Post on 07-Apr-2016
Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social
Serviço Social
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social
profa Ma. Enilda Maria Lemos
Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social
• Tele aula 1 – Tema 1: O movimento de reconceituação do Serviço Social
• Teleaula 2 – Tema 2: A perspectiva modernizadora do Serviço Social
• Teleaula 3 – Tema 3: A perspectiva da reatualização do conservadorismo e a perspectiva da intenção de ruptura
Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social
• Teleaula 4 – Tema 4: A questão social e o Serviço Social
• Tele aula 5 – Tema 5: Considerações acerca do neoliberalismo
• Teleaula 6 – Tema 6: O movimento ambientalista
• Teleaula 7 – Tema 7: A assistência social e o Serviço Social
Tema 1: O Movimento de Reconceituação do Serviço Social
Fundamentos Históricos e Teóricos do Serviço Social
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social
• Alguns fatores que mostram a dependência latino-americana no pós II Guerra Mundial
• O intercâmbio do Serviço Social com o Serviço Social norte-americano no movimento de reconceituação
• O movimento de reconceituação do Serviço Social latinoamericano
• O movimento de reconceituação do Serviço Social no Brasil
Conteúdo
Objetivos
• Reconhecer a influência norteamericana no Serviço Social latinoamericano• Compreender o movimento histórico da reconceituação do Serviço Social latino-americano • Destacar os fatores que dificultaram o processo de reconceituação brasileiro
Alguns fatores da dependência latino-americana no pós II Guerra
Mundial
Fora da dependência norteamericana.
Não da para discutir o movimento de reconceituação do S. Social latino-americano isoladamente.
Década de 1940 - Aliança dos Estados Unidos com a América Latina - fornecimento de matéria prima e mercado para os norte-americanos, (Faleiros, 1983, p. 21).
http://www.ufsm.br/cepef/cambara.html Acessado em 31 de janeiro de 2008.
De 1960 a 1980, a América Latina foi marcada pelo “[...] processo de mobilização popular-reforma e autoritarismo político [...]” (FALEIROS, 2006, p. 141).
“[...] as classes dominantes [...] respondiam seja com projeto de reformas seja com a repressão, articulando uns e outros em função das ameaças reais ou percebidas” (FALEIROS, 2006, p. 142).
João Goulart e outros tentaram “[...] a via de aglutinação de massas em torno de mudanças parciais” (FALEIROS, 2006, p. 142).
Quando as mobilizações constituíam uma força capaz de levar adiante a luta contra a dominação, elas eram reprimidas.
Como acontece a dominação imperialista?
www.wpfind.com/sujeira/tags Acesso em 04 de fev. 2008.
“O traço específico do imperialismo total consiste no fato de que ele organiza a dominação externa a partir de dentro e em todos os níveis da ordem social, [...]” (FERNANDES, 1981, p. 18 apud IAMAMOTO, 2004, p. 77, nota de rodapé n. 3).
“Nessa dinâmica, as políticas internas se entrosam com as relações externas de dependência/dominação dos Estados Unidos.” (FALEIROS, 2006, p. 142).
Intercâmbio com os Estados Unidos
O intercâmbio dos Estados Unidos com os países da América Latina foi impulsionado pela política adotada pelo governo do Presidente Roosevelt.
Com a “[...] política da Boa Vizinhança do presidente Roosevelt [...] há uma aproximação muito intensa com os Estados Unidos” (YASBEK, 1980, p. 49).
29/01: 1943 - Política da boa vizinhança
http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php Acessado em 4 de fevereiro de 2008.
Intercâmbio do Serviço Social latinoamericano com o Serviço Social
norteamericano
Esse intercâmbio começou no Congresso de Atlantic City (1941), como diz Yasbek (1988, p. 49).
Os programas de DC (governo e comunidade local), implantados pela ONU e pela OEA realizaram intercâmbio.
Com o intercâmbio, o S. Social latino-americano passou a se orientar pela teoria funcionalista.
O funcionalismo
http://abcnutri.blogspot.com/2007_10_01_archive.html Acessado em 31 de janeiro de 2008.$
Por que o Serviço Social se apóia no
funcionalismo?
Porque não questiona as estruturas sociais internas que fazem parte das estratégias de dominação do capital internacional.
O movimento de reconceituação do Serviço Social na América Latina
Fatos da década de 1960
• os movimentos libertários internacionais,• os questionamentos da dependência norteamericana,• a revolução cubana.
É nesse contexto que as instituições burguesas são colocadas em xeque.
O “[...] Serviço Social passa a questionar seu papel na sociedade, seu atrelamento às classes dominantes, sua teoria e sua prática corretora de “disfunções” sociais” (AMMANN 1984, p. 146, p. 147).
Os assistentes sociais que eram contra o imperialismo norte-americano e o S. Social tradicional, organizaram o movimento de reconceituação latino-americano.
O movimento de reconceituação
• optou pelos subalternos,• discutiu a dominação externa,• começou a pensar num Serviço Social que olhasse para a América Latina.• orientou as produções teóricas para as questões do continente.
Diz Faleiros (1983, p. 133) que o movimento acena com a possibilidade de se tentar compreender as relações entre Serviço Social e sociedade.
A “[...] ruptura com o Serviço Social tradicional se inscreve na dinâmica de rompimento das amarras imperialistas, de lutas pela libertação nacional e de transformações da estrutura capitalista excludente, concentradora, exploradora (FALEIROS, 2006, p. 143).
A luta para romper com o Serviço Social tradicional faz parte da luta pela transformação do capitalismo,
O movimento de reconceituação é “[...] parte integrante do processo internacional de erosão do Serviço Social tradicional [...]” (NETTO, 2006, p. 146).
Alguns pontos da reflexão de Marilda Villela Iamamoto
• compreender a influência norteamericana no S. Social a partir da dependência latinoamericana; • questionar a teoria e a prática do S. Social tradicional; • construir um projeto profissional para a América Latina;•,fazer a opção pelos subalternos;• discutir a formação profissional.
Qual foi o marco inicial da reconceituação do Serviço Social na
América Latina?
Netto (2006): vários analistas consideram o I Seminário Regional Latino-Americano de Serviço Social, realizado em Porto Alegre, em maio de 1965, como o marco desse processo.
O I Seminário “[...] é o marco inaugural de um movimento de intensa revisão crítica do Serviço Social [...]”, o movimento de reconceituação do Serviço Social latinoamericano. (MARTINELLI, p. 16, textos&contextos).
O movimento de reconceituação:
▪ lutou contra as práticas tradicionais e por criar um Serviço Social latino-americano;
▪ lutou para que as produções teóricas não se prendessem ao modelo norte-americano.
O desfecho do movimento de reconceituação
O grupo pretendia criar uma unidade profissional latinoamericana “[...] sem a tutela imperialista [...]” (NETTO, 2006, p. 150).
Essa união foi desfeita pelas: . ditaduras burguesas. posições distintas entre os a. sociais
. posições distintas entre os a. sociais
“um pólo investia num aggiornamento do Serviço Social e outro tencionava uma ruptura com o passado profissional [...]” (NETTO, 2006, p. 147).
Para Faleiros (1983, p. 133), o movimento de reconceituação acena com a possibilidade de tentar compreender as relações da sociedade e seus vínculos com a profissão.
blogtecnologias.wordpress.com/redes-sociais/ Acesso em 04 de fev. 2008.
. de conciliação e de reformas
. de transformação da ordem vigente
. outras para “[...] modernizar e minimizar a dominação” (FALEIROS, 2006, p. 143).
Tendências manifestadas no movimento:
O movimento de reconceituação conseguiu colocar na pauta dos encontros profissionais assuntos de interesses latino-americanos, em lugar do debate pan-americanista dos encontros patrocinados pelos Estados Unidos.
• DVD 8
• Regime militar: Costa e Silva a Médici
• Tempo: 9: 55 a 19: 38
• Ministério da Educação. Secretaria de Educação à Distância. TVescola. DVDescola 8. História: Regime militar.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil
“[...] uma mudança no discurso, nos métodos de ação e nos rumos da prática profissional [...] adequando o Serviço Social à ideologia dos governantes” (IAMAMOTO, 2006, p. 215).
O Serviço Social fez
Segundo Iamamoto (2006, p. 215), no Brasil o debate da reconceituação só criou força quando a ditadura entrou em crise] e a sociedade civil emergiu novamente.
Na crise da ditadura, os cursos de pós-graduação expandiram o diálogo do Serviço Social com as ciências afins, entretanto, as elaborações teóricas não se apoiaram nas fontes clássicas.
A ditadura militar brasileira dificultou o processamento das idéias da reconceituação, mas elas não foram extintas, “[...] no entanto, suas expressões são isoladas [...]”, como foi a experiência do “Método BH”. (IAMAMOTO, 2006, p. 214).
O movimento de reconceituação foi considerado “[....] um marco decisivo no desenvolvimento do processo de revisão crítica do Serviço Social no continente” (IAMAMOTO, 2006, p. 205).
Informação complementar
O Serviço Social “tradicional” é “[...] a prática empirista reiterativa e burocratizada que os agentes realizavam e realizam efetivamente na América Latina” (NETTO, J. P. “La critica conservadora..., 1981, p. 44 apud IAMAMOTO, 2004, p. 206, nota de rodapé n. 250)”.