Post on 04-Sep-2018
UNIVERSIDADECEUMA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO MESTRADO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
RONILDSON LIMA LUZ
SÃO LUÍS
2012
IDENTIFICAÇÃO E ASPECTOS DE BIOCONTROLE
DE ISOLADOS DE Trichoderma spp. ORIUNDOS DE
SOLOS AGRÍCOLAS DO NORTE DO MARANHÃO
v
RONILDSON LIMA LUZ
Identificação e aspectos de biocontrole de isolados de Trichoderma spp.
oriundos de solos agrícolas do Norte do Maranhão.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Biologia Parasitária como parte
dos requisitos para a realização da defesa.
Orientador: Prof. Dr. Flávio Henrique Reis
Moraes
SÃO LUÍS
2012
vi
Ronildson Lima Luz
Identificação e aspectos de biocontrole de isolados de Trichoderma spp.
oriundos de solos agrícolas do Norte do Maranhão.
A Comissão julgadora da Defesa do Trabalho Final de Mestrado
em Biologia Parasitária, em sessão pública realizada no dia / / ,
considerou o(a) candidato(a)
( ) APROVADA ( ) REPROVADA
1) Examinador __________________________________
2) Examinador ___________________________________
3) Examinador ___________________________________
4) Presidente (Orientador)__________________________________
vii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus que plantou em mim um sonho que hoje se materializa. Aos
meus pais, Francisco Rodrigues e Maria Goreth, que foram o instrumento para
concretizar o precioso dom que recebi do universo: “a vida”.
A cada nova amizade que apareceu durante este percurso, estas verdadeiras
estrelas que iluminaram o céu e ajudaram a caminhar mesmo a noite,ou nas
palavras de Yusei Fudo: “um conjunto de estrelas vão criar uma nova força, que se
tornaram o caminho para o qual as luzes brilham”.
Agradeço ao prof. Flávio Henrique Reis Moraes, pela orientação e auxilio, não
conheceria os caminhos adjacentes do conhecimento sem sua presença.
A Márcio Fernandes Alves Leite, por ser um grande amigo, companheiro de
ideias, Conjurador Andarilho e Criador de mundos nas horas vagas. A André Luis
Raposo por ser Jon Snow e a Ashirogi Muto por mostrar o significado de seguir um
sonhos.
A minha namorada Monique, que vivenciou comigo passo a passo a etapa
final deste trabalho e por todos os momentos de muito carinho e companheirismo.
Juntos aprendemos coisas que os professores não ensinam.
A Jink, Andrian, Mark, Waldezil, Aramis, etc. que aos finais de semana na
casa do Gabriel me trouxeram alegria e descontração.
A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de mim,
fazendo esta vida valer cada vez mais a pena.
viii
RESUMO
Fungos do gênero Trichoderma são conhecidos agentes de biocontrole queatuam na solubilização de nutrientes, ativação do sistema de defesa vegetal, indução na produção de hormônios vegetais e no micoparasitismo. O presente trabalho realizou a caracterização morfofisiológica e molecular dos isolados de Trichoderma spp., provenientes de amostras de solos de 11 municípios: São Luís, Lago dos Rodrigues, Raposa, Humberto de Campos, Bacabal, Nova Olinda, Boa Vista do Gurupi, Miranda do Norte, São José de Ribamar, Buriti e Carutapera localizados no norte do Estado do Maranhão para isto utilizou-se técnicas convencionais e o sequenciamento da região ITS além de avaliar sua capacidade como agente de biocontrole em testes in vitro. As amostras foram diluidas em placa onde as colônias foram isoladas, quantificadas e purificadas. Os parâmetros químicos de pH e matéria das amostras de solo foram analisados afim de verificar sua relação com a presença do gênero no norte do Estado. A caracterização morfológica foi realizada utilizando chaves de classificação morfológicas nos meios de cultura Batata Dextrose e Agar e Extrato de Malte Agar. O Teste do pareamento e metabólitos foi realizado contra o isolado Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae e os resultados foram avaliados através do teste de turkey a 5%. DNA total foi extraído utilizando kit DNeasy Plant da Qiagen, em seguida o produto foi amplificado utilizando os “primers”ITS 1 e 4, e por fim sequenciados.No total, 38 isolados foram caracterizados através de sua morfologia, dentre estes, 29 foram identificados como T. asperellum, três T. harzianum, um T. aggressivum, um T. konilangbra, um T. fertile, dois T. ghanense e um T. atroviride. Quantos as características químicas do solo, observou-se que os valores de pH (4-5,6) encontrados nos municípios foram favoráveis ao desenvolvimento do gênero, enquanto os valores de matéria orgânica foram considerados baixos em todos os municípios.Através dos testes in vitro observou-se que todos os isolados foram capazes de inibir o fitopatógeno através dos ensaios de parasitismo direto e metabólitos voláteis. Dentre os 38 isolados, 11 foram escolhidos aleatoriamente para identificação molecular e análise filogenética, estes foramː nove T. asperellum, um T. harzianum e um T. konilangbra. A análise filogenética mostrou que os isolados de T. asperellum formaram um agrupamento único quando analisado com os isolados do Brasil, China, Republica dos Camarões e Vietnam. As espécies de T. konilangbra formaram dois grupos, reunindo a espécie maranhense com as variações norte americanas, colocando em outro ramo a espécie proveniente de Uganda. T. harzianum agrupou-se com as espécies provenientes dos Estados Unidos, Colômbia e Peru, formando um subgrupo quando comparado com o isolado brasileiro, indicando um provável evento de especiação. Destaca-se que esta é a primeira ocorrência da espécie T. konilangbra relatada em solos brasileiros, ressaltando a importância de realizar pesquisas quanto a sua presença em regiões ainda não estudada, fornecendo base para futuras pesquisas biogeográficas. Palavra chaves: Biogeografia, Hypocrea, Brasil.
ix
ABSTRACT
Fungi of genus Trichoderma are known biocontrol agents that act in solubilization of nutrients, activation of the plant defense system, inducing the production of plant hormones and mycoparasitism. The present work aimed to characterize molecular and morphophysiological of Trichoderma spp from the soil samples from 11 districts: São Luís (neighborhood Bom Jardim, Itapera, Cinturão Verde e Quebra Pote), Lago dos Rodrigues, Raposa, Humberto de Campos, Bacabal, Nova Olinda, Boa Vista do Gurupi, Miranda do Norte, São José de Ribamar, Buriti e Carutapera located in the northern state of Maranháo (Brazil) with the aid of conventional and molecular techniques using the ITS region. . This work also aimed to verify the phylogenetic relationships of Trichoderma obtained between species and species belonging to others countries and evaluate your capacity as a biocontrol agent in vitro assays. The samples passed the dilution step on board where the colonies were isolated, purified and quantified. The chemical parameters pH and the matter of the soil samples were analysed in order to verify your relationship with the presence of the genus in the northern state. Morphological characterization was performed using morphological classification keys in the middle Potato Dextrose Agar and Malt Extract Agar and. The pairing assay and metabolites was performed isolated against Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae and the results were evaluated by testing tukey to 5%. Total DNA was extracted using Qiagen DNeasy Plant Kit, and the product was amplified using primers ITS1 and 4, and finally, sequenced. In total 38 isolates were characterized by the morphology, among these, 29 were identified as T. asperellum, three T. harzianum, one T aggressivum, one T. konilangbra, one T. fertile, two T ghanense and one T. atroviride. The chemical characteristicsof the soilshowed which the valuesofpH(4 to 5.6) werefavorable in thecountiesto the developmentof the genre, while the values oforganic matterwere lowin all counties. Among the 38 isolates, eleven isolates were randomly selected for molecular identification and phylogenetic analisys, these were: nine T. asperellum, one T. harziaum and one T. konilangbra. Phylogenetic analisys showed the isolates of T. asperellum formed a single group when analyzed with the isolates from Brazil, China, Cameroon and Vietnam. The species of T. konilangbra formed two groups, bringing together species maranhensewith variations Americans, putting in another branch the species from Uganda. T. harzianum teamed up with the species form the United States, Colombia and Peru, forming a subgroup when compared with the Brazilian isolate, indicating a probable speciation event. Highlight which this is the first occurrence of T. konilangbra reported in Brazilian soils, emphasizing the importance of conducting research involving neglected regions, providing a basis for future research biogeographic. Keywords: Biogeography, Hypocrea, Brazil.
x
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Mapa do Estado do Maranhão indicando os 11 pontos de coleta das
amostras de solo. ............................................................................................... 24
Quadro 1 - Isolados de Trichoderma spp. provenientes das amostras povenientes
dos solos localizados nos municípios do norte Estado do Maranhão e análise
dos parâmetros químicos ................................................................................... 25
Figura 2 - Características morfológicas dos isolados de T. asperellum. (a)
Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA),
(b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso
(EMA), (f) Reverso, (g) Conídios e (h) Fiálides. ................................................. 27
Figura 3 - Características morfológicas dos isolados de T. aggressivum. (a)
Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA),
(b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso
(EMA), (f) Reverso, (g) Conídios e (h) Fiálides. ................................................. 28
Figura 4 - Características morfológicas dos isolados de T. harzianum. (a)
Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA),
(b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso
(EMA), (f) Reverso, (g) Conídios e(h) Fiálides. .................................................. 28
Figura 5 - Características morfológicas dos isolados de T. atroviride. (a) Crescimento
radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso
(BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (f)
Reverso,(g) Conídios e (h) Fiálides. ................................................................... 29
Figura 6 - Características morfológicas dos isolados de T. fertile. (a) Crescimento
radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso
(BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (f)
Reverso, (g) Conídios e (h) Fiálides. .................................................................. 30
Figura 7-Características morfológicas dos isolados de T. ghanense. (a) Crescimento
radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso
(BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (f)
Reverso, (g) Conídios e (h) Fiálides. .................................................................. 30
xi
Figura 8 - Características morfológicas dos isolados de T. konilangbra. (a)
Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA),
(b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso
(EMA), (f) Reverso, (g) Conídios e (h) Fiálides. ................................................. 31
Figura9 - Inibição do crescimento micelial de Fop4 por isolados de: (a) T. asperellum
(b) T. aggressivum, (c) T. harzianum, (d) T. atroviride, (e) T. fertile, (f) T.
ghanense, (g) T. konilangbra. ............................................................................ 34
Figura10 - Inibição do crescimento micelial de Fop4 por compostos voláteis
produzidos pelos isolados: (a) T. asperellum, (b) T. aggressivum, (c) T.
harzianum, (d) T. atroviride, (e) T. fertile, (f) T. ghanense, (g) T. konilangbra. ... 35
Figura11 - Corrida em gel de agarose 1,2% com produtos da PCR obtidos com os
“primers” da região ITS dos isolados de Trichoderma (da esquerda para direita
os dez isolados representam a espécie T. asperellum: TA, TQ2, TZ2, TA3, TE3,
TF3, TH3, TI3 e TJ3. A penúltima banda corresponde a espécie T. harzianum/H.
lixii TL3e a ultima a T. konilangbra TQ2).. ......................................................... 35
Figura -12 - Relacionamento filogenético entre os isolados de T. asperellum (TA,
TZ2, TI3, TE3, TO3, TF3, TA3, TJ3, TH3), T. harzianum (TL3) e T. konilangbra
(TQ2) sequenciados neste estudoutilizando o método “Neighbor-Joining”. ....... 37
Figura - 13 - Relacionamento filogenético dos isolados de Trichoderma utilizando o
método Neighbot-Joining. O percentual de replicagem da árvore no qual os
táxon associados aos grupos no valor do bootstrap (10000 replicatas) são
mostrados nos ramos. A distância foram computadas utilizando o Kimura 2-
parâmetro. As espécies localizadas dentro dos retângulos indicam os isolados
maranhenses estudados neste trabalho. ........................................................... 40
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Origem e cultura dos isolados de Trichoderma obtidos a partir de amostras
de solo de diferentes municípios do Maranhão. ................................................. 18
Tabela 2. Características morfológicas em meio BDA e EMA dos isolados de
Trichoderma spp. obtidos de solos de municípios do norte do Maranhão ......... 26
Tabela 3. Avaliação do potencial antagonista dos isolados de Trichoderma contra o
crescimento micelial de Fusarium oxysporum f.sp. passiflorae (Fop4). ............. 32
Tabela 4. Identificação, espécie, origem, valores de confiabilidade do Trichokey e
Número de acesso do Genbank, utilizando as regiões ITS1, 5.8S e ITS2
programa Trichokey ........................................................................................... 36
Tabela 5. Sequências dos isolados de Trichoderma obtidas do Genbank ................ 38
xiii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 3
2.1TAXONOMIA, SISTEMÁTICA E REPRODUÇÃO NOS FUNGOS. ........................ 3
2.2 TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR EM FUNGOS ...................... 5
2.3 Trichoderma: HISTÓRICO E AGENTE DE BIOCONTROLE ................................ 7
2.4 GENE ITS ............................................................................................................ 13
2.5 ISOLAMENTO E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO GÊNERO ....................... 15
3HIPÓTESE .............................................................................................................. 16
4OBJETIVOS ............................................................................................................ 17
4.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS ............................................................................... 17
5 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................... 18
5.1 OBTENÇÃO DAS AMOSTRAS E ANÁLISE QUÍMICA. ...................................... 18
5.2 IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES ..................................................................... 19
5.3 CARACTERÍSTICAS DE ANTAGONISMO ......................................................... 20
5.3.1 MICOPARASITISMO........................................................................................ 20
5.3.2 PRODUÇÃO DE METABÓLITOS VOLÁTEIS .................................................. 20
5.4 ANÁLISE MOLECULAR ...................................................................................... 21
5.4.1 EXTRAÇÃO E AMPLIFICAÇÃO DO DNA GENÔMICO ................................... 21
5.4.1.1 ANÁLISE DOS PRODUTOS OBTIDOS NA PCR..........................................21
5.4.2 PURIFICAÇÃO E SEQUENCIAMENTO ........................................................... 22
5.4.3 IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR E FILOGENIA ............................................... 22
6 RESULTADOS ....................................................................................................... 23
6.1 ISOLAMENTO E QUANTIFICAÇÃO ................................................................... 23
6.2 CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA................................................................ 26
6.3 CARACTERÍSTICAS DE ANTAGONISMO ......................................................... 31
6.3.1 MICOPARASITISMO........................................................................................ 31
6.3.2 PRODUÇÃO DE METABÓLITOS VOLÁTEIS .................................................. 34
6.4 ANÁLISE MOLECULAR ...................................................................................... 35
6.4.1 EXTRAÇÃO E AMPLIFICAÇÃO DO DNA GENÔMICO ................................... 35
6.4.2 PURIFICAÇÃO E SEQUENCIAMENTO ........................................................... 36
6.4.3 IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR E FILOGENIA ............................................... 36
7DISCUSSÃO ........................................................................................................... 40
8 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 49
9 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 51
APÊNDICE A ............................................................................................................. 64
APÊNDICEB .............................................................................................................. 67
APÊNDICE C ............................................................................................................ 68
CONFIRMAÇÃO DE ENVIO DO ARTIGO ................................................................ 73
NORMAS E INTRUÇÕES PARA OS AUTORES ...................................................... 74
ARTIGO..................................................................................................................... 79
1
1 INTRODUÇÃO
Os fungos são organismos que apresentam capacidade de adaptação a
diferentes ambientes devido a variações nutricionais, formas de reprodução e
mecanismos de resistência permitindosua viabilidade por longos períodos (MONTE,
2001; BENÍTEZ et al., 2004; BUENO et al., 2007).
Os fungos do gênero Trichoderma são ascomicetos, cosmopolitas e
saprófitas, possuem complexos níveis de interação com o meio em que se
desenvolvem e com os organismos presentes, atuando na solubilização de
nutrientes, sistema de defesa vegetal, indução na produção de hormônios vegetais e
micoparasitismo (produção de metabolitos voláteis e não-voláteis, entrelaçamento
direto de hifas, competição por espaço e nutrientes). São referenciados por possuir
espécies produtoras de enzimas extracelulares, ex. xylanase e celulase, utilizadas
na indústria de papel, produção de alimentos e ração animal. Devido a estas
aplicações torna-se importante a sua identificação para o uso efetivo de suas
propriedades(BENÍTEZ et al., 2004; BUTT et al., 2008; SCHMOLL et al., 2009).
Abordagens clássicas baseadas em Reconhecimento Morfológico de
Espécies (MSR), sozinha são insuficientes devido à plasticidade das suas
características, enquanto o Reconhecimento Biológico de Espécies (BSR) é
impraticável, uma vez que, muitos indivíduos dentro do gênero perderam a
capacidade de reproduzir sexuadamente, sendo então necessária a união de
técnicas moleculares e a adoção de diversos parâmetrospara a correta identificação
(DRUZHININA; KUBICEK, 2005).
Através de marcadores moleculares é possível realizar comparações
filogenéticas baseadas nas sequências alvo e através destas, determinar com
acurácia o grau de relação entre isolados de diferentes regiões geográficas, formas
sexuadas ou espécies desconhecidas. Para isso a Concordância Genealógica de
Reconhecimento de Espécie Filogenética (GCPSR), se apresenta como uma
alternativa para identificação, além de possibilitar a compreensão de outras
informações que poderão estar correlacionadas como tipo de reprodução, ciclo de
vida e diferenciação genetica(TAYLOR et al., 1999).
Para que esta associação seja feita é necessário a utilização de mais de um
gene. Dentre estes os genes conhecidos como “housekeeping” são os mais
2
indicados por conterem tanto regiões conservadas como de variabilidade, essas
sequências permitem a identificação de novas espécies além de promoverem a
diferenciação entre estas (DRUZHININA; KUBICEK, 2005).
Como estes genes são condicionados a fatores ambientais (interação com
outros microrganismos, fatores físico-químico, clima e temperatura), é natural que
sua expressão seja diferenciada em cada organismo. Tais fatores geram
particularidades que os individualizam, sendo esta uma característica importante
para o reconhecimento de novas espécies (SHENOY et al., 2007). Neste sentido a
identificação de isolados de Trichoderma spp. de diferentes localidades do norte do
Estado do Maranhão, faz-se necessário, uma vez que o Estado reflete aspectos
transicionais de clima e suas condições edáficas que resultam em variados
ecossistemas, desde ambientes salinos com presença de manguezais, campos
inundáveis, cerrados e babaçuais, até vegetação de grande porte com
características amazônicas (TAYLOR et al., 1999; MUNIZ, 2006).
Neste cenário é possível encontrar variações entre espécies de Trichoderma
e diversidade genética de isolados característicos desta região. Portanto, objetiva-se
coletar amostras de solos de diferentes regiões no norte do estado do Maranhão e
identificar as espéciesde Trichoderma que possuamimportância ecológica e
econômica através de técnicas morfológicas emoleculares.
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TAXONOMIA, SISTEMÁTICA E REPRODUÇÃO NOS FUNGOS
A sistemática visa classificar e identificar os fungos objetivando os seguintes
critérios: elucidar as diferentes relações filogenéticas, documentar todas as
mudanças ocorridas na evolução e descrever todas as espécies (JUDD et al., 2002).
O processo inicia-se com identificação, seguido da comparação com as outras
espécies conhecidas em grupos semelhantes (TALBOT, 1971).
Talbot (1971) aindadefiniu quatro critérios no conceito de espécies fúngicas, o
primeiro deles é o conceito morfológico de espécie, que busca a comparação da
morfologia entre diferentes fungos, o segundo é o conceito de ecologia e fisiologia
que leva em consideração a distância e a distribuição geográfica entre diferentes
linhagens, o terceiro é o conceito biológico de espécie que leva em consideração a
capacidade dos indivíduos de reproduzirem entre si, e por fim, o conceito
evolucionário e filogenético de espécie que analisa características compartilhadas
entre indivíduos derivados de um ancestral comum.
Os fungos são organismos multicelulados heterotróficos que se alimentam por
absorção de compostos orgânicos, se desenvolvem de maneira difusa em um
micélio septado ou contínuo e reproduzem-se por meio de esporosque podem ser
sexuado e assexuado, possuindo uma ou várias camadas de parede celular
(ALEXOPOULOS et al., 1996). Não possuem plastos ou pigmentos fotossintéticos
(ALEXOPOULOS et al., 1996). São divididos em duas categorias: Myxomycota e
Eumycota, na primeira é caracterizado por possui forma gelatinosa, e o segundopor
produzir filamentos (AINSWORTH et al., 1973). O crescimento dos fungos
normalmente é indeterminado. Não apresentam mobilidade com exceção de certos
tipos de esporos que sofrem ação de diferentes agentes ambientais (WORRAL,
1999). Acredita-se que existam cerca de 75.000 espécies, porém estima-se que
ainda deva existir cerca de 1.5 milhões de espécies a serem descobertas
(HAWKSWORTH; KALIN-ARROYO, 1995).
A hifa dos fungos filamentosos normalmente se desenvolve a partir do
crescimento celular apical, onde a parede celular vai aos poucos se enrijecendo com
substâncias que em geral são glucanas ou quitinas. Normalmente o septo delimita
4
compartimentos que em algumas subdivisões formam ganchos (ou grampos). Em
fungos gelatinosos o desenvolvimento ocorre por brotação. O agrupamento das hifas
formam um tecido que passa a se chamar micélio (WORRAL, 1999).
Apesar de terem sido inicialmente colocados dentro do reino Plantae, os
fungos atualmente possuem seu próprio reino, chamado Fungi, que compartilha
características com o reino Animalia, sendo estes três reinos derivados de diferentes
linhagens de protistas (WHITTAKER, 1969; BALDAUF; PALMER, 1993; CARLILE;
WATKINSON, 1994; CAVALIER-SMITH, 1998; WORRAL, 1999). Cavalier-smith
(1987) propôs em seu trabalho que animais e fungos estão mais relacionados do
que vegetais, tendo mais proximidade com o ancestral comum (coanoflagelados).
Análises do RNA ribossômico confirmaram suas suposições e colocaram os animais
como um grupo próximo dos fungos (CAVALIER-SMITH, 1987; LANG et al., 2002).
Por conta da sua capacidade de propagação e dos seus diferentes modos de
reprodução a classificação dos fungos tem sido uma tarefa complicada (SUTTON,
1973; KENDRICK, 1979; WERESUB; HENNEBERT, 1979). Antes do século 18, os
fungos eram caracterizados sem levar em consideração suas estruturas de
reprodução sexuada, neste período, fungos do gênero Aspergillus e
Botrytisreceberam nomes genéricos por conta destas limitações taxonômicas, sendo
esse sistema nitidamente insatisfatório (SHENOY et al., 2007).
Após a descoberta do ciclo sexual em Syzites e do ciclo de vida do
Aspergillus glaucus(Aspergillus glaucusLink), os estudos que envolviam a taxonomia
passaram a focar-se mais na história de vida do fungo, e na análise das
características plesiomórficas.Os fungos passaram então a ser vistos sobre uma
nova ótica, onde então nasceu o termo “fungos imperfeitos”, seguido pela criação do
sistema de classificação Saccardo (deuteromiceto), que se baseou na morfologia do
conídio e do conidióforo (SHENOY et al., 2007).
Hughes (1953) utilizou da ontogenia do crescimento conidial nas suas
caracterizações, ressaltando a natureza pleomórfica do fungo e sua importância na
classificação. Poucos anos depois Weresub e Hennebert (1979), seguido por
Reynolds e Taylor (1993) desenvolveram e definiram o termo holomorfo para
conceituar as diferentes fases do ciclo de vida do mesmo fungo.
Alguns fungos possuem duas principais etapas no seu ciclo de vida, a
primeira é chamada de teleomórfica, ou sexual, onde ocorre o desenvolvimento de
estruturas distintas que aparecem unicamente neste período. A segunda é a
5
anamórfica, marcada pela ausência de estruturas sexuais, onde apresentam
somente desenvolvimento vegetativo por mitose. Neste sistema de classificação, as
formas teleomórficas e anamórficas são classificadas e nomeadas separadamente,
caracterizando duas espécies distintas (KENDRICK, 1979; WERESUB;
HENNEBERT, 1979; HENNEBERT, 1987; SUGIYAMA, 1987; REYNOLDS;
TAYLOR, 1993; SEIFERT et al., 2000; KIRK et al., 2001). O relacionamento entre a
forma sexuada e assexuada, na maioria dos casos, não chega a ser relacionada.
Estima-se que cerca de um quinto dos fungos conhecidos não possuem suas
estruturas sexuais conhecidas (KENDRICK, 1979; REYNOLDS; TAYLOR, 1993).
No geral, o Conceito Filogenético de Espécies associado a caracteres
moleculares é considerado a melhor abordagem para identificação dos fungos.
Dados moleculares podem fornecer informações de caracteres discretos além de
possibilitarem uma análise estatística para induzir relações filogenéticas, sendo
desta forma mais vantajoso que dados morfológicos (JUDD et al., 2002; SHENOY et
al., 2007).
A caracterização correta de um determinado organismo não está somente
ligada a sua identidade. Informações sobre suas propriedades são o principal alvo
de estudo na atual sistemática para desta maneira compreender sua biologia (papel
ecológico, fisiologia e propriedades bioquímicas) (SEIFERT et al., 2000). Porém, a
obtenção destas informações nem sempre é possível, devido à complexidade
inerente ao próprio organismo que apresenta diversos fatores, tais como:
plasticidade da morfologia e variabilidade dos caracteres genéticos, dificuldades em
diferenciar possíveis espécies criptas e identificação incoerentes de organismos
pleomórficos baseados em ciclos de vidas pouco conhecidos (HEBERT et al., 2002).
2.2 TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR EM FUNGOS
Durante séculos o processo de identificação dos fungos tem sido realizado a
partir de métodos convencionais, utilizando como base caracteres fenotípicos
determinados pela morfologia da colônia e das suas microestruturas. Embora estas
metodologias sejam o alicerce dos estudos na micologia, podem levar a uma
interpretação errada dos resultados, sendo dependentes da experiência do
pesquisador, da viabilidade do organismo a ser cultivado, além de exigir muito
6
tempo, resultando em alguns casos, baixo nível de acurácia (ATKINS; CLARK,
2004).
Com o intuito de otimizar o processo de reconhecimento, pesquisadores
rotineiramente utilizam a informação genética em diversas linhas de pesquisa,
possibilitando estudar aspectos comportamentais, história de vida, modelos de
transmissão de genes, morfologia comparada, sistemática e os diferentes níveis de
relacionamentos entre os organismos (AVISE, 1994; ATKINS; CLARK, 2004).
A PCR é uma técnica dependente da metodologia de extração, podendo ser
utilizada rotineiramente fornecendo informações para controle biológico, sendo
constantemente aprimorada a medida que o conhecimento sobre as regiões de DNA
utilizadas para amplificação aumentam, desta forma, muitas da interações sobre a
ecologia dos fungos e sua interação com os outros organismos, vem se tornando
cada vez mais disponível (ATKINS; CLARK, 2004). É uma das mais importantes
ferramentas para identificação de fungos, desde sua introdução nos anos 80, onde
vem servindo de base para o desenvolvimento de uma série de outras tecnologias
associadas. A PCR é uma amplificação enzimática exponencial que atua sobre uma
região específica chamada “primer”, gerando múltiplas cópias desta. Por conta da
sua simplicidade, especificidade e sensibilidade têm diferentes aplicações em vários
ramos da micologia (LUO; MITCHELL, 2002; ATKINS; CLARK, 2004).
As técnicas que envolvem amplificação de DNA utilizando PCR não se limitam
unicamente a análises qualitativas. Devido a necessidade de quantificar as
sequências de ácidos nucléicos e analisar a expressão de genes, desenvolveu-se a
PCR em tempo real (qPCR). Trata-se de uma técnica que combina tanto
amplificação como detecção em uma única etapa. O procedimento consiste em
calcular o processo de amplificação do produto da PCR durante cada ciclo quando a
sequência alvo é detectada, gerando valores conhecidos como limite de ciclo (Ct),
onde são detectados por corantes fluorescentes e sequências específicas de sondas
(HEID et al., 1996; ATKINS; CLARK, 2004; WONG; MEDRANO, 2005).
Com intuito de desenvolver uma ferramentaprática para facilitar o trabalho de
identificação a nível de espécie e aumentar a compreensão sobre o relacionamento
de diferentes organismos entre si, o projeto “DNA barcode” foi introduzido no ramo
da sistemática. A caracterização utiliza, no geral, regiões curtas já conhecidas e
padronizadas por conta da sua baixa variabilidade genética (HEBERT; GREGORY,
2005).A proposta iniciou-se com o trabalho de Hebert et al. (2002) que sugeriu um
7
sistema de identificação utilizando informações contidas em um gene de 648 bp, o
“Cytochrome Oxydase Subunit I” (COI), por apresentar baixa quantidade de íntrons e
baixa exposição a recombinação (SACCONE et al., 1999). Logo em seguida, regiões
específicas para organismos dos diferentes reinos já estavam disponíveis
(SAUNDERS, 2005; WARD et al., 2005; HAJIBABAEI et al., 2006). Para estimular e
organizar o depósito de regiões importantes o projeto “Barcode of Life”
(www.barcoding.si.edu) foi consolidado, funcionando como uma biblioteca universal
para que comparações de táxons não identificados pudessem ser realizadas
(KRESS et al., 2005).
Apesar de inicialmente ter mostrado alta capacidade de distinção em nível de
espécie, Kress et al. (2005) comprovaram que as cópias do gene COI no genoma de
vegetais superiores evoluíam a um nível muito baixo quando comparado ao dos
animais, concluindo sua ineficácia como marcador molecular universal. Outras
regiões como Espaçadora Transcrita Interna (ITS), e o plasmídeo trnH-psbA
espaçador intergênico foram selecionados como marcador molecular para vegetais.
Diferentes genes tem sido escolhidos para a identificação a nível de espécie,
no reino Fungi, trabalhos posteriores indicaram os lócus com maior capacidade para
distinção de organismos dentro do reino, dentre eles destacam-se: a grande
subunidade ribossomal (mtSSU), a ITS, regiões da β-tubulina e Fator de
Alongamento 1-alpha (EF-1), sendo a região ITS mais utilizada pelos micologistas
no geral (BERCH et al., 2002; CUNNINGTON et al., 2003; GEISER et al., 2004;
SAMSON et al., 2004; DRUZHININA; KUBICEK, 2005).
2.3 Trichoderma: HISTÓRICO E AGENTE DE BIOCONTROLE
O gênero Trichoderma foi originalmente descrito por Persoon em 1794
descreveu-o como gasteromiceto, no seu trabalho propôs quatro espécies
diferentes, destas somente Trichoderma viride(Trichoderma viride Rifai)permaneceu
inalterada. Em 1865 os irmãos Tuslane estabeleceram a ligação entre T.viride e
Hypocrea rufa (Hypocrea rufa Pers.), seu equivalente teleomorfo, utilizando como
base o formato da hifa estromática e comparando com o conidióforo do Trichoderma,
este trabalho mostrou os principais padrões de identificação para o holomorfo
(SAMUELS et al., 2006).
8
Abbdott em 1927 conseguiu classificar quatro grupos distintos, porém, somente três
foram adicionados na chave de classificação. Em 1939 o pesquisador Bisby após
fazer observações nas espécies de Hypocrea rufa (produtor de ascósporos
incolores) e Hypocrea gelatinosa(Hypocrea gelatinosa Tode:Fr.)(produtor de
ascósporos coloridos) não conseguiu diferenciá-las, acreditando que H. gelatinosa é
somente uma forma de crescimento ou condição imatura de H. rufa, desde então
passou a atribui várias características morfológicas a uma única espécie. (GAMS;
BISSET, 1998; CHAVERRI; SAMUELS, 2003; SAMUELS, 2006). Em 1956 Dingley
caracterizou várias espécies de Hypocrea na Nova Zelândia, relacionando estas com
o seu anamorfo T. viride (DINGLEY, 1956). Poucos anos depois Rifai (1969) utilizou
características da forma sexuada para distinguir as espécies de Trichoderma,
dividindo-os em nove grupos chamados de “agregados" (grupos de espécies
morfologicamente semelhantes), estes são respectivamente: T. aureoviride Rifai, T.
hamatum (Bonord.) Bain., T. harzianum Rifai, T. koningii Oudem., T. longibrachiatum
Rifai. T.piluliferum Rifai , T. polysporum (Link : Fr.) Rifai, T. pseudokoningii Rifai, e T.
viride. (ABBDOTT, 1926; RIFAI, 1969; SAMUELS, 1996).
No Japão, Doi (1973) descreve o ciclo de vida de espécies tropicais do
gênero Hypocrea, em seguida, propõe subdivisões baseadas na sua anatomia e na
sua forma assexuada. Nos anos de 1984 a 1992 Bisset revisa a chave de
classificação do gênero utilizando o trabalho de Rifai como referência, neste observa
que cinco dos agregados de Rifai (T. harzianum, T. longibrachiatum, T. piluliferum, T.
polysporum, e T. pseudokoningii) são na realidade espécies, enquanto que os
agregados restantes seriam grupos contendo numerosos indivíduos. Bisset então os
separa em cinco seções (DOI, 1973; BISSETT, 1991)
O gênero Trichoderma é formado por fungos ascomicetos produtores de
esporos assexuais com formato elipsoidal, oblongo e globoso, gerado por fiálides
hialinas formadas sobre ramos estéreis de conidióforos verticiliados. Seus conídios
apresentam semelhanças com Verticillum e Gliocladium variando em tamanho e tons
que vão do branco nos primeiros dias, ao verde e amarelo após a maturação
(GAMS; BISSET, 1998; CHAVERRI; SAMUELS, 2003; SAMUELS, 2006).
Determinadas espécies produzem elevada quantidade de clamidósporos
conspícuos de parede espessa difusos na massa miceliar, estes têm formato
globoso ou subgloboso formados dentro ou no topo das hifas (CHAVERRI et al.,
2003; SAMUELS, 2006).
9
As colônias, na maioria das espécies, são formadas por massas de micélio
com aparência flocosa exibindocrescimento rápido entre 25-30° (em algumas
seções, espécies conseguem esporular a 40°), estas apresentam cor branca ao
primeiro dia, sendo, posteriormente, substituído por diversos tons de verde, e em
alguns casos, entretons de amarelo, seu reverso é geralmente
incolor,amarelo,amareloâmbarouverde-amarelo. Em algumas espécies os
conidióforos se desenvolvem apresentando anéis formados por zonas concêntricas,
sobre substratos lenhosos suas colônia apresenta crescimento discreto e moderado
(GAMS; BISSET, 1998). Além destas características, determinadas espécies exibem
outras peculiaridades como o “odor adocicado de coco” e capacidade de difusão de
pigmentos no meio (GAMS; BISSET, 1998; SAMUELS, 2006).
O gênero ostenta no total cinco divisões conhecidas como “seções”, estas
são:seção Hypocreanum, seção Longibrachiatum,seção Pachybasium, seção
Saturnisporium e seção Trichoderma(GAMS; BISSET, 1998; SAMUELS, 2006).
Seção Hypocreanum possui como principal característica fiálides solitárias com
formato cilíndrico que apresentam padrões semelhante a Verticilium ou Acremonium,
este modelo é caracterizado por ramos primários que se desenvolvem uma ou várias
vezes, terminando em longos verticilos (CHAVERRI; SAMUELS, 2003). O
crescimento das suas colônias varia nas diferentes espécies indo de 3 a 6 cm, sendo
seu reverso normalmente descolorido ou amarelo. Apresenta conídio incolor, liso
que varia em forma e tamanho, neste grupo as forma assexuadas na seção
Hypocreanum foram obtidas a parti de ascósporos das espécies de Hypocrea, uma
vez que, estes são raramente observados individualmente (GAMS; BISSET, 1998;
CHAVERRI; SAMUELS, 2003).
Espécies da seção Longibrachiatumapresentam conidióforos agregados
formando pústulas que exibem longos ramos primariamente, possuindo
desenvolvimento secundário curto, suas colônias demonstram crescimento rápido
que varia entre 4,5 a 7,5 cm. Suas fiálides são irregularmente dispostas
frequentemente solitárias, apresentam formato ampuliforme ou cilíndricas, sendo
estas também encontradas em alguns outros grupos, porém, sua frequência não é
tão alta quanto na seção Longibrachiatum(GAMS; BISSET, 1998; CHAVERRI;
SAMUELS, 2003).
Os indivíduos da seção Pachybasiumcontém espécies capazes de produzir
padrões de ramificação piramidal, apresentando conidióforos alongados podendo
10
ser férteis ou estéreis, frequentemente formam agregados compactos com cores que
vão do branco ao cinza e do verde ao marrom, onde nestes são inseridas fiálides
com formas curtas e largas produzidas em grupos que vão de 2 a 7. Colônias variam
em tamanho entre 2 e 9 cm, seu reverso apresenta tons de amarelo, âmbar e
algumas vezes avermelhado (GAMS; BISSET, 1998; CHAVERRI; SAMUELS, 2003).
Na seção Saturnisporium o Trichodermaapresenta fiálides desagrupadas
semelhante ao arranjo encontrado na seção Longibrachiatum, porém, diferencia-se
desta por possuir fiálides largas(GAMS; BISSET, 1998; CHAVERRI; SAMUELS,
2003).
Aseção Trichoderma difere dos outros grupos por apresentar conidióforos
estreitos e sinuosos com ramos primários que resultam de intervalos regulares,
nestes, 2 a 3 fiálides brotam por verticilo ligados ao conidióforo com conídios
regulares ou ornamentados, apresentam crescimento rápido e lento dependendo da
espécie, possuem aspecto contonoso com tons que variam do branco nos primeiros
dias, ao verde após total maturação, nesta seção algumas espécies apresentam o
doce odor de coco e produção de clamidósporos (GAMS; BISSET, 1998;
CHAVERRI; SAMUELS, 2003).Seu equivalente teleomorfo é reconhecido
taxonomicamente como membro da divisão Ascomycota do gênero Hypocrea,
estecompartilha uma série de características morfológica com o gênero
Trichoderma, porém, difere-se deste no modo de reprodução.
Membros da ordem Hypocreales são frequentemente encontrados em todos
os tipos de florestas com elevada umidade, colonizando cascas de árvores, plantas
herbáceas e parasitando outros fungos, espécies de Hypocrea são usualmente
encontradas em florestas tropicais úmidas (CHAVERRI; SAMUELS, 2003; HARMAN
et al., 2004).Seus esporos são mantidos dentro de estruturas denominadas ascos,
destas a mais comum é o peritécio, que apresenta-se como forma de almofada. As
paredes que compõem este corpo de frutificação variam no tipo de textura podendo
ser carnosa, ou membranosa com uma brilhante coloração que varia entre as
espécies sendo facilmente identificada (DINGLEY, 1950; KUHLS et al., 1996;
CHAVERRI; SAMUELS, 2003; SAMUELS, 2006)
A competição por nutrientes é um dos elementos chaves para o
desenvolvimento dos microrganismos, sendo este, um dos fatores responsáveis pela
seleção de espécies. Por exemplo, no solo, a maioria dos fungos filamentosos
utilizam de sideróforos para captação de ferro (ex. Aspergillus fumigatus, A.nidulans
11
e Ustilago maydis) (CHET; INBAR, 1994; MONTE, 2001; BENÍTEZ et al., 2004;
EISENDLE et al., 2004). Trabalhos realizados por Chet e Inbar (1994)relataram que
algumas estirpes de Trichoderma possuem alta capacidade de produzir sideróforos,
mobilizando este íon e impedindo sua captura por outros fungos, a absorção de
nutrientes na rizosfera também já foi evidenciada em Fusarium oxysporum, ao
competir com a espécie T.harzianum,em outras espécies como B.cinerea essa forma
de antagonismo ainda é mais efetiva, uma vez que, este fitopatógeno é sensível a
falta de nutrientes.
No ambiente o Trichoderma apresenta alta velocidade de desenvolvimento,
ao fazer essa afirmativa não só é considerado seu rápido desenvolvimento no solo
como também seu valor como antagonista, uma vez que, é necessário que vença as
adversidades contidas no próprio substrato como efeitos fungistáticos de outros
fungos, vegetais e organismos que venham competir como ele no local onde foi
inserido, além de levar em consideração sua capacidade de reprodução e sua
eficiência na obtenção de nutrientes (BENÍTEZ et al., 2004).
A habilidade de obter nutrientes do solo é superior a da maioria dos
microrganismos, seus mecanismos baseiam-se na capacidade de metabolizar
diferentes tipos de açúcares tais como: celuloses, glucanas e quitinas, sendo estes
processos mediados pela assimilação de enzimas e permeases (CHET; INBAR,
1994; DELGADO-JARANA et al., 2003).
Espécies de Trichoderma são por alguns autores, definidas como oportunistas
simbiontes avirulentos capazes de colonizar a raiz utilizando mecanismos similares
aos fungos micorrizos, além de beneficiar seu hospedeiro produzindo compostos
que estimularão sua defesa e proteção (HARMAN et al., 2004). Alguns isolados de
Trichoderma ao se estabelecerem na rizosfera e penetrar a epiderme do vegetal
iniciam a produção e liberação de compostos, resultando em liberação de
fitoalexinas, flavoides e terpenoides, além de derivados fenólicos, aglycones e outros
compostos antimicrobianos. Como Trichoderma é mais tolerante a estes compostos
que a maioria dos fungos, consegue se desenvolver a medida em que que confere
resistência ao vegetal (HARMAN et al., 2004).
Outro sistema utilizado no processo de controle biológico envolve a utilização
de moléculas de baixo peso molecular, metabólitos voláteis, não-volateis ou
antibióticos, produzido pelas estirpes de Trichoderma. Entre estes metabólitos estão
os ácidos harzianico, alameticinas, tricholina, peptaibols, 6-penthyl--pyrone,
12
massoilactone, viridina, gliovirina, glisoprenina, ácido heptelidico e outros (VEY et al.,
2001).
O micoparasitismo corresponde ao mecanismo de biocontrole que envolve:
reconhecimento, penetração e subsequentemente morte do hospedeiro. O
Trichoderma pode exercer diretamente sobre outro fungo este mecanismo de
parasitismo, que essencialmente inicia-se com liberação de Enzimas de Degradação
de Parede Celular (CWDE), variando entre as diferentes espécies, sendo a maioria
destas substâncias, enzimas como: quitinases, glucanases e proteases (HARMAN et
al., 2004). O micoparasitismo envolve inicialmente mudanças morfológicas que
resultam em alterações das estruturas que formam osapressórios e se prendem ao
hospedeiro. A hifa do Trichodermase fixa e então enrola-se, passando a liberar
enzimas degradadoras de parede celular e peptaibols(MONTE, 2001; HOWELL,
2003).
Em 1995 as técnicas de sequenciamento de DNA passaram a ser utilizadas
com fins taxonômicos, neste mesmo período algumas relações entreTrichoderma e
Gliocladium começaram a ficar mais elucidadas através de técnicas moleculares
(REHNER; SAMUELS, 1994), pouco tempo depois outros trabalhos foram
publicados envolvendo regiões pertencentes ao DNA ribossômico (rDNA), e em
seguida, a utilização de múltiplos genes (KINDERMANN et al., 1998; KULLNIG-
GRADINGER et al., 2002). Neste mesmo período as pesquisas filogenéticas
também são iniciadas, assim, análises das sequências de bases começam a
fornecer resultados para a montagem de esquemas filogenéticos (SAMUELS;
SEIFERT, 1995).No empenho de ampliar o conhecimento sobre a sistemática, e
desenvolver um sistema taxonômico natural para melhor entender à história
evolutiva do gênero interligando a forma anamórfica com a telemórfica foi de grande
importância realizar estudos envolvendo as espécies de Trichoderma e relacioná-las
com as de Hypocrea (CHAVERRI et al., 2003; SAMUELS, 2006).
13
2.4 GENE ITS
Segundo White et al. (1990) sequências de nucleotídeos contidas no RNA
ribossomal (rRNA) fornecem meios para analisar relações filogenéticas em todos os
níveis taxonômicos, estes por estarem presente em todos os organismos e por
apresentarem um alto número de cópias (este gene esta presente em número
superior a 90 cópias por genoma) são indicados para estudos que relacionam
distância filogenética entre os organismos. Estas regiões são responsáveis pela
produção primária de rRNA separadas por uma ou mais sequências conhecidas
como espaçadoras intergênicas (IGS) que podem variar na posição e direção no
processo de transcrição entre diferentes grupos de fungos, sendo considerada por
alguns autores a região mais utilizada na micologia (HILLIS; DIXON, 1991;
HIBBETT, 1992).
A região que compõem o DNA nuclear ribossomal é dividida em três genes, o
primeiro deles, a pequena unidade (SSU) fica localizada na posição 17-18S, possui
um nível evolutivo relativamente lento, sendo útil em estudos que avaliam o grau de
parentesco entre os organismos, a segunda região, a maior subunidade (LSU), fica
localizada na posição 25-28S possuindo regiões variantes nos seus 900 primeiros
pares de bases, sendo esta área inicial, a mais utilizada dentro do LSU, todo o resto
da sua extensão, no entanto, é invariante (WHITE et al., 1990).
A terceira região “ITS” fica localizada entre os genes da região 18S e 28S,
que por ser uma sequência pequena de fácil amplificação e possuir regiões
conservadas, tem sido amplamente utilizada na identificação de fungos a nível de
espécie e mesmo entre espécies. O ITS ainda é dividido em duas partes, o ITS-1
posicionado entre o gene 18S, o 5.8S, e o ITS2, separando o 5.8S e 28S (WHITE et
al., 1990; SCHLOTTERER et al., 1994; ATKINS; CLARK, 2004).
No gênero Trichoderma, a região ITS tem grande importância na sua
caracterização molecular, cada uma das 83 espécies de Trichoderma já possui
sequências depositadas deste gene no Genbank (DRUZHININA et al., 2005). Por ser
uma região já amplamente estudada e espécie específica, tem sido a mais utilizada
na identificação do gênero, porém, alguns cuidados devem ser tomados, pois, em
espécies muito próximas, pode não ocorrer distinção entre indivíduos analisados
(DRUZHININA et al., 2005). Na seção Trichoderma, por exemplo, diferentes
14
espécies compartilham as mesmas sequências ITS (LIECKFELDT et al., 1999;
SAMUELS, 2006). Entretanto graças a utilização dessa sequência como marcador
molecular, Kinderman et al. (1998) conseguiram analisar a filogenia de todo o
gênero, posicionando a seção Pachybasiume identificando como parafilético,
resolvendo um impasse entre esta seção e a seção Trichoderma(KULLNIG-
GRADINGER et al., 2002; CHAVERRI et al., 2003; DRUZHININA; KUBICEK, 2005;
KUBICEK et al., 2008). No gênero Hypocrea a importância do gene ITS foi
demostrada por Kindermann et al. (1998), que durante muito tempo foi utilizado
sozinho para esclarecer algumas relações filogenéticas dentro do
gênero(CHAVERRI; SAMUELS, 2003).
Em algumas espécies do gênero Fusarium e em alguns vegetais a região ITS
tem sido desacreditada, pois determinados grupos tem apresentado cópias
parálogas localizadas dentro do rDNA. No gênero Trichoderma há também relatos
de divergência associada a esta sequência em T.strictipile(T.strictipile null)e
T.crassum (T.crassum null)(BUCKLER et al., 1997; O'DONNELL; CIGELNIK, 1997;
DRUZHININA; KUBICEK, 2005).
Ferramentas „„on-lines‟‟ e bancos de dados genéticos com frequência são
utilizados para identificação em nível de espécie no gênero Trichoderma, porém,
rotineiramente o pesquisador se baseia em resultados que indicam maior
porcentagem de similaridade (98% ou „„best hit‟‟), porém, por descuido e pela falta de
um controle de qualidade, sequências tem sido depositadas com nome de outras
espécies (DRUZHININA; KOPCHINSKIY, 2006).
Em seu trabalho, Druzhinina et al. (2005) desenvolveu o projeto DNA
„„barcode‟‟ para o gênero Trichoderma com intuito de facilitar o processo de
identificação e reduzir os problemas ocasionados por ambiguidade, empregando a
região ITS para identificar as espécies. As regiões compostas por íntrons, segundo
Druzhinina et al.(2005), são as preferenciais para determinar espécie específica na
utilização do „„barcode‟‟. Diferentes estudos realizados por mais de 10 anos
utilizando o gene identificaram corretamente mais de 1500 espécies, justificando sua
escolha (DRUZHININA; KUBICEK, 2005).
Com a finalidade de tornar o processo de identificação mais simples e
eficiente, desenvolveu-se então, baseado na região ITS, o programa Trichokey,
tendo como alvo as sequências especificas do gênero (DRUZHININA; KUBICEK,
2005; DRUZHININA et al., 2005). O programa atua como banco de dados contendo
15
sequências de 88 espécies do gênero que através do „„hallmarks‟‟ característico,
fornece a identificação das espécies, dependendo assim, basicamente, da qualidade
da sequência utilizada (KUHLS et al., 1996; KINDERMANN et al., 1998; KUBICEK et
al., 2003; DRUZHININA; KUBICEK, 2005).
2.5 ISOLAMENTO E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO GÊNERO
O gênero Trichoderma é comumente isolado do solo onde apresenta
frequência de 101 a 103 propágulos por grama, seu teleomorfo, Hypocrea, é
usualmente encontrado colonizando cascas de árvores e plantas herbáceas, sendo
considerado colonizador secundário por preferir matéria em decomposição
(HARMAN et al., 2004). Atua sobre uma variedade de substratos, onde concorre
com outros fungos por nutrientes e exudatos (DANIELSON; DAVEY, 1973;
SAMUELS, 1996; HARMAN et al., 2004; HANADA et al., 2008). Devido a seu rápido
crescimento e conidiação, espécies são facilmente obtidas do solo utilizando
técnicas convencionais.Alguns anamorfos, já relacionados ao gênero Hypocrea,
podem ser obtidos a partir de inoculação direta do ascósporo, ou do tecido
estromatal (GAMS; BISSET, 1998).
Determinados agregados (ou complexos) de espécies possuem localização
geográfica limitada, embora a maioria dos representantes deste gênero já tenha sido
isolada de diferentes regiões e altitudes, como exemplo, T. polysporum (T.
polysporum null)e T.minutisporum (T.minutisporum null)são espécies conhecidas
pela sua limitação a regiões frias, enquanto T. hamatum(T. hamatum null)e
T.pseudokoningii (Trichoderma pseudokoningii Rifai)são mais habituadas a regiões
de umidade excessiva (DAVET, 1979; SAMUELS, 2006). Estudos realizados na
Rússia, Sibéria e no Himalaia não detectaram presença dos indivíduos pertencentes
a seção Longibrachiatum, sendo considerados inexistentes ou com baixa ocorrência
nestas localizações (KULLNIG et al., 2000).
O gênero, porém, possui representantes já isolados de vários ecossistemas como:
campos agrícolas, pradarias, florestas, pântanos e desertos, incidindo em diferentes
zonas climáticas (DANIELSON; DAVEY, 1973; ROIGER et al., 1991; WARDLE et al.,
1993; SMITH, 1995). Das espécies de Trichoderma que são consideradas
verdadeiramente cosmopolitas, podemos citar: T. asperelum(Trichoderma
16
asperellum Samuels, Liechfeldt & Nirenberg), T. hamatum (T. hamatum Rifai), T.
koningii (T. koningiiOudem) e T. harzianum, sendo este ultimo encontrado mais
comumente em temperaturas mais elevadas (DAVET, 1979; CHAVERRI; SAMUELS,
2003).
A realização das análises quantitativas e da distribuição do gênero são, no
geral, dificultada em regiões onde há altas temperaturas, ou onde as condições do
solo são mantidas secas por um período de tempo muito longo, outros entraves
estão relacionadas às limitações metodológicas e a imprecisão taxonômica (DAVET,
1979).
Estudos envolvendo a distribuição do gênero foram inicialmente restritos a
América do Norte e a Europa central (BISSETT, 1991; KULLNIG et al., 2000). A
buscaem regiões negligenciadas como: Sibéria, Himalaia, sudeste da Ásia, Egito,
América do Sul e Central resultou na identificação de novas espécies (KULLNIG et
al., 2000; BISSETT et al., 2003; KRAUS et al., 2004; DRUZHININA; KUBICEK,
2005). Naturalmente, análises envolvendo a distribuição geográfica do gênero
tendem a se complementar. Na região do leste da China, Turner et al. (1996) não
detectaram nenhuma espécie da seção Longibrachiatum, no entanto, estudos
posteriores realizados por Zhang et al. (2005), confirmaram a presença de
T.longibrachiatum, relacionando este com a presença de H.orientalis, seu
equivalente teleomorfo (TURNER et al., 1996; ZHANG et al., 2005).
Estudos envolvendo determinadas regiões contidas na molécula de DNA
podem determinar sua origem e dispersão, possibilitando assim conhecer melhor
sua localização, população e possíveis formas de dispersão (ZHANG et al., 2005;
SAMUELS, 2006).
3 HIPÓTESE
Há diversidade entre os isolados de Trichoderma spp. oriundos de solos
agrícolas localizados no norte do Maranhão.
17
4 OBJETIVOS
Realizar identificação morfológica e molecular dos isolados de Trichoderma
spp. provenientes do norte do Maranhão, com auxilio de técnicas convencionais e
moleculares utilizando a região ITS (Internal transcribed spacer).
4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar os isolados de Trichoderma, quanto às propriedades morfológicas.
Avaliar quais isolados que melhor atuam como agente de biocontrole nos teste
“in vitro”.
Realizar a caracterização molecular dosisolados utilizando a região ITS.
Avaliar a confiabilidade da região ITS nos estudos filogenéticos de isolados do
gênero Trichoderma.
18
5 MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 OBTENÇÃO DAS AMOSTRASE ANÁLISE QUÍMICA
Amostras de solos foram obtidas in locoe através do Laboratório de Análise
de Solos da UEMA, oriundas dos municípios de: São Luís (Bairros do Bom jardim,
Itapera,Quebra pote, Cinturão verde), Lago dos Rodrigues, Raposa, Humberto de
Campos, Bacabal, Nova Olinda, Boa Vista do Gurupi, Miranda do Norte, São José
de Ribamar, Buriti e Carutapera. Todos pertencentes à região norte do
Maranhão.(Tabela 1)
Tabela 1.Origem e cultura dos isolados de Trichoderma obtidos a partir de amostras de solo de diferentes municípios do Maranhão.
Identificação das amostras
Origem Cultura Nª de Isolados. Obtidos
TA, TV, TC1, TF1, TG1
Bom Jardim Cultura do maracuja 5
TB, TT, TZ, TH1 Itapera Cultura do maracujá 4 TC, TD, TB1, TL1 Quebra pote Cultura do maracujá 4
TU Cinturão verde Cultura do maracujá 1 TJ Lago dos Rodrigues Amostra de solo 1
TM2 Raposa Horticultura 1 TN2, TQ2, TV2 Humberto de campos Amostra de solo 3 TO2, TZ2, TA3, TC3, TM3, TN3
Bacabal Amostra de solo 6
TB3 Nova Olinda Horta comunitária 1 TD3 Boa Vista do Gurupi Área queimada 1
TE3, TF3, TG3, TH3, TI3, TJ3
Miranda do Norte Amostra de solo 6
TL3, TO3 São José de Ribamar Amostra de solo 2 TP3 Buriti Amostra de solo 1
TQ3 e TR3 Carutapera Amostra de solo 2
As características químicas do solo foram avaliadas através das análises de
rotina no laboratório de solos do Mestrado em Agroecologia da Universidade
Estadual do Maranhão (IAC, 2001). O pH foi quantificado em água destilada,
enquanto a matéria orgânica foi analisada a partir do fracionamento físico utilizando
o método de Machado (2002).
As amostras foram submetidas ao método de diluição em placas estabelecido
por Menezes e Assis(2004) onde uma massa de 10 g de solo foi transferida para 90
ml de água destilada permanecendo sobre agitação por 30 minutos, alíquotas de 10
19
ml foram transferidas para outros tubos através de sucessivas diluições até uma
fração final de 10-3, e semeadas em meio Batata Dextrose Agar (BDA)
contendoClorafenicol, Sulfato de Estreptomicina e Rosa de Bengala (BDAm)
(VARGAS GIL et al., 2009) e incubadas em condições laboratoriais (25-28°). As
colônias resultantes foram então submetidas ao processo de purificação através da
técnica do cultivo monospórico em ágar-água (MENEZES; ASSIS, 2004). O número
de isolados no solo foi determinado por meio de unidades formadoras de colônias
(UFC), para isso utilizou-se a fórmula (número de colônias x 10-n/gr de solo).
5.2 IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES
A identificação foi realizada através das chaves de classificação de Gams e
Bisset (1998), Rifai (1969) e Samuels et al. (2012). Percentual de crescimento e
características morfológicas foram analisadas em meio Batata Dextrose (BDA) e
Extrato de Malte Agar (EMA) (Himedia). Após o crescimento das colônias purificadas
um disco de micélio (5 milímetros) foi retirado e colocado a aproximadamente 1,5 cm
da borda da placa de petri (9 centímetros) contendo 20 ml de meio de cultura onde
ficaram incubados por uma semana nas condições laboratoriais de luz e temperatura
(28±1ºC). Ainda para analisar suas características macroscópicas os isolados
também foram inseridos no centro da placa para verificar seu desenvolvimento radial
por três dias. Para avaliar sua velocidade de crescimento os isolados foram
incubados no escuro em meio BDA nos intervalos de 24, 48 e 72 horas. Os
caracteres microscópicos foram analisados segundo a morfologia, dimensão e
disposição dos conídios e fiálides, utilizando lâminas preparadas através da técnica
de microcultivo em EMA (Himedia), o material foi então visualizado com corante azul
de algodão. A dimensão dos conídios, das fiálides e a análise da velocidade de
crescimento foram descritos como valor mínimo e máximo de todas as medições
colocadas entre parêntesis separados pela média do desvio padrão. Outras
características como difusão através do meio e odor adocicado de coco também
foram levados em consideração
20
5.3 CARACTERÍSTICAS DE ANTAGONISMO
5.3.1 MICOPARASITISMO
Para analisar o potencial antagônico dos isolados de Trichoderma utilizou-se
a técnica de pareamento de cultura em placas de petri contra o isolado Fusarium
oxysporum f.sp. passifloraePurss (Fop4) proveniente da micoteca da Universidade
Estadual do Maranhão – Mestrado em Agroecologia. Discos de micélio contendo o
fungo hospedeiro e o antagonista (5 mm de diâmetro) foram retirados das colônias e
colocados simultaneamente em bordas opostas a 7 cm de distância entre os
isolados em condições de laboratório (28±1ºC). O delineamento foi inteiramente
casualidado com cinco repetições. O nível de antagonismo foi avaliado após sete
dias através da mensuração do crescimento linear tanto do hospedeiro quanto do
antagonista (DENNIS; WEBSTER, 1971b).Placas contendo somente o fungo
fitopatógeno foram utilizadas como controle. Para a análise dos dados utilizou-se a
escala proposta por Linhares (LINHARES et al., 1995) que avalia a inibição do
crescimento do patógeno através de porcentagem classificando o isolado em três
níveis diferentes: E (Eficiente 80 a 100%), M (Moderadamente eficiente 51 a 79%) e
I (Ineficiente menos de 50%). A análise do crescimento micelial foi realizada
utilizando o teste de Turkey a 5% de probabilidade.
5.3.2 PRODUÇÃO DE METABÓLITOS VOLÁTEIS
O efeito dos metabolitos voláteis dos isolados de Trichoderma sobre o
crescimento micelial deFop4 foi avaliado utilizando a técnica desenvolvida por
Bharat et al. (1980). Discos de micélio de 5 mm do patógeno e do antagonista foram
posicionados no centro da placa e depois sobrepostos um sobre o outro com placas
contendo meio BDA. O disco contendo o fitopatógeno foi posicionado na placa
superior e o antagonista na inferior. Em seguida os isolados foram incubados em
condições laboratoriais (28±1ºC) por sete dias. O delineamento foi inteiramente
casualidado com cinco repetições. A testemunha consistiu somente de Fop4 tanto
na parte superior quanto na inferior da placa. Os isolados foram igualmente
21
analisados através do teste de tukey 5% e avaliados através da escala de Linhares
(LINHARES et al., 1995).
5.4 ANÁLISE MOLECULAR
5.4.1 EXTRAÇÃO E AMPLIFICAÇÃO DO DNA GENÔMICO
Do total 11 isolados foram selecionados aleatoriamente para identificação
molecular e análise filogenética. O DNA foi extraído com o DNeasy Plant mini kit
seguindo o protocolo do fabricante (Qiagen, Hilden, Germany), toda a etapa de
extração foi realizada no laboratório de genética e biologia molecular na UEMA e no
laboratório de biologia molecular da Universidade Ceuma. O processo de
amplificação e sequenciamento foi realizado na Universidade Federal do Recôncavo
Baiano (UFRB) através da parceria com o laboratório de Microbiologia Aplicada
coordenado pelo professor Jorge Teodoro de Souza. Os “primers” utilizados para
amplificaçãoforam ITS1 (5‟-TCCGTAGGTGAACCTGCGG-3‟) e ITS4 (5‟-
TCCTCCGCTTATTGATATGC-3‟) contendo as regiões ITS1,2 e 5,8S com fragmento
de cerca de 600 bp (WHITE et al., 1990). Para a realização da PCR em 25 µL
utilizou- se 2,5 µL de tampão (200 mM Tris-HCl, pH 8,4, 500 mM KCl); 2,0 μL de
dNTPs (2,5 mM); 1 μL de cada “primer” (10 pmol/μL); 2,0 μL MgCl2 (50 mM), 0,3 μL
Taq DNA polymerase (5 U/μL), 2 μL DNA (5 ng/μL) e 14,2 μL de água miliQ
autoclavada. As amplificações foram feitas em termociclador (peqSTAR universal
gradiente), empregando-se o programa com ciclo inicial de 94 oC por 3 min, seguido
de 30 ciclos de 30 s a 94 oC, 1 min a 58 oC, e 2 min a 72 oC; e uma extensão final a
72 0C por 5 min (NITSCHKE et al., 2009).
5.4.1.1. ANÁLISE DOS PRODUTOS OBTIDOS NA PCR.
Para verificar a eficiência da PCR especifica em amplificar a região de
interesse, 8μL do produto obtido em cada reação, foi acrescido de 2μL do corante
(Blue 6x loading dye da promega, EUA). Os fragmentos foram separados por
eletroforese em gel de agarose 1,2% em tampão TBE 0,5x (Tris-borato-EDTA
[100mM Tris base e 2,0 mM da solução de EDTA pH 8.0) e 50 mM de ácido bórico a
22
eletroforese ocorreu a 100v por um período de 40 a 60 minutos. Após a corrida is
géis foram corados em brometo de etidio (1,5 μg/mL) durante 15 minutos , em
seguida foram visualizados em transluminador com luz ultra-violeta e fotografados
para documentação (SAMBROOK et al., 1989).
5.4.2 PURIFICAÇÃO E SEQUENCIAMENTO
Os produtos da PCR foram purificados utilizando o QIAquick PCR Purification
Kit (Qiagen), sendo em seguida sequenciados através do método de Sanger et al.
(1977) utilizando-se dos mesmos “primers”
já descritos para a obtenção dos respectivos fragmentos. As reações foram
feitas em um volume final de 10 μL, contendo 2,5 μL de DNA da amostra (5 ng/μL),
0,4 μL de cada“primer” (10 pM/μL) e 1,0 μL de BigDye® Terminator v3.1 Cycle
Sequencing Kit (Applied biosystems), 2,0 μl do tampão de sequenciamento 5X
(Applied biosystems) e 4,1 μL de água ultrapura. As amplificações foram realizadas
em termociclador programado para uma desnaturação inicial a 96 °C por 1 min,
seguida de 35 ciclos de três etapas: desnaturação (96 oC, 10 seg), anelamento (50
oC, 5 seg) e extensão (65 oC, 4 min). Após a amplificação, a precipitação foi
realizada com 40 μl de isopropanol 65 %, centrifugado a 4.000 rpm por 40 min. Após
a precipitação o DNA foi lavado com 200 μl de etanol 60%. O DNA foi ressuspendido
em 10 μL de formamida e aquecido a 93 °C por 3 min e resfriado rapidamente. Em
seguida, foi submetido à eletroforese em seqüenciador ABI prism 310 Genetic
Analiser (Applied Biosystem). A condição de injeção das amostras foi de 2 Kv por 30
seg. A condição de eletroforese foi de 12 Kv por 120 min, a correção das sequências
foi realizada utilizando o programa BioEdit.
5.4.3 IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR E FILOGENIA
A identificação molecular foi realizada utilizando a ferramenta de identificação
online Trichokey (http://www.isth.info/tools/molkey/index.php), classificando as
sequências em três níveis de confiabilidade: baixo, padrão e alto. O alinhamento e
construção da árvore filogenética foi realizada com o programa Mega 5.0 utilizando
as sequências disponíveis no Genbank. Para a construção da árvore filogenética
somente sequências empregadas em trabalhos publicados, com „„score‟‟ alto (1000)
23
e „„e-value‟‟ igual a zero foram utilizadas. O método estatístico utilizado foi o
„„Neighbor-Joining‟‟ (NJ) com o modelo de Kimura 2 parâmetro a 10.000 replicatas
(KIMURA, 1980; SAITOU; NEI, 1987).
6 RESULTADOS
6.1 ISOLAMENTO E QUANTIFICAÇÃO
Um total de 38 isolados de Trichoderma foram obtidos dos 11 municípios
localizados no norte do Estado do Maranhão (Figura 1). Para obtenção dos isolados
foram identificadas colônias com características típicas de Trichoderma.
As amostras que apresentaram maior concentração de unidade formadora de
colônia por grama de solo (UFC/g) foram as provenientes de Miranda do Norte (6 x
104 UFC/g), seguido por Bacabal (5 x 104 UFC/g), e duas amostras provenientes de
São Luís com com 4 x 104 e 4 x 104 UFC/g (Quadro1).
Quanto às características químicas do solo, as amostras que apresentaram
níveis de pH muito forte (4.0 – 4.9) foram provenientes dos municípios de: Nova
Olinda, Boa Vista do Gurupi, Miranda do Norte e Buriti. Os municípios de: São Luís,
Lago dos Rodrigues, Humberto de Campos, e São José de Ribamar exibiram níveis
forte de pH (5.0 – 5.6) (Quadro1). Com relação à matéria orgânicaos municípios de
Buriti (24 g/dm3), Boa Vista do Gurupi (22 g/dm3) e Itapera (21 g/dm3) apresentaram
os mais altos níveis de matéria orgânica dentre as amostras, enquanto os municípios
de São José de Ribamar e Humberto de Campos exibiram os menores (13g/dm3), no
entanto, nenhuma das amostras alcançou valores considerados médios (25 a 50
g/dm3) (Embrapa Trigos, 2009) (Quadro1).
24
Figura 1 - Mapa do Estado do Maranhão indicando os 11 pontos de coleta das amostras de solo.
Fonte: geographicguide 2012. Modificado pelo autor.
25
Quadro1. Isolados de Trichodermaspp. provenientes das amostras povenientes dos solos localizados nos municípiosdo norte Estado do Maranhão e análise dos parâmetros químicos.
Fonte: Luz, 2012 aM.O.: Matéria orgânica
bUFC/g: Unidades formadoras de colônias por grama de solo
cDetalhes da espécie na tabela 2
Origem Substrato pH M.O
a
g/dm3
UFC/gb Espécie Identificação
c
São Luís
Polo agrícola (Bom Jardim) – cultura de
maracujá 5.6 19
4 x 104 T. asperellum
TA TC1 TF1 TG1
1 x 104 T. atroviride TV
Polo agrícola (Itapera) – cultura de maracujá
5.0 21
2 x 104
T. asperellum TB
TH1
2 x 104 T. harzianum
TT TZ
Polo agrícola (Quebra Pote) – cultura de
maracujá 5.5 19 4 x 10
4 T. asperellum
TC TD TB1 TL1
Polo agrícola (Cinturão Verde) – cultura de
maracujá 5.0 19 1 x 10
4 T. asperellum TU
Lago dos Rodrigues
Pastagem 5.1 16 1 x 104 T. aggressivum TJ
Humberto de Campos
Amostra de solo com cultura não identificada
5.0 13 2 x 10
4 T. asperellum
TN2 TV2
1 x 104 T. konilangbra TQ2
Bacabal Capim monbaça 5.3 15 5 x 10
4 T. asperellum
TZ2 TA3 TC3 TM3 TN3
1 x 104 T. fertile TO2
Nova Olinda Horta comunitária 4.1 18 1 x 104 T. asperellum TB3
Raposa Polo agrícola (Cumbique) – horticultura
- - 1 x 104 T. asperellum TM2
Boa Vista do Gurupi
Área queimada (Banana e Quiabo)
4.3 22 1 x 104 T. ghanense TD3
Miranda do Norte
Amostra de solo com cultura não identificada
4.1 15 6 x 104 T. asperellum
TE3 TF3 TG3 TH3 TI3 TJ3
São José de Ribamar
Amostra de solo com cultura não identificada
5.1 13 1 x 10
4
1 x 104
T. harzianum T. asperellum
TL3 TO3
Buriti Amostra de solo com
cultura não identificada 4.8 24 1 x 10
4 T. ghanense TP3
Carutapera Amostra de solo com
cultura não identificada - - 2 x 10
4 T. asperellum
TQ3 TR3
26
6.2 CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA
Com base nas características morfológicas sete espécies diferentes foram identificadas: T.asperellum, T. aggressivum, T.
harzianum, T. atroviride, T. fertile,T. ghanense. e T. konilangbra(Tabela 2)
Tabela 2. Características morfológicas em meio BDA e EMA das espécies de Trichoderma spp. obtidos de solos de municípios do norte do Maranhão
Características /Iso. T. asperellum T. aggressivum T. harzianum T. atroviride T. fertile T. ghanense T. konilangbra
Cresc. Micelial 72 hrs (50-) 54 mm (-60) 70 mm (57-) 58mm (-60) 39 mm 70 mm 70 mm 70 mm
Cor da colônia BDA
EMA
Verde e amarelo
Verde e branco
Verde e branco
Verde e branco
Verde escuro
Verde escuro
Verde amarelo
Verde branco
Branco
Verde
Verde e Amarelo
Verde
Verde
Verde
Cor do reverso BDA
EMA
Creme
Verde
Incolor
Branco
Incolor
Incolor
Incolor
Incolor
Pálido
Verde
Verde
Verde
Pálido
Verde
Conidiação BDA
EMA
Anel
Anel
Contínuo
Contínuo
Anel
Anel
Anel
Anel
Continuo
Anel
Anel
Anel
Anel
Anel
Odor Adocicado de coco
+ +
Formato da fiálide Ampuliforme Formato de frasco Ampuliforme Formato de frasco
Linear Linear Cilíndrico
Tamanho das fiálides (μm)
(9,8-)10(-12) x (1-)2 (6-) 10 x 2 6 (-7) x (1-) 2 (8-)10 x (2-) 2,3
(-5) 6,5 (-10) x 2 (7-) 7 (-10) x 2 (4-) 5,2-8,2(-10)
Formato do Conídio Globosos –Subglobosos
Subglobulosos –Ovais
Globosos Subglobosos –Ovais
Elipsoidais Elipsoidais Elipsoidais
Tamanho do Conídio (μm)
(2-)3,2(-4) x (2-)2,6(-4)
(2-) 2,7(-3) x (-2)2,7(-2)
2 x 2 3 x 3 2 x 2 5 x (1-)2 3-2
27
Em meio BDA os isolados deT. asperellum(Trichoderma asperellum Samuels,
Liechfeldt & Nirenberg)formaram colônias regulares com o centro verde escuro e
com margens brancas após 72 horas de crescimento (Figura 2a e 2b).Após uma
semana de desenvolvimento apresentou padrões alternados de cor verde e amarelo
(Figura 2c e 2d). Em EMA anéis concêntricos de cor verde e branco se formaram,
com cor creme no reverso (Figura 2e e 2f). No escuro as colônias apresentaram
crescimento rápido de(50-) 54 mm (-60) em meio BDA. Duas a quatro fiálides se
formaram na ponta e nos ramos dos conidióforos com formato ampuliforme de (9,8-
)10(-12) x (1-)2 μm de onde brotaram fialiósporos que originaram conídios verde
escuro e globosos a subglobosos de (2-)3,2(-4) x (2-)2,6(-4) (Figura 2g e 2h).
O isolado T. aggressivum (Trichoderma aggressivum Samuels & W.
Gams),apresentou cor branca após 72 horas (Figura 3a e 3b) e cor branca com
pigmentos verdes após sete dias em BDA nas condições de laboratório (Figura 3c e
3d). Em EMA desenvolveu micélio branco com um único anel verde sem pigmento e
difusão através do meio. Crescimento rápido (70 mm) em meio BDA foi observado
(Figura 3e e 3f). Fiálides apresentaram tamanho de (6-) 10 x 2 μm com formato de
garrafa,alargada no meio e constrita na base. No geral, conídios apresentaram
formato subglobuloso a oval de (2-) 2,7(-3) x (-2)2,7(-2)μm(Figura 3g e 3h).
Figura 2 - Características morfológicas dos isolados de T.asperellum. (a) Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (e) Reverso, (f) Conídios e (g) Fiálides.
Fonte: Luz, 2012.
28
As colônias dos isoladosT.harzianum(Trichoderma harzianum
Rifai)apresentaram micélio branco nas 72 horas (Figura 4a e 4b). Durante os sete
dias de crescimento as colônias exibiram inicialmente cor amarela, passando para o
verde escuro no final, com presença do odor adocicado de coco (Figura 4c e 4d). Em
EMA as colônias foram caracterizadas pela cor verde escuro (Figura 4e e 4f).
Colônias com crescimento rápidode (57-) 58mm (-60) foram observadas nas 72
horas.Fiálidesde 6 (-7) x (1-) 2 μm com formato ampulifome se desenvolveram com
tamanho que variavam originando conídios de 2 x 2 μm (Figura 4g e 4h).
Figura 4 -Características morfológicas dos isolados de T. harzianum. (a) Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (e) Reverso, (f) Conídios e(g) Fiálides.
Fonte: Luz, 2012.
Figura 3 - Características morfológicas dos isolados de T. aggressivum. (a) Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (e) Reverso,(f) Conídios e (g) Fiálides.
Fonte: Luz, 2012.
29
Em meio BDA o isolado T. atroviride (Hypocrea atroviride Dodd, Lieckfeldt &
Samuels)formaram colônias de cor verde nas 72 horas em condições laboratoriais
(Figura 5a e 5b). Após uma semana formou três a quatro anéis concêntricos com
massas de conídios verdes, amarelos com a margem branca (Figura 5c e 5d). Em
EMA apresentou centro verde escuro com margens brancas além do odor de coco
presente no meio (Figura 5e e 5f). No escuro em BDA exibiu crescimento baixo (39
mm). Através da microscopia foi possível observar fiálides com tamanho de (8-)10 x
(2-) 2,3 μm, brotando em linha reta com formato de frasco. Conídios de 3 x 3 μm de
dimensão se desenvolveram com formato subglobosos e ovoides (Figura 5g e 5h).
Colônias de T.fertile(Trichoderma fertile Bissett)formaram micélio denso com
pigmentação branca após 72 horas (Figura 6a e 6b).Depois de uma semana de
desenvolvimento em BDA os isolados produziram extenso micélio aéreo de cor
branca (Figura 6c e 6d). Em EMA após uma semana exibiu inicialmente cor verde
passando para o verde escuro (Figura 6e e 6f). No escuro em meio BDA apresentou
crescimento rápido (70 mm). Fiálides terminais se desenvolveram linearmente com
formato de gancho cilíndrico, ligeiramente alargado em alguns casos com (-5) 6,5 (-
10) x 2 de comprimento onde brotaram conídios elipsoidais de 2 x 2 μm (Figura 6g e
6h).
Figura 5 -Características morfológicas dos isolados de T. atroviride. (a) Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (e) Reverso,(f) Conídios e (g) Fiálides.
Fonte: Luz, 2012.
30
Os isolados de T.ghanense (Trichoderma ghanense Doi, Abe & J.
Sugiyama)formaram anéis concêntricos com centro verde e margem branca (Figura
7a e 7b). Quando o disco foi colocado na borda da placa apresentou também anéis
que iam da cor verde e amarelo ao verde escuroem uma semana (Figura 7c e 7d).
Em EMA apresentaram micélio de cor verde escuro (Figura 7e e 7f). Crescimento
rápido (70 mm) foi observado após 72 horas no escuro. Fiálides cilíndricas ou
ligeiramente alargadas no meio com formato de gancho apresentaram média de (7-)
7 (-10) x 2 μm produzindo conídios elipsoidais de 5 x (1-)2 μm (Figura 7g e 7h).
Figura 7 -Características morfológicas dos isolados de T. ghanense. (a) Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (e) Reverso,(f) Conídios e (g) Fiálides.
Fonte Luz, 2012.
Figura 6 -Características morfológicas dos isolados de T. fertile. (a) Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (e) Reverso e (f) Conídios, (g) Fiálides.
Fonte: Luz, 2012.
31
Em BDA colônias apresentaram cor verde no centro ficando branco na
medida em que se desenvolviam em direção as margens (Figura 8a e 8b). Na borda
da placa após sete dias T. konilangbra(Trichoderma. konilangbra Samuels, O. Petrini
& Kubicek, sp. nov.) exibiu colônias brancas formando uma superfície contínua de
micélio branco (Figura 8c e 8d). Em EMA conidióforos formaram anéis concêntricos
de cor verde escura. Crescimento rápido também foi observado (70 mm) após 72
horas em BDA (Figura 8e e 8f). Fiálides compridas tendendo a ser cilíndricas de (4-)
5,2-8,2(-10) μm, comconídios elipsoidais 3-2(Figura 8g e 8h).
6.3 CARACTERÍSTICAS DE ANTAGONISMO.
6.3.1 MICOPARASITISMO.
Os resultados dos testes de pareamento verificados na tabela 3, figura 9
demonstraram que todos os isolados avaliados diferiram estatisticamente da
testemunha pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade,exibindo potencial
capacidade para a inibição do crescimento de Fop4.
Figura 8 -Características morfológicas dos isolados de T. konilangbra. (a) Crescimento radial em 72 horas (BDA) Crescimento linear em 1 semana (BDA), (b) Reverso (BDA), (c) Crescimento linear em 1 semana (EMA), (d) Reverso (EMA), (e) Reverso, (f) Conídios e (g) Fiálides.
Fonte: Luz, 2012.
32
Dentre todos os isoladosTG3,TM3, TN3 (T. asperellum) e TT (T. harzianum)
exibiram o maior potencial de inibição (100%), TG1, TH1, TN2, TA3, TF3, TH3, TJ3
(T. asperellum) também obtiveram níveis eficientes, no entanto, não inibiram
completamente o patógeno. Os isolados: TA, TB, TC, TD, TU, TB1, TC1, TF1, TL1,
TM2, TV2, TZ2, TB3, TC3, TE3, TI3, TO3, TQ3, TR3 (T. asperellum), TJ (T.
aggressivum), TV (T. atroviride), TZ, TL3 (T. harzianum), TO2 (T.fertile), TQ2 (T.
konilangbra), TD3 e TP3 (T. ghanense) apresentaram níveis moderados de inibição.
Tabela 3. Avaliação do potencial antagonista dos isolados de Trichoderma contra o crescimento micelial de Fusarium oxysporum f.sp. passiflorae (Fop4).
Pareamento Metabólitos Volatéis
Identificação Cresc.
Fop4 (cm)1
Percentual de
inibição
Reação2 Identificação. Cresc.
Fop4 (cm)1
Percentual
de inibição
Reação2
TA 1,42 bcde 71% M TA 4,62 abc 12% I
TB 1,12 bcdef 77% M TB 3,85 bcd 26% I
TC 1,05 bcdef 78% M TC 4 abcd 23% I
TD 1,12 bcdef 68% M TD 4,86 ab 7% I
TJ 1,4 bcd 71% M TJ 4,86 abc 8% I
TT 0 f 100% E TT 4,77 abc 10% I
TU 1,42 bcd 71% M TU 4,1 bcd 22% I
TV 1,66 bc 66% M TV 3,9 bcd 25% I
TZ 1,1 bcdef 77% M TZ 4,43 abc 15% I
TB1 1,76 bc 64% M TB1 3,87 bcd 26% I
TC1 1,27 bcdef 74% M TC1 4,67 abc 11% I
TF1 1,22 bcdef 75% M TF1 2,68 d 49% I
TG1 0,93 bcdef 81% E TG1 4,16 abcd 20% I
TH1 0,43 cdef 91% E TH1 4,66 abc 11% I
TL1 1,32 bcdef 73% M TL1 4,56 abc 13% I
TM2 1,52 bc 69% M TM2 4,06 bcd 22% I
TN2 0,2 def 95% E TN2 4,32 abc 17% I
TO2 1,3 bcde 73% M TO2 4,24 abc 19% I
TQ2 2,16 b 56% M TQ2 4,45 abc 15% I
TV2 1,04 bcdef 79% M TV2 4,7 abc 10% I
33
1As médias da coluna seguidas pela mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade 2 As letras significam respectivamente (E) Eficiente, (M) Moderadamente eficiente (I) Ineficiente
Tabela 3 continuação.
TZ2 1,2 bcdef 75% M TZ2 4,46 abc 15% I
TA3 0,54 cdef 89% E TA3 4,7 abc 10% I
TB3 1,62 bc 67% M TB3 4,54 abc 13% I
TC3 1,48 bcd 70% M TC3 4,68 abc 11% I
TD3 1,48 bcd 70% M TD3 4,34 abc 17% I
TE3 1,4 bcd 71% M TE3 4,12 abcd 21% I
TF3 0,22 def 95% E TF3 3,86 abcd 26% I
TG3 0 ef 100% E TG3 4,08 bcd 22% I
TH3 0,58 cdef 88% E TH3 3,9 bcd 25% I
TI3 2,22 b 55% E TI3 3,34 cd 36% I
TJ3 0,6 cdef 87% E TJ3 4,36 abcd 17% I
TL3 2,22 b 55% M TL3 4,7 abc 10% I
TM3 0 ef 100% E TM3 4,58 abc 12% I
TN3 0 ef 100% E TN3 4,68 abc 11% I
TO3 1,52 bc 69% M TO3 4,7 abc 10% I
TP3 1,78 bc 64% M TP3 4,3 abc 18% I
TQ3 1,5 bc 69% M TQ3 4,83 abc 1% I
TR3 1,68bc 66% M TR3 4,84 ab 1% I
F4 4,97 - - - 5,26 - -
34
O crescimento de Fop4 foi sempre suprimido quando entrou em contato com
os isolados de Trichoderma, mostrando uma zona de inibição entre os dois
organismos, contendo o patógeno e ocupando a área anteriormente colonizada
(Figura 9).
Destaca-se que todos os isolados classificados como eficientes apresentaram
capacidade de antagonismo, ou seja, suas colônias foram capazes de crescer sobre
os patógenos, não apenas impedindo seu desenvolvimento micelial por nutriente e
espaço, mas efetivamente demonstrando a capacidade de interagir com o patógeno
(GRUBER; SEIDL-SEIBOTH, 2012).
6.3.2 PRODUÇÃO DE METABÓLITOS VOLÁTEIS.
Todos os isolados diferiram da testemunha (Fop4) a 5% de probabilidade pelo
teste de tukey, contudo, nenhum deles apresentou valores elevados de inibição
através do teste de antibiose como mostra a tabela 3 e a figura 10, sendo todos
classificados como ineficientes.
Figura 9 - Inibição do crescimento micelial de Fop4 por isolados de:(a) T. asperellum (b) T. aggressivum, (c) T. harzianum, (d) T. atroviride, (e) T. fertile, (f) T. ghanense, (g) T. konilangbra.
Fonte: o autor.
35
6.4 ANÁLISE MOLECULAR
6.4.1 EXTRAÇÃO E AMPLIFICAÇÃO DO DNA GENÔMICO
Dos 38 isolados11 foram escolhidos aleatoriamente para identificação
molecular, estes foram amplificados resultando em um produto de 600 pares de
base observado através do gel de agarose (Figura 11).
Figura 10 - Inibição do crescimento micelial de Fop4 por compostos voláteis produzidos pelos isolados:(a)T. asperellum, (b) T. aggressivum, (c)T. harzianum, (d) T. atroviride, (e) T. fertile, (f) T. ghanense, (g) T. konilangbra.
Fonte: o autor.
Figura 11 - Corrida em gel de agarose 1,2% com produtos da PCR obtidos com os “primers” da região ITS dos isolados de Trichoderma (da esquerda para direita os dez isolados representam a espécie T. asperellum: TA, TQ2, TZ2, TA3, TE3, TF3, TH3, TI3 e TJ3. A penúltima banda corresponde a espécie T. harzianum/H.lixii TL3e a ultima a T. konilangbraTQ2).
Fonte: o autor.
36
6.4.2 PURIFICAÇÃO E SEQUENCIAMENTO
As regiões ITS1, 5.8S e ITS2 foram sequenciadas e editadas gerando
seguimentos de 543 a 587pb. Estas sequências foram então submetidas a busca no
„„Basic Local Alignment Search Tool‟‟ (BLAST) e depositadas no “National Center for
„„Biotechnology Information” (NCBI). O código de acesso de depósito do Genbank
das sequências está inserido na tabela 4.
6.4.3 IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR E FILOGENIA
A identificação através do Trichokey apresentou valores altos de confiabidade
para todas as sequências, com exceção do isolado TQ2 (T.konilangbra) que obteve
índice padrão (Tabela 4).Inicialmente realizou-se o alinhamento múltiplo com a
ferramenta Clustaw entre os 11 isolados sequenciados neste estudo, gerando uma
matriz de similaridade (Anexo A).
Tabela 4.Identificação, espécie, origem, valores de confiabilidade do Trichokey e Número de acesso do Genbank, utilizando as regiões ITS1, 5.8S e ITS2 programa Trichokey
Id. Espécie Origem TrichOKey Genbank
TA T. asperellum São Luís Alto JX443531
TZ2 T. asperellum Bacabal Alto JX515277
TA3 T. asperellum Bacabal Alto JX515282
TE3 T. asperellum Miranda do Norte Alto JX515279
TF3 T. asperellum Miranda do Norte Alto JX515281
TH3 T. asperellum Miranda do Norte Alto JX515284
TI3 T. asperellum Miranda do Norte Alto JX515278
TJ3 T. asperellum Miranda do Norte Alto JX515283
TO3
TL3
T. asperellum
T. harzianum/H. lixii
São José de Ribamar
São José de Ribamar
Alto
Alto
JX515280
JX515285
TQ2 T. konilangbra Humberto de Campos Padrão JX524175
A árvore formada dividiu os isolados em dois grupos. No primeiro
posicionaram-se os nove isolados de T. asperellum (TA, TZ2, TA3, TE3, TF3, TH3,
37
TI3, TJ3 e TO3), que por conta da similaridade entre as sequências e por
constituírem a mesma espécie formaram um agrupamento com valor máximo de
„„bootstrap‟‟ (100%) (Figura 12).
Embora T. harzianum(TL3) e T. konilangbra(TQ2) não estejam na mesma
seção e não constituam a mesma espécie, posicionaram-se dentro do mesmo ramo,
sem valor de „„bootstrap‟‟. Este resultado esta relacionado a ausência de outras
sequências pertencentes as duas espécies, atrapalhando a distinção filogenética
(Figura 12).
Em seguida as sequências foram submetidas a busca no BLASTN, onde
somente resultados publicados, com „„score‟‟ alto (1000) e „„e-value‟‟ igual a zero
foram utilizadas.(Tabela 5).
Após a busca no BLASTN, observou-se que T.asperellum e T. harzianum
mostraram altos valores de similaridade („„score‟‟ 1000 e „„evalue‟‟=0), com exceção
de T.konilangra que apresentou como resultado outros integrantes do clado
Longibrachiatum como: T.longibrachiatum, H. jecorina eH. orientalis (teleomorfo de
longibrachiatum) (Anexo B), tendo maior importância os resultados apontado pelo
Trichokey (Tabela 4).
Figura 12 -Relacionamento filogenético entre os isolados deT. asperellum (TA, TZ2, TI3, TE3, TO3, TF3, TA3, TJ3, TH3), T. harzianum (TL3) e T. konilangbra(TQ2) sequenciados neste estudoutilizando o método “Neighbor-Joining”.
38
Tabela 5. Sequências dos isolados de Trichoderma obtidas do Genbank
A análise das sequências após o alinhamento (Anexo C), gerou uma árvore
parcimoniosa formando três principais grupos correspondentes as seções
Trichoderma, Longibrachiatum e Pachybasium que apresentaram ramificações entre
os indivíduos dos outros clados, como verificado na figura 13. A espécie escolhida
como grupo externo foi Hypocre aureoviride, pois apesar de encontrar-se dentro do
gênero possui uma sequência de nucleotídeos que diverge nos integrantes dos
outros clados, ocupando uma posição basal diferindo dos outros agrupamentos
(LEE; TAYLOR, 1992; HERMOSA et al., 2004).
Na seção Trichoderma os isolados de T. asperellum (TA, TZ2, TA3, TE3, TF3,
TH3, TI3, TJ3 e TO3) formaram um clado com valores de „„bootstrap‟‟ igual a 75%
quando relacionado com os isolados da China, Republica dos Camarõese
VietnamEntretanto, o isolado de T. koningii (F50) e T. intricatum (GJS 90-7)
Espécies Isolados Origem Genbank Referência
T. asperellum D21 China GQ131398.1 Xia et al. (2011)
T. asperellum GJS 05-328 Republica dos
Camarões
GU198318.1 Samuels et al. (2010)
T. asperellum GJS 06-292 Republica dos
Camarões
GU198304.1 Samuels et al. (2010)
T. asperellum GJS 90-7 Vietnam GU198317.1 Samuels et al. (2010)
T. asperellum GJS 91-24 Brasil AJ230668.1 Lieckfeldt et al. (1999)
T. asperellum TUB F-756 Brasil AY857218.1 Druzhinina et al. (2005)
H. koningii F50 China JF439478.1 Han et al. (2011)
H. intricatum GJS 02-78 Sri Lanka EU264002.1 Hanada et al. (2008)
H. lixii 397/01 Brasil HQ857108.1 Lopes et al. (2012)
H. lixii MUCL 29707 USA FR848364.1 De Jaeger et al.(2011)
H. lixii CY216 USA HQ608036.1 Rodrigues et al.(2011)
H. lixii CIB T44 Colômbia EU280077.1 Hoyos-Carvajal et al. (2009)
H. lixii DAOM234005 Peru EU280091.1 Hoyos-Carvajal et al. (2009)
H. virens TR039 USA HQ608079.1 Rodrigues et al. (2011)
H. crassa DAOM 233775 Guatemala EU280084.1 Hoyos-Carvajal et al. (2009)
T. konilangbra CY161 USA HQ607999.1 Rodrigues et al.(2011)
T. konilangbra CY215 USA HQ608035.1 Rodrigues et al. (2011)
T. konilangbra GJS 96-147 Uganda DQ083021.1 Samuels (2006)
T. longibrachiatum JH-8 China HQ717798.1 Ma et al. (2011)
H. aureoviride CBS 245.63 Reino Unido AF399219.1 Kuhls et al. (1997)
39
formaram um grupo dentro da seção separado pela diferença dos caracteres
genéticos existentes entre os clados (57%) (Figura 13).
A seção Longibrachiatum incluiu as espécies de T. konilangbra TQ2, CY161 e
CY215, provenientes da América do Norte, GJS 96-147 de Uganda e T.
longibrachiatum JH-8 da China, estes formaram um agrupamento inicial separado
por um alto valor de „„bootstrap‟‟ (99%) dividindo os isoladosT. konilangbra (TQ2,
CY161, CY215 e GJS 96-147) deT. longibrachiatum (JH-8), permanecendo dentro
da mesma seção. As quatro espécies de T. konilangbra formaram dois subgrupos,
onde no primeiro ficou reunida a espécie maranhense (TQ2) com as variações
americanas (CY161 e CY215) restando, no outro subgrupo, a espécie proveniente
de Uganda (GJS 96-147), separado por valores de „„bootstrap‟‟ igual a 79% (Figura
13).
O terceiro grupo corresponde a seção Pachybasium, neste os clados
Harzianum e Virens foram delimitados por um valor de bootstrap igual a 95%. T.
harzianum (TL3) agrupou-se com os isolados de H. lixii MUCL 29707 e CY216
provenientes dos Estados Unidos, CIB T44 oriunda da Colômbia e DAOM 234005 do
Peru, porém, o clado formou um subgrupo (68%) quando comparado com o isolado
proveniente da região do Cerrado do estado de Brasília 397/01, indicando um
provável evento de especiação entre estas duas espécies brasileiras. H. virens e H.
crassa provenientes do clado Virens formaram um agrupamento consistente dentro
da seção, separado do clado Harzianum pelas suas características genéticas (Figura
13).
40
Figura 13 -Relacionamento filogenético dos isolados de Trichoderma utilizando o método Neighbot-Joining. O percentual de replicagem da árvore no qual os táxon associados aos grupos no valor do bootstrap (10000 replicatas) são mostrados nos ramos. A distância foram computadas utilizando o Kimura 2-parâmetro. As espécies localizadas dentro dos retângulos indicam os isolados maranhenses estudados neste trabalho.
7 DISCUSSÃO
O Norte do Estado do Maranhão é uma região que sofre influência do oceano
atlântico, caracterizada pela intersecção entre o bioma amazônico (oeste
maranhense), o cerrado brasileiro (sul maranhense), o semi-árido nordestino (leste
maranhense), classificada como uma zona de ecótonos (MOURA, 2006). Em seu
trabalho, Moura (2006) ressalta a grande variabilidade espacial da pluviosidade
média da região e as características do solo, que no geral, derivam de rochas
sedimentares com baixa capacidade de retenção de cátions e teores de nutrientes
41
também baixos, além da elevada taxa de insolação equatorial que acelera a
decomposição da matéria orgânica do solo.
Em solos tropicais, colônias de Trichoderma são normalmente isoladas na
frequência de 101-103 propágulos por grama de solo. Sua germinação depende,
entretanto, de uma série de fatores como pH, temperatura, umidade e teor de
matéria orgânica em solo natural ou colonizado (HARMAN et al., 2004).
Ao avaliar a presença de Trichoderma em amostras de solos com diferentes
níveis de pH, Chet e Baker (1981) observaram uma maior presença de propágulos
por grama (8 x 105) em pH 5.1, enquanto em outras amostras obtidas de regiões
onde o pH estava alcalino (8.1) obtiveram apenas 1 x 101 propágulo por gramade
solo. Fritze e Baath (1993) em seus estudos de impacto sobre o efeito de pó alcalino
na microbiota, também constatou que o aumento do pH reduziu o número de
Trichoderma no sudeste da Finlândia.
No presente estudo correlações semelhantes às apontadas pelos trabalhos
acima foram observadas. Em todas as amostras o pH permaneceu dentro do limite
considerado próprio para o desenvolvimento do gênero (CHET; BAKER, 1981;
FRITZE; BAATH, 1993). Por exemplo, nas amostras obtidas de Mirando do Norte
onde o valor do pH foi igual a 4,1, o número de colônia por grama de solo
correspondeu a quantidade de 6 x 104, enquanto que em Bacabal e em São Luís nos
pólos agrícolas do Bom Jardim, Quebra Pote e Cinturão Verde, onde o nível de pH
foi considerado forte (5,3 a 5,6) quantidades elevadas de unidades formadoras de
colônia por grama de solo também foram encontradas (4 x 104)(Quadro2),
semelhante a relação observada entre o pH e a presença do gênero feita por Fritze
e Baath (1993). Jackson et al. (1991) concluíram que os níveis ideais de pH para
produção de biomassa em três espécies de Trichodermase encontram entre 4,6 a
6,0. Bernítez et al. (2004), ressaltam que na rizosfera, ao ser inserido, é capaz de
alterar o pH ocasionando a sua diminuição, dificultando assim o desenvolvimento de
patógenos, ao mesmo tempo que cria um ambiente ideal para sua dispersão
(FRITZE; BAATH, 1993).
As amostras de solo do norte maranhense foram compostas pela formação
Itapecuru nos municípios de São Luís, Lago dos Rodrigues, Raposa, Bacabal, Nova
Olinda, Boa Vista do Gurupi, Miranda do Norte, São José de Ribamar e Buriti, de
Aluviões em Carutapera e Barreiras em Humberto de Campos, dentre a principal
característica encontrada em comum nestas formações, podemos citar o pH, um dos
42
fatores responsáveis pela frequência do gêneronos solos maranhense (MOURA,
2006).
Os níveis de matéria orgânica apresentaram valores baixos (13-24 g/dm3)
(Quadro 1), sendo estes resultados, segundo Moura (2006), inerentes ao aspecto do
solo eda incidência luminosa, fator responsável pela sua rápida degradação.
As amostras provenientes de Miranda do Norte, Bacabal, Nova Olinda, Buriti,
Boa Vista do Gurupi e nos pólos de Itapera e Cinturão Verde não apresentaram
correspondência entre a população de Trichoderma e a matéria orgânica, esta
relação fica evidente, por exemplo, no município de Miranda do Norte que
apresentou um dos valores mais altos de propágulos por grama de solo (6 x 104
UFC/g), no entanto, exibiu um dos valores mais baixos de matéria orgânica (15
g/dm3) (Quadro1).
Estes resultados divergem dos apresentados por Lewis e Papavizas (1984),
que observaram valores crescentes de colôniado gênero no solo após a utilização
de substratos orgânicos.
Entretanto a relação entre a população de Trichoderma e o substrato orgânico
foi positiva nas amostras provenientes dos pólos agrícolas do Bom Jardim e Quebra
Pote, nestes locais os valores de matéria orgânica foram elevados (19 g/dm3),
mostrando um número maior de unidades formadoras de colônia (4 x 104 UFC/g).
Enquanto níveis mais baixos (13-16 g/dm3) nas amostras provenientes dos
municípios de Lago dos Rodrigues, Humberto de Campos e São José de Ribamar
foram acompanhados por baixas quantidades de propágulos por grama de solo (1-2
x 104 UFC/g). O crescente aumento populacional do gênero relacionado com o
aumento de matéria orgânica já havia sido observado por Liu et al. (2008) e Bulluck
e Ristaino (2002),sendo considerado o melhor insumo para o crescimento
populacional do gênero. Liu et al. (2008) e Wilberforce et al. (2003) enfatizam que
mais estudos devem ser realizados para entender como este, e outros fatores,
afetam a dinâmica do Trichoderma e sua distribuição em diferentes tipos de solos.
Neste trabalho sete espécies foram identificadas morfologicamente nos solos
maranhenses (Tabela 2), sendo sua presença no País já anteriormente descrita em
outros trabalhos. Em São Paulo, Brasília e Bahia a ocorrência de T.asperellumfoi
registrada em estudos realizados por Corabi-Adell et al. (2002), Tocafundo et al.
(2008) e Marcello et al. (2008). A presença de T.harzianum já foi relatada
anteriormente no Estado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Paraná e
43
Bahia (CORABI-ADELL et al., 2002; REZENDE et al., 2002; TOCAFUNDO, 2008).
T.atroviride,T. ghanense,T. aggressivum,T.fertile,também já tiveram sua presença
relatada em trabalhos realizados nos Estados de São Paulo e Brasília (CORABI-
ADELL et al., 2002; MARTINS et al., 2007; FILHO et al., 2008). A espécie T.
konilangbraintegrante do clado Longibrachiatum já foi anteriormente isolada em
Uganda (SAMUELS et al., 1998) e nos Estados Unidos (HOYOS-CARVAJAL et al.,
2009; RODRIGUES et al., 2011), porém, até o momento, sua presença em solos
brasileiros não foi registrada em nenhum trabalho até então publicado (SAMUELS et
al., 2012).
Com relação as características morfológicas os isolados puderam ser
identificados em nível de espécie através dos aspectos apresentados pelas colônias
nos diferentes meios, e através do estudo morfométrico das suas microestruturas
(Tabela 2, Figura 2-8), destaca-se assim, a importância da utilização de outros meios
de cultura no processo de identificação, uma vez que, o gênero compartilha uma
serie de características, sendo de fundamental importância o desenvolvimento dos
isolados em meio BDA e EMA, além de posicionar o disco de micélio em locais
diferentes da placa de petri (borda e centro) (CORABI-ADELL et al., 2002), como
exemplo, no presente trabalho as espécies de T.asperellum apresentaram
características coloniais extremamente próximas da espécie T.ghanense, sendo sua
identificação inicial só possível graças a utilização de uma segunda fonte de
nutriente, o meio Extrato de Malte Agar (Figura 2 e 7), o crescimento radial ainda foi
uma segunda opção para diferenciação entre as espécies, pesquisadores atentam
sobre a semelhança neste aspecto entre T.asperellum e T.viride, que tem causado
dificuldade de distinção entre os taxonomistas, tendo permanecido como um
impasse durante muito tempo (SAMUELS et al., 1999; CORABI-ADELL et al., 2002;
SAMUELS, 2006).
Para Rifai (1969) a classificação das espécies no gênero dependeria apenas
da sua ligação com o seu equivalente teleomorfo o gênero Hypocrea, porém, vale a
pena ressaltar que várias espécies utilizadas na sua obra originaram-se de
ascósporos. Alguns outros gêneros são frequentemente confundidos com o
Trichoderma, dentre eles temos o GliocladiumCorda(GliocladiumCorda Corda);
Vertcillium spp e Acremonium sp., que de fato, chegam a se enquadrar devido a uma
série de outras características que compartilham com o gênero (RIFAI, 1969).
44
Problemas taxonômicos baseados na morfologia levam determinadas
espécies a serem redescobertas, uma vez que, em alguns casos, diferentes
espécies partilham quase todas as características em comum, por exemplo, T.
martiale é morfologicamente idêntico a T.viride, mas difere deste pela produção de
pústulas em Extrato de Malte Agar e pelo seu crescimento que é um pouco mais
rápido (HANADA et al., 2008).
Neste mesmo caso, fatores como suas características biológicas (endófito
isolado no alburno) e localização biogeográfica (Ex. T. viride é encontrado com
frequência em regiões de clima temperado, sua presença fora da América do Norte e
da Europa é considerada rara) reforçaram a sua definição como espécie
(JAKLITSCH et al., 2006; HANADA et al., 2008).
Com relação às chaves de classificação, ainda observa-se a dificuldade na
padronização dos critérios utilizados para a caracterização, as chaves, de um modo
geral, quando não são antigas, são desatualizadas, restando ao pesquisador a
busca de artigos onde as espécies estão descritas isoladamente. Nas chaves ainda
é comum os autores não incluírem o local de semeadura das colônias (alguns
colocam no centro da placa outros na borda), descrevendo apenas o crescimento
micelial. Ainda com relação às chaves, a ausência de imagens constitui um
problema critico, pois as características morfológicas são apresentadas unicamente
através da descrição, sem imagens, gerando margem para erros subjetivos (ex.
espécies normalmente são descritas como verde, verde escuro ao verde oliva com
tons de amarelo puvurulentas ou granular) (GAMS; BISSET, 1998; CORABI-ADELL
et al., 2002).
O mesmo problema frequentemente ocorre com as medidas das
características microscópicas, que no geral, apresentam intervalos muito grande
entre seu tamanho (a maioria das espécies apresentam microestruturas que variam
de 3 μm a 24 μm) (Figura 2-8) (GAMS; BISSET, 1998). Dentre outros entraves
podemos citar também a conidiogênese, que na maioria dos casos apresentou-se de
maneira rápida e irregular, resultando em fiálides que ficavam sobrecarregadas de
conídios atrapalhando a microscopia e danificando as estruturas dos verticilos
(Figura 2-8) (CORABI-ADELL et al., 2002).
Por conta dos fatores apresentados acima é comum nas chaves de
classificação o emprego de expressões como “frequentemente”, “usualmente” e
45
“raramente” configurando um problema para a atividade taxonômica (GAMS;
BISSET, 1998; CORABI-ADELL et al., 2002).
No ambiente Trichoderma atua parasitando uma série de outros fungos,
incluindo espécies que são estreitamente próximas como integrantes do gênero
Fusarium spp. e Botrytis cinerea(Botrytis cinereaPers)(GRUBER; SEIDL-SEIBOTH,
2012). Nos testes “in vitro” Três isolados de T.asperellum apresentaram total inibição
do patógeno (TG3, TM3, TN3), enquanto os outros (TG1, TH1, TN2, TA3, TF3, TH3,
TI3, TJ3) obtiveram valores moderados. Em seu trabalho Silva (2010),avaliou a
capacidade antagonista de seus isolados, e encontrou valores moderados para
todas as espécies de T.asperellum (62,9%-64,1%), enquanto Haggag e Mohamed
(2011) encontraram níveis eficientes de inibição do patógeno. T.harzianum(TL3),
obteve potencial moderado de inibição (61%), enquanto o outro T. harzianum (TT)
alcançou valor máximo de parasitismo (Tabela 3 e Figura 9), indo de encontro com
os resultados de Louzada (2009), que em seu estudo utilizando T.harzianum
observou valores eficientes e moderados.
Valores altos também foram encontrados por Filho et al. (2008) e Carvalho et
al. (2011) para T. harzianumque em todos os casos conseguiu inibir o fitopatógeno
Fusarium oxyporum, encontrando valores eficientes e moderados (FILHO et al.,
2008; LOUZADA et al., 2009; CARVALHO et al., 2011).
Os isolados de T.aggressivum (TJ) e T.atroviride(TV) obtiveram notas
moderadas (Tabela 3 e Figura 9), indo de encontro aos resultados apresentados por
Boureghda e Bouznad (2009) que tiveram notas de inibição semelhantes. A relação
entre o gênero Fusarium e o antagonista T.atroviride foi descrita por Lutz et al (2003)
que reportou uma associação entre a biossíntese da toxina produzida pelo fungo e a
ativação de genes do antagonista na produção de quitinase, caracterizando um
sistema de defesa para impedir a ação da enzima de degradação de parede celular.
Durante o processo de micoparasitismo a produção destas enzimas é apontada
como fator principal para a ação antagônica de T.aggressivum sobre outros fungos
(GUTHRIE; CASTLE, 2006).
Através dos resultados apresentados na tabela 3 foi possível observar uma
capacidade de inibição moderada para T.fertile(TO2) corroborando com o trabalho
realizado por Martins et al.(2007) que encontraram resultados semelhantes contra o
fitopatógeno Colletotrichum gloeosporiodes (Penzig). Valores moderados e eficientes
de inibição foram expressos pelas espécies de T. ghanense, estes resultados foram
46
semelhantes aos de Castillo et al. (2011) contra o fitopatógeno Sclerotinia
slerotiorum(Lib). A espécie T. konilangbratambémconseguiu inibir o patógeno
quando comparado com a testemunha obtendo valores moderados de inibição.
Enquanto se desenvolve ou interage com outros microrganismos a maioria
das espécies de Trichoderma produz mais de 100 compostos antibióticos que
podem se difundir através do ar, dentre estes podemos citar: ácido harzianico,
alameticina, tricholina, antibióticos peptabolico (BENÍTEZ et al., 2004; HARMAN et
al., 2004). Os isolados utilizados neste trabalho foram capazes de inibir o
crescimento do patógeno quando comparados em relação a testemunha, porém,
não houve diferença significativa quando comparados entre eles (Tabela 3 e Figura
10). Segundo Dennis e Webster (1971a) determinadas espécies de Trichoderma são
eficientes produtores de metabólitos voláteis in vitro, porém, essa forma de atuação
é mais eficiente se for empregada em associação ao micoparasitismo.
Sem dúvida desde o trabalho apresentado por Weindling (1932),
Trichodermaé apontado pela literatura como um agente de biocontrole, sendo
conhecido por ser parasita de muitas espécies de fungos. Contudo, vale ressaltar
que o nível de controle pode variar entre os isolados e sua adaptação aos fatores
ambientais (WEINDLING, 1932; DENNIS; WEBSTER, 1971b; HOWELL, 2003;
HARMAN et al., 2004). A atividade de micoparasitismo pode ser o resultado
somatório de todos os recursos que o gênero possui para inibição do outro fungo
(micoparasitismo, produção de enzimas de degradação de parede celular e
metabólitos) ou simples competição por espaço e nutrientes (PERELLÓ et al., 2003).
Por apresentar os entraves característicos da sua morfologia, a
caracterização molecular tornou-se uma ferramenta mais confiável para identificação
da diversidade de Hypocrea/Trichoderma (KUBICEK et al., 2008). A caracterização
utilizando o Trichokeyse baseia no emprego das regiões localizadas dentro da
sequência ITS, esta ferramenta foi desenvolvida com a finalidade de auxiliar
taxonomistas a identificar as espécies de Trichodermade maneira mais rápida e
segura (DRUZHININA et al., 2005).
O barcode foi desenvolvido com base em 979 sequências de 88 espécies de
Trichoderma possibilitando identificar cerca de 95% das espécies conhecidas e
ainda reconhecer novas (DRUZHININA et al., 2005). Para sua utilização é
necessário que a sequência seja de alta qualidade e a amplificação da região ITS1-
47
5.8S, rRNA e ITS2 deve estar completa (DRUZHININA et al., 2005; KUBICEK et al.,
2008).
No presente estudo as espécies apontadas pelo Trichokey foram confirmadas
a partir dos resultados mostrados pelo Genbank, este atua realizando uma análise
baseada nos algoritmos de similaridade através de outras sequências depositadas
por diferentes autores, é um sistema dinâmico e integrado, dependente das
informações inseridas (CORABI-ADELL et al., 2002; DRUZHININA et al., 2005).
Santos (2010) em seu trabalho ressaltam que o Trichokey, porém, pode apresentar
alguns problemas para discriminar determinados isolados dentro do complexo
koningiie rufa, além de não diferenciar T.longibrachiatum – H.orientalis,
T.tomentosum e T.cerinum.
Dentro do gênero a ligação entre as características moleculares e as
morfológicas ainda não estão completamente compreendidas (SAMUELS, 2006).
Mesmo com a existência de determinadas regiões gênicas com capacidade de
correlacionar diferentes expressões fenotípicas, possíveis problemas relacionados a
estes genes podem ocorrer devido a sua forma de atuação, podendo depender de
mecanismos regulatórios paralelos e ainda não compreendidos, sendo estes
padrões passíveis de mudança (CORABI-ADELL et al., 2002; SAMUELS, 2006). As
regiões muito conservadas, porém, possibilitam uma melhor identificação a nível de
espécie, entretanto, por conta da baixa variabilidade, podem não ser capazes de se
correlacionarem com a morfologia dificultando o agrupamento em classes distintas
(CORABI-ADELL et al., 2002).
Neste cenário a caracterização taxonômica a partir de informações
moleculares apresentam certas limitações, outros fatores como o depósito de
sequências incorretas no Genbank (apenas o preenchimento do questionário é
requerido para o depósito das sequências, ficando de responsabilidade do próprio
autor fazer eventual correção/atualização), tornam o processo de identificação mais
difícil (CORABI-ADELL et al., 2002; DRUZHININA; KUBICEK, 2005). A ausência de
sequências para determinadas espécies também constituíram um entrave, como é o
caso de T.konilangbra, onde somente seis sequências foram encontradas para o
gene ITS.
A árvore filogenética gerada pelo método Neighbor-joining (Figura 13)
mostrou que os isolados foram identificadoscorretamente, uma vez que, os grupos
resultaram em ramos contendo indivíduos pertencentes a suas respectivas seções.
48
As espécies de T. asperellum formaram um clado único, suportando valores de
bootstrap maior que 70%,seu posicionamento em clados distintos dentro da seção
Trichoderma e seu relacionamento filogenético com a espécie T. koningii, já
foradetectado por Hermosa et al. (2004). Atualmente a espécie T. asperellum se
encontra dentro da seção Hamatum, pois durante muito tempo acreditava-se ser
uma das duas variações da espécie T. viride, porém, após uma abordagem
associada com os caracteres morfológicos e moleculares foi possível observar que a
espécie T. viride formava na realidade um grupo parafilético, definindo variação I de
T. viride como o verdadeiro T. viride anamórfico de H. rufa (LIECKFELDT et al.,
1999) e a variação II de T. viride como T. asperellum (LIECKFELDT et al., 1999;
SAMUELS et al., 1999; SAMUELS et al., 2010)
Neste estudo observou-se que os isoladosT. harzianum (397/01, MUCL
29707, CY216, CIB T44, DAOM234005) não formaram um único grupo,
posicionando os isolados em ramos separados da espécie brasileira (397/01),
demonstrando um forte indício de especiação, pois como visto por Druzhinina et al.
(2010) e Kullnig et al. (2000) esta é uma das espécies com maior variabilidade,
representada atualmente como um complexo.
Em seu trabalho Kuhls et al. (1999) constataram um evento parafilético no
grupo, uma vez que, a proximidade genética entre os isolados de outras espécies
como T.stromataticum e T.virens já havia sido confirmada.
Neste estudo a sequência de H. virensposicionou-se em um grupo separado,
suportando altos valores de bootstrap, confirmando sua posição dentro da seção. A
proximidade com T. harzianum já havia sido observada inicialmente por Bisset
(1991) que colocou a espécie H. virens junto com o agregado de T. harzianum. Em
outro estudo Lieckfeldt et al. (1998) ressaltam a proximidade entre estas espécies
através da região ITS, constituindo grupos separados por valores acima de 89%.
Chaverri e Samuels (2003) observaram posicionamentos semelhantes dentro do
clado Virens, quando utilizaram T. virens junto com T. crassum/H. crassa,
empregando a região Fator de alongamento 1.
Samuels et al. (2000) atentam que a identificação molecular das espécies de
T. harzianum deve ser feita com cuidado. Segundo Druzhinina et al. (2010) a
presença dominante na maioria dos ecossistemas e sua capacidade de ocupar
diferentes nichos resultou na complexa estrutura de sua população, estes fatores
49
aliado ao isolamento reprodutivo, eventos simpátricos e alopátricos, resultaram no
aparecimento de agamoespecies e numerosas linhagens relíquias com posições
filogenéticas ainda não definidas (DRUZHININA et al., 2012).
A espécie T.konilangbra formou agrupamentos consistentes como os
observados por Samuels et al. (2012) demonstrando afinidade genética entre os
isolados do mesmo continente. Os dois subgrupos formados com as espécies de T.
konilangbra foram possivelmente separados devido a sua origem geográfica,
indicando maior proximidade entre o isolado maranhense TQ2 com as espécies
americanas (CY215 e CY161), do que com as variações africanas (GJS 96-147).
Sua presença ainda é pouco relatada no continente Americano, formando um
clado com T.flagellatum,T.sinense e uma espécie recentemente descoberta
T.gillessi, sendo T. konilangbra mais frequente em países Paleotropicais (SAMUELS
et al., 1998).
Samuels et al. (1998) atenta sobre o uso de caracteres morfológicos para
identificação desta espécie, pois T. konilangbra é fenotipicamente semelhante a T.
citronoviride e T. longibrachiatum, porém, sua principal diferença encontra-se na sua
velocidade de crescimento, que é inferior a das espécies citadas. Neste estudo
quando analisado filogeneticamente junto com T. longibrachiatum os isolados de T.
konilangbraformaram um agrupamento em outro ramo, segundo Samuels et al.
(1998) este evento é devido a diferença de seis pares de bases na região ITS-1 que
difere a espécie T. konilangbra das demais localizadas dentro da seção
Longibrachiatum, outro fator que ainda deve ser ressaltado é o baixo número (12
isolados) de depósitos de sequências desta espécie, sendo considerado por Kullnig
te al. (2000) como reflexo da ausência de estudos em regiões ainda negligenciadas,
o que leva a uma ausência ou escassez de exemplares em culturas de coleção.
8 CONCLUSÃO
Dentre os 38 isolados de Trichodermasete espécies foram identificadas: T.
aggressivum, T. harzianum, T. atroviride, T. fertile,T. ghanense. T.konilangbra
eT.asperellum, sendo esta última a que apresentou maior incidência nos solos do
Estado. Estes resultados estão possivelmente relacionados as características dos
solos da região, que em geral, é pobre em nutrientes em um ambiente de ciclos de
50
alta e baixa intensidade pluviométrica e temperaturas elevadas características dos
trópicos úmidos.
As informações contidas nas chaves de classificação morfológica continuam
imprecisas, sendo a metodologia variante muitas vezes entre os diferentes trabalhos
publicados.
A análise molecular, diferentemente da morfológica, já possui um maior
número de recursos que possibilitam uma identificação com maior confiabilidade,
dentre estes fatores, ressalta-se a importância de um produto de amplificação da
PCR com boa qualidade. A análise através do Trichokey por ser simples e rápida
apresenta uma alternativa segura a análise das regiões ITS1, 5.8S e ITS2.
A presença da espécie T. konilangbra, até então não relatada em solos
brasileiros mostrou a importância do estudo do gênero em regiões negligenciadas,
uma vez que, análises como as apresentadas neste trabalho fornecem base para
futuras pesquisas biogeográficas, enriquecendo a taxonomia do gênero.
51
9 BIBLIOGRAFIA
ABBDOTT, E. Taxonomic studies on soil fungi Iowa state coll. J. Sci., v. 1, p. 15-36, 1926. AINSWORTH, G. C.; SPARROW, F. K.; SUSSMAN, A. S.The Fungi: An Advanced Treatise: A Taxonomic Review with Keys: Ascomycetes and Fungi Imperfecti. London: Academic Press, 1973. ALEXOPOULOS, C. J.; MIMS, C. W.; BLACKWELL, M. Introductory Mycology. New York: John Wiley & Sons, 1996. ATKINS, S. D.; CLARK, I. M. Fungal molecular diagnostics: a mini review. J Appl Genet, v. 45, n. 1, p. 3-15, 2004. AVISE, J. C. Molecular markers, natural history, and evolution. Sunderland Massachusetts: Sinauer Associates, 1994. BALDAUF, S. L.; PALMER, J. D. Animals and fungi are each other‟s closest relatives: Congruent evidence from multiple proteins. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America., v. 90, p. 11558-11562, 1993. BENÍTEZ, T.; RINCON, A. M.; LIMON, M. C.; CODON, A. C. Biocontrol mechanisms of Trichoderma strains.Int Microbiol, v. 7, n. 4, p. 249-260, 2004. BERCH, S. M.; ALLEN, T. R.; BERBEE, M. L. Molecular detection, community structure and phylogeny of ericoid mycorrhizal fungi.Plant and Soil, v. 244, p. 55-66, 2002. BHARAT, R.; SINGH, V. N.; SINGH, D. B. Trichoderma viride as a mycoparasite of Aspergillus spp. Plant and Soil, v. 57, p. 131-135, 1980. BISSETT, J. A revision of the genus Trichoderma III Section Pachybasium.Can. J. Bot., v. 69, n. 11, p. 2373–2417, 1991. BISSETT, J.; SZAKACS, G.; NOLAN, C. A.; DRUZHININA, I.; KULLNIG-GRADINGER, C.; KUBICEK, C. P. New species of Trichoderma from Asia.Can. J. Bot., v. 570–586, 2003. BOUREGHDA, H.; BOUZNAD, Z. Biological control of Fusarium wilt of chickpea using isolates of Trichoderma atroviride, T. harzianum and T. longibrachiatum. Acta Phytopathologica et Entomologica Hungarica, v. 44, n. 1, p. 25-38, 2009. BUCKLER, E. S. T.; IPPOLITO, A.; HOLTSFORD, T. P. The evolution of ribosomal DNA: divergent paralogues and phylogenetic implications. Genetics, v. 145, n. 3, p. 821-32, 1997.
52
BUENO, C. J.; AMBRÓSIO, M. M. Q.; SOUZA, N. L. Produção e avaliação da sobrevivência de estruturas de resistência de fungos fitopatogênicos habitantes do solo. Summa Phytopathologica, v. 33, n. 1, p. 47-55, 2007. BULLUCK, L. R.; RISTAINO, J. B. Effect of synthetic and organic soil fertility amendments on southern blight, soil microbial communities, and yield of processing tomatoes. Phytopathology, v. 92, p. 181–189, 2002. BUTT, M. S.; TAHIR-NADEEM, M.; AHMAD, Z.; SULTAN, M. T. Xylanases and Their Applications in Baking Industry.Food Technol. Biotechnol, v. 1, n. 46, p. 22-31, 2008. CARLILE, M. J.; WATKINSON, S. C.The Fungi.London: Academic Press, 1994. CARVALHO, D. D. C.; MELLO, S. C. M.; JÚNIOR, L. M.; SILVA, M. C. Controle de Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli in vitro e em sementes, e promoção do crescimento inicial do feijoeiro comum por Trichoderma harzianum. Tropical Plant Pathology, v. 36, n. 1, p. 28-34, 2011. CASTILLO, F. D. H.; PADILLA, A. M. B.; MORALES, G. G.; SILLER, M. C.; HERRERA, R. R.; GONZALES, C. N. A.; REYES, F. C. In Vitro Antagonist Action of Trichoderma Strains Against Sclerotinia sclerotiorum and Sclerotium cepivorum. American Journal of Agricultural and Biological Sciences, v. 3, n. 6, p. 410-417, 2011. CAVALIER-SMITH, T.The origin of Fungi and Pseudofungi. In: Evolutionary Biology of the Fungi. RAYNER, A. D. M. B., C. M.; MOORE, D. . United Kingdom: Cambridge University Press, 1987. p. 339-353. ______. A revised six-kingdom system of life.Biological Reviews, v. 73, p. 203, 1998. CHAVERRI, P.; CASTLEBURY, L. A.; OVERTON, B. E.; SAMUELS, G. J. Hypocrea/Trichoderma: species with conidiophore elongations and green conidia. Mycologia, v. 95, n. 6, p. 1100-1140, 2003. CHAVERRI, P.; SAMUELS, G. J. Hypocrea/Trichoderma (Ascomycota, Hypocreales, Hypocreaceae): species with green ascospores. Stud Mycol, v. 48, p. 1-36, 2003. CHET, I.; BAKER, R. Isolation and Biocontrol Potencial of Trichodermahamatum from soil Naturally Suppressive to Rhizoctonia solani.Phytopathology, v. 71, p. 286-290, 1981. CHET, I.; INBAR, J. Biological control of fungal pathogens.Appl Biochem Biotechnol, v. 48, n. 1, p. 37-43, 1994. CORABI-ADELL, C.; LUCON, C. M. M.; KOIKE, C. M. Biodiversidade do Gênero Trichoderma no Estado de São Paulo Aspectos Enzimáticos e Potencial Biocontrolador. Arq.Inst.Biol, v. 69, p. 188-191, 2002.
53
CUNNINGTON, J. H.; TAKAMATSU, S.; LAWRIE, A. C.; PASCOE, I. G. Molecular identification of anamorphic powdery mildews (Erysiphales). Australasian Plant Pathology, v. 32, p. 421-428, 2003. DANIELSON, R. M.; DAVEY, C. B.The abundance of Trichoderma propagules and the distribution of species in Forest soils.Soil Biology and Biochemistry, v. 5, p. 485-494, 1973. DAVET, P. Technique pour l‟ analyse des population de TrichodermaetGliocladium virens dans le sol. Annales de Phytopatologie, v. 11, p. 529-533, 1979. DE JAEGER, N.; DE LA PROVINCIA, I. E.; ROUHIER, H.; DECERCK, S. Co-entrapment of Trichoderma harzianum and Glomus sp. within alginate beads: impact on the arbuscular mycorrhizal fungi life cycle. Journal of Applied Microbiology, v. 111, n. 1, p. 125-135, 2011. DELGADO-JARANA, J.; MORENO-MATEOS, M. A.; BENÍTEZ, T. Glucose uptake in Trichoderma harzianum: role of gtt1. Euk Cell, v. 2, p. 708-717. , 2003. DENNIS, C.; WEBSTER, J. Antagonistic properties of species-groups of Trichoderma. II - Production of volatile antibiotics. Transactions of the Bristish Mycological Society, v. 57, p. 41-48, 1971a. ______. Antagonistic properties of species group of Trichoderma. 1. Production of non-volatile antibiotics. Trans. Br. Mycol. Soc, v. 57, p. 25-39, 1971b. DINGLEY, J. M. The Hypocreales of new zealand. I. Transactions of the Royal Society of New Zealand, v. 79, p. 55-61, 1950. ______. Life History Studies in the Genus Hypocrea Fr. Transactions of the Royal Society of New Zealand, v. 84, n. 1, p. 689-693, 1956. DOI, Y. Revision of the Hypocreae with cultural observation.Rept. Tottori Mycol. Inst., v. 10, p. 421-427, 1973. DRUZHININA, I.; KUBICEK, C. P. Species concepts and biodiversity in Trichoderma and Hypocrea: from aggregate species to species clusters? J Zhejiang Univ Sci B, v. 6, n. 2, p. 100-112, 2005. DRUZHININA, I. S.; KOMON-ZELAZOWSKA, M.; ISMAIEL, A.; JAKLITSCH, W.; MULLAW, T.; SAMUELS, G. J.; KUBICEK, C. P. Molecular phylogeny and species delimitation in the section Longibrachiatum of Trichoderma.Fungal Genet Biol, v. 49, n. 5, p. 358-368, 2012. DRUZHININA, I. S.; KOPCHINSKIY, A. G. The first one hundred of Trichoderma species is characterized by molecular data. Mycoscience, v. 47, p. 55-64, 2006. DRUZHININA, I. S.; KOPCHINSKIY, A. G.; KOMON, M.; BISSETT, J.; SZAKACS, G.; KUBICEK, C. P. An oligonucleotide barcode for species identification in Trichoderma and Hypocrea.Fungal Genet Biol, v. 42, n. 10, p. 813-828, 2005.
54
DRUZHININA, I. S.; KUBICEK, C. P.; KOMON-ZELAZOWSKA, M.; MULAW, T. B.; BISSETT, J. The Trichoderma harzianum demon: complex speciation history resulting in coexistence of hypothetical biological species, recent agamospecies and numerous relict lineages. BMC Evol Biol, v. 10, p. 1-14, 2010. EISENDLE, M.; OBEREGGER, H.; BUTTINGER, R.; ILLMER, P.; HAAS, H. Biosynthesis and uptake of siderophores is controlled by the PacC-mediated ambient-pH Regulatory system in Aspergillus nidulans. Eukaryot Cell, v. 3, n. 2, p. 561-3, 2004. EMBRAPA TRIGOS. Fertilidade do solo das Unidades de Referência.Embrapa. Passo Fundo, p.1-2. 2009 FILHO, M. R. C.; MELLO, S. C. M. D.; SANTOS, R. P. D.; MENÊZES, J. E. Avaliação de Isolados de Trichoderma na Promoção de Crescimento, Produção de Ácido Indolacético in vitro e Colonização Endofítica de Mudas de Eucalipto. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, p. 1, 2008. FRITZE, H.; BAATH, E. Microfungal Species Composition and Fungal Biomass in a Coniferous Forest Soil Polluted by Alkaline Deposition.Microb.Eco, v. 25, p. 83-92, 1993. GAMS, W.; BISSET, J. I. T. G. Morphology and identification of Trichoderma. In: TrichodermaandGliocladium: Basic biology, taxonomy, and genetics. KUBICEK, C. P.; HARMAN, G. E.; ONDIK, K. L.: Taylor & Francis, 1998. p. 3-4. GEISER, D. M.; JIMENEZ-GASCO, M. D. M.; KANG, S.; MAKALOWSKA, I.; VEERARAGHAVAN, N.; WARD, T. J.; ZHANG, N.; O'DONNELL, K. FUSARIUM-ID v. 1.0: A DNA sequence database for identifying Fusarium. European.Journal of Plant Pathology, v. 110, p. 473-479, 2004. GEOGRAPHICGUIDES.Disponível em http://www.geographicguide.com/maps -america.htm.Acesso em 13. 08. Ago. 2012. GRUBER, S.; SEIDL-SEIBOTH, V. Self versus non-self: fungal cell wall degradation in Trichoderma. Microbiology, v. 158, p. 26-34, 2012. GUTHRIE, J. L.; CASTLE, A. J. Chitinase production during interaction of Trichoderma aggressivum and Agaricus bisporus.Can J Microbiol, v. 52, n. 10, p. 961-967, 2006. HAGGAG, W. M.; MOHAMED, M. E. S. Biodiversity, Biological and Molecular Investigations of Biocontrol by the Genus Hypocrea/Trichoderma spp. European Journal of Scientific Research, v. 65, n. 2, p. 281-292, 2011. HAJIBABAEI, M.; JANZEN, D. H.; BURNS, J. M.; HALLWACHS, W.; HEBERT, P. D. DNA barcodes distinguish species of tropical Lepidoptera. Proc Natl Acad Sci U S A, v. 103, n. 4, p. 968-71, 2006.
55
HAN, G.; FENG, X.; JIA, Y.; WANG, C.; HE, X.; ZHOU, Q.; TIAN, X. Isolation and evaluation of terrestrial fungi with algicidal ability from Zijin Mountain, Nanjing, China.J Microbiol, v. 49, n. 4, p. 562-7, 2011. HANADA, R. E.; DE JORGE SOUZA, T.; POMELLA, A. W.; HEBBAR, K. P.; PEREIRA, J. O.; ISMAIEL, A.; SAMUELS, G. J. Trichoderma martiale sp. nov., a new endophyte from sapwood of Theobroma cacao with a potential for biological control. Mycol Res, v. 112, n. Pt 11, p. 1335-43, 2008. HARMAN, G. E.; HOWELL, C. R.; VITERBO, A.; CHET, I.; LORITO, M. Trichoderma species--opportunistic, avirulent plant symbionts. Nat Rev Microbiol, v. 2, n. 1, p. 43-56, 2004. HAWKSWORTH, D. L.; KALIN-ARROYO, M. T. Magnitude and distribution of biodiversity. London: Cambridge University Press, 1995. (Global biodiversity assessment). HEBERT, P. D.; GREGORY, T. R.The promise of DNA barcoding for taxonomy.Syst Biol, v. 54, n. 5, p. 852-9, 2005. HEBERT, P. D. N.; CYWINSKA, A.; BALL, S. L.; DEWAARD, J. R. Biological identifications through DNA barcodes. . Proceedings of the Royal Society of London Series B, 2002. HEID, C. A.; STEVENS, J.; LIVAK, K. J.; WILLIAMS, P. M. Real time quantitative PCR. Genome Res, v. 6, n. 10, p. 986-94, 1996. HENNEBERT, G. L. Pleoanamorphy and its nomenclatural problem. In: Pleomorphic Fungi: The Diversity and its Taxonomic Implications. Tokyo: Kodansha Ltd, 1987. p. 263-290. HERMOSA, M. R.; KECK, E.; CHAMORRO, I.; RUBIO, B.; SANZ, L.; VIZCAINO, J. A.; GRONDONA, I.; MONTE, E. Genetic diversity shown in Trichoderma biocontrol isolates. Mycol Res, v. 108, n. Pt 8, p. 897-906, 2004. HIBBETT, D. S. Ribosomal RNA and fungal systematics.Transactions of the Mycological Society of Japan, n. 33, p. 533-556, 1992. HILLIS, D. M.; DIXON, M. T. Ribosomal DNA: molecular evolution and phylogenetic inference. Quarterly Reviews in Biology, v. 66, p. 411-453, 1991. HOWELL, C. R. Mechanisms Employed by Trichoderma Species in the Biological Control of Plant Diseases: The History and Evolution of Current Concepts. Plant Disease, v. 87, n. 1, p. 1-7, 2003. HOYOS-CARVAJAL, L.; ORDUZ, S.; BISSETT, J. Genetic and metabolic biodiversity of Trichoderma from Colombia and adjacent neotropic regions.Fungal Genet.Biol., v. 9, n. 46, p. 615-631, 2009.
56
HUGHES, S. J. Conidiophores, conidia and classification.Canadian Journal of Botany, v. 31, p. 577-659, 1953. IAC Instituo Agronômico. Análise química para avaliação da fertilidade de solos tropicais. Instituto Agronômico, v. Campinas, 2001. JACKSON, A. M.; WHIPPS, J. M.; LYNCH, J. M. Effects of temperature, pH and water potential on growth of four fungi with disease biocontrol potential.World Journal of Microbiology and Biotechnology, v. 7, n. 4, p. 494-501, 1991. JAKLITSCH, W. M.; KOMON, M.; KUBICEK, C. P.; DRUZHININA, I. S. Hypocrea crystalligena sp. nov., a common European species with a white-spored Trichoderma anamorph. Mycologia, v. 98, n. 3, p. 499-513, 2006. JUDD, W. S.; CAMPBELL, C. S.; KELLOGG, E. A.; STEVENS, P. F.; DONOGHUE, M. J. Plant Systematics: A Phylogenetic Approach. Sunderland: Sinauer Associates Inc, 2002. KENDRICK, B. The Whole Fungus: The Sexual-Asexual Synthesis. Otawa: National Museum of Natural Sciences, National Museums of Canada and the Kananakis Foundation National Museums of Canada, 1979. KIMURA, M. A simple method for estimating evolutionary rates of base substitutions through comparative studies of nucleotide sequences. J. Mol. Evol., v. 16, p. 11-120., 1980. KINDERMANN, J.; EL-AYOUTI, Y.; SAMUELS, G. J.; KUBICEK, C. P. Phylogeny of the genus trichoderma based on sequence analysis of the internal transcribed spacer region 1 of the rDNA cluster. Fungal Genet Biol, v. 24, n. 3, p. 298-309, 1998. KIRK, P. M.; CANNON, P. F.; DAVID, J. C.; J.A., S. Ainsworth & Bisby’s Dictionary of the Fungi. Oxon: CAB International, 2001. KLIMYUK, V. I.; CARROLL, B. J.; THOMAS, C. M.; JONES, J. D. Alkali treatment for rapid preparation of plant material for reliable PCR analysis. Plant J, v. 3, n. 3, p. 493-4, 1993. KRAUS, G. F.; DRUZHININA, I.; GAMS, W.; BISSET, J.; ZAFARI, D.; SZAKACS, G.; KOPTCHINSKI, A.; PRILLINGER, H.; ZARE, R.; KUBICEK, C. P. Trichoderma brevicompactum sp. nov. Mycologia, v. 96, n. 5, p. 1059-1073, 2004. KRESS, W. J.; WURDACK, K. J.; ZIMMER, E. A.; WEIGT, L. A.; JANZEN, D. H. Use of DNA barcodes to identify flowering plants. Proc Natl Acad Sci U S A, v. 102, n. 23, p. 8369-74, 2005. KUBICEK, C. P.; BISSETT, J.; DRUZHININA, I.; KULLNIG-GRADINGER, C.; SZAKACS, G. Genetic and metabolic diversity of Trichoderma: a case study on South-East Asian isolates. Fungal Genet Biol, v. 38, n. 3, p. 310-9, 2003.
57
KUBICEK, C. P.; KOMON-ZELAZOWSKA, M.; DRUZHININA, I. S. Fungal genus Hypocrea/Trichoderma: from barcodes to biodiversity. J Zhejiang Univ Sci B, v. 9, n. 10, p. 753-63, 2008. KUHLS, K.; LIECKFELDT, E.; BORNER, T.; GUEHO, E. Molecular reidentification of human pathogenic Trichoderma isolates as Trichoderma longibrachiatum and Trichoderma citrinoviride.Med Mycol, v. 37, n. 1, p. 25-33, 1999. KUHLS, K.; LIECKFELDT, E.; SAMUELS, G. J.; KOVACS, W.; MEYER, W.; PETRINI, O.; GAMS, W.; BORNER, T.; KUBICEK, C. P. Molecular evidence that the asexual industrial fungus Trichoderma reesei is a clonal derivative of the ascomycete Hypocrea jecorina. Proc Natl Acad Sci U S A, v. 93, n. 15, p. 7755-60, 1996. KUHLS, K.; LIECKFELDT, E.; SAMUELS, G. J.; MEYER, W.; KUBICEK, C. P.; BÖRNER, T. Revision of Trichoderma sect. Longibrachiatum including related teleomorphs based on analysis of ribosomal DNA internal transcribed spacer sequences. Mycologia, v. 89, n. 442-460, 1997. KULLNIG-GRADINGER, C.; SZAKACS, G.; KUBICEK, C. P. Phylogeny and evolution of the genus Trichoderma: a multigene approach. Mycol. Res., v. 106, n. 7, p. 757-767, 2002. KULLNIG, C. M.; SZAKACS, G.; KUBICEK, C. P. Molecular identification or Trichoderma species from Russia, Siberia and the Himalaya.Mycol. Res., v. 104, n. 9, p. 1117-1125, 2000. LANG, B. F.; O'KELLY, C.; NERAD, T.; GRAY, M. W.; BURGER, G.The closest unicellular relatives of animals.Curr Biol, v. 12, n. 20, p. 1773-8, 2002. LEE, S. B.; TAYLOR, J. W. Phylogeny of five fungus-like protoctistan Phytophthora species, inferred from the internal transcribed spacers of ribosomal DNA. Mol Biol Evol, v. 9, n. 4, p. 636-53, 1992. LEWIS, J. A.; PAPAVIZAS, G. C. A new approach to stimulate population proliferation of Trichoderma species and others potential biocontrol fungi introduced into natural soils. Phytopathology, v. 74, n. 10, p. 1240-1244, 1984. LIECKFELDT, E.; KUHLS, K.; MUTHUMEENAKSHI, S. Molecular taxonomy of Trichoderma and Gliocladium and their teleomorphs. In: Trichoderma and Gliocladium. C. P. KUBICEK, C. P.; HARMAN, G. E. London, United Kingdom: Taylor & Francis, 1998. p. 35–56. LIECKFELDT, E.; SAMUELS, G. J.; NIRENBERG, H. I.; PETRINI, O. A morphological and molecular perspective of Trichoderma viride: is it one or two species? Appl Environ Microbiol, v. 65, n. 6, p. 2418-28, 1999. LINHARES, A. I.; MATSUMURA, A. T. S.; LUZ, V. C. Avaliação da Amplitude Antagonística de Microrganismos Epífitas do Trigo sobre o Crescimento Radial de Dreschlera tritici-repentis. Revista Brasileira de Agrociência, v. 1, n. 3, p. 119-126, 1995.
58
LIU, B.; GLENN, D.; BUCKLEY, K. Trichoderma communities in soils from organic, sustainable, and conventional farms, and their relation with Southern blight of tomato. Soil Biology & Biochemistry, v. 40, p. 1124-1136, 2008. LOPES, F. A.; STEINDORFF, A. S.; GERALDINE, A. M.; BRANDAO, R. S.; MONTEIRO, V. N.; JUNIOR, M. L.; COELHO, A. S.; ULHOA, C. J.; SILVA, R. N. Biochemical and metabolic profiles of Trichoderma strains isolated from common bean crops in the Brazilian Cerrado, and potential antagonism against Sclerotinia sclerotiorum. Fungal Biol, v. 116, n. 7, p. 815-24, 2012. LOUZADA, G. A. S.; CARVALHO, D. D. C.; MELLO, S. C. M.; JÚNIOR, M. L.; MARTINS, I.; BRAÚNA, L. M. Potencial antagônico de Trichoderma spp. originários de diferentes agroecossistemas contra Sclerotinia sclerotiorum e Fusarium solani. Biota Neotrop, v. 9, n. 3, p. 145-149, 2009. LUO, G.; MITCHELL, T. G. Rapid identification of pathogenic fungi directly from cultures by using multiplex PCR.J Clin Microbiol, v. 40, n. 8, p. 2860-5, 2002. LUTZ, M. P.; FEICHTINGER, G.; DEFAGO, G.; DUFFY, B. Mycotoxigenic Fusarium and deoxynivalenol production repress chitinase gene expression in the biocontrol agent Trichoderma atroviride P1. Appl Environ Microbiol, v. 69, n. 6, p. 3077-3084, 2003. MA, L.; LIU, W.; HUANG, Y.; RONG, X. Two acid sorbicillin analogues from saline lands-derived fungus Trichoderma sp. J Antibiot (Tokyo), v. 64, n. 9, p. 645-7, 2011. MACHADO, P. L. O. Fracionamento físico do solo por densidade e granulometria para a quantificação de compartimentos da matéria orgânica do solo – um procedimento para a estimativa pormenorizada do seqüestro de carbono pelo solo. v. 9, p. 1-6, 2002. MARCELLO, C. M. Avaliação da Expressão e Caracterização de uma Exo-B-1,3-Glucanase Envolvida no Mecanismo de Micoparasitismo de Trichodema asperellum. (2008). 89 f. - Tese apresentada ao Departamento de Biologia Celular do Instituto de Biologia da Universidade De Brasilia - UnB. Requisito parcial para obtenção do Título de Doutor em Biologia Molecular Universidade de Brasília, Brasília, 2008. MARTINS, I.; PEIXOTO, J. R.; MENÊZES, J. E.; MELLO, S. C. M. Avaliação in vitro do antagonismo de Trichoderma spp. sobre Colletotrichum gloeosporioides. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Brasília: DF, p.12. 2007 MENEZES, M.; ASSIS, S. M. P. Guia prático para fungos fitopatogênicos. Recife: Imprensa Universitária da UFRPE, 2004. MONTE, E. Understanding Trichoderma: between biotechnology and microbial ecology. Int Microbiol, v. 4, n. 1, p. 1-4, 2001.
59
MOURA, E.G. 2006. Agroambientes de transição entre os trópicos húmidos e regiões semi áridas do Brasil, pp. 15-51. In E.G. Moura, Agroambientes de transição avaliados emu ma perspectiva de agricultura familiar. Pressão Universitária UEMA, Maranhão, Brasil MUNIZ, F. H. Estudos da Estrutura e Distribuição da Vegetação no Maranhão. In: Projeto e ações em biologia e química. SILVA, A. C.; BRINGEL, J. M. M. Maranhão: UEMA, 2006. p. 99-117. NITSCHKE, E.; NIHLGARD, M.; VARRELMANN, M. Differentiation of eleven Fusarium spp. isolated from sugar beet, using restriction fragment analysis of a polymerase chain reaction-amplified translation elongation factor 1alpha gene fragment. Phytopathology, v. 99, n. 8, p. 921-929, 2009. O'DONNELL, K.; CIGELNIK, E. Two divergent intragenomic rDNA ITS2 types within a monophyletic lineage of the fungus Fusarium are nonorthologous. Mol Phylogenet Evol, v. 7, n. 1, p. 103-16, 1997. PERELLÓ, A.; MÓNACO, C.; SIMÓN, M. R.; SISTERMA, M.; DALL BELLO, G. Biocontrol efficacy of Trichoderma isolates for tan spot of wheat in Argentina. Crop protection, v. 22, p. 1099–1106, 2003. RAEDER, U.; BRODA, P. Rapid preparation of DNA from filamentous fungi.Letters in Applied Microbiology, v. 1, p. 17-20, 1985. REHNER, S. A.; SAMUELS, G. J. Taxonomy and phylogeny of Gliocladium analyzed by large subunit rDNA sequences.Mycol. Res., v. 98, p. 625-634, 1994. REYNOLDS, D. R.; TAYLOR, J. W. The fungal holomorph: Mitotic, meiotic and pleomorphic speciation in fungal systematics. CAB International, p. 55, 1993. REZENDE, M. I.; BARBOSA, M. A. G.; VASCONCELOS, A. F. D.; ENDO, A. S. Xylanase production by Trichoderma harzianum rifai by solid state Fermentation on sugarcane bagasse. Brazilian Journal of Microbiology, v. 33, p. 67-72, 2002. RIFAI, M. A. A revision of the genus Trichoderma.Mycol. Pap., n. 116, p. 1-56., 1969. RODRIGUES, A.; MUELLER, U. G.; ISHAK, H. D.; BACCI, M., JR.; PAGNOCCA, F. C. Ecology of microfungal communities in gardens of fungus-growing ants (Hymenoptera: Formicidae): a year-long survey of three species of attine ants in Central Texas. FEMS Microbiol Ecol, v. 78, n. 2, p. 244-55, 2011. ROIGER, D. J.; JEFFERS, S. N.; CALDWELL, R. W. Occurrence of Trichoderma species in apple orchard and woodland soils.Soil Biol. Biochem., v. 23, p. 353-359, 1991. SACCONE, C.; DE GIORGI, C.; GISSI, C.; PESOLE, G.; REYES, A. Evolutionary genomics in Metazoa: the mitochondrial DNA as a model system. Gene, v. 238, n. 1, p. 195-209, 1999.
60
SAITOU, N.; NEI, M. The neighbor-joining method: a new method for reconstructing phylogenetic trees. Mol. Biol. Evol. v. 4, p. 406–425., 1987. SAMSON, R. A.; SEIFERT, K. A.; KUIJERS, A. F. A.; HOUBRAJEN, J. A. M. P.; FRISVAD, J. C. Phylogenetic analysis of Penicillium subgenus Penicillium using partial Beta-tubulin sequences. Studies in Mycology, v. 49, p. 175-200, 2004. SAMUELS, G. J. Trichoderma: a review of biology and systematics of the genus. Mycol. Res., v. 100, p. 923-935, 1996. ______. Trichoderma: systematics, the sexual state, and ecology. Phytopathology, v. 96, n. 2, p. 195-206, 2006. SAMUELS, G. J.; CHAVERRI, P.; FARR, D. F.; MCCRAY, E. B. Trichoderma Online, Systematic Mycology and Microbiology Laboratory, ARS, USDA.Disponivel em: <http://nt.ars-grin.gov/taxadescriptions/keys/FrameListAllTaxa.cfm?gen=Trichoderma>, Acesso em: 13.08 ago. 2012 SAMUELS, G. J.; DODD, S. L.; LU, B. S.; PETRINI, O.; SCHROERS, H. J.; DRUZHININA, I. S. The Trichoderma koningii aggregate species.Stud Mycol, v. 56, p. 67-133, 2006. SAMUELS, G. J.; ISMAIEL, A.; BON, M. C.; DE RESPINIS, S.; PETRINI, O. Trichoderma asperellum sensu lato consists of two cryptic species. Mycologia, v. 102, n. 4, p. 944-966, 2010. SAMUELS, G. J.; ISMAIEL, A.; MULAW, T. B.; SZAKACS, G.; DRUZHININA, I. S.; KUBICEK, C. P.; JAKLITSCH, W. M. The Longibrachiatum Clade of Trichoderma: a revision with new species. Fungal Diversity, v. 55, p. 77-108, 2012. SAMUELS, G. J.; LIECKFELDT, E.; NIRENBERG, H. I. Trichoderma asperellum, a new species with warted conidia, and redescription of T. viride. Sydowia, v. 51, n. 1, p. 71-88, 1999. SAMUELS, G. J.; PARDO-SCHULTHEISS, R. A.; HEBBAR, K. P.; LUMSDEN, R. D.; BASTOS, C. N.; COSTA, J. C.; BEZERRA, J. L. Trichoderma stromaticum sp. nov., a parasite of the cacao witches broom pathogen. Mycol. Res., v. 104, p. 760-764, 2000. SAMUELS, G. J.; PETRINI, O.; KUHLS, K.; LIECKFELDT, E.; KUBICEK, C. P. The Hypocrea schweinitzii complex and Trichoderma sect.Longibrachiatum.Stud Mycol, v. 41, p. 1-54, 1998. SAMUELS, G. J.; SEIFERT, K. A.The impact of molecular characters on systematics of filamentous ascomycetes.Annu Rev Phytopathol, v. 33, p. 37-67, 1995.
61
SANGER, F.; NICKLEN, S.; COULSON, A. R.; . DNA sequencing with chain: terminating inhibitors. Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA, n. 74, p. 5463-5467, 1977. SANTOS, P. R. Identificação de Isolados de Trichoderma spp. Utilizando Marcadores do Tipo RAPD e DNA Barcode. (2010). 69 f. - Dissertação apresentada ao programa de pós-graduação em biologia da Universidade Federal de Goiás como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em biologia - área de concentração em biologia celular e molecular, Universidade Federal de Goiânia, Goiânia, 2010. SAUNDERS, G. W. Applying DNA barcoding to red macroalgae: a preliminary appraisal holds promise for future applications. Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci, v. 360, n. 1462, p. 1879-88, 2005. SCHLOTTERER, C.; HAUSER, M. T.; HUESLER, A.; TAUTZ, D. Comparative evolutionary analysis of rDNA ITS regions in Drosophila.Molecular Biology and Evolution.Oxford, v. 11, n. 3, p. 513-522, 1994. SCHMOLL, M.; SCHUSTER, A.; SILVA RDO, N.; KUBICEK, C. P. The G-alpha protein GNA3 of Hypocrea jecorina (Anamorph Trichoderma reesei) regulates cellulase gene expression in the presence of light. Eukaryot Cell, v. 8, n. 3, p. 410-20, 2009. SEIFERT, K. A.; GAMS, W.; CROUS, O. W.; SAMUELS, G. J. Molecules, morphology and classification: towards monophyletic genera in the Ascomycetes. Studies in Mycology, v. 45, p. 1-4, 2000. SHENOY, B. D.; JEEWON, R.; HYDE, K. D. Impact of DNA sequence-data on the taxonomy of anamorphic fungi.Fungal Diversity, v. 26, p. 1-54, 2007. SILVA, J. C. Seleção de isolados de Trichoderma spp. no controle biológico da queima-da-bainha (Rhizoctonia solani Kühn) em arroz (Oryza sativa L.). (2010). 79 f. - Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Agronomia, área de concentração em Produção Vegetal, da Universidade Federal Rural da Amazônia, como requisito para obtenção do título de Mestre em Agronomia., Universidade Federal Rural da Amaz, Amazônia, 2010. SMITH, W. H. Forest occurrence of Trichoderma species: emphasis on potential organochlorine (xenobiotic) degradation. . Ecotoxicol. Environ. Safety, v. 32, p. 179–183, 1995. SUGIYAMA, J. Pleomorphic Fungi: The diversity and its taxonomic implications. Tokyo: Kodansha Ltd, 1987. SUTTON, B. C. Coelomycetes. In: The fungi: an advanced treatise.AINSWORTH, G. C.; SPARROW, F. K.; SUSSMAN, A. S. New York: Academic Press, 1973. p. 513-582.
62
TALBOT, P. H. B. Principles of Fungal Taxonomy. London: The Macmillan Press, 1971. TAYLOR, J. W.; GEISER, D. M.; BURT, A.; KOUFOPANOU, V.The evolutionary biology and population genetics underlying fungal strain typing.Clin Microbiol Rev, v. 12, n. 1, p. 126-46, 1999. TOCAFUNDO, F. Avaliação de Isolados de Trichoderma spp. No controle de Phytophthora palmivora em mamoeiro. (2008). 66 f. - Dissertação apresentada, para obtenção do título de mestre em Produção Vegetal, pela Universidade Estadual de Santa Cruz., Universidade de Santa Cruz, Bahia, 2008. TURNER, D.; KOVACS, W.; KUHLS, K.; LIECKFELDT, E.; PETER, B.; ARISAN-ATAC, I.; STRAUSS, J.; SAMUELS, G. J.; BORNER, T.; KUBICEK, C. P. Biogeography and phenotypic variation In Trichoderma sect. Longibrachiatum and associated Hypocrea species.Mycol. Res., v. 101, p. 449-459, 1996. VARGAS GIL, S.; PASTOR, S.; MARCH, G. J. Quantitative isolation of biocontrol agents Trichoderma spp., Gliocladium spp. and actinomycetes from soil with culture media.Microbiol Res, v. 164, n. 2, p. 196-205, 2009. VEY, A.; HOAGLAND, R. E.; BUTT, T. M. Toxic metabolites of fungal biocontrol agents. . In: Fungi as biocontrol agents: Progress, problems and potential. BUTT, T.; JACKSON, C.; MAGAN, N. L. Bristol: CAB InternationaL, 2001. p. 311-346. WARD, R. D.; ZEMLAK, T. S.; INNES, B. H.; LAST, P. R.; HEBERT, P. D. DNA barcoding Australia's fish species.Philos Trans R Soc Lond B Biol Sci, v. 360, n. 1462, p. 1847-57, 2005. WARDLE, D. A.; PARKINSON, D.; WALLER, J. E. Interspecific competitive interactions between pairs of fungal species in natural substrates Oecologia, v. 94, p. 165–172., 1993. WEINDLING, R. Trichoderma lignorum as a parasite of other soil fungi.Phytopathology, v. 22, p. 837–845, 1932. WERESUB, L. K.; HENNEBERT, G. L. Anamorph and teleomorph: terms for organs of reproduction rather than karyological phases.Mycotaxon 8, p. 181-186, 1979. WHITE, T. J.; BRUNS, T.; LEE, S.; TAYLOR, J. Amplification and direct sequencing of fungal ribosomal RNA genes for phylogenetics. In: PCR Protocols: A Guide to Methods and Applications. INNIS, M. A.; GELFAND, D. H.; SNINSKY, J. J.; WHITE, T. J. San Diego: Academic Press, 1990. p. 315–322. WHITTAKER, R. H. New concepts of kingdoms of organisms.Science, p. 150-160, 1969.
63
WILBERFORCE, E. M.; BODDY, L.; GRIFFITHS, R.; GRIFFITH, G. W. Agricultural management affects communities of culturable rootendophytic fungi in temperate grasslands.Soil Biology and Biochemistry, v. 35, p. 1143–1154, 2003. WONG, M. L.; MEDRANO, J. F. Real-time PCR for mRNA quantitation.Biotechniques, v. 39, n. 1, p. 75-85, 2005. WORRAL, J. J. Structure and dynamics of fungal population.Kluwer Academic Publishers, 1999. XIA, X.; LIE, T. K.; QIAN, X.; ZHENG, Z.; HUANG, Y.; SHEN, Y. Species diversity, distribution, and genetic structure of endophytic and epiphytic Trichoderma associated with banana roots. Microb Ecol, v. 61, n. 3, p. 619-25, 2011. ZHANG, C. L.; DRUZHININA, I. S.; KUBICEK, C. P.; XU, T. Trichoderma biodiversity in China: evidence for a North to South distribution of species in East Asia. FEMS Microbiol Lett, v. 251, n. 2, p. 251-7, 2005.
64
APÊNDICE A - Sequência da região ITS1-5,8S-ITS2 do rDNA alinhadas, dos isolados de Trichoderma spp. obtidos neste estudo
Continuação
65
Continuação
Continuação
66
Continuação
67
APÊNDICEB -Análise comparativa das sequências obtidas pelo programa BLASTN,
indicando o número de depósito, score e o e-value.
68
APÊNDICEC
Sequência da região ITS1-5,8S-ITS2 do rDNA alinhaoas, dos isolados de Trichoderma spp. utilizandos neste estudos e obtidos através
do Genbank.
69
Continuação.
70
Continuação.
71
Continuação.
72
Continuação.
73
CONFIRMAÇÃO DE ENVIO DO ARTIGO
Dear Mr. Luz,
Your submission entitled "Identification of Trichoderma spp. from agricultural
soils in northeastern periphery of Amazonia, Brasil." has been received by
journal The Journal of Microbiology
You will be able to check on the progress of your paper by logging on to
Editorial Manager as an author. The URL is http://tjom.edmgr.com/.
Your manuscript will be given a reference number once an Editor has been
assigned.
Thank you for submitting your work to this journal.
Kind regards,
Editorial Office
74
1 NORMAS E INTRUÇÕES PARA OS AUTORES 2
GENERAL GUIDELINES 3 Scope of the Journal The Journal of Microbiology (JM) publishes papers that deal with 4
research on microorganisms, including archaea, bacteria, yeasts, fungi, microalgae, protozoa, 5 and simple eukaryotic microorga- nisms. Topics considered for publication include biochemistry, 6 physiology, molecular biology, genetics, genomics, molecular bio- technology, virology, 7 immunology, microbial pathogenesis, ecology, environmental microbiology, molecular 8 systematics, bioinformatics, chemical or physical characterization of microbial structures or 9 products and basic biological properties of organisms. Manuscripts dealing with simple 10 identification of microorganism(s), cloning of a known gene and its expression in a microbial 11 host, and clinical statistics will not be considered for publication by JM. 12
The environmental microbiology and ecology section expects authors to deposit 13 important strains in publicly accessible culture collections and to refer to the collections and 14 strain numbers in the text. Since the authenticity of subcultures of culture collection specimens 15 that are distributed by individuals cannot be ensured, authors should indicate laboratory strain 16 designations and donor sources as well as original culture collection identification numbers. 17 Furthermore, it is a requirement of the Journal of Microbiology and the ICSP (International 18 Committee on Systematics of Prokar- yotes) that authors of new names and new combinations 19 provide evidence that types are deposited in two recognized culture collec- tions in two different 20 countries (i.e. documents certifying deposi- tion and availability of type strains). Papers will not 21 be accepted until such documentation has been received by the Editor. 22
The molecular biology, genetics, and biochemistry section does not consider 23 manuscripts describing mainly the followings: cloning and sequencing of cDNAs or genes that 24 have previously been re- ported for other species; purification of proteins that have been 25 previously been reported for other species; conventionally achieved expression of proteins; 26 incomplete NMR or other spectroscopic assignments; conventionally achieved crystallization of 27 proteins; or negative observations. In most cases, methodological papers are not published 28 unless they are novel and significant. 29
Submission of Papers All submissions to JM must be made electronically via the web- 30 enabled online manuscript submission and review system : www. editorialmanager.com/tjom (E-31 mail submissions will not be ac- cepted). Information regarding acceptable types of files for sub- 32 mission can be found on the On-line Submission page of the Journal Homepage. It is 33 recommended that all tables and figures be assembled into a single file together with the main 34 text when submitted. The manuscript must be accompanied by a cover letter stating the title of 35 the manuscript, names of each author, and complete mailing address(es), telephone and fax 36 number(s) of the corre- sponding author, electronic mail address(es) if available. Manuscripts 37 should be double-spaced and all pages, including the abstract, figures, and tables, should be 38 numbered in sequence. Manuscript pages must have margins of at least 2.5 cm on all four 39 sides. Authors who are not confident of their English writing should have checked their 40 manuscripts by an English proofreader. All queries regarding the submission should be directed 41 to the Editorial Office. 42
Editorial Office The Microbiological Society of Korea Rm. 810 (New Bldg.), The Korea 43 Science & Technology Center 635-4, Yeoksam-dong, Gangnam-gu, Seoul 135-703, Republic of 44 Korea E-mail: msk@msk.or.kr Tel: +82-2-3453-3386 Fax: +82-2-3453-3322 45
EDITORIAL POLICY 46 Originality Only papers that report novel and significant scientific findings in 47
microbiology will be considered and accepted for publication. Manuscripts submitted to JM must 48 represent reports of original research. A manuscript will be accepted on the conditions that the 49 presented work was not published previously, and is not under consideration for publication 50 elsewhere. 51
Authorship Anyone who made a substantial contribution to the work may be included in 52 the author list. All authors of each manuscript are re- sponsible for the entire paper and must 53 have agreed that the cor- responding author has the authority to act on their behalf on all 54 matters pertaining to publication of the manuscript. To avoid any possible dispute during 55 processing, authorship changes including the order of authors‟ names during revision must be 56 agreed upon by all of the authors and brought to the editor‟s attention in the cover letter 57 submitted with the revised version. 58
75
Copyright JM requires the corresponding author to sign a copyright transfer agreement 59 on behalf of all the authors. This agreement form is sent to the corresponding author when the 60 manuscript is accepted and scheduled for publication. Unless the signed agreement form is 61 received, JM will not publish the manuscript. 62
Ethical Aspects Manuscripts dealing with any experimental work on human or animal 63 materials should meet the relevant regulations or require- ments imposed by institutional or 64 governmental authorities, and this should be clearly stated in the manuscript. Copies of these 65 regulations and guidelines must be available for review by the edi- tor if necessary. The editor 66 reserves the right to reject papers if ethical aspects are in doubt. 67 Page Charges Page charges are currently 40,000 Korean won (35 US dollars) per page. A 68 page charge form is sent along with page proofs and a re- print order form to the corresponding 69 author prior to publication. Invited minireviews are not subject to page charges. 70 Availability of Materials By publishing in JM, the authors agree that any microbial 71 strains, plasmids, viruses, or other materials such as prions or cell lines newly described in the 72 articles be available in a timely fashion to members of the scientific community for 73 noncommercial purposes. JM strongly encourages the authors to deposit important strains in 74 publicly accessible culture collections and to refer to these col- lections and strain numbers in 75 the manuscript. The authors should indicate laboratory strain designations and donor source 76 when individuals distribute the culture or subculture specimen. 77
Nucleotide and Amino Acid Sequences Any novel nucleotide or amino acid 78 sequences described should be deposited in a public database, such as GenBank, EMBL or 79 DDBJ, and the accession numbers should be included in a separate para- graph in the 80 Materials and Methods section. It is expected that the sequence data will be publicly available 81 no later than the pub- lication of the article. 82
Supplementary Material Supplementary material may consist of information that cannot 83 readily be displayed in printed version because of space or techni- cal limitations. Such material 84 may include data from microarray, structural, biochemical, or video image analysis. It is 85 reviewed along with the paper and must be approved by the editors and referees. Instead of 86 appearing in the printed version of the journal, it will be published in SpringerLink 87 (http://www.springerlink.com/ content/120956) at the time of publication. 88
Review Process All manuscripts are reviewed confidentially by members of the editorial 89 board or qualified reviewers. When a manuscript is sub- mitted to JM, it is given a manuscript 90 number and assigned to one of the members of the board for review. The manuscript number 91 should be referred to in any subsequent communications between the corresponding author 92 and the editor or the Editorial Office. The reviewers operate under the Guidelines for Reviewers 93 and are expected to complete their reviews as soon as possible. The corresponding author is 94 generally notified of the reviewers‟ decision to accept, reject, or require modification or revision 95 from the editor or the Editorial Office within 4 weeks of submission. When a manuscript is 96 returned to the corresponding author for modification or revision, it should be returned to the 97 editor within 3 months, or it may be considered withdrawn. The authors should supply the 98 Authors‟ Checklist and Response to the editor along with the modified or revised manuscript. 99 Manuscripts that have been rejected or withdrawn may be resubmitted if the major criti- cisms 100 have been properly addressed. As with the initial submission, resubmitted manuscripts should 101 be accompanied by a cover letter stating that the manuscript is a resubmission and describing 102 in detail what changes have been made. The same editor that han- dled the original submission 103 will normally handle the resubmitted manuscript. 104
Notification of Acceptance When an editor has decided that a manuscript is acceptable 105 for publication, the corresponding author and the editorial office will be notified. The Editorial 106 Office will check if the manuscript was prepared according to the guidelines, however the 107 authors are primarily responsible for the format and quality of the paper. The editor of JM will 108 complete the assignment of editing after the manuscript is considered to meet the prescribed 109 standards. 110
Page Proofs The Editorial Office sends printed page proofs and a page charge/ 111 reprint order form to the corresponding author. Page proofs should be corrected, signed by the 112 corresponding author and mailed back to the editorial office within 48 hours, however extensive 113 corrections, additions, or deletions should not be made during the proof stage. Important new 114 information or references of un- published data or personal communications that have become 115 available in the time between acceptance of the manuscript and receipt of the proofs may be 116 inserted with the permission of the editor. Otherwise, changes are limited to correction of 117
76
spelling er- rors, incorrect data, grammatical errors and updated information regarding 118 references. 119 Reprints Reprint charge is currently 50,000 Korean won (45 USD) for the initial 50 copies. Extra 120 copies are available for 30,000 Korean won (25 USD) per additional 50 copies. It can be 121 ordered and pur- chased through the page charge/reprint order form that is sent to the 122 corresponding author prior to publication. 123
ORGANIZATION AND FORMAT 124 Regular Papers Regular papers are considered the usual format of JM. Each 125
manuscript should present the results of an independent and co- hesive study. Thus, numbered 126 series titles are not allowed. Avoid the main title/subtitle arrangement, complete sentences, and 127 un- necessary articles. A regular paper should include all of the elements described in this 128 section. The entire manuscript, including the figure legends, table legends, and References, 129 should be double spaced and pages should be numbered. Manuscript pages should have line 130 numbers. The font size should not be larger than 12. JM strongly recommends using the past 131 tense to narrate particular events in the past, including procedures, observations, and data 132 pertaining to the study that you are reporting. Use the present tense for your own general 133 conclusions, conclusions of previous researchers, and generally accepted facts. Thus, most of 134 the Abstract, Materials and Methods, and Results sections will be in the past tense, and most of 135 the Introduction and Discussion sec- tions will be in the present tense. Manuscripts may be 136 editorially rejected on the basis of poor English or lack of format conformity to the Instructions. 137 Title Page On the title page, include the title, running title (not to exceed 10 words), name of 138 each author, address(es) of the institution(s) where the work was performed, each author‟s 139 affiliation, and a footnote indicating the present address of any author no longer at the institution 140 where the work was performed. Place an asterisk after the name of the corresponding author. 141
Abstract The abstract should not exceed 250 words, and should concisely summarize 142 the basic content of the paper. Experimental details should not be presented in the abstract. 143 Avoid abbreviations and do not include references or diagrams. Provide less than six key words 144 at the bottom of the Abstract. 145 Introduction The introduction should supply sufficient background information to allow the 146 reader to understand and evaluate the results of the present study without referring to previous 147 publications on the topic. The introduction should also provide the rationale for the present 148 study. Use only those references required to provide the iv most salient background rather than 149 an extensive review of the topic. 150
Materials and Methods The Materials and Methods section should include sufficient 151 technical information to allow the experiments to be repeated. Give enough information about 152 the maker and model of instru- ment, operating conditions and other details of the experimental 153 procedures. For commonly used materials and methods (media and protein determinations for 154 example), a simple reference is sufficient. Enzyme purifications or procedures should be 155 described as briefly as possible. If several alternative methods are commonly used, it is helpful 156 to identify the method briefly as well as to cite the reference. Describe new methods or 157 techniques in detail and give sources of unusual chemicals, equipment, or microbial strains so 158 that another investigator can repeat the same procedure. When a large number of microbial 159 strains, mutants, bacteriophages, or plasmids are used, include tables identifying their sources 160 and properties. 161
Results The Results section should include results of the experiments. Extensive 162 interpretation of the results should be reserved for the Discussion section. Present the results 163 as concisely as possible in one of the following: text, table(s), or figure(s). Avoid extensive use 164 of graphs to present data that might be more concisely presented in the text or tables. Limit 165 photographs, particularly photomicro- graphs and electron micrographs, to those that are 166 absolutely nec- essary to show the experimental findings. Number figures and ta- bles in order 167 and be sure to cite all figures and tables in the text. 168 Discussion The Discussion section should provide an interpretation of the results in relation to 169 previously published works and should not contain extensive repetition of the Results section or 170 reiteration of the Introduction. In short papers, the Results and Discussion sections may be 171 combined. 172
Acknowledgements Acknowledgements of financial and personal assistance are to be 173 given in a separate paragraph(s) as briefly as possible. 174
References The References section should include all journal articles, books, patents, 175 and theses cited in the text, tables or figures. Arrange the citations in alphabetical order based 176
77
on the first authors‟ name. Abbreviate journal names, according to BIOSIS Serial Sources, in 177 italic letters. Cite the references in the text by author name(s) with the publication year. Single- 178 and double-authored papers are cited by both authors‟ last names, whereas papers with more 179 than three authors are cited by the first author‟s last name followed by et al. in italic. Other 180 relevant sources, such as articles submitted for publication, unpublished data, or personal 181 communication, should not be listed in this section, but can be cited in the text. Follow the 182 styles shown in the examples below. 183 Anagnostopoulos, C. and Spizizen, J. 1961. Requirements for transforma- tion in Bacillus 184 subtilis. J. Bacteriol. 81, 741–746. Berry, L.J., Moore, R.N., Goodrum, K.J., and Couch, R.E. Jr. 185 1977. Cellular requirements for enzyme inhibition by endotoxin in mice, pp. 321–325.In D. 186 Schlessinger (ed.), Microbiology-1977.American Society for Microbiology, Washington, D.C., 187 USA.Dhole, A., Ortega, I., and Berauer, C. 1989.Effect of oxygen on in vitro growth of 188 Mycobacterium leprae.Abstr. U-82, pp. 168. Abstr.89th Annu. Meet. Am. Soc. Microbiol. 189 Leadbetter, E.R. 1974. Order II. Cytophagales nomen novum, pp. 99. In R.E. Buchanan and 190 N.E. Gibbons (eds.), Bergey‟s Manual of Determinative Bacteriology, 8th ed. The Williams & 191 Wilkins Co., Baltimore, Maryland, USA. Miller, J.H. 1972. Experiments in molecular genetics, 192 pp. 352–355.Cold Spring Harbor Laboratory Press, Cold Spring Harbor, New York, N.Y., USA. 193 Na, J.U., Youn, H., and Kang, S.O. 1993. Physicochemical characterization of chlorosome 194 isolated from Chlorobium limicola NCIB 8327. Kor. J. Microbiol. 32, 9–16. Powers, R.D., Dotson, 195 W.M.Jr., and Hayden, F.G. 1982. Program Abstr.22nd Intersci. Conf. Antimicrob. Agents 196 Chemother., iv Abstr. 448. Sigma Chemical Co. 1989. Sigma manual. Sigma Chemical Co., St 197 Louis, Missouri, USA. Smyth, D.R. 1972. Ph. D. thesis.University of California, Los Angeles, 198 California, USA. 199
Notes The note format is intended for the presentation of brief ob- servations that do not 200 warrant full-length papers. Submit Notes in the same way as regular papers. They receive the 201 same review and are not considered preliminary communications. Notes should be prepared 202 according to the following guidelines. The abstract should not exceed 100 words. Section 203 headings (Introduction, Materials and Methods, Results, Discussion etc.) should not be used in 204 the body of Note. Text should not exceed 2,000 words, excluding the Title page and 205 References, and the number of figures and tables should also be kept to a minimum. Present 206 acknowledgments in a separate paragraph, but do not use a heading. The References sec- tion 207 is identical to that of Regular Papers. 208
Minireviews Minireviews are brief summaries of developments in fast moving areas. 209 They must be based on published articles, and may address any subject within the scope of JM. 210 Minireviews are invited by the editors, not solicited, and are not subject to editorial review. 211 Anyone, wishing to submit minireviews, should provide a po- tential title and subject of the 212 review article to the editors to seek permission. 213 Errata The Erratum section includes correcting errors that occurred during typing, editing, or 214 printing (like as a misspelling, a dropped word) of a published article. Send Errata to the JM 215 editorial office by e-mail (msk@msk.or.kr). 216
Author‟s Correction The Author‟s Correction section is for correcting errors of a sci- 217 entific nature or omission that do not affect the original results of a published article. Send the 218 Corrections of a scientific nature to the JM editorial office by e-mail (msk@sk.or.kr). 219
Fast-track Publication (Accelerated Publication) A fast-track process is available for 220 authors who desire quick pub- lication of their papers. Authors should contact the Editorial 221 Office (fax: +82-2-3453-3322, e-mail: msk@msk.or.kr) for fast-track submission. Authors must 222 submit a cover letter stating the novel and significant results of the research and the need for 223 fast-track publication. The review process will be conducted as rapidly as possible, usually 224 within 7-10 working days of receipt, and pub- lication of accepted papers in an issue will follow 225 within 2 months of the date of acceptance. Manuscripts requiring major revisions will not be 226 accepted, but can be considered for normal-track review. Authors will be charged 100,000 KRW 227 per printed page of fast-track publication. Additionally, 100,000 KRW will be charged for the 228 initiation of fast-track review. 229 v 230
ILLUSTRATIONS AND TABLES 231 Photographs Photographs must be of sufficient contrast to withstand the in- evitable 232
loss of contrast and detail inherent in the printing process. Submit one photograph of each 233 figure in the manuscript. Photocopies are not acceptable. If possible, figures submitted should 234 be the size they will appear when published so that no re- duction is necessary. If they must be 235
78
reduced, make sure that all elements, including labeling, can withstand reduction and remain 236 legible. Electron and light micrographs must be direct copies of the original negative. Indicate 237 the magnification with a scale marker on each micrograph. 238
Computer-Generated Images Computer-generated images should be the highest-239 quality and simplest reproduction of illustration(s). 240
Color Photographs Color photographs are usually discouraged. However, if neces- 241 sary, include an extra copy at the time of manuscript submission so that a cost estimate for 242 printing may be obtained. The cost of printing color photographs must be paid by the author. 243 Drawings Submit graphs, charts, sequences, complicated chemical or math- ematical formulas, 244 diagrams, and other drawings as glossy photo- graphs made from finished drawings not 245 requiring additional art- work or typesetting. Computer-generated graphics produced on high-246 quality laser printers are also acceptable. No part of the graph or drawing should be 247 handwritten. In figure ordinate and abscissa scales as well as table column headings, avoid 248 ambiguous use of numbers with exponents. For example, representation of 10,000 cpm on a 249 figure ordinate should be written as 10 kcpm. Likewise, the preferred designation for an enzyme 250 activity of 0.06 U/ml would be 60 mU/ml (milliunits per milliliter). 251 Presentation of Nucleic Acid Sequences Nucleic acid sequences of limited length that are the 252 primary sub- ject of a study may be presented freestyle in the most effective format. Submit the 253 sequence as a camera-ready copy of dimen- sions in standard orientation. 254
Figure Legends Legends should provide enough information so that figures are 255 understandable without frequent reference to the text. However, detailed experimental methods 256 must be described in the Materials and Methods section, not in a figure legend. Define all 257 symbols and abbreviations used in the figure. 258
Tables Type each table on a separate page. The headings should be suffi- ciently clear 259 so that the meaning of the data will be understandable without reference to the text. Explanatory 260 footnotes should not include detailed descriptions of the experiment. Tables must in- clude 261 enough information to warrant table format. 262
USE OF ABBREVIATIONS 263 Abbreviations should be used as an aid to the reader, rather than as a convenience to 264
the author, and therefore their use should be limited. Abbreviations other than those 265 recommended by the IUPAC-IUB (Biochemical Nomenclature and Related Documents, 266 1978) should be used only when a case can be made for their ne- cessity, such as in tables and 267 figures. Standard chemical symbols and trivial names or their symbols may normally be used. It 268 is strongly recommended that all abbreviations, except those listed below, be defined and 269 introduced in parentheses the first time they are used. 270
Common Abbreviations The following abbreviations can be used without definition or 271 in- troduction: bp, kb, Da, DNA, cDNA, RNA, cRNA, DNase, RNase, rRNA, mRNA, tRNA, AMP, 272 ADP, ATP, dAMP, ddATP, and GTP, etc. (for the respective 5′ phosphates of adenosine and 273 other nucleotides: add 2′-, 3′-,or 5′-when needed), ATPase, dGTPase, etc., NAD, NAD+, NADH, 274 NADP, NADPH, NADP+, poly(A), poly (dT), etc., oligo (dT), etc., Pi, PPi, UV, PFU, CFU, MIC, 275 Tris, DEAE, A260, EDTA, PCR, SDS, AIDS. Abbreviations for cell lines also need not be 276 defined. The following abbreviations should be used without definition in tables: amt (amount) 277 approx (approximately) avg (average) concn (concentration) diam (diameter) expt (experiment) 278 exptl (experimental) h (hour) ht (height) min (minute) mo (month) mol wt (molecular weight) no. 279 (number) prepn (preparation) SD (standard deviation) SE (standard error) sec (second) SEM 280 (standard error of the mean) sp act (specific activity) sp gr (specific gravity) temp (temperature) 281 vol (volume) vs (versus) wt (weight) yr (year) 282 Reporting Numerical Data Standard metric units are used for reporting length, weight, and 283 volume. For these units and for molarity, use the prefixes m, m, n, and p for 10-3, 10-6, 10-9, 284 and 10-12, respectively. Likewise, use the prefix k for 103. Avoid compound prefixes such as 285 mm or mm. Use mg/ml or mg/g in place of the ambiguous ppm. Units of tem- perature are 286 presented as follows: 37°C or 310 K. When fractions are used to express units such as 287 enzymatic activities, it is pref- erable to use whole units. For example, 1.0 “pmol/min” would be 288 preferable to 0.001 “mmol/min.” It is also preferable that an un- ambiguous form, such as 289 exponential notation, be used. For ex- ample, “mmol g-1 min-1” is preferable to “mmol/g/min.” 290
Isotopically Labeled Compounds For simple molecules, isotopic labeling is indicated in 291 the chemical formula. Brackets are not used when the isotopic symbol is at- tached to the name 292 of a compound that does not contain the ele- ment in its natural state (e.g., 35S-ATP) or to a 293 word that is not a specific chemical name (e.g., 125I-labeled protein, 14C-amino acids, 3H-294
79
ligands, etc.) For specific chemicals, the symbol for the isotope introduced is placed in square 295 brackets directly preceding the part of the name that describes the labeled entity. Note that 296 configuration symbols and modifiers precede theisotopic symbol. The following exam- ples 297 illustrate correct usage: [14C]urea, L-[methyl-14C]methionine, [2,3-3H]serine, [a-14C] lysine, [g-298 32P]ATP, UDP-[U-14C] glucose, E. coli [32P]DNA, and fructose 1,5-[1-32P]bisphosphate. JM 299 follows the same conventions for isotopic labeling as the Journal of Biological Chemistry, and 300 more detailed information can be found in the instructions to authors of that journal. 301 http://www.springer.com/journal/12275. 302 303
80
Title: Identification of Trichoderma spp. from agricultural soils in northeastern 304
periphery of Amazonia, Brasil. 305
306
Short title: Identification of Trichoderma spp. from agricultural soils 307
308
Ronildson Lima Luz1, Márcio Fernandes Alves Leite2, Carla Sandriely de 309
Oliveira Sousa1, Flávio Henrique Reis Moraes1* 310
311
1Present address:Laboratory of EnvironmentalMicrobilogy, Ceuma University, 312
Josué Montello street 1, Resnacença II, Sâo Luís (Maranhão), Brazil. 313
314
2Present address: Laboratory of Soils, State University of Maranhão, City 315
University of Paulo IV, São Luís (Maranhão), Brazil. 316
317
* Corresponding author 318
TEL. 0021559888314014 319
Fax. 0021559832358600 320
Email: fhrmoraes@yahoo.com 321
322
This work aimed realize the characterization morphophysiological, antagonism 323
capacity antagonism (hyperparasitism and volatile metabolites) against 324
Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae, and molecular identification in the ITS 325
region of Trichoderma isolates originating from agricultural soils of 11 counties 326
in the northern state of Maranhão. A total of 38 isolates were collected and 327
81
classified in seven species:T. asperellum, T. harzianum, T. aggressivum, T. 328
konilangbra, T. fertile, T. ghanense and T. atroviride. After that we selected 11 329
isolates for sequencing followed by analises using Trichokey. The chemical 330
parameters of the soil showed acid pH values, which probably were favorable 331
for the fungal development, although the values of organic matter were 332
considered low in all the soil samples counties. The results of hyperparasitism 333
and volatile metabolites evidenced that all isolates were capable of inhibiting the 334
mycelial growth of Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae. The phylogenetic 335
analysis reveals which the isolates of T. asperellum formed a single grouping. 336
The specie T. konilangbra was grouped with the north american variations, 337
while T. harzianum was grouped with USA isolates. Highlight which is the first 338
occurrence of specie of T. konilangbra in Brazil, emphasizing the importance of 339
performing research in neglected regions for studies involving your presence. 340
341
Keywords: Biogeography, Hypocrea, Brazil 342
343
82
Introduction 344
Fungi are organisms which exhibit capacity of adaptation in different 345
environments due the variated nutrition, reproduction forms and mechanism of 346
resistance allowing remain in the soil for long time. So it is natural that such 347
organisms has a key ecological role, once they can through of a summation of 348
metabolic process modify the substratum which adhere, acting through of 349
numerous adaptations which are targets of studies like model analysis genetic, 350
metabolic bias and exploration of industrial areas, medical and Biotech 351
(Garraway and Evans, 1984; Zhadanova et al., 2000). 352
The fungi of genus Trichoderma areanamorphic deuteromycetes and 353
cosmopolitan saprophytic, exhibiting complex levels of interaction with the 354
environment which develops and mainly with organisms (Benítez et al., 2004). 355
Act in the solubilization of nutrients, activation of the plant self-defense system, 356
inducing the production of plant hormones and mycoparasitism (production of 357
metabolites volatile and non-volatile, the direct intertwining of hyphae, 358
competition for space and nutrients). Some of their species are producers of 359
extracellular enzymes, eg. xylanase and cellulose used in the paper industry, 360
food production and animal feeding(Benítez et al., 2004; Butt et al., 2008; 361
Purvis et al., 2004; Schmoll et al., 2009). 362
This genus has about 100 species and despite their ecological importance 363
and the role as a biocontrol agent, information about your population, 364
reproductive strategies, biological diversity and geography still remain scarce 365
(Benítez et al., 2004; Druzhinina and Kopchinskiy, 2006; Druzhinina et al., 366
2010; Harman et al., 2004, Howell 2006). Therefore, due to lack of information 367
about the diversity of gender and for being a neglected region, this study aimed 368
83
to characterize the isolates of Trichoderma natives of the northern Maranhão 369
state using the morphological characteristics and molecular analysis of the ITS 370
region (Internal Transcript Spacer), in addition to assessing their potential as a 371
biological control agent (biological action through mycoparasitism and 372
production of volatile metabolites in vitro). 373
374
Materials and Methods 375
Samples and chemical analysis 376
Samples of soils were obtained in loco or through to the Laboratory of Soil 377
Analysis of Maranhão State University), originated from counties of: São Luís, 378
Lago dos Rodrigues, Raposa, Humberto de Campos, Bacabal, Nova Olinda, 379
Boa Vista do Gurupi, Miranda do Norte, São José de Ribamar, Buriti e 380
Carutapera. All this counties belonging to north of Maranhão (Table 1). 381
382
84
Table 1. Origin, chemical parameters, and quantification values of antagonism of Trichoderma spp. 383
Obtained from soil samples. 384
aM.O.: Matéria orgânica 385
bCFU/g: Colony forming unitsper gram ofsoil 386
c Efficient (E), Moderately Efficient (ME) 387
dNot analyzed 388
389
Origin Substratum (soil) Ph O M
a
g/dm3
CFU/gb Species Identification Confronting
c
São Luís
Farm polo of Bom Jardim – passion fruit culture
5,6 19 4 x 10
4 T. asperellum
TA TC1 TF1 TG1
ME ME ME E
1 x 104 T. atroviride TV ME
Farm polo of Itapera – passion fruit culture
5,0 21
2 x 104
T. asperellum TB
TH1 ME E
2 x 104 T. harzianum
TT TZ
E ME
Farm polo of Quebra Pote –passion fruit culture
5,5 19 4 x 104 T. asperellum
TC TD TB1 TL1
ME ME ME ME
Farm polo of Cinturão Verde –passion fruit
culture 5,0 19 1 x 10
4 T. asperellum TU ME
Lago dos Rodrigues
Pasture 5,1 16 1 x 104 T. aggressivum TJ ME
Humberto de campos
Soil sample with culture unidentified
5,0 13 2 x 10
4 T. asperellum
TN2 TV2
E ME
1 x 104 T. konilangbra TQ2 ME
Bacabal Grassmombasa 5,3 15 5 x 10
4 T. asperellum
TZ2 TA3 TC3 TM3 TN3
ME E
ME E E
1 x 104 T. fertile TO2 ME
Nova Olinda Association garden 4,1 18 1 x 104 T. asperellum TB3 ME
Raposa Farm polo of horticulture
Cumbique NA
d NA 1 x 10
4 T. asperellum TM2 ME
Boa Vista do Gurupi
Burning area (Banana and okra)
4,3 22 1 x 104 T. ghanense TD3 ME
Miranda do Norte
Soil sample with culture unidentified
4,1 15 6 x 104 T. asperellum
TE3 TF3 TG3 TH3 TI3 TJ3
ME E E E E E
São José de Ribamar
Soil sample with culture unidentified 5,1 13
1 x 104
1 x 104
T. harzianum T. asperellum
TL3 TO3
ME ME
Buriti Soil sample with culture
unidentified 4,8 24 1 x 104 T. ghanense TP3 ME
Carutapera Soil sample with culture
unidentified NA NA 2 x 104 T. asperellum
TQ3 TR3
ME ME
85
The soil chemical characteristics were evaluated in soil laboratory at the 390
Maranhão State University, in accordance with standard procedures (IAC, 391
2001). 392
For quantification and isolation of Trichoderma, the samples were 393
subjected to serial dilution (Menezes and Silva – Hanlin, 1997), and fractions of 394
10-3were sown in petri dishes containing Potato Dextrose Agar media (PDA) 395
with chloramphenicol, streptomycin sulfate and pink stick (Vargas Gil et al., 396
2009). Then, all isolates were purified using the technique monosporic 397
cultivation (Menezes and Assis, 2004). 398
399
Morphological characterization 400
Morphological characterization was carried out using the classification 401
keys of Gams and Bisset,(1998), Rifai (1969) and Samuels et al.,(2012). 402
Micelium disks of 5 mm were placed on 1,5 cm from edge of petri dishes (90 403
mm) with PDA media for one week in laboratory conditions of light and 404
temperature (28±1ºC). For the analysis of macroscopic morphological 405
characteristics and radial growth, the isolates were inserted in the center of 406
plates containing the media PDA and MEA (Malt Extract Agar) and incubated 407
for three days. To evaluate the growth rate the strains were incubated in the 408
dark on PDA media and evaluated after 72 hours. The microscopic characters 409
were analyzed according to the morphology and size of microstructure(conidia 410
and phialides) visualized with methylene blue dye. The dimension of conidia, 411
the phialides and analysis of growth velocity were described as minimum and 412
maximum value from all measurements Other characteristics such as diffusion 413
through the middle and coconut sweetish odor were also considered. 414
86
415
Inhibition of pathogenic fungi: dual culture technique and volatile 416
compounds 417
To analyze the antagonistic potential of Trichoderma was used the 418
technique of dual culture in petri dishes described by Dennis and 419
Webster,(1971) against the pathogen Fusarium oxysporum f.sp. Passiflorae 420
(Fop4) from the mycology collection ofMaranhão State University. 421
The level of antagonism was evaluated after seven days. Plates 422
containing only Fop4 were used as controls. For data analysis was utilized the 423
scale proposed by Linhares et al., (1995) which assesses the growth inhibition 424
of the pathogen through the antagonist percentage classifying into three levels: 425
effectively (E), moderately efficient (ME) and inefficient (I). 426
Effect of volatile metabolites of Trichoderma on the growth of mycelial 427
Fop4 was assessed using the technique developed by Bharat et al., (1980). 428
Then they were incubated in laboratory conditions for seven days. The data of 429
both analyses analyzed by Kolmogorov-Smirnov‟s normality test and means 430
were compared by Tukey‟s test at level of 5% and evaluated using the scale of 431
Linhares et al., (1995). 432
433
Molecular characterization and sequencing 434
Among 38 isolates 11 were subjected to phylogenetic analysis. The DNA 435
was extracted with the DNeasy Plant mini kit following the manufacturer's 436
protocol (Qiagen, Hilden, Germany). Primers used for amplification and 437
sequencing ITS were ITS1 (5'-TCCGTAGGTGAACCTGCGG-3') and ITS4 (5'-438
87
TCCTCCGCTTATTGATATGC-3') (1990). For the PCR reaction was used the 439
protocol described by Nitschke et al.,(2009). 440
The PCR products were sequenced by the method of Sanger et al., 441
(1977), correction of sequences was performed using the program BioEdit. For 442
molecular identification was used Trichokey 443
(http://www.isth.info/tools/molkey/index.php). 444
For the multiple alignments and construction of phylogenetic trees was 445
used the program Mega 5.0 with sequences available in GenBank, considering 446
only those employed in published studies, with high score (1000) and e-value 447
equal to zero. The statistical method used was the neighbor-joining (NJ) with 448
the Kimura 2 parameter model replicates 10.000 (Kimura, 1980). 449
450
Results 451
A total of 38 colonies of Trichoderma were identified, quantified and 452
isolated, according to the typical characteristics of Trichoderma (Table 1 and 2). 453
The samples with the highest amounts of colony forming units per gram of soil 454
(CFU/g) were from Miranda do Norte (6 x 104 CFU/g), followed by Bacabal (5 x 455
104 CFU/g), and samples from neighborhoods Quebra Pote (4 x 104 CFU/g) 456
and Bom Jardim (4 x 104 CFU/g) in São Luís (Table 1). 457
The soil samples which showed the pH level very acid (4.0 – 4.9) were 458
originated from soil samples of Nova Olinda, Boa Vista do Gurupi, Miranda do 459
Norte and Buriti. The another soil samples from São. Luís, Lago dos Rodrigues, 460
Humberto de Campos, and São José de Ribamar exhibited strong acid (5.0 - 461
5.6) (Table 1). 462
88
Concerning to organic matter, the samplesfrom Buriti (24 g/dm3), Boa 463
Vista do Gurupi (22 g/dm3) and Itapera (21 g/dm3) showed the highest values of 464
organic matter, while those from São José de Ribamar and Humberto de 465
Campos exhibited the lowest values of organic matter (13 g/dm3), however, 466
none of the samples reached the average values (25 to 50 g/dm3) (Embrapa 467
wheats, 2009) (Table 1). 468
Based on the morphological characteristics seven different species were 469
identified: T. asperellum, T. aggressivum, T. harzianum, T. atroviride, T. fertile, 470
T. ghanense and T. konilangbra (Table 2). 471
Five types of phialides were observed among isolates, T. asperellum and 472
T. harzianum showedampuliform format as seen by Gams and Bisset,(1998) 473
and Samuels et al., (1999). T. atroviride exhibited phialides solitary and in some 474
cases curved, T. aggressivum developed their structures bottle-shaped, while 475
the T. koninlanbra presented patterns cylindrical, T. fertile and T. 476
ghanenseshowed phialides linearly increased (Gams and Bisset, 1998, 477
Samuels et al., 1998). 478
The conidia round shaped ranged from subglobosesto globose and oval 479
for the species: T. asperellum, T. aggressivum, T. harzianum and T. atroviride, 480
and ellipsoidal forT. fertile, T. ghanense and T. konilangbra (Gams and Bisset, 481
1998, Samuels et al., 2012, Samuels et al., 1999) (Table 2). 482
Colonies of T. asperellum and T. ghanense in the two media became dark 483
green with yellow pigments, differentiating in the middle MEA T. asperellum 484
which produced a high amount of white conidia. T. aggressivum developed in 485
the PDA colony of white color with green pigments, in MEA exhibited similar 486
89
patterns, with a single ring of green growth. Isolates of T. harzianum showed 487
dark green spores and growth of concentric rings in both media after one week 488
T. atroviride formed masses of green conidia in the center became white 489
on the edge in the two media. Colonies of T. fertile in BDA formed dense white 490
90
Table 2. Morphological characteristics on PDA and MEA of Trichoderma spp. obtained from municipalities soil in the northern state of Maranhão
Features/Species. T. asperellum T. aggressivum T. harzianum T. atroviride T. fertile T. ghanense T. konilangba
Mycelial growth 72 hrs in dark
(50-) 54 mm (-60) 70 mm (57-) 58mm (-60) 39 mm 70 mm 70 mm 70 mm
Color of colony PDA
MEA
Green and yellow
Green and yellow
Green and yellow
Green and yellow
Dark green
Dark green
Green and yellow
Green and white
White
Green
Green and yellow
Green
Green
Green
Color of reverse PDA
MEA
Cream
Green
Colorless
White
Colorless
Colorless
Colorless
Colorless
Pale
Green
Green
Green
Pale
Green
Conidiation PDA
MEA
Ring
Ring
Continue
Continue
Ring
Ring
Ring
Ring
Continue
Ring
Ring
Ring
Ring
Ring
Odor Sweetened
Coconut
- - + + - - -
Phiálide format Ampuliform Bottle shaped Ampuliform Bottle shaped Linear Linear Cylindrical
Size of phiálides (μm) (9,8-) 10 (-12) x (1-) 2 (6-) 10 x 2 6 (-7) x (1-) 2 (8-) 10 x (2-) 2,3 (-5) 6,5 (-10) x 2 (7-) 7 (-10) x 2 (4-) 5,2-8,2(-
10)
Format of Conídia Globose –
Subglobose
Subglobose –
Oval
Globose Subglobose –
Oval
Ellipsoidal Ellipsoidal Ellipsoidal
Size of Conídia (μm) (2-) 3,2 (-4) x (2-) 2,6 (-
4)
(2-) 2,7 (-3) x (-
2)2,7 (-2)
2 x 2 3 x 3 2 x 2 5 x (1-) 2 3-2
91
mycelium without pigment, in MEA high dark green conidia production was
observed. T. koninglanbra showed dark green conidia, forming distinct
concentric rings, developing a continuous surface of mycelium in EMA
conidiophores formed concentric rings of dark green (Table 2).
Isolates of T. ghanense and T. koninlanbra had highest growth
percentage (90mm). The species T. harzianum, T. fertile and T. aggressivum
showed moderate growth (approximately 60 to 7.8 mm) in 72 hours. The isolate
of T. atroviride was which showed the lowest percentage (40 cm). The sweet
scent of coconut was identified in isolates of T. harzianum and T. atroviride
(Table 2).
The results of tests to evaluate the capability of biocontrol through dual
culture technique verified inFigure 1 demonstrated that all isolates differed
statistically from control by Tukey test at 5% probability, displaying the potential
ability to inhibit growth of Fop4 and classified into two categories: effective and
moderately effective (Separated by a continuous line in Figure 1).
Figure 1 - Analysis of the inhibitory potential of Trichoderma spp. Against isolated Fop4, Media
followed by the same letter in the column do not differ statistically from one another. We applied
the Tukey test at 5% probability. The solid line marks the boundary between the isolates
classified as efficient (mycelial growth of Fop. <1 cm)
92
93
In the test of pairing the isolates TG3, TM3, TN3 (T. asperellum) and TT
(T. harzianum) exhibited the greatest potential inhibition (100%), TG1, TH1,
TN2, TA3, TF3, TH3, TJ3 (T. asperellum) were also effective, however, does
not completely inhibited the pathogen. All other isolates showed moderate
levels of inhibition.
It is noteworthy that all isolates classified as efficient exhibited
mycoparasitism capacity. Their colony was able to grow on the pathogens, not
only preventing their mycelial growth by competing for nutrients and space, but
effectively demonstrating the ability to interact with pathogen, in a phenomenon
known as hiperparasitism (Gruber and Seidl-Seiboth, 2012).
In tests of volatile metabolites all the isolates differed the control according
to theTurkey‟s test (p<0,05), however, none of them showed high levels of
inhibition through antibiosis test (Figure 2), being all classified as inefficient. We
emphasize which the rapid development of Trichoderma is not necessarily
related to the production of volatile metabolites.
Figure 2 - Analysis of the inhibitory potential of volatile metabolites produced by Trichoderma
spp. Against isolated Fop4, Means followed by the same letter in the column do not differ
statistically from one another. We applied the Tukey test at 5% probability.
94
Because of problems in the amplification and sequencing, only eleven
isolates were identified using molecular techniques, these were: 8 isolates of T.
asperellum (TA, TZ2, TA3, TE3, TF3, TH3, TI3, TJ3 e TO3),1 of T. harzianum
(TL3) and 1 of T. konilangbra (TQ2). After the editing and sequencing of the
species, T. asperellum presented fragments of 543-544 bp, T. harzianum with
587 bp and T. konilangbra with 547 bp, which were identified by Trichokey 2.0.
The alignment of the ITS region was performed with 19 sequences
deposited in Genbank, the analysis performed using the neighbor-joining
method divided the isolates into three distinct groups, based on their bootstrap
values, forming a tree containing individual sections of: Trichoderma,
Longibrachiatum and Pachybasium. The specie chosen as outgroup was
Hypocrea aureoviride(Hermosa et al., 2004, Lee and Hseu, 2002) (Figure 3)
(Table 3).
95
Table 3. Information and reference of Trichoderma used in this study obtained from Genbank.
Species Isolates Source Genbank Reference
T. asperellum TA Brazil JX443531 Current study
T. asperellum TZ2 Brazil JX515277 Current study
T. asperellum TA3 Brazil JX515282 Current study
T. asperellum TE3 Brazil JX515279 Current study
T. asperellum TF3 Brazil JX515281 Current study
T. asperellum TH3 Brazil JX515284 Current study
T. asperellum TI3 Brazil JX515278 Current study
T. asperellum TJ3 Brazil JX515283 Current study
T. asperellum TO3 Brazil JX515280 Current study
T. asperellum D21 China GQ131398.1 Xia et al., (2011)
T. asperellum GJS 05-328 Cameroon GU198318.1 Samuels et al.,(2010)
T. asperellum GJS 06-292 Cameroon GU198304.1 Samuels et al.,(2010)
T. asperellum GJS 90-7 Vietnam GU198317.1 Samuels et al., (2010)
T. asperellum GJS 91-24 Brazil AJ230668.1 Lieckfeldt et al.,(1999)
T. asperellum TUB F-756 Brazil AY857218.1 Druzhinina et al., (2005)
H. koningii F50 China JF439478.1 Han et al.,(2011)
H. Intricatum GJS 02-78 Sri Lanka EU264002.1 Hanada et al., (2008)
T. harzianum/H. lixii TL3 Brazil JX515285 Current study
H. lixii 397/01 Brazil HQ857108.1 Lopes et al., (2012)
H. lixii MUCL 29707 USA FR848364.1 De Jaeger et al.,(2011)
H. lixii CY216 USA HQ608036.1 Rodrigues et al., (2011)
H. lixii CIB T44 Colômbia EU280077.1 Hoyos-Carvajal et al.,(2009)
H. lixii DAOM 234005 Peru EU280091.1 Hoyos-Carvajal et al.,(2009)
H. virens TR039 USA HQ608079.1 Rodrigues et al.,(2011)
H. crassa DAOM 233775 Guatemala EU280084.1 Hoyos-Carvajal et al.,(2009)
T. konilangbra TQ2 Brasil JX524175 Current study
T. konilangbra CY161 USA HQ607999.1 Rodrigues et al., (2011)
T. konilangbra CY215 USA HQ608035.1 Rodrigues et al.,(2011)
T. konilangbra GJS 96-147 Uganda DQ083021.1 Samuels (2006)
T. longibrachiatum JH-8 China HQ717798.1 Ma et al., (2011)
H. aureoviride CBS 245.63 United Kingdom
AF399219.1 Kuhls et al., (1997)
96
In the first section were In the first section were located Maranhenses
isolates of T. asperellum (TA, TZ2, TA3, NT3, TF3, TH3, TI3, TJ3 and TO3)
which formed a clade with bootstrap values equal to 75% when related to the
isolates from China, Cameroon and Vietnam (Figure 3). However, the isolated
T. koningii (F50) and T. intricatum (GJS 90-7) formed a group within the section
separated by differences genetic existent between the clades (57%).
The section Longibrachiatum included the four T. konilangbra TQ2, T.
konilangbra CY161 and CY215 from North America, GJS 96-147 Uganda and
T. longibrachiatum JH-8 China, these formed a cluster separated by a high
initial value of the bootstrap (99%) separating the species T. konilangbra and T.
longibrachiatum remaining within the same section.
The four isolates of T. konilangbra formed two distinct subgroups (78%),
remaining in the the first group, the isolated from Maranhão (TQ2) with
variations sourthamericans (CY161 and CY215), leaving in another subgroup
the isolate from Uganda (GJS 96-147), these groupings were supported by
bootstrap values greater than 79% (Figure 3).
97
Figure 3 - Phylogenetic Relationships of Trichoderma using the method Neighbot-joining. The percentage of replicagem trees in which the toxin associated with the groups in the amount of bootstrap (10,000 replicates) are shown on the branches. The distance was computed using the Kimura 2-parameter.
The third group corresponds to Pachybasium section. The clades
Harzianum and Virens were delimited by a bootstrap value equal to 95%. The
isolated T. harzianum (TL3) grouped with the isolates of H. lixii MUCL 29707
and CY216 from the United States, CIB T44 from Colômbia and DAOM 234005
from Peru, however, the clade formed a subgroup (68%) when compared to the
isolated from Cerrado region of the Brasilian state 397/01. H. virens e H. crassa
from virens clade formed a group supporting high bootstrap values (99%) within
the section, separating the Harzianum clade by differences between their
sequences base pairs (Figure 3).
98
Discussion
The northern state of Maranhão is a region which is influenced by the
Atlantic Ocean to the north, Amazon biome to west, Brazilian Cerrado to south
and semi-arid to east, those areas are described by Moura (2006) as a zone of
ecotones, which shows a great variability in the spatial distribution of rainfall,
soil characteristics, which in general, derived from sedimentary rocks with low
capacity retention of cations and also low nutrient content, even as the high rate
of equatorial sunlight which accelerates the decomposition of soil organic
matter.
In tropical soils Trichoderma colonies are usually isolated at a frequency of
101-103 seedlings per gram of soil. Its germination depends, however, on a
number of factors such as pH, temperature, moisture and organic matter
content in natural soil or colonized, depending on the availability of organic
matter (Harman et al., 2004).
In assessing the presence of Trichoderma in soil samples with different
pH levels, Chet and Baker, (1981) observed a higher presence of propagules
per gram (8 x 105) at pH 5.1, while in other samples obtained from regions
where the pH was 8.1 (alkaline), obtained only 1 x 101 propagules per gram of
soil. Fritze and Baath, (1993) in their impact studies on the effect of alkaline
dust in the microbiota, also found that increasing the pH reduced the number of
Trichoderma
In the present study similar correlations to those indicated by the work
described above were found. Among the samples, the pH remained within the
99
limits considered suitable for the development of the genus (Chet and Baker
1981, Fritze and Baath, 1993). In samples from Miranda do Norte, for example,
the pH (4.1) corresponded with the number of colonies of Trichoderma (6 x
104CFU/g). In Bacabal and São Luís at the agricultural centers of Bom Jardim,
Quebra Pote and Cinturão Verde the pH level was considered strong (5,3 a 5,6)
showing high values of propagules per gram of soil (Table 1), similar
relationship was observed by Fritze and Baath, (1993). Jackson et al.,(1991)
concluded that the optimal levels of pH for biomass production in three
Trichoderma species varied from 4.6 to 6.0. Bernítez et al., (2004), highlights
which in the rhizosphere, when the fungus is inserted, it is capable of decrease
the pH, difficulting the development of pathogens at the same time while create
an ideal environment for their own dispersal (Fritze and Baath, 1993).
The samples from northern Maranhão are originated from the domain soil
geological formation called Itapecuru in the counties of São Luís, Lago dos
Rodrigues, Raposa, Bacabal, Nova Olinda, Boa Vista do Gurupi, Miranda do
Norte, São José de Ribamar, Buriti, Aluviões in Carutapera and Barreiras in
Humberto de Campos. Among the most common characteristics of these
formations, we highlight the acidity, one of the possible factors responsible for
the frequency of Trichoderma in soil samples on these regions in northern
Maranhão (Garraway and Evans, 1984, Moura, 2006).
The organic matter levels showed low values (13-24 g/dm3) (Table 1),
these results according to Moura (2008) are inherent to aspect of soil and the
amount of sunlight, the factor responsible for your rapid degradation.
Among the samples there a large number of colonies of the genus in the
counties of Miranda do Norte (6 x 104 CFU/g), showing, however, low levels of
100
organic matter (15 g/dm3), while in the counties of Buriti and Boa Vista do
Gurupi showed a higher content of organic matter (24 g/dm3 and 22 g/dm3
respectively) (Table 1), in relation to the other counties, had only 1 x 104 CFU/g
in both samples (Table 1). These results differ from those presented by Lewis
and Papavizas, (1984), which observed increasing in the values of propagules
per gram of soil every week after the use of organic substrates.
In studies involving different types of managements Elmholt and
Labouriau, (2005) observed no increase in the amount of colony when the
organic matter was used as substrate, however, contrary results were observed
for Liu et al.,(2008) and Bulluck and Ristaino, (2002) being the organic matter
considered the best organic input in the population growth of the genre. Liu et
al., (2008) and Wilberforce et al., (2003) emphasize that further studies should
be conducted to understand how thisand others factor, could affect the
dynamics of the genus Trichoderma and their distribution in different soil types.
Patterns of color, shape and size of the isolates of T. asperellum were
similar to those presented by Samuels et al., (1999). The patterns of T.
harzianum at certain times during development (colony shape and color)
resembled to the species T. viride, attribute already reported by Shah et al.,
(2012).The characteristics of T. aggressivum, T. fertile, T. atroviride showed
similar patterns found in Gams and Bisset, (1998) and Samuels et al.,(2012).
The colony of T. koninlagbra exhibited appearance and growth similar to that
observed by Samuels et al.,(2012).
The analysis revealed by Trichokey showed ambiguity in the sequences of
T. asperellum, patterns observed in some species according to Zhang et
al.,(2005),which emphasize the use of another approach in the identification
101
process, however, the use of this tool still remains recommended for quick
identification (Druzhinina, et al., 2005, Zhang et al., 2005).
The phylogenetic tree generated by the Neighbor-Joining method (Figure
3) showed which the isolates were correctly identified, since the groups resulted
in branches containing individuals from their respective section. The species of
T. asperellum formed a single clade, supporting bootstrap values greater than
70%, its position in distinct clades within the session Trichoderma and its
phylogenetic relationship with the species T. koningii had already been detected
by Hermosa et al.,(2004).
In the figure 3 the isolates of T. harzianum (397/01 29 707 MUCL, CY216,
CIB T44, DAOM 234 005) did not form a single group, separating the Brazilian
variation (397/01) of the others isolates. Previous research showed which the
high variability within the complex has resulted from the presence of
innumerable subgroups with characteristics paraphyletic, making T. harzianum
a species with greater variability within the genus (Druzhinina and Kubicek,
2005, Grondona et al., 1997, Hermosa et al., 2004, Kullnig et al., 2000).
In the figure 3, the sequence of H. virenswere clustered separately,
supporting high bootstrap values (99%), confirming its position within the
section. The proximity to T. harzianum, had already been observed by Bisset
(1991), which placed the species H. virens together with the aggregate T.
harzianum. Lieckfeldt et al. (1998), underscore the closeness between these
species through the ITS region, constituting separate groups for values above
89%.
Hermosa et al.,(2004) also detected similar division between branches
when examined several sequences of T. harzianum in association with H.
102
virens. Other authors also emphasize which the complex relationships between
T. harzianum has better resolution when analyzed by gene TEF1 (Hermosa et
al., 2004, Kullnig-Gradinger et al., 2002, Samuels et al., 2002) Chaverri and
Samuels (2003) observed similar positions with those observed in this study,
within the clade Virens when used H. virens with T. crassum / H. crassa, using
the region TEF1.
Samuels et al.,(2000) highlights which the molecular identification of
species T. harzianum must be done carefully, and according Druzhinina et
al.,(2010) T. harzianum is dominant in the most ecosystems and their
occupation in different niches from the complex structure of its population,
coupled with reproductive isolation, sympatric and allopatric events, and finally
the appearance of lineage and numerous relics agamoespecies with
phylogenetic positions not yet defined, being these facts pointed by the authors
for explaining the genetic diversity of this species (Druzhinina et al., 2005,
Druzhinina et al., 2010).
The isolates of T. konilangbra formed well-defined clusters, demonstrating
a genetic affinity among isolates from same continent. The two subgroups with
the species T. konilangbra were possibly formed due to your geographical origin
being the isolates from Maranhão TQ2 which showed greater proximity to the
North american species (CY215 e CY161), than withAfrican variations (GJS 96-
147).
In this study the isolates of T. konilangbra formed a group separated of T.
longibrachiatum. According to Samuels et al., (1998), this event occurs because
the difference in six base pairs in the ITS-1 region which differs from the others
species within the section Longibrachiatum. It‟s also important to emphasize the
103
small amount of deposits of the sequences from this species (twelve isolates),
are considered by Kullnig et al.,(2000) reflexion of the lack of studies in the
humid tropical region which leads to a scarcity of specimens in cultures of
collection.
In the environment,Trichoderma acts parasitizing other fungi, including
species that are closely near as members of the genus Fusarium spp. and
Botrytis(Gruber and Seidl-Seiboth, 2012).In our study the inhibitory activity of T.
harzianum and T. asperellum were similar to the results of Lopes et al., (2012),
Haggag and Mohamed, (2011) presenting excellent and moderate levels for
both species in the process of mycoparasitism against fungi of genus Fusarium
and Sclerotinia. Similarly inhibition values for T. atroviride were found by
Boureghda and Bouznad,(2009).
The relationship with the pathogen Fusarium is further described by Lutz
et al., (2003), which reported the biosynthesis of substances produced by the
pathogen, and the activation of the production of enzymes responsible for cell
wall degradation of the antagonist. The production mechanisms of enzymes are
also considered key factors in the antagonistic action of T. aggressivum on
different classes of fungi (Guthrie and Castle, 2006).
The species T. fertile (TO2) showed moderate inhibition ability against the
pathogen, likewise Ratnakumari et al., (2011) observed that T. fertile proved
effective against the pathogen Sclerotium rolfsii. Moderate and excellent values
were demonstrated by species T. ghanense, which had similar results with the
work done by Castillo et al., (2011) against the pathogen Sclerotinia
slerotiorum.
104
The species T. konilangbra also were able to inhibit growth of the
pathogen. Research expressing his activity in vitro tests of dual culture and
volatile compounds was not found, information related to this type of activity still
scarce in the literature for this species.
While developing or interaction with other microorganisms most
Trichoderma species produces more than 100antibiotic compounds that can be
spread through the air, among them we can mention: harzianicoacid,
alamethicin, tricholina, peptabolicoantibiotics (Lewis and Papavizas, 1984,
Lieckfeldt et al., 1998). According to Dennis and Webster, (1971) certain
species of Trichodermaare efficient producers of volatile metabolites in vitro,
however, this form of action is most effective if used in combination with
mycoparasitism. Six isolates used in this study were able to inhibit pathogen
growth when compared against the control,this results could be explained for
the environmental conditions of the soil. We could hypothesize which the
amount of organic matter natural in the humid tropics could make the ability of
fast growing more efficient adaptation then the production of antibiotic
compounds, what have the main function to avoid other organisms to grow near
the fungus, so the strains of Trichoderma from the humid tropics are probably
conditioned to grow fastly to compete for resources, furthermore the
hyperparasitism capacity is another approach that could make more efficient for
ecological competition.
The genus Trichoderma comprised a group already known for his
performance as a biocontrol agent. Nevertheless, aspects related to their life
cycle, metabolic behavior, taxonomic and phylogenetic in tropical countries still
require further deepening. The presence of T. konilangbra, at the moment was
105
not reported in Brazilian soils, this study shows the importance of this genre in
the northern of Brazilian humid tropic, while as the analyzes presented in this
study provide a basis for future research biographies, enriching the taxonomy of
the genus.
106
Bibliography
Benítez, T., Rincon, A.M., Limon, M.C., and Codon, A.C. 2004.Biocontrol
mechanisms of Trichoderma strains.Int Microbiol. 7, 249-260.
Bharat, R., Singh, V.N., and Singh, D.B. 1980. Trichoderma viride as a
mycoparasite of aspergillus spp. Plant and Soil. 57, 131-135.
Bissett, J. 1991. A revision of the genus trichoderma iii section
pachybasium.Can. J. Bot. 69, 2373–2417.
Boureghda, H. and Bouznad, Z. 2009. Biological control of Fusarium wilt of
chickpea using isolates of Trichodermaatroviride, T. harzianum and t.
Longibrachiatum. Acta Phytopathologica et Entomologica Hungarica. 44,
25-38.
Bulluck, L.R. and Ristaino, J.B. 2002.Effect of synthetic and organic soil
fertility amendments on southern blight, soil microbial communities, and
yield of processing tomatoes.Phytopathology. 92, 181–189.
Butt, M.S., Tahir-Nadeem, M., Ahmad, Z., and Sultan, M.T. 2008.Xylanases
and their applications in baking industry.Food Technol. Biotechnol. 1, 22-
31.
Castillo, F.D.H., Padilla, A.M.B., Morales, G.G., Siller, M.C., Herrera, R.R.,
Gonzales, C.N.A., and Reyes, F.C. 2011. In vitro antagonist action of
Trichoderma strains against Sclerotiniasclerotiorum and Sclerotium
cepivorum. American Journal of Agricultural and Biological Sciences. 3,
410-417.
107
Chaverri, P. and Samuels, G.J. 2003.Hypocrea/Trichoderma (ascomycota,
hypocreales, hypocreaceae): Species with green ascospores. Stud
Mycol. 48, 1-36.
Chet, I. and Baker, R. 1981. Isolation and biocontrol potencial of trichoderma
hamatum from soil naturally suppressive to Rhizoctonia
solani.Phytopathology. 71, 286-290.
De Jaeger, N., De La provincia, I.E., Rouhier, H., and Decerck, S. 2011. Co-
entrapment of Trichodermaharzianum and Glomus sp. Within alginate
beads: Impact on the arbuscular mycorrhizal fungi life cycle. Journal of
Applied Microbiology. 111, 125-135.
Dennis, C. and Webster, J. 1971. Antagonistic properties of species group of
trichoderma. 1. Production of non-volatile antibiotics. Trans. Br. Mycol.
Soc. 57, 25-39.
Druzhinina, I. and Kubicek, C.P. 2005. Species concepts and biodiversity in
Trichoderma and Hypocrea: From aggregate species to species
clusters? J Zhejiang Univ Sci B. 6, 100-112.
Druzhinina, I.S. and Kopchinskiy, A.G. 2006. The first one hundred of
trichoderma species is characterized by molecular data. Mycoscience.
47, 55-64.
Druzhinina, I.S., Kopchinskiy, A.G., Komon, M., Bissett, J., Szakacs, G.,
and Kubicek, C.P. 2005.An oligonucleotide barcode for species
identification in Trichoderma and Hypocrea.Fungal Genet Biol. 42, 813-
828.
Druzhinina, I.S., Kubicek, C.P., Komon-Zelazowska, M., Mulaw, T.B., and
108
Bissett, J. 2010. The Trichodermaharzianum demon: Complex speciation
history resulting in coexistence of hypothetical biological species, recent
agamospecies and numerous relict lineages. BMC Evol Biol. 10, 1-14.
Embrapa trigo.Soil fertilityofReference Units.Embrapa. Passo Fundo,
Brazil,2009
Elmholt, S. and Labouriaub, R. 2005. Fungi in danish soils under organic and
conventional farming. Agriculture, Ecosystems and Environment. 107,
65-73.
Fritze, H. and Baath, E. 1993.Microfungal species composition and fungal
biomass in a coniferous forest soil polluted by alkaline
deposition.Microb.Eco. 25, 83-92.
Gams, W. and Bisset, J. 1998.Morphology and identification of trichoderma, p.
3-74.In C.P. Kubicek, G.E. Harman and K.L. Ondik (eds.), Trichoderma e
Gliocladium: Basic biology, taxonomy, and genetics. Taylor & Francis,
London, UK.
Garraway, M.O. and Evans, R.C. 1984. Fungal nutrition and physiology, pp. 1-
412., New York, Cambridge University press, USA.
Grondona, I., Hermosa, R., Tejada, M., Gomis, M.D., Mateos, P.F., Bridge,
P.D., Monte, E., and Garcia-Acha, I. 1997. Physiological and
biochemical characterization of Trichodermaharzianum, a biological
control agent against soilborne fungal plant pathogens.Appl Environ
Microbiol. 63, 3189-3198.
Gruber, S. and Seidl-Seiboth, V. 2012. Self versus non-self: Fungal cell wall
degradation in Trichoderma. Microbiology. 158, 26-34.
109
Guthrie, J.L. and Castle, A.J. 2006.Chitinase production during interaction of
trichoderma aggressivum and agaricus bisporus.Can J Microbiol. 52,
961-967.
Haggag, W.M. and Mohamed, M.E.S. 2011.Biodiversity, biological and
molecular investigations of biocontrol by the genus
Hypocrea/Trichoderma spp. European Journal of Scientific Research. 65,
281-292.
Han, G., Feng, X., Jia, Y., Wang, C., He, X., Zhou, Q., and Tian, X. 2011.
Isolation and evaluation of terrestrial fungi with algicidal ability from zijin
mountain, nanjing, china. J Microbiol. 49, 562-567.
Hanada, R.E., de Jorge Souza, T., Pomella, A.W., Hebbar, K.P., Pereira,
J.O., Ismaiel, A., and Samuels, G.J. 2008. Trichoderma martiale sp.
Nov., a new endophyte from sapwood of theobroma cacao with a
potential for biological control.Mycol Res. 112, 1335-1343.
Harman, G.E., Howell, C.R., Viterbo, A., Chet, I., and Lorito, M. 2004.
Trichoderma species--opportunistic, avirulent plant symbionts.Nat Rev
Microbiol. 2, 43-56.
Hermosa, M.R., Keck, E., Chamorro, I., Rubio, B., Sanz, L., Vizcaino, J.A.,
Grondona, I., and Monte, E. 2004. Genetic diversity shown in
Trichoderma biocontrol isolates. Mycol Res. 108, 897-906.
Howell, C.R. 2006. Understanding the mechanisms employed by Trichoderma
virens to effect biological control of cotton diseases. Phytopathology. 96,
178-180.
110
Hoyos-Carvajal, L., Orduz, S., and Bissett, J. 2009. Genetic and metabolic
biodiversity of Trichoderma from colombia and adjacent neotropic
regions. Fungal Genet. Biol. 9, 615-631.
Agronomic Institute (IAC). 2001. Chemical analysisto assess
thefertilityoftropical soils, AgronomicInstitute,Campinas, Brazil.
Jackson, A.M., Whipps, J.M., and Lynch, J.M. 1991.Effects of temperature,
ph and water potential on growth of four fungi with disease biocontrol
potential.World Journal of Microbiology and Biotechnology. 7, 494-501.
Kimura, M. 1980. A simple method for estimating evolutionary rates of base
substitutions through comparative studies of nucleotide sequences. J.
Mol. Evol. 16, 11-120.
Kuhls, K., Lieckfeldt, E., Samuels, G.J., Meyer, W., Kubicek, C.P., and
Börner, T. 1997. Revision of trichoderma sect. Longibrachiatum
including related teleomorphs based on analysis of ribosomal DNA
internal transcribed spacer sequences. Mycologia. 89.
Kullnig-Gradinger, C., Szakacs, G., and Kubicek, C.P. 2002. Phylogeny and
evolution of the genus Trichoderma: A multigene approach. Mycol. Res.
106, 757-767.
Kullnig, C.M., Szakacs, G., and Kubicek, C.P. 2000. Molecular identification
or Trichoderma species from russia, siberia and the himalaya. Mycol.
Res. 104, 1117-1125.
Lee, C.F. and Hseu, T.H. 2002.Genetic relatedness of Trichoderma
sect.Pachybasium species based on molecular approaches.Can J
Microbiol. 48, 831-840.
111
Lewis, J.A. and Papavizas, G.C. 1984. A new approach to stimulate
population proliferation of Trichoderma species and others potential
biocontrol fungi introduced into natural soils. Phytopathology. 74, 1240-
1244.
Lieckfeldt, E., Kuhls, K., and Muthumeenakshi, S. 1998. Molecular taxonomy
of trichoderma and gliocladium and their teleomorphs, p. 35–56.In C.P.
Kubicek and G.E. Harman (eds.), Trichoderma and Gliocladium, Taylor &
Francis, London, United Kingdom.
Lieckfeldt, E., Samuels, G.J., Nirenberg, H.I., and Petrini, O. 1999. A
morphological and molecular perspective of Trichoderma viride: Is it one
or two species? Appl Environ Microbiol. 65, 2418-2428.
Linhares, A.I., Matsumura, A.T.S., and Luz, V.C. 1995. Evaluation
ofantagonisticmicroorganismsamplitudeepiphyteson the growthof
wheatradialDreschleratritici-repentis Brazilian. Journal of Agrocience. 1,
119-126.
Liu, B., Glenn, D., and Buckley, K. 2008. Trichoderma communities in soils
from organic, sustainable, and conventional farms, and their relation with
southern blight of tomato.Soil Biology & Biochemistry. 40, 1124-1136.
Lopes, F.A., Steindorff, A.S., Geraldine, A.M., Brandao, R.S., Monteiro,
V.N., Junior, M.L., Coelho, A.S., Ulhoa, C.J., and Silva, R.N.
2012.Biochemical and metabolic profiles of trichoderma strains isolated
from common bean crops in the brazilian cerrado, and potential
antagonism against sclerotinia sclerotiorum. Fungal Biol. 116, 815-824.
Lutz, M.P., Feichtinger, G., Defago, G., and Duffy, B. 2003. Mycotoxigenic
fusarium and deoxynivalenol production repress chitinase gene
112
expression in the biocontrol agent trichoderma atroviride p1. Appl
Environ Microbiol. 69, 3077-3084.
Ma, L., Liu, W., Huang, Y., and Rong, X. 2011.Two acid sorbicillin analogues
from saline lands-derived fungus trichoderma sp. J Antibiot (Tokyo). 64,
645-647.
Menezes, M. and Assis, S.M.P. 2004.Practical Guidetopathogenic fungi.
University Press UFRPE, Recife, Brazil.
Menezes, M. and Silva – Hanlin, D.N.W. 1997.Practical Guidetopathogenic
fungi.UFRPE - University Press, Recife, Brazil.
Moura, E.G. 2006.Agroambientstransitionbetween thehumid tropicsandsemi-
arid region of Brazil, pp. 15-51. In E.G. Moura,
Agroambientstransitionevaluated in the perspectiveof family farming p.
Pages. University Press UEMA, Maranhão, Brazil.
Nitschke, E., Nihlgard, M. and Varrelmann, M. 2009.Differentiation of eleven
fusarium spp. Isolated from sugar beet, using restriction fragment
analysis of a polymerase chain reaction-amplified translation elongation
factor 1alpha gene fragment. Phytopathology. 99, 921-929.
Purvis, P.W., Bailey, E.H., McLean, J., Kasama, T., and Williamson, B.J.
2004.Uranium biosorption by the lichen trapelia involuta at a uranium
mine.Geomicrobiology Journal. 21, 159-167.
Ratnakumari, Y.R., Nagamani, A., and Bhramaramba, S. 2011.
Mycofungicide to control the collar-rot pathogen of mentha arvensis l.
Pharmacologyonline. 1, 77-83.
Rifai, M. A. 1969. A revision of the genus Trichoderma.Mycol. Pap.1-56.
113
Rodrigues, A., Mueller, U.G., Ishak, H.D., Bacci, M.Jr., and Pagnocca, F.C.
2011. Ecology of microfungal communities in gardens of fungus-growing
ants (hymenoptera: Formicidae): A year-long survey of three species of
attine ants in central texas. FEMS Microbiol Ecol. 78, 244-255.
Samuels, G.J., Dodd, S.L., Gams, W., Castlebury, L.A., and Petrini, O.
2002. Trichoderma species associated with the green mold epidemic of
commercially grown agaricus bisporus. Mycologia. 94, 146-170.
Samuels, G.J., Dodd, S.L., Lu, B.S., Petrini, O., Schroers, H.J., and
Druzhinina, I.S. 2006.The Trichoderma koningii aggregate species.Stud
Mycol. 56, 67-133.
Samuels, G.J., Ismaiel, A., Bon, M.C., De Respinis, S., and Petrini, O.
2010.Trichoderma asperellum sensu lato consists of two cryptic species.
Mycologia. 102, 944-966.
Samuels, G.J., Ismaiel, A., Mulaw, T.B., Szakacs, G., Druzhinina, I.S.,
Kubicek, C. P., and Jaklitsch, W.M. 2012. The longibrachiatum clade of
trichoderma: A revision with new species. Fungal Diversity. 55, 77-108.
Samuels, G.J., Lieckfeldt, E., and Nirenberg, H.I. 1999. Trichoderma
asperellum, a new species with warted conidia, and redescription of t.
Viride.Sydowia. 51, 71-88.
Samuels, G.J., Pardo-schultheiss, R.A., Hebbar, K.P., Lumsden, R.D.,
Bastos, C.N., Costa, J.C., and Bezerra, J.L. 2000.Trichoderma
stromaticum sp. Nov., a parasite of the cacao witches broom pathogen.
Mycol. Res. 104, 760-764.
114
Samuels, G. J., Petrini, O., Kuhls, K., Lieckfeldt, E., and Kubicek, C. P.
1998.The hypocrea schweinitzii complex and trichoderma
sect.Longibrachiatum.Studies in Mycology. 54.
Sanger, F., Nicklen, S., Coulson, A.R., 1977. DNA sequencing with chain:
Terminating inhibitors. Proceedings of the National Academy of Sciences
of the USA. 5463-5467.
Schmoll, M., Schuster, A., Silva Rdo, N., and Kubicek, C.P. 2009. The g-
alpha protein gna3 of hypocrea jecorina (anamorph trichoderma reesei)
regulates cellulase gene expression in the presence of light. Eukaryot
Cell. 8, 410-420.
Shah, S., Nasreen, S., and Sheikh, P.A. 2012. Cutural and morphological
characterization of trichoderma spp. Associated with green mold disease
of pleurotus spp. In kashmir. Research Journal of Microbiology.1-6.
Vargas Gil, S., Pastor, S., and March, G.J. 2009.Quantitative isolation of
biocontrol agents Trichoderma spp., gliocladium spp. And actinomycetes
from soil with culture media. Microbiol Res. 164, 196-205.
White, T.J., Bruns, T., Lee, S., and Taylor, J. 1990. Amplification and direct
sequencing of fungal ribosomal rna genes for phylogenetics., p. 315–
322. In M.A. innis, D. H. gelfand, J. J. Sninsky and T. J. white (eds.), Pcr
protocols: A guide to methods and applications., Academic Press, San
Diego. USA.
Wilberforce, E.M., Boddy, L., Griffiths, R. and Griffith, G.W. 2003.
Agricultural management affects communities of culturable
rootendophytic fungi in temperate grasslands. Soil Biology and
Biochemistry. 35, 1143–1154.
115
Xia, X., Lie, T.K., Qian, X., Zheng, Z., Huang, Y., and Shen, Y. 2011. Species
diversity, distribution, and genetic structure of endophytic and epiphytic
Trichoderma associated with banana roots. Microb Ecol. 61, 619-625.
Zhadanova, N.N., Zakharchenko, V.A., and Vember, V.V. 2000. Fungi from
chernobyl: Mycobiota of the inner regions of the containment structures
of the damaged nuclear reactor. Micol. Res. 104, 1421-1426.
Zhang, C. L., Druzhinina, I. S., Kubicek, C. P., and Xu, T. 2005. Trichoderma
biodiversity in china: Evidence for a north to south distribution of species
in east asia. FEMS Microbiol Lett. 251, 251-257.
116