Fraturas dos membros_superiores[1]

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FRATURAS DOS

MEMBROS SUPERIORES

Professora Silvana Junia Roriz

FRATURAS DA CLAVÍCULA

São as mais

comuns no MS:

Representam 4% a

16% de todas as

fraturas do MS e

35% das fraturas da

cintura escapular.

Maior prevalência

em jovens e

crianças do sexo

masculino

FRATURAS DA CLAVÍCULA

São facilmente

reconhecidas

Apresentam bom

prognóstico

Ocorrem por traumas

diretos, indiretos ou

repetitivos

80% ocorrem no terço

médio, 12 a 15% no

terço lateral e 5 a 6%

no terço medial.

CLASSIFICAÇÃO

Classificação de Allman modificada:

-Grupo I: fraturas do terço médio (85%)

-Grupo II: fraturas do terço lateral (12-15%)

Tipo I: ligamento coracoclavicular intacto

Tipo IIA: ambos o ligamentos (conoide e

trapezoide) ligados ao segmento distal

Tipo IIB: segmento medial inst. com

ligamento conoide rompido

CLASSIFICAÇÃO

Tipo III: fraturas do terço medial (1-3%)

extensão intra-articular

- Tipo A: desvio mínimo

- Tipo B: desvio importante (ligamentos rotos)

- Tipo C: intra-articulares

- Tipo D: separação epifisária (crianças e

adultos jovens

- Tipo E: cominutivas

DIAGNÓSTICO: Clínico

Fraturas com desvio:

- Presença de deformidade, hematoma,

impotência funcional do membro superior

envolvido, edema e crepitação.

Fraturas sem desvio ou articulares:

- Não há deformidades evidentes, a fratura

pode passar despercebida ou ser confundida

com contusões ou lesões ligamentares

DIAGNÓSTICO: Imagem

Radiografias em 3 incidências:

- AP em neutro: para avaliar o deslocamento

DIAGNÓSTICO: Imagem

- AP da articulação acromioclavicular com 15 graus de inclinação cefálica: para avaliar fraturas articulares

- Axilar lateral: para avaliar o grau de desvio no plano antero-posterior.

Em fraturas complexas das extremidades, a TC pode ser útil. Nas fraturas associadas a outras lesões ósseas ou viscerais, as radiografias de tórax devem ser realizadas rotineiramente.

LESÕES ASSOCIADAS

Pneumotórax: 3%

Lesões do plexo braquial

Lesões vasculares: artéria e veia subclávia

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:

Luxação das articulações: acromioclavicular

e esternoclavicular.

TRATAMENTO

Objetivo: consolidação com nenhuma ou

mínima deformidade e preservação da

função;

Fraturas sem desvio ou pouco desviadas

consolidam sem sequelas

As fraturas desviadas podem ser tratadas

com

com redução incruenta e imobilização.

Imobilização por tipoia ou imobilizador tipo

“oito”

TRATAMENTO CIRÚRGICO

Fraturas expostas

Fraturas associadas à fraturas da escápula

Fraturas associadas a lesões neurovasculares

Perfuração de pele

Fratura irredutível

Fraturas patológicas

Politraumatizados que necessitam de mobilização precoce

Portadores de doenças neurológicas como Parkinson e epilepsia

COMPLICAÇÕES

Infecções

Retardo de consolidação

Consolidação Viciosa

Pseudoartrose: (0,9 a 4%) nas fraturas não

operadas

Lesões neurovasculares

Artrose pós traumática

FRATURAS DA ESCÁPULA

0,4% a 1% de todas as

fraturas do MS

3% a 5% de todas as

lesões do ombro

Idade média: 35 a 45

anos

Trauma de alta energia

Acidente automobilístico:

50% dos casos

Acidente de moto: 11% a

25% dos casos

FRATURAS DA ESCÁPULA

Incidência varia de acordo com a

localização:

-Corpo da escápula: 45%

-Cavidade glenoidal: 10%

-Colo glenoidal: 10%

-Acrômio: 8%

-Coracóide: 7%

-Espinha da escápula: 5%

DIAGNÓSTICO: Clínico

Presença de dor aos movimentos do ombro

e abdução do braço;

Inspiração dolorosa = fratura do corpo ou do

processo coronóide

Impotência funcional no membro afetado,

sem hematoma e edema na fase inicial;

Após 24horas do trauma instala-se o edema

de forma difusa e intensidade variável.

DIAGNÓSTICO: Imagem

Radiografias em 3 incidências

- Antero posterior (AP)

- Perfil

- Axilar

CLASSIFICAÇÃO E MECANISMO

Fraturas do corpo do escápula: trauma direto

Fraturas das apófise e saliências ósseas

(acrômio, espinha e coracóide): trauma

direto

Fraturas do colo da escápula

Fraturas intra-articulares da glenóide: trauma

direto e indireto

Fraturas combinadas: escápula, glenóide e

clavícula

LESÕES ASSOCIADAS

Pneumotórax (11% - 38%)

Contusão pulmonar (11% - 54%)

Fratura de crânio (24%)

Fratura de costela (27% - 54%)

Lesão do plexo braquial (5% - 19%)

Medula espinhal com paralisia traumática

TRATAMENTO

Fraturas do grupo I: tratadas

conservadoramente com tipoia tipo Velpeau

por 10 dias, seguido de imobilização por

tipoia simples por mais três semanas;

Fraturas do tipo II: também tratadas

conservadoramente;

Fraturas do acrômio: tratamento cirúrgico por

bandas de tensão

TRATAMENTO

Fraturas desviadas da espinha da escápula:

tratamento cirúrgico com placa e parafusos e

enxerto esponjoso

Fraturas da apófise coracóide = fratura por

avulsão: tratamento conservador,

imobilização com tipoia simples

Fraturas do tipo III (colo da escápula):

tratamento incruento, com imobilização por

cinco a sete dias

TRATAMENTO

Fraturas do grupo IV =

fraturas articulares da

glenóide:

- Sem luxação

escapuloumeral =

tratamento incruento.

- Com luxação

escapuloumeral =

tratamento cirúrgico

TRATAMENTO: REABILITAÇÃO

Após retirada a imobilização iniciar com

movimentos pendulares

Segunda semana: iniciar exercícios passivos

Quarta semana: evoluir para exercícios

movimentos ativos

Evoluir também o treino de força:

inicialmente isométricos, concêntricos sem e

com carga e após consolidação exercícios

excêntricos

COMPLICAÇÕES

Pseudoartrose

Lesões vasculonervosas: nervo

musculocutâneo e supraescapular

Consolidação viciosa

Infecção (cirúrgico)

Artrose pós traumática

Crepitação escapulotorácica dolorosa

MECANISMO

Queda com o braço estendido =

mecanismo indireto, mais comum em

idosos

Queda sobre o ombro com o braço

junto ao corpo = mecanismo direto

Choque elétrico de alta intensidade =

contrações violentas no MS = fratura

luxação

LESÕES ASSOCIADAS

Sub luxação da cabeça umeral =

sensibilidade do Deltóide reduzida

Lesão neurovascular: artéria axilar e

nervos axilar, musculocutâneo e supra-

escapular

Lesão do plexo braquial:

TRATAMENTO

Fraturas estáveis com desvio mínimo: tratamento

conservador e mobilização precoce

Fraturas impactadas com desvio mínimo:

tratamento conservador

Fraturas instáveis com desvio maior que 1cm:

tratamento cirúrgico com fios inabsorvíveis, placas

e parafusos ou substituição protética

REABILITAÇÃO

Tratamento conservador: Exercícios

passivos e ativos leves após 10 a 15 dias

Redução incruenta: imobilizadas por três

semana, reabilitação deve ser iniciada após

liberação médica

- Objetivos: ganho de ADM, redução do

edema, alivio de dor, ganho e manutenção

força muscular e treino funcional.

MECANISMO

Ação de forças diretas sobre o membro na

maioria da vezes

Quedas com a mão espalmada podem

resultar em fraturas indiretas

Abertas ou fechadas

Forças de flexão = fraturas transversas

Forças em torção = fratura helicoidal

Desvios dependem da intensidade do

trauma

DIAGNÓSTICO: Clínico

Fácil diagnóstico

- Mobilidade anormal

- Perda funcional

- Encurtamento do membro

- Dor

- Edema

Avaliar condições vascular e nervosa do

membro; lesão do nervo radial

DIAGNÓSTICO: Imagem

AP e Perfil do úmero incluindo ombro e

cotovelo

CLASSIFICAÇÃO

AO

TRATAMENTO

TRATAMENTO CONSERVADOR

Sucesso para 90% das fraturas

Suprimento sanguíneo abundante

Consolidação 6-8 semanas

Tratamento de escolha:

- Gesso axilo-palmar, tipoia e órtese em todas

as fraturas do terço médio com trauma

isolado

TRATAMENTO

Pinça de Confeiteiro

- Fraturas com deslocamento

Velpeau

- Fraturas sem desvio

Órtese funcional pré-fabricada ( Sarmiento)

- Mobilidade precoce

TRATAMENTO

TRATAMENTO CIRÚRGICO

- Politraumatismo

- Redução fechada inadequada ou

- Fratura patológica

- Lesão vascular associada

- Fratura segmentar (C2)

- Fratura intra-articular

- Fratura bilateral de úmero

- Fratura Exposta

- Paralisia do nervo radial após manipulação

- Pseudoartrose

- Consolidação viciosa inaceitável

TRATAMENTO

ESCOLHA DO MÉTODO DE TRATAMENTO:

Placa DCP e parafusos:método mais

utilizado

Hastes intramedulares: fraturas patológicas,

osteoporose

Fixador externo: Pseudoartrose infectada,

queimados com fratura associada, fratura

exposta com grande perda de partes moles

COMPLICAÇÕES

Infecção

Lesão vasculonervosa: nervo radial e

artéria braquial (raro)

Pseudoartrose

FRATURAS DO COTOVELO

Úmero distal, cabeça do rádio, olécrano e

processo coronóide

Incidência 31,8% das fraturas do MS

Fratura da cabeça do rádio = 39,4%

Fratura do olécrano = 14,7%

A maioria dos traumas do cotovelo ocorre

em consequência de forças indiretas de

compressão, flexão e distração

DIAGNÓSTICO

Clínico:

- História detalhada do trauma, edema,

hematoma, dor difusa ou local, crepitação e

deformidade

Imagem:

- Raio X nas incidências:

- AP, perfil e oblíqua

FRATURAS DO ÚMERO DISTAL

Pouco frequentes cerca de 2% das fraturas

do MS e 1/3 das fraturas do úmero

Complexas pois envolvem uma região óssea

de anatomia bastante peculiar, com grande

extensão de osso esponjoso muitas vezes

osteoporótico

São de difícil redução incruenta devido a

ação das origens musculares que provocam

desvios rotacionais dos fragmentos.

FRATURAS ÚMERO DISTAL

Fraturas

supracondilianas,

intercondilianas e

transcondilianas.

Frequentemente

causadas por

trauma direto no

olécrano e mais

raramente traumas

indiretos com cotovelo

em hiperextensão

CLASSIFICAÇÃO

Tipo A = fraturas extra-articulares

- A1: Avulsão epicôndilo lateral e medial sem

interposição articular

- A2: Metafisária simples – oblíqua medial,

lateral ou transversa

- A3: Metafisária multifragmentada –

fragmento de cunha intacto ou fragmentado

Tipo B = fraturas articulares parciais

- B1: Lateral no plano sagital – capitulo,

transtroclear simples ou multifragmentada

- B2 Medial no plano sagital – transtroclear

- B3 Plano frontal – capítulo, tróclea ou ambos

Tipo C = Fraturas articulares completas

- C1: Articular e metafisária simples

- C2: Articular simples e metafisária

multifragmentada

- C3: Articular multifragmentada

TRATAMENTO

Objetivos:

- Redução anatômica

- Fixação estável da superfície articular

- Restauração do alinhamento do eixo

articular

- Alinhamento e fixação estável do segmento

articular com a metáfise e a diáfise

- Mobilização ativa precoce

A grande maioria das fraturas do úmero

distal são tratadas por via cirúrgica

TRATAMENTO

Fraturas tipo A

- A1: sem desvio ou separação podem ser

tratadas conservadoramente com

imobilização e cinesioterapia precoce. Já as

desviadas e com fragmentos articular o

tratamento será cirúrgico com fixação interna

por parafusos

- A2 e A3: Redução aberta e fixação com

placas (DCP ou LCP)

Fraturas tipo B

- B1 tratadas conservadoramente ou por via

cirúrgica, a depender da avaliação

- B2: tratamento cirúrgico com fixação com

placas DCP ou LCP

- B3: tratamento cirúrgico e fixação com

parafusos interfragmentários

Fraturas do tipo C: todas devem ser

tratadas através de procedimento cirúrgico.

COMPLICAÇÕES

Infecção

Falha da síntese

Retardo de consolidação

Pseudoartrose

Lesões neurovasculares (nervo ulnar)

Ossificação heterotópica

Osteoartrite pós-traumática

REABILITAÇÃO

Mobilização precoce

Restauração da força muscular e ADM

Treino funcional

FRATURAS DA CABEÇA DO RÁDIO

Frequentes, representam 33% de todas as

fraturas do cotovelo

Faixa etária: 20 a 40 anos

Mecanismo de trauma mais comum: queda

com punho estendido com cotovelo em

pronação = mecanismo indireto

Mais raramente

trauma por

mecanismo direto

DIAGNÓSTICO Clinico:

- Dor principalmente no lado medial

- Edema

- OBS: avaliar condição vascular e nervosa:

nervo interósseo

Imagem

Raio X nas incidências: AP, perfil

TRATAMENTO

O tratamento será orientado de acordo com

o tipo da fratura e a presença de lesões

associadas

Fraturas tipo 1 e 2 sem desvios = tratamento

conservador: tipoia, tala ou órtese

axilopalmar por 7 a 10 dias

Fraturas com desvios maiores que 2 a 3 mm:

tratamento cirúrgico

Fraturas tipo 2 com desvio = tratamento

cirúrgico + fixação por placas e parafusos

Fraturas do tipo 3: sem instabilidade ou

lesão radioulnar distal = tratamento cirúrgico

com ressecção a cabeça do rádio +

fisioterapia precoce

Fraturas instáveis com lesões associadas =

tratamento cirúrgico com manutenção da

cabeça do rádio + osteossíntese, ou prótese

ou fixação externa

REABILITAÇÃO

Tratamento conservados: mobilização ativa e

passiva assim que retirada a imobilização

Tratamento cirúrgico: mobilização passiva e

ativa assim que conseguido o controle da

dor

FRATURAS DO OLÉCRANO

Mecanismo: Trauma direto de alta energia

que resulta em cominuição e/ou luxação do

cotovelo

Diagnostico Clinico: dor, edema,

crepitação, comprometimento da extensão

ativa do cotovelo.

Avaliar lesão do nervo ulnar

Diagnóstico Imagem: raio x nas incidências

AP e perfil

CLASSIFICAÇÃO

Classificação da Clinica Mayo:

Tipo I: fratura com desvio de até 2 mm (A

sem cominuição e B cominutiva)

Tipo II: com desvio, sem instabilidade do

cotovelo ( A sem cominuição, B cominutiva)

Tipo III: desviadas, associadas a

instabilidade (A sem cominuição, B

cominutiva)

TRATAMENTO

Lesões sem desvio ou com 2mm de

separação são passiveis de tratamento

conservador (Tipo IA e IB): com imobilização

por três semanas e mobilização precoce

Em desvios maiores a indicação é redução

aberta e osteossíntese para restaurar a

superfície articular e a função extensora

Fixação com placas, banda de tensão, fio

sou parafusos associados ou não.

COMPLICAÇÕES

Rigidez do cotovelo

Pseudoartrose

Infecção

Consolidação viciosa

Artrose pós traumática

Rejeição ao material de síntese

Neuropatia do nervo ulnar

CLASSIFICAÇÃO

Tipo I: luxação anterior da cabeça do rádio

associada a fratura da diáfise ulnar

Tipo II: luxação posterior ou póstero-lateral

da cabeça do rádio associada a fratura da

diáfise ulnar

Tipo III: luxação lateral ou ântero-lateral da

cabeça do rádio associada a fratura da

metáfise ulnar

Tipi IV: luxação anterior da cabeça do rádio

associada a fratura da diáfise proximal do

rádio e ulna

CLASSIFICAÇÃO

TRATAMENTO

As fraturas de Monteggia envolvem a

articulação por isso devem ser tratadas por

via cirúrgica e ostessíntese interna

COMPLICAÇÕES

Não redução adequada da fratura: retardo de

consolidação, consolidação viciosa,

pseudoartrose.

Lesão nervosa: nervo interósseo posterior

FRATURA DO PROCESSO CORONÓIDE

Frequentemente associada a luxação

e/ou fratura da cabeça do rádio, o que

deixa a articulação instável

Mecanismo: forças

de tração ou trauma

direto na tróclea.

CLASSIFICAÇÃO

Classificação de Regan e Morrey (1989)

- Tipo I: fratura da ponta do processo

coronóide + luxaçaõ posterior do cotovelo

em 28% dos casos

- Tipo II: fratura de menos de 50% do

processo coronóide + luxação posterior do

cotovelo em 37% dos casos

- Tipo III: Fratura em mais de 50% do

processo coronóide + luxação posterior do

cotovelo em 80% dos casos.

TRATAMENTO

Quando não há instabilidade + tratamento

conservador com imobilização por três

semanas

Quando há instabilidade na flexo-extensão é

necessária a fixação do fragmento com fios

e parafusos

Assim que retirada a imobilização e

controlada a dor inicia-se mobilização

precoce.

CLASSIFICAÇÃO

AO

- A = fratura simples

- B = fratura em cunha

- C = fratura complexa

A1: fratura simples da ulna com rádio intacto

A2: fratura simples do rádio com ulna intacta

A3: fratura simples de rádio e ulna

B1: fratura em cunha da ulna com rádio

intacto

B2: fartura em cunha do rádio com ulna

intacta

B3: Fratura do rádio e da ulna, com pelo

menos um dos ossos em cunha

C1: fratura complexa da ulna

C2: fratura complexa do rádio

C3: fratura complexa do rádio e ulna

FRATURAS ESPECIAIS NO ANTEBRAÇO

Fratura de Galeazzi:

- Fratura diafisária do rádio com luxação (ou

sub) da articulação radioulnar distal

Fratura de Monteggia: já abordada

Fratura-luxação de Essex-Lopresti:

dissociação radioulnar longitudinal aguda,

com lesão da membrana interóssea, com ou

sem fratura da cabeça do rádio

DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO CLINICO:

- Dor

- Edema

- Limitação funcional

- DIAGNÓSTICO RADIOLÓGICO:

- Raio X nas incidências: AP e perfil

TRATAMENTO

Fraturas sem desvio: tratamento

conservador com imobilização axilopalmar

por 3 a 4 semanas, seguido de imobilização

antebraquiopalmar por mais 2 a 6 semanas

Fraturas isoladas: com angulação menor que

10°e desvio inferior a 50% = tratamento

conservador

Fraturas desviadas: redução aberta, fixação

interna e mobilização precoce

COMPLICAÇÕES

Síndrome do compartimento

Lesões vasculares e nervosas: nervo ulnar

Infecção

Consolidação viciosa

Retardo de consolidação

Pseudoartrose

Refratura

FRATURAS DO TERÇO DISTAL DO RÁDIO

São as mais frequentes do MS

Representam 1/6 de todas as fraturas

atendidas nos serviços de urgência

São resultantes de traumas de alta e baixa

energia com o punho em flexão e antebraço

pronado

Pode estar associada: lesão dos nervos

ulnar e mediano, assim como artérias radial

e ulnar

CLASSIFICAÇÃO

AO

- A: fratura extra-articular

A1: ulna

A2: rádio sem cominuição, impactada

ou deslocada

A3: rádio com cominuição, impactada

ou deslocada

B: fratura articular simples ou parcial

- B1: processo estilóde do rádio

- B2: volar

- B3: dorsal

C: fratura articular completa ou cominutiva

- C1: articular simples e metafisária simples

- C2: Articular simples e metafisária

cominutiva

- C3: articular cominutiva

DIAGNÓSTICO

CLINICO:

- Dor, edema, perda funcional, deformidade

RADIOLÓGICO:

- Raio X nas incidências: póstero-anterior e

perfil

TRATAMENTO

Redução incruenta e gesso

Fixação percutânea com fios de Kirschner

Fixação com placas

Fixador externo transarticular

Fixador externo metafisário

COMPLICAÇÕES

Impotência funcional

Rigidez articular

Parestesias

Consolidação viciosa

Infecção

Pseudoartrose

FARTURAS DOS OSSOS DO CARPO

A fratura do escafóide é mais comum

Relacionam a traumas diretos por queda

com a mão espalmada

Diagnóstico Clinico: dor, deformidade ,

edema, perda funcional

Diagnóstico radiológico: incidências em AP,

perfil e obliquas

Prognóstico está relacionado ao suprimento

sanguíneo de osso em questão

O tratamento varia de conservador a

cirúrgico com fixação interna por fios e

parafusos, dependendo da gravidade da

lesão

Complicações mais comuns:

- Falha da fixação

- Pseudoartrose

- Retardo de consolidação

- Necrose avascular

- Consolidação viciosa

FRATURAS METACARPAIS E FALANGES

As fraturas dos metacarpo e das falanges

são comuns

Resultam de trauma direto, lesões por torção

e fortes contrações musculares

A maioria das fraturas pode ser tratada

conservadoramente

Porém o tratamento inadequado pode gerar

rigidez articular de um dedo ou de toda mão,

levando a perda da capacidade funcional

REFERÊNCIAS

Reis, F.B., Fraturas

- capítulos 15,16,17,19,21,22 e 23, Editora

Atheneu.

Sizínio H., Ortopedia e Traumatologia:

princípios e prática

- capítulos 47, 48, 50, 52, 53 e 54, Editora

Artmed.