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P01 FRATURA SUPRACONDILIANA DE ÚMERO DISTAL ASSOCIADA A FRATURA DE OSSOS DE ANTEBRAÇO EM CRIANÇA Autores Ana Raquel Nascimento Lawall 1 , Hugo Amando Rosado 1 , Wanessa Carvalho Pinto 1 , Gustavo Lima Almeida Pimpão 1 Instituição 1 HRC - HOSPITAL REGIONAL DE CEILÂNDIA (QNM 27, Área Especial n° 1 Ceilândia-DF) Resumo Introdução Fraturas de membros superiores são comuns em crianças sendo de uma forma geral o sexo masculino mais afetado. Fraturas supracondilares ocorrem principalmente entre 5 e 7 anos de vida. Fraturas de antebraço são as fraturas dos ossos longos mais comuns em crianças, representando cerca de 40%. O mecanismo de trauma mais comum é queda com extensão de punho e mão, sendo as fraturas metafisárias mais comuns, seguidas por fraturas fisárias. Objetivos O objetivo desse trabalho é abordar clinicamente fraturas supracondilianas e de antebraço de crianças e sua respectiva terapêutica Materiais e Métodos Realizou-se uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos de revisão nas bases de dados: Scielo, LILACS, PubMed, MEDLINE e com as palavras-chave: “fraturas supracondilianas” e "fraturas de antebraço” associada a "criança" , "fise” e “tratamento” e seus correlatos em inglês, publicados nos últimos 12 anos. Período da pesquisa: abril de 2019. Resultados As opções de tratamento para maioria das fraturas incluem redução fechada e imobilização gessada ou fixação com fios e redução aberta. No caso do trabalho, foi optado por osteossíntese percutânea devido desvio e instabilidade de ambas as fraturas com ajuda de fluoroscopia e obtida redução e alinhamento satisfatórios. Conclusões O trauma sofrido pela cartilagem, tipo e gravidade da fratura, grau de deslocamento, exame físico neurológico e vascular são importantes para avaliação e instituição de terapêutica afim de evitar complicações e manter funcionalidade do membro. Palavras-chaves: FRATURA SUPRACONDILIANA, FRATURA ANTEBRAÇO, CRIANÇA

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FRATURA SUPRACONDILIANA DE ÚMERO DISTAL ASSOCIADA A FRATURA DE OSSOS DE ANTEBRAÇO EM CRIANÇA

Autores Ana Raquel Nascimento Lawall 1, Hugo Amando Rosado 1, Wanessa Carvalho Pinto 1, Gustavo Lima

Almeida Pimpão 1

Instituição 1 HRC - HOSPITAL REGIONAL DE CEILÂNDIA (QNM 27, Área Especial n° 1 – Ceilândia-DF)

Resumo Introdução Fraturas de membros superiores são comuns em crianças sendo de uma forma geral o sexo masculino mais afetado. Fraturas supracondilares ocorrem principalmente entre 5 e 7 anos de vida. Fraturas de antebraço são as fraturas dos ossos longos mais comuns em crianças, representando cerca de 40%. O mecanismo de trauma mais comum é queda com extensão de punho e mão, sendo as fraturas metafisárias mais comuns, seguidas por fraturas fisárias. Objetivos O objetivo desse trabalho é abordar clinicamente fraturas supracondilianas e de antebraço de crianças e sua respectiva terapêutica Materiais e Métodos Realizou-se uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos de revisão nas bases de dados: Scielo, LILACS, PubMed, MEDLINE e com as palavras-chave: “fraturas supracondilianas” e "fraturas de antebraço” associada a "criança" , "fise” e “tratamento” e seus correlatos em inglês, publicados nos últimos 12 anos. Período da pesquisa: abril de 2019. Resultados As opções de tratamento para maioria das fraturas incluem redução fechada e imobilização gessada ou fixação com fios e redução aberta. No caso do trabalho, foi optado por osteossíntese percutânea devido desvio e instabilidade de ambas as fraturas com ajuda de fluoroscopia e obtida redução e alinhamento satisfatórios. Conclusões O trauma sofrido pela cartilagem, tipo e gravidade da fratura, grau de deslocamento, exame físico neurológico e vascular são importantes para avaliação e instituição de terapêutica afim de evitar complicações e manter funcionalidade do membro.

Palavras-chaves: FRATURA SUPRACONDILIANA, FRATURA ANTEBRAÇO, CRIANÇA

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OSTEOTOMIA CORRETIVA DE DEFORMIDADE DIAFISÁRIA PROXIMAL DA TÍBIA E ARTRODESE TIBIOTALOCALCÂNEA FIXADAS COM UMA ÚNICA HASTE INTRAMEDULAR RETRÓGRADA LONGA

Autores Dr. Antonio Guilherme Padovani Garofo 1,2, Dra. Karen Voltan Garofo 1

Instituição 1 VITA - VITA: Ortopedia e Fisioterapia (Rua Mato Grosso, 306, 1º andar - 01.239-040 -

Higienópolis - São Paulo - SP), 2 PARI - Hospital Nossa Senhora do Pari (Rua Hannemann, 234 -

03.031-040 - Pari - São Paulo - SP)

Resumo Introdução O objetivo do tratamento das fraturas diafisárias é restabelecer o comprimento e o alinhamento angular e rotacional do osso fraturado. A consolidação viciosa está relacionada a alterações degenerativas das articulações adjacentes. As deformidades angulares da diáfise da tíbia estão associadas à maior incidência de artrose do tornozelo. O tratamento cirúrgico mais comumente usado para os casos graves de artrose do tornozelo é a artrodese tíbio-társica, que pode ser realizada com diferentes técnica de fixação (parafusos de tração, placas, fixadores externos e haste intramedular). Na vigência de consolidação viciosa da diáfise da tíbia associada à artrose do tornozelo ipsilateral é fundamental a correção das deformidades para o sucesso do resultado funcional da artrodese. Objetivos Demonstrar o tratamento concomitante da consolidação viciosa da diáfise da tíbia e da artrose do tornozelo com um único implante intramedular. Materiais e Métodos Paciente masculino, 55 anos, vítima de acidente de moto há 8 anos com fratura segmentar da tíbia e fíbula esquerdas (AO 42.C2). Foi tratado em outro serviço conservadoramente com gesso inguinopodálico e evoluiu com consolidação viciosa da tíbia e dor progressiva na articulação do tornozelo associada a limitação da amplitude de seu movimento. As radiografias mostravam deformidade angular em varo do foco proximal da tíbia e valgo do foco distal com resultante em varo associado a recurvato e além de redução do espaço articular do tornozelo, cistos subcondrais e osteófitos. O paciente foi submetido a cruentação da superfície articular do tornozelo (tibiotársica e subtalar) por via ântero-lateral. Foi realizada a osteotomia valgizante da diáfise tibial ao nível do foco proximal. Tanto a artrodese quanto a osteotomia foram fixadas com a mesma haste intramedular retrógrada após a fresagem do canal medular a partir do ponto de entrada distal na região plantar do calcanhar. Proximalmente foram usados 2 parafusos “poller” passados de anterior para posterior, laterais ao trajeto da haste, visando manter a centralização da haste e evitar a perda da redução em varo. A haste foi bloqueada proximamente por um parafuso de medial para lateral e distalmente com um parafuso de bloqueio no tálus e outros 2 no calcâneo de lateral para medial. Tanto as articulações do tornozelo (tíbio-társica) e subtalar posterior quanto a osteotomia diafisária receberam enxerto de osso esponjoso retirado da crista ilíaca ipsilateral. Resultados O paciente foi acompanhado clínica e radiograficamente. Foi orientado a usar 2 muletas durante as primeiras 6 semanas, quando iniciou a progressão para carga total. Os sinais radiográficos de consolidação ao nível da osteotomia diafisária surgiram 4 meses após a cirurgia e depois do 6º mês ao nível da artrodese. O alinhamento foi mantido durante os 12 meses de seguimento e o paciente permaneceu sem dor e com o membro funcional. Conclusões A técnica da artrodese do tornozelo com haste retrógrada longa associada a osteotomia corretiva da consolidação viciosa da diáfise da tíbia fixadas com o mesmo tutor intramedular é uma alternativa viável para o tratamento destas lesões complexas sem a necessidade do uso do fixador externo.

Palavras-chaves: Artrose de Tornozelo, Artrodese Tibiotalocalcánea, Haste Intramedular Retrógrada, Osteotomia, Consolidação Viciosa

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Perfil epidemiológico das fraturas diafisárias de fêmur em hospital referência para trauma: estudo de 101 casos.

Autores Ariele Barreto Haagsma 1, Kâue Sabião 2, Leonardo Maranhão Gubert 2, Felipe Santos Lima 2, Giana

Silveira Giostri 2

Instituição 1 PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná (R. Imac. Conceição, 1155 - Prado Velho,

Curitiba), 2 HUC - Hospital Universitário Cajuru ( Av. São José, 300 - Cristo Rei, Curitiba - PR)

Resumo Introdução A fratura diafisária de fêmur é uma das mais impactantes do ponto de vista socioeconômico devido a sua relação com trauma em pacientes jovens, assim como interferindo na expectativa de vida em pacientes idosos. Objetivos Determinar um perfil epidemiológico de risco para ações preventivas e terapêuticas adequadas. Materiais e Métodos Estudo retrospectivo de pacientes vítimas de fraturas diafisárias de fêmur entre março/2013 e junho/2014, analisando fatores como sexo, idade, mecanismo de trauma, presença de fraturas exposta, lesões associadas, tempo de atendimento, classificação das fraturas e tratamento inicial. Resultados 101 casos avaliados, identificando um perfil bimodal de pacientes: adultos jovens do sexo masculino, vítimas de trauma de alta energia e idosos do sexo feminino, vítimas de trauma de baixa energia. O principal mecanismo de trauma foi o acidente de trânsito (69% dos casos), houve fratura exposta em 9 casos (8,9%) e a principal lesão associada foi outras fraturas de membros. O tempo de atendimento foi, em média, 7,4 horas e o principal método de tratamento foi fixação interna com haste intramedular utilizada em 52,4% dos casos. Conclusões Foi identificado como principal mecanismo de trauma o acidente de trânsito, ressaltando a importância de medidas públicas preventivas. A prioridade na conduta inicial é a fixação definitiva com haste intramedular, sendo protelada em situações clínicas desfavoráveis ou por questões adversas inerentes a prática médica.

Palavras-chaves: Fratura, Fêmur, Diáfise, Epidemiologia, Trauma

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FRATURA DE ACETÁBULO: ESTUDO RETROSPECTIVO EM HOSPITAL REFERÊNCIA EM ATENDIMENTO DE TRAUMA

Autores Renato Cesar Sahagoff Raad 1, Bruno Henrique Schuta Bodanese 2,1

Instituição 1 HT - Hospital do Trabalhador (Av. República Argentina, 4406), 2 UP - Universidade Positivo (R.

Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300)

Resumo Introdução O conhecimento das frequências existentes dentro desse tema se faz necessária, tendo em vista que é de extrema relevância dentro da especialidade de Ortopedia e Traumatologia a tabulação de variáveis próprias do processo de saúde-doença existentes. Objetivos Essa pesquisa visa, por meio de um estudo transversal retrospectivo, baseado na analise de prontuários médicos, estabelecer uma noção baseada na epidemiologia sobre a frequência e sobre os fatores relacionados à fratura de acetábulo, possibilitando assim estabelecer uma caracterização do processo envolvido nesses casos. Materiais e Métodos Por meio de um estudo retrospectivo foram analisados prontuários médicos existentes em hospital referência no atendimento de traumas, o qual possui uma grande quantidade de pacientes atendidos. Foram incluídos na pesquisa os prontuários cadastrados com a Classificação Internacional de Doenças de “Fratura de acetábulo” (S32.4), no período entre 2009 à 2016. Resultados Foi observada uma média de idade de 41,3 anos, com 166 casos (84%) ocorrendo em pacientes do sexo masculino e 32 (16%) do feminino. Dentre os mecanismos de trauma relatados, 144 (73%) ocorreram dentro do campo de acidentes automobilísticos, sendo que dentro desses, 72 (49%) envolveram motos. A fratura de parede posterior, classificada com A1, foi a com mais casos (63 casos). As fraturas de membros inferiores e luxação coxo-femoral foram as lesões associadas com maior prevalência, tendo 29 (32% dos casos onde houve lesões associadas) e 15 casos (16%) respectivamente. Em 95 casos (48%) fora optado pelo tratamento conservador. O desfecho mais comum apresentado no decorrer do acompanhamento foi a evolução de coxartrose secundaria, estando presente em 19 casos (10%). Conclusões As fraturas de acetábulos acontecem, na sua grande maioria, em pacientes homens e idade economicamente ativa. Os acidentes automobilísticos, principalmente os que envolvem motocicletas, respondem por mais da metade dos casos. A avaliação primária devem contar com atenção ao exame neurovascular do membro inferior devido a possível presença de lesão do nervo ciático. A maior incidência é de fraturas da parede posterior do acetábulo. No acompanhamento a longo prazo do paciente deve-se sempre atentar para a evolução de coxartrose secundaria.

Palavras-chaves: Fratura de acetábulo, Estudo epidemiológico ortopédico, Estudo retrospectivo ortopédico

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LUXAÇÃO DE JOELHO: ESTUDO RETROSPECTIVO EM HOSPITAL REFERÊNCIA EM ATENDIMENTO DE TRAUMA

Autores Bruno Henrique Schuta Bodanese 2,1, Renato Cesar Sahagoff Raad 1

Instituição 1 HT - Hospital do Trabalhador (Av. República Argentina, 4406), 2 UP - Universidade Positivo (R.

Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300)

Resumo Introdução As lesões de joelhos detém um campo de atuação bastante extenso na prática médica diária. Dentro desse campo, existem uma margem de alterações decorrentes de traumas, as quais necessitam de tratamento imediato em centros especializados. Como todas as áreas médicas, o conhecimento das tendências e frequências das lesões é um ponto de grande relevância, tanto para a obtenção do conhecimento, assim como para a melhor prática no tratamento das lesões. Dentro dessas lesões traumáticas de joelhos encontra-se a luxação, lesão essa decorrente de traumas de grande energia, necessitando de tratamento imediato, devido a alta possibilidade de lesões associadas. Essa lesão especificamente ocorre do deslocamento do eixo de congruência entre o fêmur e a tíbia, impossibilitando a execução da função habitual do joelho. Objetivos Esta pesquisa busca estabelecer uma visão epidemiológica dentro de um serviço de trauma de referência sobre luxação de joelho. Busca-se assim, estabelecer o conhecimento necessário para a realização segura do tratamento, com menores danos para os pacientes e com um melhor eficácia médica. Materiais e Métodos A partir de um estudo retrospectivo observacional, dentro de um hospital referencia em trauma de Curitiba, Paraná, com analise de prontuários médicos eletronicos desenvolvidos desde a entrada no serviço de emergencia até a evolução final, no período de 2009 até 2016, com foco nos dados pertinentes à lesão, tais como classificação e presença de lesões neuro-vasculares associadas, totalizando 65 prontuários analisados. Foram analisados prontuários cadastrados com a Classificação Internacional das Doenças como “Luxação de Joelho” (S83.1). Resultados A idade média encontrada foi de 35,6 anos, com uma maior presença de casos do sexo masculino 77% (50 casos). O principal mecanismo de trauma foram os acidentes automobilisticos, representando 60% dos casos (39 casos), sendo que desses 86% envolveram motocicletas. A luxação classificada como KD-1, seguindo a classificação de Schenck-Kennedy, foi a mais vista, totalizando 21 casos (32%). Quanto as lesões associadas, as fraturas estavam presentes em 20 casos, seguido das lesões neuro-vasculares, existentes em 3 casos cada uma. A maioria dos pacientes acompanhados a longo prazo não apresentaram complicações, mas dentre os que tiveram alguma alteração a presença de gonartrose precoce esteve presente em 6% dos casos. Conclusões As luxações de joelho acontecem, na sua grande maioria, em pacientes homens e idade economicamente ativa. Os acidentes automobilísticos, principalmente os que envolvem motocicletas, respondem por 60% dos casos. A avaliação primária devem contar com atenção ao exame neurovascular e ao exame radiográfico, pela relação com fraturas. No acompanhamento a longo prazo do paciente deve-se sempre atentar para a evolução de gonartrose secundaria.

Palavras-chaves: Luxação de Joelho, Estudo epidemiológico, Trauma ortopédico

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ANÁLISE TOMOGRÁFICA DO FRAGMENTO EPIFISÁRIO NAS FRATURAS PROXIMAIS DO ÚMERO

Autores Caio Zamboni 1, Pedro Gabriel Pelegrino do Val 1, Nasser Wienner Haddad Vasconcelos 1, José

Octávio Soares Hungria 1, Marcelo Tomanik Mercadante 1, Ralph Walter Christian 1

Instituição 1 Sta Casa SP - Santa Casa de São Paulo (Rua Cesário Mota Jr, 120)

Resumo Introdução Sabemos que a tomografia pode ser útil tanto para aumentar a acurácia da compreensão do padrão dos fragmentos, e apresenta uma aplicabilidade prática na determinação da técnica e tática cirúrgica. Objetivos Buscamos neste trabalho identificar padrões de fraturas analizando os fragmentos epifisários correlacionando-os com o sexo e com a idade dos pacientes. Materiais e Métodos Trata-se de um estudo retrospectivo onde foram selecionados sequencialmente 61 ombros com fraturas em três ou quatro partes de Neer com imagens adequadas de tomografia. Avaliamos o tamanho dos fragmentos epifisários nos dois eixos (medidas Alfa e Beta), comprimento e largura. As medidas foram adquiridas na altura do processo coracóide e 4 mm abaixo deste como forma de padronização. Estes dados foram correlacionados com o sexo e com a idade dos pacientes utilizando ferramentas estatísticas. Os pacientes foram divididos em três grupos: Grupo A (menores que 40 anos), Grupo B (entre 40 e 70 anos) e Grupo C (maiores que 70 anos). Resultados Encontramos um valor médio para a medida Beta, entre os pacientes do Grupo A de 2,55 cm (1,7 - 2,8 cm), para os do Grupo B de 1,94 cm (0,8 - 3,2 cm) e para o Grupo C de 1,61 cm (1,1 - 2,7 cm). A medida Alfa obteve valor médio de 4,025 cm (3,7- 4,5 cm) para o Grupo A, 3,655 cm para o Grupo B (3 - 5 cm), e 3,479 cm para o Grupo C (3,2 - 2,8 cm). Observamos que esta diferença é estatisticamente significante em todas, com um p-valor < 0,05; com exceção da faixa etária menor que 40 anos (Grupo A) na medida β. Em relação ao sexo, concluímos que também existe diferença média estatisticamente significante entre os ambos, com um p < 0,001. Conclusões Existe uma relação direta e inversamente proporcional entre a idade e o tamanho do fragmento epifisário nas fraturas da extremidade superior do úmero, ou seja, quanto maior a idade, em média, é menor o tamanho do fragmento epifisário.

Palavras-chaves: Fraturas do úmero, Fixação das fraturas, Tomografia

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Cotovelo flutuante no esqueleto imaturo: Experiência em um hospital de referência em Trauma Pediatrico do Paraguai.

Autores DANIEL NAVARRO VERGARA 1, ALBERTO NAVARRO FRETES 1

Instituição 1 HTMG - HOSPITAL DEL TRAUMA "Manuel Giagni" (Avenida General Santos casi Teodoro S

Mongelos)

Resumo Introdução As lesões do cotovelo, tradicionalmente, têm sido as mais temidas pelos cirurgiões e não sem razão, uma vez que acarretam inúmeros problemas1. A área do cotovelo é freqüentemente afetada na série de fraturas dos membros superiores na faixa etária pediátrica. Aproximadamente 10% das fraturas supracondilianas do úmero podem ser acompanhadas por uma lesão no antebraço. Podemos assumir que o mecanismo de trauma é de alta energia, por isso pode ser observado fraturas concomitantemente abertos, lesão do nervo, lesão vascular síndrome compartimental. A abordagem cirúrgica a conduta atualmente alardeada nos centros de referência para evitar complicações. Objetivos Objetivo: Descrever nossa experiência no Trauma Hospital "Manuel Giagni" no tratamento de fraturas "cotovelo flutuante" e tipos de danos ósseos envolvidos, analisando as opções de tratamento e as complicações que possam surgir. Materiais e Métodos Métodos: De janeiro 2018 a janeiro 2019 são 12 casos consecutivos de "cotovelo flutuante" nenhuma diferença entre sexo, faixa etária de 2 a 10 anos, o lado predominantemente direita em 66,6% dos casos, também mecanismos de trauma, a classificação de lesões e o tratamento instituído com os seus resultados analisados. Resultados Resultados: mecanismo de torção no centrifugador (50%) e a altura de queda (41,6%) eram a causa de lesões, sendo o envolvimento da diáfise do úmero 5 (41,6%) a frequência mais elevada, seguido por 4 casos (33,3%) classificados como Gartland III e 3 lesões (25%) com úmero envolvimento da metáfise distai classificadas de acordo com a aO / ASIF6 como 13-H / 3.2IV lesões. Como lesões antebraço lesões ósseas tanto em 10 casos (83,3%) ocorreu em um caso (8,3%) houve apenas lesão do cúbito e o restante (8,3%) foi introduzida como lesão Monteggia. Dos 12 casos, todos foram levadas para a sala de operações, realizando a fixação em 11 casos (91,6%) e uma redução (8,3%) e gesso fazendo-palmar Brânquio realizada. Em algumas lesões associadas tivemos 8 casos (66,6%) com lesões em outras áreas. Em dois casos (16,6%) nós poderíamos encontrar infecções nível materiais de ponto de entrada tais como complicações do procedimento cirúrgico. Conclusões Conclusões: Apesar de ser uma lesão incomum, potenciais complicações nos obrigam a tratamento cirúrgico de, pelo menos, a lesão do úmero, a fim de alcançar uma melhor gestão dos tecidos moles. Limitação do trabalho pretendemos ter uma pista mais duradoura na hora de tirar melhores conclusões sobre as limitações residuais que podem causar este tipo de lesão.

Palavras-chaves: cotovelo flutuante, humerus fratura, Sindrome Compartimental

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LESÕES TRAUMÁTICAS CIRÚRGICAS NO MEMBRO SUPERIOR RELACIONADAS AO ESPORTE VAQUEJADA NO ANO DE 2018 EM NOSSA PRÁTICA CLÍNICA

Autores DANIEL SOARES 1, DANIEL SOARES FILHO 1, JOSÉ HENRIQUE SAMPAIO JUCÁ 1,

MARCOS ALBERTO BEZERRA FILHO 1

Instituição 1 CMA - CENTRO MÉDICO DO AGRESTE (RUA ARTUR ANTÔNIO DA SILVA 625,SALA

302,UNIVERSITÁRIO CARUARU PERNAMBUCO)

Resumo Introdução A vaquejada é em esporte bastante popular no interior do nordeste brasileiro,e sua prática pode acarretar em lesões no membro superior.Atualmente,este esporte é praticado sem a utilização de equipamentos de proteção levando ao aparecimento de de patologias traumáticas passíveis de cirurgia. Objetivos O objetivo do nosso trabalho é apresentar a casuística de lesões traumáticas no membro superior de atletas de vaquejada,em Caruaru e Garanhuns,onde foi necessária a intervenção cirúrgica.Todas estas lesões ocorreram durante a prática esportiva e sem a devida proteção. Materiais e Métodos Tivemos no ano de 2018,oito casos de lesões no membro superior que foram submetidos ao tratamento cirúrgico.Todos do sexo masculino.Cinco casos aconteceram no lado direito e três casos do lado esquerdo.Foram dois casos de luxação traumática,todos do lado direito.Um caso de luxação acrômioclavicular,do lado direito.Dois casos de fratura de clavícula,seno uma do lado direito e uma do lado esquerdo.A fratura de clavícula do lado esquerdo teve associado uma lesão do manguito rotador.Tivemos ainda duas fraturas de úmero proximal sendo uma à direita e outra à esquerda.Ainda houve um caso de fratura supracondiliana do úmero esquerdo. Resultados Ocorreu um caso de infecção de ferida operatória e um retardo de consolidação de fratura de clavícula.Cinco atletas já retornaram às práticas esportivas.Todos estão satisfeitos com o resultado cirúrgico. Conclusões Concluímos que a vaquejada é um esporte onde o risco de lesões no membro superior é elevado.O uso de equipamentos de segurança é fundamental na prevenção de traumatismos,principalmente os mais graves,passíveis de tratamento cirúrgico.

Palavras-chaves: LESÕES TRAUMÁTICAS CIRÚRGICAS NO OMBRO, TRAUMAS RELACIONADOS A VAQUEJADA, VAQUEJADA E LESÕES NO MEMBRO SUPERIOR

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“Avaliação clínica e radiográfica da fratura do platô tibial Shatzker V e VI tratadas com fixador externo circular (Ilizarov).”

Autores Dimas Soares Junior 1,2, Daniel Durante Ferreira Braga 1, Ana Flávia Caleffi Schulz 1, Lara Rodrigues

da Matta Calegari 1, Loyse Bohn 1

Instituição 1 HUEC - Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (Alameda Augusto Stelfeld, 1908, Bigorilho,

Curitiba-PR), 2 HMA - Hospital Municipal de araucária (Rua Pedro Duszcz, 111, Araucária - PR)

Resumo Introdução A complexidade do padrão da fratura relaciona-se com a força exercida sobre o membro, sendo que quando provindas de traumas de alta energia, as fraturas envolvendo os côndilos tibiais ou em “Y invertido” - Schatzker V - e as fraturas envolvendo além dos côndilos, a metáfise tibial - Schatzker VI - estão associadas a dano articular severo. Objetivos O objetivo do estudo será determinar os resultados clínicos, funcionais e radiográficos dos pacientes com diagnóstico de fratura do platô tibial decorrente de trauma de alta energia, Schatzker V e VI, e tratados com fixador externo circular - Ilizarov. Materiais e Métodos Vinte pacientes admitidos entre 2014 e 2018 foram incluídos neste estudo retrospectivo transversal analítico. Foram incluídos no estudos todos pacientes vítimas de fratura do platô tibial, classificadas como Schatzker V ou VI, atendidos no Hospital Evangélico de Curitiba e Hospital Municipal de Araucária em um período compreendido entre 2014 e 2018 sob os cuidados da equipe da ortopedia e traumatologia, submetidos à tratamento cirúrgico com fixador externo circular e que possuíssem dados de pontuários, a saber, exame físico, anamnese e radiografias descritas por completo. Resultados Todas as fraturas se uniram em média 18 semanas (mediana = 16 semanas). A união foi avaliada clinica e radiologicamente. Uma vez que a união radiológica foi considerada suficiente, o fixador externo foi dinamizado e o paciente encorajado a suportar mais peso. O fixador externo foi removido uma vez que o suporte de peso indolor sobre um fixador externo dinamizado foi alcançado. Conclusões A técnica de Ilizarov é um método que apresenta boa segurança e eficiência associado à baixas taxas de complicações nas fraturas do platô tibial. Nosso estudo mostrou 90% dos casos com resultados bons/excelentes e consolidação dentro de 20 semanas da aplicação do Ilizarov, sendo este um método de tratamento altamente recomendado.

Palavras-chaves: Platô tibial, Ilizarov, Schatzker

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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURAS ÚMERO PROXIMAL DE 3 E 4 PARTES COM SUTURA TRANSÓSSEA

Autores Leonardo José Winkelmann Londero 1, Elemar da Silva Resch 1, Jorge Moyses Schreiner 1, Douglas

Backes Schreiner 1

Instituição 1 HCR - Hospital Cristo Redentor (Rua Domingos Rubbo, 20)

Resumo Introdução O melhor tratamento para fraturas desviadas do úmero proximal ainda é controverso. As possibilidades terapêuticas incluem placas bloqueadas, hastes intramedulares, síntese percutânea e artroplastia. A técnica de suturas transósseas vem apresentando resultados satisfatórios em estudos prévios, e deve ser uma opção a ser considerada. Objetivos Avaliar os resultados funcionais e radiográficos de pacientes submetidos a osteossíntese com suturas transósseas para o tratamento de fraturas do úmero proximal em 3 e 4 partes. Materiais e Métodos Estudo prospectivo realizado de janeiro de 2010 a janeiro de 2014, em hospital terciário do Sul do Brasil, com inclusão de 20 pacientes com fraturas do úmero proximal de 3 e 4 partes segundo a classificação de Neer. Todos os pacientes foram operados pelo mesmo cirurgião, através de técnica de suturas transósseas. Do total, 12 fraturas foram classificadas como 3 partes e 8 como 4 partes. O follow up médio foi de 22,5 meses. O desfecho primário foi o escore funcional de UCLA, e os secundários a amplitude de movimento, qualidade da redução, taxa de consolidação e complicações. Resultados A avaliação funcional pelo escore de UCLA mostrou 75% e 62,5% de resultados bom e excelente nos grupos de 3 e 4 partes, respectivamente. Todos os pacientes apresentaram consolidação radiológica e clínica, com tempo médio de 10,6 semanas. A redução obtida no transoperatório foi considerada excelente ou boa em 75% dos casos, e não houve perda de redução. Apenas 1 caso evoluiu com sinais radiológicos de osteonecrose da cabeça umeral. Conclusões A técnica de sutura transóssea para fraturas complexas do úmero proximal representa uma alternativa interessante de tratamento. Apresenta bons resultados funcionais, menor custo cirúrgico e baixas taxas de complicações.

Palavras-chaves: Neer, Sutura transóssea, Úmero proximal

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS FRATURAS SUPRACONDILIANAS EM CRIANÇAS

Autores Douglas Backes Schreiner 1, Sergio Roberto Canarim Danesi 1, João Ricardo Carvalho Medeiros 1,

Rafaela Dias Barbosa 1, Tiago Zimerman 1, Murilo Tiecher 1

Instituição 1 HCR - Hospital Cristo Redentor (Rua Domingos Rubbo, 20)

Resumo Introdução As fraturas supracondilianas do úmero são as fraturas mais comuns no cotovelo em crianças. Por apresentar potenciais complicações, como a síndrome compartimental e alteração do ângulo de carreamento fisiológico, é motivo de interesse mundialmente. Objetivos Analisar o perfil demográfico dos pacientes com fraturas supracondilianas tratados cirurgicamente durante o período de um ano, em hospital de atenção terciária referência em trauma infantil no sul do Brasil. Materiais e Métodos Estudo prospectivo realizado no Hospital Cristo Redentor, com inclusão pacientes com fraturas supracondilianas tratadas cirurgicamente de 01 março de 2018 até 20 fevereiro de 2019. Foram usados números absolutos e médias aritméticas para confecção dos dados. Resultados Ao todo, 50 crianças foram internadas e submetidas a tratamento cirúrgico. A idade média dos pacientes foi de 6 anos e 5 meses, sendo 70% do sexo masculino. O mecanismo de trauma mais frequente foi a queda - 46 (92%), tendo como local o próprio domicílio - 29 (61,7%), durante o turno da noite - 18 (48,6%). Segundo a classificação de Gartland, o tipo mais incidente foi o III - 29 (58%), seguido pelo tipo II - 20 (40%) e pelo I - 1 (2%). Fraturas em extensão representaram 86% do total, as em flexão 14%. Dos pacientes operados, 18 eram de Porto Alegre, 29 da Grande Porto Alegre, e 3 do Interior do Rio Grande do Sul. As cirurgias foram realizadas predominantemente no turno da manhã - 30 (60%), sendo respeitado período de jejum pré anestésico em 91,8% dos casos. O método de fixação mais utilizado foi os fios cruzados (77,1%), seguindo pelos fios paralelos (12,5%), e três fios (10,4%). Conclusões A fratura supracondiliana em crianças representa um risco real de complicações a curto e longo prazo. A compreensão da população a ser atendida faz parte da busca pelo tratamento mais adequado.

Palavras-chaves: Criança, Epidemiologia, Gartland, Supracondiliana

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Lesão ligamentar do joelho associada à fratura diafisária do fêmur ipsilateral.

Autores Eduardo Axer Avelino 1, Marco Tulio Lopes Caldas 2, Dorotea Starling Malheiros 2, Angelo Paulo

Lazzaroni 1, Anderson Jose Santos 1

Instituição 1 FHEMIG - Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais' (Rua dos Otoni, 772, Belo Horizonte), 2 HMAL - Hospital Maria Amelia Lins (Rua dos Otoni, 772, Belo Horizonte)

Resumo Introdução As fraturas do fêmur são graves lesões que rapidamente atraem a atencão do médico e é frequente a associação com outras fraturas. Além dessas, podem estar associadas lesões ligamentares do joelho ipsilateral, que na sua grande maioria são diagnosticadas tardiamente. O paciente politraumatizado que apresenta fratura diafisária de fêmur tem a lesão ligamentar do joelho como um desafio diagnóstico pela dificuldade criada no exame físico, que é fundamental para a definição de tratamento e prognóstico. Objetivos Determinar a incidência de lesão ligamentar do joelho em pacientes com fratura diafisária de fêmur ipsilateral. Materiais e Métodos Foram avaliados 36 pacientes. Todos foram submetidos a exame físico e radiológico sob anestesia no momento da osteossíntese do fêmur. Resultados O mecanismo de trauma mais comum foi o acidente com motociclistas. Apresentaram lesão ligamentar do joelho 11 (30,5%) pacientes e foram encontradas lesões centrais (64%) e periféricas (36%). Nenhuma das lesões foi tratada no momento da fixação da fratura. Conclusões Ressalta-se a dificuldade do diagnóstico no ato da admissão e a necessidade de exame físico sistematizado antes e após o tratamento cirúrgico da fratura femoral.

Palavras-chaves: Fratura, Femur, Ligamentos, Joelho, Trauma

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Diagnóstico diferencial de acidentes e violência doméstica em crianças: uma revisão de literatura

Autores ELOISA GABRIELA LINKE 1, LETÍCIA EMANUELLE MACHADO 1, ELAINE ROSSI RIBEIRO 1

Instituição 1 FPP - FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE (Avenida Iguaçu, 333 - Rebouças, Curitiba - PR)

Resumo Introdução O diagnóstico de maus-tratos tem um impacto importante na vida da criança, da família e também do profissional de saúde. Um passo importante para o enfrentamento desse problema é a identificação e denúncia dos casos de violência doméstica pelo médico, visto que podem tornar-se um risco de vida para a criança. Objetivos Reunir e integrar informações sobre o diagnóstico diferencial de violência e acidentes domésticos para a suspeição e avaliação precisa de casos de abuso físico infantil. Materiais e Métodos Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa de literatura a partir da busca de artigos na base de dados MEDLINE. Foram utilizadas as palavras-chaves "violência doméstica" e "acidentes domésticos" com o booleano "and" para a busca de artigos entre 2008 e 2018. Resultados Foram selecionados cinco artigos em inglês condizentes com o tema. Um dos artigos destaca que fraturas são a segunda lesão mais comum em casos de maus-tratos infantis. Além disso, outro artigo aponta que cerca de 20% das crianças com fraturas abusivas passaram por uma avaliação médica prévia onde o diagnóstico de violência foi perdido. Por fim, todos os artigos concordam quanto a grande importância do preparo do profissional para a investigação e da utilização de técnicas corretas de avaliação, principalmente a radiografia associada à clínica. Conclusões Conclui-se que fraturas ósseas são grande parte do diagnóstico de maus-tratos. Por isso, na avaliação diferencia de acidente e violência doméstica contra crianças é preciso que a história relatada seja condizente com a avaliação médica, incluindo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, mecanismo de trauma e achados radiológicos. Assim, é necessário que os profissionais estejam habilitados para a avaliação de violência doméstica em casos suspeitos, evitando diagnóstico errôneos e a perda da janela de oportunidade para prevenir novos episódios.

Palavras-chaves: Acidentes domésticos, Violência doméstica, Diagnóstico, Criança, Fraturas ósseas

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Contratura isquemica de Volkman em crianca apos fratura supracondiliana. Relato de caso.

Autores Évelyn de Medeiros Costa 1, Rafael Almeida Maciel 1, Talita Virgínia Pinto de Sousa 1, Fellipe da

Silveira Rodrigues 1

Instituição 1 IHBDF - Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (SMHS - Área Especial, Q. 101 - Asa Sul,

Brasília - DF, 70330-150)

Resumo Introdução A fratura supracondiliana do umero representa lesao pediatrica mais frequente no cotovelo. São classificadas de acordo com o sistema descrito por Gartland em variantes conforme acomentimento em colunas, deformidade e atulamente desvio rotacional. Os métodos mais usados de tratamento são a redução fechada e gesso, tração, redução fechada e fixação percutânea com fio Kirschner (fio K) e redução aberta com fixação interna. Pode determinar complicacoes imediatas (lesões vasculonervosas e síndrome compartimental) ou tardias (desvios angulares e/ou rotacionais, neurite ulnal). Objetivos Expor um caso de contratura isquemica de Volkmann apos fratura supracondiliana com reabordagem ortopedica e intervenção vascular. Materiais e Métodos Relato de caso com revisão bibliografica. Resultados Paciente sexo masculino, 5 anos, queda da propria altura diagnostico de fratura supracondiliana Gartland IV com suspeita de lesao do nervo interosseo anterior. Abordagem cirurgica ortopedica com reducao incruenta e fixacao percutanea com fios K com reducao satisfatoria. Evolucao com dor desproprorcional e deficit motor global distal, revisado com exploracao aberta sem evidencia de lesao neurovascular, reposicionado fios K. Apos 48 horas feito tromboembolectomia braquial pela vascular por quadro de hipotermina no membro e perfusao lenta. Em 72 horas reabordagem vascular. Ausencia de melhora clinica. Ultrassom evidenciando oclusao da arteria braquial recidivada. Mantido perfusao parcial compensada por circulacao braquial profunda e colateral com deficit motor global. Conclusões O manejo do membro apos fratura supracondiliana deve envolver supervisao rigorosa e seriada. Complicacoes graves se associam com padrao de fratura. Correlacao existe entre deficit neurologico e lesao vascular reparavel. A melhor conduta terapeutica permanece controversa.

Palavras-chaves: fratura supracondiliana, contratura isquemica de volkmann, pediatrica

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Fratura femur proximal em idosa com mecanismo de alta energia, relato de caso.

Autores

Évelyn de Medeiros Costa 1, Bruno da Rocha Moreira Rezende 1, Talita Virgínia Pinto de Sousa 1,

Jorge Henrique Carlos Aires 1, Italo Aurelio Fernandes Leite 1, Fernando Aurelio de Sá Aquino 1,

Fellipe da Silveira Rodrigues 1

Instituição 1 IHBDF - Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (SMHS Área Especial Q101 Asa Sul

Brasília DF 70330-150)

Resumo Introdução As fraturas do fêmur proximal apresentam pico bimodal entre pacientes jovens envoltos em acidente de grande energia e pacientes idosos associados a queda da propria altura. Em idosos representam grave problema de saúde pública devido aos elevados custos econômicos para o tratamento e as suas consequências, assim como pela alta taxa de morbidade e mortalidade. O tratamento de eleição é cirúrgico destes traumas tem o propósito de reduzir e estabilizar a fratura, utilizando-se de vários métodos de osteossíntese. Objetivos Explanar o caso de paciente idosa politrauma com fratura em fêmur proximal após trauma de alta energia. Materiais e Métodos Relato de caso de paciente vítima de acidente conduzida em centro hospitalar terciário universitário. Realizado revisão bibliográfica. Resultados Paciente 59 anos, sexo feminino, vítima de acidente carro versus caminhão com ejeção do veículo. Admitida em protocolo trauma com diagnostico de pneumotorax, fratura de femur proximal, desenluvamento de antebraco todos a direita. Avaliada conjuntamente com equipe cirurgica e ortopedica. Apos melhora clínica abordada cirurgicamente quanto a fratura. Fratura basocervical com fratura do grande trocanter. Realizado procedimento cirurgico apos estabilização de artroplastia total de quadril com amarrilha do grande trocanter associado a placa anticisalhante em parede posterolateral. Evolucao favoravel com mobilização em leito e deambulação com carga parcial. Radiografias disponíveis. Conclusões O resultado do tratamento cirúrgico depende do padrão da fratura, da qualidade óssea, da qualidade da redução e do método de fixação. Desta forma demonstrado opção terapêutca para fixação de fratura com padrão não habitual nesta faixa etaria.

Palavras-chaves: fratura quadril, femur proximal, idosos

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ASSOCIAÇÃO ENTRE FRATURA DIAFISÁRIA DE FÊMUR E FRATURA DO COLO FEMORAL IPSILATERAL: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM TRAUMA

Autores EDUARDO DIAS DE SOUZA 1, FABIANA DE SOUZA BEBBER 3, GUSTAVO LUZIA

VIZZOTTO AUGUSTO 1, KAUÊ SABIÃO 1, LEONARDO MARANHÃO GUBERT 1

Instituição 1 HUC - Hospital Universitário Cajuru, Curitiba - Paraná (Av. São José, 300 - Cristo Rei, Curitiba -

PR, 80050-350), 3 PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Câmpus Curitiba (R. Imac.

Conceição, 1155 - Prado Velho, Curitiba - PR, 80215-901)

Resumo Introdução O mecanismo da fratura diafisária de fêmur associada à fratura ipsilateral do colo femoral é geralmente trauma de alta energia. Tendo em vista que cerca de 30% das fraturas do colo femoral são negligenciadas no atendimento inicial ou têm seu diagnóstico retardado podendo, em ambos os casos, levar a consequências graves, é indispensável avaliar cuidadosamente o colo do fêmur em todos os pacientes com fratura diafisária após trauma de alta energia. Afinal, cada fratura apresenta desafios próprios no seu tratamento e, quando associadas, a conduta se torna mais complexa. Contudo, apesar das adversidades, a taxa de sucesso no tratamento das fraturas associadas, quando reconhecidas precocemente, é alta (64%-94%). Objetivos Analisar o perfil epidemiológico dessas fraturas associadas no trauma, buscando ações preventivas que possam reduzir sua incidência, assim como métodos diagnósticos que facilitem a identificação da fratura de colo associada à diafisária no atendimento ao trauma inicial. Materiais e Métodos trata-se de um estudo transversal observacional, no qual foram analisados 343 prontuários de pacientes admitidos em um centro de referência em trauma com fratura de fêmur, destes 20 sofreram fratura diafisária de fêmur associada à fratura ipsilateral do colo femoral entre Janeiro de 2016 e Julho de 2018. Foram coletados os seguintes dados: idade, sexo, lado acometido; mecanismo de trauma, exames complementares, lesões associadas, classificação das fraturas, presença de exposição óssea e métodos cirúrgicos Resultados A análise demonstrou uma incidência de, aproximadamente, 6% de fraturas diafisárias de fêmur associadas a fraturas ipsilaterais do colo femoral, corroborando os achados bibliográficos. Entretanto, enquanto a bibliografia indicava uma negligência diagnóstica em até 30% dos casos, o presente estudo comprovou que a conduta adequada reduz a 5% o índice de sub-diagnósticos. Conclusões O índice significativo de sub-diagnósticos das fraturas associadas motivou a presente pesquisa a analisar a epidemiologia das fraturas de diáfise de fêmur associadas a fraturas ipsilaterais de colo femoral. Tendo em vista que a análise minuciosa reduz significativamente esse índice, faz-se extremamente necessária a implementação de investigação do colo femoral nos pacientes com fraturas diafisárias de fêmur vítimas de trauma de alta energia.

Palavras-chaves: diaphyses, femoral fracture, femur neck

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ANÁLISE RADIOGRÁFICA DE LUXAÇÕES DE OSSOS DO CARPO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE O DIAGNÓSTICO DE LUXAÇÕES PERILUNARES NO ATENDIMENTO PRIMÁRIO AO TRAUMA.

Autores FABIANA DE SOUZA BEBBER 1, CAINÃ MATUCHESKI 3, GIANA SILVEIRA GIOSTRI 2,

KAUÊ SABIÃO 2

Instituição 1 PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Câmpus Curitiba (R. Imac. Conceição, 1155 -

Prado Velho, Curitiba - PR, 80215-901), 2 HUC - Hospital Universitário Cajuru, Curitiba - Paraná

(Av. São José, 300 - Cristo Rei, Curitiba - PR, 80050-350), 3 FPP - Faculdade Pequeno Príncipe (Av.

Iguaçu, 333 - Rebouças, Curitiba - PR, 80230-020)

Resumo Introdução A luxação perilunar é o evento em que o rádio distal e semilunar mantêm o alinhamento, enquanto o restante dos ossos do carpo são deslocados dorsalmente. São lesões graves que necessitam de intervenção emergencial. Acometem tipicamente jovens adultos, por traumas de alta energia. sendo uma lesão rara, com cerca de 25% dos casos despercebidos nos atendimentos iniciais. Objetivos Este estudo busca comprovar uma conduta a ser seguida por médicos do atendimento primário, para identificar luxações dos ossos do carpo, de maneira a otimizar o tratamento dessas lesões. Dessa forma, é necessário interpretar radiografias de mão e punho para reconhecer as principais diferenças entre uma radiografia normal e a patológica. Materiais e Métodos A metodologia foi baseada na análise bibliográfica de literaturas publicadas posteriores ao ano de 1999, com auxílio de livros e bancos de dados digitais, como PubMed e Medline. Analisou-se a epidemiologia, mecanismo do trauma, critérios diagnósticos clínicos e radiográficos, e tratamento das luxações perilunares. As informações coletadas buscaram encontrar facilitadores diagnósticos que agilizem o atendimento primário e otimizem o tratamento. Resultados Conforme os achados bibliográficos, é indicado a investigação minuciosa com exame físico e radiografia da mão. Sendo necessário, para tal, o conhecimento detalhado da anatomia carpal e das alterações radiográficas relacionadas a patologia em questão, como alguns achados radiológicos importantes para o diagnóstico: semilunar fletido ou desalinhado com o eixo do radio; a perda de congruência articular entre o capitato e o semilunar. Conclusões O conhecimento da anatomia, da clínica e das radiografias diante destas lesões graves e raras, diminui a negligência no diagnóstico das luxações perilunares, além de proporcionar o tratamento precoce adequado.

Palavras-chaves: Lunate bones, Carpal Joints, Dislocation, Wrist injuries

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Avaliação funcional dos pacientes com fratura do platô tibial após seguimento de 01 (um) ano submetidos ao tratamento cirúrgico com técnica de suporte subcondral em grelha.

Autores Fabrício da Silva Saggiorato 1, Evandro Miele 1, Álvaro Sundin Foltran 1, Gustavo Henrique Pelinson 1

Instituição 1 SORP - Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Ribeir (Av. da Saudade, nº 456 -

Campos Elísios, CEP 14085-000, Ribeirão Preto - SP), 2 SORP - Serviço de Ortopedia e

Traumatologia da Santa Casa de Ribeir (Av. da Saudade, nº 456 - Campos Elísios, CEP 14085-000,

Ribeirão Preto - SP)

Resumo Introdução As fraturas do platô tibial representam 1 a 2% de todas as fraturas e se distribuem em dois grupos: jovens vítimas de traumas de alta energia e, idosos com osteopenia e traumas de baixa energia. O tratamento destas fraturas objetiva conseguir uma redução articular anatômica e uma osteossíntese estável que permita a mobilização articular precoce e, a técnica de suporte subcondral em grelha, se torna uma arma a mais no arsenal do cirurgião do trauma ortopédico. Objetivos Avaliar a função e a manutenção da redução articular dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de fratura do platô tibial com técnica de suporte subcondral em grelha Materiais e Métodos Avaliação de prontuários em um total de 13 Aplicação de Questionário de avaliação funcional Comparações radiográficas do pós-operatório imediato e após 1 ano de seguimento Resultados A avaliação ADLS obteve uma variação de 17 a 77 pontos tendo correlação com a classificação de Schatzker de gravidade A redução articular obtida no pós-operatório imediato se manteve no seguimento de 01 ano Conclusões O uso da técnica de suporte subcondral em grelha nas fraturas do platô tibial apresentou uma avaliação satisfatória em 66% dos pacientes.

Palavras-chaves: Fratura do Platô Tibial, Avaliação Funcional, Tratamento Cirúrgico

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Reconstrução da coluna posteolateral do terço distal do úmero com o autoenxerto da cabeça do rádio.

Autores Felipe Amaral 1, Leandro Altoe 1, Jose Garcia Jr 1

Instituição 1 NAEON - Instituto NAEON (Av Ibirapuera, 2144, Moema, São Paulo), 2 NAEON - Instituto

NAEON (av. ibirapuera, moema, 2144, sao paulo , sp.), 3 NAEON - Instituto NAEON (av. ibirapuera,

moema, 2144, sao paulo , sp.)

Resumo Introdução A reprodução de uma técnica descrita para reconstrução da coluna pósterolateral do cotovelo. Paciente de 30 anos, cabeleireiro, sofreu um acidente de moto, fazendo uma fratura exposta (c3)/ do úmero distal direito. Submetido à cirurgia de urgência de desbridamento e fixação externa controlando as partes moles. Uma semana após foi realizado nova abordagem com osteossíntese de 2 placas paralelas e banda de tensão pós osteotomia do olécrano, após uma semana apresentou falha da estabilização. Uma nova abordagem é realizada, agora com mais uma placa posterior para suprir a falha óssea da coluna pósterolateral e coleta de material para cultura (neg). 3 semanas após a nova montagem, ocorre nova falha da mantagem da fratura. Foi observado que a falha pósterolateral era de grande importância e necessitava de ser reconstruída para a recuperação da estabilidade estática do cotovelo. Então com base no artigo espanhol de Prado-Lopéz et al, realizamos a reconstrução da coluna pósterolateral do úmero distal com o autoenxerto da cabeça radial ipslateral em nova abordagem. Hoje, com 1 ano após a cirurgia de recontrução o paciente retornou ao trabalho , com arco de movimento funcional do cotovelo, estável, sem dor com rx mostrando osteointegração do autoenxerto. Objetivos Apresentar uma possível alternativa de recontrução da coluna pósterolateral do úmero distal nas fraturas altamente cominutas desta região. Sendo esta opção de baixo custo e considerada eficiência. Materiais e Métodos Um paciente com perda óssea da coluna pósterolateral da parte distal do úmero direito, submetido à reconstrução óssea da mesma utilizando como autoenxerto a cabeça do rádio ipslateral. Foi avaliado os escores MEPS e DASH e a avaliação do arco de movimento do cotovelo direito com goniometria manual. Resultados O paciente apresentou bom resultado funcional e total melhora da dor. Radiograficamente foi observado boa arquitetura da parte distal do úmero direito, com osteointegração do enxerto autólogo da cabeça do rádio. Com excelentes índices dos escores MEPS (100 pontos) e DASH (10/100), seu arco de movimento final do cotovelo direito foi de 3º de extensão, 115º de flexão, 80º de supinção e 50º de pronação. Conclusões Concluimos que a autoenxertia da cabeça do rádio na perda da coluna pósterolateral da parte distal do úmero pode ser uma útil ferramenta como preenchimento desta falha , principalmente nos casos de fratura dessa região sendo este tratamento em conjunto de uma osteossíntese estável.

Palavras-chaves: enxerto, rádio, úmero, reconstrução, falha

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Lesão de Morell-Lavallee em joelho em paciente jovem. Um relato de caso.

Autores Julian Rodrigues Machado 1, Fernando Alves Rabello 1, Gustavo Mascarenhas Austregesilo Barbosa 1

Instituição 1 HSLS - Hospital Santa Lúcia Sul - Brasilia (SHLS - Asa Sul, Brasília - DF, 70390-700)

Resumo Introdução A lesão de Morel-Lavallee, inicialmente descrita pelo cirurgião francês Maurice Morel-Lavallee em 1853, é uma lesão de desenluvamento fechado pós-traumática, onde a pele é separada da fáscia profunda, criando um espaço morto. Está normalmente associado a traumas esportivos por uma força de cisalhamento. Objetivos Relatar um caso raro de lesão de Morell-Lavalle em joelho Materiais e Métodos As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos, aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Resultados Paciente W.M.C, 34 anos, foi atendido em carater de urgencia devido a queda de moto e dor em joelho direito. Realizou radiografia do joelho sem alterações. Realizou RM inicial do joelho com visualização de hematoma circundando todo o aspecto anterior do joelho, sem acometimento de estruturas articulares. Retornou em 3 semanas devido a dor e flutuação em aspecto anterior, medial e lateral do joelho, sem sinais de infecção. Foi tentado o tratamento conservador com compressão local, medicações e fisioterapia, sem melhora. Foi submetido a ato cirúrgico após 8 semanas para retirada de tecido cicatricial, fibroso e encapsulado, produtor de secreção serossanguinolenta. Foram necessários outros dois atos cirurgicos para remoção completa da lesão. Conclusões A lesão de Morell-Lavallee é uma lesão rara, de ocorrência principalmente no quadril. Uma vez diagnosticada, deve ser abordada cirurgicamente para retirada da lesão devido ao risco de infecção de tecidos moles, fascia e musculatura.

Palavras-chaves: Morell Lavallee, Joelho, Relato de caso, Paciente jovem Morell-Lavallee

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QUAL A LOCALIZAÇÃO MAIS FREQUENTE DAS FRATURA EXPOSTAS NA TÍBIA?

Autores Frederico Carlos Jana Neto 1,2, Rafaela Prestes Delgado 1

Instituição 1 UNINOVE - Universidade Nove de Julho (Rua Vergueiro, 249 Liberdade 01504001 - São Paulo, SP

- Brasil), 2 CHM - Conjunto Hospitalar do Mandaqui (Rua Voluntários da Pátria, 4301 São Paulo -

SP)

Resumo Introdução As fraturas expostas de tíbia no nosso meio representam um importante problema de saúde pública. O entendimento epidemiológico dessas lesões pode ajudar a traçar estratégias de prevenção, como uso de protetores anti-impacto nos locais onde estas fraturas são mais comuns ou mais graves. Objetivos Analisar características de indivíduos com fratura exposta de tíbia, tipo III de Gustillo, tratados em um hospital de nível terciário em São Paulo, no período de janeiro de 2013 a agosto de 2014. Materiais e Métodos Foram analisados prontuários eletrônicos de pacientes com fratura exposta de tíbia tipo III. Desfechos avaliados: idade, gênero, diagnóstico, mecanismo de trauma, comorbidades, fraturas associadas, classificações de acordo com Gustillo, Tscherne e AO, tratamento (inicial e definitivo), presença de síndrome compartimental, amputações primárias e secundárias, índice de MESS, índices de mortalidade e infeção. Resultados A fratura da diáfise da tíbia foi a mais prevalente, sendo diagnosticada em 78 pacientes (67% do total da amostra), seguida de 13 pacientes com fratura do planalto tibial (11%) . Em relação à classificação AO/OTA, 20% de todas as fraturas foram do tipo 42-A3 e 13% 42-B3. Do total da amostra (116), oito pacientes (7%) foram submetidos à amputação do membro acometido: uma amputação primária e sete secundárias. O paciente submetido à amputação primária sofreu fratura do planalto tibial 3C de Gustillo, III de Tscherne, índice de MESS 11 e lesão da artéria poplítea. Sete pacientes necessitaram de amputação secundária: três apresentaram fratura de planalto tibial, dois de diáfise da tíbia, um de tíbia proximal extra-articular e um de tíbia distal extra-articular. Houve predomínio das fraturas do tipo 3C (5) e tipo 3B (2). Índice de MESS: média de 9,5 pontos. Conclusões Diáfise da tibia foi o local mais acometido nas fraturas expostas da tíbia e as do planalto tibial as mais graves e associadas a amputação.

Palavras-chaves: fratura exposta, fratura tíbia, amputação, lesões de partes moles

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LESÃO TRAUMÁTICA EM MÃO DIREITA POR INSTRUMENTO DE TRABALHO: UM RELATO DE CASO

Autores Gabriel Ifran Alves 1, Marcel Barbiéri de Freitas 1, Juliany Aguirre Carvalho 1, Jonas Rubin Facco 1,

Luísa Cancia Stieler 1

Instituição 1 UFSM - Universidade Federal de Santa Maria (Avenida Roraima, nº 1000. Santa Maria-RS.)

Resumo Introdução Lesões traumáticas das mãos são principalmente causados por acidentes de trabalho, provenientes de traumas como fraturas, esmagamento e amputações. Esses casos representam de 40% dos acidentes laborais no Brasil. Objetivos O objetivo desse trabalho é apresentar um caso de um trauma em mão direita por moedor de carne. Materiais e Métodos A metodologia utilizada para a elaboração desse relato de caso foi revisão bibliográfica narrativa nas bases de dados digitais, além da revisão de prontuário no serviço de ortopedia e traumatologia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Resultados Paciente 47 anos, masculino, procurou atendimento no serviço de emergência do HUSM após ser vítima de um trauma em mão direta, por moedor de carne. Ao exame físico apresentou dor em mão direita, trauma cortante, amputação traumática de falange proximal do segundo dedo e fratura de falanges proximal e média do terceiro dedo da mesma. Foi solicitado Rx que confirmou as fraturas e paciente foi encaminhado para tratamento de controle de danos com fixador externo e desbridamento de partes moles. Foi mantido curativo diário para tratamento das partes moles e após um mês de evolução foi realizada a cirurgia definitiva, na qual foi realizado um enxerto ósseo de ilíaco e um retalho local. Dessa forma, o princípio básico para o tratamento inicial destas lesões traumáticas abertas é o desbridamento. Conclusões Quando se trata da mão traumatizada, o máximo deve ser feito para preservar tendões, nervos e vasos sanguíneos e em algumas situações de maior complexidade, como neste caso acima, com exposição de tecidos ósseos e demais estruturas, devem ser realizados revestimento cutâneo através de retalho em um segundo momento.

Palavras-chaves: Trauma na mão, ciurgia da mão, trauma ortopédico

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Uso não convencional da placa de calcâneo para fixação das fraturas do acetábulo com acometimento da lâmina quadrilátera

Autores Guilherme Boni 1, Robinson Esteves 2, Gustavo Sanchez 1, Fernando Baldy 1, Richard S. Yoon 3,

Frank A. Liporace 3

Instituição 1 UNIFESP - EPM - Universidade federal de São Paulo - Escola Paulista de Medic (Rua Napoleão de

Barros, 715), 2 UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (Av. Alfredo Balena, 190, Belo

Horizonte, MG, Brazil), 3 DOSJCMC - Department of Orthopedic Surgery, Jersey City Medical

Center (RWJ Barnabas Health, Jersey City, NJ, USA)

Resumo Introdução A anatomia complexa da infra-íntima, potencialmente colocando em perigo estruturas neurovasculares importantes, a dificuldade de manipular fragmentos para alcançar a redução perfeita da fratura e a disponibilidade limitada de placas especificamente projetadas para fixar a fratura contribuem para uma alta proporção de resultados insatisfatórios. Este estudo apresenta uma técnica útil e de baixo custo utilizando a placa do calcâneo para abordar os padrões de fratura cominutos da placa quadrilateral. Objetivos Nosso objetivo é demonstrar o uso não convencional da placa do calcâneo como um método de tratamento barato, útil e reprodutível para cobrir toda a placa quadrilátero, garantindo a fixação estável da fratura. Materiais e Métodos Demonstração de novo implante para as fraturas da lâmina qualdrilatera do acetábulo, 2 pacientes com fratura da coluna anterior do acetábulo com extensão para a lâmina quadrilátera, que foram submetidos a Osteossíntese com placa de calcâneo! Resultados Como resultado, conseguimos uma fixação estável da fratura da lâmina quadrilheira do acetábulo com a placa de calcâneo Conclusões Apesar do tamanho limitado da amostra, acreditamos que o uso não convencional de placas calcâneos para sustentar e cobrir toda a área da placa quadrilátero é um método de tratamento útil, reproduzível e barato, especialmente em países em desenvolvimento onde os implantes pré-contornados de placa quadrilateral estão frequentemente indisponíveis. Estudos biomecânicos e uma série maior de casos que mostram resultados em longo prazo são necessários para avaliar melhor a real segurança e eficiência dessa nova técnica.

Palavras-chaves: Acetábulo , Fratura do acetábulo , Lâmina quadrilátera

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Crise financeira e seu impacto nos acidentes de trânsito

Autores Guilherme Chohfi de Miguel 1,2, Nilson Nonose 1,2, Ronaldo Parissi Buainain 1,2, Denise Gonçalves

Priolli 1

Instituição 1 USF - Universidade São Francisco (Rua São Francisco de Assis 218), 2 HUSF - Hospital

Universitário São Francisco na Providência de Deus (Av São Francisco de Assis 260)

Resumo Introdução De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, os acidentes de trânsito matam mais de 1,3 milhões de pessoas no mundo durante o período de 1 ano e caso não sejam tomadas atitudes corretas a respeito, no ano 2030 será a quinta causa de morte mais comum. Sabidamente a incidência dos acidentes tem uma relação muito íntima com o cenário econômico, pois quando há um aquecimento da economia baseada no Produto Interno Bruto per-capita, há um início da mortalidade em acidentes de trânsito. Ademais, a distribuição das fatalidades nos acidentes de trânsito, variam dramaticamente nas diferentes partes do mundo e nas classes econômicas envolvidas. Objetivos Avaliar a influência da economia na incidência de acidentes de trânsito. Materiais e Métodos Foi realizada uma ampla revisão de literatura, com os principais artigos e textos literários utilizando os descritores "Acidentes de trânsito", "Economia", "Mortalidade", nas bases de dados MEDLINE, PUBMED, LILACS e SciELO entre os anos de 2008 a 2018. Resultados Em análise feita correlacionando o número de acidentes com o número de desempregados foi observado que a cada ponto que aumentou o desemprego o número de acidentes fatais diminuiu 2,9 vezes, entre o ano de 2003 a 2013. Do mesmo modo que o número de fatalidades diminui com a crise econômica, é verdade que quando há sinais de aquecimento da economia e retomada das atividades financeiras ocorre um subsequente aumento do número de acidentes e óbitos relacionados com acidentes de trânsito, sendo identificado um efeito pro-cíclico. Referente a distribuição mundial dos acidentes há uma grande diferença na distribuição dos acidentes fatais nos países de acordo com a região do mundo, sendo que o fator que mais influencia é o econômico. Conclusões Há evidências científicas suficientes para podermos afirmar que há influencia direta da condição econômica que o país se encontra, baseado no Produto Interno Bruto per-capita, implica no número de acidentes e de vítimas fatais. Isso irá ocorrer tanto em tempos de recessão, quanto em tempo de aquecimento econômico. Isso é importante pois serve de alerta para que medidas de prevenção possam ser tomadas pelos devidos órgãos públicos com intuito de realizar campanhas para alertar e prevenir acidentes no momento correto.

Palavras-chaves: Acidentes de trânsito, Economia, Mortalidade

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Rotura do tendão de Aquiles associada a fratura do maléolo medial - Relato de caso

Autores Julian Rodrigues Machado 1, Gustavo Mascarenhas Austregésilo Barbosa 1, Fernando Alves Rabello 1

Instituição 1 HSLS - Hospital Santa Lúcia Asa Sul (shls 716, asa sul, Brasilia)

Resumo Introdução Lesões isolados do tendão de Aquiles assim como fraturas isolados do tornozelo são comuns, porém a associação das duas lesões são evento raro e que comumente ocorre o diagnóstico tardio de uma das lesões, sendo o mais comum o diagnóstico tardio do tendão de Aquiles Objetivos Apresentar caso de lesão do tendão de Aquiles associada a fratura de maléolo medial em praticante de snowboard Materiais e Métodos Paciente 45 anos, vitima de queda de snowboard com trauma em hiperextensão do tornozelo, cursando com fratura de maléolo medial e lesão do tendão de Aquiles, inicialmente atendido em clinica ortopédica em Whistler Canadá. Foi atendido pelo autor principal 7 dias após trauma no Hospital Santa Lucia da Asa Sul quando foi solicitado radiografia e ressonância e submetido a cirurgia no mesmo dia. A técnica empregada na cirurgia foi colocação do paciente em decúbito ventral e feito a rafia do tendão de Aquiles com sutura de krakow e fios de alta resistência, depois colocado o paciente em decúbito dorsal e osteossintese de fratura do maléolo medical com 2 parafusos canulados 3,5mm de forma percutânea. Resultados Paciente evolui após 8 semanas deambulando sem muletas, sem dor (EVA - 1), com boa amplitude de movimento (50º de flexão plantar, 20º de flexão dorsal) Conclusões Fraturas de maléolo medial associada a lesão do tendão de Aquiles são raras e o diagnóstico tardio de uma das lesões pode ocorrer. A lesão mais comumente negligenciada é a do tendão de Aquiles, tendo relatos de até 8 semanas de atraso no tratamento dessa lesão. Demonstrando a importância do conhecimento dessa associação para evitar o atraso do diagnóstico e garantir o melhor tratamento.

Palavras-chaves: Aquiles, maléolo, medial, tendão

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Resultados preliminares da reconstrução de partes moles no terço distal da perna com o retalho sural reverso

Autores GUSTAVO WALDOLATO 1, ROBINSON ESTEVES SANTOS PIRES 2, EGÍDIO SANTANA 2

Instituição 2 HFR - Hospital Felício Rocho (Avenida do Contorno, n 9530. Barro Preto, Belo Horizonte.)

Resumo Introdução O retalho de sural reverso foi descrito por Taylor e Daniel, em 1975. Em 1992, Masquelet introduziu o conceito de retalho em ilha neurocutânea como uma possível solução para cobertura do terço distal da perna, tornozelo e retropé. O retalho neuromiofasciocutâneo é suprido superficialmente pelo nervo sural, pela artéria sural e pela veia safena parva. Objetivos Apresentar uma série de casos com a utilização do retalho sural reverso para reconstrução de feridas no terço distal da perna em pacientes com fraturas e sequelas de fraturas nesta região. Materiais e Métodos O estudo foi realizado no Serviço de Ortopedia e Traumatologia de um hospital geral, referência regional em trauma ortopédico. De março de 2017 a dezembro de 2018, 7 pacientes com defeitos de cobertura no terço distal da perna e tornozelo foram submetidos ao retalho. Resultados Dos 7 pacientes incluídos no estudo, 6 eram do gênero masculino e um do feminino. A média de idade dos pacientes estudados foi de 49,9 anos. Em 5 foram decorrentes de traumas agudos, sendo 2 por queda altura e 3 por acidentes motociclísticos, todos apresentando fraturas expostas. Outros 2 casos foram decorrentes de tratamento cirúrgico de osteomielite crônica e o retalho foi realizado após controle do quadro infeccioso. Entre os pacientes, 4 eram tabagistas de longa data, sendo 2 deles portadores de diabetes mellitus insulino-dependentes. Em 6 pacientes, a zona de exposição óssea estava na região anteromedial e distal da perna. Em 1 paciente, na região do maléolo lateral. Dentre as complicações observadas, encontramos 2 casos de congestão venosa e em 1 caso necrose parcial do retalho. Conclusões Na presente série de casos, o retalho mostrou-se eficaz na cobertura de falhas de partes moles terço distal da perna, sejam elas pós-traumáticas e/ou pós-infecciosas. Em nosso estudo, 100% dos defeitos cobertos com retalho sural cicatrizaram, com boa resposta funcional e estética.

Palavras-chaves: Retalho Sural Reverso, Reconstrução de tecidos moles, Trauma em membro inferior

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EVOLUÇÃO TEMPORAL DA OCORRÊNCIA DE FRATURA PROXIMAL DO FÊMUR EM IDOSOS NO BRASIL

Autores GUSTAVO ZENI SCHUROFF 1, FLAVIO RICARDO LIBERALI MAGAJEWSKI 1, THIAGO

MAMORU SAKAE 1, GUILHERME ZENI SCHUROFF 2

Instituição 1 UNISUL - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA (AV. JOSÉ ACÁCIO

MOREIRA, 787 - CAIXA POSTAL 370 - DEHON, TUBARÃO - SC), 2 HOSPITAL SANTA CASA

- HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA (PRAÇA RUI BARBOSA, 694 - CENTRO,

CURITIBA - PR)

Resumo Introdução As fraturas do terço proximal do fêmur são um evento relativamente frequente e têm graves consequências quando ocorre em idosos. Objetivos O objetivo da pesquisa foi analisar a tendência temporal da incidência de 330.250 fraturas do fêmur proximal e as taxas de óbito intra-hospitalar em idosos (≥ 60 anos) internados por esta causa no Brasil, entre 2008 e 2017. Materiais e Métodos Os dados foram extraídos do SIH-SUS e os populacionais informados pelo IBGE. Resultados No estudo encontrou-se uma taxa de incidência média de 150,78 internações/100.000 idosos, bem como 4,93% de óbito intra-hospitalar nos pacientes com fratura proximal do fêmur. Quando comparados homens e mulheres com 60 anos ou mais, entre 2008 e 2017, o sexo feminino obteve um risco relativo 73% superior (p<0,00001). Conclusões A indicação de que a tendência temporal do risco de ocorrência deste tipo de fraturas na população idosa brasileira foi de crescimento nos últimos dez anos é preocupante e exige a incorporação de estratégias de prevenção qualificadas e a ampliação das políticas de atenção aos idosos, na perspectiva da redução da morbimortalidade por este tipo de acidente, que será potencializado pelo aumento proporcional significativo dos idosos no conjunto da população brasileira nas próximas décadas.

Palavras-chaves: Fraturas do quadril, Idoso, Incidência, Mortalidade, Brasil

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RELATO DE CASO: Fratura exposta supracondiliana de úmero com acometimento vascular.

Autores ITALO AURELIO 2, KALEU NERY 2, JORGE AIRES 2, EVELYN MEDEIROS 2, FERNANDO

AQUINO 2, TALITA PINTO 2

Instituição 2 HBDF - HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL (ST MEDICO HOSPITALAR SUL,

ASA SUL, BRASILIA/DF), 3 HBDF - HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL (ST

MEDICO HOSPITALAR SUL, ASA SUL, BRASILIA/DF)

Resumo Introdução As fraturas supracondilianas são frequentes na infância com predomínio entre os 5 e 7 anos. Apresenta quadro clinico de dor, edema, deformidade, ADM doloroso e risco de lesão neurovascular. Sendo, o acometimento neurovascular associado ou não a síndrome compartimental a maior complicação neste padrão de fratura. Objetivos Este trabalho explora as experiências vividas em ambiente de pronto socorro de uma criança com fratura exposta supracondiliana de umero com possível comprometimento neurovascular, abordado de urgência em hospital referência em trauma ortopédico. Materiais e Métodos RSC, 7 anos, sexo masculino, natural de Unai / MG, relato de queda de cavalo há 10 horas, evoluindo com dor intensa, edema, deformidade e lesão sangrante associado a exposição óssea, GA IIA e gartland tipo IV. Apresenta avaliação neurológica do MIE incompleta devido quadro álgico. Avaliação vascular com presença de diminuição de pulso radial e boa perfusão tissular em dedos. Abordado de urgência com lavagem exaustiva com SF0,9%, incisão anterio-lateral e dissecção de nervo radial, mediano e artéria braquial, todos preservados, instrumentado fios de kirschner, sendo dois laterais e um medial com obtenção de redução satisfatória. Resultados Após redução, observado pulsos distais sem alterações. Realizado tala braquial em 90º de flexão e retorno ambulatorial semanal. Retirado fio de kirschner com quatro semanas. Evoluiu com bom padrão de consolidação óssea, flexo-extesão com melhora progressiva e sem sinais de infecção. Conclusões Por conseguinte, diversas condições clinicas devem ser avaliadas com foco no mecanismo de trauma e possíveis lesões neurovasculares que podem estar associadas. Sendo assim, a avaliação de comprometimento da arterial braquial, nervo radial, nervo mediano e síndrome compartimental devem ser priorizados no exame físico a fim de elevar a atenção e vigilância sobre possíveis sequelas em pacientes jovens.

Palavras-chaves: FRATURA SUPRACONDILIANA, NEUROVASCULAR, SINDROME COMPARTIMENTAL

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OSTEONECROSE DA CABEÇA FEMORAL APÓS MIGRAÇÃO INTRAPÉLVICA DO PARAFUSO CEFÁLICO DA HASTE INTRAMEDULAR LONGA PARA FÊMUR PROXIMAL: RELATO DE CASO.

Autores

JACKSON OLIVEIRA DA CRUZ JR 1, PAULO HENRIQUE PALADINI FILHO 1, RUBENS

AZEVEDO RODRIGUES 1, JOSE EDUARDO GRANDI RIBEIRO FILHO 1, SAULO GOMES DE

OLIVEIRA 1, NELSON ELIAS 1

Instituição 1 VVH - VILA VELHA HOSPITAL (R Moema, - qd-41 lt-1 - - Divino Espírito Santo - Vila Velha,

ES - CEP: 29107-2)

Resumo Introdução Os dispositivos cefalomedulares ganharam popularidade no tratamento das fraturas do fêmur proximal. Apesar das vantagens biomecânicas, várias complicações são descritas, dentre as quais a migração medial do parafuso cefálico é pouco conhecida. Objetivos Relatar o caso de uma fratura do fêmur proximal, as complicações e os tratamentos apresentados. Materiais e Métodos Feminino, 70 anos, admitida (Outubro/2016) com história de queda. Radiografias evidenciaram fratura intertrocantérica (AO 31-A3) do fêmur direito. Submetida ao tratamento cirúrgico com redução indireta e osteossíntese com haste Gamma3 Stryker® longa. Após três meses da cirurgia foi observado retardo de consolidação associada à migração pélvica do parafuso cefálico da haste. Submetida a uma segunda cirurgia de laparoscopia exploratória e retirada de implantes por via de acesso lateral ao quadril. Após uma semana, nova osteossíntese (terceira cirurgia) com redução direta da fratura e fixação com placa bloqueada para fêmur proximal (DePuy Synthes®). Após oito semanas evidenciou-se a consolidação da fratura. Em Outubro de 2018, retornou com quadro de dor no quadril e claudicação há 3 meses. As radiografias demonstraram sinais de osteonecrose da cabeça femoral. Foi realizado tratamento cirúrgico com Artroplastia total do quadril cimentada mantendo a placa LCP como proteção perimplante. Resultados A paciente evoluiu com melhora da dor e padrão da marcha satisfatoriamente após a última cirurgia de substituição do quadril. Conclusões A migração medial do parafuso cefálico é uma complicação pouco frequente na literatura, sem descrição de casos encontrados que a associem à haste cefalomedular longa nem ao tratamento com placa bloqueada para fêmur proximal. Também não encontramos relatos de evolução para osteonecrose da cabeça femoral secundária à migração medial do parafuso cefálico, tampouco o desfecho com o tratamento com artroplastia do quadril.

Palavras-chaves: COMPLICAÇÕES, FRATURA DO FÊMUR, ARTROPLASTIA DO QUADRIL, OSTEONECROSE

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Relato de caso - Fratura de estresse por não consolidação de fratura na infância.

Autores Joao antonio breda neto 2

Instituição 1 HT - Hospital do Trabalhador (Curitiba - PR), 2 UFPR - universidade federal do parana

(CURITIBA)

Resumo Introdução Este relato tem como objetivo descrever uma fratura de estresse em diáfise tibial que, após um trauma de baixa energia, evoluiu para uma fratura completa, em um paciente com histórico de fratura prévia na infância. Objetivos Paciente masculino, 45 anos, não atleta, sem comorbidades. Deu entrada no Hospital do Trabalhador em 16/03/19 após trauma esportivo por contusão de perna esquerda. Relata quadro de fratura em diáfise de tíbia esquerda quando tinha 5 anos de idade, após queda de escada. Na ocasião, paciente foi tratado com gesso por cerca de 3 semanas, no entanto, após avaliação em outro serviço hospitalar, foi decidido a realização de redução incruenta para correção de desvio e gesso inguinopododálico por 6 semanas. No dia 17/03/2019 foi submetido a Haste Intramedular Bloqueada. Materiais e Métodos relato dr casos Resultados As fraturas diafisárias da infância apresentam um prognóstico melhor pois a consolidação é favorecida pelo aumento da vascularização óssea e atividade osteogênica aumentada do periósteo. A não consolidação da fratura é um processo raro, e está relacionada a fatores como: osteomielite, fratura exposta, grande perda de tecidos moles, estabilização inadequada e manipulações repetidas, como no caso do paciente do caso. Na opinião dos autores, o paciente evoluiu com uma deformidade axial em antecurvo, que cronicamente evoluiu para uma fratura de estresse em porção diafisária anterior da tíbia, representada pela “temida linha negra” na radiografia de entrada, o que desencadeou uma fratura de diáfise após um impacto de baixa energia, em um paciente previamente hígido. Conclusões

Palavras-chaves: Deformidades axiais, Fraturas de estresse, Fraturas na infância

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Avaliação funcional pós-operatória de fraturas de colo de fêmur tratadas com artroplastia de quadril

Autores João Carlos dos Santo Dutra de Aquino Coelho 1, Rogério Buchmann 1, Silvio Luiz Borges Pereira 1

Instituição 1 HAC - Hospital Ana Costa (Rua Pedro Américo, 60. Santos/SP)

Resumo Introdução O aumento progressivo da sobrevida na população geriátrica das últimas décadas tem sido acompanhado de uma maior ocorrência de fraturas de colo femoral, inerentes a idade avançada. Tais pacientes geralmente tem indicação cirúrgica para artroplastia na maioria dos casos. Uma boa avaliação pós-operatória é imprescindível para determinar o prognóstico e a qualidade de vida destes pacientes submetidos a artroplastia. Objetivos Analisar a capacidade mecânico-funcional, em um ano de seguimento, dos pacientes com fratura de colo de fêmur submetidos a tratamento cirúrgico de artroplastia de quadril. Materiais e Métodos Foram revisados 67 prontuários de pacientes submetidos a artroplastia de quadril no período de janeiro a dezembro de 2016, sendo selecionados aqueles com diagnóstico inicial de fratura de colo de fêmur. Os pacientes selecionados foram então convocados e submetidos a avaliação radiológica e funcional nos moldes do método Merle d’Aubigné e Postel para quadril. Resultados Da amostra analisada, foram observados 55,5% dos pacientes com score funcional bom ou ótimo, 33,3% apresentaram score razoável e 11,1% apresentaram score considerado ruim. Dos resultados considerados como razoáveis ou ruins, observou-se presença de fatores e comorbidades limitantes de um bom prognóstico funcional, anteriores ao procedimento cirúrgico. Conclusões A opção pela artroplastia de quadril nos pacientes com quadro de fratura de colo de fêmur e de indicação cirúrgica demonstrou resultados satisfatórios de acordo com o método de avaliação funcional sugerido. Os pacientes, de forma geral, obtiveram bons resultados funcionais pós-operatórios até um ano após submetidos a prótese de quadril, mesmo com a presença de comorbidades inerentes a população mais idosa. A presença de resultados insatisfatórios correlacionou-se com fatores limitantes e de mau prognóstico anteriores ao procedimento cirúrgico, ou resultante de luxação protética pós-operatória.

Palavras-chaves: Fratura de Colo Femoral, Artroplastia do Quadril, Funcionalidade, Pós Operatório

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Defeito ósseo tratado com Técnica de Masquelet: Relato de Caso

Autores João Ricardo Carvalho Medeiros 1, Jorge Moyses Schreiner 1, Douglas Backes Schreiner 1, Rafaela

Dias Barbosa 1, Murilo de Toledo Tiecher 1

Instituição 1 HCR - HOSPITAL CRISTO REDENTOR (Rua Domingos Rubbo, 20 - Cristo Redentor, Porto

Alegre - RS, 91040-000)

Resumo Introdução As fraturas em ossos longos nas quais existe perda óssea segmentar significativa representam um desafio importante dentro da traumatologia quanto à terapêutica e a recuperação do membro afetado. Em 1986 A.C. Masquelet propôs uma técnica baseada na indução do crescimento de uma membrana de tecido de granulação a partir de um corpo estranho – cimento ósseo– colocado na falha óssea. Objetivos Apresentar a técnica proposta por A.C. Masquelet para correção de falhas ósseas em ossos longos através de um relato de caso. Materiais e Métodos Paciente masculino de 31 anos, previamente hígido, foi admitido no serviço de emergência do Hospital Cristo Redentor – POA, RS, devido a trauma por acidente automobilístico. Apresentava fratura em colo do fêmur esquerdo, fratura em diáfise de fêmur esquerdo fechadas. Foi tratado cirurgicamente na urgência, com síntese primária com DHS Longo em fêmur esquerdo. Paciente evoluiu com hematoma infectado em coxa esquerda. Realizado inúmeros curativos cirúrgicos com lavagem, debridamento de tecidos desvitalizados e de sequestros ósseos em diáfise de fêmur esquerdo. A análise radiológica evolutiva com 12 semanas, após o controle da infecção, revelou falha óssea de 3,54 cm de cortical a cortical, para a qual optou-se pela utilização da técnica da membrana induzida para tratamento definitivo. Resultados Paciente evoluiu sem intercorrências no pós operatório, recebeu alta no terceiro dia de pós-operatório, com restrição quanto ao apoio do membro. A liberação para apoio parcial do membro e deambulação com auxílio ocorreu 7 meses após o segundo tempo da técnica sendo observado ponte óssea no controle radiológico. Conclusões A criação de uma câmara biológica, delimitada pela membrana, é capaz de prover suporte físico e nutricional, evitando dessa maneira a reabsorção do enxerto e auxiliando na consolidação óssea como observado no caso apresentado.

Palavras-chaves: Consolidação , Enxerto, Falha óssea , Masquelet, Trauma

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Fratura de Platô tibial schatzker VI tratado com ilizarov: Relato de caso.

Autores

joao fornari 1, MARIO STERZO 1, HELDER OLIVEIRA 1, MARIO ELIAS 1, Joao Victor Fornari

fornari 1, CAIO GOUVEIA 1, WEBY DELSIN MIZAEL 1, JOSE JULIO MUNNER 1, DAVI

LEMOS 1, ALEXANDRE MOREIRA 1,1

Instituição 1 HUSF - Hospital Universitario Sao Francisco (Rua Sao Francisco 286 )

Resumo Introdução As fraturas do planalto tibial são lesões articulares cujos princípios de tratamento envolvem a redução anatômica da superfície articular e a restauração funcional do eixo mecânico do membro inferior. Para as fraturas de alta energia, o tratamento estagiado, seguindo o princípio do controle de danos, tem como prioridade a manutenção do alinhamento do membro enquanto se aguarda a resolução das más condições de tecidos moles. Objetivos Avaliar o tratamento de fratura de plato sck 6 com uso de fixador externo de ilizarov Materiais e Métodos relato de caso Resultados Trata-se de uma mulher 56 anos vitima de acidente de carro x caminhão com uma fratura de platô tibial SCK VI a mesma foi submetida ao uso do fixador de ilizarov por 12 semanas sendo retirado a porção proximal do femur com 6 semanas para manipulação do joelho e posteriormente por mais 6 semanas com resultado satisfaotrio. Conclusões apos tratamento com fixador externo paciente apresentou ganho de adm proximo dos valores fisiologicos pra uma paciente com aproximdamente 50 anos

Palavras-chaves: fratura plato , fixador externo , ilizarov

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Osteotomia periacetabular de Ganz associado a luxação controlada do quadril para tratamento de fratura do acetábulo: relato de caso

Autores

JORGE HENRIQUE CARLOS AIRES 1, Tiago Moraes Rocha 1, Talita Virginia Pinto de Sousa 1,

Fernando Aurelio de Sa Aquino 1, Evelyn de Medeiros Costa 1, Italo Aurelio Fernandes Leite 1,

Laercio Maciel Scalco 1

Instituição 1 Ihb - instituto hospital de base (SMHS - Área Especial, Q. 101 - Asa Sul, Brasília - DF, )

Resumo Introdução A luxação traumática do quadril e uma lesão ortopédica grave, geralmente consequente a trauma de alta energia e tem sua condição agravada quando associada a fratura do acetábulo ou da cabeça femoral As fraturas da parede posterior e transversa normalmente cursam com luxação posterior e representam 15 a 28% das lesões acetabulares Redução e fixação interna são os métodos de preferencia para o tratamento dessas fraturas, tendo como objetivo restaurar a superfície articular e dar estabilidade, permitindo a movimentação precoce do paciente Objetivos Descrever um paciente submetido a tratamento cirúrgico de fratura luxação do quadril por meio da técnica de osteotomia periacetabular de Ganz associado a luxação controlada do quadril para tratamento de fratura do acetábulo e avaliar os resultados pós operatórios Materiais e Métodos As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário eletrônico, entrevista com o paciente, registro fotográfico do ato cirúrgico e das radiografias pré e pós operatórias, além de revisão da literatura. Resultados O caso observado apresentou bom nível de capacidade funcional nas avaliações pelo questionário de Harris Hip Score, após tratamento cirúrgico e fisioterapêutico de fratura do acetábulo associado à luxação de quadril. Após três meses de seguimento do paciente, foi reavaliado, cuja pontuação resultou em 79. Conclusões O tratamento das fraturas luxações do quadril é amplamente discutido devido seu alto grau de complexidade e diversidade nas possibilidades cirúrgicas com redução aberta e fixação interna. O tratamento descrito resultou em uma boa recuperação funcional pós cirúrgica e deve ser um procedimento elencado dentre as possibilidades terapêuticas quando há indicação para tal.

Palavras-chaves: fratura do acetábulo, luxação do quadril, osteotomia periacetabular, osteotomia de ganz

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TRATAMENTO COM TÉCNICA “AUGMENTATION” EM PSEUDARTROSE DE FRATURA FEMORAL ATÍPICA

Autores

José Fernando Flores Cunza 1, Daniel Oksman 1, Rafael Capobianco Maia e Silva 1, Gustavo

Trigueiro 1, Hélio Jorge Alvachian Fernandez 1, Fernando Baldy de Sousa 1, Victor Otavio Moraes de

Oliveira 1, Gustavo Arliani 1, Wellington Nepomuceno Magalhães 1

Instituição 1 HSMM/IPS - Hospital Sancta Maggiore / Instituto Prevent Senior, São Pau (RUA DA FIGUEIRA

831)

Resumo Introdução A não união do eixo femoral pode ser mais difícil de manejar. Aqui, nós relatamos nossa técnica cirúrgica usada para tratar pseudartrose de fémur por fratura atípica que resultou em altas taxas de união através de uma combinação de placa de “AUGMENTATION” e Haste Céfalo medular Objetivos Descrever a técnica de “AUGMENTATION” no tratamento de pseudartrose por fratura atípica de fémur Materiais e Métodos Revisão bibliográfica em fonte de dados scielo, pubmed, uptodate. Dados do Hospital Sancta Maggiore, dados de 10 casos de pacientes com pseudoartrose de fêmur em fratura alendronatica, tratados previamente com haste cefalomedular PFN de 2013 a 2016, e sendo tratados finalmente com placa de “AUGMENTATION”. Resultados A técnica de “AUGMENTATION” com placa LYSS invertida, mantendo a haste Céfalo Medular, resultou em uma alta taxa de união. A Haste Céfalo Medular foi deixada in situ para manter o alinhamento da fratura, o que poderia ajudar a manter a estabilidade como um dispositivo de compartilhamento de carga. Assim, proporciona uma fixação extremamente rígida e fornece razões para acreditar que podemos permitir com confiança que os pacientes tenham carga parcial progressiva e treino de marcha no pos-operatorio imediato. Pacientes tratados com placa de “AUGMENTATION”, apresentaram um tempo de consolidação de 9 meses. Mostrou altas taxas de união de 78% a 96% em um total de 10 pacientes Conclusões A Técnica de “AUGMENTATION” com placa LISS invertida, mantendo a haste Céfalo Medular in situ para manter o alinhamento da fratura, mantendo a estabilidade como um dispositivo de compartilhamento de carga. Proporciona uma fixação extremamente rígida e fornece razões para acreditar que podemos permitir carga parcial no pós-operatório. Resultou em uma alta taxa de união. Mostrando assim sua alta efetividade no tratamento de pseudartrose de fratura atípica de fémur.

Palavras-chaves: FRATURA FEMORAL ATÍPICA, TÉCNICA “AUGMENTATION”, PSEUDARTROSE

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Análise estatística da concordância na avaliação radiológica das fraturas de rádio distal submetidas a tração

Autores José Paulo Gabbi Rodrigo R. Pinho Rodarte 1, José Paulo Gabbi 1

Instituição 1 HCPM-RJ - Hospital da Polícia Militar do RJ (Av. Lúcio Costa 3360 bl 7 apt 2303 Barra da Tijuca), 2 HCPM-RJ - Hospital da Polícia Militar do RJ (Av. Lúcio Costa 3360 bl 7 apt 2303 Barra da Tijuca)

Resumo Introdução As classificacões feitas em radiografias tradicionais nas incidências posteroanterior e perfil têm sido questionadas quanto a sua reprodutibilidade e é sugerida pela literatura a necessidade de outras opões, como tomografia computadorizada.Entre as limitacões da tomografia computadorizada encontram-se o maior custo e maior radiação em relacão à radiografia. Entre outras opcões de menor custo,maior praticidade e que pode aumentar a confiabilidade da análise das fraturas articulares encontra-se a radiografia feitas sob tração Objetivos Avaliar as classificacões atuais da fratura da extremidade distal do rádio, pois as classificões feitas em radiografias tradicionais nas incidências anteroposterior e perfil têm sido questionadas quanto a sua reprodutibilidade e é sugerida pela literatura a necessidade de outras opcões, com o uso das radiografias pré-operatórias submetidas a tracão de fraturas de rádio distal, estratificados pelos avaliadores, com vistas a demonstrar quais lassificacões apresentam melhor confiabilidade estatística Materiais e Métodos MetodologiaFoi feito um estudo observacional retrospectivo em nossa instituicão com base em 30 radiografias dos pacientes admitidos no Servico de Ortopedia e Traumatologia e submetidos ao procedimento cirúrgico para o tratamento das fraturas da extremidade distal do rádio. Resultados Na classificação Universal os resultados dos grupos de R3 e Staff apresentaram uma ótima correlacão, com um p-valor estatisticamente significativo (p < 0,05). Quando avaliada a classificacão de Frykman, nenhum grupo apresentou um resultado estatisticamente significativo. Na classificacão AO, nos grupos R3 e Staff, a correlacão foi alta . Conclusões A tracão para feitura das radiografias se mostrou com uma boa concordância principalmente nos grupos avaliadores de maior experiência (Staff) e no residente de 3 anos é uma boa tática na avaliacão radiográfica da fratura da extremidade distal do rádio.

Palavras-chaves: Fratura de rádio, Radiografia, Tração

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Infecção monoarticular de joelho causada por Sporothrix spp, um relato de caso

Autores Juliany Carvalho 1, Elias Ramos Neto 1, Gabriel Ifran 1, Jonas Facco 1

Instituição 1 HUSM - Hospital Universitário de Santa Maria (Rua Roraima,1000)

Resumo IntroduçãoA infecção fúngica é uma doença rara, de difícil diagnóstico, porém associada a altas taxas de incapacidade articular. Sporothrix é um fungo dimórfico comumente existente em plantas em decomposição e no solo [1] que raramente disseminasse para estruturas osteomusculares, porém parece ocorrer mais em pacientes alcoólatras ou imunossuprimidos. Esse agente causa a esporotricose, uma infecção crônica e subaguda. Relatamos um caso de uma infecção monoarticular de joelho causada por Sporothrix spp diagnosticada pelo líquido sinovial após punção articular realizada em um paciente diabético por queixa de edema articular doloroso sem sinais flogísticos associados. Esses caso ilustra a necessidade de suspeição diagnóstica como o diagnóstico diferencial de monoartrite em adultos. Objetivos: A artrite séptica é uma infecção causada por fungos ou bactérias que exige diagnóstico e intervenção precoce visto sua alta taxa de morbidade. O diagnóstico da artrite fúngica é, por vezes, difícil e retardado devido à pouca sintomatologia desencadeada. Fungos são a causa incomum de infecção articular; no entanto, um número crescente de infecções fúngicas nos ossos e articulações tem sido relatado ultimamente [2]. Monoartrite crônica é a apresentação mais típica da artrite fúngica, mas pode ser acompanhada por tenossinovite, especialmente em infecções micobacterianas, leucemia por eritema nodoso, coccidioidomicose e histoplasmose [1]. O fungo Sporotrhix spp, causadador da esporotricose, é encontrado no solo, madeiras e vegetais. Essa doença foi por muito tempo conhecida como “doença do jardineiro”, visto que acometia esse tipo de trabalhador o qual encontrava-se em contato direto com o ambiente natural desse agente. O fungo também acomete espécies de animais silvestres e domésticos, entre eles o gato e o cachorro. Os felinos, são capazes de transmitir a doença através de arranhões ou contato respiratório. A disseminação é feita por foco contiguo ou hematogênica. Materiais e Métodos:Paciente masculino, diabético insulino dependente, com diagnóstico prévio de artrose de joelho por exame de imagem, consultou por queixa de inchaço e dor progressiva no joelho, sem sinais infecciosos associados sendo submetido a punção articular com drenagem de secreção purulenta franca. Apesar de exames laboratoriais sem indícios de quadro infeccioso e exame físico inocente, foi encaminhado ao centro cirúrgico por artrite séptica de joelho. Realizada lavagem de joelho esquerdo, onde encontrou-se grande quantidade de secreção purulenta, com coleta do material para cultura. Durante a espera dos resultados, paciente iniciou tratamento empírico com antibioticoterapia endovenosa guiada pelo controle de infecção do hospital sendo submetido, novamente, a duas lavagens em bloco cirúrgico devido a permanência de edema e saída de secreção purulenta, associados a discreta hiperemia e hipertermia, com nova coleta de material para cultura e com coleta de fragmento ósseo para anatomopatológico. Até resultado dos culturais, paciente apresentou picos febris, sem alteração de exames laboratoriais, sem aumento da dor. Submetido a exames radiográfico e tomográfico, os quais demostraram extenso comprometimento ósseo de fêmur proximal e tíbia distal, com áreas de rarefação óssea. Resultados: Primeiro resultado cultura demostrou presença de estruturas fúngicas não especificadas, sendo iniciado tratamento endovenoso para infecção fúngica com 400mg/dia de fluconazol. Após 8 dias do início do antifúngico, resultado de micológico demostrou isolamento do germe Sporothrix spp em cultura e biópsia óssea, sendo trocado o tratamento para itraconazol 200mg/dia. Paciente iniciou tratamento em 24 de setembro de 2018, com plano de 12 meses de medicação via oral. Conclusões: A artrite séptica é uma afecção de diagnóstico clínico na qual a cultura do líquido sinovial é o padrão ouro, seja ela fúngica ou bacteriana. As características radiográficas de uma infecção fúngica articular não são diagnósticas ou patognomônicas. A característica indolente da infecção, associada a falta de especificidade dos exames clínico e laboratorial, faz com que o diagnóstico se torne difícil e, muitas vezes, postergado levando a terapia incorreta e danos osteoarticulares permanentes ao paciente. O tratamento da artrite articular fúngica causada pelo Sporothrix spp com itraconazol provou ser eficaz [5]. No entanto, durante o tratamento da artrite da esporotricose, há possibilidade de recidiva da doença. O tratamento preconizado com o itraconazol deve ser usado por 12 meses. Apesar de raro, o diagnóstico de uma infecção articular pelo fungo Sporothrix deve ser suspeitada como diagnóstico diferencial de uma artrite séptica articular.

Palavras-chaves: Sporothrix, Joelho, Infecção

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ANÁLISE DESCRITIVA DE DIFERENTES MÉTODOS DE DESCELULARIZAÇÃO DE NERVOS PERIFÉRICOS HUMANOS

Autores Letícia Corso de Melo 1, Paula Hansen Suss 1, Victoria Stadler Tasca Ribeiro 1, Carlos Eduardo

Motooka 1, Felipe Francisco Bondan Tuon 1

Instituição 1 LEID / PUCPR - Laboratory of Emerging Infectious Diseases, PUCPR (Rua Imaculada Conceição,

1155)

Resumo Introdução O estudo de novas opções de enxertos para reparação cirúrgica devido a lesão de nervo periférico, se faz necessário, devido a reduzida disponibilidade. A descelularização de aloenxertos tem se mostrado favorável na obtenção de tecidos acelulares, no entanto uma das dificuldades encontradas é a manutenção da estrutura anatômica. Objetivos Avaliar diferentes métodos de descelularização de nervos periféricos humanos. Materiais e Métodos O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram utilizados segmentos de nervos medianos e ulnares provenientes de doadores cadáver. Os nervos foram divididos em 4 partes, que foram processadas por três métodos: 1- descelularização por preservação a frio; 2- descelularização por processo químico; 3- descelularização por processo químico e físico. Uma parte não foi processada e foi utilizada como controle. As características estruturais dos nervos pré e pós o processo de descelularização foram avaliadas por histologia pelas colorações H&E, Tricrômico de Gomori, Cresil e DAPI. Resultados A análise histológica demonstrou que o método 1 não permitiu a remoção dos componentes celulares, além de ocorrer degeneração dos axônios. Já os métodos 2 e 3 não apresentaram componentes celulares e a estrutura anatômica foi mantida. Conclusões Os achados do presente estudo demonstraram que o tratamento dos nervos humanos com o método de descelularização por processo químico e ou físico resultaram em uma matriz descelularizada com propriedades estruturais preservadas.

Palavras-chaves: Aloenxerto, Descelularização, Doador cadáver, Nervo

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Fratura atípica de fêmur por uso de alendronato em paciente em acompanhamento por fratura periprotética de fêmur contralateral - relato de caso

Autores Luiz Fernando Bonaroski 2,1, Giro Alberto Yoshiyasu 2, Letícia Hanae Kato 1, Gabriela Luiza

Gentilini 1

Instituição 1 UP - Universidade Positivo (R. Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 - Campo Comprido,

Curitiba - P), 2 HT - Hospital do Trabalhador (Av. Rep. Argentina, 4406 - Novo Mundo, Curitiba -

PR, 81050-000)

Resumo Introdução A osteoporose é um distúrbio multifatorial e progressivo do esqueleto caracterizado por redução da massa óssea e deterioração da microarquitetura óssea. As principais terapias farmacológicas incluem o uso de cálcio e vitamina D, bifosfonatos, calcitonina e reposição de estrogênio. O bifosfonato é uma classe de medicamento amplamente utilizado para o tratamento de osteoporose. Essa classe de medicamento inibe a atividade de reabsorção dos osteoclastos. Entretanto, desde 2003 foram registrados casos de osteonecrose da mandíbula e fraturas atípicas do fêmur relacionadas ao uso prolongado. Essas fraturas ocorrem devido ao comprometimento do remodelamento ósseo e aumento da fragilidade óssea. Objetivos Este caso busca elucidar a importância de fazer o acompanhamento do tratamento do paciente baseado no risco de fratura e na farmacocinética do bifosfonato escolhido para evitar efeitos adversos. Materiais e Métodos Coleta de dados da anamnese, exame físico do prontuário médico do paciente em questão e exames de imagem pré e pós-operatório do mesmo paciente. Resultados Paciente do sexo masculino de 55 anos, portador de espondilite anquilosante e osteoporose, encaminhado para o Hospital do Trabalhador de outra cidade por fratura periprotética do fêmur D. Artroplastia total de quadril realizada há 3 anos, por coxartrose. Além da fratura em fêmur D, paciente relatava dor em coxa E havia meses, sendo então solicitados exames de imagem também do fêmur E, os quais revelaram fratura atípica de fêmur (subtrocantérica) por consequência do uso de bifosfonato. Conclusões A relação do uso crônico de bifosfonatos e a ocorrência de fraturas femorais atípicas não tem uma associação confirmada pela literatura. Entretanto, sabe-se que o uso crônico dos bifosfonatos tem tido maior relação com fraturas com padrão diferente das clássicas fraturas osteoporóticas – mecanismo de lesão, localização e configuração da fratura.

Palavras-chaves: alendronato, fêmur, fratura

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Experiência do grupo do trauma e reconstrução óssea com retalhos musculares, musculocutâneos e enxerto de pele em um Hospital Universitário de Curitiba.

Autores LORIANE MAUDA 1, Mateus Schmitz 1, Igor Fiorese Vieira 1, Kauê Sabião 1, Leonardo Gubert 1

Instituição 1 HUC - Hospital Universitário Cajuru (Av. São José, 300 - Cristo Rei, Curitiba - PR)

Resumo Introdução Retalhos musculares, musculocutâneos e enxertos de pele são procedimentos realizados na tentativa de recuperar as mais diversas lesões de partes moles, rotineiramente praticados por cirurgiões plásticos capacitados. Sendo necessário, em sua grande marioria, multiplas abordagens cirúrgicas entre diferentes equipes especializadas em um cenário de atendimento ao paciente politraumatizado ou de alto grau de complexidade. Objetivos Descrever a experiência de um grupo ortopédico de trauma e reconstrução óssea de um hospital terciário de Curitiba-PR com retalho e enxerto de pele. Materiais e Métodos Foram analisadas, retrospectivamente, as evoluções dos pacientes submetidos à transposição dos músculos gastrocnêmio, sóleo e/ou enxerto de pele total, por uma equipe ortopédica em um hospital universitário de Curitiba no período entre 2016 e 2018. Foram avaliados: a etiologia da lesão, o tempo entre a lesão e a transposição muscular, o músculo utilizado e a evolução da ferida. Os dados foram coletados através do prontuário eletrônico do paciente (hospitalar e ambulatorial). Resultados Foram submetidos à cirurgia 29 pacientes, com idade média de 38,38 anos, sendo 75,86% do sexo masculino e 24,13% do sexo feminino. Os locais mais acometidos com perda de substância foram o terço médio e inferior da perna em decorrência de fratura exposta e/ou osteomielite crônica. Retalhos de avanço, solear e enxerto total de pele foram os procedimentos mais realizados. A principal complicação foi a necrose periférica do retalho. Conclusões O tratamento com retalhos musculares e enxerto de pele para cobertura óssea obteve resposta satisfatória, com um menor número de intervenções cirúrgicas e consequentemente, uma redução do tempo total de internamento.

Palavras-chaves: Retalho muscular, Retalho musculocutâneo, Enxerto de pele, Osteomielite, Fratura exposta

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CONCORDÂNCIA ENTRE OS RESULTADOS RADIOGRÁFICOS DOS TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS FRATURAS DO RÁDIO DISTAL ENTRE TRAUMATOLOGISTAS E CIRURGIÕES DE MÃO.

Autores LUCAS BERNARDO CARVALHO DE ALMEIDA 1,1,1,1, fabio sano imoto 1, Eiffel Tsuoshi Tobashi 1, thiago bernardo CARVALHO DE ALMEIDA 1, fabio ribeiro goncalves 1, raul itocazo taira 1

Instituição 1 IFOR - IFOR (R. Américo Brasiliense, 596 - Centro, São Bernardo do Campo - SP)

Resumo Introdução Não existe um consenso sobre quais mensurações são mais representativas para avaliar o restabelecimento anatômico radiográfico no manejo cirúrgico das fraturas do rádio distal. Na literatura são descritas algumas variáveis como altura radial, inclinação radial e inclinação volar e a diferença dos resultados após o tratamento entre especialistas e não especialistas ainda não foi estabelecida. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi o de realizar uma análise comparativa entre os resultados pós-operatórios de cirurgiões especialistas em mão e ortopedistas traumatologistas pela análise de parâmetros radiográficos consagrados, observados na abordagem das fraturas do rádio distal Objetivos Materiais e Métodos Foi realizado estudo analítico, retrospectivo de uma série de 50 pacientes atendidos em hospital escola referência no Brasil, entre setembro de 2016 e agosto de 2018. Os critérios de inclusão previamente estabelecidos para este estudo foram rigorosamente obedecidos e a abordagem seguiu a Declaração de Helsinque. Resultados Apresentaram resultados satisfatórios 92% dos indivíduos tratados pelo cirurgião de Mão (n=23) e 80% (n=20) dos casos do grupo Trauma. Observamos que três pacientes evoluíram com complicações pó-cirúrgicas no segundo grupo. Não foram observadas diferenças estatísticas significantes entre os grupos para as seguintes variáveis radiográficas: altura radial, inclinação radial e inclinação volar. Conclusões Neste estudo, não observamos diferença significante ao compararmos os resultados radiográficos entre especialistas em mão e traumatologistas com relação ao tratamento cirúrgico das fraturas do rádio distal. Apesar de não observar diferença entre as variáveis radiológicas, o grupo operado pelo grupo da mão obteve menos casos de complicações pós-operatórias.

Palavras-chaves: fratura, radio distal, especialista, tratamento, inclinaçao volar

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NUANCES BIOPSICOSSOCIAIS DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO NO BRASIL , SUAS REPERCUSSÔES SOBRE O INDIVÍDUO TRAUMATIZADO

Autores Luiz Augusto Campinhos 1

Instituição 1 CMHVV - Centro médico hospitalar de vila velha (Rua Moema , quadra 41 , divino espirito santo ,

vila velha ,ES)

Resumo Introdução Os acidentes de trânsito no Brasil em particular os causados pelo uso de motocicletas , têm atingido níveis de gravidade e de relevância crescentes ao longo dos anos e apesar dos esforços conjuntos dos poderes públicos , muito pouco efeito positivo , no que tange um controle têm sido conseguido . As consequências desses eventos sobre o iníviduo e sobre a sociedade são intaníveis quando analisamos o aspecto psicológico e social . Objetivos Como objetivo principal temos que chamar a atenção desses importantes eventos que hoje ocupam posição de destaque entre o número de indivíduos acomemetidos e que ao final se tornam limitados quer seja por uma sequela física e todos os aspectos que o circundam mas de forma muito mais ampla como parte integrante da sociedade pois o fato de perder sua fonte de renda , acomete indiretamente sua familia e seus dependentes . Materiais e Métodos A pesquisa incluiu uma rigorosa revisâo da literatura pertinente ao tema , através de uma busca ativa em bases de dados (Lilacs , BVS , PUBMED ) - Revisão Sistemática da Literatura Pesquisa de natureza qualitativa . Resultados Todos os Estados da Federação têm números assustadores no que diz respeito ao dano físico , para exemplificar , o Estado do Espírto Santo em 2016 ocupava um lugar de destaque no ranking de número de acidentes e apresentou 43.517 acidentes de Trânsito e deste total 1150 indivíduos perderam suas vidas . Conclusões Atualmente essa questão atinge em um contexto global toda a sociedade mas de forma direta os indivíduos em idade produtiva (19-35 anos ) do sexo masculino e que utilizam a motocicleta como meio de trasnporte e de trabalho . As repercussões biopsicossociais sao intangíveis e representam junto à Previdência Social um gasto financeiro que contribui acentuadamente para um agravo das condições sociais e principalmente psicológicas .

Palavras-chaves: ACIDENTES DE TRÂNSITO, NUANCES BIOPSICOSSOCIAIS, TRAUMATIZADO

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Avaliação da limitação da extensão do joelho pós osteossíntese de fraturas do planalto tibial

Autores Luiz Augusto Campinhos 1, Elton Luiz Batista Cavalcante 1, Nelson Elias 1, jose eduardo grandi filho 1

Instituição 1 CMHVV - centro médico hospitalar vila velha (Rua Moema , quadra 41 , divino espirito santo , vila

velha ,ES)

Resumo Introdução Fraturas que acometem a extremidade proximal da tíbia , em particular o planalto tibial , são decorrentes em indivíduos jovens, de trauma de alta energia e em sua maioria necessitam de tratamento cirúrgico, visando não somente o restabelecimento da superfície articular mas em última análise a recuperação funcional da articulação acometida. Objetivos Os autores buscam identificar se em função do acometimento dos quadrantes posteriores do planalto tibial e consequentemente pela abordagem cirúrgica , se houve de alguma forma ,limitação da extensão do joelho ao final do tratamento . Materiais e Métodos Foram avaliados 12 pacientes entre Janeiro de 2017 e Abril de 2018 , sendo 9 masculinos e 3 femininos , todos apresentavam fraturas articulares da extremidade proximal da tíbia ( AO 41 B / C ). O tratamento consistiu em abordagem cirúrgica , reconstrução articular e osteossíntese com placas e parafusos . O uso de enxerto ósseo foi facultativo e foi condicionado á area envolvida no trauma . Resultados O grupo de pacientes acometidos por essas lesões podem apresentar uma redução da mobilidade articular de uma forma mais evidente , no que diz respeito à extensão do joelho e algumas variantes estão envolvidas no processo : natureza do trauma , tipo da fratura , lesões associadas , abordagem de tratamento , precocidade da reabilitação , uso ou não de imobilização pós operatória , retração capsulo-ligamentar . Conclusões Como conclusão a limitação da extensão do joelho pode ter dois fatores condicionantes a saber : O quadrante do planalto tibial envolvido no trauma e consequentemente a abordagem realizada para o tratamento das referidas lesões .

Palavras-chaves: limitação da extensão do joelho, osteossíntese, fraturas do planalto tibial

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Síndrome de Morel-Lavalleé. Relato de caso.

Autores Luiz Henrique Corrêa da Costa Sarmanho 1,2, Augusto Leão Bucar 1

Instituição 1 HFA - Hospital das Forcas Armadas (Endereço: Estrada Contorno do Bosque s/nº - Cruzeiro Novo -

CEP 70.658-900), 2 HRT - Hospital Regional de Taguatinga (St. C Norte Área Especial 24 -

Taguatinga, Brasília - DF, 72120-970)

Resumo Introdução As lesões em cisalhamento "desenluvamento" de Morel-Lavallée representam uma separação traumática causada pela avulsão violenta e rápida da pele sobre a fáscia, causando uma separação entre ela e o tecido celular subcutâneo da fáscia muscular subjacente. Esta separação implica ruptura de pequenos vasos perfurantes nesta região, resultando na formação de cavidade que pode estar preenchida por sangue, linfa e focos de gordura, estes, algumas vezes necróticos(1,2). Está associado ao maior risco de infecções paciente com mais de 13 dias de Desbridamento ou lesões mais extensas³. Objetivos Relatar um caso de lesão de Morel-Lavalleé extenso, atendido no Hospital das Forças Armadas. Materiais e Métodos As informações descritas neste trabalho foram obtidas com informações do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico das lesões, inclusive trans-operatório e resultados e, revisão da literatura. O paciente assinou termo de consentimento esclarecido. Resultados IPDS 23 anos, vitima de acidente automobilístico em 06/05/2017, com capotamento, sem vitimas fatais, atendido inicialmente em facultativo, visualizado fratura de clavícula esquerda e lesões de partes moles com escoriações e contusões, destacando contusão na coxa esquerda, sem fratura associada no local, veio em nosso serviço dia 15/05/2017 com queixa de dor em clavícula esquerda, retornou dia 22/05/2017, toxemico, com dor intensa em coxa esquerda e hematoma sem trauma após capotamento, realizado CT de coxa E sem contraste, visualizado coleção subcutânea em fáscia lateral, grande área de hematoma, realizado drenagem do hematoma pensando em abscesso, sem saída de secreção purulenta, apenas pequena quantidade de hematoma, após abordagem do paciente encaminhado a CTI devido a toxicemia, em acompanhamento com CTI e UTO, fez uso de meropen e daptomicina, evoluindo com piora do aspecto da coxa esquerda optado por desbridamento extenso da subcutâneo e pele dia 26/05/2017, paciente evoluindo bem após cirurgia recebendo alta do CTI dia 30/05/2017, necessitou de 5 reabordagens periódicas (a cada 48 ou 72h) pela UTO apenas para regularizar bordas e melhorar o tecido de granulação da fáscia muscular para equipe de cirurgia plástica assumir o paciente e posteriormente realizar enxertia. Paciente também recebeu tratamento conjunto com medicina hiperbarica no total 34 sessões e recebeu alta hospitalar dia 10/07/2017 Conclusões Trata-se de um caso de “desluvamento” fechado, não incomum, com 16 dias de trauma-diagnostico que evoluiu com infecção do sitio de hematoma e toxemia do paciente. Na revisão da literatura observamos que quanto mais tardio o diagnostico-tratamento, maior a incidência de infecção e complicações. Ressaltamos a importância do diagnostico e conduta precoce dos casos de Morel-Lavalle

Palavras-chaves: Desenluvamento, Medicina Hiperbárica, Morel-Lavalleé

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Fratura da cabeça do fêmur associada a fratura do sacro, fratura do planalto tibial, tornozelo e pé no membro inferior direito, e pé esquerdo: Relato de caso

Autores Marcel Lobato Sauma 1, Thiago Durans Correa 1, Dan Oizerovici 1, Noel Oizerovici Foni 1, André

Wajnsztejn 1

Instituição 1 HIAE - Hospital Israelita Albert Einstein (Av. Albert Einstein, 627)

Resumo Introdução O politraumatismo é uma condição definida pela presença de lesões em mais de um órgão ou sistema corporal, sendo pelo menos uma ameaçadora à vida do paciente. Tem incidência majoritariamente em pacientes jovens e do sexo masculino. Com o desenvolvimento de melhores padronizações e métodos para a abordagem inicial e suporte à vida, é crescente o número de pacientes politraumatizados graves que sobrevivem ao trauma inicial, o que traz um novo desafio que é o do manejo de múltiplas fraturas graves nesse tipo de paciente. Objetivos Relatar o caso de um politraumatismo de um paciente vítima de acidente automobilístico. Materiais e Métodos Foram utilizados os dados relatados no prontuário eletrônico do paciente e os exames de imagem realizados durante o período pré-operatório, intra-operatório, e pós-operatório, durante e após a internação no serviço onde foi realizado o tratamento definitivo. Resultados Paciente transferido por ambulância avançada, no dia 19/10/2018, de outro serviço, vítima de politrauma há 1 dia (colisão auto x auto), com fratura cominuta do sacro, luxação do quadril direito com fratura da cabeça do fêmur, fratura-luxação do joelho esquerdo (realizado fixação externa transarticular no serviço de origem), fratura do tornozelo esquerdo, fraturas múltiplas dos pés direito e esquerdo. Estabilizado hemodinamicamente. Optado por realização de osteossíntese da cabeça do fêmur e do planalto tibial na urgência. No dia 22/10/2018, realizada osteossíntese do pé direito e do tornozelo e pé esquerdo. Equipe da coluna optou por tratamento conservador da fratura do sacro. Recebeu alta hospitalar 07/12/2018. Conclusões A abordagem do paciente politraumatizado por uma equipe capacitada e com a utilização de materiais adequados é capaz de melhorar o prognóstico do paciente, devolvendo-o o mais rápido possível às suas funções prévias.

Palavras-chaves: Fêmur proximal, Planalto tibial, Tornozelo

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ANÁLISE DOS CASOS DE ACIDENTES MOTOCICLÍSTICOS NOS ESTADOS DO TOCANTINS E PARANÁ AO LONGO DA ÚLTIMA DÉCADA

Autores

MARCOS VINICIOS CARVALHO AGUIAR 1,3, BRYAM SIMONSEN DE OLIVEIRA 1, ÍTALO

BRITO SALERA 1, ADALBERTO LOPES ALENCAR DE CARVALHO 1, CLAUDIO RYCHELM

CARVALHO DE JESUS 1, THIARIO SILVÉRIO MARCONDES MEIRELES 2, GUILHERME DE

LIMA DOURADO 1

Instituição 1 UNIRG - Universidade de Gurupi ( R. Dep. José de Assis, 11 - St. Central, Gurupi - TO, 77402-050

Campus II), 2 USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (Av. Dr. Arnaldo, 455 - Cerqueira César,

São Paulo - SP, 01246-903), 3 UMESP - UNIVERSIDADE METODISTA DO ESTADO DE SÃO

PAULO (R. Alfeu Taváres, 112 - Rudge Ramos, São Bernardo do Campo - SP, 09641-000)

Resumo Introdução Em 2007, quase 30% dos óbitos por causas externas no Brasil foram decorrentes de acidentes de trânsito. Entre esses, o número de mortes de motociclistas tem-se mostrado crescente. Objetivos Analisar os casos de acidentes motociclísticos nos estados do Tocantins e Paraná no período entre Janeiro de 2009 e Janeiro de 2019. Materiais e Métodos Estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa sobre os acidentes motociclísticos ocorridos nos Estados do Tocantins e do Paraná, na última década. Dados obtidos do DATASUS e classificados segundo faixa etária, sexo, valores em serviços hospitalares e óbitos. Incluídos somente casos do grupo V20-V29 do CID-10. O trabalho não passou por comitê de ética, pois utiliza dados previamente publicados. Resultados Tocantins apresentou 7.679 casos de acidentes motociclísticos, sendo 6.056 (78,9%) homens e 1.623 (21,1%) mulheres. A faixa etária mais acometida foi entre 20-39 anos (54,4%). Os custos somaram R$ 9.531.764,86 e os óbitos 190 (2,5%). Paraná apresentou 34.637 acidentes de moto envolvendo 28.374 (81,9%) homens e 6.263 (18,1%) mulheres. Grupo etário mais acometido também foi o de 20-39 anos (59%). Custos de R$ 44.458.744,95 e mortes 752 (2,2%). Conclusões Os sinistros de trânsito motociclísticos acometem um grupo muito específico de pessoas (homens entre 20 e 39 anos), geram altos custos ao erário, além de morbidade e mortalidade consideráveis. O mesmo padrão é visto em ambos os estados analisados.

Palavras-chaves: Acidentes de Trânsito, Causas de morte, Mortalidade

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LUXAÇÃO AGUDA TRAUMÁTICA TIBIOFIBULAR PROXIMAL ASSOCIADA A FRATURAS DA TÍBIA E DA FÍBULA - RELATO DE 02 CASOS

Autores

MARCUS VINICIUS BIANCHI 2, CARLOS ANTÔNIO BERGAMASCHI JOSÉ 2, LISANDRO

PAVAN 2, LAURO RODRIGUES CASARIN DA ROCHA 2, WAGNER ISAIAS PICCOLI 2,

LEANDRO CHEMELLO 2, ALEXANDRE LUIZ DAL BOSCO 2

Instituição 2 ORTOCENTRO - CLÍNICA ORTOCENTRO (RUA MARQUES DO HERVAL,1115, CAXIAS

DO SUL-RS)

Resumo Introdução A luxação tibiofibular proximal está associada a menos de 1% dos traumas do joelho. Pode ocorrer isolada ou estar associada a fraturas da tíbia ou fíbula. Ocorre em traumas de alta energia, como no esporte ou acidentes de trânsito. Quando associada a fraturas expostas, pode ocorrer síndrome compartimental e lesão do nervo fibular. Classifica-se por Ogden em 04 tipos. Objetivos Relato de 02 casos de luxação tibiofibular proximal associada a fraturas da tíbia e fíbula. Materiais e Métodos CASO 1: Homem com trauma fechado em perna esquerda, durante o futebol. Sem lesões neurovasculares. Diagnóstico de fratura diafisária da tíbia associada a luxação tibiofibular proximal. Tratamento cirúrgico de urgência e fixação da tíbia com haste intramedular e redução aberta e fixação tibiofibular proximal com parafuso. Houve consolidação da fratura da tíbia e, em 04 meses de pós operatório, foi retirado o parafusos tibiofibular. Paciente apresentou boa evolução clínica com retorno a suas atividades. CASO 2: Homem com traumatismo aberto em perna esquerda, com fratura exposta da diáfise da fíbula (Gustillo IIIA) e luxação tibiofibular proximal. Tratamento cirúrgico de urgência com fixação com placa DCP na fíbula, fixação tibiofibular proximal com um parafusos e mais 02 parafusos para fixação tibiofibular distal. Paciente evoluiu com deiscência do ferimento, sendo necessários vários desbridamentos e curativos a vácuo para o fechamento associado a enxerto parcial da pele. Evoluiu com cicatrização da pele e melhora funcional. Houve quebra dos 02 parafusos distais, consolidação da fratura da fíbula e, em 04 meses de pós operatório, foi retirado o parafuso tibiofibular proximal Resultados Relato de duas lesões, que evoluíram com estabilização da articulação tibiofibular proximal e consolidação das fraturas ósseas. Conclusões Lesão rara de alta energia necessitando de tratamento cirúrgico de urgência.

Palavras-chaves: luxação tibiofibular , curativo a vácuo, fratura tíbia, fratura fíbula

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FRATURA DE ACETÁBULO E COLO DE FÉMUR ASSOCIADO A LUXAÇÃO POSTERIOR: RELATO DE CASO.

Autores

Mário Elias 1, Welber Castanhato 1, Caio Gouvea 1, Jose Julio 1, Weby Delsin 1, Joao Victor Fornari 1,

Walter Leonardo Tofanelli 1, Mário Cesar Stocco Sterzo 1, Helder Oliveira 1, Ronaldo Parissi

Bounain 1

Instituição 1 HUSF - Hospital Universitario São Francisco (Avenida São Francisco de Assis, 260 - Cidade

Universitaria - Bragança Paulista)

Resumo Introdução A fratura luxação traumática do quadril é uma lesão ortopédica grave e complexa que pode provocar incapacidade permanente. Esse tipo de afecção traumática é incomum e conta com poucos relatos na literatura. Objetivos Devido a raridade do quadro e suas complicações, torna-se objetivo relatar o caso do presente estudo. Materiais e Métodos Realizou-se um estudo descritivo de um caso de fratura de acetábulo e colo de femur associado a luxaçao posterior do Quadril Direito. Paciente realizou tratamento cirurgico e encontra-se em acompanhamento por Equipe de Ortopedia e Trauma do Hospital Universitário São Francisco de Assis da Providencia de Deus da cidade de Bragança Paulista - SP. O Relato de caso tem autorização e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) assinado pelo paciente. Resultados Paciente de 23 anos de idade, do sexo masculino, vítima de queda de moto no dia 15 de agosto de 2018, com diagnóstico de fratura-luxação do quadril direito. Realizou tratamento cirúrgico da fratura do acetábulo com Placa de Reconstrução e Parafuso canulado em colo femoral. Conclusões Não observou-se sinais e sintomas de necrose avascular da cabeça do femur em 6 meses de pós operatório no paciente deste estudo.

Palavras-chaves: Fratura de Acetábulo, Fratura de Colo do Fêmur, Luxação da Cabeça Femoral, Osteonecrose da Cabeça Femoral

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Estratégias Terapêuticas na Redução de Infecções em Fraturas Expostas

Autores Valdir Alves de Sá Júnior 1, Matheus Jaime Moura 1

Instituição 1 UNICEPLAC - Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Sant (SIGA Área Especial,

Lote 2/3. Setor Leste Industrial, Gama. Brasilia, DF.)

Resumo Introdução As fraturas expostas são propensas a infecções que podem levar a disfunção importante do segmento acometido e condições sépticas graves. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de infecção incluem energia do trauma, extensão da lesão, desvitalização de tecidos moles, gravidade da lesão óssea, grau de contaminação local, perfil imunológico do paciente e atraso no início do tratamento. Objetivos Analisar as estratégias terapêuticas na redução das taxas de infecção em fraturas expostas. Materiais e Métodos Revisão bibliográfica realizada utilizando os termos “infection”, “open fractures” e “prevalence” nas bases de dados PubMed e Lilacs/Scielo, com artigos publicados entre 2013 e 2019. Resultados O desbridamento cirúrgico deve ser realizado em caráter de urgência, conforme condições clínicas do paciente. A literatura não sugere vantagem para desbridamentos cirúrgicos realizados nas primeiras 6 horas após o trauma em relação aos procedimentos realizados em até 24 horas após o trauma. A administração profilática de antibióticos sistêmicos está associada a uma redução de até 60% do risco absoluto de infecção precoce. Craig et al. demonstrou em meta-análise que a antibioticoterapia local, associada a antibioticoterapia sistêmica padrão, reduz substancialmente a taxa de infecções. Hiperglicemia aguda é uma resposta fisiológica comum ao trauma e é fator de risco para complicações infecciosas, independente de história de Diabetes Mellitus. Conforme Scalea et al., alcançar normoglicemia precocemente reduz eventos infecciosos e mortalidade. Conclusões Mesmo com o aprimoramento dos tratamentos e das técnicas cirúrgicas, as infecções continuam sendo importante causa de morbimortalidade após fraturas expostas. É bem fundamentado pela literatura que a instituição ágil e criteriosa do tratamento de cada variável é determinante para o desfecho infeccioso da lesão.

Palavras-chaves: Infecção , Fratura exposta, Prevalência

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AVALIAÇÃO DAS LESÕES TRAUMÁTICAS DO PLEXO BRAQUIAL PELA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Autores Isadora de Macedo Carneiro 1, Julyana Raissa dos Santos Leite 1, Matheus Jaime Moura 1, Gustavo

Henrique Pereira da Silva 2

Instituição 1 UNICEPLAC - Centro Universitário do Planalto Central (SIGA Área Especial, Lote 2/3, St Leste

Industrial - Gama. Brasília, DF), 2 UFG - Universidade Federal de Goiás (Avenida Esperança s/n,

Câmpus Samambaia - Prédio da Reitoria. CEP 74690-900 GO)

Resumo Introdução As lesões traumáticas do plexo braquial estão entre os eventos mais graves das extremidades neurais e sua incidência tem crescido, provocando o aumento concomitante do número de indicações cirúrgicas para o seu tratamento. Isso revela a necessidade do conhecimento sobre as melhores formas de diagnóstico e caracterização dessas lesões. Objetivos Este trabalho detém o objetivo de comparar os métodos diagnósticos de imagem relacionados à lesão do Plexo Braquial e avaliar porque a Ressonância Magnética tem sido usada com maior frequência. Materiais e Métodos Para construção do trabalho, foram consultados 39 artigos científicos escritos em inglês e português, datados desde 2002 até 2018 em bases de dados como Pubmed, SCiELO e LILIACS. Quanto ao vocabulário de busca, optou-se por termos descritores. Brachial Plexus, Magnetic Resonance e Injury foram combinados para melhor selecionar os artigos pré-estabelecidos no roteiro. Resultados Por envolver uma região de anatomia complexa, é importante definir precisamente a localização dessas lesões, uma vez que isso determina a escolha terapêutica e o prognóstico do paciente. Apesar de a mielografia por tomografia computadorizada ser considerada o método padrão-ouro para a investigação das avulsões pré-ganglionares, ela tem sido gradativamente substituída pela ressonância magnética, que permite a caracterização do ferimento com imagens de alta resolução, avaliação multiplanar, acurácia e sensibilidade na avaliação integral das lesões do plexo braquial. Conclusões A Ressonância Magnética tem primazia na sua realização quando se trata de avaliação do Plexo Braquial em condições de emergência mesmo não sendo considerada Padrão-ouro, uma vez que não é operador-dependente e é mais fácil de ser manejada nesses serviços.

Palavras-chaves: Imagem de Ressonância Magnética, Plexo Braquial, Trauma

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QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES EM USO DE FIXADOR EXTERNO CIRCULAR

Autores

GIRO ALBERTO YOSHIYASU 1, DOUGLAS DE SOUZA MORAES 1, SÉRGIO ANTÔNIO

FERRAZ MARCON 1, LUCAS ANTÔNIO FERRAZ MARCON 1, CÁSSIO KENJI HIRAGA 1,

PAULO HENRIQUE VOGT 1

Instituição 1 HT - HOSPITAL DO TRABALHADOR (AV REPUBLICA ARGENTINA 4406 - CURITIBA)

Resumo Introdução O uso de fixador externo como opção terapêutica de fraturas ou alongamento ósseo fora apresentado em meados do século XIX. Através de muitos estudos, e falhas, Codivilla, realizou o primeiro estudo de alongamento ósseo através do uso de aparelhos gessados. Nos anos 1950, na Sibéria, Ilizarov, desenvolveu a sua técnica - o fixador do tipo circular, com fios de Kirschner e pinos trans-ósseos. O fixador externo do tipo circular, hoje, é um procedimento consagrado para tratamento de diversas fraturas e deformidades. O período de tratamento costuma ser longo, a qualidade de vida e o cotidiano do paciente sofrem mudanças. Objetivos Avaliar a qualidade de vida dos pacientes em tratamento de fraturas, sequelas e suas complicações com a montagem do fixador externo do tipo Ilizarov. Materiais e Métodos É um estudo observacional, do tipo transversal, no qual foi aplicado o questionário SF-36 durante as consultas ambulatoriais em dois períodos, nos meses de 07/2018 e 01/2019. Os pacientes, que participaram, realizaram seus procedimentos cirúrgicos entre os períodos de janeiro de 2018 a junho de 2018. Resultados Foram avaliados 36 pacientes, onde foi observado predomínio no sexo masculino, com média de idade em 37,9 anos. As fraturas de ossos da perna associado a suas complicações foram as principais alterações que indicaram metade da amostra a realizar tratamento com o fixador externo circular do tipo Ilizarov. Através do questionário foi evidenciado uma melhora na capacidade funcional e nos aspectos emocionais. Para 70,5% dos pacientes o tratamento foi responsável por manter e ou melhorar a qualidade de vida Conclusões O uso do fixador externo circular constitui como importante e confiável método para o tratamento cirúrgico de fraturas complexas e suas sequelas. Este trabalho permitiu concluir que os pacientes avaliados obtiveram uma melhora funcional nas atividades diárias e dos índices de qualidade de vida.

Palavras-chaves: Qualidade de vida, Método de Ilizarov, Alongamento ósseo, Fraturas, Pseudo-artrose

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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A FIXAÇÃO COM FIO DE KIRSCHNER E A FIXAÇÃO COM PLACA E PARAFUSOS NAS FRATURAS EXTRA-ARTICULARES DO RÁDIO DISTAL: UMA AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA DE ASPECTOS CLÍNICOS

Autores Pedro Henrique Bubna Galvan 1, Diogo Hiroshi Beçon Kussakawa 1, Isabela Tramontini Benevenuto 1

Instituição 1 UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Rua Maringá, 1200, Bairro Vila Nova,

Francisco Beltrão)

Resumo Introdução As fraturas que acometem o rádio distal representam 74,5% das fraturas de antebraço. Existem variadas formas de tratamento para essa fratura descritas na literatura. Objetivos O objetivo geral desse trabalho é comparar duas das técnicas de osteossíntese utilizadas em fraturas de rádio distal extra-articulares: os fios de Kirschner e as placas de fixação. Materiais e Métodos O método de pesquisa utilizado foi um estudo clínico de coorte retrospectivo, não randomizado, em um grupo delimitado entre março/2017 a fevereiro/2018. A avaliação dos pacientes foi baseada no trabalho de Stewart (1983), que considera duas dimensões dos resultados do tratamento: a subjetiva – que aborda a avaliação do paciente sobre a viabilidade da articulação, presença ou não de dor e incapacidade – e objetiva – que pondera sobre a amplitude de movimento. Resultados O rol de pesquisa foi composto por oito homens e doze mulheres, com uma idade média da 51,95 anos (DP 10,95), destes, dez foram abordados com fio de Kirschner e dez com placa de fixação. O fio de Kirschner apresentou os melhores resultados na avaliação subjetiva, com uma diferença significativa (p=0,002) frente à placa de fixação. Já na avaliação objetiva, não houve diferença significativa (p=0,089) e a OR não foi expressiva, não caracterizando nem risco nem proteção. Conclusões Com base nos dados obtidos, concluiu-se que ambos os métodos de abordagem apresentaram resultados semelhantes na funcionalidade objetiva do punho. Porém o fio de Kirschner obteve os melhores resultados subjetivos, com poucas sequelas de perda de movimento ou limitação de atividades diárias.

Palavras-chaves: Fratura de rádio distal, Osteossíntese, Técnicas cirúrgicas, Fio de Kirschner, Placa de fixação

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AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO JOELHO APÓS OSTEOSSÍNTESE COM HASTE INTRAMEDULAR RETRÓGRADA

Autores Pedro Rafael Ventura Carvalho 1, Lucas David Campos 1, Leandro Alves de Oliveira 1, thales augusto

Queiroz 1, pedro ivo favaro 1

Instituição 1 HUGOL - Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira ( Av. Anhanguera, 14527 -

St. Santos Dumont, Goiânia - GO, 74463-350)

Resumo Introdução Os pacientes estudados foram submetidos a cirurgia corretiva de fraturas de fêmur com haste intramedular retrógrada, com a mesma equipe, realizando acompanhamento ambulatorial periódico com a mesma equipe cirúrgica. Objetivos Avaliar de forma seriada a amplitude de movimento do joelho ipsilateral à fratura de fêmur, fixada com haste intramedular retrógrada, demonstrando resultados funcionais. Materiais e Métodos Foram avaliados 26 pacientes submetidos à osteossintese da fratura de fêmur com haste intramedular retrógrada, que mantinham seguimento ambulatorial periódico. Todos os tratamentos cirúrgicos obedeceram a técnica correta de fixação, obedecendo à anatomia do joelho. Foi avaliado a amplitude de movimento (ADM), dor, rigidez articular e capacidade funcional utilização o questionário WOMAC. Resultados Foi obtido como resultado: 46,15% (12) ADM total de 0 a 140 graus; 23,07% (6) ADM de 0 a 90 graus de flexão; 15,38% (4) 0 a 110 graus; 3,84% (1) 0 a 80 graus; 3,84% (1) 0 a 60 graus; 3,84% (1) 0 a 10 graus e 3,84% (1) de 25 a 50 graus. Em relação aos domínios do questionário WOMAC: Dor: 80% nenhuma dor e 20% pouca dor. Rigidez: 77,7% nenhuma rigidez; 11,1 % pouca e 11,1 % muito intensa. Incapacidade funcional: 73,8% nenhuma incapacidade; 22,2, % pouca e 3,9% moderada. Conclusões A fixação das fraturas de fêmur com haste intramedular retrógrada demonstrou ser um método promissor quanto ao resultado funcional do joelho e à satisfação do paciente.

Palavras-chaves: haste-retrógrada, joelho, mobilidade, WOMAC

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RELATO DE CASO: TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DA CABEÇA E COLO FEMORAL ATRAVÉS DA LUXAÇÃO ANTERIOR CONTROLADA DO QUADRIL

Autores Renê Hobi 1, Ulisses Tomaz Monteiro 1, Weverley Valenza 1, José Marcos Lavrador 1, Lucas

Rezende 1, Gabrielle Terezinha Foppa 2

Instituição 1 HT - HOSPITAL DO TRABALHADOR (Av. República Argentina, 4406 - Novo Mundo - 81050-

000 - Curitiba - PR), 2 UP - UNIVERSIDADE POSITIVO (R. Professor Pedro Viriato Parigot de

Souza, 5300 - Campo Comprido, Curitiba - P)

Resumo Introdução Apesar de rara, a fratura da cabeça femoral é cada vez mais presente devido a maior incidência de acidentes automobilísticos. As vias de acessos tradicionalmente usadas no tratamento são a de Kocher-Langenbeck e a de Smith-Petersen. Hoje, a técnica de luxação anterior controlada do quadril descrita por Ganz, tem ganhado espaço e destaque. Objetivos Apresentar o tratamento de um paciente com fratura de colo e cabeça femoral através da via de Ganz. Materiais e Métodos Relato de caso baseado em dados do prontuário de um adulto com fratura de colo e cabeça femoral acompanhado no Hospital do Trabalhador Resultados Masculino, 23 anos, vítima de colisão moto com auto resultando em fratura de colo de fêmur à esquerda (GARDEN II e AO/OTA 31B2) com extensão para cabeça femoral (Pipkin I e AO/OTA 31C19). Apresentava queixa álgica intensa, rotação externa, encurtamento e relutância ao mover o membro. Realizado redução da fratura e fixação pela técnica de Ganz. Recebeu alta com amplitude de movimento em articulações de joelho e quadril variando de 0-90º ativamente, deambulando com carga proprioceptiva em membro inferior esquerdo, sem dor. Permanece em acompanhamento ambulatorial com melhora significativa clínica e radiológica Conclusões O tratamento cirúrgico das fraturas de cabeça femoral pela luxação anterior controlada do quadril é uma importante opção no arsenal técnico-terapêutico, sendo uma escolha a ser considerada pelo cirurgião ortopédico nesses casos.

Palavras-chaves: FRATURA DA CABEÇA DO FÊMUR, FRATURA DO COLO DO FÊMUR, LUXAÇÃO CONTROLADA ANTERIOR, TÉCNICA DE GANZ

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Aplicativos que facilitam documentação cirúrgica

Autores Rafael Bandeira Chruscinski 1, Rodolfo Belz Antoniazzi 1, João Luiz Vieira Da Silva 1

Instituição 1 UP - Universidade Positivo (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 - Cidade Industrial,

Curitiba - PR)

Resumo Introdução É difícil imaginar um dia sem usar nenhum aplicativo de celular, a facilidade que criam na vida de todos são incalculáveis. Contudo a documentação de cirurgias ainda demanda tempo, papel, caneta e energia. Na Alemanha cerca de 21% dos custos com pessoal de centro cirúrgico são gastos em documentação Outro estudo americano demonstrou que 38,5% do tempo de trabalho dos médicos é gasto com documentação . Por isso os aplicativos que reduzem esses números são de suma importância. Objetivos Este trabalho traz uma visão geral sobre os aplicativos para celular que visam a documentação cirúrgica. O estudo traz o exemplo real de um aplicativo (DOC-PÉ) juntamente com outros estudos similares. Materiais e Métodos Revisão integrativa da literatura de artigos que discutem o uso de aplicativos para documentação cirúrgica, sem recorte temporal e publicados nas bases de dados PubMed e Scielo. O DOC – PÉ foi desenvolvido utilizando o software livre Android Studio, linguagem de programação Java. Resultados Há poucos aplicativos voltados para documentação de procedimentos cirúrgicos. A exemplo, o DOC-PÉ, utilizado para documentação de cirurgias de pé e tornozelo, apresenta alguns campos pré-definidos, que agilizam muito a documentação. Salva cada cadastro e posteriormente gera uma planilha com todos as cirurgias cadastradas, facilitando a criação do relatório anual requerido pela Associação Brasileira de Tornozelo e Pé – ABTPé. Os testes mostraram que a ferramenta se mostrou intuitiva, fácil, e reduziu o tempo despendido para essa tarefa. Conclusões Poucos aplicativos vêm sendo desenvolvidos para uso do profissional da saúde com a finalidade de documentação. A literatura mostrou um caso semelhante na Argentina , outro da área odontológica e não encontrou nada na brasileira. Por isso deve haver mais estímulo para desenvolvimento de outros aplicativos dedicados a documentação que economizariam tempo e energia de inúmeros profissionais.

Palavras-chaves: Aplicação de informática médica, Aplicativos móveis, Documentos

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Fratura bilateral do colo do fêmur secundária à crise convulsiva: tratamento com artroplastia total do quadril pelo acesso anterior direto

Autores Rui Moraes 1, OSAMU KIMURA 1, Marco Bernardo Cury Fernandes 1, George Kalif Lima 1,

Alexandre Seabra 1, Emilio Freitas 1

Instituição 1 INTO - INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA (AVENIDA BRASIL

500, RIO DE JANEIRO)

Resumo Introdução A fratura bilateral do colo do fêmur secundária à crise convulsiva é um evento raro. Além disso, a utilização de medicações anti-convulsivantes leva a alterações na matriz óssea que predispõem a ocorrência de fraturas. As fraturas do colo do fêmur no adulto jovem são melhor tratadas com fixação, reservando-se à artroplastia em casos de exceção. A escolha do acesso cirúrgico é fundamental no planejamento cirúrgico da artroplastia do quadril. Objetivos Nosso objetivo é relatar um caso de um paciente jovem com fratura bilateral do colo do fêmur pós crise convulsiva, o qual foi submetido a artroplastia total do quadril pela via anterior direta Materiais e Métodos Relato de caso Resultados Pacientes com epilepsia apresentam risco aumentado de fraturas Há evidências que exista uma correlação direta entre comorbidades que afetem a qualidade óssea e a falha da fixação nas fraturas desviadas do colo do fêmur em adultos jovens, sendo a artroplastia uma opção nesses casos. A escolha do acesso cirúrgico é fundamental no planejamento pré operatório da artroplastia total do quadril. Os índices de luxação pós artroplastia total quadril em pacientes com fraturas do colo e epilepsia são maiores ,entretanto, a escolha do acesso não altera esses índices de forma significativa. A via anterior direta proporciona melhor reabilitação pós operatória precoce ,menor perda sanguínea e maior conveniência no preparo cirúrgico do paciente. Conclusões A ocorrência de fraturas em pacientes com epilepsia é aumentada. A utilização de medicações anti-convulsivantes leva a alterações na qualidade óssea, podendo precipitar fraturas do colo do fêmur durante episódios convulsivos. A via de acesso para realização da artroplastia deve levar em consideração diversos fatores, não havendo diferenças significativas em termos de luxação entre o acesso póstero lateral e a via anterior direta.

Palavras-chaves:

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Avaliação de Complicações do Uso de Haste Intramedular Retrógrada (DFN)

Autores Stefany Rocha Ferraria 1, Rafaela Cristina Muller da Cruz 1, Jebsen Yanagihara Coelho Galvão 1

Instituição 1 HUC - Hospital Universitário Cajuru (Av. São José, 300 - Cristo Rei, Curitiba - PR)

Resumo Introdução A DFN é uma técnica vantajosa por permitir a redução indireta da fratura, alinhamento do membro lesado, mínimo dano aos tecidos e fixação biológica, mas seu uso não está isento de complicações. As mais comumente citadas decorrem principalmente da violação articular do joelho, sendo elas: infecção, consolidação viciosa, lesão nervosa, rigidez articular, sendo esta última a mais frequente. Objetivos Identificar e elencar as principais complicações pós-operatórias de pacientes com DFN. Materiais e Métodos Análise de 37 prontuários datados de 2016-2019, sendo apontadas complicações pós-operatórias quando ocorridas. O tipo de estudo dispensou aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados Dos 37 casos, 9 sofreram com diminuição da amplitude de movimento somada a rigidez articular, 17 tiveram dificuldade de consolidação da fratura, 3 evoluíram com encurtamento do membro e 2 tiveram trombose venosa profunda após a cirurgia. Além disso, 4 pacientes realizaram a troca da DFN, sendo 3 por motivo de quebra do material. Apenas 13% dos pacientes não apresentaram complicações. Conclusões Dos 37 pacientes, 81% são homens, 62% entre os 20-40 anos e 40% dos mecanismos de trauma estão relacionados a acidente de trânsito, em sua maioria colisão auto x moto. Na presente avaliação, corroborando com os dados da literatura, 24,3% dos pacientes tiveram redução da amplitude de movimento e rigidez articular. Porém, os agravos mais frequentes da amostra foram de dificuldade na consolidação da fratura (45,9%), que está ligada às condições de hábitos de vida e a falta de seguimento das orientações médicas.

Palavras-chaves: Complicação, Consolidação, DFN

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OSTEOTOMIA DE CLAMSHELL: RELATO DE CASO

Autores

Talita Virgínia Pinto de Sousa 1, Márcio Luís Guedes Bolognani 1, Evelyn de Medeiros Costa 1, Tiago

de Moraes Rocha 1, Jorge Henrique Carlos Aires 1, Italo Aurélio Fernandes Leite 1, Fellipe da Silveira

Rodrigues 1, Fernando Aurélio de Sá Aquino 1

Instituição 1 IHBDF - Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (SMHS - Área Especial, Q. 101 - Asa Sul,

Brasília - DF, 70330-150)

Resumo Introdução A osteotomia de clamshell corrige a pseudoartrose ao realinhar o eixo anatômico de ossos longos com a utilização de haste intramedular. É menos complexa e utiliza menor tempo de planejamento pré-operatório. Deve ser realizada de forma atraumática e uma broca 3,5 é utilizada para criar linhas de tensão uniformes, sendo precedida por osteotomia fibular para liberdade no reposicionamento da tíbia. Objetivos Expor um caso de osteotomia de clamshell realizada no IHBDF. Materiais e Métodos Relato de caso de paciente submetido à osteotomia de clamshell e colocação de haste intramedular após pseudoartrose hipertrófica em tíbia esquerda. Resultados Sexo masculino, 25 anos, vítima de colisão moto x carro em 2013. Atendido no IHBDF com fratura fechada em tíbia e fíbula esquerdas e realizada síntese com placa de compressão em tíbia. Em 2015, retornou com pseudoartrose hipertrófica e foram realizados retirada de síntese, caloclasia e colocação de outra placa de compressão. Em maio de 2018, retorna com manutenção da pseudoartrose hipertrófica, a síntese foi retirada e posteriormente, realizada osteotomia de clamshell com colocação de haste intramedular em tíbia. O paciente evoluiu satisfatoriamente, sem dor, com aumento de 5 centímetros no membro e correção do acentuado varo anterior, com sinais de consolidação óssea adequada nas radiografias após procedimento. Conclusões A osteotomia de clamshell é útil para o tratamento de pseudoartroses com longo segmento mal alinhado, oferece planejamento simplificado e a vantagem biomecânica da fixação intramedular.

Palavras-chaves: clamshell, ossos longos, osteotomia

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Tratamento da avulsão traumática dos tendões dos glúteos médio e mínimo associada a fratura-luxação posterior da cabeça femoral - relato de caso inédito na literatura mundial

Autores thiago busato 1, Marcelo Morozovski 1, julian Costantini 1, Gladyston Matioski 1, Lucas dias Godoi 1,

Juan Capriotti 1

Instituição 1 HAC - Hospital Angelina CAron (rod caqui 1150)

Resumo Introdução Embora a real incidência da lesão dos tendões glúteos médio e mínimo na população em geral seja desconhecida, a associação entre dor lateral no quadril e lesão dos tendões glúteos é bem descrita na literatura e reconhecida como uma das causas da Síndrome da Dor Trocantérica ou Dor Lateral do Quadril. 1 Historicamente as lesões do tendão do glúteo médio e mínimo tem sido associado a um atrito constante nesta região, com dor peritrocanterica crônica, sendo estas lesões em muitos casos, encontrados intraoperatório durante cirurgia para fixação de fraturas do quadril ou artroplastia total de quadril.2 Hendry et al, observaram 835 pacientes submetidos a artroplastia total de quadril e encontraram 25% de lesões de tendões glúteos, com a maior prevalência em mulher idosa.3 A literatura apresenta resultados favoráveis tanto das técnicas de reparo endoscópicas, como das técnicas abertas.4 Objetivos Em nosso conhecimento, nunca foi relatado na literatura nacional e internacional um caso de avulsão traumática dos glúteos médio e mínimo associado a luxação traumática do quadril e fratura da cabeça femoral. Relatamos o caso, técnica cirúrgica e resultados após um ano de seguimento. Materiais e Métodos No momento da admissão encontrava-se hemodinamicamente estável. Referia dor intensa em quadril esquerdo, que se irradiava para região glútea posterior, associado a um exame físico que demonstrava membro inferior esquerdo em flexão, rotação interna e adução fixa, sem possibilidade de mobilização do quadril. Uma equimose peritrocantérica também foi visualizada. O exame neurovascular era normal. Não haviam lesões associadas. A radiografia de pelve na incidência antero - posterior (AP) demonstrou uma luxação posterior do quadril esquerdo associada a fratura da cabeça femoral. (Figura 1) A luxação posterior do quadril foi classificada como tipo V de Thompson e Epstein. Segundo a classificação AO, a fratura da cabeça femoral era do tipo 31 C1, e segundo Pipkin, correspondente ao Tipo 2. A tomografia computadorizada (TC) permitiu melhor visualização do fragmento. O planejamento cirúrgico foi realizado, programou-se uma luxação controlada de Ganz, nossa técnica de escolha para abordagem das fraturas da cabeça femoral. Procedeu-se ao acesso de Gibson de maneira rotineira. Após fasciotomia identificou-se a lesão traumática caracterizada pela completa avulsão das inserções dos tendões dos músculos glúteos médio e mínimo de suas inserções trocantéricas. Figura 2 Como o glúteo médio estava desinserido e não impunha-se como um obstáculo, decidiu-se não realizar o flip trocantérico para que o reparo do tendão fosse facilitado mais a frente. Procedeu-se a capsulotomia anterior em Z, a articulação foi debridada e o fragmento da cabeça removido. A fratura foi reduzida e fixada através de parafusos de Herbert (Figura 3). Escarificou-se o leito trocantérico e os tendões foram suturados ao seus leitos através de três âncoras de titânio (Figuras 4 e 5). Procedeu-se ao fechamento habitual. O paciente foi mantido em carga parcial tipo toe-touch por 2 meses, com proibição de abdução ativa por 45 dias. Resultados Após um ano de seguimento pós-operatório, e reabilitação fisioterápica, o paciente referido nesta publicação, apresentou evolução favorável e com desfechos clínicos satisfatórios apesar do tempo de evolução transcorrido da luxação inicial até chegar ao nosso serviço e da gravidade da lesão tendinosa. Ao exame físico do quadril esquerdo apresenta amplitude de movimento, com flexão ativa de 110 graus, extensão de 25 graus, rotação interna de 30 graus, rotação externa de 50 graus, abdução de 50 graus e adução de 25 graus, sem dor mobilização. O teste de Tredelemburg é negativo e sua marcha é levemente claudicante. Apresenta força da musculatura abdutora acometida, grau 5, de acordo com Medical Research Council 14 Em exame ultrassonográfico e ressonância magnética realizado, com 11 meses de evolução pós-operatória os tendões do glúteo médio e mínimo encontram-se normoinseridos. A radiografia de pelve em incidência AP e perfil do quadril esquerdo, evidenciam ausência de sinais de osteonecrose da cabeça femoral ou de artrose pós-traumática além de ausência de sinais de soltura do material de síntese. Conclusões: A lesão encontrada evoluiu satisfatoriamente após reinserção tendinosa e fixação da cabeça femoral.

Palavras-chaves: fratura do quadril, trauma do quadril, tendões glúteos

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ANÁLISE DE CUSTO HOSPITALAR DO PACIENTE SUBMETIDO AO TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DE ESCÁPULA EM HOSPITAL TERCIÁRIO DO S.U.S.

Autores Wilson Carlos Sola Jr 1, Guilherme Augusto Stirma 1, Felipe Fernandes Gonçalves 1, Armando

Romani Secundino 1, Leonardo Dau 1, Valeria Midori Gutoski Yuki 1

Instituição 1 HT - Hospital do Trabalhador (Avenida República Argentina, 4406)

Resumo Introdução As fraturas de escápula são menos frequentes, ocorrem mais em homens e estão associadas a traumas de alta energia. Seu tratamento é majoritariamente conservador, porém existe indicação cirúrgica em casos de desvios que afetam a biomecânica da cintura escapular. Objetivos Analisar o custo hospitalar dos pacientes com fraturas de escápula submetidos ao tratamento cirúrgico em instituição terciária do Sistema Único de Saúde (SUS). Materiais e Métodos Estudo retrospectivo, observacional e quantitativo com análise de todos os casos de fraturas de escápula submetidas a tratamento cirúrgico entre janeiro de 2011 a dezembro de 2017 em um serviço de referência em trauma. Por meio de dados de prontuários e testes estatísticos, foi feito um levantamento do gasto hospitalar direto de cada paciente. Resultados Foram incluídos 26 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (80,8%), com média de idade de 36 anos. O mecanismo de trauma mais prevalente foram acidentes de trânsito (73,1%), principalmente envolvendo motocicletas (38,5%). A média de custo por paciente foi de R$990,06. Pacientes com necessidade de internação na UTI tiveram uma média de custo de R$1.490,71, enquanto que aqueles em associação a outras lesões uma média de R$1.160,50. Foi observado um resultado estatisticamente significante (p=0,0482) de maior custo no subgrupo envolvido em acidentes com automóveis, com média de R$2765,40. Conclusões As fraturas de escápula submetidas ao tratamento cirúrgico decorrem de traumatismos de alta energia e estão associadas a outras lesões, principalmente torácicas. Representam um alto gasto para o SUS e um período prolongado de internamento, sendo que pacientes envolvidos em acidentes automobilísticos tiveram um custo significativamente mais elevado.

Palavras-chaves: Análise de Custos, Escápula, Fixação de Fratura, Ortopedia, Osteossíntese

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Fratura de Tuberosidade Tibial Anterior simultânea, espontânea, durante atividade física em um adolescente brasileiro: Relato de caso

Autores

Neri Machado Junior 1, Fabio Alan Cavali 1, Vinicius Cenci Guarienti 1, Mauro Remulo Grinfelder

Brunel Rodrigues 1, Edir Soccol Junior 1, Fernando Soccol 1, Haiana Lopes Cavalheiro 1, Ronan

Bertinatto 1

Instituição 1 HPPB - Hospital Policlínica Pato Branco (Rua Pedro Ramires De Mello 361)

Resumo Introdução A fratura avulsão bilateral e simultânea da tuberosidade anterior da tíbia (TAT) é uma lesão rara. Na literatura apresentam-se poucas informações e/ou relatos sobre casos similares. Desde a primeira descrição na década de 50, a literatura mostra dados conflitantes que variam entre 19 e 32 mundialmente. Objetivos O objetivo foi o de apresentar um caso de fratura avulsão bilateral e simultânea da TAT, em um adolescente de 14 anos, do sexo masculino e a terapêutica adotada. Materiais e Métodos As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de anamnese e exame físico do paciente, revisão de prontuário, registro fotográfico, além de revisão de literatura. Resultados; relato de caso Adolescente de 14 anos de idade, jovem esportista, saudável, caiu enquanto iniciava uma arrancada em uma partida de futebol, iniciou com dor e incapacidade de deambular. Ao exame físico revelava edema bilateral nos joelhos e patela elevada a direita. Havia também a incapacidade de estender ativamente ambos os joelhos. As radiografias dos joelhos evidenciaram fratura avulsão bilateral de TAT. Em ambos os joelhos, as fraturas foram diagnosticadas como tipo II da classificação de Watson-Jones. O tratamento definitivo ocorreu no mesmo dia da lesão. No pós-operatório, ambos os joelhos foram imobilizados com tala inguinomaleolar. Resultados Mantido acompanhamento ambulatorial, com retorno a cada duas semanas. Liberada deambulação com 45 dias, fisioterapia ganho mobilidade e força, com gradual retorno as atividades. Atualmente apresenta-se com amplitude de movimento normal, praticando atividades físicas regulares. Conclusões O caso retratado, por se tratar de uma doença rara e com alto potencial de seqüela, traz à luz a necessidade de discutir possíveis tratamentos e seguimento ambulatorial para que os pacientes tenham uma recuperação adequada, precoce e sem complicações definitivas na qualidade de vida.

Palavras-chaves: Adolescente , Esporte, Fratura, Tibia, Tuberosidade

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Uso de fixador externo circular de Ilizarov em artrodese de tornozelo para correção de deformidades ósseas após fraturas complexas: uma série de casos.

Autores Vitória Leticia G. Rota 2, Evelyn Carolina S. Dib 2, Jebsen Yanagihara. C. Galvão 1, Kauê Sabião 1,

Igor Fiorese Vieira 1, Leonardo M. Gubert 1

Instituição 1 HUC - Hospital Universitário Cajuru (Av. São José, 300 - Cristo Rei, Curitiba), 2 FPP - Faculdades

Pequeno Príncipe (Av. Iguaçu 333, Curitiba)

Resumo Introdução A fixação externa para artrodese de tornozelo traz melhores resultados quando há comprometimento ósseo ou dos tecidos moles que não viabilizam fixação interna. Um dos métodos para a fixação externa é através do fixador externo circular de Ilizarov, que garante estabilidade, ajustes pós-operatórios para deformidades residuais, transporte ósseo, alongamento concomitante do membro e compressão do foco da artrodese. Objetivos Correlacionar dados clínicos, radiológicos e funcionais de pacientes submetidos à artrodese de tornozelo pelo método de fixação externa com fixador externo circular de Ilizarov para correção de deformidades após fraturas complexas. Materiais e Métodos Análise retrospectiva, descritiva e analítica de uma série de casos, baseada nos prontuários de 3 pacientes do Hospital Universitário Cajuru, Curitiba-PR, com fraturas pós-traumáticas complexas submetidos à artrodese de tornozelo com fixador externo circular de Ilizarov. Resultados Os pacientes obtiveram consolidação da artrodese no tempo estimado de 8-12 semanas, em consonância com a literatura e evoluíram sem complicações decorrentes dos procedimentos cirúrgicos realizados. Conclusões Em pacientes portadores de complicações periarticulares de alta complexidade pós-traumática, a estabilização da articulação do tornozelo utilizando o fixador externo circular de Ilizarov foi eficiente, proporcionando bons índices de consolidação e ótima funcionalidade após tratamento.

Palavras-chaves: artrodese, externa, fixação, Ilizarov, tornozelo

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TL01 Atendimento Inicial Ortopédico a Vítimas de PAF por Arma de Guerra: Early Total Care x Damage Control Orthopaedics

Autores Álvaro Pereira Carvalho 1, Manoel Gonçalves Neto 1, Regis Nascimento Rodrigues 1, Luiz Carlos

Nobre Cavalcanti 1

Instituição 1 HEAPN - Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (Rodovia Washington Luíz, S/N - Jardim

Primavera, Duque de Caxias - RJ, 25225-015)

Resumo Introdução O seguinte trabalho é um estudo retrospectivo de vítimas de PAF com fraturas sendo atendidos pelo Serviço de Ortopedia e Traumatologia do HEAPN Objetivos Comparar o tratamento cirúrgico de Damage Control Orthopaedics e Early Total Care no que tange ao tempo de internação hospitalar em vítimas de PAF com fraturas Materiais e Métodos Estudo transversal retrospectivo utilizando dados de prontuários de pacientes submetidos à entrada no HEAPN no período de 13/11/2015 à 31/07/2018 tendo como critérios de inclusão: PAF resultando em fraturas de ossos do esqueleto apendicular Resultados No estudo 100 pacientes preencheram os critérios de inclusão, sendo 86% do sexo masculino. A média das idades foi de 24,8 anos. Pacientes abaixo dos 18 anos representaram 18% dos casos. O número de pacientes pediátricos chegou a apenas 3% dos casos. 73%) foi submetido ao Early Total Care. O tempo de internação hospitalar foi menor do que 1 semana em 60 pacientes, todos submetidos ao Early Total Care. Apenas 3 pacientes submetidos ao Early Total Care ficaram internados por um período maior do que 3 semanas e 10 pacientes ficaram internados em um período de 7 a 21 dias. Em contrapartida, dos 27 pacientes tratados com Damage Control, 9 pacientes ficaram internados por mais de 3 semanas e 18 ficaram internados em um período de 7 a 21 dias. 2 óbitos foram registrados durante o período de internação. 92 pacientes foram submetidos a cirurgia em tempo inferior a 6 horas após a entrada em unidade hospitalar. Conclusões Os pacientes submetidos ao “Early Total Care” permaneceram internados em unidade hospitalar durante um período significativamente menor do que quando comparados aos pacientes tratados com “Damage Control”. Isto gera um menor tempo de exposição a microrganismos com cepas multirresistentes hospitalares, além de gerar um menor custo financeiro ao Estado e menor taxa de superlotação em hospitais da rede pública.

Palavras-chaves: Damage Control Orhopaedics, Early Total Care, PAF

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TL02 Estudo anatômico da área de segurança da placa em ponte na região lateral do úmero

Autores

Lourenco Galizia Heitzmann 1, Andre Augusto do Prado Torres 1, Juliano Valente Lestingi 1, Monica

Paschoal Nogueira 1, Romulo Brasil Filho 1, Guilherme Augusto Pereira Passos 1, Gabriel Mendia

Gandarillas Alexandre 1

Instituição 1 IAMSPE - HOSPITAL DO SERVIDOR PUBLICO ESTADUAL (RUA PEDRO DE TOLEDO

1800)

Resumo Introdução A utilização de placa em ponte para o tratamento das fraturas da diáfise do úmero pelo acesso anterior minimamente invasivo (Belangero et al) possui diversas vantagens porém, a anatomia desta região ainda constitui um desafio para o cirurgião devido a proximidade do nervo radial e seus ramos com a região lateral do umero. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a distância da região lateral da placa na posição lateral do úmero e o nervo radial após sair do septo intermuscular lateral quando está mais próximo da face lateral do úmero em posições dinâmicas combinadas. Objetivos Este trabalho consiste em avaliar a segurança da técnica OMIP através da mensuração das distâncias entre a região lateral da placa que se encontra na face lateral do úmero e o nervo radial no plano coronal em posições dinâmicas combinadas (flexão e extensão do cotovelo e pronação e supinação do antebraço) Materiais e Métodos Foram dissecados 24 braços de 12 cadáveres frescos, o membro foi desenluvado a partir da região axilar até o cotovelo. Um plano intermuscular proximal foi criado entre o ventre anterior do músculo deltóide e o bíceps braquial e um distal entre o tríceps braquial e o braquiorradial. Após a dissecção desses planos, foi criado um corredor subperiosteal na face lateral do úmero. A placa utilizada foi a de grandes fragmentos estreita, de baixo contato e de furos combinados. As distâncias entre a placa e o nervo no plano coronal foram aferidas por meio de um paquímetro digital Mitutoyo®, realizados com o antebraço em pronação máxima e flexão do cotovelo, supinação máxima e flexão do cotovelo. Resultados A média geral das distâncias entre a o implante e o nervo radial foi de 4,15mm com valores mínimo de 2,01 e máximo de 7,38mm. Conclusões Conclui-se que a forma mais segura de criar um corredor submuscular extraperiostal e excursionar a placa na face lateral do úmero é com o cotovelo em flexão e o antebraço em supinação.

Palavras-chaves: fratura do umero, fixacao interna de fraturas, nervo radial, placa em ponte

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TL03 Como moldar a placa longa para fraturas diafisárias do úmero com extensão proximal

Autores Caio Zamboni 1, Bruno Leme Carmo 1, Leonardo Moraes 1, José Octavio Soares Hungria 1, Marcelo

Tomanik Mercadante 1, Patrícia Maria de Moraes Barros Fucs 1

Instituição 1 Sta Casa de SP - Santa Casa de São Paulo (Rua Cesário Mota Jr, 120)

Resumo Introdução O surgimento de técnicas minimamente invasivas melhorou a segurança na aplicação das placas para o reparo de fraturas diafisárias do úmero com extensão proximal. Objetivos O objetivo deste estudo foi determinar o melhor método de moldagem para as placas longas de ângulo fixo no tratamento das fraturas do úmero. Materiais e Métodos Utilizamos modelos plásticos ósseos para determinar a melhor forma de moldar as placas. Transpomos em espécimes anatômicos para certificar a aplicabilidade do método. Este método, identificado por nós como a melhor moldagem, foi aplicado em uma série de pacientes afim de comprovar a eficácia do método. Os resultados desta técnica foram avaliados em relação à consolidação, complicações e resultados funcionais apurados pelo escore da UCLA, MEPS e DASH. Resultados Após as placas serem colocadas nos modelos ósseos, a moldagem helicoidal ficava distante do osso. A placa espiral atingiu uma melhor acomodação ao longo do contorno cilíndrico do úmero. A quantidade de torção foi testada a 50°, 70° e 90°. Quando a placa foi torcida a 70°, manteve contato com o tubérculo maior proximalmente e na região diafisária apoiada na cortical anterior. No acompanhamento, a avaliação funcional mostrou que havia uma relação entre o grau de rotação externa após a fixação e os resultados funcionais. Conclusões Baseado em nosso estudo, a moldagem em espiral a 70° permite acomodação anatômica na tuberosidade maior proximalmente e na região diafisária anterior. Clinicamente, esse procedimento fornece bons a excelentes resultados funcionais.

Palavras-chaves: Fixação das fraturas, Fratura do úmero, Osteossíntese

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TL04 APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA DE IMPRESSÃO 3D NO TRATAMENTO DE PSEUDOARTROSE DA FRATURA CORONAL DO CÔNDILO FEMORAL

Autores Celso Júnio Aguair Mendonça 1,2, Sidney Carlos Gasoto 2, Ivan Moura Belo 2, João Antonio Palma

Setti 2, Jamil Faissal Soni 1, Bertoldo Schneider Júnior 2

Instituição 1 UFPR - Universidade Federal do Paraná (Rua General Carneiro n. 181 Centro, Curitiba - PR), 2

UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Av. Sete de Setembro n. 3.165 Centro,

Curitiab - PR )

Resumo Introdução A tecnologia de impressão 3D utiliza recursos computacionais que permitem a segmentação e modelagem de ossos e implantes (materiais de osteossíntese e próteses). Para isto se utliza exames de imagens de TC que possibilita a reconstrução volumétrica do objeto estudado. Desta forma é possível a realização de estudo da arquitetura e geometria óssea de regiões anatômicas complexas. Além disto permite a realização de planejamento cirúrgico virtual e simulação com modelos 3D físicos para programação do melhor posicionamento do material de osteossíntese. Objetivos Os objetivos deste estudo foram: Avaliar a acurácia da impressão de um modelo anatômico 3D a partir de imagens de TC; Produzir utilizando programas computacionais um modelo anatômico virtual; Produzir e analisar um modelo anatômico 3D impresso com a tecnologia FDM; Avaliar o protocolo de planejamento cirúrgico baseado na utilização do modelo anatômico virtual e físico. Materiais e Métodos Foi selecionado um participante portador de fratura de Hoffa e submetido a avaliação clínica e radiográfica. Realizado o estudo da geometria e arquitetura óssea, planejamento cirúrgico virtual, simulação pré-operatória com a impressão do modelo anatômico 3D. Realizado simulação cirúrgica utilizando o modelo anatômico e material de osteossíntese. A seguir o participante foi submetido a osteossíntese da pseudoartrose da fratura de Hoffa de acordo com a simulação. Foi realizado no pós-op a avaliação radiográfica do posicionamento do material de osteossíntese no modelo e no joelho do participante Resultados De acordo com a análise radiográfica foi verificado grande acurácia na reprodutibilidade do planejamento cirúrgico virtual e na simulação cirúrgica comparado ao resultado final da osteossíntese Conclusões A utilização do modelo anatômico virtual e impresso 3D mostrou-se eficaz e útil no planejamento e na realização do tratamento da pseudoartrose de fratura de Hoffa

Palavras-chaves: Fratura de Hoffa, Pseudoartrose, Impressão 3D, Manufatura Aditiva

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TL05 TRATAMENTO CIRÚRGICO DA FRATURA DO PLATÔ TIBIAL VIA ARTROSCOPICA COM USO DE IMPACTOR DE ENXERTO ÓSSEO CANULADO

Autores Gustavo Hoffmeister da Silva 1, Douglas Backes Schreiner 1, César Luis Hinckel 1

Instituição 1 HCR - Hospital Cristo Redentor (Rua Domingos Rubbo, 20)

Resumo Introdução As fraturas do platô tibial são lesões articulares com um grande espectro de apresentação, dependendo do mecanismo de trauma e da energia dissipada. Tal heterogeneidade torna desafiador seu planejamento cirúrgico e possibilita diferentes abordagens. A tendência atual para cirurgias menos invasivas vai ao encontro do uso da artroscopia como ferramenta no tratamento dessas fraturas, principalmente as do tipo IIIA e IIIP, e ocasionalmente as do tipo IIA e IIP com mínimo deslocamento, segundo classificação de Schatzker e Kfuri. Apresenta vantagens como visualização direta da redução articular e menor agressividade. Objetivos Este relato visa apresentar uma técnica de desimpacção articular, por meio de impactor de enxerto ósseo canulado, durante o tratamento cirúrgico de fratura do platô tibial tipo IIA. Materiais e Métodos Paciente masculino, 37 anos, previamente hígido, deu entrada no serviço de Traumatologia do Hospital Cristo Redentor no dia 27/02/2019, vítima de acidente automobilístico, com fratura do platô tibial direito IIA. Procedimento realizado 02 dias após admissão inicial, sendo iniciado com abordagem artroscópica e visualização de lesão do corno posterior do menisco lateral interposta na fratura - realizada sua liberação e regularização. Passagem de fio de Kirschner com auxílio de guia de LCA, com ponto de entrada na coluna metafisária medial e visualização artroscópica direta do ponto de saída intra-fraturário. Procedida a abertura de janela óssea medial com trifina canulada e impacção de osso esponjoso sem retirada do fio guia, através do uso de impactor canulado. A redução foi conferida sob fluoroscopia e artroscopia, e fixada com dois parafusos canulados paralelos. Resultados A técnica cirúrgica utilizada propiciou, e agilizou, a redução articular mais precisa, além de permitir o tratamento da lesão meniscal associada no mesmo procedimento. Conclusões A osteossíntese assistida por artroscopia vem se mostrando uma ferramenta útil no tratamento das fraturas do platô tibial. É fundamental dominar suas indicações diante da diversidade de fraturas existentes nessa localização. A utilização do impactor de enxerto canulado torna a técnica mais precisa e reprodutível, uma vez que orienta a impacção do osso esponjoso e a direciona para a região mais acometida pelo afundamento.

Palavras-chaves: Plato Tibial, Shatzker Kfuri, Artroscopia

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TL06 Comportamento biomecânico de três tipos de fixação na fratura proximal do úmero em duas partes com falha do suporte cortical medial

Autores Vincenzo Giordano Neto 1, Paulo Ottoni Di Tullio 1, Eder Luiz Baia Souto 1, Hugo Assed Estefan

Gomes 1

Instituição 1 HMMC - Hospital Municipal Miguel Couto (Rua Mário Ribeiro, 117 -Gávea, Rio de Janeiro)

Resumo Introdução Objetivos O objetivo deste estudo foi avaliar o papel de uma placa não-bloqueada aplicada à superfície ântero-medial do úmero na fratura do colo cirúrgico do úmero com falha do suporte medial fixada com uma placa lateral Materiais e Métodos Foram utilizados 20 modelos sintéticos de úmero. Em quinze deles, a parte proximal do úmero foi osteotomizada para criar uma fratura em duas partes do colo cirúrgico, com defeito medial de 10 mm e defeito lateral de 5 mm. Cinco modelos plásticos foram usados como controle. Nos úmeros osteotomizados, cinco modelos foram estabilizados com uma placa lateral bloqueada (grupo L), cinco com placa uma lateral bloqueada e uma placa ântero-medial não-bloqueada (grupo B+C) e cinco com uma placa lateral não-bloqueada e uma placa ântero-medial não-bloqueada (grupo C+C). Todos os úmeros foram testados sob carga axial até falha catastrófica, caracterizada pelo fechamento completo do defeito medial. A rigidez foi calculada usando curvas de força versus deslocamento. Os dados foram analisados por meio de estudos descritivos e inferenciais, com nível de significância de 5%. Resultados Houve diferença estatisticamente significante em todas as construções. A associação de uma placa lateral bloqueada com uma placa não bloqueada ântero-medial foi a construção mais rígida. A associação de uma placa lateral não bloqueada com uma placa ântero-medial não bloqueada foi a construção menos rígida, mesmo quando comparada com placa lateral bloqueada única (p = 0,01). Quando comparados os dois grupos que utilizaram uma placa bloqueada lateral (grupos B=C e L), o grupo com suporte ântero-medial dado pela placa não bloqueada foi mais rígido (p = 0,03). Conclusões A associação de uma placa bloqueada lateral com uma placa não-bloqueada ântero-medial é a construção mais rígida para a fixação de uma fratura do extremo proximal do úmero em duas partes e com defeito medial.

Palavras-chaves: Fratura proximal do úmero, Suporte cortical medial, Fixação com placa bloqueada, Teste mecânico, Falha de fixação

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TL07 Análise biomecânica de três diferentes fixações para o fragmento póstero-medial da fratura do planalto tibial

Autores Vincenzo Giordano Neto 1, Eder Luiz Baia Souto 1, Rodrigo Monteiro Camisão 1, Hugo Assed

Estefan Gomes 1, José Soares Pires Neto 1

Instituição 1 HMMC - Hospital Municipal Miguel Couto (Rua Mário Ribeiro, 117 - Gávea, Rio de Janeiro)

Resumo Introdução Objetivos O objetivo deste estudo é comparar o comportamento biomecânico de três diferentes construções de fixação usadas atualmente para reforçar o fragmento do planalto tibial de cisalhamento póstero-medial. Nossa hipótese é que os implantes não-bloqueados proporcionam estabilidade suficiente nas fraturas posteromediais do planalto tibial comparável aos implantes bloqueados. Materiais e Métodos Quinze tíbias sintéticas de um único lote de fabricação foram usadas para criar uma fratura do platô tibial com cisalhamento posteromedial. A fratura foi reforçada com três diferentes placas de cinco pequenos furos retos posicionados posteriormente. Cinco modelos foram fixados com placa de terço tubular (TTP), cinco modelos com placa de compressão dinâmica (DCP) e cinco modelos com placa de compressão de bloqueada (LCP). Todos os grupos foram testados para subsidência vertical (Fase 1). Os grupos TTP e DCP foram testados até a falha catastrófica (estágio 2). Curvas de força versus deslocamento foram obtidas nas duas etapas do experimento. Resultados Fase 1 - Não houve diferença significativa na rigidez (p = 0,89), subsidência até 2 mm (p = 0,38) e energia (p = 0,36) entre as três construções de fixação. Fase 2 - A carga de rendimento revelou significativamente menos força de rendimento para o grupo TTP quando comparado com o grupo DCP (p = 0,048). No entanto, não houve diferença significativa na carga máxima para falha entre as construções de fixação TTP e DCP (p = 0,16). Conclusões A colocação de uma placa reta de pequenos fragmentos bloqueada ou não-bloqueada para sustentar o fragmento do platô tibial de cisalhamento póstero-medial tem um comportamento biomecânico similar. Quando o implante é posicionado para suportar o fragmento, maximiza a rigidez biomecânica. Os autores sugerem que o primeiro parafuso inserido deve ser um parafuso cortical não-bloqueado, aproximadamente 1 mm distal ao ápice do fragmento triangular.

Palavras-chaves: Fratura planalto tibial, Fratura tíbia proximal, Fragmento posteromedial, Estudo biomecânico

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TL08 Análise de complicações da fixação em fratura intertrocantéricas e sua relação com o Tip-Apex Distance (TAD)

Autores Guilherme Augusto Stirma 6, Ronan Bertinatto 6, Sergei Taggesell Fischer 6, Geovanna Andrade

Labres de Souza 6, Eiji Rafael Nakahashi 6

Instituição 6 HT - HOSPITAL DO TRABALHADOR ( R. Isaac Guelmann, 501 - Novo Mundo, Curitiba - PR -

CEP 81050-030)

Resumo Introdução As fraturas transtrocantéricas constituem um sério agravante para os sistemas de saúde e para a população. A despeito dos avanços na compreensão da etiopatogenia e das técnicas cirúrgicas, as fraturas transtrocanterianas continuam a desafiar os cirurgiões ortopédicos. Objetivos Analisar casos de fraturas intertrocantéricas fixados com placa-tubo e parafuso deslizante (DHS®) ou haste cefalomedular (PFN®) e extender a aplicabilidade da medida do Tip-Apex Distance também para o parafuso cefálico do PFN quanto à ocorrência de complicações no pós-operatório. Materiais e Métodos Análise retrospectiva de 279 pacientes submetidos a tratamento de fraturas intertrocantéricas. Os dados demográficos e as lesões associadas foram avaliados junto às radiografias do pré-operatório, classificando as fraturas quanto sua estabilidade, e as do pós-operatório, anotando a existência de consolidação, ocorrência de complicações e aferido o TAD. Introduzimos modificação no método para encontrar o ponto definido como Apex, com o objetivo de minimizar potencial erro na avaliação. Resultados O PFN foi utilizado em 81% e o DHS em 19% do casos. O valor médio do TAD foi de 23,4 (DP de 9,4) nos pacientes tratados com DHS e 25,1 (DP de 8,9) para o PFN. A taxa de complicações no seguimento foi de 8,6%. Entre complicações analisadas observou-se com maior frequência o 'cut-out' e a consolidação em varo após uma redução intra-operatória em varo. Conclusões A haste cefalomedular e o parafuso deslizantes são implantes satisfatórios no manejo de fraturas intertrocantéricas. A taxa de falha demonstrada por este estudo é semelhante a de outros estudos. A falha da fixação está relacionada com a má qualidade da redução e a colocação inadequada dos implantes, o que pode se refletir na medida do TAD também para o parafuso cefálico do PFN. A análise conjunta destes fatores pode auxiliar no prognóstico das fixações das fraturas intertrocantéricas.

Palavras-chaves: Trochanteric Fractures, Tip-Apex Distance, Cephalomedullary nailing, Sliding Hip Screw, Complications

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TL09 EXISTE UM GRUPO DE RISCO SÍNDROME DA EMBOLIA GORDUROSA EM VÍTMAS DE FRATURAS?

Autores Frederico Carlos Jana Neto 1,2, Thiago Ribeiro Rangel 2, Rafaela Prestes Delgado 1

Instituição 1 UNINOVE - Universidade Nove de Julho (Rua Vergueiro, 249 Liberdade 01504001 - São Paulo, SP

- Brasil), 2 CHM - Conjunto Hospitalar do Mandaqui (Rua Voluntários da Pátria, 4301 São Paulo -

SP)

Resumo Introdução A Síndrome da embolia Gordurosa (SEG) é uma afecção relativamente rara, mas de extrema gravidade, com índices de mortalidade que variam entre 10 e 36% e que ocorre na maioria dos casos, em pacientes ortopédicos. A identificação de fatores de risco e adição de medidas monitoramento de pacientes considerados grupo de risco são essenciais para salvamento. Objetivos Identificar as características dos indivíduos que evoluíram com SEG entre os pacientes vítimas de trauma ortopédico, tratados em um hospital de nível terciário em São Paulo (Brasil), no período de outubro de 2012 a dezembro de 2016. A partir dessas características, propor um protocolo de identificação de pacientes com risco elevado e com medidas profiláticas para complicações maiores. Materiais e Métodos Foram analisados 643 prontuários eletrônicos de pacientes vítimas de fraturas diafisárias de ossos longos. Desfechos avaliados foram: iincidência de SEG, mortalidade, relação entre idade e gênero, mecanismo de trauma, tempo entre a fratura e a cirurgia, presença de traumas associados. Resultados Foram analisados 643 prontuários, A SEG ocorreu em 10, pacientes, que representam 1,56% dos casos, com taxa de mortalidade de 50%. Nove casos de SEG ocorreram no padrão de pacientes: jovens do sexo masculino, entre 15 e 25 anos de idade com mais de uma fratura de osso longo, fechada. Este subgrupo, de 58 pacientes representou 9% da amostra. Neste subgrupo, a incidência de SEG foi de 17,2%. Conclusões A incidência da SEG foi superior em pacientes jovens, com mais de uma fratura diafisária fechada de ossos longos (17,2% vs. 1,56%) com p

Palavras-chaves: EMBOLIA GORDURSA, SÍNDROME EMBOLIA GORDUROSA, FRATURAS, COMPLICAÇÕES TRAUMA

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TL10 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA ABORDAGEM PRECOCE NAS FRATURAS DE FÊMUR PROXIMAL EM IDOSOS APÓS IMPLEMENTAÇÃO DE COMISSÃO MULTIDISCIPLINAR

Autores Lilian Hentschel Zimmermann 2, João Elias Ferreira Braga 1,2, José Marcos Lavrador Filho 1, Lucas

Romano Sampaio Rezende 1, Christiano Saliba Uliana 1, João Luiz Vieira da Silva 2

Instituição 1 HT-UFPR - Hospital do Trabalhador de Curitiba - PR (Av. Rep. Argentina, 4406 - Novo Mundo,

Curitiba - PR, 81050-000), 2 HC - UFPR - Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (

Rua General Carneiro, 181, 80060-900 Curitiba - PR)

Resumo Introdução Programas de co-gestão multidisciplinar têm sido úteis para diminuir o tempo de espera para cirurgia ortopédica em idosos. Um exemplo disso é a Comissão Multidisciplinar de Acompanhamento das Fraturas Agudas (COMAFA), implantada no Hospital do Trabalhador de Curitiba (HT). Objetivos Avaliar a atuação da COMAFA e seu impacto no manejo de fraturas de fêmur proximal com abordagem considerada precoce (≤72 horas) em pacientes idosos. Materiais e Métodos Estudo retrospectivo, com 107 pacientes idosos (≥60 anos) acometidos por fratura de fêmur proximal (colo ou transtrocanteriana), internados no HT, no período de março a agosto/2016. Conforme o tempo de espera para cirurgia, dividiu-se em 2 grupos: abordagem precoce (≤72h) e tardia (>72h), padronização da COMAFA. A seguir, cruzaram-se variáveis estatísticas relacionadas à morbimortalidade (tempo de internamento total e pós cirúrgico, permanência em Unidade de Terapia Intensiva, reinternamento e complicações em até 30 dias de pós operatório, óbito durante o internamento e óbito em até 30 dias de pós operatório). Resultados Ocorreu correlação significativa entre o maior tempo de espera para cirurgia e o maior tempo de hospitalização. Porém, não houve diferença estatística no período de hospitalização pós cirúrgica entre os dois grupos, nem redução de outros parâmetros de morbimortalidade com a abordagem precoce. Conclusões A abordagem precoce diminuiu o tempo de internamento dos pacientes idosos com fratura de fêmur proximal. Entretanto, não houve dominância da abordagem precoce sobre a tardia nos índices de morbimortalidade. Talvez, o período inferior à 72h não seja suficiente para repercutir sobre esses índices, sendo necessários novos limites de tempo para abordagem precoce adotada pela COMAFA.

Palavras-chaves: abordagem precoce, fraturas de fêmur proximal , idosos, comissão multidisciplinar

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TL11 Defeitos ósseos tratados com Técnica de Masquelet

Autores João Ricardo CARVALHO MEDEIROS 1, Jorge Moyses Schreiner 1, Douglas Backes Schreiner 1,

Murilo de Toledo Tiecher 1, Rafaela Dias Barbosa 1

Instituição 1 HCR - HOSPITAL CRISTO REDENTOR (Rua Domingos Rubbo, 20 - Cristo Redentor, Porto

Alegre - RS, 91040-000)

Resumo Introdução A reconstrução de falhas diafisárias de ossos longos representa um desafio terapêutico importante dentro da traumatologia. Métodos tradicionais, como enxerto ósseo simples, encurtamento, amputação e alongamento com Ilizarov, apresentam limitações em termos de resultados e maiores índices de complicações. A técnica da membrana induzida proposta por A.C. Masquelet em 1986 preconiza a indução do crescimento de uma membrana ricamente vascularizada no local da falha óssea. Objetivos Apresentar a técnica da membrana induzida de Masquelet, seus resultados radiográficos em defeitos de origem pós-traumática, infecciosa e pseudoartrose; dificuldades e complicações em uma série de 26 pacientes. Materiais e Métodos Este estudo retrospectivo incluiu 26 pacientes tratados por um único cirurgião durante o período de 2012 a 2015. As falhas ósseas foram de etiologia pós-traumática, infecciosa ou pseudartrose. O tratamento seguiu a metodologia proposta originalmente por Masquelet. Resultados Dos 26 casos realizados, obteve-se 22 consolidações radiológicas bem determinadas. Houve 3 retardos de consolidação. Três pacientes reinfectaram sendo 2 tratados com antibiótico paren- teral, e 1 com troca da haste. Um caso necessitou de amputação. Conclusões Em nossa experiência, a técnica da membrana induzida vem revelando bons resultados, especialmente em casos complicados onde rotineiramente houve falha de outras alternativas terapêuticas. As taxas de reabsorção do enxerto são consideravelmente menores, evidenciadas pelo controle radiológico sequencial com bom padrão consolidativo. As principais complicações descritas incluem infecção, encurtamento, isquemia de tecidos adjacentes e superficiais, retardo de consolidação e amputação. Um grande campo está aberto para estudos e tal conceito poderia ser inclusive extrapolado para outras topografias e sistemas.

Palavras-chaves: Consolidação óssea , Enxerto ósseo , Falha óssea, Masquelet, Trauma

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TL12 FATORES QUE INFLUENCIAM O RESULTADO DA OSTEOSSÍNTESE NA FRATURA DO COLO DO FÊMUR EM PACIENTE ADULTO.

Autores Daniel Alves Ramalo 1, João Antonio Matheus Guimaraes 1, João Victor da Silveira Möller 2

Instituição 1 INTO - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Av Brasil, 500, Rio de Janeiro), 2 CTOF -

Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis (R. Cap. Amaro Seixas Ribeiro, 58, Florianópolis -

SC)

Resumo Introdução A fratura do colo do fêmur é um problema de saúde pública e tem associação direta com o aumento das taxas de morbidade e mortalidade. Uma opção de tratamento é a fixação por técnica com redução fechada, opção menos invasiva, de rápida execução e com menor trauma cirúrgico preservando estoque ósseo e articulação. O tempo para a cirurgia, desvio inicial da fratura e qualidade da redução, são os principais pontos de discussão na tentativa de reduzir essas taxas. Objetivos Investigar os fatores que influenciam o resultado do tratamento da fratura do colo do fêmur em adultos jovens através de osteossíntese. Materiais e Métodos Foi realizado um estudo retrospectivo com revisão dos dados dos pacientes operados na nossa instituição, no período de 2003 a 2011 (n=81). Foram incluídos os pacientes com acompanhamento mínimo de pelo menos 36 meses. A qualidade da redução e grau de desvio inicial foi determinado utilizando os parâmetros descritos por Garden e colaboradores e o posicionamento dos implantes foi avaliado segundo descrição técnica de Lindequist e Tornkvist. Os pacientes com fratura consolidada e retorno as atividades diárias foram alocados no grupo “consolidação”. Resultados Nosso estudo encontrou forte relação entre qualidade da redução e sucesso terapêutico. O grau de desvio inicial não demonstrou influência sobre o desfecho operatório. Passado o tempo de fixação precoce, tido pela literatura como as primeiras doze horas pós-fratura, o tempo para fixação não demonstrou influenciar o desfecho cirúrgico não alterando, no nosso estudo, as taxas de consolidação. Por fim, o correto posicionamento dos implantes teve relação com a evolução satisfatória no pós-operatório dos pacientes estudados. Conclusões Os fatores que influenciam o resultado da osteossíntese na fratura do colo do fêmur em paciente adulto jovem são a qualidade da redução e o posicionamento dos implantes.

Palavras-chaves: colo do fêmur, fratura, necrose da cabeça do fêmur

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TL13 Fratura do colo do fêmur tratada com parafusos canulados + placa de suporte medial. Relato de 4 casos.

Autores João Victor da Silveira Möller 1, Orlando Frade de Melo 2, Joao Victor Brígido 2

Instituição 1 CTOF - Centro de Tratamento Ortopédico Florianópolis (R. Cap. Amaro Seixas Ribeiro, 58,

Florianópolis ), 2 INTO - Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia (Av. Brasil 500, Rio de

Janeiro)

Resumo Introdução A fratura do colo de fêmur em paciente jovem, quando de traço vertical, mantem-se como objeto de estudo constante nos últimos anos. Diversos são os trabalhos biomecânicos e poucos são os resultados clínicos consistentes. A redução anatômica deixou de ser dúvida no resultado favorável, entretanto, a maneira e disposição da síntese ainda é questionamento a ser respondido. Temos a placa e parafuso deslizante, a placa bloqueada, os parafusos canulados e recentemente, a placa de suporte medial como opções no tratamento destas fraturas. Na tentativa de uma síntese mais rígida foi descrito, como coadjuvante, a adição de uma placa de suporte medial na fratura vertical do colo do fêmur. Objetivos Descrever nossa experiência com a técnica de augmentation da síntese da fratura do colo de fêmur com placa antero-medial. Materiais e Métodos Técnica: Paciente em decúbito dorsal com coxim sob o quadril a ser operado. Este posicionamento possibilita a radiografia em perfil do quadril sem necessidade de grande rotação do membro. Acesso anterior ao quadril tipo Smith-Petersen, redução direta da fratura e fixação provisório com fios de kirschener. A fixação provisória permite a rotação externa para a colocação da placa tipo 1/3 de cano na porção antero-medial ou medial do colo do fêmur. Término da osteossíntese do colo com parafusos canulados 7,0mm. Resultados Apresentamos 4 casos de fratura do colo do fêmur onde um evoluiu com falência da síntese e absorção do colo femoral e os outros 3 evoluíram bem clinicamente. Atribuímos a falha do primeiro caso à uma distribuição ruim dos parafusos canulados na cabeça e colo femoral. Conclusões O acréscimo da placa de suporte na fratura do colo do fêmur com o intuito de evitar a varização e encurtamento do colo pode representar método auxiliar eficaz nas fraturas verticais em pacientes jovens. A placa não exclui a necessidade de redução anatômica e uma boa distribuição dos parafusos canulados.

Palavras-chaves: Fratura do colo do fêmur, Fratura vertical, Placa de suporte

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TL14 SEGUIMENTO POR 12 MESES DE PACIENTES IDOSOS QUE SOFRERAM FRATURAS ATÍPICAS DE FÊMUR POR USO CRÔNICO DE BIFOSFONATOS

Autores

José Fernando Flores Cunza 1, Daniel Oksman 1, Gustavo Arliani 1, Victor Otavio Moraes de Oliveira 1, Fernando Baldy de Sousa 1, Rafael Capobianco Maia e Silva 1, Gustavo Trigueiro 1, Hélio Jorge

Alvachian Fernandez 1, Wellington Nepomuceno Magalhães 1

Instituição 1 HSMM/IPS - Hospital Sancta Maggiore / Instituto Prevent Senior, São Pau (RUA DA FIGUEIRA

831)

Resumo Introdução As fraturas atípicas do fêmur parecem ser uma novidade, relativamente recente e acometem normalmente um público extremadamente frágil, que devido ou por algum motivo relacionado ao uso de medicamentos para prevenir fraturas, talvez efeito colateral ainda não totalmente identificado em relação aos fatores predisponentes e outros envolvidos. Objetivos Descrever as características das fraturas atípicas femorais em pacientes acima de 60 anos em uso de medicação para osteoporose e estabelecer dados estatísticos relacionados com os tipos anatômicos destas fraturas, padrão da dor prodrômica previa a fratura, características do trauma e lateralidade Materiais e Métodos Estudo observacional, com 27 pacientes diagnosticados com fratura atípica de fêmur submetidos à tratamento cirúrgico pelo Grupo de ortopedia do Hospital Sancta Maggiore Mooca, entre janeiro de 2018 e dezembro 2018. Resultados Em 27 pacientes com fratura atípica do fêmur encontramos a seguinte variação de traços de fratura: 22% fratura incompleta, 59% fratura completa com traço transverso e 19% com traço obliquo, 59% associados a espicula medial e todos associados a espessamento cortical e 11% fratura bilateral. Todos os pacientes foram tratados com haste cefalomedular longa, fisioterapia precoce conforme o nosso protocolo de pulseira de carga: 53% carga parcial), 44% carga mínima e 3% sem carga. Todos faziam uso crônico de bifosfonatos em doses semanais ou mensais, em uma media de mais de 5 anos, 40% apresentaram dor previa a fratura, e 22% negaram trauma prévio a fratura. 50% dor cronica em 12 meses. Conclusões Após diagnóstico do quadro de fratura femoral atípica o uso de bifosfonatos deve ser interrompido, avaliar a suplementação de vitamina D e cálcio, identificar existência de condições metabólicas predisponentes, avaliar o lado contralateral; dado o risco de bilateralidade, e avaliar o melhor método de fixação.

Palavras-chaves: PACIENTES IDOSOS, FRATURAS ATÍPICAS DE FÊMUR, USO CRÔNICO DE BIFOSFONATOS

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TL15 'Joelho flutuante', uma lesão incomum: análise de 11 casos.

Autores Krissia Camile Costa Unger 1,2, Leticia Emanoelli Penazzo Machado 1,2

Instituição 1 FPP - Faculdades Pequeno Príncipe (Av. Iguaçu, 333. Rebouças, Curitiba), 2 HUC - Hospital

Universitário Cajuru (Av. São José, 300. Cristo Rei, Curitiba.)

Resumo Introdução O termo “joelho flutuante” é utilizado para descrever fraturas de fêmur e tíbia, ipsilaterais. Esse tipo de lesão pode incluir combinações de fraturas diafisárias, metafisárias e intra-articulares, sendo considerada uma lesão rara e grave, encontrada quase que exclusivamente em traumas de grande energia. Objetivos O objetivo desse estudo é relatar uma série de casos de pacientes com joelho flutuante. Materiais e Métodos Foi realizado um estudo retrospectivo com base no prontuário de 11 pacientes, atendidos no pronto-socorro de um Hospital Público de referência em Curitiba-PR. Os pacientes são adultos, diagnosticados com joelho flutuante, no período entre agosto de 2015 a abril de 2018. Resultados Dos 11 prontuários, 90% eram pacientes homens, com média de 29,4 anos, sendo a maioria vítimas de colisão moto x auto. 63,6% apresentaram fratura no membro inferior esquerdo e 36,4% no direito. Também foi observada lesão de partes moles em 100% dos pacientes, infecção do sítio cirúrgico em três, outras fraturas associadas em três, e TCE associado em um. Como principal complicação, foi observada pseudoartrose em 45,4% dos pacientes, seguida de encurtamento de membro em 27,2%. Já 36,3% dos pacientes referiram instabilidade no joelho lesado, com dificuldade para deambular, 18,1% apresentaram lesão ligamentar associada, e um paciente relatou hemiparesia em membro afetado. No tratamento cirúrgico, foi utilizado fixador externo para transporte ósseo em três pacientes e haste intramedular para osteossíntese de tíbia e fêmur em 54,5%. Todos os casos sobreviveram ao pós-operatório e apenas um não teve avanço na consolidação óssea. Conclusões O joelho flutuante é uma condição rara e grave, sendo necessária sua detecção e fixação precoces, bem como o tratamento das lesões associadas e a reabilitação pós-operatória.

Palavras-chaves: Joelho flutuante, fraturas ipsilaterais de tíbia e fêmur, lesões no joelho, fraturas femorais, fraturas tibiais

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TL16 Uso de placa em onda no tratamento de pseudoartrose

Autores Larissa Cristina Biscaro 1, Kauê Sabião 1, Leonardo Maranhão Gubert 1, Francisco G.P. Kosovits 1

Instituição 1 HUC - Hospital Universitário Cajuru (Av. São José, 300)

Resumo Introdução Pseudoartrose (PSA) é uma complicação da fratura em que não ocorre consolidação. Para o tratamento é necessário estabilização absoluta do foco de fratura, e uma das sínteses que pode ser utilizada é a placa em onda. Weber e Brunner foram os primeiros a descrever a técnica da montagem da placa em 1982. Para moldá-la é utilizado um enxerto córtico-esponjoso do ilíaco embaixo da placa, fazendo um contorno na região do foco de fratura. Por ela ter esse contorno na região da PSA ela permite a melhor vascularização favorecendo o processo biológico de consolidação. Além disso, dificulta a quebra do material por diminuir as forças de tensão. Objetivos Apresentar os resultados no tratamento da PSA utilizando placa onda. Materiais e Métodos Foram avaliados prontuários de 19 pacientes com PSA que tiveram como tratamento placa em onda pós falha ou quebra de material de síntese inicial (placa ou haste intramedular). Os pacientes foram operados entre 2009 e 2019. Todas as pseudoartroses se localizavam em diáfise femoral, sendo 27 % dos casos PSA atróficas. A idade dos pacientes variou de 20 a 78 anos, com uma média de 35 anos. Proporção entre homens e mulheres foi de 1,7:1. Resultados Houve consolidação da fratura nos 19 pacientes (100%), em um tempo médio de 5 meses variando de 2 a 10 meses. Não houve diferença no tempo de consolidação na PSA atrófica e hipertrófica. Apenas 1 paciente teve quebra da placa em onda por utilizar carga antes do tempo recomendado, necessitando de uma segunda placa. Conclusões Na literatura foi descrito uma taxa de PSA femoral de 22 a 29 % pós utilização de osteossíntese comum. Com o uso de placa em onda foi demonstrado 100% de consolidação em uma média de 5 meses. O design dessa placa permitiu a diminuição de quebra do material e a aceleração do processo de consolidação por manter a circulação periosteal.

Palavras-chaves: Fratura femoral, Placa , Pseudoatrose, Osteossíntese

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TL17 Avaliação das fraturas da extremidade distal do antebraço pela classificação AO/OTA 2018

Autores Lucas Moratelli 1, Alysson Figueiredo Nogueira 1, Marcela dos Santos Martins 1, Ricardo Torres Iupi 1, Marcos Felipe Marcatto de Abreu 1, João Carlos Nakamoto 1

Instituição 1 UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas (R Tessália Vieira de Camargo, 126 - Cidade

Universitária, Campinas - SP)

Resumo Introdução As fraturas distais do antebraço estão entre as mais comuns do membro superior em todas as idades, e muitas classificações foram propostas para descrevê-las. A classificação AO tem relevância e projeção mundiais, e, até o momento, poucos trabalhos descrevem a epidemiologia das fraturas distais do antebraço sob a ótica da nova classificação AO/OTA 2018. Objetivos Utilizar a classificação AO/OTA 2018 para descrever a epidemiologia das fraturas distais do antebraço atendidas em um centro terciário. Materiais e Métodos Estudo observacional e retrospectivo. Foram avaliadas as radiografias obtidas no primeiro atendimento de indivíduos esqueleticamente maduros diagnosticados com fraturas da extremidade distal do antebraço. Foram descritas a idade, o sexo, o lado fraturado e a classificação da fratura segundo os critérios da classificação AO/OTA 2018. Aprovação pelo comitê de ética sob o número CAAE 91232817.8.0000.5404. Resultados Das 429 fraturas atendidas no período, 322 preencheram os critérios de inclusão. A idade média foi de 50,35 ± 18,98 anos. Sexo feminino, 55,3%; lado direito, 44,7%. Dentre os casos com fratura do rádio distal, as do tipo 2R3A corresponderam a 32,3%; tipo 2R3B, a 18,0%; e o tipo 2R3C, a 48,4%. A ulna distal esteve envolvida em 41,9%, sendo o tipo mais prevalente a fratura da ponta do processo estiloide (2U3A1.1), com 30,7%, seguida da fratura da base do estiloide (2U3A1.2), com 7,1%. As fraturas isoladas da ulna distal corresponderam a 1,2%. Dentre os indivíduos com idade até 30 anos, 78,3% eram do sexo masculino e, no grupo acima dos 60 anos, 80,6% eram do sexo feminino (p Conclusões As fraturas do tipo 2R3C foram as mais comuns, seguidas das 2R3A. Os homens foram os mais acometidos pela fratura até os 30 anos e as mulheres, as mais acometidas após os 60 anos.

Palavras-chaves: Fraturas do rádio, Fraturas da ulna, Traumatismos do Punho, Classificação AO

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TL18 VERIFICAÇÃO INTRAOPERATÓRIA DA RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR NAS FRATURAS DO PLANALTO TIBIAL

Autores Marcos Leão 1, Luis Claudio Hidalgo 1, Claumendes Cardoso 1, Nilton Orlando 1

Instituição 1 FHAJ - Fundação Hospital Adriano Jorge (Av. Carvalho leal, 1778, cachoeirinha, Manaus - AM)

Resumo Introdução Partindo da premissa de que as superfícies articulares estão frequentemente expostas a tensões e esforços e de que o joelho é a articulação mais complexa do corpo humano, o ligamento cruzado anterior (LCA) torna-se a estrutura mais suscetível a lesões, decorrentes de múltiplos mecanismos de trauma, na medida em que auxilia diretamente no controle da amplitude dos movimentos do joelho. Assim sendo, a verificação intra-operatória da ruptura do ligamento cruzado anterior nas fraturas do planalto tibial revela-se importante, pois permite um diagnóstico precoce e a proposta de um tratamento eficaz e definitivo. Objetivos Verificar a ocorrência de ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA), no pós-operatório imediato, em pacientes submetidos a tratamento cirúrgico das fraturas do planalto tibial. Materiais e Métodos Foram avaliados 22 pacientes com diagnóstico de fratura do planalto tibial, operados em serviço de ortopedia de referência - terciário, sendo que deste total 14 (63,6%) eram do sexo masculino e 08 (36,4%) do feminino, com idade variando de 25 a 60 anos. Trata-se de um estudo descritivo que utiliza como critério diagnóstico para a ruptura do LCA, o exame físico através do teste de Lachman e teste do Pivot Shift, imediatamente após o procedimento cirúrgico com os pacientes ainda sob efeito anestésico. Resultados Foi encontrada uma positividade para o teste de Lachman em 15 pacientes (68,18%) e no teste do Pivot Shift em 09 pacientes (40,9%). Conclusões A realização do exame físico no pós-operatório imediato permite o diagnóstico simples, precoce, rápido e isento de custo da lesão do ligamento cruzado anterior, com índices estatisticamente comparáveis aos obtidos na literatura recente.

Palavras-chaves: joelho, Lca, planalto tibial

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TL19 DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR ORTOPÉDICO DE BAIXO CUSTO PARA ENSINO DE REDUCAO INCRUENTA DE FRATURAS PEDIATRICAS DO ANTEBRACO

Autores LUIZE GAMBA 1, Jamil Faissal Soni 1, Francisco Kozovits 2

Instituição 1 PUCPR - Pontifícia Universidade Católica (Imaculada da conceição, 1155), 2 HUC - Hospital

Universitário Cajuru (Rua São José, 300)

Resumo Introdução Existe, no cenário atual de ensino médico, uma tendência crescente do uso de modelos e simuladores para treino de habilidades operacionais, principalmente na prática de técnicas ortopédicas básicas. Essa forma de ensino tornou-se elemento indispensável aos métodos tradicionais de ensino, no entanto, tem como grande limitação os altos custos. Objetivos A prática de habilidades no cenário pré-clínico permite que os acadêmicos maximizem as oportunidades de aprendizado apresentadas a eles no ambiente clínico e ajudem a melhorar a qualidade do atendimento ao paciente. Materiais e Métodos Foi desenvolvido um simulador de fratura em terço médio do antebraço pediátrico com orçamento, significativamente, inferior aos demais existentes na literatura. O modelo foi validado por médicos ortopedistas e residentes (em diferentes níveis de experiência) e acadêmicos de medicina. Os participantes manipularam o simulador e completaram um questionário estruturado validado. Resultados Foi concordado principalmente que o modelo teve um bom desempenho, no grau em que a manipulação representou a vida real. Os participantes concordaram que o modelo obteve alta pontuação na aparência e sensação da fratura e sua capacidade de ser usada como uma ferramenta de ensino. Não houve diferença entre as percepções dos participantes em relação aos diferentes níveis de experiência ocupacional ou uso do modelo. Conclusões Os resultados levam a crer que este modelo pode ser usado para ensinar a habilidade de redução incruenta de fratura em terço médio do antebraço pediátrico para acadêmicos de medicina.

Palavras-chaves: Simulador ortopédico, fratura pediátrica, Ensino médico

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TL20 Perfil microbiológico e o padrão de sensibilidade das infecções de sítio cirúrgico relacionados ao trauma ortopédico.

Autores

Felipe Francisco Tuon 1, Juliette Cieslinski 1, Maisa Sayuri namba 1, Ana Flávia Miyasaki Ono 1,

Fernanda Lie Goto 1, Julia Maria Machinski 1, Letícia Kist mantovani 1, Liliana Ramirez Kosop 1,

Jaime Luis Rocha 1

Instituição 1 PUCPR - Escola de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Par (Rua Imaculada Conceição

1155)

Resumo Introdução Elucidar a epidemiologia dos microrganismos associados às infecções é de suma importância para direcionar a conduta e estabelecer protocolos de tratamento, principalmente em casos em que a terapia empírica está indicada. Objetivos O objetivo do estudo foi avaliar a etiologia e padrão de sensibilidade das ISC relacionados ao trauma ortopédico em um hospital referência em trauma de Curitiba. Materiais e Métodos O estudo foi retrospectivo transversal. Foram incluídos pacientes que sofreram trauma ortopédico, que foram submetidos a procedimento cirúrgico e que, em um ano, desenvolveram ISC. Todos os pacientes tiveram amostras de cultura colhidas a partir de tecido ósseo ou de partes moles. Dados clínicos e epidemiológicos dos pacientes foram, também, obtidos a partir de prontuários eletrônicos. Resultados Foram incluídos na análise 147 pacientes. O tempo médio para a infecção foi de 55.5 dias, e a duração média de hospitalização foi de 20 dias. A taxa de mortalidade intra-hospitalar após a infecção foi de 5.4%. Das culturas colhidas, 104 eram de tecidos moles e 43 de tecido ósseo. 93.2% das culturas eram positivas. Dos microrganismos isolados, 56.5% eram bactérias gram-negativas e 43.8% gram-positivas. O Staphylococcus aureus foi identificado em 34% das culturas, Enterobacter spp. em 14.9%, e Pseudomonas aeruginosa em 11.6%. Houve uma maior taxa de positividade de Staphylococcus aureus nas amostras de tecido ósseo (odds ratio, 1.29; 95% CI, 1.01–1.70; p = 0.04). Poucos microrganismos eram multirresistentes. Conclusões O estudo mostrou que a ISC relacionada ao trauma ortopédico está associada a bacilos gram negativos. O perfil de sensibilidade encontrado sugere que a maioria das infecções ocorrem após a alta hospitalar. As infecções causadas pelo Staphylococcus aureus foram comumente sensíveis a meticilina, padrão de sensibilidade que favorece a desospitalização dos pacientes, uma vez que pode ser realizada via oral.

Palavras-chaves: cultura, cirurgia, infecção, ortopedia, trauma

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TL21 FRATURA DE FÊMUR ATÍPICA ASSOCIADO AO USO DE BIFOSFONATOS

Autores Gustavo Henrique Pereira da Silva 1, Matheus Jaime Moura 2

Instituição 1 UFG - Universidade Federal de Goiás (Avenida Esperança s/n, Câmpus Samambaia - Prédio da

Reitoria. CEP 74690-900 Goiâ), 2 UNICEPLAC - Centro Universitário do Planalto Central (SIGA

Área Especial, Lote 2/3, St Leste Industrial - Gama. Brasília, DF)

Resumo Introdução Os bifosfonatos têm sido nas duas últimas décadas o principal método de tratamento em pacientes com risco de desenvolver osteoporose, bem como naqueles já diagnosticados. O mecanismo se deve ao aumento da densidade mineral óssea e prevenção de fraturas por fragilidade. No entanto, seu uso a longo prazo carrega um risco de supressão grave na renovação óssea, que paradoxalmente, prejudica no remodelamento ósseo levando ao aumento da fragilidade. Objetivos Avaliar a relação entre o uso prolongado diante a terapia medicamentosa com bifosfonatos e sua associação com fratura de fêmur atípica. Materiais e Métodos Foi realizada a pesquisa no banco de dados do PubMed de acordo com os descritores: “atypical femoral fracture” e “bisphosphonates”, os artigos relevantes foram selecionados e sistematicamente revisados. Resultados Os artigos revisados demostraram uma forte dependência entre o uso de bifosfonatos e fraturas atípicas. Tendo maior incidência em mulheres e em uso de alendronato. O risco aumentou de forma crescente, quanto maior a duração do tratamento e diminuiu rapidamente após a cessação deste. Esta rápida diminuição do risco após a cessação apoia a teoria que os bifosfonatos causam fraturas atípicas por dificultar o remodelamento de sítios ósseos danificados por microfissuras. A relação risco-benefício mostrou-se favorável no início do tratamento, no entanto, o risco de fraturas atípicas aumento em até 10 anos de tratamento, uma vez que, o prolongamento do tratamento além de 5 anos pode não reduzir mais o risco de fraturas comuns. Conclusões Os bifosfonatos são eficazes na prevenção primária durante os primeiros anos do tratamento, no entanto, seu uso prologando não tem demonstrado melhora em relação ao uso inicial, além do risco gradual de risco de fratura de fêmur atípica. Seu uso deve exigir cautela e cuidado quanto a duração do tratamento.

Palavras-chaves: Bifosfonatos, Fratura Femoral, Osteoporose

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TL22 O uso da terapia de pressão negativa permite postergar cobertura com retalho em fraturas expostas Gustilo 3B?

Autores

Maurício Menezes Aben Athar Ivo 1, Kodi Edson Kojima 1, Diego Ferreira Martuscelli 1, Ricardo

Cartolano 1, Marcos de Camargo Leonhardt 1, Luciano Ruiz Torres 1, Rames Mattar Júnior 1, Jorge

dos Santos Silva 1

Instituição 1 IOT HC FMUSP - Grupo de Trauma Ortopedico do IOT HC FMUSP (Rua doutor ovidio de

campos, 333, Cerqueira Cesar, Sao Paulo)

Resumo Introdução Fraturas expostas que necessitam cobertura com retalho apresentam complicações em até 27% [16]. No manejo das partes moles nas lesões tipo 3B, o melhor momento para cobertura definitiva gravita entre 0 a 7 dias [6,7,8,9]. As vantagens da terapia de pressão negativa (TPN) são [11] a diminuição da carga bacteriana e melhora a circulação local Objetivos Avaliar se o uso da TPN permite postergar cobertura com retalho, além de 7 dias, em fraturas expostas 3B, sem ocasionar um aumento na taxa de infecção. Materiais e Métodos O desenho é série de casos retrospectiva com casos de fratura exposta 3b atendidos no IOT-HC/FMUSP entre 2010 e 2017 que utilizaram TPN como tratamento estagiado e com ao menos 6 meses de seguimento. Resultados A taxa de complicações foi de 51.2%, infecção (34.1%), amputação tardia (7.3%) e perda do retalho (24.4%). Não foi considerada até momento a taxa de não-união. As fraturas diafisárias da tíbia corresponderam a 58,5% da amostra. O tempo médio até cobertura foi de 12.76 (± 1.387) dias. Conclusões Encontramos uma associação entre o tempo até cobertura e a taxa de complicações (p=0.034), em especial à taxa de infecção (p=0.043). A taxa de infecção (34.1%) concorda com a literatura - 10 a 40% [6]. Utilizando o corte de 7 dias até o retalho, há diferença significativa na incidência de infecção. Concluímos que apesar dos benefícios descritos da TPN, a cobertura não deve ser atrasada, sob risco de infecção

Palavras-chaves: Fratura exposta, Infecção, Guatilo 3B

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TL23 Análise das distribuições de tensões na fratura consolidada do fêmur e na haste intramedular e após a retirada do implante

Autores RODRIGO RIBEIRO RODARTE 1, PAULO PEDRO KENEDI 2, Jose Renato de O. S. Neto 2, JOÃO

ANTÔNIO MATHEUS GUIMARÃES 1

Instituição 1 INTO - INSTITUTO NACIONAL DE TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA (AVENIDA BRASIL

500 9o ANDAR ), 2 CEFET/ RJ - Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Av.

Maracanã, 229 - Maracanã, Rio de Janeiro - RJ, 20271-110)

Resumo Introdução O uso da haste intramedular é uma técnica consagrada para o tratamento das fraturas diafisárias dos ossos longos, dentre as quais nas diafisárias de fêmur são consideradas o padrão ouro no tratamento. A consolidação permite o restabelecimento da estrutura óssea, e passa por fases definidas: inflamatória, calo mole, calo duro e remodelação. Ao término da fase do calo duro, onde o padrão de original de rigidez é atingido, em algumas situações clínicas que existe a real indicação de retirada do implante (por exemplo irritação com tendinite do glúteo médio por migração do implante no processo de consolidação), o entendimento do ambiente de esforços mecânicos no osso, no calo e na haste se faz necessária. Acredita-se que ao atingir a rigidez original os esforços mecânicos passam apenas pelo osso, todavia os autores acreditam que deve haver um estudo das forças distribuídas no implante e no osso mesmo após o padrão de rigidez ter sido atingido, para reduzir os riscos de falhas na estrutura óssea. Objetivos Analisar e caracterizar os esforços mecânicos através da análise de elementos finitos na fratura consolidada do fêmur tratada com haste intramedular bloqueada Comparar as tensões submetidas no calo duro com padrão de rigidez com haste intramedular e após a sua retirada. Materiais e Métodos O software ANSYS foi utilizado para análise de elementos finitos com um modelo elástico femur/haste, modelando e preservando as suas principais características. Resultados Os achados demonstram que a retirada do implante um acréscimo (de até 40%) nas tensões ao nível da fratura consolidada, mesmo após o processo de cicatrização. Conclusões Os autores concluem que mesmo após a consolidação óssea e restabelecimento do padrão de rigidez, existe esforços mecânicos no implante e que deve haver novos estudos após retirada dos implantes.

Palavras-chaves: Fraturas do Fêmur, Fixação Intramedular de Fraturas, Análise de Elementos Finitos

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TL24 ANÁLISE COMPARATIVA DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DA FRATURA DA CLAVÍCULA COM HASTE VERSUS PLACA.

Autores

THIAGO MEDEIROS STORTI 1, MAURICIO SIQUEIRA CAMILO 1, Rafael Francisco Alves

Silva 1, Rafael Salomon Silva Faria 1, Carolina Simionatto 1, João Eduardo Simionatto 1, Alexandre

Firmino Paniago 1

Instituição 1 IOB - Instituto do Ombro de Brasília (SGAS QUADRA 613 CONJUNTO C PARTE SALA 10)

Resumo Introdução Trabalhos confirmam o benefício do tratamento cirúrgico para fixação de fratura desviadas do terço médio da clavícula, porém poucos estudos comparam as diversas opções disponíveis. Acreditamos que o tratamento com haste intramedular não bloqueada e placa apresentam resultados satisfatórios. Objetivos Comparar o resultado do tratamento cirúrgico das fraturas do terço médio-clavicular tratadas através de placas e parafusos e haste intramedular. Materiais e Métodos Estudo retrospectivo, realizado por meio da avaliação de pacientes submetidos à fixação com haste intramedular e placa e parafusos para fixação de fraturas desviadas do terço médio da clavícula. Foram coletadas variáveis socioeconômicas, aplicado questionário da escala visual da dor, mensurado a função do ombro pelo escore de CONSTANT e UCLA e realizado radiografia para verificação da consolidação e avaliação do encurtamento final da clavícula. Resultados Foram avaliados 65 pacientes, destes 36 (55,4%) foram submetidos a fixação da clavícula com placa e parafusos e 29 (44,6%) com haste intramedular. A mediana do encurtamento foi 0,1mm para placa e 5,8mm para haste (p=0,001). A mediana dos escores de CONSTANT foi de 96,5 para placa e 95 para haste, enquanto o escore de UCLA teve uma mediana de 35 para placa e 35 para haste. Ao todo, foram registradas 13 (20%) complicações, 9 do grupo fixado com placa e 4 do grupo fixado com haste. A complicação mais comum foi a erosão da pele com exposição do material de síntese. Foi constatado um caso de pseudoartrose após fixação com haste. Conclusões Os dois tratamentos apresentaram resultados semelhantes. Apesar do encurtamento ser maior no grupo tratado com haste, a função do ombro não apresentou alteração significativa. A taxa de complicações foi semelhante a outros estudos, sendo maior no grupo tratado com placa. As duas técnicas apresentam resultados satisfatórios para o tratamento das fraturas de clavícula.

Palavras-chaves: complicações resultado clínico, encurtamento da clavícula, fixação com placa, fixação intramedular, fratura do terço médio da clavícula

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TL25 ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL EM FRATURAS ACETABULARES AGUDAS: SÉRIE DE CASOS

Autores Thiago Sampaio Busato 1, Haroldo Ferreira Neto 1, Juan Rodolfo CApriotti 1, Gladyston Matioski

Filho 1, Lucas Godoi 1, Marcelo morozovski 1

Instituição 1 HAC - Hospital Angelina Caron (Rod. Caqui 1150, CAmpina G. do Sul.)

Resumo Introdução: Historicamente as fraturas do acetábulo são mais prevalentes em pacientes jovens, devido a traumas de alta energia (4,7). Atualmente há um expressivo aumento no número de casos de fratura acetabular envolvendo pacientes idosos, com mecanismos de baixa energia, devido ao envelhecimento da população (1,3,4,5,7). A osteoporose mostra-se como fator contribuinte na maioria das fraturas do quadril por baixa energia. (3,4) Atualmente o tratamento de escolha para fraturas acetabulares desviadas é a redução aberta e fixação interna com redução anatômica. (5) Entretanto, o resultado após fixação pode ser comprometido por ostroartrite, necrose da cabeça femoral ou ossificação heterotópica o que levaria a necessidade de uma artroplastia total do quadril indicada tardiamente. (1,2, 5) Uma artroplastia realizada tardiamente pode apresentar maior dificuldade técnica devido a ossificação heterotópica, fibrose local, avascularidade muscular e acetabular, infecção oculta e necessidade de retirada de material de síntese (5). A necessidade de uma nova intervenção em pacientes com maior idade representam um aumento no risco de complicações clínicas devido a inúmeras comorbidades e tolerância fisiológica limitada frequentemente presentes nessa faixa etária. (5, 7) No entanto, a artroplastia total do quadril foi proposta para pacientes com fraturas acetabulares com padrão de fratura específico, permitindo carga total e reduzindo a necessidade de uma cirurgia tardia por osteoartrite pós-traumática (1,5) Contudo, há uma controversa a respeito da indicação de artroplastia total de quadril em pacientes com osteoporose devido ao maior risco de soltura precoce dos componentes devido a má qualidade óssea. (6) Objetivos: O objetivo do presente estudo é apresentar uma revisão da literatura e uma avaliação retrospectiva de uma série de casos avaliando o resultado clinico e radiológico após artroplastia total de quadril aguda por fratura de acetábulo. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo transversal. No período entre Abril de 2014 a Março de 2018 foram selecionados 7 pacientes os quais foram submetidos a enxerto ósseo e/ou redução aberta e fixação interna com artroplastia total de quadril unilateral associada por fratura aguda de acetábulo Todos os dados dos pacientes foram coletados eletronicamente pelo sistema Tasy e as imagens radiológicas pelo programa Aires. Enquadravam-se como critérios de inclusão: pacientes submetidos a artroplastia total de quadril por fratura de acetábulo os quais apresentavam osteoartrite prévia do quadril, osteoporose, impacção marginal ou central do acetábulo envolvendo mais de 30% da área e/ou impacção da cabeça femoral. Avaliação inicial incluía radiografia do quadril com as incidências: ântero-posterior, alar e obturariz, complementados com tomografia computadorizada com reconstrução em 3D. As fraturas foram classificadas de acordo com a classificação de Judet e Letournel. (11) Clinicamente os pacientes foram avaliados, ao termino do seguimento, através do Harris Hip Score, coletados por dados do prontuário eletrônico das consultas ambulatoriais. (9, 10) Radiograficamente foi avaliado se houve: retardo de consolidação ou pseudoartrose, formação de ossificação heterotópica, desvio angular, medialização ou soltura do componente acetabular, rebaixamento ou soltura do componente femoral. Resultados: Dos 7 pacientes selecionados, 6 eram do sexo mascullno e 1 do sexo feminino. Idade média de 64,2 anos (49 a 81 anos). Tipos de fratura: 4 pacientes com dupla-coluna, sendo 3 dessas com impacção da cabeça femoral e/ou acetabular, 1 coluna anterior com impacção acetabular, 1 parede posterior e 1 paciente com impacção central. Referente ao tipo de prótese utilizada: 6 total cimentada e 1 híbrida. Seguimento médio foi de 23,4 meses (1 a 48 meses). Ao final do seguimento foi realizado Harris Hip Score o qual apresentou uma média de 86,33 (71 a 94). Tempo médio de fratura até realizar o procedimento foi de 4,2 dias (2 a 14 dias). Tabela 1. 1 paciente perdeu seguimento e não foi possível realizar avaliação adequada do Harris Hip Score ao término do seguimento. 1 paciente apresentou como complicação abcesso em ferida operatória com 4 anos de pós-operatório associado a sinais de soltura acetabular, quebra de 1 parafuso em material de síntese e ossificação heterotópica peri-acetabular. Conclusões:O bom valor de harris hip score e boa evolução radiológica demonstraram que a Artroplastia Total de Quadril, em pacientes devidamente selecionados para este método, mostraram-se altamente efetivos Por ora, mais estudos, com maior número de pacientes se faz necessário, para definir o melhor tratamento para cada tipo de paciente e fratura.

Palavras-chaves: artroplastia, fratura do acetábulo, quadril

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TL26 A luxação cirúrgica do quadril no tratamento de lesões traumáticas, estudo retrospectivo de 10 casos

Autores Thiago Sampaio Busato 2, Artur Appelt 2, Marcelo Morozovski 2, Gladyston Matioski fo 2, julian

costantini 2, Juan Rodolfo Capriotti 2

Instituição 2 HAC - Hospital Angelina Caron (Rod. do Caqui 1150)

Resumo Introdução Baseado em estudos anatômicos prévios Gautier et al.1 e Ganz et al.2 descreveram em 2001 uma técnica de luxação controlada do quadril com nenhum caso de NACF relatado em sua casuística. Idealizada primeiramente para o tratamento do impacto fêmoro-acetabular, mais tarde seu uso foi expandido também para lesões traumáticas do quadril.3 Desta forma, tornou-se mais uma ferramenta para o tratamento de padrões selecionados de fraturas articulares, possibilitando um maior alcance além de uma visualização direta da superfície articular da cabeça femoral e acetabular em 360 graus.4 As principais indicações de seu uso no trauma são as fraturas acetabulares5-8: transversas altas ou associadas a fratura da parede posterior, as justatectais, as em “T”, além de fraturas envelhecidas9 ou simplesmente quando há necessidade de melhor controle direto da redução. Outras indicações incluem: fraturas da cabeça femoral10-12, luxações posteriores irredutíveis13 ou remoção de corpos estranhos intra-articulares.14 Objetivos Relatar nossa experiência inicial com a aplicação da luxação controlada em uma série de casos de diferentes lesões traumáticas. Revisamos a literatura pertinente. A luxação controlada de quadril foi originalmente descrita por Ganz como uma técnica para tratamento do impacto fêmoro-acetabular através da luxação segura do quadril. A técnica foi mais tarde descrita como uma ferramenta auxiliar para tratamento de certos padrões de fratura acetabular e da cabeça femoral. Materiais e Métodos A partir dos registros hospitalares e através do arquivo digital de imagens foram identificados e analisados retrospectivamente todos os 10 primeiros casos tratados em nosso serviço nos quais foi utilizada a luxação controlada de Ganz para tratamento de lesões traumáticas do quadril. Todos os casos foram tratados pelo autor principal, entre os anos de 2013 a 2015. Foram avaliados prontuários e imagens radiológicas. Para fins de análise radiológica foram avaliadas inicialmente, para a caracterização das lesões, imagens de radiografias de bacia nas incidências anteroposterior, alar e obturatriz, além de imagens de tomografia axial computadorizada. Além das imagens radiológicas do pré-operatório, também se consideraram os registros de descrição cirúrgica e de prontuário para a caracterização das lesões. As imagens de seguimento foram avaliadas radiograficamente nas incidências em anteroposterior e rã. Todas as imagens de pós operatório foram avaliadas em busca de sinais radiográficos de necrose avascular da cabeça femoral ou de sinais de pseudartrose do trocânter maior. Resultados Resultados: A principal indicação encontrada foi a fratura acetabular. Outras indicações foram fraturas da cabeça femoral em dois casos e dois casos de retirada de projétil de arma de fogo intra-articular. A idade média foi de 37,2 anos, todos os indivíduos eram do sexo masculino, com seguimento médio de 23,5 meses. Todas as osteotomias consolidaram, não houve nenhum caso de necrose avascular da cabeça femoral. Os resultados encontrados foram similares aos da literatura. Conclusões Conclusão: Em nossa experiência com a luxação controlada de Ganz aplicada ao trauma houve consolidação clínico-radiográfica da osteotomia trocantérica em todos os casos e não houve nenhum episódio de necrose asséptica da cabeça femoral até o seguimento médio de 23,5 meses.

Palavras-chaves: luxação cirúrgica, Ganz, trauma do quadril

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TL27 AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO RADIOGRÁFICA DAS FRATURAS DO ÚMERO PROXIMAL TRATADAS CIRURGICAMENTE COM PLACAS BLOQUEADAS E FIOS E AMARRILHOS

Autores Guilherme Augusto Stirma 1, Felipe Fernandes Gonçalves 1, Armando Romani Secundino 1,

Leonardo Dau 1, Valeria Midori Gutoski Yuki 1

Instituição 1 HT - Hospital do Trabalhador (Avenida República Argentina, 4406)

Resumo Introdução A fratura de úmero proximal ocorre predominantemente em mulheres acima de 65 anos. O tratamento preconizado é conservador, porém há indicação cirúrgica em casos de fraturas desviadas e instáveis. O principal método de escolha é redução aberta e fixação interna. Objetivos Comparar pacientes com fratura de úmero proximal submetidos a duas técnicas cirúrgicas diferentes: 1. Fios de Steinmann e amarrilhos e 2. Placas anatômicas bloqueadas. Materiais e Métodos Estudo retrospectivo, observacional e quantitativo com análise de todos os pacientes de dezembro/2013 a junho/2016 submetidos a correção cirúrgica para a fratura de úmero proximal por meio de dois métodos, em um serviço de referência de trauma. O primeiro com redução aberta e fixação interna com fios de Steinmann com cerclagem dos tubérculos e o segundo com redução aberta e fixação interna com placas bloqueadas anatômicas. Resultados Foram incluídos 128 pacientes tratados cirurgicamente pela fratura de úmero proximal. O mecanismo de trauma mais frequente foi queda de mesmo nível (54,7%), a classificação de fratura mais prevalente foi Neer em 3 partes (42,97%), os métodos mais utilizados para fixação foram placa bloqueada (53,91%) e fios de Steinmann com cerclagem (46,09%) e na maior parte dos casos (69,97%) houve consolidação em posição anatômica. Conclusões As fraturas de úmero proximal submetidas ao tratamento cirúrgico decorrem de grandes desvios. A idade e o sexo feminino foram características predominantes encontradas no tratamento através de fixação com placa bloqueada. O número de partes na classificação de Neer não influenciou significativamente na escolha do método de fixação. Tanto as placas bloqueadas quanto os fios com cerclagem alcançaram uma alta taxa de consolidação em posição anatômica.

Palavras-chaves: Fraturas de Úmero , Placa Bloqueada , Úmero cirurgia , Úmero Proximal

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TL28 Osteossíntese de colo de metacarpo com parafuso autocompressivo - análise preliminar de 21 casos

Autores Celso Ricardo Folberg 1,2, Jairo André Alves 1, Fernando Maurente Sirena 1, Victor Macedo Dezotti 1

Instituição 1 HCPA - Hospital de clínicas de Porto Alegre (Rua Ramiro Barcelos 2350 Porto Alegre/RS Cep

90035-007), 2 CMC - Clinica da Mao ao Cotovelo (Av Soledade 569/601 torre A Porto Alegre /RS

Cep 90470-340)

Resumo Introdução As fraturas do colo do metacarpo são tipicamente decorrentes de um trauma da mão fechada contra uma estrutura rígida. O metacarpo mais comumente fraturado é o 5°, cenário conhecido como fratura do boxeador. Objetivos Este estudo visa analisar os resultados clínicos do tratamento cirúrgico das fraturas de colo de metacarpo com fixação intramedular retrógrada utilizando parafusos canulados sem cabeça (tipo Herbert). Materiais e Métodos Foi realizada uma análise retrospectiva de 21 pacientes com 21 fraturas fechadas desviadas do colo do metacarpo de pacientes operados entre abril de 2015 e novembro de 2018. Resultados A casuística incluiu 19 homens e 2 mulheres, com média de idade de 33 anos (18- 75). A fratura ocorreu na mão direita em 15 pacientes e na mão esquerda em 6 pacientes. Os mecanismos causadores do trauma foram soco, queda ao solo e acidente com veículo motorizado (n = 14, 5 e 2, respectivamente). Os metacarpos acometidos foram o V, III e II (n = 19, 1 e 1, respectivamente). As indicações cirúrgicas foram angulação colo-diáfise do metacarpo maior que 30° para II e III metacarpos e maior que 40° para o V metacarpo, encurtamento igual ou maior a 5mm e desejo do paciente de não utilizar imobilização gessada. No pós-operatório imediato os pacientes permaneceram sem imobilização e orientados a mobilizar os dedos conforme tolerância. O resultado funcional foi considerado excelente em todos os pacientes, com mobilidade ativa total acima de 240°. Todas as fraturas consolidaram e nenhuma reintervenção foi necessária. Todos os pacientes retornaram às suas antigas ocupações. Conclusões Esta é uma técnica fácil, rápida e que apresenta ótimos resultados para o tratamento cirúrgico das fraturas deslocadas do colo dos metacarpos. Além disso, apresenta as vantagens da fixação intramedular rígida, permitindo mobilidade ativa precoce da mão.

Palavras-chaves: osteossintese, metacarpo, percutânea, parafuso autocompressivo