Gestão do conhecimento para comunidades de prática – reflexões sobre informação, conhecimento...

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Gestão do Conhecimento

Reflexões sobre informação, conhecimento e interação em rede

Fernanda Marcolino
+thiagopetra.midia@gmail.com o +tdelima@gmail.com já terminou as telas. Só precisamos definir algumas que 2 ou mais opções
Thiago De lima
Fragmentei essa tela em 5, se não gostar pode deletar
Fernanda Marcolino
+thiagopetra.midia@gmail.com melhor deixar cada um em uma tela, como o Lima fez né?
Thiago Petra
Prefiro também.
Fernanda Marcolino
procurei uma imagem sobre feedback, mas não achei que ficou boa
Thiago Petra
A ideia do feedback sempre é lembrada pela imagem das setas entre as pessoas.
Fernanda Marcolino
essa figura está na apresentação de inteligência coletiva, mas sem maiores informações.A ideia aqui é separar os círculos para detalhar.
Fernanda Marcolino
Com a ajuda do nosso designer podemos melhorar as imagens
Fernanda Marcolino
+tdelima@gmail.com a nova figura ficou ótima.

Sobre o que vamos refletir aqui?

● Vivemos em uma era com excesso de informações?

● Como a informação pode virar conhecimento? ○ Diferenças entre dado, informação, conhecimento e ciclos de

conversão do conhecimento.

● Maneiras de organizar a informação e promover o conhecimento: Personal Knowledge Management (PKM) ou gestão pessoal do conhecimento.

Mas antes, vamos pensar nessa história

Susana, nossa ACS , ficou em dúvida quando fez uma visita domiciliar acompanhada a profissionais da saúde bucal: não sabia o que era oclusão dentária.

Chegando em casa, entrou na internet e acessou o Google.

Apertou enter!

O resultado foi este: “Aproximadamente 201.000 resultados”

Eram fotos, sites de planos dentários, blogs, wikipedia, artigos, vídeos…

201 mil. Isso mesmo, ela tinha diante dos seus olhos 201 mil sites que poderiam lhe ajudar…

… ou atrapalhar.

Vivemos em uma era com excesso de informações?

Estamos imersos, hoje, em uma infinidade de possíveis fontes e fluxos de informação. A cada clique, surgem infinitos e novos caminhos a serem percorridos.

As novas tecnologias, com suas possibilidades de acesso quase ilimitadas às informações desejadas à distância de um clique potencializaram esse processo. Recebemos estímulos variados por meio de e-mails, mídias sociais, blogs, sites oficiais...

Ansiedade informacional?

E quando, mesmo diante de tantos dados e informações, ainda assim não conseguimos as respostas desejadas? Como identificar fontes confiáveis? Como eliminar as desnecessárias? Será possível acompanhar todas as novidades dessas fontes de informação?

Podemos, portanto, dizer que há um “excesso de informações”?

“Se vou a uma biblioteca que tem 12 milhões de volumes, tenho melhores possibilidades de encontrar o que busco do que uma que tem um milhão de

volumes... O que me faz falta é ter a capacidade de saber o que procuro, como encontrar e saber o que fazer com isso.” (CASTELLS apud NESSI, 2009).

Como descobrir os melhores caminhos para encontrar a informação desejada?

É preciso desenvolver a Competência Informacional.

Mas o que é isso?É "uma série de habilidades que requer dos indivíduos reconhecer quando a informação faz-se necessária e ter a habilidade de localizar, avaliar e usar efetivamente a informação necessária” (ALA, 1989, online ).

lidar bem com dados e fontes de

informação e se apropriar deles

para ampliar o conhecimento.

Ou seja,

Dado, informação e conhecimentoVocê sabe qual é a diferença?

Dado:

conteúdo que é diretamente observável ou verificável.

Por exemplo: uma lista de gestantes que moram no território de abrangência da Unidade Básica de Saúde de Piratininga, em Niterói-RJ

Informaçãoconteúdo que representa dados analisados.

Por exemplo: Na mesma lista de gestantes, analisamos as que estão realizando o pré-natal.

Conhecimento: tipicamente baseado em valores experimentados ou individuais, em percepções e experiências.

Por exemplo: Definir que as gestantes que estão com o pré-natal em atraso precisam de estratégas da equipe para maior vínculo, como visita domiciliar do ACS com mais um membro da equipe.

Informação e conhecimento

A informação proporciona um novo ponto de vista para a interpretação de eventos ou objetos, o que torna visíveis significados antes invisíveis, ou lança luz sobre conexões inesperadas. Por isso, a informação é um meio ou material necessário para extrair e construir o conhecimento. Afeta o conhecimento acrescentando-lhe algo ou o reestruturando.

O conhecimento é identificado como crença produzida (ou sustentada) pela informação.

(Machlup apud Nonaka; Takeuchi, 1997).

Modelo de Conversão do ConhecimentoConhecimento tácito para Conhecimento explícito

Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeuchi, 1995.

Como possibilitar um ambiente propício à conversão do conhecimento?

Podemos pensar em algumas técnicas para gerenciar mais intencionalmente o ambiente de informação em que estamos inseridos, de maneira a possibilitar a conversão e a criação de novos conhecimentos.

Existe um modelo ou uma técnica específica?

Pierre Lévy propõe o Modelo Personal Knowlegde Management ou Gestão Pessoal do Conhecimento.

Thiago Petra
+femarcolino@gmail.com e +carolinezambonidesouza@gmail.com a +ericaloureiro@fiocruz.br ficou de trazer em cada etapa um exemplo. Acho que vai ajudar
Fernanda Marcolino
Sim! Acho que são esses exemplos que o Felipe sentiu falta.
Caroline ZAmboni
Perfeito!!!!Temos esse mesmo ciclo na parte de Inteligência Coletiva. Podemos pensar em articulação e na mesma proposta de apresentação . Lembro que lá estamos vendo a viabilidade de transforma em processo "espiral, circular".
Caroline ZAmboni
+thiagopetra.midia@gmail.com confirma para mim, essa demanda de transformar o desenho também está com o TdeLima? Será que podemos pactuar que ele termine essas pendências até quinta e depois entre na produção do visual do curso?
Fernanda Marcolino
+carolinezambonidesouza@gmail.com nem eu e acho que o +thiagopetra.midia@gmail.com tb não passou essa demanda para o Lima. Vou enviar um e-mail a ele e copio vcs.

Definir interesses, ordenar prioridades, identificar áreas de efetiva competência e determinar o conhecimento e o know-how que se pretende adquirir.

Concentrar-se em objetivos, mas sem deixar de permanecer aberto. Também é importante relacionar-se com pessoas com prioridades diferentes.

Por exemplo, qual o assunto é mais importante?

As informações das diversas fontes identificadas devem ser organizadas, preferencialmente, em um único ambiente para que se possa filtrar o que interessa.

As tags permitem uma categorização flexível e, até mesmo, a formação de redes de compartilhamento de referências.

Tornar essa síntese pública, em blogs, artigos, wikis, por vídeos, etc., ou seja, introduzi-la em um processo de conversação criativa com uma rede de pessoas.

Fazer sínteses criativas e críticas para assimilar a informação e torná-la um conhecimento pessoal.

Algumas ferramentas que podem ajudar:

Adaptado do Site Upside learning (2010)

O ciclo se encerra com o compartilhamento?

Não. Ainda temos o loop de feedback da gestão pessoal do conhecimento.

Devemos repetir constantemente esse ciclo. Após receber feedback por meio das conversações criativas, devemos questionar nossas prioridades, redefinir nosso contexto, nos conectar com novas fontes e excluir outras, aperfeiçoar nossos filtros ou sistema de classificação, explorar novos métodos de síntese, nos envolver em outras conversações criativas, etc.

Assim, tornamos as conversações criativas e a inteligência coletiva possíveis, assim como a produção e internalização de uma memória coletiva em constante evolução.

Referências

ALA. Presidential Comitee on Information Literacy. Final Report. Chicago: American Library Association.1989. Disponível em: http://www.ala.org/acrl/publications/whitepapers/presidential acesso em: março/2015.

BEENAN, G. et al. Using social psychology to motivate contributions to online communities. Proceedings of the CSCW Conference, Chicago, IL, 2004.

BRENNAM, Marina. What I learned in the UOKM classes. Wordpress blog, 2013. Disponível em: https://uokm.wordpress.com/tag/pierre-levy/ Acesso em : 18 mar. 2015.

CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

______. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.DALKIR, Kimiz. Knowledge management in theory and practice. Massachusetts: Massachusetts Institute of Tecnology,

2011.DAVENPORT, Thomas H.; PRUSAK, Laurence. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital

intelectual. 4. ed. Trad. de Lenke Peres. Rio de Janeiro: Campus, 2012.HAYTHORNTHWAITE, C. Learning relations and networks in web-based communities. International Journal of Web Based

Communities, v. 4, n. 2 p. 140-158, 2008.LEVY, Pierre. Collaborative learning in the digital social medium. Palestra proferida pelo autor, realizada na II Semana da

Ciência da Informação da FURG. Rio Grande: FURG, 2010. Disponível em: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2010/03/51_1249-Levy-2010-collaborativelearning.pdf Acesso em: 18 mar. 2015.

_______. Entrevista concedida à TV Unesp, 2011a. Disponível em: http://www.tv.unesp.br/noticia/254 . Acesso em: 18 mar. 2015.

_______. The semantic sphere 1. Computation, cognition and information economy. Canadá. Wiley Iste, 2011.NESSI, Lorena. El lado oscuro de la internet somos nosotros. Entrevista com Manuel Castells para a BBC Mundo, 2009.

Disponível em: http://www.bbc.co.uk/mundo/participe/2009/11/091118_participe_manuel_castells_mr.shtml . Acesso em: 18 mar. 2015.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

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