Post on 25-Jan-2017
Comunidades de práticas baseadas na web:
um estudo de caso no Programa Profuncionário
Jocelma RiosIFBA – Dez/2015
Mesa Redonda: Tecnologias, Difusão do Conhecimento e as experiências de formação
AGENDA
• Fundamentos teóricos– Construção do conhecimento– Comunidades de prática
• Problema• Contexto: Programa Profuncionário• Percurso metodológico• Análise preliminar dos dados• Conclusões preliminares
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
• Biologia do Conhecer– Maturana e
Varela
• Teoria sociohistórica e cultural– Vigotski
Construção do conhecimento
Individual
Coletivo
Empoderamento
Comunidade de prática
Cibercultura
Pertencimento
Engajamento
desejável haver
ocorre no
âmbito
ocorre através dapode
ocorrernuma
Contexto histórico Ideologia
influenciada por
Interação social
REDES DE COLABORAÇÃO
Variedade de entidades (organizações e pessoas), cujos participantes são em grande
parte autônoma, geograficamente distribuída, e heterogênea em termos de ambiente operacional, cultura, capital social e objetivos, mas colaboram para melhor realização de objetivos comuns.
Camarinha-Matos e Afsarmanesh (2005)
COMUNIDADE DE PRÁTICA
Elementos estruturantes da CdP
A constatação de sua existência
passa pela identificação
desses elementos estruturantes
MODOS DE PARTICIPAÇÃO
A experiência demonstra outros sentidos...
InformaçãoCooperaçãoColaboraçãoAutogestão
DA CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA À AUTOGESTÃO
Capí
tulo
6
Empoderamento
Pertencimento
Engajamento
Na CdP, considerando esta uma estrutura social, é necessário haver algumas regras de participação comuns a todos – que são as ‘leis’ do coletivo. Tais regras são necessárias para que a CdP se constitua e se mantenha como uma comunidade, mas sem significar rigidez e controle excessivos no modo de agir e pensar de seus integrantes, o que representaria ausência de autonomia.
COMO SABER QUE EXISTE DE FATO UMA COMUNIDADE DE PRÁTICA?
Para que dado agrupamento de pessoas seja considerado uma CdP, é necessário que os indivíduos
que fazem parte dessa comunidade se sintam parte dela, para que
possam tomar parte em seu domínio, ou seja, não basta fazer
parte do coletivo.
DINÂMICA DA PARTICIPAÇÃO NA CDP
Numa CdP, embora seja desejado que prevaleça a colaboração como forma
de atuação, seus integrantes participam de diversos modos, intensidades e frequências, que
varia conforme a motivação perante a situação envolvida, o grau de
engajamento, a capacidade cognitiva e a habilidade necessária para agir. Dependendo do contexto e de como os indivíduos vivenciam a participação,
ela assume diversos sentidos.
PROBLEMA
PROBLEMA
Reduzido envolvimento coletivo e colaborativo da equipe pedagógica na construção do conhecimento voltado ao
planejamento, gestão e desenvolvimento de cursos ofertados
na modalidade de educação a distância, ambientado em espaços
mediados por computador, contrariando a ideia do que propõe a estrutura das
comunidades de prática
QUESTÃO NORTEADORA
O coletivo de pessoas que atuam no Programa
Profuncionário do IFBA constitui-se em uma
comunidade de prática?
CONTEXTO DA PESQUISA
PROGRAMA PROFUNCIONÁRIO
Programa de Formação Inicial em Serviço dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas Públicos de Ensino -
Portaria Ministerial - 25/2007
Cursos Técnicos na forma Subsequente
1.250 horas (2 anos) Modalidade semipresencial
Rede e-Tec
Foco principal na oferta cursos técnicos
CURSOS OFERTADOS
• Alimentação Escolar• Infraestrutura Escolar• Multimeios Didáticos• Secretaria Escolar
BarreirasCamaçariDias D’ÁvilaEuclides da CunhaEunápolisFeira de SantanaIlhéusIrecêIpiráJacobina
JequiéJuazeiroPaulo AfonsoPorto SeguroSalvadorSeabraSimões FilhoValençaVitória da
Conquista
POLOS
Coordenação Geral
Coordenação do Curso de Alimentação Escolar
Coordenação do Curso de Infraestrutura Escolar
Coordenação do Curso de Secretaria Escolar
Coordenação do Curso de Multimeios Didáticos
Coordenação de TI Coordenação de Comunicação
Coordenação Administrativa
Financeira
Coordenação Produção de Material
Didático
Coordenação Avaliação Institucional
Coordenação de Ensino
Polo Eunápolis
Polo Vitoria da Conquista
Polo Jequié
Polo Ilhéus
Polo Porto Seguro
Polo Valença
Polo Seabra Polo Irecê Polo
JacobinaPolo
Barreiras
Polo Euclides
da Cunha
Polo Paulo Afonso
Polo Juazeiro Polo Ipirá
Polo Salvador
Polo Camaçari
Polo Simões Filho
Polo Feira de
Santana
Polo Dias D’Ávila
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
FUNCIONAMENTO Polo Salvado
r
Polo Eunápolis
Polo Valença
Polo Jacobina
Polo Ilhéus
Polo Jequié
Polo Irecê
Polo Simões Filho
Polo Barreiras
Polo Juazeiro
Polo Camaçari
Polo Seabra
Polo Vitória
da Conquista
Polo Euclides da Cunha
Polo Ipirá
Polo Feira de Santana
Polo Porto Seguro
Polo Paulo Afonso
Coord. Comunicação
Coord. Avaliação
Institucional
Coord. TI
Coord. Ensino
Coord. Administrativo Financeiro
Coord. Produção
de Material Didático
Coord. MultimeiosDidáticos
Coord. AlimentaçãoEscolar
Coord. Infraestrut.Escolar
Coord. Secretaria Escolar
Polo Dias
D’Ávila
EQUIPE DE TRABALHO - REITORIA
• 9 Coordenadores técnicos• 4 Coordenadores de Curso• 4 Coordenadores Pedagógicos• 82 Professores Pesquisadores• Equipe multidisciplinar• Professores formadores
• 43 apoios técnicos • Áreas: computação, pedagogia, comunicação,
letras, sociologia e antropologia
142 pessoas
EQUIPE DE TRABALHO - POLOS
• 19 Coordenadores de Polo• 13 Auxiliares de coordenação• 86 Professores a Distância• 86 Professores Presenciais• 24 Monitores de informática
228 pessoas
EQUIPE DE TRABALHO - POLOS
• Coordenador de Polo• Assistente de coordenação• 4 ou + professores a distância• 4 ou + professores presenciais• 1 monitor para apoio técnico-computacional
– Além de toda essa equipe, o aluno tem auxílio de todos os demais colaboradores do campus, que envolve a Secretaria Acadêmica – GRA/CORES, a Biblioteca, o setor multidisciplinar dentre
outros
FLUXO DE PROCESSOS DE TRABALHO
PPC
Seleção de equipe
Definição de Coord. de curso
Contratação
Capacitação
Definição de processos de
trabalhoDefinição de comissão para
o PPC
Aprovação CONSUP
Solicitação de
financiamento
Aquisições
Seleção de alunos
Matrícula de alunos Preparação para
início do curso
Modelo IFBA
Execução
AVA
Atividades e Avaliações
Roteiro de aula
Planejamento
Elaboração de material didático
Preparação para início do curso
Videoaula
Análise do livro-texto
Formação da equipe docente
Início das aulas
Supervisão e monitoramento
Relatório final de disciplina
Indicação de pontos de
melhoria para a próxima oferta
FLUXO DE PROCESSOS DE TRABALHOModelo IFBA
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
• Curso de extensão em Educação a Distância• A distância• 60 horas• Centrado no Profuncionário• Desenvolvimento da construção colaborativa do conhecimento para o trabalho
=> Cerca de 250 pessoas capacitadas!
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
• Curso de Aperfeiçoamento em Educação a Distância• 1ª etapa – Introdução em Educação a Distância (60 h)
• 2ª etapa – Mediação Pedagógica (60 h)• 3ª etapa – Construção de Objetos de Aprendizagem (60 h)
• 4ª etapa – Gestão da Educação a Distância (60 h)
PERCURSO METODOLÓGICO
CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
• Quanto ao objetivo:– Pesquisa descritiva (Estudo de caso)
• Quanto aos procedimentos técnicos:– Levantamento amostral
• Quanto aos procedimentos de análise de dados– Quantitativa
MÉTODO
Análise do contexto
Caracterização dos sujeitos
Elaboração do instrumento
Estudo e análise teórica
1
1
Aplicação do pré-teste
Aplicação do questionário
Sistematização dos dados
Análise
MARCO TEMPORAL
• Oferta de cursos do Programa Profuncionário 2013-2015
• Coleta de dados sobre perfil da equipe– Ago a Out/2013
• Coleta de dados sobre comunidades de prática– Fev a Mai/2014
CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS
• Equipe de trabalho do Programa Profuncionário IFBA– Coordenadores (geral, polo, de curso, pedagógico), assistentes de coordenação, monitores, professores formadores, professores presenciais, professores a distância
– Servidores do IFBA (docentes e técnicos), profissionais da educação, estudantes de pós-graduação
• Cerca de 250 respondentes• Universo aproximadamente igual à amostra• População flutuante
ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS COLETADOS
PERFIL DOS SUJEITOS
• 77,8% não tinham outro vínculo empregatício quando se candidataram ao trabalho
Graduado(a) 62 25.4%Especialista 146 59.8%
Mestre 29 11.9%Doutor(a) 7 2.9%
80%
16%4%
Titulação
Graduado(a)EspecialistaMestreDoutor(a)
PERFIL DOS SUJEITOS
• Formação em educação a distância
26%
26%27%
20%0% 0%
Disciplina(s) isolada(s)
Extensão
Aperfeiçoamento
Especialização
Mestrado (específico ou através de pesquisa)
Doutorado (específico ou através de pesquisa)
PERFIL DOS SUJEITOS
• Experiência em educação a distânciaUniverso de 244
respondentes
PERFIL DOS SUJEITOS
• Experiência com o Moodle
PERFIL DOS SUJEITOS
• Conhecimento de outras tecnologias
PERFIL DOS SUJEITOS
• Acesso à Internet
PERFIL DOS SUJEITOS
• Conhecimento de outras tecnologias
INTERAÇÃO ENTRE OS SUJEITOS
• Buscou-se mapear as redes de interação no Programa Profuncionário, envolvendo todos os colaboradores– melhoria do fluxo de informação e, consequentemente, a qualidade do trabalho desenvolvido
FUNÇÕES REALIZADAS PELOS SUJEITOS
A QUEM VOCÊ PROCURA PARA TIRAR DÚVIDAS?
CONCLUSÕES PRELIMINARES
Capí
tulo
7
CONCLUSÕES
• Os pontos de concentração nas redes formadas pela comunidade de prática analisada pode ser considerado devido aos seguintes fatores– Maturidade do grupo estudado– Características pessoais dos indivíduos que formam a comunidade
– Perfil profissional– Estrutura e diretrizes institucionais em construção
– Falta de percepção clara dos papéis de cada ator
– Deficiência na formação
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
As redes colaborativas, surgem nos ambientes de estudo e trabalho, e se constituem basicamente no envolvimento e comprometimento dos participantes para desenvolver as atividades,sejam
estas de estudo ou trabalho, e enfrentar desafios em conjunto, o que
implica, que, para seu sucesso é imprescindível a existência da
confiança mútua, esforço e dedicação de tempo.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Capí
tulo
7
A APRENDIZAGEM não é algo extrínseco ao indivíduo ou algo que exija algum tipo de adesão; a partir do
engajamento na prática, no processo de interação com o outro, através de compromisso mútuo, de
envolvimento com o coletivo, é que ela se desenvolve.
A compreensão de comunidade na perspectiva da CdP passa pela convivência de um grupo de indivíduos com relações recíprocas, com interesses e objetivos comuns, que se
organizam sob um mesmo conjunto de normas e compartilham crenças, valores, informações, saberes,
artefatos, etc., ou seja uma cultura comum.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Capí
tulo
7
Os modos, intensidades e frequência de participação numa CdP variam conforme a
situação, o grau de interesse e envolvimento do indivíduo perante cada situação, e sobretudo o conhecimento
necessário à ação.
Outras influências: • sentimento de pertencimento, associado ao prévio acolhimento e à identificação do indivíduo com a cultura da CdP
• autoestima e autoconfiança• relações sociais intragrupo, que envolvem a aceitação, respeito e confiança mútua
OBRIGADA!
Jocelma Almeida Riosjocelmarios@ifba.edu.br
IFBA – Dez/2015