 11,89 16,46 Ônibus 20,40 16,67 21,68 15,51 19,35 16,31 22,97
Automóveis 55,82 62,86 67,10 67,12 68,66 71,80 60,44 Outros 0,07 0,07 0,14 0,13
Fonte: SANTUR (2006)
O crescente investimento público-privado no setor se reflete também nas obras de
ampliação e internacionalização do Aeroporto Hercílio Luz, importante canal de acesso de
turistas estrangeiros na Ilha. Além disso, a grande intervenção do estado, por meio de
investimentos no setor de turismo, vem contribuindo para mudança de parte do desenho
organizacional da atividade turística em Florianópolis. Nessa esfera pública, tem-se a
melhoria das estruturas de transporte coletivo urbano, obras de pavimentação das rodovias
SC-401, SC-402 e SC-403, permitindo um melhor acesso aos balneários de Canasvieiras,
Jurerê, Ingleses, e a SC-404, ligando a SC-401 à Lagoa da Conceição; conclusão das obras
das rodovias SC-405 efetuando a ligação entre Aeroporto – Ribeirão da Ilha – Pântano do Sul
21
e a SC-406 e fazendo a interligação entre os balneários de Ingleses, Rio vermelho e Lagoa da
Conceição; conclusão das obras da via expressa sul que liga o centro à região Sul da Ilha.
Ademais, o IPUF, órgão responsável pelo planejamento dos espaços urbanos, de
trânsito e das áreas públicas de conveniência, vem desenvolvendo diversas ações para
melhoria, a saber: coordenação da implantação e manutenção da sinalização viária e os
estacionamentos rotativos, valorização e renovação de espaços como parques e praças como
os projetos Largo da Alfândega, Largo da Catedral e Passarela do Samba; a colocação de
placas indicativas de praias e parques e de identificação do patrimônio histórico distribuídas
pela cidade.
As melhorias nas áreas de saneamento e energia, por parte dos órgãos competentes,
podem ser observadas mediante ações de implantação de rede de saneamento básico nos
balneários e construção de sub-estações da rede de energia elétrica. Também a continuidade
da expansão da rede de distribuição de gás natural, em construção desde 2000, vem se
constituindo num componente importante da infra-estrutura de energia.
No que tange à infra-estrutura de comunicação, a cidade dispõe ainda de vários
meios. São três jornais, quatro emissoras de televisão, sete emissoras de rádio AM e sete
emissoras de rádio FM. Com relação à telefonia fixa, Florianópolis possui uma elevada
densidade de 0,57 terminais por habitante. Além disso, existem cinco empresas de telefonia
móvel que operam na cidade.
3.3 Os atrativos turísticos e os equipamentos
A diversidade étnica e natural, sua privilegiada localização geográfica e condições de
acesso aéreo e rodoviário vêm abrindo espaço para o desenvolvimento em Florianópolis de
diversas atividades econômicas ligadas ao turismo. O sistema turístico sustenta-se pela
presença no local de recursos naturais, culturais ou históricos, e nestas condições, se articula
em torno das características dos atrativos existentes no local e da forma como tais atrativos
são explorados economicamente. Por isso, o crescimento de investimentos em equipamentos
voltados especificamente para o setor turístico que contribuem para a minimização da
sazonalidade no local. O APL de turismo em Florianópolis distingue-se de forma resumida
considerando as seguintes características:
a) Atrativos naturais: destacam-se as inúmeras praias e a diversidade de paisagens
que viabilizam os eventos esportivos ligados à natureza como os esportes radicais (trilhas
ecológicas, trekking, mergulho e surf) e náuticos (vela, esportes a motor).
22
As praias de Florianópolis podem ser consideradas como um dos seus principais
atrativos devido a diversidade de formações, da fauna e flora. O destaque vai para as praias de
mar aberto como Joaquina e Campeche; praias de mar calmo como Canasvieiras, Jurerê
Internacional e Ingleses; praias de baia como Cacupé, Sambaqui; praias agrestes como
Solidão, Naufragados, Lagoinha; e praias que se destacam por sua gastronomia e cultura
açoriana como Ribeirão da Ilha, Santo Antônio de Lisboa e Lagoa da Conceição.
No município existem inúmeros locais de observação onde é possível ter uma vista
panorâmica de diversos pontos da cidade. O Morro da Cruz, localizado na parte central da
Ilha, apresenta uma vista de toda a região central da cidade e parte do continente. O lado leste
da cidade apresenta dois pontos de observação, um no morro da Lagoa da Conceição, onde é
possível avistar quase toda a Lagoa, as dunas da Joaquina, e o outro da Praia Mole, onde se
tem a melhor vista da Lagoa da Conceição. Além disso, o sul da Ilha conta com o mirante do
Morro das Pedras, localizado entre as praias de Armação e Pântano do Sul, e de onde se
observa todo o panorama da costa leste da Ilha de Santa Catarina e da Lagoa do Peri.
Existem quase 30 unidades de conservação no município – aproximadamente 42%
do território. Algumas delas possuem infra-estrutura turística e são abertas à visitação como o
Parque da Lagoa do Peri e o Horto Florestal próximo à UFSC. Além dessas, destaca-se a
Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, Parque Florestal do Rio Vermelho, Estação
Ecológica dos Carijós, Parques Municipais da Galheta e da Lagoinha do Leste, dentre outros.
Florianópolis possui também uma variação de dunas, algumas com pouca vegetação
que propiciam a prática de esportes como o Sand-Board (surf na areia). As principais dunas
da Ilha estão localizadas nas praias da Joaquina (leste), Lagoa da Conceição (leste) e
Campeche (leste), Pântano do Sul (sul), Lagoinha do leste (sul), Rio Vermelho (leste),
Ingleses (norte) e Jurerê (norte). Ademais a Ilha tem aproximadamente 30 trilhas em meio à
mata, algumas cachoeiras e locais onde é possível cavalgar nas dunas, praticar mergulho e
passeio de barcos nas pequenas ilhas da costa. Estes recursos naturais propiciam a prática do
Ecoturismo, que vem crescendo de forma acelerada.
b) Atrativos culturais e históricos: destaca-se, pela herança deixada pela colonização
açoriana, um patrimônio formado pelos fortes, fortalezas, museus, sítios arqueológicos,
igrejas, artesanato, gastronomia portuguesa e açoriana, além das edificações mais recentes que
constituem um importante espaço para a realização de feiras, exposições e shows.
No município estão localizadas cinco fortalezas construídas no século XVIII, e os
museus que contam a história da Ilha e são importantes pontos de visitação. Entre as praias de
Jurerê e Pontal, localiza-se o Forte São José da Ponta Grossa; na área central, sob a Ponte
23
Hercílio Luz, está o Forte Santana; no norte da Ilha, as Fortalezas de Santa Cruz, na Ilha de
Anhatomirim e de Santo Antônio, na Ilha de Ratones Grande; e, no sul na Ilha de Araçatuba,
defronte a Praia de Naufragados, a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição. Na parte central
da cidade, encontram-se os museus de maior destaque: Palácio Cruz e Souza, Museu de Arte
de Santa Catarina, Museu do Homem de Sambaqui, Museu Major Lara Ribas, Museu Victor
Meireles, além do Museu de Antropologia da UFSC e do Museu Etnológico do Ribeirão da
Ilha. Florianópolis apresenta ainda diversos locais com sítios pré-históricos (sambaquis,
dolmens, monolitos). Os principais são as inscrições rupestres na Ilha do Campeche e no
Costão do Santinho.
Em toda a Ilha pode-se encontrar manifestações folclóricas que se destacam através
de festas como a do Divino Espírito Santo e a cantoria dos Ternos-de-Reis, que são religiosas,
a do boi-de-mamão e pau-de-fita, que são danças de confraternização. Os incentivos à criação
e as formas de divulgação destas manifestações são feitos por meio da Fundação Franklin
Cascaes, órgão municipal de cultura do município.
As regiões leste e sul da Ilha destacam-se como os principais pontos do artesanato
açoriano, como as rendas de bilro, as peças de utensílios domésticos e os oleiros. A culinária
local deixa evidente a influência açoriana no cardápio, dando ênfase aos pratos à base de
peixes, ostras, lagostas, camarões e frutos do mar em geral. Florianópolis destaca-se ainda
pelo título de Capital Nacional da Ostra, promovendo, desde 1999, a Fenaostra - Festival
Nacional da Ostra e da Cultura Açoriana.
c) Equipamentos para eventos e comércio: A cidade possui vários equipamentos para
a realização de eventos culturais, técnico-científicos, desportivos, congressos e feiras. Tem-se
o Centro de Convenções de Florianópolis – Centrosul construído em 1998, o recém-
inaugurado Centro de Eventos da UFSC em 2004, o Centro Integrado de Cultura, onde
também se localiza o Teatro Ademir Rosa, e o Teatro Álvaro de Carvalho. Além disso, o
governo, junto com a iniciativa privada vem investindo tanto na oferta de equipamentos
turísticos artificiais como construção, ampliação e infra-estrutura dos meios de hospedagem,
gastronomia, shoppings centers, como também na revitalização de parques ecológicos e
construção de parques como o Sapiens Parque5 no norte da Ilha.
5 “O Sapiens é um Parque de Inovação pensado para promover e fortalecer os setores econômicos que já são a vocação de Florianópolis como o turístico, serviços e tecnologia, sem deixar de lado as questões prioritárias como o meio ambiente e o bem-estar da sociedade. A primeira ação desenvolvida na etapa inicial é a restauração do Casarão da Antiga Colônia Penal do norte da Ilha, edificação histórica e emblemática da região, para sediar o empreendimento.” Localizado em Canasvieiras, no norte da Ilha de Santa Catarina, vem sendo desenvolvido, desde 2002, pela fundação CERTI em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Santa Catarina – CODESC. (CERTI, 2003)
24
3.4 Estrutura institucional local
A estrutura institucional do APL de turismo de Florianópolis é formada por
associações de classe, sindicatos, universidades, escolas técnicas e centros de treinamento e
formação profissional. No Quadro 02, pode-se constatar os principais agentes públicos-
privados que configuram a estrutura institucional do arranjo. Tais agentes desenvolvem
funções de regulação e promoção, representação e associativo, e de ensino e treinamento de
recursos humanos.
Agentes Função Instituição
Alimentação
Associação Brasileira de Restaurantes e Estabelecimentos de Entretenimento Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis.
Agentes de viagens Associação Brasileira dos Agentes de Viagens e Turismo
Hospedagem
Representação e associativos Associação Brasileira da Indústria de Hotéis/SC
Federação dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Catarina. Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis. Florianópolis Convention & Visitours Bureau
Fomento Planejamento e promoção
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado de Organização do Lazer (SOL)/ Santa Catarina Turismo S/A (Santur). Secretaria Municipal de Turismo
Preservação Ambiental
Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis FLORAM - Fundação Municipal do Meio Ambiente IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis FATMA – Fundação do Meio Ambiente
Preservação do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional
Preservação e
regulação Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Fundação Franklin Cascaes
Faculdades Integradas Associação de Ensino de Santa Catarina Universidade do Sul de Santa Catarina Universidade do Vale do Itajaí Faculdade Estácio de Sá Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis Faculdade Decisão Escola Superior de Hotelaria
Conhecimento Ensino e treinamento
Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Santa Catarina
Quadro 02: Estrutura Institucional do APL de Turismo de Florianópolis/SC -2006 Fonte: Elaboração Própria.
Os agentes que cumprem a função de regulação de atividades afetam as condições de
utilização dos atrativos turísticos como controle e preservação do meio ambiente; de
promoção e coordenação pública da atividade, como órgãos dos governos federais, estaduais e
25
municipais específicos de turismo, definem políticas para a atividade; e de representação e
associativos dos diversos agentes integrantes da atividade turística. Tais funções são
diferenciadas entre si caracterizando grupos de agentes em um subsistema que engloba as
funções de mediação entre os atrativos turísticos e sua exploração econômica. Estas funções
são de natureza pública, mas nem sempre exercidas por agentes de governos. Há ainda o
grupo de agentes que exercem funções que afetam as condições de conhecimento para a
capacitação como os de pesquisa, ensino e treinamento dos recursos humanos.
3.4.1 Agentes de preservação e regulação
O município de Florianópolis tem parte de seu território localizado na Ilha de Santa
Catarina, situa-se em um espaço territorial que, além da diversidade natural, conta ainda com
um patrimônio histórico-cultural, herança de seus colonizadores açorianos.
No âmbito municipal, o processo da preservação do acervo patrimonial teve início
em 1974 com o SEPHAN6 (Serviço do patrimônio histórico, artístico e natural do município),
e a partir de 1979 transferiu-se para o IPUF (Instituto de Planejamento Urbano de
Florianópolis), onde a preservação passou a ser integrante do planejamento urbano municipal.
A trajetória de preservação associada ao planejamento urbano é marcada por dois momentos:
o primeiro em 1985, com a consolidação da legislação urbana realizada por meio do “Plano
Diretor dos Balneários7” preservando os núcleos do interior da Ilha, notadamente Ribeirão da
Ilha, Santo Antônio de Lisboa e Lagoa da Conceição; e o segundo, em 1997, com a
promulgação do “Plano Diretor do Distrito Sede” quando se consolidou a legislação urbana
do município e as áreas de preservação atingiram a região central.
As ações municipais vão além da proteção do patrimônio histórico e se estendem ao
meio ambiente, desde 1995, o município conta com a Fundação Municipal de Meio Ambiente
(Floram), órgão criado para fiscalizar, preservar e promover a efetiva aplicação da legislação
ambiental no local. Além dessas ações, a Floram vem desenvolvendo programas de educação
ambiental junto aos proprietários dos meios de hospedagem, restaurantes, resistentes e
visitantes de modo a criar uma conscientização de preservação ambiental e vem atuando ainda
na reestruturação dos parques municipais para visitação. Outras ações de preservação
direcionadas aos acervos histórico-culturais de maior expressão tiveram investimentos 6 Com a promulgação da Lei Municipal nº 1.202, que dispõe sobre a proteção de seu patrimônio instituindo o tombamento. 7 Nesta legislação, o acervo natural e paisagístico foi protegido através de Áreas de Preservação Permanente (APP) e áreas de transição, chamadas de Áreas de Preservação com Uso Limitado (APL), que ao todo significam a proteção de mais de sessenta por cento da área municipal.
26
públicos efetuados pela União, estado e município. Exemplo disso foi a restauração das
fortalezas Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Raton
Grande, dando um novo impulso à inclusão de Florianópolis no circuito turístico cultural. O
resgate do patrimônio público se estendeu ainda à área central de Florianópolis com a
revitalização do Mercado Público, Palácio Cruz e Souza, Praça XV de Novembro e do Teatro
Álvaro de Carvalho. Tais ações públicas de preservação e revitalização dos atrativos naturais
e histórico-culturais foram capitaneadas pela prefeitura municipal, por meio do órgão
competente IPUF, em parceria com os demais agentes públicos e privados do local.
Hoje, a ação municipal está voltada à revisão do Plano Diretor de Florianópolis (de
1997) e do Plano Diretor dos Balneários por distritos (de 1985) cujo objetivo está centrado na
definição de regras e padrões de ocupação urbana e no estabelecimento de normas de
preservação ambiental e do patrimônio histórico-cultural articulado ao planejamento urbano
local. Esforços estão sendo realizados por parte dos técnicos do IPUF, representantes da
Secretaria Municipal de Obras e da Floram na articulação de parceria com as universidades,
iniciativa privada e entidades de classe na sistematização de estratégias para desenvolver
projetos nas áreas de meio ambiente, infra-estrutura física, equipamentos urbanos e turísticos,
e na revitalização do patrimônio histórico-cultural.
3.4.2 Agentes de planejamento e promoção
O planejamento do turismo no estado de Santa Catarina é de responsabilidade da
Secretaria da Organização do Lazer (SOL), que, além da Santa Catarina Turismo S/A
(Santur), tem outras duas instituições vinculadas, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e
a Fundação Catarinense do Desporto (Fesporte). No âmbito estadual, o destino Florianópolis
constitui-se numa área prioritária dentro do “Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo
Sustentável (PDITS) 8” cujo objetivo é o desenvolvimento sustentável do turismo no Litoral
Catarinense, com vistas ao Programa de Desenvolvimento do Turismo no Sul do Brasil
(Prodetur-Sul9). Este programa contempla a implantação de inúmeras obras e ações em todo o
8 É um instrumento do processo de planejamento e gestão do desenvolvimento do turismo apresentando propostas em consonância com as diretrizes de planejamento adotadas pelo Ministério do Turismo (MTur), Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 9 No início da década de 90, a Organização dos Estados Americanos (OEA), em cooperação com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), além do Instituto Brasileiro de Turismo, deram início à implantação do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Sul do Brasil. O PRODETUR-SUL tem como premissa básica a integração dos estados beneficiários pelo Programa – Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa
27
território catarinense e, de modo particular, investimentos significativos para Florianópolis.
Na Ilha de Santa Catarina, as ações estruturais previstas para o desenvolvimento sustentado da
atividade turística prevêem investimentos para a ampliação das instalações e do acesso ao
Aeroporto Hercílio Luz; o acesso à Praia do Santinho; a construção de trapiches municipais:
nas baías norte, sul, Ribeirão da Ilha e Santo Antônio de Lisboa; alargamento da faixa de
areia: Baía Norte, Balneário de Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Ponta das Canas e
Ingleses; sistema de esgoto sanitário da Praia de Ponta das Canas; Sistema de abastecimento
de Água Costa Norte; Construção de Marina Central de recreio na Beira Mar Norte;
Valorização do Patrimônio Cultural do Núcleo Urbano Central, Ribeirão da Ilha e Santo
Antônio de Lisboa e a implantação de estrutura no Parque do Manguezal do Itacorubi
(Prodetur-SUL, 2000).
A Santa Catarina Turismo S/A (Santur) é o órgão responsável pela promoção,
divulgação e comercialização dos produtos turísticos catarinenses atuando na elaboração de
circuitos turísticos integrados, de acordo com a política estadual do lazer, definida pela
Secretaria de Estado da Organização do Lazer10. O Plano de Desenvolvimento Integrado do
Lazer (PDIL) tem por objetivo integrar as áreas de cultura, esporte e turismo às do lazer. O
foco principal da Santur é a divulgação dos atrativos e serviços turísticos disponíveis no
destino Santa Catarina e a sistematização de estratégias para a prospecção de equipamentos
turísticos e captação de eventos coletivos. A Santur tem realizado esforços no sentido de
ampliar a parceria com as instituições de ensino do local que atuam na área de turismo e
também junto à iniciativa privada buscando melhorar a qualidade dos serviços turísticos no
Estado. A Santur desenvolve estratégias de marketing e comercialização em parceria com o
Florianópolis Convention & Visitors Bureau auxiliando na captação de grandes eventos,
nacional e internacionalmente. As políticas voltadas a aumentar as vantagens competitivas são
elaboradas pela Santur por meio da promoção, divulgação e exploração das especificidades
que cada destino oferece, como: localização, atrativos naturais, etnias, cultura e gastronomia.
No âmbito da promoção e divulgação, de Florianópolis como destino turístico, o
poder público municipal transformou, no início dos anos 80, a Diretoria de Turismo em
Secretaria (Setur). Atualmente, a Setur está trabalhando na estruturação do setor de turismo e
na preparação do destino Florianópolis. Para tanto, as ações foram estruturadas em três áreas
Catarina e Rio Grande do Sul – por meio do estabelecimento de corredores regionais, que irão nortear a formatação de roteiros turísticos integrados. 10 Conforme a estratégia de descentralização administrativa do Governo do Estado, os 293 municípios catarinenses estão divididos em 29 Secretarias de Desenvolvimento Regional, que possuem, em suas estruturas, gerências representantes das Secretarias Estaduais.
28
prioritárias: infra-estrutura, capacitação e treinamento e divulgação. Na parte de infra-
estrutura, a Setur, articulada com o IPUF, Secretaria de Obras, Floram, vem desenvolvendo
ações direcionadas à melhoria dos acessos e revitalização dos balneários (Canasvieiras,
Ingleses, Joaquina, Lagoa da Conceição e Barra da Lagoa), saneamento e sinalização turística.
Com relação à capacitação dos agentes de turismo, a Setur criou um fórum de discussão que
conta com a participação das principais instituições de ensino e treinamento do local
promovendo ações referentes à profissionalização e qualificação dos serviços turísticos.
Quanto à promoção e divulgação do arranjo de turismo local, a Secretaria Municipal
vem fazendo um levantamento dos principais atrativos turísticos e o cadastramento dos vários
agentes que atuam na prestação de serviços turísticos no local. Estas ações têm por objetivo
definir estratégias de aproveitamento das potencialidades que o destino Florianópolis pode
oferecer o ano todo, dentre os quais podem-se citar as festas populares (Fenaostra) e os
eventos esportivos (náutico, automobilístico, aventura, ecoturismo, etc).
No que tange à promoção de destinos turísticos catarinenses, o Sebrae-SC, unidade
de Florianópolis, em parceria com o Convention & Visitours Bureau do município vem
promovendo a divulgação de dezoito roteiros turísticos que integram a região da Grande
Florianópolis. Dentre esses roteiros, destaca-se Florianópolis por seus atrativos naturais e
histórico-culturais, gastronomia e pelas diversas opções de ambientes propícios aos esportes
de aventura. A parceria entre o Sebrae-SC e o Florianópolis C&VB se estende ao conjunto de
prestadores de serviços existente no local, ao setor hoteleiro, aos agentes de viagem, à
associação de bares e restaurantes e às operadoras de turismo, todos com a fianlidade de
promover o destino Florianópolis na baixa temporada. As ações do Sebrae-SC voltadas à
estruturação dos roteiros turísticos visaram realizar o levantamento do patrimônio histórico-
cultural, a unificação do calendário de festas, integração entre os municípios e, sobretudo, a
capacitação profissional dos agentes prestadores de serviços turísticos.
3.4.3 Agentes de representação e associativos
A concentração de agentes de turismo representando os mais diversos segmentos da
atividade econômica foi particularmente importante no desenvolvimento da estrutura de
representação local, o qual abrange um conjunto de organizações, de natureza privada sem
fins lucrativos, tendo em vista o apoio e promoção dos agentes de turismo.
A trajetória de formação dessa estrutura institucional pode ser dividida em dois
momentos: o primeiro nos anos 60 e 70 com o surgimento das instituições na área de
29
hospedagem: a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-SC, 1965) e o Sindicato
de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Florianópolis (SHRBS, 1978); e o segundo no
final dos anos 90, período no qual a função de representação apresentará uma maior
especificidade em relação ao setor de turismo com a criação de instituições voltadas à área de
eventos, a Associação Brasileira de Empresa de Eventos (ABEOC-SC, 1998) e Florianópolis
Convention & Visitours Bureau (C&VB, 1999).
Destaca-se, na década de 90, o surgimento de uma instituição específica ao setor de
gastronomia, a Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de Entretenimento
(ABRASEL) que, apesar de existir no âmbito nacional desde meados da década de 80, em
Florianópolis iniciou as atividades somente no ano de 1995. A ABRASEL conta com cerca de
150 associados na Grande Florianópolis atuando na representação do setor gastronômico e de
entretenimento. Dentre as diversas ações direcionadas à promoção do setor gastronômico,
tem-se o “Guia Gastronômico” com a divulgação de seus associados e os eventos de
gastronomia realizados no local. Este guia indica ao turista a localização, a capacidade de
atendimento e o tipo de serviço oferecido pelos associados. Disponibiliza cursos de
aperfeiçoamento regulares voltados à área de gastronomia, como segurança alimentar, preparo
de cardápios, conhecimento dos vinhos, dentre outros. Atua como importante fonte de
informação para o setor gastronômico por meio da divulgação da “Revista de Bares e
Restaurantes”, colocando seus associados em contato com os principais fornecedores desse
setor. Desenvolve ações em parceria com os demais agentes que atuam nos segmentos do
setor de turismo local visando promover e divulgar Florianópolis como importante destino
turístico no âmbito regional, nacional e internacional.
Dentre os agentes associativos responsáveis por representar o segmento de
hospedagem, dsalienta-se a ABIH-SC com aproximadamente 300 associados em todo o
Estado e em Florianópolis são cerca de 80 entre hotéis e pousadas. Atua na representatividade
do setor hoteleiro junto aos órgãos federais, estaduais e municipais. Promove eventos
direcionados ao aperfeiçoamento técnico profissional para o segmento de hospedagem como o
Encontro Catarinense de Hoteleiros. Dentre os eventos realizados, tem-se a iniciativa da
ABIH-SC e da ABAV-SC em promover o Encontro Catarinense de Turismo em parceria com
os agentes organizadores, o Florianópolis C&VB e a ABEOC-SC, e a participação da
SANTUR no apoio à promoção do evento. Esse encontro de turismo conta ainda com três
eventos paralelos, mostra gastronômica, feira de produtos para hotel (Exprotel) e feira de
turismo direcionada aos agentes de viagens da região. Promove ações de integração, troca de
experiências e divulgações de trabalhos científicos na área de hotelaria por meio da realização
30
de um seminário de turismo e hotelaria que ocorre de forma integrada ao Encontro
Catarinense de Hoteleiros. A ABIH-SC, em parceria com os outros agentes de turismo que
compõem o trade turístico local, ABAV-SC, ABRASEL-SC, SHRBS-SC, ABEOC-SC,
Florianópolis C&VB, Sebrae-SC, vem realizando fóruns de discussão voltados ao
planejamento turístico buscando alternativas de exploração dos recursos disponíveis no local
de modo a ampliar o fluxo de turistas o ano todo. Todas as ações estão focadas no
desenvolvimento do turismo sustentável em Florianópolis, buscando estratégias de integrar o
turismo de lazer com o turismo de eventos e negócios. A ABAV-SC é uma entidade nacional
que tem como intuito defender os interesses dos agentes de viagens e fomentar a atividade
turística no território.
Com respeito aos agentes que atuam na representação e defesa dos pleitos dos setores
de hospedagem e gastronomia junto a instâncias federais, estaduais e municipais, destaca-se o
Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Florianópolis (SHRBS), filiado à
Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina e à
Confederação Nacional de Turismo, tendo como objetivos básicos tratar dos interesses
patronais. Tanto a ABIH-SC quanto a ABRASEL-SC são associações civis, somente o
SHRBS pode representá-las perante o governo, desse modo, interage freqüentemente com
esses agentes. Hoje, o sindicato tem em torno de 1.200 associados, com sede em
Florianópolis, sua atuação é extensiva aos municípios de Águas Mornas, Biguaçu, Garopaba,
Governador Celso Ramos, Palhoça, Paulo Lopes, Santo Amaro da Imperatriz e São José.
Contudo, o sindicato, visando superar as deficiências de mão-de-obra especializada no setor,
vem realizando diversos programas de qualificação profissional, alguns em parceria com o
SENAC, ofertando cursos na área de alimentos e bebidas. O SHRBS atua na divulgação do
destino Florianópolis mediante a elaboração de um guia dos serviços turísticos locais.
Em Florianópolis, a estrutura para eventos é relativamente recente, se desenvolveu, a
partir dos anos 90, para organizar e estruturar os agentes que atuam no segmento de turismo
de eventos e negócios. A ABEOC-SC, entidade civil, sem fins lucrativos, que representa os
interesses dos organizadores, promotores e prestadores de serviços para eventos, tem hoje
cerca de 24 associados, e seu objetivo é capacitar o setor e integrá-lo ao setor de turismo local.
A ABEOC-SC atua principalmente na captação de eventos, inclusive internacionais, para o
local. A área de abrangência da ABEOC-SC não se restringe a Florianópolis, tem associados
em Blumenau, Joinville e Balneário Camboriú, municípios esses que concentram um maior
número de eventos. Em sua grande maioria, os associados são empresas de pequeno porte,
com no máximo oito funcionários, e para atender os eventos, essas empresas atuam em
31
parceria de forma a integrar as competências, som, imagem, tradução simultânea, divulgação
e marketing, etc. As ações da ABEOC-SC estão voltadas à capacitação dos agentes de turismo
para qualificar a oferta de serviços e, sobretudo, melhorar as formas de divulgação da história,
cultura, artesanato e gastronomia do local. Quanto à divulgação de Florianópolis no circuito
de turismo nacional e até mesmo internacional, a ABEOC-SC, junto às demais associações e
agentes de turismo, vem atuando na promoção da imagem do destino explorando as
especificidades do local (hospitalidade, segurança, atrativos histórico-culturais) e associando
o turismo de negócios com o lazer, onde os visitantes podem interagir com o local. Há uma
interação entre a associação, o setor empresarial e os órgãos de governo para planejar o
desenvolvimento turístico do local no longo prazo.
Na área de captação de eventos, outra entidade que se destaca é o Florianópolis
C&VB, uma associação privada sem fins lucrativos, representando um conjunto de empresas
dos mais diversos segmentos que compõem o setor turístico local. Além da captação de
eventos, atua na promoção do destino, hoje conta com cerca de 73 associados pertencentes
aos mais diversos segmentos, organizadores de eventos, empresas de consultoria, hotéis,
agências de viagens. Promove constante intercâmbio com empresários e associações de
classe, atua como um aglutinador dos agentes e, a partir do momento em que ele consegue
captar um evento, repassa aos seus associados que vão atuar na prestação de serviços no local.
O Florianópolis C&VB é um dos principais parceiros do Sebrae-SC na divulgação do destino
“Grande Florianópolis” e na promoção de roteiros integrados de turismo. O Florianópolis
C&VB representa o setor turístico catarinense em parceria com a SANTUR divulgando os
roteiros turísticos, nos vários eventos do calendário do trade turístico regional, nacional e
internacional.
3.5 Estrutura de conhecimento
A atividade econômica ligada ao turismo, em ascensão nos últimos tempos, vem
provocando importantes transformações na estrutura de conhecimento local. Tal estrutura tem
ampliado, especialmente a partir dos anos 90, a oferta de cursos de nível superior no local,
não só para aqueles de base de conhecimento comum, mas para outros específicos às áreas de
turismo. A exigência da oferta de serviços qualificados no setor de turismo tem levado os
empreendimentos locais a demandarem uma força de trabalho especializada nas mais diversas
atividades de turismo e hospitalidade. Esse crescimento do setor de turismo tem aberto novas
oportunidades no mercado de trabalho local, aquecendo a demanda por cursos de nível
superior ou de treinamento nessas áreas.
32
INSTITUIÇÃO SIGLA NOME
CURSO HABILITAÇÃO TITULAÇÃO LOCALIDADE
Administração Gestão de Eventos Bacharel Florianópolis
Administração Gestão Hoteleira Bacharel Florianópolis ESH/CESETH Escola Superior de Hotelaria
Tecnologia em Hotelaria Tecnólogo Florianópolis
FADEC Faculdade Decisão Administração Gestão de Emp. Turísticos Bacharel Florianópolis
Administração Gestão Hoteleira Hospitalar Bacharel Florianópolis
Tecnologia em Gastronomia Tecnólogo Florianópolis
Turismo Bacharel Florianópolis Hotelaria Bacharel Florianópolis
FASSESC
Faculdades Integradas
Associação de Ensino de Santa
Catarina
Gastronomia
Bacharel Florianópolis Tecnologia em Gastronomia Tecnólogo Florianópolis
Gastronomia Bacharel Florianópolis Gestão do Turismo Bacharel Florianópolis
UNISUL Universidade do
Sul de Santa Catarina Turismo
Hotelaria Bacharel Florianópolis
Guia de Turismo Técnico Florianópolis
Hotelaria Técnico Florianópolis Org. de Eventos Técnico Florianópolis
Camareira/ Governança
Capacitação/ Treinamento Florianópolis
Controladoria Hoteleira
Capacitação/ Treinamento Florianópolis
Hosstes Recepcionista de
Restaurantes
Capacitação/ Treinamento Florianópolis
Informações Turísticas
Capacitação/ Treinamento Florianópolis
Gastronomia Capacitação/ Treinamento Florianópolis
SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial
Turismo e Hospitalidade
Planejamento p/ Roteiros
Turísticos
Capacitação/ Treinamento Florianópolis
Administração Gestão Hoteleira Bacharel São José Tecnologia de
Eventos Tecnólogo São José
Tecnologia em Turismo
Receptivo Tecnólogo São José
IESGF Instituto de Ensino Superior da Grande
Florianópolis
Turismo Bacharel São José
FESSC Faculdade Estácio
de Sá de Santa Catarina
Turismo Bacharel São José
UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí
Turismo e Hotelaria Bacharel São José
Quadro 03: Estrutura de conhecimento do APL de turismo de Florianópolis/SC – 2006 Fonte: Pesquisa de Campo, 2006.
33
A estrutura de conhecimento local é formada por um conjunto de instituições de
ensino, público e privado, com escolas de 1º e 2º graus, universidades e escolas técnicas
profissionalizantes. A rede de ensino superior em Florianópolis é formada por quatro
instituições que oferecem dez cursos de graduação e três de tecnólogo, tanto na área de
administração com habilitação em hotelaria, eventos, gestão de empreendimentos turísticos,
quanto na área específica de turismo, hotelaria e gastronomia. Esse número de cursos
superiores aumenta se forem consideradas as três instituições localizadas em São José,
município integrante do núcleo Grande Florianópolis, são mais quatro cursos de graduação e
dois de tecnólogo. O Quadro 03 apresenta as principais instituições que compõem a estrutura
de conhecimento do arranjo produtivo local.
No tocante aos agentes que atuam na capacitação e treinamento nas áreas de turismo
e hospitalidade, destaca-se, desde os anos 80, o SENAC-SC unidade de Florianópolis, o qual
vem ofertando cursos profissionalizantes nas mais variadas áreas do turismo, desde os mais
operacionais como garçons, camareiras, culinária, informações turísticas, até outros mais
recentemente direcionados ao gerenciamento dos empreendimentos, planejamento de roteiros
turísticos e organização de eventos. O SHBRS-SC, atuando em parceira com o SENAC-SC,
também oferece cursos de curta duração para as funções de garçom, manipulação de
alimentos, drinks e coquetéis, recepção, dentre outros.
A importância dessa estrutura educacional local na capacitação dos recursos
humanos vem se refletindo por meio da ampliação da oferta de estágios com finalidade
educacional e do crescimento e diversificação dos cursos de treinamento e aperfeiçoamento
da força de trabalho oferecidos nos centros técnicos/profissionalizantes do arranjo local.
A estrutura de ensino e treinamento existente no local tem sido procurada atualmente
principalmente por outras instituições ligadas ao turismo para a troca de informações e do uso
das fontes de conhecimento. Essa tentativa em potencializar as interações com os agentes de
turismo no local vem no sentido de planejar o aproveitamento da capacidade turística ociosa
de Florianópolis na baixa temporada buscando alternativas para atrair visitantes o ano todo.
3.6 Uma visão geral do arranjo de turismo de Florianópolis
A estrutura de serviços turísticos locais que se desenvolveu desde os anos 70 com o
surgimento dos estabelecimentos hoteleiros e restaurantes nas áreas urbanas centrais cresce a
partir anos 80 com o aquecimento da demanda associada ao fluxo dos turistas nacionais e
34
internacionais. É o desenvolvimento dessa infra-estrutura de serviços que vai firmando o
turismo como uma importante atividade econômica local.
Na década de 90, essa estrutura se expande com a entrada das grandes cadeias
hoteleiras internacionais (accor e mercure), com a construção e operação do Centro de
Eventos e Convenções de Florianópolis e, mais recentemente, com o Centro de Convenções
da Universidade Federal de Santa Catarina e ainda com o desenvolvimento do segmento de
agências de viagens e de turismo e de inúmeros serviços turísticos.
A estrutura institucional se consolidou a partir das décadas de 60 e 70 no local com a
implantação dos órgãos municipais de preservação e regulação ambiental e histórico-cultural
e com as entidades representativas pertencentes ao segmento de hospedagem. Na segunda
metade da década de 80, estruturam-se os órgãos estaduais e municipais de promoção do
turismo catarinense e os centros de treinamento.
Nos anos 90, surgem as primeiras universidades ofertando cursos direcionados às
áreas de turismo, hotelaria e gastronomia ampliando a função de ensino e treinamento local.
Tal estrutura no final dos anos 90 é ampliada na função de representação com a criação das
entidades responsáveis pela captação de eventos no âmbito regional, nacional e internacional,
como a Associação Brasileira de Empresa de Eventos (ABEOC-SC) e o Florianópolis
Convention & Visitors Bureau (C&VB).
4. A DINÂMICA ECONÔMICA DA ATIVIDADE TURÍSTICA: ESPECIALIZAÇÃO
E COMPLEMENTARIDADE NO APL
Considerando a configuração do APL de turismo em Florianópolis identificada na
seção anterior, o objetivo desta seção é analisar a ação dos agentes no interior dos arranjos.
Para os agentes econômicos, procurou-se observar as principais características do
empreendimento, como tamanho, ativos e serviços oferecidos, e as relações comerciais que
estabelecem no âmbito do arranjo. A amostra definida segundo os critérios apresentados no
anexo A considerou os seguintes agentes econômicos:
35
Tabela 10: Amostra segundo o tipo e o tamanho de estabelecimentos em Florianópolis/SC -2006
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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
O critério para identificar o tamanho dos estabelecimentos é diferente conforme os
grupos de agentes. Para as agências de viagens e turismo, e para os restaurantes, o critério é o
número de empregados segundo a classificação do Sebrae.11 Em ambos os casos predominam
os micro e pequenos estabelecimentos. Quanto aos meios de hospedagem, o critério é a
unidade habitacional (UH) que representa o número de quartos. Neste caso, não há uma
segmentação de tamanho entre micro e pequeno estabelecimento, ambos são considerados
como pequenos se disporem de até 40 UH. Nos meios de hospedagem estão também incluídas
as pousadas e todas são de pequeno porte12.
A estrutura produtiva com sua configuração atual é relativamente recente. A Tabela
11 mostra que a maioria dos empreendimentos foi fundada na década de 90. O segmento de
hotéis e restaurantes é o que tem empreendimentos mais antigos. Mais da metade dos
restaurantes foi fundada até a década de 80, e somente 40% dos hotéis e pousadas são
anteriores a 1990. As agências de viagens e turismo representam o segmento mais recente,
pois 77% foram fundadas na década de 90.
É, portanto, a década de 90 que caracteriza a expansão e consolidação da densidade
atual da estrutura de serviços do arranjo local. A forma de expansão da rede hoteleira
significou também a entrada de capital externo e principalmente de capitais de outros estados
da federação. Esse fenômeno não se repete para os outros segmentos do arranjo.
Considerando os 9 hotéis da amostra que fazem parte de grupos econômicos, 6 deles foram
fundados a partir de 1991, quais sejam: um hotel da Blue Tree Hotels and Resorts do Brasil
(São Paulo), um hotel da Jurerê Beach Village ( Rio Grande do Sul), um hotel da Intercity
Solução em Hotelaria (São Paulo), e um hotel do grupo Costa Empreendimentos Hotelaria e
11 SEBRAE (2000) Até 09 empregados – micro, de 10 a 49 empregados – pequeno, de 50 a 99 empregados – médio, e acima de 99- grande. Quanto aos hotéis, a classificação é de DUARTE (1996): de 1 a 40 UH – pequeno, de 41 a 200 – médio, acima de 200 – grande. 12 Considerando a atividade em análise, optou-se por destacar a localização dos empreendimentos, mais que seu porte, pois é a localização que vai identificar as suas principais características, principalmente no caso dos hotéis e restaurantes.
36
Lazer – Mabu hotéis & resort (Paraná). Dentre esses hotéis, fundados nos anos 90, destaca-se
a rede francesa Accor que detêm, hoje, três hotéis na cidade, sendo dois localizados no centro
(Íbis e Mercure antiga rede Parthenon) e um nas proximidades da SC 404, rodovia que liga o
centro à Lagoa da Conceição (Mercure).
Entre os hotéis estabelecidos nas praias, a partir dos anos 90, tem-se dois hotéis de
grande porte que contam com uma grande área física e de infra-estrutura turística. O primeiro
e mais antigo fundado, em 1991, o Costão do Santinho Resort, possui uma estrutura formada
por seis restaurantes de diferentes especialidades e três bares, além de piscinas, campo de
golf, quadras de tênis, salas para eventos, pista de patinação no gelo, lojas, entre outros. O
segundo mais recente, inaugurado somente no ano 2000, o Jurerê Beach Village, que também
apresenta uma grande área física e de infra-estrutura com dois restaurantes e dois bares, além
de lojas, piscinas, centro de eventos, entre outros.
Tabela 11: Ano de fundação dos estabelecimentos prestadores de serviços turísticos em Florianópolis/SC -2006
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� % � �& 13 100,00 35 100,00 14 100,00 Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
Essa forma de expansão do segmento hoteleiro estimulou o desenvolvimento de
outros serviços de turismo no arranjo. Outra clara indicação da ampliação da
complementaridade das atividades econômicas no arranjo foi a grande expansão do segmento
de agência de viagem na década de 90. Tomando como referencia os três segmentos das
atividades econômicas pesquisadas, pode-se observar uma trajetória em direção à
complementaridade da estrutura econômica voltada para os serviços turísticos.
4.1 Especialização do arranjo e diversificação dos serviços de turismo
A Tabela 12 indica a especialização do arranjo no turismo de lazer, dado sobretudo
pela presença de estabelecimentos hoteleiros e pousadas concentradas em atender essa forma
de turismo. Também conforme apresentado na Tabela 6 (seção 3), aproximadamente 77% dos
37
hotéis estão localizados nas praias, da mesma forma que a maioria das pousadas. A presença
de agências operadoras e as de turismo receptivas e mistas, conforme observado nas
entrevistas, também aponta a presença de uma infra-estrutura de captação e operação no
interior do arranjo voltada para esse tipo de turismo.
Tabela 12: Tipo de atividade (natureza) dos estabelecimentos em Florianópolis/SC - 2006
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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
Mas ao lado dessa especialização no turismo de lazer, pode-se perceber claramente o
desenvolvimento de serviços que são direcionados para o turismo de eventos. As
características das instalações e dos equipamentos dos meios de hospedagem indicam que
esse segmento não só é capaz de atender o turismo de lazer, assim como está apto a atender o
turismo de eventos. Como se observa na Tabela 13 a maioria dos meios de hospedagem
possuem equipamentos e as instalações permitem essa diversificação de serviços. Os hotéis de
maior porte localizados nas praias também dispõem de equipamentos para a realização de
eventos.
38
Tabela 13: Características das instalações/equipamentos dos meios de hospedagem em Florianópolis/SC -2006
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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
O censo do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares identificou 68
hotéis com infra-estrutura para a realização de eventos, 72% dos quais localizados nas praias,
corroborando essa constatação, conforme mostra a Tabela 14.
Tabela 14: Número de hotéis com nível para a realização de eventos em Florianópolis/SC
Hotéis com nível p/ turismo de eventos
Estabelecimentos Unid. Habitacionais REGIÃO
Nº % Nº %
1. CENTRO 19 27,94 2.104 34,61
2. NORTE 39 57,35 3.249 53,44
Canasvieiras 10 14,71 551 9,06
Ponta das Canas13 13 19,12 875 14,39
Ingleses14 14 20,59 1.538 25,30
Jurerê 2 2,94 285 4,69
3. SUL 2 2,94 124 2,04 4. LESTE 4 5,88 248 4,08
5. CONTINENTE 4 5,88 355 5,83
TOTAL 68 100,00 6.080 100,00
Fonte: Censo/SHRBS-SC, 2005
Portanto, a forma de diversificação das atividades no interior do arranjo está
ocorrendo tanto através de uma diversificação realizada pelos estabelecimentos hoteleiros já
13 Ponta das Canas engloba mais duas praias: Cachoeira do Bom Jesus e Praia Brava. 14 Dentro de Ingleses também estão incluídas as praias do Santinho e Rio Vermelho.
39
instalados, quanto pelos novos investimentos. Estes últimos principalmente localizados no
centro da cidade.
Esse movimento em direção ao desenvolvimento de outras especializações no
turismo do arranjo também pode ser verificado pelas características das instalações e
equipamentos dos restaurantes, pois 57% deles dispõem de área destinadas a eventos, como
pode ser visto na Tabela 15.
Tabela 15: Características das instalações/equipamentos dos restaurantes em Florianópolis/SC
Tipo de equipamento e serviços
Sim % Não % Não responderam % TOTAL %
Área destinada a eventos 8 57,14 5 35,71 1 7,14 14 100,00 Bar, Hall de recepção 12 85,71 1 7,14 1 7,14 14 100,00 Estacionamento 12 85,71 2 14,29 0 0,00 14 100,00 Sistemas de informatização 10 71,43 4 28,57 0 0,00 14 100,00 Outros (Citar) 0 0,00 0 0,00 14 100,00 14 100,00
Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
Os serviços oferecidos pelas agências de viagens e de turismo auxiliam na
compreensão da forma como se realiza este processo de criação de novas especializações no
turismo do arranjo, embora este segmento ainda tenha contribuído pouco para isso. Apenas
uma das agências entrevistadas declarou que oferece regularmente o serviço de organização
de eventos e 3 delas o fazem ocasionalmente, de acordo com a Tabela 16. O papel das
agências de viagens parece ser muito mais o de oferecer serviços complementares aos agentes
voltados para a organização de eventos, visto que 6 delas (4 ocasionalmente e 2
freqüentemente) vendem pacotes para eventos organizados por outras operadoras. Sua ação
principal se direciona para a venda de pacotes turísticos locais, ou locais e estaduais operados
pela própria agência. Apesar de várias delas não serem exclusivamente agências receptivas,
das 13 empresas pesquisadas, 6 oferecem freqüentemente pacotes turísticos locais, 4 pacotes
turísticos locais e estaduais. Portanto, a ênfase da ação das agências de turismo ainda parece
ser o turismo de lazer, oferecendo, entretanto, serviços que são complementares ao turismo de
eventos.
A atuação das agências de viagens e turismo tem um importante efeito interno
estimulando outros serviços no arranjo, uma vez que 8 delas oferecem ocasionalmente ou
freqüentemente serviços de reservas e vendas de alojamentos em meios de hospedagem local,
e no que se refere a serviços turísticos complementares, destacam-se os serviços de guia e de
intermediação na locação de imóveis. Outros serviços oferecidos com algum destaque são os
serviços de intérprete e de reserva e venda de ingressos para atrativos históricos.
40
Tabela 16: Principais serviços oferecidos pelas agências de turismo e viagem em Florianópolis/SC - 2006
Tipos de Serviço Nº de empresas que oferecem o serviço
ocasionalmente
Nº de empresas que oferecem o serviço
freqüentemente
Serviços de emissão e recepção turística Recepção e Traslado 1 9 Venda de pacotes turísticos operados pelo próprio empreendimento Roteiro apenas Local 3 6 Roteiro Local e Estadual 3 4 Roteiro Nacional 2 2 Roteiro Internacional 2 2
Venda de pacotes turísticos fornecidos por outras operadoras / agências Roteiro apenas Local 3 1 Roteiro Local e Estadual 4 0 Roteiro Nacional 2 3 Roteiro Internacional 3 2 Reserva e vendas de alojamento em meios de hospedagem Local 3 5 Estadual 3 3 Nacional / Internacional 3 3 Prestação de serviços complementares Guia 5 6 Intérprete 5 3 Locação de veículos 3 2 Tramitação de documentos (passaporte, visto) 3 3 Locação de imóveis 2 7 Operações de Câmbio 4 4
Reserva e venda de ingressos para atrativos históricos/culturais (entrada teatro, museu, shows, parques temáticos) 3 4
Eventos Serviço completo de organização de eventos no local 3 1 Venda de pacotes para eventos organizados por outras operadoras / agências especializadas Roteiro apenas Local 4 2 Roteiro Local e Estadual 4 2 Roteiro Nacional 4 0 Roteiro Internacional 0 1 Outros serviços 3 1
Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
Assim, esse movimento de diversificação para outros tipos de turismo parece ser um
elemento importante na trajetória recente do arranjo, provocando uma maior densidade da
estrutura produtiva e ampliando a complementaridade de serviços no interior do arranjo. A
diversificação é em direção ao turismo de eventos com possibilidade de se expandir do centro,
onde o impacto atual é maior, para hotéis localizados nas praias. As agências de viagens ainda
têm um papel mais reduzido neste processo e o efeito da sua atividade econômica é maior no
processo de criar as condições de demanda local para serviços complementares.
41
Cabe salientar que tal trajetória não substituiu a especialização principal do arranjo,
que é o turismo de lazer, mas sugere importante impacto sobre a complementaridade dos
serviços turísticos locais, conforme se analisa a seguir.
4.2 Complementaridade dos serviços no arranjo
Observando a complementaridade pela freqüência das relações que se estabelecem
no interior do arranjo a partir dos 3 segmentos de serviços apresentados, pode-se inferir o
importante impacto sobre a economia local. Uma primeira observação relevante é que a
maioria dos fornecedores está localizada no arranjo. Isso é mais evidente nos fornecedores de
insumos para a operação corrente dos hotéis e restaurantes. A maioria dos hotéis e
restaurantes declarou que se relaciona freqüentemente com seus fornecedores de insumos
localizados no arranjo. Por outro lado, é maior o número de hotéis do que de restaurantes que
se relaciona freqüentemente com seus fornecedores locais de equipamento (ver Tabelas 17 e
18).
Tabela 17: Relações comerciais freqüentes e rotineiras dos meios de hospedagem em Florianópolis/SC -2006
Local Estadual Nacional Internacional Fornecedor Nº de
empresas % Nº de empresas % Nº de
empresas % Nº de empresas %
Fornecedores de equipamentos e insumos Máquinas e equipamentos 3 8,57 1 2,86 2 5,71 0 0,00 Utensílios domésticos, cama, mesa e banho 3 8,57 4 11,43 2 5,71 0 0,00 Alimentos in natura 28 80,00 1 2,86 0 0,00 0 0,00 Alimentos pré-elaborados 22 62,86 3 8,57 2 5,71 0 0,00 Alimentos – outros insumos 21 60,00 2 5,71 1 2,86 0 0,00 Bebidas 23 65,71 1 2,86 1 2,86 0 0,00 Mobiliário e decoração 2 5,71 2 5,71 1 2,86 0 0,00 Fornecedores de serviços turísticos
Empresas fornecedoras de passagens aéreas 5 14,29 1 2,86 2 5,71 0 0,00
Empresas de passeios marítimos 15 42,86 1 2,86 0 0,00 0 0,00
Empresas de transportes rodoviários de passageiros 4 11,43 1 2,86 0 0,00 0 0,00
Empresas de transporte para traslados no município 23 65,71 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Hotéis e pousadas 10 28,57 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Operadoras de turismo 15 42,86 4 11,43 9 25,71 6 17,14 Organizadoras de eventos 11 31,43 4 11,43 6 17,14 2 5,71 Locadoras de veículos 19 54,29 0 0,00 1 2,86 1 2,86 Imobiliárias 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 Guias e intérpretes 1 2,86 0 0,00 0 0,00 0 0,00
Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
42
Sob o ponto de vista das relações com os fornecedores de serviços turísticos, que
revelam os impactos das ações destes estabelecimentos mais estritamente sobre as atividades
do arranjo, a intensidade das relações dos hotéis com os fornecedores locais deste serviço é
bem maior que a dos restaurantes. No caso dos hotéis, 65% declararam que mantêm relações
freqüentes e rotineiras com empresas de traslado no município e 52% deles com locadoras de
veículos localizadas no município. Isso sugere um forte impacto sobre os serviços de
transporte local. Também 43% dos hotéis mantêm relações com operadoras de turismo e
empresas de passeios marítimos, e 31% deles mantêm relações com as organizadoras de
eventos. No caso dos restaurantes, somente 29% declararam manter relações freqüentes e
rotineiras com operadoras de turismo e os hotéis e pousadas (ver Tabelas 18 e 19).
Tabela 18: Relações comerciais freqüentes e rotineiras dos restaurantes em Florianópolis/SC & � ��� $ ���� �� � ���� ��� +��������� ���
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� � ��" �� ��� �� ���� �� " � �� ����� �� ����� �� ����� �� �����Fonte: Pesquisa de Campo, 2006.
Esse padrão de relações é semelhante para o segmento de agentes de viagens e de
turismo, pois 61% disseram manter relações freqüentes com empresas de passeios marítimos,
69% com locadoras de veículos, 61% com guias e intérpretes, 53% com empresas de traslado,
hotéis e pousadas. Foi menor o número de agências que destacaram manter relações com
43
operadoras de turismo e organizadoras de eventos, apenas 23% em relação a esta última (ver
Tabela 19).
Tabela 19: Relações comerciais freqüentes e rotineiras das agências de turismo e viagem em Florianópolis/SC - 2006
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� � ��" �� �=� �� ���� �� " � �� ����� � ������ �� ��� �� ���Fonte: Pesquisa de Campo, 2006.
Em resumo, a estrutura econômica de serviços turísticos é relativamente completa, e
os agentes econômicos estabelecem relações de natureza comercial com diversos outros
agentes produtivos locais, sugerindo a importância da atividade para a economia local como
um todo. Esta pesquisa não analisou as características e os tamanhos destes mercados
específicos dentro do arranjo, apenas sugere que eles têm uma forte dimensão local, dada a
densidade e amplitude da atividade de serviços turísticos.
5. INOVAÇÃO E APRENDIZAGEM
Para compreender os atuais desafios para o desenvolvimento do turismo em
Florianópolis, é necessário identificar as mudanças recentes nas condições de
competitividade, impostas pelas novas tecnologias de informação e comunicação. Além dos
efeitos destas novas tecnologias sobre as condições de organização das empresas, do processo
de trabalho, e das relações entre as empresas e demais organizações, os mercados turísticos
foram também alterados.
O turismo tradicional caracterizava-se por haver pouca interferência dos
consumidores na elaboração de roteiros e/ou pacotes e as empresas competiam principalmente
via preço e qualidade. A difusão das TICs permitiu novas condições de oferta possibilitando
às empresas ampliarem a autonomia na decisão do consumidor em relação à composição do
44
tipo de viagem que querem realizar e também quanto aos serviços oferecidos. No turismo, a
adoção de novas tecnologias levou a uma nova forma de comercialização (e-turismo) pelo uso
da Internet, que permite não só a divulgação (vitrine eletrônica), mas a interação em tempo
real com os consumidores (DECELLE, 2004; MILES, 2001; WEIEMAIR, 2004). Nestas
novas condições, as empresas competem também por preço, mas em especial pela
originalidade dos atrativos e serviços oferecidos. Também nos serviços turísticos a
customização e diferenciação de serviços tornaram-se importantes nas condições de
competitividade. Estas novas condições combinam a busca de novas atrações dadas pelas
condições naturais e culturais do território, como, por exemplo, o ecoturismo, trilhas, rios,
cavernas, festas, culinária, com as possibilidades de customização dos serviços oferecidos
pelas agências de turismo.
As tecnologias de informação e comunicação se difundiram amplamente e
provocaram mudanças significativas nos diversos setores da economia, tanto nos produtos
quanto na própria forma de organização dos processos produtivos e dos mercados. Nesse
novo contexto, o domínio destas tecnologias, no que se refere às aplicações específicas às
atividades de serviços, tem sido decisivo nos processos competitivos. A posse dos
equipamentos, o acesso à rede WEB e as competências para o uso desses instrumentos nos
processos de comercialização, como o e-commerce, são considerados as inovações recentes
neste tipo de atividade. (OCDE, 2006; COLLADO, 2005).
Considera-se neste trabalho a inovação no seu sentido amplo, ou seja, aquelas
mudanças de natureza incremental em produtos, processos e técnicas organizacionais que são
novas para a empresa que as introduz, mesmo que não sejam novas para o mercado em que a
empresa atua. As criações de capacitações para a introdução de inovações podem decorrer da
obtenção de informações de fontes externas ou internas às empresas. As relações com as
fontes externas e sua capacidade interna para a absorção dessas informações e para a criação
de competências caracterizam processos de aprendizagem nas empresas (ROSEMBERG,
1982; LUNDVALL, 2001; MALERBA, 1992). A análise das condições de competitividade
no APL implica, portanto, a compreensão das capacidades dos agentes introduzirem
inovações, identificando os seus tipos, as fontes de informações utilizadas para a introdução
de inovações e as formas de criação das competências para inovar, que caracterizam os
processos de aprendizagem, segundo as características específicas da atividade produtiva em
que atuam.
Conforme se observou na pesquisa de campo, grande parte das inovações se referem
ao domínio das tecnologias de informação e comunicação, que adquire diferente intensidade
45
em cada uma das atividades analisadas. A Tabela 20 mostra o número de empresas que
introduziram inovações no período entre 2003 e 2005. As agências de viagens e turismo
apresentam as mais altas taxas de inovação, seguidas pelos meios de hospedagem e pelos
restaurantes. Essa hierarquia na introdução de inovações é a mesma observada por outras
pesquisas como a realizada no setor de turismo na Espanha.15
No que diz respeito ao serviço, as inovações introduzidas envolveram, no caso das
agências de viagens, a capacidade de combinar as características dos atrativos locais
oferecendo novos roteiros e também a oferta de serviços novos como o check-in antecipado.
Nos hotéis, incluiu-se o oferecimento de novos serviços, voltados para atingir nichos
específicos de mercado, como a terceira idade, o público feminino, ou a venda combinada de
reservas de acomodação com locação de carro (pacote-drive). Alguns deles ampliaram a
oferta de serviços para a organização de eventos, ou criaram espaços para esportes e para
tratamentos estéticos e de saúde. Inclusive nas pousadas, que são estabelecimentos de menor
porte, a introdução de novos produtos foi observada pela criação de suítes temáticas, por
exemplo. Entre os restaurantes, ainda que alguns deles declarem ter efetuado variações no
cardápio, tais mudanças não foram consideradas como inovação incremental.
Tabela 20: Introdução de inovações em serviços, processos e organizacionais por segmento da atividade no APL de Turismo em Florianópolis/SC -2006
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A ênfase do esforço inovativo dos restaurantes foi de natureza organizacional e
reflete os resultados da realização pelo Sebrae-SC do “Plano de Alimentação Segura” que
estimulou a implantação de métodos e treinamento para manipulação adequada de alimentos.
Este esforço está também relacionado à qualificação de alguns restaurantes pela Associação
Brasileira de Restaurantes e Estabelecimentos de Entretenimento (ABRASEL) e pelo Guia 4
15 Pesquisa da CEET (COLLADO, 2005) mostrou a seguinte proporção de firmas que introduziram inovação no último ano: 44, 3% dos restaurantes, 51,8% dos hotéis e 61,6% das agências de viagens.
46
Rodas, que lhes conferiu um selo de qualidade. As inovações em processo se referem
principalmente às melhorias nos equipamentos.
Para este trabalho, foram consideradas como inovações em processos aquelas
mudanças que afetam a forma de realizar a atividade para prestar os serviços. Estes casos
envolvem de alguma maneira a relação com o cliente ou um melhoramento nos ativos e
equipamentos para processar o serviço. Diferente das inovações organizacionais que
modificam os controles sobre os diversos processos e normas da empresa.
As inovações organizacionais pelas agências de viagens e turismo foram, em todos
os casos, a introdução de software de controles administrativos. Os hotéis além da introdução
de software, realizaram também reestruturações organizacionais (Quadro 04).
A introdução de software e sites que permitem a interatividade com os clientes foi a
principal inovação de processos na maioria dos casos pesquisados entre as agências de
viagens e os hotéis. Além disso, os hotéis introduziram também programas de fidelização de
clientes.
INOVAÇÕES AGÊNCIAS DE VIAGENS MEIOS DE HOSPEDAGEM RESTAURANTES
Produto � Novos roteiros
� Check in antecipado � Novo curso de mergulho
� Novos serviços para nichos de mercado
(terceira idade, público feminino)
� Pacote drive � Introdução de
organização de eventos � Novos espaços para
atividades de lazer e saúde
Processo (mudanças na
forma de realizar atividade)
� Softwares e sites para interatividade com
clientes
� Softwares e sites para interatividade com
clientes � Programa de
fidelização
� Novas formas de pagamento com
cartão � Novos equipamentos
Organizacional (altera os controles
administrativos)
� Software para controle administrativo
� Software para controle administrativo
� Reestruturação organizacional
� Certificação (Iso 9001/14001)
� Manipulação de alimentos (PAS)
� Selo 4 Rodas/ABRASEL
Quadro 04: .Inovações realizadas pelos agentes econômicos do arranjo. Fonte: Pesquisa de Campo, 2006.
A Tabela 21 mostra a forma como as empresas pesquisadas realizam suas atividades
de inovação. A forma mais freqüente, como é característico deste setor de atividade, é pela
absorção de tecnologias desenvolvidas em outros setores. Nas empresas do arranjo, além da
47
aquisição de novos equipamentos, a compra de novos softwares também é uma atividade
considerada rotineira como forma de inovação, principalmente entre as empresas dos
segmentos de meios de hospedagem e os restaurantes. A segunda forma de realização desta
atividade é a introdução de novos processos pela implantação de programas de gestão de
qualidade ou de programas específicos para treinamento. Esses processos de aprendizagem
sobretudo pela interação com fornecedores de equipamentos fazem das fontes externas às
empresas a principal fonte de informação para os processos de aprendizagem. Os restaurantes
e as empresas dos meios de hospedagem atribuíram maior importância para fontes como
clientes, concorrentes e outros empreendimentos do setor e fornecedores de equipamento, ou
seja, aquelas com as quais as interações são motivadas pela rotina de operação das empresas,
confirmando, portanto, o padrão de learning by interacting como importante forma local de
criação de competências.
Tabela 21: Tipo de atividade inovativa realizada rotineiramente pelos empreendimentos turísticos de Florianópolis/SC no ano de 2005
Agência de turismo e viagem Meios de Hospedagem Restaurante
Descrição Rotineiramente % Rotineiramente % Rotineiramente %
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na sua empresa 0 0 0
Aquisição externa de P&D ND ND ND
Aquisição de máquinas e equipamentos que implicaram em significativas melhorias tecnológicas de produtos/processos ou que estão associados aos novos produtos/processos
3 23,08 16 45,71 5 35,71
Aquisição de outras tecnologias (softwares, licenças ou acordos de transferência de tecnologias tais como patentes, marcas, segredos industriais)
2 15,38 9 25,71 4 28,57
Realização de programas de capacitação para introduzir inovações 0 0,00 5 14,29 7 50,00
Implantação de programas de gestão da qualidade ou de modernização organizacional, tais como: qualidade total, reengenharia de processos administrativos, desverticalização do processo produtivo, métodos de just in time.
1 7,69 4 11,43 6 42,86
Realização de pesquisas de mercado ou esforço de desenvolvimento de novas formas de comercialização para introdução de produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados
ND ND ND
Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
Um segundo conjunto de fontes externas consideradas importantes são as feiras de
negócios, os cursos seminários e conferências, a pesquisa na rede WEB e as associações
empresariais locais. São as empresas dos meios de hospedagem as que atribuem importância
48
a fontes externas não relacionadas diretamente à produção como os institutos de pesquisa. Por
conseguinte, tanto a identificação das fontes de informação quanto as formas de realização de
atividades inovativas são características de processos de aprendizagem por interação. No caso
dos restaurantes e agências de viagens as fontes de informação são locais. São os meios de
hospedagem os que se relacionam mais com fontes localizadas externamente ao arranjo para
as atividades inovativas.
Tabela 22: Índice de importância atribuído as fontes de informações para a inovação pelos prestadores de serviços turístico de Florianópolis/SC -2006
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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006 (1) Índice = (0*Nº Nulas + 0,3*Nº Baixas + 0,6*Nº Médias + Nº Altas) / (Nº Total de Empresas)
49
6. AS RELAÇÕES DE COOPERAÇÃO, A AÇÃO DAS INSTITUIÇÕES E AS
CARACTERÍSTICAS DA COORDENAÇÃO LOCAL
Nessa seção, procura-se investigar, a partir das características da organização
territorial da produção, a natureza e a intensidade das relações que se estabelecem entre os
agentes no interior dessa estrutura. Busca-se ainda analisar qual a competência das
instituições em articular os agentes públicos-privados em torno de ações de natureza coletiva
e se há alguma coordenação extra-mercado das interações que se estabelecem no âmbito do
arranjo. Tais questões serão investigadas a partir das relações que se estabelecem e da atuação
institucional no local, considerando os seguintes aspectos: a) a presença de relações de
cooperação entre as empresas; b) a relação das empresas com as instituições; e c) as
características da governança local.
6.1 As relações de cooperação entre as empresas
A Tabela 23 mostra o número de empresas que declararam ter realizado alguma
atividade de cooperação. Considerando os graus médio e alto de freqüência com que tais
atividades são realizadas pelas empresas entrevistadas, observa-se que ocorrem
principalmente com os agentes da estrutura produtiva local. O número de empresas e a
freqüência com que se relacionaram cooperativamente com as universidades e agentes de
capacitação são bem reduzidos. Um pouco mais alto é o número de empresas que declararam
realizar atividades de cooperação com os órgãos de imprensa, com associações e sindicatos,
com os órgãos governamentais dos três níveis de governo e com o Sebrae.
Esses resultados sugerem, ainda que de forma restrita, a presença de relações entre os
agentes que se apóiam em alguma forma de colaboração entre eles e que podem servir de base
para estímulos que ampliem no local os laços de cooperação. A pesquisa investigou os
objetivos destas atividades de cooperação.
50
Tabela 23: Número de empresas do APL de Turismo em Florianópolis que realizaram atividades de cooperação, segundo o grau de freqüência da atividade declarada pela empresa, durante os três últimos anos, 2003 a 2005
Número de empresas que cooperaram e o grau de freqüência atribuído pela empresa
Empresas que não cooperaram ou não
responderam
Total de empresas Descrição
Baixa % Média % Alta % Nº % Nº % Agentes Produtivos Clientes 1 1,61 9 14,52 32 51,61 20 32,26 62 100,00 Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação 13 20,97 15 24,19 14 22,58 20 32,26 62 100,00
Fornecedores 3 4,84 11 17,74 14 22,58 34 54,84 62 100,00 Empresas de consultoria 4 6,45 9 14,52 1 1,61 48 77,42 62 100,00 Instituições de pesquisa e capacitação de RH Centros de capacitação profissional (Senai /Senac) 6 9,68 7 11,29 5 8,06 44 70,97 62 100,00
Instituição de Pesquisa 3 4,84 3 4,84 0 0,00 56 90,32 62 100,00 Faculdades, universidades 3 4,84 6 9,68 5 8,06 48 77,42 62 100,00 Outros Agentes Entidades culturais e de meio ambiente 5 8,06 4 6,45 5 8,06 48 77,42 62 100,00
Org. (ONGs) ligadas ao atrativo turístico/cultural 2 3,23 2 3,23 5 8,06 53 85,48 62 100,00
Entidades sindicais, (Assoc.o ou sindic. de trab. e patronal)
4 6,45 12 19,35 8 12,90 38 61,29 62 100,00
Órgãos de comunicação (TV, Rádio, jornal) 5 8,06 7 11,29 10 16,13 40 64,52 62 100,00
Órgãos de apoio e promoção (Sebrae) 5 8,06 7 11,29 4 6,45 46 74,19 62 100,00
Prefeitura Municipal (Setur, Floram) 7 11,29 6 9,68 4 6,45 45 72,58 62 100,00
Governo Estadual (Santur, Fatma) 6 9,68 9 14,52 3 4,84 44 70,97 62 100,00
Governo Federal (Embratur, Ibama) 4 6,45 9 14,52 3 4,84 46 74,19 62 100,00
Outras entidades ligadas ao poder público 2 3,23 1 1,61 3 4,84 56 90,32 62 100,00
Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
Com as informações obtidas nas entrevistas, o Quadro 05 apresenta os principais
objetivos das atividades de cooperação declarados pelas empresas, segundo o agente com o
qual a empresa cooperou.
No APL, as relações de cooperação das empresas entrevistadas com outros agentes
da estrutura produtiva ocorrem com relativa freqüência sobretudo com “clientes” e
“fornecedores” e têm por finalidade o desenvolvimento de novos produtos, processos e
serviços.
No caso dos empreendimentos de pequeno porte como as pousadas e restaurantes
típicos, criam-se espaços para a manutenção de vínculos interpessoais com clientes e
fornecedores. Esse tipo de relacionamento é favorecido pela proximidade entre eles,
51
estimulando a difusão de informações e a troca de experiências ao longo do tempo,
especialmente em ações que têm por finalidade a diversificação e a melhoria da qualidade dos
produtos/serviços turísticos.
Agentes Finalidade das atividades cooperativas declaradas pelas empresas
� Das empresas com os demais agentes produtivos Clientes � Desenvolvimento de produtos, processos e serviços
Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação
� Venda conjunta de produtos e serviços � Reivindicações conjuntas � Participação conjunta em feiras, eventos, etc.
Fornecedores � Compra de insumos e equipamentos � Desenvolvimento de produtos, processos e serviços
Empresas de consultoria � Desenvolvimento de produtos, processos e serviços � Capacitação de recursos humanos
� Das empresas com as instituições de pesquisa e capacitação de RH
Centros de capacitação profissional � Desenvolvimento de produtos, processos e serviços � Capacitação de recursos humanos � Ampliar e/ou manter as vantagens locais
Faculdades, universidades � Capacitação de recursos humanos � Das empresas com outros agentes institucionais Entidades de meio ambiente e culturais � Reivindicações conjuntas
Entidades sindicais/associativas
� Capacitação de recursos humanos � Reivindicações conjuntas � Ampliar e/ou manter as vantagens locais � Participação conjunta em feiras, eventos, etc
Órgãos de apoio e promoção � Capacitação de recursos humanos
Prefeitura municipal � Reivindicações conjuntas � Ampliar e/ou manter as vantagens locais � Participação conjunta em feiras, eventos, etc
Governo estadual � Reivindicações conjuntas � Participação conjunta em feiras, eventos, etc
Governo federal � Ampliar e/ou manter as vantagens locais � Participação conjunta em feiras, eventos, etc
Quadro 05: Objetivo da atividade de cooperação declarada pelas empresas segundo o agente com as quais cooperou Fonte: Pesquisa de Campo, 2006
Estas relações de cooperação com fornecedores e clientes parecem ser uma extensão
das relações comerciais que acontecem no arranjo devido à densidade da estrutura produtiva,
e sugerem que, em alguns casos, tais relações, além de meramente comerciais, se constituem
em canais de fluxos de informações para os processos de aprendizagem das empresas.
Já as relações de cooperação entre as empresas entrevistadas e seus concorrentes têm
por objetivo principal, conforme declarado, a realização conjunta de “venda de produtos e
serviços”. Além desse objetivo, outros como “reivindicações conjuntas” e “participação
conjunta em feiras e eventos” também foram observados. Essas ações coletivas realizadas
52
entre empreendimentos do mesmo ramo de atuação revelam um certo grau de associativismo
entre os agentes no interior do arranjo local.
A Tabela 24 mostra a avaliação que as empresas entrevistadas fazem do resultado
obtido com as relações de cooperação. É o segmento dos restaurantes que faz a avaliação mais
positiva. Para estes, as ações cooperativas tiveram maior impacto no âmbito interno às
empresas expressas na melhor capacitação de recursos humanos e melhorias nos processos
produtivos. Isso se explica pela crescente oferta no local dos cursos de treinamento na área de
gastronomia e pela ação do Sebrae no âmbito do seu Programa de Segurança Alimentar -
PAS. Destacam-se ainda como resultado das ações cooperativas pelas empresas de
alimentação a melhoria da relação com os fornecedores de serviços turísticos e as condições
de marketing e comercialização. Neste último caso, a inclusão dos restaurantes no Guia da
Abrasel e Guia 4 Rodas, ou seja, relações de cooperação no âmbito de associações, tem
importantes efeitos de marketing.
Tabela 24: Avaliação pelas empresas dos resultados obtidos com atividades de cooperação com agentes locais em Florianópolis/SC-2006
ÍNDICES (1) Descrição Agências de
Viagens e Turismo Meios de
Hospedagem Restaurantes
Melhoria na qualidade dos produtos/serviços 0,79 0,55 0,61 Desenvolvimento de novos produtos/serviços 0,79 0,40 0,50 Melhoria nos processos produtivos 0,76 0,52 0,69 Melhoria nas condições de marketing/ Comercialização 0,68 0,52 0,66
Melhor capacitação de recursos humanos 0,42 0,38 0,71 Melhoria na relação com fornecedores de serviços turísticos 0,30 0,47 0,66
Introdução de inovações organizacionais 0,22 0,32 0,57 Novas oportunidades de negócios 0,49 0,48 0,52 Promoção de nome/marca do empreendimento no mercado nacional 0,39 0,56 0,64
Maior inserção do empreendimento no mercado externo 0,17 0,32 0,42 Outras 0,00 0,00 0,00
Fonte: Pesquisa de Campo, 2006 (1) Índice = (0*Nº Nulas + 0,3*Nº Baixas + 0,6*Nº Médias + Nº Altas) / (Nº Total de Empresas)
De acordo com os agentes produtivos que atuam no segmento de agências de
viagens, as ações cooperativas tiveram maior impacto tanto no aprimoramento e
desenvolvimento de produtos/serviços, na melhoria dos processos produtivos e nas condições
de comercialização, quanto na capacitação de recursos humanos. Para os agentes produtivos
do segmento de hospedagem, as ações cooperativas realizadas entre empresas proporcionaram
53
a divulgação da empresa, a melhoria de produtos, processos produtivos e das condições de
marketing e comercialização.
Nesse contexto, verifica-se no APL ainda que de forma incipiente, a presença de
relações de natureza cooperativa entre os agentes da estrutura produtiva. Tanto a densidade da
estrutura caracterizada pela presença de fornecedores no local, quanto a existência de agentes
institucionais como o C&VB, que articula parte das atividades de eventos, são fatores que
estimulam essas relações de cooperação. E os objetivos de tais relações sugerem que, ao lado
da busca de benefícios individuais como a melhoria dos serviços, existe também um embrião
de ações coletivas na medida em que as reivindicações comuns e outras ações conjuntas entre
os agentes expressam um esforço cooperativo.
6.2 As relações de cooperação entre as empresas e as instituições
A estrutura institucional do APL de turismo de Florianópolis é bastante
diversificada, e formada por um conjunto de organizações público-privadas que realizam as
funções de representação e associativas; planejamento e promoção; e de preservação e
regulação do uso dos atrativos locais. Como analisado na seção anterior, conforme a Tabela
23, as relações de cooperação das empresas com as instituições não são freqüentes. Nesta
seção procura-se avançar na análise das relações das empresas com as instituições locais
Mesmo ocorrendo com pouca freqüência, as relações de cooperação entre os agentes
produtivos e os “outros agentes” da estrutura institucional refletem de forma geral a
efetividade no interior do arranjo das funções dessas instituições. Três objetivos têm motivado
a existência dessas relações de cooperação: reivindicação conjunta, ampliar e/ou manter as
vantagens locais e as participações conjuntas em feiras e eventos (ver Quadro 5).
A reivindicação conjunta é um objetivo que se expressa nas várias funções da
estrutura institucional, desde as voltadas para as questões do meio ambiente junto aos órgãos
públicos, como também as relativas à defesa dos diversos interesses através das associações e
sindicatos. Este objetivo revela-se mais fortemente nas relações de cooperação das empresas
entrevistadas com as entidades sindicais, associativas, prefeitura municipal e governo federal.
O objetivo de ampliar ou manter as vantagens competitivas locais também perpassa as
relações de cooperação dessas empresas com todo o tecido institucional. Em ambos os
objetivos está expressa a noção de que a ação coletiva tem sido uma forma de buscar
vantagens competitivas de natureza sistêmica, isto é, aquelas vantagens que não dependem
54
apenas do esforço individual de cada empresa. Essas relações revelam um certo grau de
capacidade associativa no âmbito do arranjo, já observado nesta análise pela densidade da
própria estrutura institucional local.
Deve-se enfatizar que, conforme observado nas entrevistas, as relações de
cooperação entre as empresas entrevistadas e os organismos de turismo municipais, estaduais
e federais são mais freqüentes as ações direcionadas à promoção do destino Florianópolis e à
divulgação das opções de turismo que o local pode oferecer. Por esse motivo, o objetivo
“participação conjunta em feiras e eventos” foi um dos mais destacados nas relações de
cooperação das empresas entrevistadas não só com os “outros agentes” da estrutura
institucional (os sindicais, os associativos, e os órgãos do governo federais, estaduais e
municipais) mas também com as outras empresas de serviços turísticos. E por meio da ação
conjunta em feiras e eventos que se realiza a promoção do destino Florianópolis, revelando,
com isto, uma importante forma de relação cooperativa.
Da lista de ações apresentadas às empresas para a avaliação da importância da
contribuição das instituições, os índices mais elevados de importância foram atribuídos a dois
conjuntos de ações (Tabela 25). O primeiro conjunto engloba ações que expressam por parte
das empresas o reconhecimento do papel de liderança das instituições no nível local, e
também as ações institucionais que refletem o esforço de planejamento para o arranjo, quais
sejam: o “auxílio na definição de objetivos comuns”, a “ação para ampliar as vantagens
locais” e o “estímulo à percepção de visão de futuro”.
O segundo conjunto refere-se às ações que expressam a competência das instituições
em representar os interesses do APL de turismo, como as de “apresentação de reivindicações
comuns” e “criação de fóruns e ambientes para discussão”. Também foram avaliadas, neste
mesmo nível de importância, as ações institucionais que criam condições internas para a
circulação de informações necessárias às atividades das empresas, como a “disponibilização
de informações sobre matérias-primas, equipamento”, “organização de eventos técnicos e
comerciais” e “criação de fóruns e ambientes para discussão.”
55
Tabela 25: Índice de importância atribuído pelos agentes econômicos quanto à contribuição das instituições locais - Arranjo de turismo de Florianópolis/SC 2006
ÍNDICES (1) Tipo de contribuição Agências de
Viagens e Turismo Meios de
Hospedagem Restaurantes
Auxílio na definição de objetivos comuns para o arranjo produtivo 0,39 0,47 0,53
Estímulo na percepção de visões de futuro para ação estratégica 0,38 0,47 0,49
Ação para ampliar as vantagens locais 0,34 0,47 0,59 Disponibilização de informações sobre matérias-primas, equipamento, assistência técnica, consultoria 0,24 0,49 0,49
Identificação de fontes e formas de financiamento 0,25 0,34 0,44
Promoção de ações cooperativas 0,25 0,30 0,44 Apresentação de reivindicações comuns 0,29 0,35 0,49 Criação de fóruns e ambientes para discussão 0,32 0,37 0,42 Promoção de ações dirigidas à capacitação tecnológica de empresas 0,29 0,33 0,42
Estímulo ao desenvolvimento do sistema de ensino e pesquisa local 0,25 0,30 0,35
Organização de eventos técnicos e comerciais 0,22 0,44 0,45 (1) Índice = (0*Nº Nulas + 0,3*Nº Baixas + 0,6*Nº Médias + Nº Altas) / (Nº Total de Empresas)
E a avaliação positiva deste último campo de ação é coerente com o observado nas
entrevistas com as associações de classe na medida em que suas ações são efetivas na
realização de eventos técnicos, sobretudo na área de gastronomia e hotelaria, como a mostra
gastronômica da Abrasel-SC e a feria de produtos para hotéis da ABIH-SC que integram o
Encontro Catarinense de Turismo.
Um terceiro conjunto de ações institucionais cuja contribuição é avaliada como de
menor importância para as empresas diz respeito a ações com objetivos mais específicos para
as empresas como “capacitação tecnológica”, “identificação de fontes de financiamento”,
“estímulos ao sistema de ensino e pesquisa” e “promoção de ações cooperativas”.
A pesquisa procurou também avaliar qual a participação das empresas em programas
governamentais.Quanto à participação das empresas em programas institucionais, os dados da
Tabela 26 indicam que, no segmento de agências de viagens e de meios de hospedagem, a
maior parte das empresas tem conhecimento, mas não participa de nenhum programa
institucional. Localmente, as ações de maior destaque são dos governos municipal e federal e
do Sebrae-SC unidade de Florianópolis.
56
Tabela 26: Participação das empresas em programas públicos realizados pelas instituições no local .
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Fonte: Pesquisa de Campo, 2006 A avaliação por parte dos agentes econômicos que atuam nos segmentos de
alimentação revela que 57,14% dos empresários locais têm conhecimento e participam das
ações desenvolvidas pelo Sebrae-SC. Um exemplo é o Programa de Alimentação Segura
(PAS) realizado em parceria com o Senai-SC, voltado ao treinamento dos agentes que
trabalham com a manipulação de alimentos. No caso dos agentes que atuam no segmento de
meios de hospedagem e agentes de viagens e turismo, somente 25,71% e 15,38% dos
empresários, respectivamente, têm conhecimento e participam das ações desenvolvidas pelo
Sebrae-SC. As informações declaradas pelas empresas do setor de agências de viagens e
turismo indicaram que 23,08% das empresas conhecem e participam de programas
institucionais de âmbito local promovidos pela Secretaria Municipal de Turismo. No caso do
segmento de meios de hospedagem, 31,43% e 25,71%, respectivamente, das empresas
entrevistadas disseram conhecer e participar de programas de caráter federal e estadual na
área de turismo.
Portanto, pode-se constatar, segundo as informações declaradas pelas empresas, que
é bastante reduzida a participação delas em programas ou ações de natureza institucional.
Ações desse tipo são mais expressivas para os segmentos de meios de hospedagem e
alimentação no que se refere aos programas de capacitação, qualificação e certificação dos
serviços na área de turismo realizados pelo governo federal, estadual e pelo Sebrae-SC.
57
6.3 As características da coordenação local
A noção de governança torna-se relevante para a compreensão dos mecanismos de
coordenação e negociação entre os agentes locais. A governança refere-se às diversas formas
pelas quais os indivíduos ou organizações gerenciam seus problemas possibilitando a
realização de ações cooperativas (CASSIOLATO e LASTRES, 2003). Para Humprey e
Schmitz (2000), a noção de governança tange à coordenação das atividades econômicas
através das relações não-mercado. Os autores sugerem três tipos de atividades de coordenação
extra-mercado, em adição às relações de mercado: redes, hierarquia e quase-hierarquia. As
redes são formadas entre firmas cujas relações de poder que ocorrem no seu interior são mais
ou menos iguais. A categoria hierarquia concerne às relações entre firmas em que uma está
claramente subordinada a outra, como no caso das relações de subcontratação. Ressaltam que
a governança das atividades econômicas pode ser tanto pública quanto privada e aindaocorrer
no nível local e global. A governança no nível local através de redes de instituições do setor
público e privado, além de abranger as agências governamentais, inclui também as
associações de empresas, centros de tecnologia e grupos de empresas líderes. Essa forma
híbrida de governança pública-privada que decorre de ações coletivas visa ao
desenvolvimento do conjunto de empresas locais, exercendo um papel importante na
competitividade local.
No âmbito do APL de turismo em Florianópolis, os resultados obtidos na pesquisa não
indicam a presença de uma coordenação local do tipo hierárquica. Os maiores
estabelecimentos do APL são os hotéis pertencentes a redes, localizados no centro da cidade,
os hotéis de porte médio localizados no centro e também nas praias do litoral norte, e o resort.
Estes agentes têm forte influência na dinâmica econômica turística do local devido às suas
relações com fornecedores de insumos, de equipamentos e de serviços turísticos. No entanto,
não exercem uma coordenação do tipo hierárquica no interior do arranjo no sentido de
articularem as atividades turísticas no âmbito local, ainda que possam coordenar suas próprias
redes de fornecedores. Neste segmento, a presença de um grande número de estabelecimentos
de menor porte, como as pousadas, e também de restaurantes cria fortes demandas para os
fornecedores de insumos de uso corrente, o que parece estimular muito mais as relações de
mercados do que a presença de redes de subcontratação para fornecimentos exclusivos. As
intensas e freqüentes relações com fornecedores, conforme a pesquisa apontou, parece
decorrer principalmente da natureza perecível dos insumos de uso corrente, como alimentos e
58
bebidas, por exemplo. A conseqüência destas relações são muito mais os laços de confiança e
de cooperação que daí resultam do que a existência de formas de coordenação hierárquica.
Diferente é o papel das agências de viagens no interior de arranjo quanto às
possibilidades de coordenação. Suas fortes interações com os agentes prestadores de serviços
turísticos e seus estímulos internos ao arranjo derivados das suas possibilidades de vender o
arranjo com destino turístico sugerem para este segmento um maior potencial de coordenação
local. Todavia, a reduzida presença de agências de viagens especializadas em turismo
receptivo local não indica, no caso do arranjo de Florianópolis, que estes agentes realizam
essa coordenação.
Neste segmento, um agente, como o C&VB local que exerce uma função associativa e
está voltado para a venda do destino turístico e atrações de eventos, realiza, ainda que
parcialmente, alguma forma de coordenação. Suas ações articulam diversos agentes
prestadores de serviço e têm importantes impactos sobre o fluxo de turistas para o local,
sugerindo a presença de uma coordenação em rede especifica.
Logo, as características territoriais da produção observada no APL de turismo em
Florianópolis não evidenciam a presença de uma coordenação hierárquica das atividades
turísticas, mas sugerem a formação de diversas redes decorrentes de relações verticais entre os
agentes no âmbito de relações de mercados, e a presença de um agente associativo com um
papel articulador de parte da atividade turística.
Considerando as ações de natureza coletiva, a presença de relações de cooperação
horizontal entre os agentes econômicos, ainda que relativamente fracas, relacionadas a
reivindicações conjuntas demonstram algum grau de associativismo. Este fato, aliado à
presença de agentes associativos na estrutura institucional do arranjo, sugere que os sindicatos
e associações exercem algum grau de coordenação, mas restrita ao âmbito dos diversos
segmentos da atividade turística. Também a avaliação relativamente mais positiva das
empresas quanto aos agentes institucionais referiu-se às ações institucionais como o auxílio na
definição de objetivos comuns, a ampliação das vantagens locais e os estímulos à percepção
de visões de futuro, sugerindo também algum grau de concordância quanto à liderança desses
agentes. O que pode estar refletindo a ação de coordenação destes agentes institucionais no
nível das atividades econômicas especificas.
Portanto, no interior do arranjo verificou-se que as relações de mercado, no contexto
de uma estrutura econômica que inclui inúmeros segmentos da atividade turística, permitem a
presença de redes de fornecedores, notadamente as lideradas pelos estabelecimentos
hoteleiros de maior porte e pelas agências de viagens. O estudo identificou a intensidade
59
dessas relações verticais, sem ter por objetivo especifico a delimitação das possíveis redes que
daí podem decorrer.
A estrutura institucional do arranjo também é bastante densa, com a presença de
instituições exercendo as diversas funções de representação, associação, preservação e
regulação. Iniciativas dessas instituições como a de reivindicação, estímulos à participação
dos agentes econômicos em feiras, e capacitação de recursos humanos, auxiliaram nas
condições de capacitação dos agentes econômicos. Algumas ações visaram explicitamente à
coordenação dos agentes econômicos como as de atração de eventos para o local, e também a
realização de fóruns que criaram espaços para a articulação entre os agentes. No entanto, são
relativamente fracas as relações de cooperação entre os agentes econômicos e as instituições.
O que se pode observar, no âmbito institucional local, é a existência de uma
coordenação segmentada nas suas diversas funções, com dificuldades de potencializar as
relações interempresariais que ficam restritas à estrutura produtiva, não estimulando, de forma
significativa, interações extra-mercados que poderiam resultar em ações com finalidades
cooperativas no interior do arranjo, ampliando o aproveitamento das externalidades oferecidas
pelo local.
7. VANTAGENS DE LOCALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE:
POTENCIALIDADES E RESTRIÇÕES À ATIVIDADE TURÍSTICA
O objetivo desta última seção é analisar as condições de competitividade local de
forma a identificar as potencialidades e fragilidades de desenvolvimento da atividade
econômica do turismo. Além de analisar as vantagens de localização destacadas pelos agentes
econômicos entrevistados na pesquisa de campo, considera-se também o conjunto de
informações obtidas nas entrevistas com as instituições.
7.1 As vantagens da localização das empresas no APL de turismo em Florianópolis e as
características sistêmicas de competitividade.
A pesquisa procurou identificar, para cada um dos segmentos econômicos, a
importância que as empresas atribuem às vantagens de sua localização no arranjo de turismo.
Considerando os fatores mais importantes, cujo índice variou de 0,59 até 0,77, a ordem de
importância por segmento foi a seguinte (Tabela 27).
60
Para o segmento de agência de viagem, a principal vantagem de localização no arranjo
é a “realização de eventos” no local, o segundo fator mais importante é a “preservação dos
atrativos turísticos pelos órgãos públicos”, o terceiro e quarto fatores mais relevantes são a
“qualidade da infra-estrutura física” e a “presença local de fornecedores de serviços
turísticos”. Quanto aos meios de hospedagem, o primeiro fator local é a “receptividade ao
turista pela população”, seguida pela “realização de eventos”, pela “presença local de
fornecedores de serviços turísticos” e “preservação dos atrativos”. Com relação aos
restaurantes, a ordem de importância atribuída é a seguinte: “realização de eventos”,
“preservação dos atrativos”, “receptividade ao turista”, junto com a “ação das associações
representativas” e a “proximidade com universidades” e, por último, a “presença no local de
fornecedores de serviços turísticos”.
Tabela 27: Índice de importância atribuído pelas empresas às vantagens de localização no APL de turismo em Florianópolis
ÍNDICES (1)
Vantagens Locais AGÊNCIAS DE VIAGENS E TURISMO
MEIOS DE HOSPEDAGEM RESTAURANTES
Disponibilidade de mão-de-obra qualificada na prestação de serviços turísticos
0,35 0,46 0,41
Nível educacional e adequada formação da mão-de-obra local
0,28 0,40 0,46
O baixo custo da mão-de-obra local 0,36 0,39 0,37 A presença no local de fornecedores de serviços turísticos
0,60 0,60 0,59
A adequada infra-estrutura hoteleira 0,59 0,61 0,54
Disponibilidade de serviços técnicos especializados para a administração do empreendimento (software, etc.)
0,47 0,37 0,17
A qualidade da infra-estrutura física (energia, transporte, comunicações)
0,62 0,50 0,56
A preservação dos atrativos turísticos pelos órgãos públicos 0,68 0,59 0,65
A receptividade ao turista pela população local 0,54 0,70 0,61
Existência de programas públicos de apoio e promoção ao turismo
0,27 0,42 0,49
A ação adequada das associações representativas 0,47 0,45 0,61
Proximidade com universidades e centros de pesquisa dedicados à área do turismo
0,48 0,51 0,61
A realização de eventos 0,71 0,68 0,77 A realização de ações públicas para atenuar a sazonalidade da atividade turística local
0,37 0,32 0,45
Outra 0,00 0,06 0,02 Pesquisa de campo, 2006
61
Destas respostas, pode-se perceber que as vantagens de localização no arranjo
correspondem, ainda que com uma hierarquia diferente entre eles, a um mesmo conjunto para
os diversos segmentos da atividade turística, indicando:
a) A importância das atividades de “realização de eventos”, que tem sido estimulada tanto
pelos órgãos públicos, como pelos associativos, é destacada por todos os segmentos, com
mais ênfase pelas agências e restaurantes, e demonstra que tal ação está tendo reflexos
importantes sobre o APL turismo de Florianópolis.
b) A densidade da estrutura produtiva local, que proporciona importantes complementaridades
locais, é amplamente reconhecida como vantagem local do APL de turismo em Florianópolis,
por todos os segmentos.
c) O destaque à preservação dos atrativos turísticos sugere a importância da ação pública na
conservação dos mesmos e na manutenção das condições de acesso, entre outros aspectos.
Mas deve-se salientar que a atribuição de importância a estes quesitos pode também estar
indicando que as dificuldades quanto ao meio ambiente destacadas em diversos estudos já
realizados ainda não estão afetando as empresas.
d) O segmento de alimentação destacou também como vantagem de localização no arranjo a
ação adequada das associações representativas e a proximidade com universidades, sugerindo
maior eficácia das associações neste segmento e também uma utilização mais intensiva pelos
restaurantes da estrutura de treinamento existente no local.
e) Para todos os segmentos, com diferentes níveis, as características da mão-de-obra, quais
sejam, disponibilidade, formação e custo, não foram considerados aspectos que evidenciassem
importantes vantagens de localização para as empresas no arranjo, o que contrasta fortemente
com o aparato de ensino e treinamento existente no APL.
Estes aspectos apontam que há diversas vantagens de localização que estimulam as
condições de competitividade dos agentes. Diversas informações qualitativas e quantitativas
coletadas nesta pesquisa podem auxiliar na avaliação das condições de competitividade da
atividade turística local. Considera-se, para esta avaliação, que a competitividade é um
atributo da empresa que se expressa na sua capacidade de “formular e implementar estratégias
62
concorrenciais, que lhes permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição
sustentável de mercado” (pg.3), segundo FERRAZ et al 1995.
Nesse referencial analítico, junto aos fatores competitivos empresariais, ou seja,
aqueles que resultam das condições internas e decisões das empresas, também se consideram
os fatores denominados estruturais ou setoriais e que são os definidos pelo padrão específico
da dinâmica econômica do setor em análise. Além destes fatores, incluem-se os fatores
sistêmicos de competitividade, definidos como “aqueles que constituem externalidades strictu
sensu para a empresa produtiva, sobre os quais a empresa detém escassa ou nenhuma
possibilidade de intervir, constituindo parâmetros do processo decisório” (pg.12).
Considera-se, assim, que a concorrência é um processo de rivalidade entre agentes
econômicos e que combina fatores empresariais, setoriais e sistêmicos, portanto, um atributo
das empresas e não do APL. O que se procura analisar é como as condições do APL afetam as
possibilidades competitivas dos agentes econômicos nele inseridos e esta analise esta voltada
para a observação dos fatores sistêmicos locais.
Para esta análise, é importante enfatizar que a atividade econômica do turismo é
resultado da complementaridade entre diversos serviços, como serviços de transportes, de
hospedagem, de alimentação e inúmeros outros serviços turísticos. Cada um destes serviços
tem características setoriais específicas de competitividade. Um exemplo é o domínio das
tecnologias de informação que, para os segmentos das agências de viagens e de meios de
hospedagem, é um fator competitivo mais importante do que para os serviços de alimentação.
Também para os meios de hospedagem, em segmentos nos quais as estratégias competitivas
estão voltadas para uma oferta de um mix maior de serviços, como atendimento a eventos
combinados à atração de hóspedes em viagens de negócios, são maiores as barreiras à entrada
dado o porte do investimento e a escala para o funcionamento do empreendimento.
Por outro lado, os serviços de hospedagem, de alimentação e mesmo as agências de
viagens nem sempre estão exclusivamente direcionados para a atividade turística. Logo, as
estratégias competitivas das empresas nem sempre são orientadas para o atendimento
exclusivo deste mercado e mesmo podem não objetivar unicamente o mercado local definido
no âmbito do APL. Disto resulta que a rivalidade nos processos competitivos pode ter
diferentes graus de intensidade. Por exemplo, os restaurantes localizados no arranjo tendem a
disputar com mais intensidade os mercados locais, já as agências de viagens receptivas podem
rivalizar com outras agências de viagens localizadas fora do arranjo. Da mesma forma os
estabelecimentos das grandes redes hoteleiras rivalizam não apenas com os demais meios de
63
hospedagem localizados no arranjo, mas também com os outros hotéis de grande porte
localizados fora do arranjo.
Ressalvadas essas diferenças entre os diversos setores quanto às características da
competitividade, procura-se observar especificamente as condições sistêmicas que o local
proporciona para a sustentação da competitividade dos agentes econômicos, partindo das
vantagens de localização antes mencionadas.
7.2 A qualificação da demanda, os esforços para promover o turismo de eventos e a
possibilidade de desenvolvimento de outros tipos de turismo.
Um aspecto relevante da demanda turística está relacionado as suas características
como o nível de renda do turista, o tempo de permanência do mesmo no destino turístico, o
interesse e objetivo da viagem. As políticas de estímulo ao turismo procuram agir sobre essas
características de forma a estimular aquelas que proporcionam maiores benefícios econômicos
ao local, como a ampliação do tempo de permanência e do nível de gasto do turista, e
procuram atenuar os efeitos da sazonalidade do turismo de lazer.
Como destacado pelos agentes econômicos, a promoção de eventos (que exige uma
articulação entre as entidades que divulgam o destino Florianópolis e as entidades associativas
que procuram articular os agentes para a oferta destes serviços) tem demonstrado impactos
importantes em todos os segmentos de empresas pesquisados. Seus efeitos atingem os agentes
de viagem, os restaurantes e principalmente os maiores estabelecimentos hoteleiros, pois esses
empreendimentos, além de terem equipamentos específicos para tal, estão localizados no
centro urbano e, portanto, próximos aos centros de eventos e de uma infra-estrutura de outros
serviços turísticos mais completa.
Este esforço, considerando as externalidades positivas já existentes no local, como,
por exemplo, a densidade da estrutura produtiva e institucional, pode ser ampliado para além
do estimulo ao turismo de eventos. Neste sentido, além da definição de roteiros que
estimulam a venda do destino local, tais roteiros podem estar articulados a conjuntos
específicos de agentes que podem oferecê-los. Essa articulação pode proporcionar a formação
de redes de oferta de serviços turísticos, ampliando a articulação entre os agentes e formas
colaborativas de ação.
Uma ação institucional deste tipo vai de encontro a busca de qualificação da demanda
turística de forma mais específica, e a integração no interior do APL de diferentes tipos de
64
turismo como o de lazer com o de eventos, o cultural e o esportivo, por exemplo. Essa ação
pode combinar roteiros voltados para demanda específica com o conjunto de agentes
econômicos capaz de ofertá-los em rede, e implicaria um zoneamento turístico local. Trata-se,
por conseguinte, não apenas de definir roteiros, mas sim de articular os diversos agentes em
torno de certas áreas, atividades e roteiros específicos, desenvolvendo o associativismo, como,
por exemplo, pousadas e restaurantes do sul da Ilha em roteiros de sol e praia. Outra
possibilidade é o associativismo estimulado em torno de eventos especializados em hotéis de
praia e sua articulação com atrações de lazer naqueles locais.
Neste contexto, o estímulo ao desenvolvimento de agências de viagens receptivas e
especializadas devido aos seus efeitos sobre os demais agentes da cadeia torna-se
fundamental.
7.2.1 Regulação e preservação dos recursos naturais e culturais
Como reconhecido por todos os agentes, esta função institucional é a mais lembrada
por eles. Ao mesmo tempo em que é a que exige uma maior articulação e colaboração entre os
mesmos e os agentes da estrutura institucional, é também a mais conflituosa. Os diversos
estudos sobre o tema têm mostrado as dificuldades.
A expansão e solidificação do turismo no município, associadas à ausência de um
planejamento de longo prazo específico para o turismo, vem acarretando diversos problemas
no âmbito local, como a aceleração da urbanização e expansão de atividades especulativas
imobiliárias. O intenso crescimento do fluxo de turistas, ao longo das últimas temporadas, tem
comprometido fortemente a preservação do atrativo natural e o desenvolvimento de uma
atividade turística sustentável no local. Apesar da existência de instrumentos legais de
preservação, o que se verifica no local é o descumprimento da legislação ambiental sobretudo
pela deficiente fiscalização.
A Ilha de Santa Catarina já vem apontando diversas situações problemáticas na
questão ambiental. A grande concentração populacional e o descaso no saneamento básico,
em especial no tocante à distribuição de água potável em determinados pontos da cidade, o
crescimento imobiliário desordenado que afeta diretamente a infra-estrutura da cidade, vêm
provocando uma baixa qualidade ambiental. Tais questões são agravadas com o
desenvolvimento da atividade turística pelo fato de inúmeras vezes não respeitar a
complexidade e diversidade ambiental, não avaliar a capacidade de carga, a localização da
infra-estrutura e do equipamento turístico, sobrecarregando, dessa forma, o meio ambiente da
65
cidade e podendo comprometer, no longo prazo, a viabilidade econômica e financeira de
Florianópolis como um pólo turístico.
O comprometimento da balneabilidade em algumas praias causado pela deficiência
no saneamento básico, principalmente pelos esgotos clandestinos das residências e muitas
vezes pelos empreendimentos hoteleiros e de alimentação que apresentam tratamento de
esgotos ultrapassados ou não implantados, é ponto crítico e de discussão. Assim como, as
dificuldades do sistema viário, que está saturado, pois a falta de infra-estrutura turística que
não deixa o veranista se fixar em um só local faz com que este tenha de se deslocar para
outros pontos da Ilha, aumentando os problemas de tráfego no já precário sistema viário.
Conforme o relatório Urbal (2004), em vista da ineficiência da estrutura formal de
decisão no Executivo e da falta de controle da estrutura não formal ( referindo-se aos agentes
legislativos, entidades comunitárias e profissionais), o Ministério Público Estadual e o Federal
têm tido uma atuação crescente contra os três níveis do Executivo, instaurando uma média de
duas a três ações mensais e tornando-se uma importante instância de controle.
O que se observa atualmente no local é uma sobreposição no âmbito de atuação das
instituições, o que vem dificultando a coordenação das ações entre os órgãos de preservação
ambiental no que se refere ao planejamento, ordenamento, fiscalização e liberação de obras.
Essa atuação ambiental problemática, além de favorecer a ocupação desordenada de áreas
consideradas de preservação permanente, ainda compromete a efetivação de uma série de
investimentos na ampliação da oferta de equipamentos turísticos no APL.
Além de medidas voltadas para a articulação da ação pública, a visão dos agentes
econômicos a respeito da questão ambiental (como expresso na pesquisa pela consideração da
importância deste quesito como vantagem local) sugere a necessidade de medidas que alertem
e busquem a colaboração destes no esforço de preservação ambiental.
O escopo da pesquisa não possibilitou maior detalhamento da questão ambiental, no
entanto, sob o ponto de vista das condições sistêmicas de competitividade, esta parece ser um
dos principais desafios a serem enfrentados para o crescimento sustentável do arranjo. Este
problema se articula com a capacidade de planejamento no âmbito do arranjo, como se
explicita a seguir.
66
7.2.2 A integração das ações de planejamento turístico
As ações que vêm sendo adotadas no âmbito institucional local seguem o programa
estadual em consonância com a diretriz do plano nacional de turismo (Mtur) de
“regionalização do turismo - roteiros do Brasil” e descentralização do planejamento turístico.
A inclusão do município nesse programa de roteirização turística vem demandando esforços
das instituições locais na articulação de parcerias com os agentes prestadores de serviços
turísticos por meio de ações voltadas à estruturação da imagem do destino Florianópolis.
O que vem se buscando na esfera do planejamento são meios para melhor aproveitar
as potencialidades do local, sua diversidade de recursos naturais e ampla infra-estrutura
turística que fica ociosa ao longo do ano. Para tanto, as ações são elaboradas em torno da
divulgação da imagem de Florianópolis de modo a integrar a sua vocação natural ao lazer, de
sol e praia, às novas opções de turismo que o destino pode oferecer, tais como, infra-estrutura
para a realização de eventos e de entretenimento na área de gastronomia, cultura e esportes.
Este esforço tem proporcionado resultados positivos quanto ao aumento e
diversificação da demanda turística, como já demonstrado nesta pesquisa, o que exige uma
forte articulação destas metas com a preservação e conservação dos recursos turísticos locais,
que tem efeitos sobre as condições de oferta dos serviços turísticos. Ainda que não se tenha
avaliado especificamente estas relações, a pesquisa sugere que elas têm sido uma fonte de
conflito, mais do que de ampliação do esforço de cooperação no âmbito do planejamento.
A resposta positiva da estrutura econômica em relação ao aumento e diversificação
da demanda turística tem exigido também esforços voltados para investimentos em infra-
estrutura rodoviária e de abastecimento de água, entre outros a serem considerados no
planejamento integrado. O que exigirá considerável esforço de interação com a questão do
planejamento urbano municipal no âmbito dos conselhos já existentes para o desenvolvimento
do turismo.
7.2.3 O sistema de ensino local e a qualificação dos recursos humanos.
Como já foram observadas, as relações de cooperação entre os agentes produtivos e
as instituições de ensino são menos freqüentes e estão voltadas para a capacitação de recursos
humanos, sendo a absorção de estagiários a forma mais freqüente. Quanto aos centros de
capacitação profissional, além da formação de mão-de-obra técnica, as empresas respondentes
67
consideram também, no contexto das relações de cooperação, o objetivo de melhoria nos
serviços, o que sugere uma maior amplitude nas ações daqueles centros.
No APL existem ainda instituições como o Sebrae e o SHRBS de Florianópolis que,
em parceria com o Senac, vêm interagindo com relativa freqüência com os agentes da
estrutura produtiva através da oferta de cursos de curta duração direcionados ao treinamento
nas mais variadas áreas do turismo, como garçons, camareiras, alimentação, dentre outros.
Este parece ser o principal efeito da estrutura de conhecimento no local, ou seja, a
formação de mão-de-obra. Verificou-se que os agentes econômicos realizaram um
considerável esforço de absorção de novas tecnologias, com poucas interações com os agentes
da estrutura de conhecimento. Também se observou a menor importância atribuída pelas
empresas às vantagens locais relacionadas à mão-de-obra.
Por um lado, a sazonalidade na atividade turística acarreta diversos problemas, ao
longo do ano, quanto à geração e manutenção de postos de trabalho no local. A concentração
do turismo no verão, ao criar estímulos à contratação de mão-de-obra temporária, inibe a
realização de atividades de treinamento em instituições de ensino do local, ficando restritas à
área de produção das empresas.
Por outro lado, cada vez mais esse tipo de atividade depende da qualidade e
diversificação dos serviços. Nos últimos anos, pode-se notar um crescimento no número de
cursos em nível superior e de especialização nas áreas de turismo, hotelaria e gastronomia
motivado pelo reduzido investimento neles e pelo grande apelo na atração de alunos no local,
como estudos em nível nacional já constataram. O que se percebeu no nível local é o
esgotamento desse processo, que está se expressando, por exemplo, no não oferecimento de
cursos criados anteriormente, em função da demanda insuficiente e da dificuldade de absorção
de formandos pelas empresas do local.
Estas dificuldades mostram que dois aspectos devem ser observados com mais
precisão. Um primeiro diz respeito a uma criteriosa avaliação do mercado de trabalho local
quanto às atividades ligadas ao turismo e às especializações exigidas. Um segundo aspecto
refere-se ao desenvolvimento de atividades de pesquisa articuladas ao esforço tecnológico já
realizado pelos agentes, ampliando as condições locais de capacitação e de circulação de
informações .
68
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O turismo em Florianópolis desenvolveu-se como atividade econômica, no decorrer
das décadas de 70 e 80, adquirindo nos anos 90 a sua configuração atual. No decorrer desse
período, essa atividade esteve ligada, primeiro, ao turismo de lazer de classe média, e,
segundo, ao boom dos argentinos. Ao longo dos anos 80, com a crise no seu principal
mercado emissor e a drástica redução da demanda, reduziu-se a possibilidade de sustentar
esse tipo de turismo associado ao lazer, levando a se buscar formas alternativas para
desenvolver a atividade turística local. Atualmente, o que se pode verificar é uma
diversificação desse tipo de atividade ligada ao lazer para o turismo de eventos.
Essa tentativa de desenvolver o turismo de eventos e negócios surge como alternativa
para resolver também o problema da sazonalidade, característica do local, e com isso vem
modificando a forma de exploração do turismo no local. Esse movimento de diversificação
para outros tipos de turismo parece ser um elemento importante na trajetória recente de
desenvolvimento do arranjo.
É, portanto, a década de 90 que caracteriza a consolidação da densidade atual da
estrutura de serviços do arranjo local a partir da expansão da rede hoteleira que significou
também a entrada de capital externo e principalmente de capitais de outros estados da
federação no APL. Essa expansão do segmento hoteleiro estimulou o desenvolvimento de
outros serviços de turismo no arranjo. A ampliação da complementaridade das atividades
econômicas no arranjo é resultado da expansão do segmento de agência de viagem nos anos
90. Considerando os três segmentos das atividades econômicas pesquisadas, pode-se observar
uma trajetória em direção à complementaridade da estrutura econômica voltada para os
serviços turísticos.
Nessa trajetória de desenvolvimento do APL, é a partir dos anos 60 e 70 que se
consolida um importante aparato institucional no local estruturado nas funções de preservação
e regulação; associativos e de representação; promoção e divulgação, ensino e treinamento.
Estas duas últimas funções são ampliadas a partir dos anos 80 e, sobretudo nos anos 90, com a
estruturação dos órgãos municipal e estadual de promoção do turismo catarinense; com a
criação das entidades responsáveis pela captação de eventos e também com o surgimento dos
primeiros cursos de nível superior na área de turismo, hotelaria e gastronomia.
A densidade da atual estrutura produtiva e a complementaridade de serviços são
elementos que contribuem para as intensas relações interempresariais no interior do arranjo, o
69
qual é um importante mercado para a maior parte das empresas, especialmente micro e
pequenas empresas locais.
É nesse contexto da atual organização territorial da produção, isto é, de
intensificação da concorrência no local (novos investimentos) e da diversificação do tipo de
turismo no local, que surgem os estímulos para os agentes desenvolverem capacitações para
inovar. No APL, as altas taxas de inovação são semelhantes aos resultados observados em
países como a Espanha: 44,3% dos restaurantes, 51,8% dos hotéis e 61,6% das agências de
viagens e turismo (OCDE,2006). Isso demonstra que localmente há uma importante
capacidade de absorção de tecnologias de informação aplicadas ao setor, de realização de
investimentos e de capacidade para imitar novos serviços. As formas de inovação mais
rotineiras no interior do APL se dão principalmente pela interação com fornecedores de
equipamentos, clientes e outros empreendimentos do setor, que fazem das fontes externas às
empresas o principal canal de informação característico de processos interativos de
aprendizagem.
Essas interações entre os agentes no interior do arranjo criam espaços maiores às
relações de cooperação vertical, refletindo muito mais os esforços realizados no âmbito
interno das empresas. Apesar das interações entre as empresas serem mais intensas na
estrutura produtiva, não indicam a existência de uma hierarquia na coordenação dessas
relações interempresariais. No APL, a fraca interação entre as empresas e as entidades
institucionais de representação e associativas reflete a dificuldade de se estabelecer relações
de natureza horizontal e de haver uma coordenação extra-mercado efetiva que possibilitasse a
realização de ações coletivas voltadas a desenvolver as potencialidades da atividade turística
local.
A partir dessas considerações e com base nas entrevistas realizadas nas empresas
pertencentes aos segmentos de meios de hospedagem, alimentação, agências de viagens e
turismo e com as instituições representativas e órgãos de turismo municipais e estaduais pode-
se levantar os principais problemas e os atuais desafios ao desenvolvimento da atividade
turística local.
70
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75
ANEXOS
76
ANEXO A - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA DEFINIÇAO DA AMOSTRA
a) População
Inicialmente, a pesquisa para a identificação do número de estabelecimentos de meios
de hospedagem e alimentação foi realizada com base no Censo de 2004 do SHBRS -
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares para a região da Grande Florianópolis
que compreende, além de Florianópolis oitos municípios: Águas Mornas, Biguaçu, Garopaba,
Governador Celso Ramos, Palhoça, Paulo Lopes, Santo Amaro da Imperatriz e São José.
A partir dessa relação oficial do SHBRS, buscou-se, num primeiro momento,
identificar somente os estabelecimentos de meios de hospedagem e alimentação de
Florianópolis e, segundo, obter outras fontes complementares junto aos diversos órgãos de
representação e associativos do município, tais como: ABIH – Associação Brasileira da
Indústria de Hotéis; SETUR – Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de
Florianópolis; ABRASEL - Associação Brasileira de Restaurantes e Empresas de
Entretenimento/SC. Todos esses cadastros forneciam o nome e o endereço de cada
estabelecimento, mas apresentavam divergências principalmente quanto ao número total.
Dessa forma e com base nas informações registradas, os dados do SHBRS foram ajustados de
modo a se identificar as populações exatas, procurando atender o aspecto de
representatividade que deve ter o cálculo da amostra.
Em relação aos meios de hospedagem, foram considerados somente os hotéis
excluindo-se os segmentos de apart-hotéis e flats, dos 168 estabelecimentos identificados pelo
Censo do SHBRS, foram localizados somente 91 hotéis. Quanto às pousadas, muitos
estabelecimentos foram excluídos do cadastro após se verificar que esses foram cadastrados
várias vezes em decorrência da alteração da Razão Social, e em outros casos eliminaram-se os
estabelecimentos que só funcionam na alta temporada (meses de novembro a março) e que ao
longo do ano funcionam como residências para aluguel, totalizando 92 estabelecimentos dos
200 fornecidos pelo Censo do SHBRS.
Na identificação dos estabelecimentos de alimentação, foram considerados somente os
restaurantes. A listagem do SHBRS apresentava um número de 208 estabelecimentos, destes,
foi possível localizar 87 que foram considerados como população. Além disso, a população
dos estabelecimentos de meios de hospedagem e alimentação foi delimitada levando em conta
a localização geográfica e a segmentação por regiões dentro do arranjo.
77
A área da pesquisa foi dividida em cinco regiões: Centro; Praias Norte (Canasvieiras,
Ponta das Canas, Cachoeira do Bom Jesus, Praia Brava, Ingleses, Santinho, Jurerê, Jurerê
Internacional, Sambaqui, Santo Antônio de Lisboa); Praias Sul (Morro das Pedras, Campeche,
Armação, Pântano do Sul, Ribeirão da Ilha); Praias Leste (Barra da Lagoa, Praia Mole,
Joaquina e Lagoa da Conceição); outras localidades. Os quadros a seguir representam a
população levantada para cada agente considerando o tipo de serviço oferecido.
TAMANHO DO ESTABELECIMENTO REGIÃO TOTAL DE ESTABELECIMENTOS PEQUENO
01 – 40 UHs MÉDIO
41-200 UHs GRANDE
201 OU MAIS UHs 1. CENTRO 22 4 17 1 2. NORTE 48
Canasvieiras 15 4 11 Ponta das Canas 9 2 7
Cachoeira do Bom Jesus 3 2 1 Praia Brava 1 1
Ingleses 15 6 8 1 Jurerê e Jurerê Internacional 5 3 1 1
3. SUL 2 Morro das Pedras 1 1
Campeche 1 1 4. LESTE 6
Barra da Lagoa 2 2 Joaquina 1 1
Lagoa da Conceição 3 2 1 5. OUTRAS LOCALIDADES 13 6 7
TOTAL 91 29 59 3 Quadro 1: População de Hotéis em Florianópolis Fonte: Elaboração própria.
TAMANHO DO ESTABELECIMENTO REGIÃO TOTAL DE ESTABELECIMENTOS PEQUENO
01 – 40 UHs MÉDIO
41-200 UHs GRANDE
201 OU MAIS UHs 1. CENTRO 2. NORTE 47 47
Canasvieiras 20 20 Ponta das Canas 6 6
Cachoeira do Bom Jesus 2 2 Praia Brava 1 1
Santinho 2 2 Ingleses 7 7
Jurerê e Jurerê Internacional 9 9 3. SUL 14 14
Campeche 3 3 Armação 3 3
Pântano do Sul 5 5 Ribeirão da Ilha 3 3
4. LESTE 24 24 Barra da Lagoa 12 12
Joaquina 2 2 Lagoa da Conceição 10 10
5. OUTRAS LOCALIDADES 7 7 TOTAL 92 92
Quadro 2: População de Pousadas em Florianópolis Fonte: Elaboração própria.
78
REGIÃO TOTAL DE ESTABELECIMENTOS
1. CENTRO 14 2. NORTE 33
Canasvieiras 7 Ponta das Canas 4
Santinho 2 Praia Brava 3
Ingleses 8 Jurerê e Jurerê Internacional 3
Samabaqui e Cacupé 6 3. SUL 9
Pântano do Sul 4 Ribeirão da Ilha 5
4. LESTE 30 Barra da Lagoa 6
Joaquina 2 Lagoa da Conceição 23
TOTAL 87 Quadro 3: População de Restaurantes de Florianópolis Fonte: Elaboração própria.
Para a identificação do número de estabelecimentos referente às agências de viagens e
turismo, utilizou-se como base a relação dos estabelecimentos cadastrados no Ministério do
Turismo – EMBRATUR que totalizavam 171, e a partir dessas informações, foram
considerados os 24 agentes filiados à Associação Brasileira dos Agentes de Viagens e
Turismo - ABAV; e que também estão cadastrados na Secretaria Municipal de Turismo –
SETUR, que mantinha um cadastro de 88 estabelecimentos. As agências de viagens e turismo
foram divididas em duas categorias, excluindo aquelas voltadas somente à prestação de
serviços de transportes: (i) geral (inclui aquelas que prestam vários tipos de serviços
turísticos, tanto emissivos quanto receptivos); e (ii) especializadas por segmento turístico
(aventura, educativo, ecoturismo, intercâmbio e as operadoras de mergulho), do total de 171
agências, foram localizados 77 estabelecimentos considerados como população para efeitos de
cálculo de amostra, como destaca o quadro a seguir.
CATEGORIA POPULAÇÃO Geral 64
Aventura 2 Educativo 1
Ecoturismo 2 Intercâmbio 4
Operadoras de Mergulho 4 TOTAL 77
Quadro 4: População de agências de viagens e turismo de Florianópolis Fonte: Elaboração própria.
79
b) Amostra
A amostra foi estruturada de forma intencional utilizando, além da localização
geográfica, outros critérios para cada agente segundo o tipo de serviço oferecido, porte ou
especialização do estabelecimento. No caso de meios de hospedagem, hotéis e pousadas, a
amostra foi estratificada por tamanho de estabelecimentos utilizando-se o critério de número
de unidades habitacionais – UHs, definidas, conforme Duarte (1996), como o espaço
destinado à utilização do hóspede.
Porte da Empresa Faturamento Bruto Anual (UFIR) Número de Apartamentos (UH’s) Pequeno Até 96000 1 a 40 Médio De 96000 a 9600000 41 a 200 Grande Acima de 9600000 Acima de 200
Quadro 5: Classificação das empresas hoteleiras Fonte: Duarte (1996)
Para os hotéis localizados no centro, foram adotados os seguintes critérios: todos que
pertencem a redes; todos acima de 100 UHs; todos de grande porte (acima de 201 UHs). Para
os hotéis localizados nas regiões de praias, consideraram-se: todos que pertencem a grupos; os
especializados em segmento turístico (ecológico, evento, etc) e todos aqueles de grande porte.
Quanto às pousadas, o principal critério foi a localização. Considerou-se a região sul da Ilha
de maior importância porque se verificou o predomínio de estabelecimentos desse tipo, dentre
os quais, existem alguns especializadas por segmento turístico (aventura, terceira idade), e
outros próximos a grandes empreendimentos turísticos, caso das praias de Jurerê e Jurerê
Internacional.
Para os estabelecimentos de alimentação, valeu-se do critério de tipologia de
restaurantes, e com base na demanda turística por pratos típicos da gastronomia açoriana,
optou-se por delimitar a amostra nos restaurantes especializados em frutos do mar. A amostra
foi estratificada considerando-se a localização dos estabelecimentos.
Com relação às agências de viagem e turismo, na categoria Geral, foram selecionadas
empresas utilizando o critério de atuação há mais tempo no mercado turístico de Florianópolis
e que trabalham com receptivo local. Já as especializadas foram selecionadas de forma
aleatória, uma empresa para cada segmento do turismo. A distribuição da amostra pode ser
vista no quadro que segue.
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MEIOS DE HOSPEDAGEM RESTAURANTES AGÊNCIAS DE VIAGEM E TURISMO LOCALIZAÇÃO
POPULAÇAO AMOSTRA POPULAÇAO AMOSTRA POPULAÇAO AMOSTRA
TOTAL DA POPULAÇAO POR REGIÃO
TOTAL DA AMOSTRA
POR REGIÃO CENTRO 22 8 15 1 36 10 73 19 NORTE 95 13 32 5
Canasvieiras 35 3 7 Ponta das Canas 15 3 4 Cachoeira B J 5 1 Praia Brava 2 3
Ingleses 22 3 8 1 Santinho 2 1 2
Jurerê / Jurerê Int. 14 2 2 1 Sambaqui/Sto Ant. 6 3
13 1 140 19
SUL 16 7 9 3 Morro das Pedras 1
Campeche 4 3 Armação 3 1
Pântano do Sul 5 2 4 1 Ribeirão da Ilha 3 1 5 2
7 1 32 11
LESTE 30 7 31 5 Barra da Lagoa 14 3 6 1
Lagoa 13 3 23 4 Joaquina 3 1 2
5 1 66 13
OUTRAS LOCALIDADES 20 16 36
TOTAL POPULAÇÃO 183 87 77 347
TOTAL AMOSTRA 35 14 13 62
Quadro 6: População e amostra dos estabelecimentos turísticos Fonte: Elaboração própria.
81
No caso dos agentes institucionais, procurou-se abranger o universo segundo as diversas funções
das respectivas organizações. A aplicação de entrevistas com roteiros estruturados indicou subsídios para
a análise dos dados coletados juntos ao setor e demais agentes. Esse grupo de instituições do setor
turístico foi dividido em categorias: (i) representação e associativos (associações, sindicatos, secretarias,
associações de moradores); (ii) promoção; (iii) regulação; e (iv) ensino e treinamento (técnico e superior).
O quadro abaixo mostra as oito organizações entrevistadas no arranjo local.
CATEGORIA INSTITUIÇÃO ENTREVISTADOS ABRASEL – Associação Brasileira de Bares
e Restaurantes Sr. Ezio Librizzi - Presidente
ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
Sr. Tarcisio João Moritz– Presidente Sr. Luiz Gonzaga da Fonseca - Gerente de Planejamento
ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos Srª Anita Pires - Presidente
SHRBS – Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis Sr. Tarcisio Schimitd – Presidente
Representação e Associativos
CVB- Florianópolis Convention & Visitors Bureau
Srª Cecília Miranda - Coordenadora do Pólo de Turismo da Grande Florianópolis
SANTUR – Santa Catarina Turismo S/A Sr. Valdir Rubens Walendowsky - Diretor de Marketing Promoção SETUR – Secretaria Municipal de Turismo Sr. Luciano Schoreder - Secretário Adjunto
Ensino e Treinamento
FASSESC – Faculdades Integradas Associação de ensino de Santa Catarina
Profª Cristine Fabris – Coordenadora dos Cursos de Turismo e de Hotelaria
Quadro 7: Instituições do Arranjo de Turismo em Florianópolis Fonte: Elaboração própria.
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ANEXO B – QUESTIONÁRIO PARA AGÊNCIAS DE VIAGEM
REDESIST - QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO EM EMPREENDIMENTOS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL
AGÊNCIAS DE VIAGEM E TURISMO
Número do questionário: ________________ Entrevistador: ___________________________________ Nome do respondente: _________________________________________________________________ Cargo na empresa: _____________________________________________________________________ I - IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COMPETITIVAS 1. Razão Social: _____________________________________Ano de fundação: ________________ 2. Endereço_______________________________________________________________________ 3. Município de localização: ______________________ Bairro: _____________________________ 4. Tamanho. 1.( ) micro (até 09 func.) 2.( ) Pequena (de10 a 49 func.) 3.( ) Média (50 a 99 func.) 4. ( ) Grande (Acima de 99 func.) 5. Natureza do estabelecimento: ( ) Operadora ( ) Agência de Turismo Receptivo ( ) Agência de Turismo Emissivo ( )Agência Mista 6. Tipo de Turismo - Especialização: ( ) Geral (...)Ecoturismo ( )Educativo ( )Negócios ( ) Congressos / Eventos ( ) Aventura ( ) Ecológico ( ) Operadora de Mergulho ( ) Outros 7. Se o empreendimento é parte de um grupo empresarial identifique a origem do capital controlador do empreendimento e sua posição no grupo: Origem Localização Posição no grupo ( ) 1 Local ( ) 2 Nacional ( ) 3 Estrangeiro ( ) 4 Nacional e Estrangeiro
Estado:_________ País:___________
( ) 1. Controladora ( ) 2 Controlada ( )3. Coligada
8. Número de sócios: ______________ 9. Caso não pertença a grupo econômico, identifique o perfil do principal sócio:
Perfil Dados Idade quando criou a empresa Sexo ( ) 1. Masculino ( ) 2.Feminino Escolaridade quando criou a empresa* 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) Seus pais eram empresários ( ) 1. Sim ( ) 2. Não Principal atividade anterior ** 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) • * 1. Analfabeto; 2. Ensino Fundamental Incompleto; 3. Ensino Fundamental Completo; 4. Ensino Médio Incompleto; 5. Ensino Médio
Completo; 6. Superior Incompleto; 7. Superior Completo; 8. Pós Graduação. • ** 1. Estudante universitário 2. Estudante de escola técnica 3. Empregado de micro ou pequeno empreendimento local 4. Empregado
de médio ou grande empreendimento local 5. Empregado de empreendimento de fora do arranjo 6. Funcionário de instituição pública 7. Empresário 8. Outra, citar
83
10. Caso não pertença a grupo econômico, identifique a origem do capital para iniciar o empreendimento.
Estrutura do capital da empresa Participação percentual (%)
Dos sócios Empréstimos de parentes e amigos Empréstimos de instituições financeiras gerais
Empréstimos de instituições de apoio as MPEs
Adiantamento de materiais por fornecedores Adiantamento de recursos por clientes Outras. Citar: Total 100% 11. Identifique os principais momentos de evolução do capital da empresa, como inclusão ou exclusão de sócios, aquisição ou venda de empreendimentos: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12. Evolução da empresa
Anos Pessoal ocupado
Faturamento Preços correntes
(R$) 1990 1995 2000 2005
13.Estime a participação relativa média anual do tipo e a localização do cliente de seu empreendimento
Origem do cliente Tipo de cliente Local Estadual Nacional Internacional Total
Pessoa Física 100% Empresas 100% Outras Agências 100% 14. Características das instalações do empreendimento
Tipo de equipamento e serviços Sim Não Quantidade Pontos de vendas (filiais) Web site Central de telemarketing Intranet Sistemas de Informatização Frota de veículos (vans, automóveis, microônibus, ônibus) Outros (Citar)
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15. Principais serviços oferecidos pelo empreendimento Indique o grau de constância com que oferece os serviços assinalando (0) se não oferece o serviço, (1) se oferece ocasionalmente, e (2) se oferece rotineira e freqüentemente.
Tipos de Serviço Grau de Constância
Indique as relações de parceria com outras empresas para a oferta do serviço e a localização das empresas parceiras
1. Serviços de emissão e recepção turística
Recepção e Traslado ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Venda de pacotes turísticos operados pelo próprio empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Roteiro apenas Local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceiriza parte das vendas para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local l
Roteiro Local e Estadual ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceiriza parte das vendas para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Roteiro Nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira parte das vendas para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Roteiro Internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira parte das vendas para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Venda de pacotes turísticos fornecidos por outras operadoras / agências
( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Roteiro apenas Local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local
Roteiro Local e Estadual ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local
Roteiro Nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local
Roteiro Internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local
Reserva e vendas de alojamento em meios de hospedagem ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Estadual ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Nacional / Internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
85
Tipos de Serviço Grau de Constância Indique as relações de parceria com outras empresas para a oferta do serviço e a localização das empresas parceiras
2. Prestação de serviços complementares
Guia ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Interprete ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Locação de veículos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Tramitação de documentos (passaporte, visto) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Locação de imóveis ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Operações de Câmbio ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Reserva e venda de ingressos para atrativos históricos/culturais (entrada teatro, museu, shows, parques temáticos)
( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
3. Eventos
Serviço completo de organização de eventos no local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Terceira o serviço para outras empresas? ( ) 1.não ( ) 2. Sim de empresas do local ( ) 3.Sim de empresa fora do local
Venda de pacotes para eventos organizados por outras operadoras / agência especializadas
( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Roteiro apenas Local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local
Roteiro Local e Estadual ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local
Roteiro Nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local
Roteiro Internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Indique a localização da operadora ( ) 1. Empresa do local ( ) 2. Empresa de fora do local
4. Outros serviços ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Citar:
86
16. Informe o número de pessoas que trabalham no empreendimento, segundo características das relações de trabalho:
Tipo de relação de trabalho Número de pessoal ocupado Sócio proprietário Contratos formais Estagiário Serviço temporário Terceirizados Familiares sem contrato formal
Total atual Total de pessoas no início do
empreendimento
17. Escolaridade do pessoal ocupado (situação atual):
Ensino Número do pessoal ocupado Analfabeto Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-Graduação Total 18. Relações comerciais com os principais fornecedores Indique o grau de freqüência com que mantêm as relações com os seus fornecedores assinalando (0) caso não mantenha relação, (1) se a relação ocorre de forma ocasional, e (2) se a relação é rotineira e freqüente.
Localização e freqüências das relações comerciais mantidas com fornecedores Fornecedor
Local Estadual Nacional Internacional Empresas fornecedoras de passagens Aéreas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)
Empresas de passeios marítimos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de transportes rodoviários de passageiros (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)
Empresas de transporte para traslados no município (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)
Hotéis e Pousadas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Operadoras de turismo (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Organizadoras de eventos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Locadora de veículos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Imobiliárias (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Guias e Interpretes (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)
87
19. Sua empresa mantém relações de subcontratação com outras empresas?
Seu empreendimento é: Sim Não Para que atividade?
Subcontratada de empreendimento local Subcontratada de empreendimentos localizados fora do arranjo
Subcontratante de empreendimento local Subcontratante de empreendimento de fora do arranjo 20. Quais fatores são determinantes para manter a capacidade competitiva do empreendimento? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Fatores Grau de importância 1. As características dos serviços ofertados Originalidade e criatividade dos roteiros. ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A diversidade de serviços oferecidos (pacotes,eventos serviços complementares, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 2. A qualidade do serviço A qualidade na operação do pacote (conforto, atendimento, horários, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A qualidade dos parceiros contratados/fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 3. As formas de comercialização Quantidade de pontos de vendas (lojas) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Qualidade do atendimento nas lojas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Utilização da Internet (qualidade do site, interatividade com cliente, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A forma de financiamento das vendas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de promoções ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As formas de divulgação e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Outros fatores que afetam o conjunto do empreendimento: Qualidade da mão de obra contratada ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Custo da mão de obra contratada ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Localização do empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível tecnológico dos equipamentos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade de introdução de novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A marca já obtida pelo empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As relações de parceria com agentes de viagens e operadores ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A participação em programas públicos de apoio e promoção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (citar): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
88
II – INOVAÇÃO, COOPERAÇÃO E APRENDIZADO BOX 1
Um novo produto (bem ou serviço) é aquele que é novo para o seu empreendimento ou para o mercado e cujas características tecnológicas ou uso previsto diferem significativamente de todos os produtos/serviços que seu empreendimento já produziu. Uma significativa melhoria tecnológica de produto (bem ou serviço) refere-se a um produto/serviço previamente existente cuja performance foi substancialmente aumentada. Um produto complexo que consiste de um número de componentes ou subsistemas integrados pode ser aperfeiçoado via mudanças parciais de um dos componentes ou subsistemas. Mudanças que são puramente estéticas ou de estilo não devem ser consideradas. Novos processos de produção são aqueles que são novos para a sua empreendimento ou para o setor. Eles envolvem a introdução de novos métodos, procedimentos, sistemas, máquinas ou equipamentos que diferem substancialmente daqueles previamente utilizados por sua firma. Significativas melhorias dos processos de produção envolvem importantes mudanças tecnológicas parciais em processos previamente adotados. Pequenas ou rotineiras mudanças nos processos existentes não devem ser considerada. 1. A empreendimento tem a prática de inovar em seus produtos ou serviços? Qual a ação do seu empreendimento no período entre 2003 e 2005, quanto à introdução de inovações? Informe as principais características conforme listado abaixo. (observe no Box 1 os conceitos de produtos/processos novos ou produtos/processos significativamente melhorados de forma a auxilia-lo na identificação do tipo de inovação introduzida)
Esforço de inovação Descrição 1.
Sim 2.
Não Próprio Conjunto
Inovações de produto/serviço Produto novo para a sua empresa, mas já existente no mercado? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado nacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado internacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Inovações de processo Processos tecnológicos novos para a sua empresa, mas já existentes no setor? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Processos tecnológicos novos para o setor de atuação? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Outros tipos de inovação Criação ou melhoria substancial, do ponto de vista tecnológico, do modo de acondicionamento de produtos (embalagem)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Inovações no desenho de produtos? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Realização de mudanças organizacionais (inovações organizacionais) Implementação de técnicas avançadas de gestão ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de significativas mudanças na estrutura organizacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de marketing ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de comercialização ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de novos métodos e gerenciamento, visando a atender normas de certificação (ISO 9000, ISO 14000, etc.)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
89
BOX 2 Atividades inovativas são todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de produtos ou processos novos ou melhorados, podendo incluir: pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos; desenho e engenharia; aquisição de tecnologia incorporadas ao capital (máquinas e equipamentos) e não incorporadas ao capital (patentes, licenças, know how, marcas de fábrica, serviços computacionais ou técnico-científicos) relacionadas à implementação de inovações; modernização organizacional (orientadas para reduzir o tempo de produção, modificações no desenho da linha de produção e melhora na sua organização física, desverticalização, just in time, círculos de qualidade, qualidade total, etc); comercialização (atividades relacionadas ao lançamento de produtos novos ou melhorados, incluindo a pesquisa de mercado, gastos em publicidade, métodos de entrega, etc); capacitação, que se refere ao treinamento de mão-de-obra relacionado com as atividades inovativas da empresa.
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - compreende o trabalho criativo que aumenta o estoque de conhecimento, o uso do conhecimento objetivando novas aplicações, inclui a construção, desenho e teste de protótipos. Projeto industrial e desenho - planos gráficos orientados para definir procedimentos, especificações técnicas e características operacionais necessárias para a introdução de inovações e modificações de produto ou processos necessárias para o início da produção.
2. Que tipo de atividade inovativa seu empreendimento desenvolveu no ano de 2005? Indique o grau de constância dedicado à atividade assinalando (0) se não desenvolveu, (1) se desenvolveu rotineiramente, e (2) se desenvolveu ocasionalmente. (observe no Box 2 a descrição do tipo de atividade)
Descrição Grau de Constância
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na sua empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição externa de P&D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição de máquinas e equipamentos que implicaram em significativas melhorias tecnológicas de produtos/processos ou que estão associados aos novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Aquisição de outras tecnologias (softwares, licenças ou acordos de transferência de tecnologias tais como patentes, marcas, segredos industriais) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Realização de programas de capacitação para introduzir inovações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Implantação de Programas de gestão da qualidade ou de modernização organizacional, tais como: qualidade total, reengenharia de processos administrativos, desverticalização do processo produtivo, métodos de “just in time”, etc
( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Realização de pesquisas de mercado ou esforço de desenvolvimento de novas formas de comercialização para introdução de produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados
( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
3. Informe os gastos despendidos para desenvolver as atividades de inovação: Gastos com atividades inovativas sobre faturamento em 2005.....................( %) Que tipos de gastos? ________________________________ Fontes de financiamento para as atividades inovativas (em %) Próprias ( %) De Terceiros ( %) Privados ( %) Público (FINEP,BNDES, SEBRAE, BB, etc.) ( %)
90
BOX 3 Na literatura econômica, o conceito de aprendizado está associado a um processo cumulativo através do qual as firmas ampliam seus conhecimentos, aperfeiçoam seus procedimentos de busca e refinam suas habilidades em desenvolver, produzir e comercializar bens e serviços. As várias formas de aprendizado se dão: - a partir de fontes internas à empresa, incluindo: aprendizado com experiência própria, no processo
de produção, comercialização e uso; na busca de novas soluções técnicas nas unidades de pesquisa e desenvolvimento; e
- a partir de fontes externas, incluindo: a interação com fornecedores, concorrentes, clientes, usuários, consultores, sócios, universidades, institutos de pesquisa, prestadores de serviços tecnológicos, agências e laboratórios governamentais, organismos de apoio, entre outros.
Nos APLs, o aprendizado interativo constitui fonte fundamental para a transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacitação produtiva e inovativa das firmas e instituições. 4. Quais dos seguintes itens desempenharam um papel importante como fonte de informação para o aprendizado, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto à localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior. (Observe no Box 3 os conceitos sobre formas de aprendizado). Grau de Importância Formalização Localização Fontes Internas Departamento de P & D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Área de operação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Áreas de vendas e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Serviços internos de atendimento ao cliente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Outros (especifique) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Fontes Externas
Outros empreendimentos dentro do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empreendimentos associadas (joint venture) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Fornecedores de insumos, equipamentos, materiais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Fornecedores de serviços turísticos Clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Concorrentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outros empreendimentos do Setor ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empresas de consultoria ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Universidades e Outros Institutos de Pesquisa Universidades ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Institutos de Pesquisa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Centros de capacitação profissional, de assistência técnica e de manutenção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Instituições de testes, ensaios e certificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outras fontes de informação Licenças, patentes e “know-how” ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Conferências, Seminários, Cursos e Publicações Especializadas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Feiras, Exibições e Lojas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Encontros de Lazer (Clubes, Restaurantes, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Associações empresariais locais (inclusive consórcios de exportações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Informações de rede baseadas na internet ou computador ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
91
5. Seu empreendimento efetuou atividades de treinamento e capacitação de recursos humanos durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Treinamento no empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos realizados no arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empresas fornecedoras ou clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empreendimentos do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Contratação de técnicos de outros empreendimentos do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Contratação de técnicos de empreendimentos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Absorção de formandos dos cursos universitários localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Absorção de formandos dos cursos técnicos localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
6. Avalie a importância do impacto resultante da introdução de inovações durante os últimos três anos, 2003 a 2005, na sua empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Aumento da produtividade da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ampliação da gama de produtos ou serviços ofertados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento da qualidade dos produtos ou serviços ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu que o empreendimento mantivesse a sua participação nos mercados de atuação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Aumento na participação de clientes de origem nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento na participação de clientes de origem internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Permitiu que o empreendimento abrisse novos mercados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos do trabalho ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos de insumos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução do consumo de energia ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu o enquadramento em regulações e normas ditadas por:
- Órgãos internacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) - Órgãos Nacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu reduzir o impacto sobre o meio ambiente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 7. Como resultado dos processos de treinamento e aprendizagem, formais e informais, acima discutidos, como melhoraram as capacitações da empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhor utilização de técnicas produtivas, equipamentos, insumos e componentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior capacitação para realização de modificações e melhorias em produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação para desenvolver novos produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior conhecimento sobre as características dos mercados de atuação da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação administrativa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
92
8. Quais são as principais vantagens que o empreendimento tem por estar localizada no arranjo? Coloque 0 se a vantagem não é usufruída pelo seu empreendimento, caso contrário indique o grau de importância na utilização da vantagem proporcionada pelo local segundo a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância.
Externalidades Grau de importância Disponibilidade de mão-de-obra qualificada na prestação de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível educacional e adequada formação da mão de obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) O baixo custo da mão-de-obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A presença no local de fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A adequada infra-estrutura hoteleira ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilidade de serviços técnicos especializados para a administração do empreendimento (software, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A qualidade da Infra-estrutura física (energia, transporte, comunicações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A preservação dos atrativos turísticos pelos órgãos públicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A receptividade ao turista pela população local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Existência de programas públicos de apoio e promoção ao turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A ação adequada das associações representativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Proximidade com universidades e centros de pesquisa dedicados à área do turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de eventos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de ações públicas para atenuar a sazonalidade da atividade turística local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outra. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
BOX 4 O significado genérico de cooperação é o de trabalhar em comum, envolvendo relações de confiança mútua e coordenação, em níveis diferenciados, entre os agentes. Em arranjos produtivos locais, identificam-se diferentes tipos de cooperação, incluindo a cooperação produtiva visando a obtenção de economias de escala e de escopo, bem como a melhoria dos índices de qualidade e produtividade; e a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos, custos, tempo e, principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o potencial inovativo do arranjo produtivo local. A cooperação pode ocorrer por meio de: • intercâmbio sistemático de informações produtivas, tecnológicas e mercadológicas (com clientes, fornecedores,
concorrentes e outros) • interação de vários tipos, envolvendo empresas e outras instituições, por meio de programas comuns de
treinamento, realização de eventos/feiras, cursos e seminários, entre outros • integração de competências, por meio da realização de projetos conjuntos, incluindo desde melhoria de
produtos e processos até pesquisa e desenvolvimento propriamente dita, entre empresas e destas com outras instituições
93
9. Quais dos seguintes agentes desempenharam papel importante como parceiros, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto a localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior.
OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA
COOPERA
FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a
quantidade e a intensidade da cooperação
desenvolvidas nos últimos 24 meses com cada
organização)
Compra de
insumos e equip.
Venda conjunt
a de produto
s e serviço
s
Desenv. de
produtos, processo
s e serviços
Desenv. e Acesso a redes ou
sistemas de informatizaçã
o
Capacitação de RH
Obtenção de financiamento ou crédito
Reivindicações conjuntas
Ampliar e/ou
manter as vantagens locais
Participação conjuntas,
feiras,eventos, etc
Outras especific
ar
IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO
(mede a importância das ações cooperativas desenvolvidas
com cada organização para o desempenho e competitividade
da empresa)
AGENTES
sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Agentes Produtivos Clientes Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação
Fornecedores Empresas de consultoria
Instituições de pesquisa e capacitação de RH Centros de capacitação profissional, ou técnica (Senai / Senac)
Instituição de Pesquisa
Faculdades, universidades
Outros Agentes Entidades culturais e de meio ambiente
Organizações (ONGs) ligadas ao atrativo turístico/cultural local
Entidades sindicais, (Associação ou sindicato de trabalhadores e patronal)
Órgãos de comunicação (TV,
94
Rádio, jornal)
OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA
COOPERA
FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a quantidade e a intensidade da
cooperação desenvolvidas nos
últimos 24 meses com cada organização)
Compra de
insumos e equip.
Venda conjunta de produtos e serviços
Desenv. de
produtos,
processos e
serviços
Desenv. e Acesso a redes ou
sistemas de informatizaç
ão
Capacitação de RH
Obtenção de
financiamento ou
crédito
Reivindicações conjuntas
Ampliar e/ou
manter as vantagens
locais
Participação conjuntas,
feiras,eventos, etc
Outras especificar
IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO
(mede a importância das ações cooperativas
desenvolvidas com cada organização para o
desempenho e competitividade da
empresa)
AGENTES
sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Outros Agentes Órgãos de apoio e promoção (Sebrae)
Prefeitura Municipal (Setur, Floram)
Governo Estadual (Santur, Fatma)
Governo Federal (Embratur, Ibama)
Outras entidades ligadas ao poder público
95
10. Caso o empreendimento já tenha participado de alguma forma de cooperação com agentes locais, como avalia os resultados das ações conjuntas já realizadas. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhoria na qualidade dos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Desenvolvimento de novos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nos processos produtivos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nas condições de marketing/comercialização ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação de recursos humanos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria na relação com fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Introdução de inovações organizacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Novas oportunidades de negócios ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de nome/marca do empreendimento no mercado nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior inserção do empreendimento no mercado externo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras: especificar ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) III – ESTRUTURA, GOVERNANÇA E VANTAGENS ASSOCIADAS AO AMBIENTE LOCAL 1. Qual a importância para o seu empreendimento das seguintes características da mão-de-obra local? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Características Grau de importância Escolaridade formal de 1º e 2º graus ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Escolaridade em nível superior e técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Conhecimento prático e/ou técnico na produção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disciplina ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Flexibilidade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criatividade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade para aprender novas qualificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outros. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
2. Como o seu empreendimento avalia a contribuição de sindicatos, associações, cooperativas, locais no tocante às seguintes atividades: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Tipo de contribuição Grau de importância
Auxílio na definição de objetivos comuns para o arranjo produtivo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo na percepção de visões de futuro para ação estratégica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ação para ampliar as vantagens locais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilização de informações sobre matérias-primas, equipamento, assistência técnica, consultoria, etc. ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Identificação de fontes e formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações cooperativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Apresentação de reivindicações comuns ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criação de fóruns e ambientes para discussão ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações dirigidas a capacitação tecnológica de empresas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo ao desenvolvimento do sistema de ensino e pesquisa local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Organização de eventos técnicos e comerciais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
96
IV – POLÍTICAS PÚBLICAS E FORMAS DE FINANCIAMENTO 1. O empreendimento participa ou tem conhecimento sobre algum tipo de programa ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Não tem
conhecimento 2. Conhece, mas não
participa 3. Conhece e
participa Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
2. Qual a sua avaliação dos programas ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Avaliação positiva 2. Avaliação
negativa 3. Sem elementos
para avaliação Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
3. Quais políticas públicas poderiam contribuir para o aumento da eficiência competitiva dos empreendimentos do arranjo? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Ações de Política Grau de importância Programas de capacitação profissional e treinamento técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhorias na educação básica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de apoio a consultoria técnica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulos à oferta de serviços tecnológicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de acesso à informação (produção, tecnologia, mercados, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Linhas de crédito e outras formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Incentivos fiscais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Políticas de fundo de aval ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de estímulo ao investimento (venture capital) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (especifique): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Indique os principais obstáculos que limitam o acesso do empreendimento as fontes externas de financiamento: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Limitações Grau de importância Inexistência de linhas de crédito adequadas às necessidades da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Dificuldades ou entraves burocráticos para se utilizar as fontes de financiamento existentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Exigência de aval/garantias por parte das instituições de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Entraves fiscais que impedem o acesso às fontes oficiais de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras. Especifique ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
97
ANEXO C – QUESTIONÁRIO PARA MEIOS DE HOSPEDAGEM
REDESIST - QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO EM EMPREENDIMENTOS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL
MEIOS DE HOSPEDAGEM
Número do questionário: ________________ Entrevistador: ____________________________________ Nome do respondente: __________________________________________________________________ Cargo na empresa: _____________________________________________________________________ I - IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COMPETITIVAS 6. Razão Social: _____________________________________Ano de fundação:________________ 7. Endereço_______________________________________________________________________ 8. Município de localização: ______________________ Bairro: _____________________________ 9. Tamanho. 1. ( ) micro 2.( ) Pequena (de 1 a 40 UHs) 3.( ) Média (de 41 a 200UHs) 4. ( ) Grande (acima de 200UHs) 10. Natureza do estabelecimento: a) Hotel: ( ) Padrão ( ) Lazer/praia ( ) Fazenda/Ecológico ( ) Residência ( ) Time Share ( ) Resort ( ) outros __________________ b) Pousada: ( ) Especialidade do segmento de turismo atendido: ______________________________
11. Se o empreendimento é parte de um grupo empresarial identifique a origem do capital controlador do empreendimento e sua posição no grupo:
Origem Localização Posição no grupo
( ) 1 Local
( ) 2 Nacional
( ) 3 Estrangeiro
( ) 4 Nacional e Estrangeiro
Estado:_________ País:___________
( ) 1. Controladora ( ) 2 Controlada ( )3. Coligada
7. Número de sócios: ______________ 8. Caso não pertença a grupo econômico, identifique o perfil do principal sócio:
Perfil Dados Idade quando criou a empresa Sexo ( ) 1. Masculino ( ) 2.Feminino Escolaridade quando criou a empresa* 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) Seus pais eram empresários ( ) 1. Sim ( ) 2. Não Principal atividade anterior ** 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) • * 1. Analfabeto; 2. Ensino Fundamental Incompleto; 3. Ensino Fundamental Completo; 4. Ensino Médio Incompleto; 5. Ensino Médio
Completo; 6. Superior Incompleto; 7. Superior Completo; 8. Pós Graduação. • ** 1. Estudante universitário 2. Estudante de escola técnica 3. Empregado de micro ou pequeno empreendimento local 4. Empregado
de médio ou grande empreendimento local 5. Empregado de empreendimento de fora do arranjo 6. Funcionário de instituição pública 7. Empresário 8. Outra, citar
98
9. Caso não pertença a grupo econômico , identifique a origem do capital para iniciar o empreendimento.
Estrutura do capital da empresa Participação percentual (%)
Dos sócios Empréstimos de parentes e amigos Empréstimos de instituições financeiras gerais
Empréstimos de instituições de apoio as MPEs
Adiantamento de materiais por fornecedores Adiantamento de recursos por clientes Outras: Citar: Total 100% 10. Identifique os principais momentos de evolução do capital da empresa, como inclusão ou exclusão de sócios, aquisição ou venda de empreendimentos: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 11. Evolução da empresa
Anos Pessoal ocupado
Faturamento Preços correntes
(R$) 1990 1995 2000 2005
12:Estime a presença dos hóspedes segunda sua origem e período da temporada (2005/2006)
Indique o percentual de participação dos hóspedes segundo a origem dos mesmos por período da temporada Período Meses do ano Internacional Nacional Estado de SC Residentes no local
Alta temporada Baixa temporada 13. Estime a ocupação do empreendimento segundo os períodos da temporada
% de ocupação estimado Período Meses do ano Média de
2000 a 2004 Em
2005/2006 Alta temporada
Baixa temporada
99
14. Características das instalações do empreendimento: Tipo de equipamento Sim Não Quantidade Nº UHs (quartos) Restaurante Bar Piscina Sauna Salão de Eventos Estacionamento Lavanderia Área de lazer (recreação e esporte) Área com equipamentos de SPA Sistema de informatização (dos serviços) Equipamento de informática para uso dos hóspedes Área de comércio e serviço financeiro Microônibus/vans Outros (Citar) 15. Principais serviços oferecidos pelo empreendimento Tipo de serviço Sim Não Terceirizado Localização da sede da
empresa terceirizada* Refeição (restaurante, café da manhã, serviço de quarto) Lavanderia Estacionamento Informática Lazer (bar, piscina, sauna, esportes e recreação) Roteiros turísticos Transportes/traslados Outros (citar) * 1. local, 2. Nacional/Estado, 3. Internacional 16. Informe o número de pessoas que trabalham no empreendimento, segundo características das relações de trabalho:
Tipo de relação de trabalho Número de pessoal ocupado Sócio proprietário Contratos formais Estagiário Serviço temporário Terceirizados Familiares sem contrato formal
Total atual Total de pessoas no início do empreendimento
17. Escolaridade do pessoal ocupado (situação atual):
Ensino Número do pessoal ocupado Analfabeto Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-Graduação Total
100
18. Relações comerciais com os principais fornecedores Indique o grau de freqüência com que mantêm as relações comerciais com os seus fornecedores assinalando (0) caso não mantenha relação, (1) se a relação ocorre de forma ocasional, e (2) se a relação é rotineira e freqüente.
localização e freqüências das relações comerciais mantidas com fornecedores Fornecedor
Local Estadual Nacional Internacional 1. Fornecedores de equipamentos e insumos Máquinas e equipamentos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Utensílios domésticos, cama, mesa e banho (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos In natura (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos pré-elaborados (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos – outros insumos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Bebidas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Mobiliário e decoração (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) 2. Fornecedores de serviços turísticos Empresas fornecedoras de passagens Aéreas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de passeios marítimos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de transportes rodoviários de passageiros (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)
Empresas de transporte para traslados no município (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)
Hotéis e Pousadas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Operadoras de turismo (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Organizadoras de eventos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Locadoras de veículos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Imobiliárias (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Guias e interpretes (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) 19. Sua empresa mantém relações de subcontratação com outras empresas?
Seu empreendimento é: Sim Não Para que atividade?
Subcontratada de empreendimento local Subcontratada de empreendimentos localizados fora do arranjo Subcontratante de empreendimento local Subcontratante de empreendimento de fora do arranjo
101
20. Quais fatores são determinantes para manter a capacidade competitiva do empreendimento? Coloque 0 se não usufrui o fator como vantagem competitiva, caso contrário indique o grau de importância que é dado ao fator para manter a capacidade competitiva do empreendimento, utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância
Fatores Grau de importância 1. Características dos serviços oferecidos: A diversidade de serviços oferecidos (estacionamento, lavanderia salão de eventos, traslados, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A oferta de serviços especializados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 2. Qualidade dos serviços: Qualidade dos insumos e materiais para hospedagem e alimentação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A qualidade dos parceiros contratados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Agilidade no atendimento e conforto oferecido ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 3. Formas de comercialização: Forma de divulgação e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Utilização da Internet (qualidade do site, interatividade com o cliente) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Facilidade nas formas de pagamento (parcelamento, utilização de cartões de crédito, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Realização de promoções ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Outros fatores que afetam o conjunto do estabelecimento: Localização do empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Qualidade da mão de obra ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Custo da mão-de-obra ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível tecnológico dos equipamentos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade de introdução de novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A marca já obtida pelo empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As relações de parceria com fornecedores ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As relações de parceria com agentes de viagens ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A participação em programas públicos de apoio e promoção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras: (citar) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
II – INOVAÇÃO, COOPERAÇÃO E APRENDIZADO BOX 1
Um novo produto (bem ou serviço) é aquele que é novo para o seu empreendimento ou para o mercado e cujas características tecnológicas ou uso previsto diferem significativamente de todos os produtos/serviços que seu empreendimento já produziu. Uma significativa melhoria tecnológica de produto (bem ou serviço) refere-se a um produto/serviço previamente existente cuja performance foi substancialmente aumentada. Um produto complexo que consiste de um número de componentes ou subsistemas integrados pode ser aperfeiçoado via mudanças parciais de um dos componentes ou subsistemas. Mudanças que são puramente estéticas ou de estilo não devem ser consideradas. Novos processos de produção são aqueles que são novos para a sua empreendimento ou para o setor. Eles envolvem a introdução de novos métodos, procedimentos, sistemas, máquinas ou equipamentos que diferem substancialmente daqueles previamente utilizados por sua firma. Significativas melhorias dos processos de produção envolvem importantes mudanças tecnológicas parciais em processos previamente adotados. Pequenas ou rotineiras mudanças nos processos existentes não devem ser considerada.
102
1. A empreendimento tem a prática de inovar em seus produtos ou serviços? Qual a ação do seu empreendimento no período entre 2003 e 2005, quanto à introdução de inovações? Informe as principais características conforme listado abaixo. (observe no Box 1 os conceitos de produtos/processos novos ou produtos/processos significativamente melhorados de forma a auxilia-lo na identificação do tipo de inovação introduzida)
Esforço de inovação
Descrição 1. Sim
2. Não Próprio Conjunto
Inovações de produto/serviço Produto novo para a sua empresa, mas já existente no mercado? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado nacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado internacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Inovações de processo Processos tecnológicos novos para a sua empresa, mas já existentes no setor? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Processos tecnológicos novos para o setor de atuação? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Outros tipos de inovação Criação ou melhoria substancial, do ponto de vista tecnológico, do modo de acondicionamento de produtos (embalagem)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Inovações no desenho de produtos? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Realização de mudanças organizacionais (inovações organizacionais) Implementação de técnicas avançadas de gestão ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de significativas mudanças na estrutura organizacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de marketing ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de comercialização ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de novos métodos e gerenciamento, visando a atender normas de certificação (ISO 9000, ISO 14000, etc.)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
BOX 2
Atividades inovativas são todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de produtos ou processos novos ou melhorados, podendo incluir: pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos; desenho e engenharia; aquisição de tecnologia incorporadas ao capital (máquinas e equipamentos) e não incorporadas ao capital (patentes, licenças, know how, marcas de fábrica, serviços computacionais ou técnico-científicos) relacionadas à implementação de inovações; modernização organizacional (orientadas para reduzir o tempo de produção, modificações no desenho da linha de produção e melhora na sua organização física, desverticalização, just in time, círculos de qualidade, qualidade total, etc); comercialização (atividades relacionadas ao lançamento de produtos novos ou melhorados, incluindo a pesquisa de mercado, gastos em publicidade, métodos de entrega, etc); capacitação, que se refere ao treinamento de mão-de-obra relacionado com as atividades inovativas da empresa.
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - compreende o trabalho criativo que aumenta o estoque de conhecimento, o uso do conhecimento objetivando novas aplicações, inclui a construção, desenho e teste de protótipos.
Projeto industrial e desenho - planos gráficos orientados para definir procedimentos, especificações técnicas e características operacionais necessárias para a introdução de inovações e modificações de produto ou processos necessárias para o início da produção.
103
2. Que tipo de atividade inovativa seu empreendimento desenvolveu no ano de 2005? Indique o grau de constância dedicado à atividade assinalando (0) se não desenvolveu, (1) se desenvolveu rotineiramente, e (2) se desenvolveu ocasionalmente. (observe no Box 2 a descrição do tipo de atividade)
Descrição Grau de Constância
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na sua empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição externa de P&D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição de máquinas e equipamentos que implicaram em significativas melhorias tecnológicas de produtos/processos ou que estão associados aos novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Aquisição de outras tecnologias (softwares, licenças ou acordos de transferência de tecnologias tais como patentes, marcas, segredos industriais) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Realização de programas de capacitação para introduzir inovações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Implantação de Programas de gestão da qualidade ou de modernização organizacional, tais como: qualidade total, reengenharia de processos administrativos, desverticalização do processo produtivo, métodos de “just in time”, etc
( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Realização de pesquisas de mercado ou esforço de desenvolvimento de novas formas de comercialização para introdução de produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados
( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
3. Informe os gastos despendidos para desenvolver as atividades de inovação: Gastos com atividades inovativas sobre faturamento em 2005.....................( %) Que tipos de gastos? ________________________________ Fontes de financiamento para as atividades inovativas (em %) Próprias ( %) De Terceiros ( %) Privados ( %) Público (FINEP,BNDES, SEBRAE, BB, etc.) ( %)
BOX 3 Na literatura econômica, o conceito de aprendizado está associado a um processo cumulativo através do qual as firmas ampliam seus conhecimentos, aperfeiçoam seus procedimentos de busca e refinam suas habilidades em desenvolver, produzir e comercializar bens e serviços. As várias formas de aprendizado se dão: - a partir de fontes internas à empresa, incluindo: aprendizado com experiência própria, no processo de
produção, comercialização e uso; na busca de novas soluções técnicas nas unidades de pesquisa e desenvolvimento; e
- a partir de fontes externas, incluindo: a interação com fornecedores, concorrentes, clientes, usuários, consultores, sócios, universidades, institutos de pesquisa, prestadores de serviços tecnológicos, agências e laboratórios governamentais, organismos de apoio, entre outros.
Nos APLs, o aprendizado interativo constitui fonte fundamental para a transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacitação produtiva e inovativa das firmas e instituições.
104
4. Quais dos seguintes itens desempenharam um papel importante como fonte de informação para o aprendizado, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto à localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior. (Observe no Box 3 os conceitos sobre formas de aprendizado). Grau de Importância Formalização Localização Fontes Internas Departamento de P & D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Área de operação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Áreas de vendas e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Serviços internos de atendimento ao cliente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Outros (especifique) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Fontes Externas
Outros empreendimentos dentro do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empreendimentos associadas (joint venture) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Fornecedores de insumos, equipamentos, materiais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Fornecedores de serviços turísticos Clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Concorrentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outros empreendimentos do Setor ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empresas de consultoria ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Universidades e Outros Institutos de Pesquisa Universidades ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Institutos de Pesquisa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Centros de capacitação profissional, de assistência técnica e de manutenção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Instituições de testes, ensaios e certificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outras fontes de informação Licenças, patentes e “know-how” ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Conferências, Seminários, Cursos e Publicações Especializadas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Feiras, Exibições e Lojas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Encontros de Lazer (Clubes, Restaurantes, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Associações empresariais locais (inclusive consórcios de exportações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Informações de rede baseadas na internet ou computador ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
5. Seu empreendimento efetuou atividades de treinamento e capacitação de recursos humanos durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Treinamento no empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos realizados no arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empresas fornecedoras ou clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empreendimentos do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Contratação de técnicos de outros empreendimentos do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Contratação de técnicos de empreendimentos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Absorção de formandos dos cursos universitários localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Absorção de formandos dos cursos técnicos localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
105
6. Avalie a importância do impacto resultante da introdução de inovações durante os últimos três anos, 2003 a 2005, na sua empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Aumento da produtividade da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ampliação da gama de produtos ou serviços ofertados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento da qualidade dos produtos ou serviços ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu que o empreendimento mantivesse a sua participação nos mercados de atuação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Aumento na participação de clientes de origem nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento na participação de clientes de origem internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu que o empreendimento abrisse novos mercados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos do trabalho ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Permitiu a redução de custos de insumos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Permitiu a redução do consumo de energia ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu o enquadramento em regulações e normas ditadas por: - Órgãos internacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) - Órgãos Nacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu reduzir o impacto sobre o meio ambiente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 7. Como resultado dos processos de treinamento e aprendizagem, formais e informais, acima discutidos, como melhoraram as capacitações da empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhor utilização de técnicas produtivas, equipamentos, insumos e componentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior capacitação para realização de modificações e melhorias em produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação para desenvolver novos produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior conhecimento sobre as características dos mercados de atuação da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação administrativa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 8. Quais são as principais vantagens que o empreendimento tem por estar localizada no arranjo? Coloque 0 se a vantagem não é usufruída pelo seu empreendimento, caso contrário indique o grau de importância na utilização da vantagem proporcionada pelo local segundo a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância.
Externalidades Grau de importância
Disponibilidade de mão-de-obra qualificada na prestação de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Nível educacional e adequada formação da mão de obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
O baixo custo da mão-de-obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A presença no local de fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A adequada infra-estrutura hoteleira ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Disponibilidade de serviços técnicos especializados para a administração do empreendimento (software, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A qualidade da Infra-estrutura física (energia, transporte, comunicações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A preservação dos atrativos turísticos pelos órgãos públicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A receptividade ao turista pela população local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Existência de programas públicos de apoio e promoção ao turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A ação adequada das associações representativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Proximidade com universidades e centros de pesquisa dedicados à área do turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A realização de eventos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A realização de ações públicas para atenuar a sazonalidade da atividade turística local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Outra. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
106
BOX 4 O significado genérico de cooperação é o de trabalhar em comum, envolvendo relações de confiança mútua e coordenação, em níveis diferenciados, entre os agentes. Em arranjos produtivos locais, identificam-se diferentes tipos de cooperação, incluindo a cooperação produtiva visando a obtenção de economias de escala e de escopo, bem como a melhoria dos índices de qualidade e produtividade; e a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos, custos, tempo e, principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o potencial inovativo do arranjo produtivo local. A cooperação pode ocorrer por meio de: • intercâmbio sistemático de informações produtivas, tecnológicas e mercadológicas (com clientes, fornecedores,
concorrentes e outros) • interação de vários tipos, envolvendo empresas e outras instituições, por meio de programas comuns de
treinamento, realização de eventos/feiras, cursos e seminários, entre outros • integração de competências, por meio da realização de projetos conjuntos, incluindo desde melhoria de
produtos e processos até pesquisa e desenvolvimento propriamente dita, entre empresas e destas com outras instituições
107
9. Quais dos seguintes agentes desempenharam papel importante como parceiros, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto a localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior.
OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA
COOPERA
FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a
quantidade e a intensidade da cooperação
desenvolvidas nos últimos 24 meses com cada
organização)
Compra de
insumos e equip.
Venda conjunta
de produtos e serviços
Desenv. de produtos,
processos e serviços
Desenv. e Acesso a redes ou sistemas de informatização
Capacitação de RH
Obtenção de financiamento
ou crédito
Reivindicações conjuntas
Ampliar e/ou
manter as vantagens
locais
Participação conjuntas,
feiras,eventos, etc
Outras especificar
IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO (mede a
importância das ações cooperativas desenvolvidas com
cada organização para o desempenho e competitividade da
empresa)
AGENTES
sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Agentes Produtivos Clientes Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação
Fornecedores Empresas de consultoria
Instituições de pesquisa e capacitação de RH Centros de capacitação profissional, ou técnica (Senai / Senac)
Instituição de Pesquisa
Faculdades, universidades
Outros Agentes Entidades culturais e de meio ambiente
Organizações (ONGs) ligadas ao atrativo turístico/cultural local
Entidades sindicais, (Associação ou sindicato de trabalhadores e patronal)
Órgãos de comunicação (TV,
108
Rádio, jornal)
OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA
COOPERA
FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a quantidade e a intensidade da
cooperação desenvolvidas nos
últimos 24 meses com cada organização)
Compra de
insumos e equip.
Venda conjunta de produtos e serviços
Desenv. de
produtos,
processos e
serviços
Desenv. e Acesso a redes ou
sistemas de informatizaç
ão
Capacitação de RH
Obtenção de
financiamento ou crédito
Reivindicações
conjuntas
Ampliar e/ou manter as vantagens
locais
Participação
conjuntas, feiras,eventos, etc
Outras especifi
car
IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO
(mede a importância das ações cooperativas desenvolvidas
com cada organização para o desempenho e
competitividade da empresa)
AGENTES
sim não baixa média
alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta
Outros Agentes Órgãos de apoio e promoção (Sebrae)
Prefeitura Municipal (Setur, Floram)
Governo Estadual (Santur, Fatma)
Governo Federal (Embratur, Ibama)
Outras entidades ligadas ao poder público
109
10. Caso o empreendimento já tenha participado de alguma forma de cooperação com agentes locais, como avalia os resultados das ações conjuntas já realizadas. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhoria na qualidade dos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Desenvolvimento de novos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nos processos produtivos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nas condições de marketing/comercialização ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação de recursos humanos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria na relação com fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Introdução de inovações organizacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Novas oportunidades de negócios ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de nome/marca do empreendimento no mercado nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior inserção do empreendimento no mercado externo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras: especificar ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) III – ESTRUTURA, GOVERNANÇA E VANTAGENS ASSOCIADAS AO AMBIENTE LOCAL 1. Qual a importância para o seu empreendimento das seguintes características da mão-de-obra local? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Características Grau de importância Escolaridade formal de 1º e 2º graus ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Escolaridade em nível superior e técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Conhecimento prático e/ou técnico na produção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disciplina ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Flexibilidade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criatividade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade para aprender novas qualificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outros. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
2. Como o seu empreendimento avalia a contribuição de sindicatos, associações, cooperativas, locais no tocante às seguintes atividades: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Tipo de contribuição Grau de importância
Auxílio na definição de objetivos comuns para o arranjo produtivo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo na percepção de visões de futuro para ação estratégica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ação para ampliar as vantagens locais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilização de informações sobre matérias-primas, equipamento, assistência técnica, consultoria, etc. ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Identificação de fontes e formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações cooperativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Apresentação de reivindicações comuns ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criação de fóruns e ambientes para discussão ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações dirigidas a capacitação tecnológica de empresas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo ao desenvolvimento do sistema de ensino e pesquisa local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Organização de eventos técnicos e comerciais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
110
IV – POLÍTICAS PÚBLICAS E FORMAS DE FINANCIAMENTO
1. O empreendimento participa ou tem conhecimento sobre algum tipo de programa ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Não tem conhecimento 2. Conhece, mas não
participa 3. Conhece e
participa Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
2. Qual a sua avaliação dos programas ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Avaliação positiva 2. Avaliação negativa 3. Sem elementos para
avaliação Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
3. Quais políticas públicas poderiam contribuir para o aumento da eficiência competitiva dos empreendimentos do arranjo? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Ações de Política Grau de importância Programas de capacitação profissional e treinamento técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhorias na educação básica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de apoio a consultoria técnica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulos à oferta de serviços tecnológicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de acesso à informação (produção, tecnologia, mercados, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Linhas de crédito e outras formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Incentivos fiscais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Políticas de fundo de aval ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de estímulo ao investimento (venture capital) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (especifique): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Indique os principais obstáculos que limitam o acesso do empreendimento as fontes externas de financiamento: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Limitações Grau de importância Inexistência de linhas de crédito adequadas às necessidades da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Dificuldades ou entraves burocráticos para se utilizar as fontes de financiamento existentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Exigência de aval/garantias por parte das instituições de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Entraves fiscais que impedem o acesso às fontes oficiais de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras. Especifique ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
111
ANEXO D – QUESTIONÁRIO PARA RESTAURANTES
REDESIST - QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO EM EMPREENDIMENTOS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL
RESTAURANTES
Número do questionário: ________________ Entrevistador: ___________________________________ Nome do respondente: __________________________________________________________________ Cargo na empresa: _____________________________________________________________________ I - IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS COMPETITIVAS
12. Razão Social: _____________________________________Ano de fundação: ________________ 13. Endereço_______________________________________________________________________ 14. Município de localização: ______________________ Bairro: _____________________________ 15. Tamanho. 1.( ) micro (até 09 func.) 2.( ) Pequena (de10 a 49 func.) 3.( ) Média (50 a 99 func.) 4. ( ) Grande (Acima de 99 func.) 16. Natureza do estabelecimento: ( ) Tradicional / A la carte ( ) Self service / buffet ( ) Misto ( )Outros: citar_____________________ 6. Tipo de Restaurante (cozinha) - Especialização: ( ) Variada ( ) Frutos do mar ( ) Churrascarias ( ) Pizzas e lanches ( ) Internacional: Citar ___________________
7. Se o empreendimento é parte de um grupo empresarial identifique a origem do capital controlador do empreendimento e sua posição no grupo:
Origem Localização Posição no grupo ( ) 1 Local ( ) 2 Nacional ( ) 3 Estrangeiro ( ) 4 Nacional e Estrangeiro
Estado:_________ País:___________
( ) 1. Controladora ( ) 2 Controlada ( )3. Coligada
8. Número de sócios: ______________ 9. Caso não pertença a grupo econômico, identifique o perfil do principal sócio:
Perfil Dados Idade quando criou a empresa Sexo ( ) 1. Masculino ( ) 2.Feminino Escolaridade quando criou a empresa* 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) Seus pais eram empresários ( ) 1. Sim ( ) 2. Não Principal atividade anterior ** 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) • * 1. Analfabeto; 2. Ensino Fundamental Incompleto; 3. Ensino Fundamental Completo; 4. Ensino Médio Incompleto; 5. Ensino Médio
Completo; 6. Superior Incompleto; 7. Superior Completo; 8. Pós Graduação. • ** 1. Estudante universitário 2. Estudante de escola técnica 3. Empregado de micro ou pequeno empreendimento local 4. Empregado
de médio ou grande empreendimento local 5. Empregado de empreendimento de fora do arranjo 6. Funcionário de instituição pública 7. Empresário 8. Outra, citar
112
10. Caso não pertença a grupo econômico, identifique a origem do capital para iniciar o empreendimento.
Estrutura do capital da empresa Participação percentual (%)
Dos sócios Empréstimos de parentes e amigos Empréstimos de instituições financeiras gerais
Empréstimos de instituições de apoio as MPEs
Adiantamento de materiais por fornecedores Adiantamento de recursos por clientes Outras. Citar: Total 100% 11. Identifique os principais momentos de evolução do capital da empresa, como inclusão ou exclusão de sócios, aquisição ou venda de empreendimentos: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12. Evolução da empresa
Anos Pessoal ocupado
Faturamento Preços correntes
(R$) 1990 1995 2000 2005
13.Indique sua estimativa sobre o perfil dos clientes e freqüência segundo os períodos do ano
Perfil e freqüência dos clientes % Período Meses do ano Turistas Residentes Grupos de excursão
Alta temporada Baixa temporada
14. Características das instalações/equipamentos e serviços oferecidos pelo empreendimento
Tipo de equipamento e serviços Sim Não Quantidade Mesas e cadeiras Área destinada a eventos (Percentual no faturamento anual ______________% Bar, Hall de recepção Estacionamento Sistemas de informatização Outros (Citar)
113
15. Informe o número de pessoas que trabalham no empreendimento, segundo características das relações de trabalho:
Tipo de relação de trabalho Número de pessoal ocupado Sócio proprietário Contratos formais Estagiário Serviço temporário Terceirizados Familiares sem contrato formal
Total atual Total de pessoas no início do empreendimento 16. Escolaridade do pessoal ocupado (situação atual):
Ensino Número do pessoal ocupado Analfabeto Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-Graduação Total 17. Relações comerciais com os principais fornecedores Indique o grau de freqüência com que mantêm as relações com os seus fornecedores assinalando (0) caso não mantenha relação, (1) se a relação ocorre de forma ocasional, e (2) se a relação é rotineira e freqüente.
Localização e freqüências das relações comerciais mantidas com fornecedores Fornecedor
Local Estadual Nacional Internacional 1. Fornecedores de equipamentos e insumos Máquinas e equipamentos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Utensílios domésticos, cama, mesa e banho (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos In natura (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos pré-elaborados (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Alimentos – outros insumos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Bebidas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Mobiliário e decoração (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Softwares (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) 2. Fornecedores de serviços turísticos Empresas fornecedoras de passagens Aéreas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de passeios marítimos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Empresas de transportes rodoviários de passageiros (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)
Empresas de transporte para traslados no município (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)
Hotéis e Pousadas (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Operadoras de turismo (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Organizadoras de eventos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Locadoras de veículos (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Imobiliárias (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) Guias e interpretes (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2) (0) (1) (2)
114
18. Sua empresa mantém relações de subcontratação com outras empresas?
Seu empreendimento é: Sim Não Para que atividade?
Subcontratada de empreendimento local Subcontratada de empreendimentos localizados fora do arranjo
Subcontratante de empreendimento local Subcontratante de empreendimento de fora do arranjo 19. Quais fatores são determinantes para manter a capacidade competitiva do empreendimento? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Fatores Grau de importância 1. As características dos serviços ofertados Originalidade do cardápio ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Especialização do cardápio ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Diversificação do cardápio ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Diversidade dos serviços oferecidos (som ao vivo, recreação, música ambiente, recepção, tv) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
2. A qualidade do serviço Agilidade no atendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Qualidade dos insumos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ambiente físico (iluminação, ventilação, decoração, ruído, limpeza) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 3. As formas de comercialização Formas de pagamento (cheque, cartão de débito, credito) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Utilização da Internet (qualidade do site, interatividade com cliente, cardápio reservas, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de promoções ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As formas de divulgação e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Outros fatores que afetam o conjunto do empreendimento: Qualidade da mão de obra contratada ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Custo da mão de obra contratada ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Localização do empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível tecnológico dos equipamentos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade de introdução de novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A marca já obtida pelo empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) As relações de parceria com agentes de viagens e operadores ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A participação em programas públicos de apoio e promoção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (citar): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
,
115
II – INOVAÇÃO, COOPERAÇÃO E APRENDIZADO BOX 1
Um novo produto (bem ou serviço) é aquele que é novo para o seu empreendimento ou para o mercado e cujas características tecnológicas ou uso previsto diferem significativamente de todos os produtos/serviços que seu empreendimento já produziu. Uma significativa melhoria tecnológica de produto (bem ou serviço) refere-se a um produto/serviço previamente existente cuja performance foi substancialmente aumentada. Um produto complexo que consiste de um número de componentes ou subsistemas integrados pode ser aperfeiçoado via mudanças parciais de um dos componentes ou subsistemas. Mudanças que são puramente estéticas ou de estilo não devem ser consideradas. Novos processos de produção são aqueles que são novos para a sua empreendimento ou para o setor. Eles envolvem a introdução de novos métodos, procedimentos, sistemas, máquinas ou equipamentos que diferem substancialmente daqueles previamente utilizados por sua firma. Significativas melhorias dos processos de produção envolvem importantes mudanças tecnológicas parciais em processos previamente adotados. Pequenas ou rotineiras mudanças nos processos existentes não devem ser considerada. 1. A empreendimento tem a prática de inovar em seus produtos ou serviços? Qual a ação do seu empreendimento no período entre 2003 e 2005, quanto à introdução de inovações? Informe as principais características conforme listado abaixo. (observe no Box 1 os conceitos de produtos/processos novos ou produtos/processos significativamente melhorados de forma a auxilia-lo na identificação do tipo de inovação introduzida)
Esforço de inovação Descrição 1.
Sim 2.
Não Próprio Conjunto
Inovações de produto/serviço Produto novo para a sua empresa, mas já existente no mercado? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado nacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Produto novo para o mercado internacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Inovações de processo Processos tecnológicos novos para a sua empresa, mas já existentes no setor? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Processos tecnológicos novos para o setor de atuação? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Outros tipos de inovação Criação ou melhoria substancial, do ponto de vista tecnológico, do modo de acondicionamento de produtos (embalagem)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
Inovações no desenho de produtos? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Realização de mudanças organizacionais (inovações organizacionais) Implementação de técnicas avançadas de gestão ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de significativas mudanças na estrutura organizacional? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de marketing ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Mudanças significativas nos conceitos e/ou práticas de comercialização ? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) Implementação de novos métodos e gerenciamento, visando a atender normas de certificação (ISO 9000, ISO 14000, etc.)? ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 )
116
BOX 2 Atividades inovativas são todas as etapas necessárias para o desenvolvimento de produtos ou processos novos ou melhorados, podendo incluir: pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos; desenho e engenharia; aquisição de tecnologia incorporadas ao capital (máquinas e equipamentos) e não incorporadas ao capital (patentes, licenças, know how, marcas de fábrica, serviços computacionais ou técnico-científicos) relacionadas à implementação de inovações; modernização organizacional (orientadas para reduzir o tempo de produção, modificações no desenho da linha de produção e melhora na sua organização física, desverticalização, just in time, círculos de qualidade, qualidade total, etc); comercialização (atividades relacionadas ao lançamento de produtos novos ou melhorados, incluindo a pesquisa de mercado, gastos em publicidade, métodos de entrega, etc); capacitação, que se refere ao treinamento de mão-de-obra relacionado com as atividades inovativas da empresa.
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - compreende o trabalho criativo que aumenta o estoque de conhecimento, o uso do conhecimento objetivando novas aplicações, inclui a construção, desenho e teste de protótipos. Projeto industrial e desenho - planos gráficos orientados para definir procedimentos, especificações técnicas e características operacionais necessárias para a introdução de inovações e modificações de produto ou processos necessárias para o início da produção.
2. Que tipo de atividade inovativa seu empreendimento desenvolveu no ano de 2005? Indique o grau de constância dedicado à atividade assinalando (0) se não desenvolveu, (1) se desenvolveu rotineiramente, e (2) se desenvolveu ocasionalmente. (observe no Box 2 a descrição do tipo de atividade)
Descrição Grau de Constância
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na sua empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição externa de P&D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Aquisição de máquinas e equipamentos que implicaram em significativas melhorias tecnológicas de produtos/processos ou que estão associados aos novos produtos/processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Aquisição de outras tecnologias (softwares, licenças ou acordos de transferência de tecnologias tais como patentes, marcas, segredos industriais) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Realização de programas de capacitação para introduzir inovações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) Implantação de Programas de gestão da qualidade ou de modernização organizacional, tais como: qualidade total, reengenharia de processos administrativos, desverticalização do processo produtivo, métodos de “just in time”, etc
( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Realização de pesquisas de mercado ou esforço de desenvolvimento de novas formas de comercialização para introdução de produtos ou serviços novos ou significativamente melhorados
( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
3. Informe os gastos despendidos para desenvolver as atividades de inovação: Gastos com atividades inovativas sobre faturamento em 2005.....................( %) Que tipos de gastos? ________________________________ Fontes de financiamento para as atividades inovativas (em %) Próprias ( %) De Terceiros ( %) Privados ( %) Público (FINEP,BNDES, SEBRAE, BB, etc.) ( %)
117
BOX 3 Na literatura econômica, o conceito de aprendizado está associado a um processo cumulativo através do qual as firmas ampliam seus conhecimentos, aperfeiçoam seus procedimentos de busca e refinam suas habilidades em desenvolver, produzir e comercializar bens e serviços. As várias formas de aprendizado se dão: - a partir de fontes internas à empresa, incluindo: aprendizado com experiência própria, no processo de
produção, comercialização e uso; na busca de novas soluções técnicas nas unidades de pesquisa e desenvolvimento; e
- a partir de fontes externas, incluindo: a interação com fornecedores, concorrentes, clientes, usuários, consultores, sócios, universidades, institutos de pesquisa, prestadores de serviços tecnológicos, agências e laboratórios governamentais, organismos de apoio, entre outros.
Nos APLs, o aprendizado interativo constitui fonte fundamental para a transmissão de conhecimentos e a ampliação da capacitação produtiva e inovativa das firmas e instituições. 4. Quais dos seguintes itens desempenharam um papel importante como fonte de informação para o aprendizado, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto à localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior. (Observe no Box 3 os conceitos sobre formas de aprendizado). Grau de Importância Formalização Localização Fontes Internas Departamento de P & D ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Área de operação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Áreas de vendas e marketing ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Serviços internos de atendimento ao cliente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Outros (especifique) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) Fontes Externas
Outros empreendimentos dentro do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empreendimentos associadas (joint venture) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Fornecedores de insumos, equipamentos, materiais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Fornecedores de serviços turísticos Clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Concorrentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outros empreendimentos do Setor ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Empresas de consultoria ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Universidades e Outros Institutos de Pesquisa Universidades ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Institutos de Pesquisa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Centros de capacitação profissional, de assistência técnica e de manutenção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Instituições de testes, ensaios e certificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Outras fontes de informação Licenças, patentes e “know-how” ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Conferências, Seminários, Cursos e Publicações Especializadas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Feiras, Exibições e Lojas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 ) Encontros de Lazer (Clubes, Restaurantes, etc) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Associações empresariais locais (inclusive consórcios de exportações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
Informações de rede baseadas na internet ou computador ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) ( 4 )
118
5. Seu empreendimento efetuou atividades de treinamento e capacitação de recursos humanos durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Treinamento no empreendimento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos realizados no arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Treinamento em cursos técnicos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empresas fornecedoras ou clientes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estágios em empreendimentos do grupo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Contratação de técnicos de outros empreendimentos do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Contratação de técnicos de empreendimentos fora do arranjo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Absorção de formandos dos cursos universitários localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Absorção de formandos dos cursos técnicos localizados no arranjo ou próximo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
6. Avalie a importância do impacto resultante da introdução de inovações durante os últimos três anos, 2003 a 2005, na sua empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Aumento da produtividade da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ampliação da gama de produtos ou serviços ofertados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento da qualidade dos produtos ou serviços ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu que o empreendimento mantivesse a sua participação nos mercados de atuação ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Aumento na participação de clientes de origem nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Aumento na participação de clientes de origem internacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Permitiu que o empreendimento abrisse novos mercados ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos do trabalho ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução de custos de insumos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu a redução do consumo de energia ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu o enquadramento em regulações e normas ditadas por:
- Órgãos internacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) - Órgãos Nacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Permitiu reduzir o impacto sobre o meio ambiente ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 7. Como resultado dos processos de treinamento e aprendizagem, formais e informais, acima discutidos, como melhoraram as capacitações da empresa. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhor utilização de técnicas produtivas, equipamentos, insumos e componentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior capacitação para realização de modificações e melhorias em produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação para desenvolver novos produtos e processos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior conhecimento sobre as características dos mercados de atuação da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação administrativa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
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8. Quais são as principais vantagens que o empreendimento tem por estar localizada no arranjo? Coloque 0 se a vantagem não é usufruída pelo seu empreendimento, caso contrário indique o grau de importância na utilização da vantagem proporcionada pelo local segundo a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância.
Externalidades Grau de importância Disponibilidade de mão-de-obra qualificada na prestação de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Nível educacional e adequada formação da mão de obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) O baixo custo da mão-de-obra local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A presença no local de fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A adequada infra-estrutura hoteleira ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilidade de serviços técnicos especializados para a administração do empreendimento (software, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
A qualidade da Infra-estrutura física (energia, transporte, comunicações) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A preservação dos atrativos turísticos pelos órgãos públicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A receptividade ao turista pela população local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Existência de programas públicos de apoio e promoção ao turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A ação adequada das associações representativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Proximidade com universidades e centros de pesquisa dedicados à área do turismo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de eventos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) A realização de ações públicas para atenuar a sazonalidade da atividade turística local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outra. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
BOX 4 O significado genérico de cooperação é o de trabalhar em comum, envolvendo relações de confiança mútua e coordenação, em níveis diferenciados, entre os agentes. Em arranjos produtivos locais, identificam-se diferentes tipos de cooperação, incluindo a cooperação produtiva visando a obtenção de economias de escala e de escopo, bem como a melhoria dos índices de qualidade e produtividade; e a cooperação inovativa, que resulta na diminuição de riscos, custos, tempo e, principalmente, no aprendizado interativo, dinamizando o potencial inovativo do arranjo produtivo local. A cooperação pode ocorrer por meio de: • intercâmbio sistemático de informações produtivas, tecnológicas e mercadológicas (com clientes, fornecedores,
concorrentes e outros) • interação de vários tipos, envolvendo empresas e outras instituições, por meio de programas comuns de
treinamento, realização de eventos/feiras, cursos e seminários, entre outros • integração de competências, por meio da realização de projetos conjuntos, incluindo desde melhoria de
produtos e processos até pesquisa e desenvolvimento propriamente dita, entre empresas e destas com outras instituições
120
9. Quais dos seguintes agentes desempenharam papel importante como parceiros, durante os últimos três anos, 2003 a 2005? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Indicar a formalização utilizando 1 para formal e 2 para informal. Quanto a localização utilizar 1 quando localizado no arranjo, 2 no estado, 3 no Brasil, 4 no exterior.
OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA
COOPERA
FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a
quantidade e a intensidade da cooperação
desenvolvidas nos últimos 24 meses com cada
organização)
Compra de
insumos e equip.
Venda conjunt
a de produto
s e serviço
s
Desenv. de
produtos, processo
s e serviços
Desenv. e Acesso a redes ou
sistemas de informatizaçã
o
Capacitação de RH
Obtenção de financiamento ou crédito
Reivindicações conjuntas
Ampliar e/ou
manter as vantagens locais
Participação conjuntas,
feiras,eventos, etc
Outras especific
ar
IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO
(mede a importância das ações cooperativas desenvolvidas
com cada organização para o desempenho e competitividade
da empresa)
AGENTES
sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Agentes Produtivos Clientes Empreendimentos locais do mesmo ramo de atuação
Fornecedores Empresas de consultoria
Instituições de pesquisa e capacitação de RH Centros de capacitação profissional, ou técnica (Senai / Senac)
Instituição de Pesquisa
Faculdades, universidades
Outros Agentes Entidades culturais e de meio ambiente
Organizações (ONGs) ligadas ao atrativo turístico/cultural local
Entidades sindicais, (Associação ou sindicato de trabalhadores e patronal)
Órgãos de comunicação (TV,
121
Rádio, jornal)
OBJETIVOS DA ATIVIDADE COOPERATIVA
COOPERA
FREQUENCIA DAS AÇÕES (mede a quantidade e a intensidade da
cooperação desenvolvidas nos
últimos 24 meses com cada organização)
Compra de
insumos e equip.
Venda conjunta de produtos e serviços
Desenv. de
produtos,
processos e
serviços
Desenv. e Acesso a redes ou
sistemas de informatizaç
ão
Capacitação de RH
Obtenção de
financiamento ou
crédito
Reivindicações conjuntas
Ampliar e/ou
manter as vantagens
locais
Participação conjuntas,
feiras,eventos, etc
Outras especificar
IMPORTÂNCIA PARA O SEU EMPREENDIMENTO
(mede a importância das ações cooperativas
desenvolvidas com cada organização para o
desempenho e competitividade da
empresa)
AGENTES
sim não baixa média alta Marcar o quadro com X se houve tipo de cooperação Nula Baixa Média Alta Outros Agentes Órgãos de apoio e promoção (Sebrae)
Prefeitura Municipal (Setur, Floram)
Governo Estadual (Santur, Fatma)
Governo Federal (Embratur, Ibama)
Outras entidades ligadas ao poder público
122
10. Caso o empreendimento já tenha participado de alguma forma de cooperação com agentes locais, como avalia os resultados das ações conjuntas já realizadas. Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa. Descrição Grau de Importância Melhoria na qualidade dos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Desenvolvimento de novos produtos/SERVIÇOS ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nos processos produtivos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria nas condições de marketing/comercialização ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhor capacitação de recursos humanos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhoria na relação com fornecedores de serviços turísticos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Introdução de inovações organizacionais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Novas oportunidades de negócios ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de nome/marca do empreendimento no mercado nacional ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Maior inserção do empreendimento no mercado externo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras: especificar ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) III – ESTRUTURA, GOVERNANÇA E VANTAGENS ASSOCIADAS AO AMBIENTE LOCAL 1. Qual a importância para o seu empreendimento das seguintes características da mão-de-obra local? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Características Grau de importância Escolaridade formal de 1º e 2º graus ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Escolaridade em nível superior e técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Conhecimento prático e/ou técnico na produção ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disciplina ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Flexibilidade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criatividade ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Capacidade para aprender novas qualificações ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outros. Citar: ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
2. Como o seu empreendimento avalia a contribuição de sindicatos, associações, cooperativas, locais no tocante às seguintes atividades: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Tipo de contribuição Grau de importância
Auxílio na definição de objetivos comuns para o arranjo produtivo ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo na percepção de visões de futuro para ação estratégica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Ação para ampliar as vantagens locais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Disponibilização de informações sobre matérias-primas, equipamento, assistência técnica, consultoria, etc. ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Identificação de fontes e formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações cooperativas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Apresentação de reivindicações comuns ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Criação de fóruns e ambientes para discussão ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Promoção de ações dirigidas a capacitação tecnológica de empresas ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulo ao desenvolvimento do sistema de ensino e pesquisa local ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Organização de eventos técnicos e comerciais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
123
IV – POLÍTICAS PÚBLICAS E FORMAS DE FINANCIAMENTO 1. O empreendimento participa ou tem conhecimento sobre algum tipo de programa ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Não tem
conhecimento 2. Conhece, mas não
participa 3. Conhece e
participa Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
2. Qual a sua avaliação dos programas ou ações específicas para o segmento onde atua, promovido pelos diferentes âmbitos de governo e/ou instituições abaixo relacionados: Instituição/esfera governamental 1. Avaliação positiva 2. Avaliação
negativa 3. Sem elementos
para avaliação Governo federal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo estadual ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Governo local/municipal ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) SEBRAE ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras Instituições ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
3. Quais políticas públicas poderiam contribuir para o aumento da eficiência competitiva dos empreendimentos do arranjo? Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Ações de Política Grau de importância Programas de capacitação profissional e treinamento técnico ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Melhorias na educação básica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de apoio a consultoria técnica ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Estímulos à oferta de serviços tecnológicos ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de acesso à informação (produção, tecnologia, mercados, etc.) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Linhas de crédito e outras formas de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Incentivos fiscais ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Políticas de fundo de aval ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Programas de estímulo ao investimento (venture capital) ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras (especifique): ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) 4. Indique os principais obstáculos que limitam o acesso do empreendimento as fontes externas de financiamento: Favor indicar o grau de importância utilizando a escala, onde 1 é baixa importância, 2 é média importância e 3 é alta importância. Coloque 0 se não for relevante para a sua empresa.
Limitações Grau de importância
Inexistência de linhas de crédito adequadas às necessidades da empresa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Dificuldades ou entraves burocráticos para se utilizar as fontes de financiamento existentes ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
Exigência de aval/garantias por parte das instituições de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Entraves fiscais que impedem o acesso às fontes oficiais de financiamento ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) Outras. Especifique ( 0 ) ( 1 ) ( 2 ) ( 3 )
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ANEXO E - ROTEIRO DE ENTREVISTA – ASSOCIAÇÕES 1. Identificação da instituição e do entrevistado 2. Funções e objetivos da instituição 3. Formação e desenvolvimento da instituição 4. Número e principais associados 5. Como as instituições avaliam o crescimento de atividades que são sub-produto do turismo nos meses de alta temporada, caso do mercado imobiliário? 6. Quais as ações direcionadas à atração de novos turistas de modo a garantir a sua fidelização ao local? 7. Quais as estratégias de marketing turístico para divulgação, comercialização e aumento da demanda turística para o local? 8. Como as instituições estimulam as especificidades do turismo local (cidade como produto turístico) para fazer frente à concorrência com outros destinos turísticos? A divulgação da imagem da cidade associada não só ao turismo tradicional (sol e mar), mas como um importante destino turístico de negócios e eventos minimiza os efeitos da sazonalidade no local? 9. Como se dá à interação com instituições de ensino e capacitação de recursos humanos, para qualificação da oferta de mão de obra, direcionadas as atividades de turismo no local? 10. O que vem sendo realizado pelas instituições para minimizar o problema da informalidade da mão-de-obra local? 11. Interações com os órgãos governamentais para o desenvolvimento da atividade turística local? 12. A instituição realiza projetos em parceria com outros agentes público-privado para o desenvolvimento do potencial turístico local? 13. Principais carências identificadas pela instituição para desenvolvimento do arranjo turístico local? 14. Sugestões da instituição para políticas de aumento da capacidade competitiva do arranjo turístico local?
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ANEXO F- ROTEIRO DE ENTREVISTA – INSTITUIÇÕES DE ENSINO
Instituição: Ano de Fundação: Entrevistado: Função:
1. Nível de qualificação e número de funcionários (Docentes e técnicos) Qualificação Número do pessoal ocupado
Doutorado Mestrado nível superior Graduação
nível médio Total
2. Indique a origem dos docentes e funcionários técnicos Origem % Escolas técnicas locais Escolas técnicas de SC Escolas técnicas nacionais Universidades locais Universidades de SC Universidades nacionais Outros Total
3. A instituição oferece laboratório experimental (restaurantes, hotel – escola), etc)? Qual a importância para qualificação dos alunos? 4. Número médio de formandos empregados em empresas locais. _________ (média anual ou %) 5. Número de estágios oferecidos por empresas locais. _________ (média anual ou %) 6. Qual o motivo para a oferta de cursos voltados ao setor turístico nessa região? 7.Identificar e caracterizar os cursos ofertados (duração, número de vagas, número de alunos) e perfil dos alunos. 8. A instituição interage com empresas do setor turístico? Indique o grau de freqüência com que mantêm as relações com os seus parceiros assinalando (0) caso não mantenha relação, (1) se a relação ocorre de forma ocasional, e (2) se a relação é rotineira e freqüente.
Freqüência Objetivos da atividade cooperativa ( 0 ) ( 1 ) ( 2 )
Indique o(s) parceiro(s) na atividade cooperativa
Convênio para estágio Projetos de pesquisa Prestação de serviços (consultorias, pesquisa de mercado)
Programas de capacitação profissional e treinamento técnico
Promoção de eventos Convênio para utilização de Infra-estrutura (laboratórios)
Outros. Citar:
9. Quais as ações que a instituição realiza para minimizar o problema da informalidade da mão-de-obra local? 10. Na sua avaliação qual a importância da Universidade/ Escola Técnica desenvolver parcerias com outras instituições de educação superior ou de pesquisa, com instituições públicas ou privadas ou com o setor empresarial para ampliar a capacidade competitiva do arranjo turístico local? 11. Na sua avaliação qual a principal contribuição da Universidade/ Escola Técnica para o desenvolvimento do potencial turístico local?
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ANEXO G - ROTEIRO DE ENTREVISTA – INSTITUIÇÕES PÚBLICAS MUNICIPAL, ESTADUAL, FEDERAL DE TURISMO
1. Identificação da instituição e do entrevistado 2. Funções e objetivos da instituição 3. Formação e desenvolvimento da instituição 4. Quais as ações de fomento e planejamento para o desenvolvimento turístico do local? 5. Quais as políticas implementadas para consolidar a cidade no roteiro turístico nacional? 6. Como são as ações de parceria com agentes público / privado para ampliação da oferta turística do local? 7. Quais ações direcionadas á melhoria da infra-estrutura básica (coleta de lixo, rede de esgoto, segurança pública, transporte urbano, etc) que qualificam o produto turístico local? 8. Como se dá à interação com instituições de ensino e capacitação de recursos humanos, para qualificação da oferta de mão de obra, direcionadas as atividades de turismo no local? 9. O que vem sendo realizado pelas instituições para minimizar o problema da informalidade da mão-de-obra local? 10. Como se dá a interação com as instituições de preservação voltadas a valorização do patrimônio ambiental / histórico / cultural como elemento de atração turística local? 11. Quais as ações para captar investimentos direcionados a expansão da oferta de equipamentos e serviços de natureza turística? 12. Quais as estratégias de marketing turístico para divulgação, comercialização e aumento da demanda turística para o local? 13. Como as instituições estimulam as especificidades do turismo local (cidade como produto turístico) para fazer frente à concorrência com outros destinos turísticos? A divulgação da imagem da cidade associada não só ao turismo tradicional (sol e mar), mas como um importante destino turístico de negócios e eventos minimiza os efeitos da sazonalidade no local? 14. Como as instituições avaliam o crescimento de atividades que são sub-produto do turismo nos meses de alta temporada, caso do mercado imobiliário? 15. A instituição realiza projetos em parceria com outros agentes público-privado para o desenvolvimento do potencial turístico local? 16. Principais carências identificadas pela instituição para desenvolvimento do arranjo turístico local? 17 Sugestões da instituição para políticas de aumento da capacidade competitiva do arranjo turístico local?