Grupo Santa Helena

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Grupo Santa Helena - arte brasileira

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Grupo Santa Helena

Membros, na ordem em que se uniram ao grupo: Francisco Rebolo, Mario Zanini, Alfredo Volpi, Manoel Martins, Flvio Pennacchi, Aldo Bonadei, Clvis Graciano, Humberto Rosa e Alfredo Rizzotti.Tcnica: pintura de cavalete.Temtica: Representao de aspectos da cidade de So Paulo: processo de urbanizao/industrializao da cidade, cotidiano dos bairros proletrios, cenas de rua, paisagens dos subrbios, personagens annimos da cidade, trabalhadores; paisagem (rural e urbana), natureza-morta, etc.Traos comuns: a condio de imigrantes ou filhos de imigrantes, as dificuldades financeiras, extensivas a quase todos eles e que em nenhum caso ultrapassa os limites restritos da classe mdia; o exerccio de ofcios afins ao desenho e pintura, responsveis pela preocupao com o aprimoramento da tcnica, que distingue todos do grupo; a vivencia em bairros operrios da cidade de So Paulo, favorecedora de uma abordagem social que se expressa na obra de quase todos. (MORAES, Sonia Maciel. Janelas Laterais O modernismo paulista de 1930 1940. Dissertao de Mestrado em Histria, disponvel na Biblioteca do Campus Monte Alegre)Mito: pintores de parede uma ova... eram pintores decorativos! Essa leitura est a reboque do entendimento de Mario de Andrade.

O Grupo Santa Helena foi um grupo de artistas que exerciam outras funes profissionalmente e se reuniam em seu tempo livre em duas salas que locavam no Palacete Santa Helena, que ficava na Praa da S, n43 onde hoje a Estao da S. Suas caractersticas comuns esto mais ligadas s suas condies sociais e os bairros Brs, Cambuci, Belenzinho, Mooca, Pari, etc. onde moravam do que a uma linguagem pictrica, eles basicamente dividiam o mesmo ateli.Sobre a representarem o processo de industrializao da cidade de So Paulo, h dois caminhos de interpretao: uma de que isso estava ligado a uma conscincia de classe; e, outra, observao da paisagem. Corrobora a primeira leitura a publicao dos primeiros romances de Graciliano Ramos na dcada de 1930, Caets, So Bernardo, Angstia e Vidas Secas, e de Jos Lins do Rego, Menino de Engenho, Usina e Fogo Morto, este ltimo j na dcada seguinte; para a segunda, a forte atuao do Partido. Ambas as linhas no correspondem a depoimentos mas s preocupaes estticas dos pintores, descritas pelos prprios em entrevistas, com preocupaes mais formais que ideolgicas assim assume-se que foram um grupo com poucas posses mas no isso que determina suas preocupaes, com afastamento dos acadmicos, mais aproximados aos impressionistas, se se quiser, e mais distantes ainda dos modernistas, por diferenas de classe. So pinturas de carter referencial, sem nada de alegrico. A arte pela arte era o que os diferenciava dos modernistas, que se afastavam deles por questo de classe e gosto; os acadmicos por sua vez achavam que eles se afastavam muito dos princpios verdadeiros da arte e que tinham um qu anarquista.Exposio organizada por Rossi Osir na FAP (Famlia Artstica Paulista) fizeram ser notados por muitos, entre eles, Mario de Andrade. O primeiro artigo escrito na imprensa sobre eles, foi escrito por Mrio de Andrade, no jornal O Estado de S.Paulo; o artigo elogia com reservas e os caracteriza como pintores proletrios e fala em uma escola paulista de pintura da qual eles fariam parte.Volpi se destaca; Pennacchi um dos mais importantes, ao lado de Volpi, e o que vive por mais tempo.