Post on 24-Nov-2018
INDICADORES AMBIENTAIS DA
SAÚDE DO TRABALHADOR
Eng. Paulo Roberto de Oliveira
HIGIENE OCUPACIONAL
• Para aferir se os Riscos Ambientais podem ocasionar alteração na saúde do trabalhador foram estabelecidos Bases de Avaliação ou padrões de comparação, denominados Limites de Tolerância ou Limites de Exposição
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
“É a intensidade (de agentes físicos) ou a concentração (de agentes químicos), relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente ambiental, que não causará dano à saúde da maioria dos trabalhadores expostos, durante toda a sua vida laboral.”
DEFINIÇÃO DE LIMITE DE TOLERÂNCIA
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
Deve refletir o atual conhecimento científico sobre o assunto (existem exceções em alguns limites da NR15).
Deve oferecer proteção à “maioria do expostos” (não tem a pretensão de protegê-los em 100%).
O LT não deve ser entendido como o limiar entre o céu e o inferno, mas, como um bom parâmetro a bem da prevenção.
ASPECTOS IMPORTANTES DO LIMITE DE TOLERÂNCIA
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
Está fixado sobre uma base de tempo de exposição: Ruído: jornada diária (8horas); Químicos: jornada semanal (40 / 44 / 48 horas); Calor: a hora (60 minutos consecutivos) mais desfavorável.
Todo LT pressupõe evitar algum tipo de dano (vice ACGIH).
ASPECTOS IMPORTANTES DO LIMITE DE TOLERÂNCIA
BASES DE AVALIAÇÃO
Exemplo de tipo de dano a evitar
TIPOS DE LIMITE DE EXPOSIÇÃO
LT MÉDIA PONDERADA - TWA
• É o limite de base horária semanal (40, 48 h), para o qual todos os trabalhadores podem estar expostos durante toda a sua vida útil sem ocorrência de efeitos adversos à saúde. • Alguns períodos de exposição acima do LT são permitidos, desde que compensados por períodos de exposição abaixo do LT.
Concentração VM
LT
TEMPO
Concentração VM
LT
TEMPO
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
LT VALOR TETO (NR 15) ou TLV – C (ACGIH)
• É um limite de exposição que representa a concentração que não deve ser nunca excedida, mesmo instantaneamente durante a jornada de trabalho. • Normalmente aplicado a substâncias relacionadas com irritação física.
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
TLV – STEL (ACGIH)
• É um Limite de Exposição média ponderada em 15 minutos que não deve ser ultrapassado em qualquer momento da jornada de trabalho, mesmo que a TWA (concentração média ponderada) esteja dentro dos limites de exposição. • Exposições acima do TLV-STEL devem ocorrer com duração inferior a 15 minutos e não mais do que 4 vezes ao dia, considerando-se um intervalo mínimo de 60 minutos entre exposições sucessivas.
Concentração
LT
TEMPO
HIGIENE OCUPACIONAL
ALTERAÇÃO DO LT EM FUNÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO
FÓRMULA DE BRIEF & SCALA (proposta pela ACGIH)
Onde:
Hsp = Número de horas da jornada semanal padrão
Hsr = Número de horas da jornada semanal real
168 = Número de horas total da semana (24 x 7 horas)
F.C. = Hsp/Hsr X (168 – Hsr) / (168-Hsp)
HIGIENE OCUPACIONAL
EFEITOS ADITIVOS - ACGIH
Quando duas ou mais substâncias nocivas presentes numa mistura tiverem efeitos toxicológicos similares sobre o mesma sistema orgânico ou parte do organismo deverá ser considerado, em primeiro lugar, seus efeitos combinados. Isto pode ocorrer, por exemplo, nos processos de soldagem e pintura, ocasião em que o efeito biológico combinado da mistura deverá ser igual à soma do efeito de cada um dos agentes, usando a seguinte equação matemática:
Se DOSE > 1,0 o Limite de Exposição foi excedido.
NOTA: A NR 15 não prevê Efeitos Aditivos.
DOSE = C1/LT1 + C2/LT2 + ... + Cn/LTn
HIGIENE OCUPACIONAL
EFEITOS ADITIVOS Exemplo:
De acordo com ACGIH, essas três substâncias são irritantes do
sistema respiratório. Logo, são aditivas. Então, considerando a fórmula , temos que: DOSE = 160/500 + 20/200 + 90/200 = 0,32 + 0,10 + 0,45 DOSE = 0,87 < 1,0
Conclusão: O Limite de Exposição para a mistura não foi
excedido.
Agente Concentração TLV-TWA
Acetona 160 ppm 500 ppm
Acetato de sec-butila 20 ppm 200 ppm
Metil etil cetona 90 ppm 200 ppm
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
O NIVEL DE AÇÃO
O Nível de ação é um parâmetro usado como uma “margem de segurança”, previsto tanto na NR 09 (Nível de Ação) como na ACGIH (Action Level).
Seu valor corresponde a 50% do Limite de Tolerância (0,5 LT) e se espera que proteja inclusive os hipersensíveis e sirva como margem para eventuais desvios de amostragem.
Na prática, quando ultrapassado o Nível de Ação, segundo o subitem 9.3.6.2- da NR 9, deverão ser sistemáticas as ações de controle, como por exemplo, as previstas no PPRA e no PCMSO.
PRINCIPAIS INDICADORES
AMBIENTAIS
RUÍDO
RUIDO DE IMPACTO
RUIDO DE IMPACTO
Para fins de Enquadramento da Insalubridade e de Prevenção
• Os níveis de impacto serão medidos em dB, com medidor de nível de pressão sonora operando no circuinto linear (ou circuito de compensação “C”) e circuito de resposta para impacto (ou “fast”);
• O LT estabelecido pelo Anexo 2 da NR 15 é de 120 dB(C) ou 130 dB (linear);
• Exposições a níveis superiores a 130 db(C) ou 140 dB(linear) serão consideradas Risco Grave e Iminente.
RUIDO CONTINUO
RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
RUIDO CONTÍNUO – LT PELA NR 15
NÍVEL DE RUÍDO dB(A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL
80 16 HORAS
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
100 1 hora
105 30 minutos
110 15 minutos
115 7 minutos
RUIDO CONTÍNUO – LT NHO-01
Nível de
Ruído dB(A)
Dose (2)
(%)
Tempo Máximo Diário
Permissível (min)
Tempo Máximo Diário
Permissível (h)
80 31,5 1523,90 25 h 25 min
81 39,7 1209,52 20 h 10 min
82 50,0 960,00 16 h
83 63,0 761,95 12 h 42 min
84 79,4 604,76 10 h 05 min
85 100,0 480,00 8 h
86 126,0 380,97 6 h 21 min
87 158,7 302,38 05 h 02 min
88 200,0 240,00 4h
90 317,5 151,19 02 h 31 min
95 1007,9 47,62 48 min
100 3.200,0 15,00 15 min
105 10159,4 4,72 05 min
110 32254,0 1,48 89 seg
115 102.400,0 0,46 28 seg
CALOR
CALOR
COMO AVALIAR A EXPOSIÇÃO A SOBRECARGA TÉRMICA
Para fins de Enquadramento da Insalubridade
1. Definir o Ciclo de trabalho; 2. Definir a hora (60 minutos) mais
desfavorável e cronometrar o tempo de duração de cada situação de exposição;
3. Medir o IBUTG de cada situação e calcular a média ponderada do IBUTG;
4. Definir a taxa metabólica de cada situação de exposição (usando o Quadro 3 do Anexo 3) e calcular a média ponderada de M;
5. Comparar IBUTG X M média ponderada, empregando o Quadro 1 ou Quadro 2, dependendo do regime de trabalho x
descanso utilizado pelo trabalhador.
CALOR
CÁLCULO DO IBUTG
O IBUTG foi adotado pela legislação brasileira para determinação de sobrecarga térmica e é determinada pelas seguintes fórmulas:
Onde: tbn = Temperatura de bulbo normal (úmido) tbs = Temperatura de bulbo sêco tg = Temperatura de globo
CARGA SOLAR IBUTG
COM 0,7 tbn + 0,2 Tg + 0,1 tbs
SEM 0,7 tbn + 0,3 Tg
CALOR
TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE – QUADRO 3 DO ANEXO 3 DA NR 15 Kcal/h
Trabalho leve
Sentado em repouso 100
Sentado, movimentos moderados c/ braços e tronco (ex.:
datilografia). 125
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.:
dirigir). 130
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente
com braços. 150
Trabalho
moderado
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 180
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada com alguma
movimentação. 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com
alguma movimentação. 220
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 300
Trabalho pesado
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos
(ex.: remoção com pá). 440
Trabalho fatigante. 550
CALOR
LIMITES DE TOLERÂNCIA – QUADRO 1 DO ANEXO 3 DA NR 15
Regime de Trabalho
Intermitente com
descanso no próprio
local de trabalho
TIPO DE ATIVIDADE / IBUTG
LEVE MODERADA PESADA
Trabalho Contínuo Até 30,0 Até 26,7 Até 25,0
45 minutos de trabalho 15 minutos de descanso
30,1 à 30,6 26,8 à 28,0 25,1 à 25,9
30 minutos de trabalho 30 minutos de descanso
30,7 à 31,4 28,1 à 29,4 26,0 à 27,9
15 minutos de trabalho 45 minutos de descanso
31,5 à 32,2 29,5 à 31,1 28,0 à 30,0
Não é permitido o trabalho, sem a adoção de medidas adequadas de controle.
Acima de 32,2
Acima de 31,1
Acima de 30,0
CALOR
LIMITES DE TOLERÂNCIA – QUADRO 2 DO ANEXO 3 DA NR 15
M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG
175 30,5
200 30,0
250 28,5
300 27,5
350 26,5
400 26,0
450 25,5
500 25,0
LIMITES DE TOLERÂNCIA
PARA DESCANSO EM OUTRO LOCAL
(MAIS AMENO)
FRIO
OCORRÊNCIA DO FRIO
As atividades ou operações executadas ao ar livre, em locais abertos sob a influência do vento, no interior de câmaras frigoríficas ou em áreas climatizadas das empresas (principalmente do setor de alimentos), representam as principais ocorrências de exposição ocupacional ao frio.
BASE LEGAL
O Anexo 9 da NR 15 estabelece que “as atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho”. Este texto sugere que a avaliação deva ser feita com base no Julgamento profissional do avaliador.
FRIO
COMO AVALIAR O FRIO
1. Medir a temperatura de Bulbo Seco (ºC) e a Velocidade do Vento
2. Definir o regime de trabalho, que inclui: A jornada de Trabalho; Os intervalos entre exposição efetiva ao frio e repouso para recuperação térmica (fora do ambiente frio).
3. Comparar a temperatura e o regime com os limites:
Para fins de Enquadramento da Insalubridade e baseado no Anexo 9 da NR 15:
da FUNDACENTRO
Da ACGIH
Para fins de Prevenção:
Da ACGIH
AVALIAÇÃO DO FRIO
Fator CLT/Fundacentro ACGIH
Medição ambiental Temperatura de Bulbo Seco
Temperatura Equivalente de Resfriamento - TER
Verificar a adequação da vestimenta
Não especifica como Sugere alguns requisitos
Definir o Regime de Trabalho
Tempo Exposição x Tempo Descanso
Tempo Exposição x Tempo Descanso
Comparar com o Limite de Exposição
LT em função de Tbs, Regime de Trabalho e localização geográfica (*)
LT em função da TER e Regime de Trabalho
LT DA FUNDACENTRO
Faixa de Temperatura de Bulbo Seco (ºC)
Máxima Exposição Diária Permissível para pessoas
adequadamente vestidas para exposição ao frio
15,0 a –17,9......(A) Tempo total de trabalho no ambiente frio de 6 (seis) horas e 40
(quarenta) minutos, sendo quatro períodos de 1 (uma) hora e 40
(quarenta) minutos alternados com 20 (vinte) minutos de repouso e recuperação térmica fora do ambiente frio.
12,0 a -17,0.......(B)
10,0 a -17,9.......(C)
-18,0 a –33,9 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 4 (quatro) horas,
alternando-se 1 (uma) hora de trabalho com 1 (uma) hora para
recuperação térmica fora do ambiente frio.
-34,0 a -56,9 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 1 (uma) hora, sendo em dois períodos de 30 (trinta) minutos, com separação mínima de 4
(quatro) horas para recuperação térmica fora do ambiente frio.
-57,0 a -73,0 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 5 (cinco) minutos, sendo o
restante da jornada cumprido obrigatoriamente fora de ambiente
frio.
Abaixo de –73,0 Não é permitida exposição ao ambiente frio, seja qual for a vestimenta
utilizada.
VIBRAÇÕES
VIBRAÇÕES
FISIOLOGIA DAS VIBRAÇÕES
As vibrações localizadas podem provocar problemas vasculares periféricos e sensoneurais (síndrome dos dedos brancos), que ocasionam perda do tato e da “pega”. As vibrações de corpo inteiro podem provocar lesões na coluna e dores nas costas.
VIBRAÇÕES
OCORRÊNCIA DAS VIBRAÇÕES
As Vibrações Localizadas são observadas nos marteletes pneumáticos, motosserras, esmirilhadeiras e outras ferramentas elétricas manuais. As Vibrações de Corpo Inteiro são observadas em máquinas empilhadeiras, caminhões dentro e fora de estrada e máquinas pesadas, que incluem tratores diversos, pás carregadeiras, motoniveladoras, retroescavadeiras, carregadeiras florestais, entre outras.
VIBRAÇÕES
COMO AVALIAR A EXPOSIÇÃO A VIBRAÇÕES
Para fins de Prevenção:
Adotar os critérios e procedimentos de avaliação ocupacional da:
NHO 09, para Vibrações de corpo inteiro.
NHO 10, para Vibrações de mãos e braços.
Comparar os resultados encontrados com os Limites de Tolerância:
Das próprias NHO 09 e NHO 10.
Da ACGIH.
Da Diretiva Européia.
VIBRAÇÕES
CRITÉRIO PARA JULGAMENTO - VIBRAÇÃO DE CORPO INTEIRO - aren:
NORMA ACEITÁVEL NÍVEL DE
AÇÃO
REGIÃO DE
INCERTEZA
ACIMA DO
LT
ACGIH NÃO É POSSÍVEL UTILIZAR A NORMA*
DIRETIVA
EUROPÉIA
a < 0,5 m/s² 0,5 < a <
1,15 m/s²
NÃO HÁ a ≥ 1,15 m/s²
NHO 09 aren < 0,5
m/s²
0,5 < aren <
0,9 m/s²
0,9 < aren
1,1 m/s²
aren > 1,1
m/s²
VDVR < 9,1
m/s (1,75)
9,1 < VDVR
< 16,4
m/s ^1,75
16,4 < VDVR
< 21,0
m/s ^1,75
VDVR > 21,0
m/s ^1,75
*a partir de 1997 as curvas de ponderação foram alteradas pelo ISO 2631, e a ACGIH continua utilizando as curvas de ponderação da ISO 2631 de 1985.
VIBRAÇÕES
CRITÉRIO DE JULGAMENTO - VIBRAÇÃO LOCALIZADA - VDVR:
NORMA ACEITÁVEL NÍVEL DE
AÇÃO
REGIÃO DE
INCERTEZA
ACIMA DO
LT
ACGIH DEPENDE DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO DIÁRIA*
DIRETIVA
EUROPÉIA
a < 2,4 m/s² 2,5 ≤ a < 5,0
m/s²
NÃO HÁ a ≥ 5,0 m/s²
NHO 10 a ≤ 2,5 m/s² 2,5 < a < 3,5
m/s²
3,5 ≤ a ≤ 5,0
m/s²
a > 5,0 m/s²
*Não há o conceito de nível de ação; considera-se o PIOR resultado dos 3 eixos.
RISCOS QUÍMICOS
RISCOS AMBIENTAIS
RISCOS QUIMICOS
A nocividade de um agente químico é determinada:
• Pela natureza e toxicidade da substância.
• Pela forma como é absorvida pelo organismo.
• Pelo tempo de exposição.
Sistema Respiratório
Gastro-
intestinal
(boca)
Pele
(Poros)
RISCOS AMBIENTAIS
INVENTÁRIO DE PRODUTOS QUÍMICOS POTENCIALMENTE TÓXICOS EMPREGADOS NA PRODUÇÃO
Unidade: Setor:
Nome / Tipo do Produto Substância química tóxica presente
(com base na FISPQ)
Estado físico em que é
usado (indicar se é sólido,
pó, liquido, gás)
Periodicidade de Uso (indicar com um
Xis) Quantidade
Empregada
(litros, kg)
Há FISPQ
Disponivel?
(S ou N) Horária Diária Semanal Outra
(indicar)
Data: Responsável pela Informação:
RISCOS AMBIENTAIS
ANÁLISE DE RISCO POTENCIAL DE DANOS À SAUDE POR EXPOSIÇÃO A SUBSTÂNCIA QUIMICA
Setor Substância química Tipo de LT (TWA,
VT, STEL)
Carcinogênica
(S ou N)
Absorvível pela
pele (S ou N)
Gravidade da
Exposição
Probabilidade da
Exposição
Potencial
de Risco
Incluir na APRHO
(S ou N)
Responsável pela Análise: Data:
RISCO QUÍMICOS
COMO AVALIAR
1. Fazer o Inventário das Substâncias químicas e Identificar a forma como é absorvida pelo organismo;
2. Se a absorção foi cutânea, a avaliação será apenas qualitativa, tendo por base:
• Para fins de Enquadramento legal da Insalubridade: As substâncias indicadas no Anexo 13 da NR 15 e as constantes da coluna “absorção pela pele” do Anexo 11 da NR 15;
• Para fins de Prevenção: A coluna “Notações” da ACGIH, as informações toxicologicas da substância e a bibliografia a respeito.
RISCO QUÍMICOS
COMO AVALIAR
3. Se a absorção for por via respiratória, a avaliação será quantitativa e terá por base:
• Para fins de Enquadramento legal da Insalubridade:
As substâncias constantes do Anexo 13 da NR 15, cujas exposições ocupacionais serão comparadas com os LTs dos Anexos 11 e 12 da NR 15 e, na falta, com os TLVs da ACGIH.
As substâncias e os LTs constantes dos Anexo 11 e 12 da NR 15
• Para fins de Prevenção:
Todas as substâncias com potencial nocivo à saúde do trabalhador para as quais existam métodos analíticos e Limites de Exposição definidos.
As avaliações quantitativas devem seguir à risca as
boas práticas de HO
MÉTODOS DE COLETA
POEIRAS
MÉTODOS ANALÍTICOS NIOSH
PARTICULADOS NÃO REGULAMENTADOS DE OUTRA FORMA - TOTAL
Método NIOSH 0500 - Gravimétrico
Amostrador: cassete de poliestireno de 37 mm, referencia SKC 225-2250 com filtro de PVC
com porosidade de 5,0 m, referência SKC 225-8-01, pesado em microbalança eletrônica
com sensibilidade de 0,001 mg
Vazão de amostragem: de 1,0 a 2,0 L/min
Volume de ar amostrado: 480 L a 1 L/min ou 960 L a 2 L/min (ver nota)
Tempo de amostragem: TWA 8 horas
Brancos de Campo (obrigatório): 10% do número de amostras
Tempo de amostragem: TWA 8 horas
SÍLICA LIVRE CRISTALINA
Método: NIOSH 7602 - Espectrofotometria de Infravermelho
Amostrador: cassete com filtro de PVC com porosidade de 5,0 m pré-pesado em
microbalança eletrônica com sensibilidade de 0,001 mg referência SKC 225-8-01
Vazão de amostragem: 1,7 L/min
Volume de ar amostrado: mínimo de 600 L (nota 3) e máximo de 800 L
Brancos de Campo recomendados: 10% do número de amostras
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
TLVS DA ACGIH
VALIDADE ESTATÍSTICA
PLANILHA ESTATÍSTICA
DA AIHA
Muito Obrigado pela
atenção
Eng. Paulo Roberto de Oliveira paulo@ambientec.com Fone (041) 3352-5352
(047) 3422-1781
BOAS PRÁTICAS NA EXECUÇÃO DE
UM
LAUDO DE RISCOS AMBIENTAIS
A AVALIAÇÃO DOS RISCOS
• Uma Avaliação adequada dos Riscos
deve ser feita de acordo com as boas
práticas de Higiene Ocupacional e
considerar:
Caracterização Básica de
empreendimento;
Reconhecimento dos Riscos;
Determinação da Estratégia e do
Plano de Amostragem
Avaliação dos Riscos propriamente
dita.
CARACTERIZAÇÃO BÁSICA
• A Caracterização básica incluirá:
O estudo de todo o processo de
produção (matérias primas e insumos
utilizados, resíduos e subprodutos
gerados, formas de energia
empregadas, temperaturas e pressões
de trabalho);
O conhecimento do Organograma da
empresa e da Estrutura de Cargos;
O conhecimento dos motivos de
afastamento constantes da Tabela
CNAE-CBO-CID da Previdência,
aplicáveis à empresa
RECONHECIMENTO
• O Reconhecimento dos Riscos compreenderá:
1. Fazer uma pesquisa bibliográfica a respeito dos riscos
típicos do setor;
RECONHECIMENTO
2. Com base na estrutura de Cargos, pré-definir os GHEs
– Grupos Homogêneos de Exposição. Para isto, é
importante:
a. Separar as pessoas por setor (inclusive edificação)
e função, aproveitando a própria estrutura de cargos
da empresa;
b. Entrevistar detalhadamente, pelo menos um
ocupante de cada função e seu respectivo chefe
imediato, levantando suas tarefas habituais e
eventuais e obtendo suas respectivas percepções
individuais sobre riscos e respectivas medidas de
controle.
RECONHECIMENTO
3. Pré-definidos os GHEs, realizar, para cada um deles, a
Análise Preliminar dos Riscos de Higiene Ocupacional –
APRHO, considerando:
Os riscos mencionados nas entrevistas com os
trabalhadores e confirmados “in loco” pelo examinador
(Reconhecimento de campo);
Os “vícios” de execução existentes;
A observação da cultura empresarial;
As doenças previstas pelo NTEP (INSS);
As estatísticas médicas.
4. Confirmar /ampliar os GHEs;
5. Estabelecidas as APRHO e confirmados os GHEs, validá-los
junto aos trabalhadores (através de suas assinaturas).
Segue ...
EXPOSTO DE MAIOR RISCO
6. Identificar, para cada GHE e após
observação de campo, o MRE –
Exposto de Maior Risco, que é aquele
trabalhador que exerce suas
atividades:
Mais próximo da fonte do agente;
Em região do ambiente onde ocorre
maior concentração ou intensidade do
agente;
De maneira a se expor por mais
tempo;
De forma (modus operandis) a se
expor mais ao agente.
MRE
Se a avaliação do MRE resultar < Limite de Tolerância
ou Nível de Ação, significa que as demais funções que
compõe o GHE, supostamente menos expostas, também
estarão com suas exposições < LT ou NA. Logo, não
precisam ser amostradas;
Se a avaliação do MRE resultar > Limite de Tolerância
ou Nível de Ação, significa que as demais funções que
compõe o GHE também poderão estar com suas
exposições > LT ou NA . Logo, deverão ser igualmente
amostradas.
NOTA: O objetivo de identificar o MRE é racionalizar
os custos de avaliação
ESTRATÉGIA E PLANO
• Reconhecidos todos os riscos e
definido o MRE, o passo seguinte é
definir a Estratégia de Amostragem,
cuja finalidade é a de orientar as
avaliações qualitativas ou
quantitativas a serem efetuadas para
que as exposições ocupacionais
sejam evidenciadas quanto à sua
nocividade ou não aos trabalhadores;
• Todos os trabalhadores, divididos por
GHEs/Cargos ou Funções deverão
ser representados por um Plano de
Amostragem a ser implementado.
ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM
• A representatividade da amostragem dependerá de:
1. O que amostrar
2. Onde amostrar;
3. Quando amostrar;
4. Tipo de amostragem;
5. Duração da amostragem;
6. Número de Amostras.
ESTRATÉGIA
1. O que amostrar:
O primeiro passo é definir qual o agente a ser amostrado, se físico,
químico ou biológico. Se for agente químico, obter dados da ficha
toxicológica da substância.
ESTRATÉGIA
3. Quando amostrar :
Durante 2 ou 3 dias
diferentes e,
preferencialmente
aleatórios, que
representem a situação
habitual de trabalho;
Em situações críticas
de trabalho e/ou
suposta concentração
em níveis
preocupantes;
ESTRATÉGIA
4. Tipo de amostragem :
a definir entre contínua e instantânea e a depender do
Método Analítico a ser adotado. Exemplos:
se for agente químico com valor teto, optar por
avaliação instantânea no local e nos momento críticos;
Se for agente químico com valor Stel, optar por
avaliação de curta duração e nos 15 minutos mais
críticos;
Se for agente químico com LT média ponderada, optar
por avaliação contínua.
ESTRATÉGIA
5. Duração da amostragem :
Depende do tipo de amostragem.
Exemplo:
Se for contínua, amostrar,
preferencialmente, toda a jornada e,
no mínimo, um ciclo completo de
trabalho, respeitadas as condições
do método analítico (NIOSH, OSHA),
quanto a volume e vazão de coleta;
Se for instantânea (LT Valor Teto),
amostrar de modo pontual ou com
duração máxima de 5 minutos;
Ser for de curta duração (LT Stel),
amostrar durante 15 minutos (os
mais desfavoráveis).
ESTRATÉGIA
6. Número de Amostras :
Depende do número de trabalhadores
expostos, de modo a se ter
representatividade estatística, tendo
disponíveis os seguintes critérios:
NIOSH/NR 22;
AIHA;
Julgamento profissional.
VALIDADE ESTATÍSTICA
PLANILHA ESTATÍSTICA
DA AIHA
ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM
Uma avaliação quantitativa só vai ser
questionada quanto à sua exatidão e
representatividade se algum trabalhador
adoecer ou mover uma reclamatória cível ou
trabalhista contra a empresa.
“Na Justiça não basta apenas ter razão, é
preciso fazer a melhor prova!”
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
LIMITE DE TOLERÂNCIA EMPREGADOS NO BRASIL
• É usual, no Brasil, o emprego de pelo menos dois parâmetros de avaliação da exposição ocupacional a riscos físicos , químicos e biológicos, a saber:
A NR 15, para definição do direito ou não a adicionais de insalubridade, através dos Limites de Tolerância constantes dos Anexos 1, 2, 3, 8, 11 e 12 e dos termos qualitativos constantes dos Anexos 5, 6, 7, 9, 10, 13 e 14.
Os TLVS da ACGIH/2010, usados para fins de efetiva prevenção (PPRA) e de complemento ao estudo da insalubridade
BASES DE AVALIAÇÃO
A AVALIAÇÃO QUALITATIVA = ANAMNESE
• Os termos qualitativos constantes da NR 15, estão relacionados à expressão “... serão considerados insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
• Esse termo remete o Examinador a fazer um julgamento profissional. E, ao fazer um julgamento profissional, é de se esperar do avaliador que o faça considerando todo o embasamento científico, bibliografia e critérios técnicos disponíveis e atualizados, sejam eles nacionais ou internacionais.
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
NR 15 – ANEXO 12 – Poeiras Minerais ASBESTOS
• Item 12. O L.T. PARA FIBRAS RESPIRÁVEIS DE ASBESTO CRISOTILA É DE 2,0 FIBRAS/cm3” • Item 12.1 ENTENDE-SE POR “FIBRAS RESPIRÁVEIS DE ASBESTO”
AQUELAS COM: . DIÂMETRO < 3 μm . COMPRIMENTO> 5 μm . COMPRIMENTO = 3 X DIÂMETRO (ou mais)
MANGANÊS E SEUS COMPOSTOS • 1. O LIMITE DE TOLERÂNCIA A POEIRAS DE MANGANÊS, ORIUNDAS DE
FRAGMENTAÇÃO MECÂNICA (EXTRAÇÃO, TRATAMENTO, MOAGEM, TRANSPORTE DO MINÉRIO OU OUTRA) É DE 5mg/m3 NO AR, PARA JORNADA DE ATÉ 8 HORAS POR DIA;”
• 2. O LIMITE DE TOLERÂNCIA A FUMOS DE MANGANÊS, ORIUNDOS DE CONDENSAÇÃO OU OUTROS PROCESSOS QUIMICOS (ATIVIDADES DE METALURGIA, FABRICAÇÃO DE COMPOSTOS, DE BATERIAS E PILHAS SECAS, DE VIDROS ESPECIAIS E CERÂMICAS, USO DE ELETRODOS DE SOLDA, TINTAS, FERTILIZANTES OU OUTRAS É DE 1 mg/m3, PARA JORNADA DE ATÉ 8 HORAS POR DIA;
• 3. SEMPRE QUE OS L.T.s FOREM ULTRAPASSADOS AS ATIVIDADES SERÃO POTENCIALMENTE INSALUBRES NO GRAU MÁXIMO.”
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO
NR 15 – ANEXO 12 – Poeiras Minerais
SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA
• Item 2. O LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA POEIRA RESPIRÁVEL(...) É DADO PELA SEGUINTE FÓRMULA:
LT = 8/[(% quartzo)+2] ........mg/m3”
• Item 4. O LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA POEIRA TOTAL É:
LT = 24/[(% quartzo)+3] ........mg/m3”
• Item 5. ”QUARTZO” SIGNIFICA SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA.” • Item 6. OS L.T.s SÃO VÁLIDOS PARA 48 HORAS POR SEMANA.