ga n h a m vida própria - Isabelle Arvers · 2011. 3. 18. · (Balada da Mesa Preta. EUA, 2007)....

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Página: 1 CYAN MAGENTA YELLOW B L AC K

PÁGINA 1 - SEXTA-FEIRA - 4/SETEMBRO/2009 - 16:58

Vitória (ES), sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Editor: José Roberto Santos Neves | j r n eve s @ re d e g a ze ta .co m . b r | (27) 3321-8608 | w w w. a g a ze ta .co m . b r nn nn nn nn n n n n n n nn

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dv dHistória dos

Titãs é tema ded o c u m e n t á r i o.

Pág. 6

a u d i ov i s u a lOs selecionados doFestival de JovensRe a l i z ad o re s .Pág. 5

músicaObra completa e

remasterizada dos Beatlesacaba antes do lançamento.

Pág. 2

GAMESga n h a mvida própria

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Os vídeos de hoje

n METABUP De Johann VanAerden e Nicolas Boone.(França, 2008). Uma multidãode avatares, convocada peladupla de artistas, participadessa produção construída no“Second Life”.n AMONG FABLES AND MEN(Entre Fábulas e Homens,Dinamarca, 2007). De MadsLund e Tobias Lundmark. Ahistória de um homem que, derepente, acorda em umafloresta desconhecida, semsaber como ali chegou nemquem é. Feito de imagensextraídas do jogo “World ofWarcraf t”.n RUSTY WHISPERS: DENIS(Sussurros Desbotados:Denis. EUA, 2007). DeRobert Stoneman. Realizadocom o jogo “Half-Life 2”,conta a história de umhomem solitário que vive emmeio aos pássaros e quesonha em voar.n BALLAD OF BLACK MESA(Balada da Mesa Preta. EUA,2007). De Ben Hundley eZachariah Scott. Estaanimação mistura o jogo“Half-Life 2” com músicatecno, feita pelos sons dopróprio game.n THE SNOW WITCH (A Bruxada Neve. Reino Unido, 2006).De Michelle Pettit-Mee. Umahistória de fantasmasconcebida no jogo “The Sims2”. Conta a história de doislenhadores que ficam presosnuma floresta.n WHAT I LOVE ABOUT XMAS(O Que Amo no Natal. EUA,2007). De Phil Rice. Filmesatírico sobre o Natal em tomde amargura e desilusão. Aprodução foi criada com osoftware 3D Moviestorm.n WATCH THE WORLD(S)(Assista ao(s) Mundo(s). EUA,2007). De Robbie Dingo. Umfilme que reinterpreta a célebretela “A Noite Estrelada”, de VanGogh, usando o game “SecondL i fe” .n WILD POKER (PôquerSelvagem. Dinamarca, 2007). DeDavid Riedel. A noitada de umgrupo de amigos que perde ocontrole após ter bebido demaise jogado pôquer. Criado comrecursos do jogo “The Sims 2”.n I MIRROR (Espelho. China,2007). De Capo Fei.Documentário sobre o “SecondLife”, estrelado pelo avatarChina Tracy, da artista chinesaCao Fei. Feito para o pavilhãochinês da 52ª Bienal de Veneza.

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n n ASSISTA NA WEBAlguns machinimas no

g a z et a o n l i n e.co m . b r /a g a z et a- ------------------------------------

FOTOS: D I V U LG A Ç Ã O

n n I N V E N Ç Ã O.O jogo “Half-Life2” é um dosmais usadospara criar vídeosa partir deg a m es

Criação. Mostra em Vitória

exibe filmes criados a partir

do universo dos jogosVITOR LOPESv l o p es @ re d e g a zeta .co m . b r

n n Conduzir personagens porcaminhos pré-estabelecidospelos desenvolvedores dos jo-gos de videogames já tor-nou-se uma ação do passado.Há alguns anos, vem crescen-do o número de pessoas quepartem do que é visto na telapara construir roteiros que na-da tem a ver com os originais eque estão sendo vistos comofilmes por milhões de aficio-nados tanto em games quantoem cinema.

Conhecidos por machini -masn n , os filmes curtos cria-dos com ferramentas de jogosde videogames ganham eventoespecial a partir de hoje, às 21h,no Cine Metrópolis, em Vitó-ria. A Mostravídeo Itaú Cultu-ral exibirá, no mês de setem-bro, 40 produções de diversaspartes do mundo que ilustramcomo os games vêm se tornan-do uma nova forma de fazer ci-nema. As obras foram escolhi-das pela pesquisadora france-sa Isabelle Arvers, curadora denovas mídias e crítica especia-lizada em vídeo, jogos de com-putador e animação para web.

LUZ, CÂMERA, AÇÃOSão várias as maneiras que umapessoa pode utilizar para criarvídeos a partir das imagens degames. Uma delas é gravar asimagens que saem direto doconsole ou do computador. Aoutra é usar ferramentas feitasespecialmente para essas cria-ções que já vem com alguns jo-gos, como “The Sims 2”, “Se-cond Life” e o “The Movies”.Personagens escolhidos, bastacriar um roteiro, editar e exibir.

Há de tudo nas históriascriadas pelo jogadores/direto-res. “A Democracia Francesa”,de Alex Chan, usa o popular jo-go “The Movies” para recons-truir os conflitos raciais queaconteceram nos subúrbiosfranceses em 2005. Em “Sus-surros Desbotados: Denis”, Ro-bert Stoneman capta cenas dojogo “Half-Life 2” e conta a vidade um homem solitário que vi-ve em meio aos pássaros.

De acordo com o gerente deaudiovisual do Itaú Cultural,

Roberto Cruz, já existe um cir-cuito internacional de festi-vais e mostras que escoam es-sa produção. Além disso, o siteYouTube é o canal que essesnovos diretores mais usam pa-ra apresentar seus trabalhos.Para Cruz, o crescimento dosmachinimas tem relação dire-ta com a popularização dos jo-gos em 3D.

“Isso começou com maiorintensidade nos anos 90. Osjogos em 3D dão mais a im-pressão de realidade virtual.Os games mostraram ao usuá-rio o quão mais interativo o ci-nema pode ser. O princípio dogame é cinematográfico. Ape-sar da construção de um vídeoproveniente de um game serdiferente de um filme tradi-cional, os diretores também li-dam com questões de técnicanarrativa, iluminação de cenae perfil dos personagens”,afirma Cruz.

E ST É T I CAPara o doutorando em Mídia eComunicação na Universidadede Londres Gabriel Menotti, ovideogame pode ser visto co-mo o novo cinema. “Jogos sem-pre mantiveram uma relaçãoparental com histórias. Sãopoucos os que não vestem anarrativa como uma armadura.Os ‘game designers’ usam his-tórias para dar um sentido ao ti-roteio, às peninhas mágicas, aoroubo de carros que aparecemna tela”, afirma o pesquisador.

Em texto escrito para a Mos-travídeo, a curadora IsabelleArvers afirma que novas for-mas de comunicação estãosurgindo com esta técnica quevem influenciando os cinemastradicionais, já que são inúme-ros os filmes baseados em jo-gos, como “Silent Hill”, “Resi-dent Evil” e “Tomb Rider”.

“Objetos de consumo demassa por excelência, os vi-

deogames se transformamem meio de expressão. Des-viando os videogames de suafinalidade primeira, artistase ativistas ingressam no cam-po da arte, do documentário,da música e do cinema. Assis-timos então a uma democra-tização do fenômeno de des-vio crítico do videogame”,explica Isabelle.

Para o pesquisador GabrielMenotti, a estética dos jogostem a ver com o ambiente emque eles são produzidos.“Usar um videogame para fa-zer um filme é mais ou menoscomo usar o Word para dia-gramar uma revista. É rápido esujo, mas infinitamente maissimples do que configurarquadros-chave, ou dirigir es-trelas caprichosas de Hol-lywood. E sem esses preocu-pações, o que volta a importaré o conteúdo”.

n n ARTE. Isabelle Arvers, especialista em machinimas, afirma que novos artistas estão surgindo

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Não perca

MOSTRAVÍDEO ITAÚC U LT U RA L

Pro g ra m aMachinimas

CURADORIA: ISABELLE ARVERS

QUANDO: ABERTURA HOJE, ÀS 21H.

AS SESSÕES CONTINUAM NOS DIAS

11, 18 E 25 DESTE MÊS.

ONDE: CINE METRÓPOLIS,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO

ESPÍRITO SANTO, AV. FERNANDO

FERRARI, 514, GOIABEIRAS, VITÓRIA.

ENTRADA: G RAT U I TA .

INFORMAÇÕES: (27) 3335-2376.

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n n REALIDADE. O jogo “Second Life” vira filme

n n PRODUÇÃO. O vídeo “Senhorio Justiceiro”

n n INSPIRAÇÃO. Cena do jogo “The Sims 2”

n n DOCUMENTÁRIO. “Minha Segunda Vida”

D I V U LG A Ç Ã O

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n n Machinimas.Criado nos anos 90, o termojunta as palavras“machine” (máquina, doinglês) e “cinema”.

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